O documento descreve as principais causas da crise do Império Romano no século III, levando ao seu enfraquecimento e divisão no século V. As causas incluem a extensão territorial difícil de administrar, queda na produção agrícola, instabilidade política e aumento do cristianismo. O documento também discute o legado cultural romano e a transição para a Idade Média com a queda do Império Romano do Ocidente.
1. Introdução
Após séculos de glórias e conquistas
territoriais, o Império Romano começou a
apresentar sinais de crise já no século III.
2. Causas da crise do Império Romano
Enorme extensão territorial do império que dificultava a
administração e controle militar (defesa);
Com o fim das guerras de conquistas também
diminuíram a entrada de escravos.
Com menos mão-de-obra ocorreu uma forte crise na
produção de alimentos. A queda na produção de
alimentos gerou a diminuição na arrecadação de
impostos. Com menos recursos, o império passou a ter
dificuldades em manter o enorme exército;
Aumento dos conflitos entre as classes de patrícios e
plebeus, gerando instabilidade política;
3. Crescimento do cristianismo que contestava as
bases políticas do império (guerra, escravidão,
domínio sobre os povos conquistados) e religiosas
(politeísmo e culto divino do imperador);
Aumento da corrupção no centro do império (Roma)
e nas províncias (regiões conquistadas);
4. Em crise e com o exército enfraquecido,
as fronteiras ficavam a cada dia mais
desprotegidas.
Muitos soldados, sem receber salário,
deixavam suas obrigações militares;
Estes motivos enfraqueceram o Império
Romano, facilitando a invasão dos povos
bárbaros germânicos no século V.
5. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir
o império em: Império Romano do Ocidente, com
capital em Roma e Império Romano do Oriente
(Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do
Ocidente, após a invasão de diversos povos
bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos,
burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc.
Era o fim da Antiguidade e início de uma nova
época chamada de Idade Média.
6. Legado Romano
Muitos aspectos culturais, científicos,
artísticos e linguísticos romanos chegaram
até os dias de hoje, enriquecendo a
cultura ocidental.
Podemos destacar como exemplos deste
legado:
o Direito Romano, técnicas de arquitetura,
línguas latinas originárias do Latim (Português,
Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes
plásticas, filosofia e literatura.
10. A arte cristã Catacumbária
Quando os ensinamentos cristãos eram
perseguidos pelo poder romano, em
virtude de pregar crenças contrárias ao
pensamento religioso defendido por
Roma, os cristãos sofriam mortes violentas
em público.
12. Idade Média:
o Reino da Religião
Histórico:
476 – com o fim do império romano do
ocidente com as invasões bárbaras até
1453 – com a tomada de Constantinopla
pelos turcos (fim do império romano do
oriente)
13. Mudanças no pensamento e na
arte
Foco: a salvação e a vida Os teólogos acreditavam que
eterna; os cristãos aprenderiam a
Desaparecimento pela apreciar a beleza divina
representação realista do através da beleza material, no
mundo; que resultou numa profusão
de mosaicos, pinturas e
Os nus foram proibidos: os esculturas.
ideais greco-romanos
desapareceram; Na arquitetura forma de
construções mais arejadas,
Os artistas medievais se mais leves: discretos no
interessavam pela alma exterior mas refulgentes com
dispostos a iniciar uma mosaicos, afrescos e vitrais
conversão de novos fiéis nos espiritualmente no interior.
dogmas da Igreja;
A arte medieval se compõe em
A arte se tornou serva da três estilos: bizantino, romano
Igreja; e gótico.
14.
15.
16. A Arte Bizantina
A Idade do Ouro
Em 330, antes da divisão do Império
Romano, o imperador Constantino
transferiu a capital do ocidente para o
oriente. Após a divisão do I R, enquanto
no ocidente as cidades desapareciam, o I
B manteve-se predominantemente
urbano. Atingindo sua máxima extensão
no reinado de Justiniano (527-565).
17. A arte tinha um objetivo: expressar a
autoridade absoluta do imperador,
considerado sagrado, representante de
Deus e com poderes temporais e
espirituais.
19. Arte e Arquitetura Bizantina
Arte: mosaicos e ícones
Arquitetura: igrejas com domo central
Exemplo: Hagia Sophia
Data: 532-37
Local: Constantinopla, Istambul
20. Hagia Sophia
‘Sabedoria Sagrada’ criado pelos matemáticos
Antêmio de Tales e Isidoro de Mileto
Possui uma atmosfera mística oriental
Com comprimento que caberiam três campos de
futebol
Abóbada esférica, com 04 arcos compondo um
quadrado 40 janelas em arcos envolvendo a base do
domo criando uma ilusão. A obra fez tanto sucesso
que Justiniano se vangloriou:
“Rei Salomão, eu vos sobrepujei!”
