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GESTÃO	DE	CUSTOS	
Prof.	Dr.	JOSE	ANGELO	FERREIRA
2
ÍNDICE
Unidade I: Aspectos Introdutórios da Contabilidade de Custos.....................................3
Tópico 1.1 - Importância da Gestão de Custos na Empresa...................5
Tópico 1.2 - Conceitos e Objetivos de Custos...............................................................8
Tópico 1.3 - Classificação de Custos...........................................................................11
Exercícios......................................................................................................................21
Unidade II: Gestão Estratégica de Custos.....................................................................24
Tópico 2.1 - Utilizando a Analise Custo Volume Lucro (CVL) para Tomada de
Decisão..........................................................................................................................26
Tópico 2.2 - Planejamento do Custo e Análise............................................................34
Tópico 2.3 - Análise do Ponto de Equilíbrio (Break-Even)..........................................39
Tópico 2.4 - Efeito do Mix de Vendas no Lucro..........................................................44
Exercícios......................................................................................................................51
Unidade III: Formação de Preço...................................................................................57
Tópico 3.1 – Elementos do Demonstrativo de Resultados...................59
Tópico 3.2 – Formação de Preço...................................................................................63
Unidade IV: Sistemas e Métodos de Custeio................................................................74
Tópico 4.1 – Sistemas de Custeio: Princípios e Métodos.............................................76
Tópico 4.2 – Sistemas Tradicionais de Custeio............................................................79
Exercícios......................................................................................................................97
Gabarito.......................................................................................................................107
3
UNIDADE I
Aspectos introdutórios da Contabilidade de Custos
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer e direcionar os custos dos produtos.
• Analisar os fatores diretores do custo.
• Medir o custo da falha por toda a organização buscando oportunidades de
melhoria.
• Identificar os fatores que dirigem os custos.
• Direcionar os esforços da gestão visando o controle custos.
• Reconhecer e refletir sobre a importância do custo como um processo
organizacional-chave para a empresa.
Plano de Estudo
• Importância da Gestão de Custo na Empresa
• Conceitos e Objetivos sobre Custos
• Classificação de Custo
4
INTRODUÇÃO
Com a abertura do mercado brasileiro à globalização iniciada na década de 90, a
gestão de custos passou por grandes transformações, já que a inserção do país no
mercado globalizado permitindo que empresas estrangeiras, antes impossibilitadas de
comercializarem seus produtos no Brasil, oferecessem ao consumidor brasileiro
produtos fabricados muitas vezes com tecnologia e qualidade superiores aos nacionais,
provocaram nas empresas brasileiras, a necessidade, independente ao seu porte ou
mercado de atuação, a aprimorar técnicas de análise de resultados e de custeio dos seus
produtos e serviços.
Os gestores estão diante de um novo cenário de ordem econômica e social, que
impactam de forma incisiva na gestão. Os negócios tem agora outra configuração,
estão mais competitivos e com ganhos cada vez mais modestos. Hoje, a gestão dos
negócios requer mais dedicação e muita técnica.
Aferir lucro é exigência maior de qualquer atividade econômica pois impactam
nas demais funções da organização, já que o lucro, permite solidificar o seu
patrimônio. Porém, o lucro não ser resume a uma simples verificação da diferença
entre preço e custo, receita e despesa, o lucro é uma a consequência da soma das
ações gerenciais como um todo: qualidade, produtividade, planejamento, controle,
entre outras.
Em seu aspecto mais técnico, o lucro deixou de ser atributo da receita, mas sim
é resultante dos custos incorridos, fazendo com que, almejar lucro, recai sobre o
controle e a gestão destes custos de forma inversamente proporcional: menor custo
implica em maior lucro.
Diante desta nova realidade, as empresas sejam elas pequenas, médias ou
grandes, precisam não só de ferramentas eficientes, para serem utilizadas na
administração do negócio e sim de uma mudança de cultura, de processos, de
comportamento de um novo paradigma consubstanciada em técnicas modernas de
gestão de custos.
5
TÓPICO 1.1- Importância da Gestão de Custos na Empresa
O impacto da concorrência provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento
dos custos, considerando que contabilidade de custos das empresas empregava
técnicas que forneciam ao gestor somente as informações básicas dos custos que, de
posse delas tomavam as decisões de investimentos e comercialização, técnicas estas
cujo critério centrava no rateio dos custos fixos pela mão-de-obra direta ou
horas/máquina, por exemplo, ignorando fatores como contribuição, variedade,
complexidade e mudança (FERREIRA, 2007).
O sistema de formação de preços das empresas tinha como foco a pretensão de
lucro estabelecida pelo empresário, que adicionada ao custo obtido na transformação
do produto, determinava seu preço de venda. Esta ótica de gestão, subordinada ao
ambiente inflacionário endêmico vigente no Brasil, impossibilitava ao consumidor,
estabelecer qualquer referencial de preços. O poder de definir o preço estava nas mãos
da empresa.
