2. Na Constituição da República Portuguesa,
exalta-se desde o início a dignidade humana
(art.º 1º, 13º), em consonância com o articulado
na Declaração Universal dos Direitos Humanos
(art.º 16º). Especificamente nos Artigos 24º, 26º
e 64º consagra o direito à vida, o dever de a
defender e promover, a sua e a dos outros,
sustentando que a vida humana é inviolável.
3. Argumentos a favor:
Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita
que esta seja um caminho para evitar a dor e o
sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem
qualidade de vida, um caminho consciente que
reflecte uma escolha informada, o término de uma
vida em que, quem morre não perde o poder de ser
actor e agente digno até ao fim.
4. Argumentos contra:
São muitos os argumentos contra a eutanásia, desde os
religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de
vista religioso a Eutanásia é tida como uma usurpação
do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo
reservado ao “Criador”, ou seja, só Ele pode tirar a vida
de alguém. “A Igreja, apesar de estar consciente dos
motivos que levam a um doente a pedir para morrer,
defende acima de tudo o carácter sagrado da vida,...”
5. No mundo, apenas três países permitem a
prática da eutanásia, sem considerá-la crime, a
saber, Estados Unidos da América, Holanda e
Colômbia
6. Ramón (Javier Bardem) é um tetraplégico que está
preso a uma cama há trinta anos. A sua única
janela para o mundo é a do seu quarto, perto do
mar, mar em que tanto viajou mas também onde
teve o acidente que lhe roubou a juventude e a
vida. Desde então que Ramón luta pelo direito a
pôr termo à vida dignamente, luta pelo direito à
eutanásia. A chegada de duas mulheres à sua vida
alterará a sua existência: Júlia é uma advogada que
está disposta a apoiar a sua luta a favor da
eutanásia, Rosa, uma vizinha que não desiste
enquanto não o convencer que viver vale a pena.
7. Sim as pessoas podem escolher se querem ou não
continuar a viver.