29. Mosaico Bizantino
Foi uma das maiores formas
de arte. Surgiu entre o séc. V-
VI em Bizâncio, utilizado para
propagação do Cristianismo
As figuras são chapadas,
rígidas, simetricamente
coladas parecendo estar
penduradas. São figuras
humanas altas, olhos enormes
e expressão solene sem menor
esboço de movimento.
Ícones eram pequenos painéis
de madeira com imagem
pintadas com poderes
sobrenaturais
30. Mosaico Bizantino
Cubos de vidros brilhantes
Superfícies irregulares
Vidros coloridos
Usados em paredes e tetos - normalmente
em domos de igrejas
Temas religiosos, Cristo como pastor
Cubos grandes
Fundo abstrato: ouro sobre azul
42. Igreja de San Vitale de Ravena,
construída entre os anos 526 e 547
d.C
43. A arte româmica
A arte românica foi a arte cristã do
Ocidente europeu desenvolvida entre os
séculos XI e XII. Ela marcou a ruptura
com o período clássico da Era Greco-
Romana e serviu como ponte para o estilo
seguinte, quando então evoluiu para
formas arquitetônicas ditas góticas ou
ogivais.
45. Tornou-se a expressão artística dos
tempos dos cruzados, das lutas dos
mouros contra os cristãos, da proliferação
das Ordens Religiosas, das constantes
refregas travadas entre o imperador e o
papa, e entre os reis e os barões feudais
que tanto empobreceram a Europa.
46. A construção da época foi Expressão de um tempo
fundamentalmente belicoso e inseguro, pobre
religiosa, pois somente a em atividades comerciais e
Igreja cristã e as ordens mercantis, os edifícios da
época do românico, além de
religiosas possuíam
toscos, assemelham-se à
fundos suficientes ou pelo
fortalezas. Era uma estética
menos a organização da pedra bruta, de paredes
eficiente para arrecadá- expostas quase sem reboco,
los e financiar o com um diminuto número
erguimento de capelas, de janelas e interiores
de igrejas e de mosteiros. geralmente sombrios.
47. Histórias em Pedras
A Arte Românica
Com a instituição da fé Devido a peregrinações as igrejas
católica uma ondas de deveriam comportar multidões em
visitação maciça.
construções de igrejas
varreu a Europa de 1050 a As arcadas permitiam os fiéis a
1200. andar pelos corredores sem
Românica foi uma mistura perturbar os serviços religiosos
na nave central,
de elementos da
arquitetura romana como O exterior das igrejas românicas
colunas e arcos redondos são bastantes despojados exceto
transformaram as pelos relevos esculturais em volta
abóbadas cilíndricas do portal principal. Como a
maioria dos fiéis eram
(pedras) ou com arestas analfabetos, as esculturas
apoiadas em pilastras ensinavam a doutrina religiosa
livres de colunas e com histórias gravadas nas
pedras.
obstáculos.
48. A arte românica não é fruto do gosto
refinado da nobreza nem das idéias
desenvolvidas nos centros urbanos.
Trata-se de um estilo totalmente clerical.
A igreja tornou-se a única fonte de
encomendas de trabalhos artísticos
49. A escultura ficava concentrada no
tímpano.
Cenas da ascensão de Cristo eram
freqüentes, assim como os sombrios
dioramas do Juízo Final em que demônios
agarram almas desesperadas e diabos
horríveis estrangulam e cospem nos
corpos nus dos condenados.
51. Arte e Arquitetura Romana
Arte: afrescos, escultura estilizada
Arquitetura: igrejas com arcos cilíndricos
Exemplo: St. Sernin
Data: início 1080
Local: Toulouse, Fr.
56. Mosaico Romano
Cubos de mármore opaco
Peças com acabamento liso, uniforme
Cores limitadas às tonalidades naturais das
pedras
Usado no chão
Temas seculares, batalhas, jogos
Peças minúsculas para acentuar detalhes
realistas
Paisagem de fundo
65. O estilo gótico
O estilo gótico é considerado obscuro e contraditório
a muito tempo pois nem os grandes pesquisadores das
artes e culturas antigas conseguem definir com
precisão para o mundo qual é o significado original
do “ser gótico”, tais estudiosos sempre acabam
apontando uma ligação com os “godos” que foram
guerreiros bárbaros vindos das regiões germânicas,
localidades meridionais da Escandinávia por volta do
século VI.
66. Antigo, obscuro e enigmático são palavras que
definem o estilo gótico. Acredita-se que a
nomenclatura tenha sida mencionada causando
pela primeira vez grande repercussão por Giorgio
Vassari na Itália séc. XVI, referindo-se a arquitetura
como oposta a perfeição criando uma ligação com
os Godos, bárbaros que destruíram a Roma antiga.
Vassari acreditava que o estilo gótico voltava-se
para bandidos e hereges.
