O documento discute a história da educação da população negra no Brasil. Aponta que o acesso à educação para negros é uma conquista recente e que a escravidão privou essa população do direito à educação formal. Apesar de avanços, ainda há grandes discrepâncias educacionais entre negros e brancos, como menor escolaridade e maior taxa de analfabetismo entre negros. Questiona se as políticas atuais são suficientes para promover a equidade racial no sistema educacional.
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Negro e Educação
1.
2. A escola pública como a conhecemos é
muito nova, assim como a entrada de
educandos negros no sistema educacional
ainda é muito nova. As conquistas dos
negros se iniciaram com a criação da Lei do
Ventre Livre que trouxe alguma
possibilidade de escolarização elementar
para a criança negra livre.
3. Outra conquista da população negra foi a
Abolição da Escravatura em 1888, e já em
1867, Perdigão Malheiros manifestava sua
preocupação com a relação abolição-escolarização,
ao questionar o que se faria com
estes novos cidadãos do império. (FONSECA,
2001).
4. E será que ele obteve a resposta?
Conseguimos suprir a necessidade
educacional da população negra? Como
isto está acontecendo?
5. SILVA e ARAÚJO, 2005. Afirmam que os
negros ao serem cruelmente escravizados
tiveram diversos direitos violados, inclusive o
de receber uma educação formal.
A cruel escravidão a que foram submetidos os
negros arrancados de suas regiões de origem no
continente africano, como também muitos de seus
descendentes, além de representar um conjunto
de violações de direito, gerou para esta população
um triste legado: a interdição à educação formal.
(p.65)
6. Precisamos compreender a trajetória do negro na
história pra entender as discrepâncias que há entre
negros e brancos no sistema educacional. De acordo
com o IBGE ( Censo 2010), os pretos e pardos
estudam cerca de 2,3 anos a menos do que brancos na
faixa etária de 20 a 25 anos. O censo também mostrou
que a taxa de analfabetismo caiu para todos os grupos,
mas está entre os negros a maior taxa de
analfabetismo. A baixa escolarização é determinante na
vida trabalhista, e encontramos um número maior de
negros do que brancos ocupando os cargos mais
subalternos da sociedade. Ainda de acordo com o
IBGE, os trabalhadores negros e pardos tiveram um
aumento na sua renda de meio salário mínimo, ao
passo que os brancos tiveram um aumento de 1 salário
mínimo.
7. As relações sociais são evidenciadas quanto se
discute economia no nosso país, mas é importante
ressaltar que toda relação social está intimamente
ligada a questões de cor.
Então vale questionar: as políticas públicas para a
educação como o sistema de cotas lei 3708/2001,
a lei 10639/2003 que inclui no currículo da
educação básica a obrigatoriedade da temática
História e Cultura Afro Brasileira, atendem a
demanda de pretos e pardos? Qual destas ações
de fato confere ao indivíduo preto a saciedade da
cidadania a que tem buscado desde sua
libertação?
8. Como proporcionar ao estudante preto uma
educação equiparada à educação privada, que
dá ao sujeito condições reais de concursar em
vagas de universidades públicas e de
concursos diversos?
9. Precisamos então responder a estes
questionamentos: Por que ainda há tanta
diferença racial nas esferas educacionais? Qual
o melhor caminho para termos resultados que
levem a uma equidade entre a escolarização de
pretos e brancos? Pois ainda hoje de acordo
com o IBGE 2010, o negro estuda menos que o
branco mesmo havendo maior possibilidade de
acesso a escolarização.
Trata-se de estudar a história da educação do
negro no Brasil, analisar as políticas públicas
vigentes, e propor novos questionamentos por
uma busca de um sistema público educacional
que ofereça uma educação de qualidade para
TODOS.
10. Trata-se de estudar a história da educação do
negro no Brasil, analisar as políticas públicas
vigentes, e propor novos questionamentos por
uma busca de um sistema público educacional
que ofereça uma educação de qualidade para
TODOS.
ivyscunha@bol.com.br