O documento discute os encontros entre os povos europeus e as civilizações nativas das Américas após a chegada dos europeus. Detalha as diversas culturas e sociedades dos maias, astecas, incas e povos indígenas norte-americanos, assim como os preconceitos europeus encontrados. Também aborda a violência resultante da conquista, as doenças trazidas e a resistência dos povos indígenas.
2. Os (des)encontros entre dois mundos
A DIVERSIDADE
ÉTNICA E CULTURAL
A chegada ao
“Novo Mundo”
As descrições dos
viajantes, cronistas e
pintores dos nativos
AS TROCAS
CULTURAIS
OS PRECONCEITOS
E AS CONCEPÇÕES
EUROPOCÊNTRICAS
3.
4.
5.
6.
7. Os maias (México)
Governo: Monarquia
Cidades-estados estruturados
Sociedade: forte religiosidade; magistrados, chefes
militares, sacerdotes e administradores; artesãos e
camponeses
Economia: milho, cacau, algodão
Religião e cultura: sistema vigesimal, previsão de
eclipses, calendário, arquitetura e engenharia, canais
de irrigação
10. Poderoso Império
Influências culturais: olmecas, zapotecas, mixtecas
Sociedade: hierarquizada – nobreza, chefes militares, altos
funcionários e sacedortes; comerciantes e artesãos
Religião e cultura: politeísta e astral; sistema de escrita;
poemas; cantos e hinos religiosos; arquitetura
11. A formação do império nos Andes
Organização política: monarquia teocrática hereditária
Sociedade: chefe do estado; sacerdotes; burocratas; grupos familiares
e comunitários (ayllus); camponeses
Economia e planejamento: agricultura; domesticação de animais;
censo populacional
Cultura: quipus; construção de pontes e estradas; arquitetura e
engenharia; agricultura de irrigação
13. Cultivo: milho, feijão, abóbora e frutos
Técnicas de construção: canoas, casas, vasos e arma
Principais etnias: Sioux ou dakota (santees, yanktons e
hunkpapas)
14. Tensão e violência
Fatores da brutalidade:
1) Sonho de enriquecimento;
2) Incentivo às inimizades entre os povos americanos;
3) Disseminação de epidemias: pneumonia, gonorreia, sarampo,
cólera, febre amarela, tifo, gripe e varíola
- Exterminar para conquistar
15. Os conquistadores e o uso da força militar
Injustiça e intolerância
Espada, cruz e fome
Frei Bartolomeu de Las Casas
16. “Esses povos se igualam ou até mesmo ultrapassam muitas nações do mundo reputadas
como civilizadas e racionais, não sendo inferiores a nenhuma.
Assim, igualam-se a gregos e romanos e até em alguns de seus costumes, os superam.
Superam também a Inglaterra, a França e algumas de nossas regiões da Espanha (...).
É portanto fato estabelecido que a maior parte dentre eles estão, no conjunto, assaz
dispostos a receber não só a doutrina moral mas também nossa religião cristã,
mesmo se alguns, em alguma região, ainda não atingiram a perfeição política de uma
república bem governada e possuam certos costumes corrompidos (...).
Não há nenhuma razão para nos surpreendermos com os defeitos, os costumes bárbaros
e desregrados que podemos encontrar entre as nações índias, nem menosprezá-las
por isso. Pois a maioria das nações do mundo, senão todas, foram bem pervertidas,
irracionais e depravadas e deram mostra de muito menos prudência e sagacidade no
modo de se governar e exercer as virtudes morais.
Nós próprios fomos piores nos tempos de nossos ancestrais e em toda a extensão de
nossa Espanha, pela barbárie de nosso modo de vida e pela depravação de nossos
costumes.”
LAS CASAS, Bartolomeu de. Apologética História, cap. 263. In: MAHN-LOT.
A Descoberta da América. São Paulo: Perspectiva, s.d. p.110-111.