68. Sistema de Suporte: pilastras, paredes (R)
Contrafortes externos (G)
Engenharia: Abóbadas em cilindro e de
arestas (R)
abóbadas com arestas e traves (G)
Ambiente: escuro, solene (R),
Leve claro (G)
Exterior: Simples severo (R)
ricamente decorado em esculturas (G)
69. Arquitetura românica
Características plásticas: sobriedade,
resistência, repetição de elementos
construtivos (janelas e colunas
geminadas), interior pesado e escuro.
Na temática decorativa utilizava-se tanto
as linhas gregas, losangos, pontas de
diamante, como esculturas de animais e
monstros assustadores (gárgulas).
70. Características gerais do estilo
românico
1 – substituição do teto de madeira por
abóbadas.
2 – grande espessura das paredes, poucas
janelas.
3 – consolidação das paredes por
contrafortes ou gigantes para dar
sustentação ao prédio.
4 – consolidação dos arcos por meio de
arquivoltas.
74. Arte Gótica
a arte das catedrais
‘Bíblias de Pedra’, consideradas um símbolo de
orgulho cívico
Surgiram entre 1200 e 1500 (altura e luz)
O que tornou possível a catedral gótica foram os
dois desenvolvimentos da engenharia: abóbada
com traves e suportes externos, arcobotantes
(pontes externas em alvenaria, que suportam as
paredes) ou contrafortes.
Os construtores usavam o arco pontudo, que
aumenta tanto a ilusão como a realidade da
altura. (47m de altura)
75. Originou-se de uma denominação utilizada pelos
refinados artistas renascentistas para designar
genericamente um estilo artístico que achavam
de mau gosto, exótico, carregado de apelos
decorativos e pelo exagero da altura das suas
torres.
O gótico, igualmente como o romântico,
caracterizou-se predominantemente por ser um
estilo grandioso de construções religiosas, foi a
arte por excelência das magníficas catedrais
européias.
76. A multiplicação delas por toda a Europa Ocidental deveu-se ao
prestígio universal da Igreja Católica e da religião cristã, e
resultou da competição entre as cidades lentamente
enriquecidas pela Revolução Comercial, transformação
econômica que deu seus primeiros passos ao redor dos
séculos 11 e 12 (na região do Flandres, ao redor do rio Reno
e do rio Sena) tendo como consequência a ressurreição da
vida urbana.
Cada cidade da Europa Ocidental tratou então de erguer uma
catedral cuja torre fosse a mais alta possível, não somente
para melhor atrair o olhar protetor de Deus, como para
celebrar a excelência das suas corporações de ofícios em
competição com as outras das demais cidades vizinhas.
77. O gótico, originalmente, foi um estilo
marcadamente francês. Do território da
França atravessou o Reno penetrando na
Alemanha onde, por igual, encontraremos
belos exemplos dele.
78. Características gerais do estilo
gótico
1 Verticalismo.
2 Arco quebrado ou ogival.
3 Abóbada de arcos cruzados.
4 O vitral
79. Pintura Gótica
A pintura da Europa Medieval sofreu influência direta da
pintura bizantina, sendo integralmente religiosa.
Caracterizou-se pelo geometrismo, pelo estatismo e pelo
abandono da perspectiva e da proporção, tão comuns à
arte clássica antiga.
As figuras eram apresentadas em rígida posição
hierárquica, retrato vivo de uma época que pretendia se
eternizar. A imagem do papa ou do imperador do Santo
Império sempre era apresentada numa escala bem
maior do que o restante dos integrantes da cúria ou da
corte.
90. CATEDRAL DA SÉ, SP, Brasil, séc. XX
A Catedral Metropolitana de São Paulo ou
Catedral da Sé, localiza-se na Praça da Sé,
no centro da cidade de São Paulo. É uma
das cinco maiores igrejas góticas do
mundo.
91.
92. Igreja de Santa Maria de
Fiore.Florença.
É considerada a quarta
maior catedral do mundo
114. A arte da arquitetura
Os teólogos acreditavam que a beleza da
Igreja inspirava a meditação e a fé dos
paroquiano. As Igrejas são textos
sagrados, com volumes de ornamentos
pregando o caminho da salvação.
As principais formas de decoração
inspiradora nas catedrais góticas são as
esculturas, os vitrais e as tapeçarias.
121. Império Bizantino
Expressão de riqueza e poder, autoridade
do imperador
Frontalidade e postura rígida
Mosaicos
Arquitetura
Cores vibrantes
122. Românico
Influencia dos árabes e gregos
Pinturas murais e manuscritos
Grandes templos
Ícones Religiosos
123. Gótico
Arquitetura de arcos e ogivas
Igrejas muito altas
Verticalização
Pintura de cenas religiosas
Estilo presente em várias igrejas
brasileiras