Para Ferreira (2007), o preço de venda era definido pela seguinte equação:
Custo + Lucro = Preço de venda
Custo: obtido pelo empresário
Lucro: estabelecido pelo empresário
Preço: resultante
A falta de concorrência e a inflação sempre crescente, tornava dispensável
implementação de um sistema de custeio mais eficiente, uma vez que a que a variação
diária da inflação embutida nos preços, mascarava e encobria toda e qualquer perda.
#REFLITA
O processo inflacionário brasileiro nesta época, absolvia e absorvia todas as
ineficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava esse ônus nos preços dos
produtos e serviços.
6
Preço – Custo = Lucro
Preço: definido pelo mercado
Custo: gerenciado pelo empresário
Lucro: resultado
#REFLITA#
A concorrência, consequente da abertura de mercado, provocou uma mudança
substancial na concepção tradicional de custos. A empresa percebe então que seu
poder em determinar o preço de seus produtos e serviços, migram para as mãos do
cliente, quando este passa a ser definido pelo mercado.
O lucro de determinante passa a determinado nesta nova equação, fazendo com
que o gerenciamento eficaz dos custos se torne uma meta estratégica da organização,
tendo como premissa o conhecimento, a análise e a otimização de seus custos, na
necessidade de competir neste mercado globalizado com produtos e serviços cada vez
mais competitivos. Esta nova realidade, segundo Ferreira (2007) pode ser representada
na seguinte equação:
Os problemas causados pelo desperdício, da falta de qualidade, da baixa
produtividade refletidos nos produtos e serviços, foram rapidamente sentidos pelo
consumidor, fazendo com que optassem pelos produtos importados com qualidade
superior e preços menores que os praticados pelas empresas brasileiras. Problemas
como custos não identificados, ou classificados de forma incorreta, métodos
inadequados de apropriação dos custos indiretos aos produtos, mostram que, apesar
das grandes mudanças ocorridas na forma de gestão dos custos, ainda ocorrem com
frequência nas empresas.
Sabemos porém, que os processos de uma organização sofrem constantes
pressões das forças competitivas como: novos concorrentes, produtos substitutivos,
poder de imposição de alguns clientes, forma de negociação dos fornecedores, a
rentabilidade exigida pelos acionistas e diante destas forças, a importância do preço
tem um forte peso no processo decisório do cliente, o que provoca nas organizações
uma busca no domínio e controle sobre seus custos.
Para fazer frente a estas pressões, as organizações segundo Ferreira (2007)
devem buscar o equilíbrio entre concorrência, lucratividade e rentabilidade, que pode
ser representada em uma nova equação:
PREÇO - LUCRO = CUSTO ALVO
Preço = fixado pelo mercado
Lucro = necessário para garantir a rentabilidade do capital investido
Custo Alvo = meta a ser perseguida pela organização
Este estágio de gestão de custos, permite a empresa o domínio do seu custo-alvo,
determinando sua meta de lucro, garantindo assim a rentabilidade do capital investido
pelos acionistas ou sócios.
7
#FATOS E DADOS#
O Governo anunciou em outubro de 2013, a desoneração da folha de pagamento para
mais 15 setores da economia, como tecnologia da informação, têxteis, móveis, naval,
entre outros. De acordo com matérias publicadas na imprensa, essa desoneração inclui
substituir a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento,
passando a ser cobrada uma taxa que vai variar entre 1% e 2,5% sobre o faturamento
bruto da empresa. Esta desoneração visa a redução dos custos totais da empresas, para
que possam enfrentar a concorrência provocada por produtos importados, decorrente
da abertura de nossa economia.
A desoneração da folha impacta diretamente nos resultados da empresa, impactando
de forma significativa na determinação do seu custo alvo.
Fonte:
#FATOS E DADOS#
Hoje, a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custos e
formação de preços contábeis tradicionais, podem distorcer as informações gerenciais
sobre o custo dos produtos e serviços, prejudicando as decisões gerenciais. Sendo
assim, um gerenciamento de Custo mais eficaz, fornece meios para que a empresa
possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para o controle destes custos.
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1) Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) A contabilidade de custo tradicional considera no cálculo de custo fatores como:
contribuição, variedade, complexidade e mudança.
( ) O processo inflacionário brasileiro nesta época, absolvia e absorvia todas as
ineficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava esse ônus nos preços dos
produtos e serviços.
( ) Um gerenciamento de Custo mais eficaz, fornece meios para que a empresa possa
estabelecer custos mais acurados e garantir meios para o controle destes custos.
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
#RECAPITULANDO
• Com a abertura do mercado brasileiro à globalização iniciada na década de 90,
a gestão de custos passou por grandes transformações.
• O impacto da concorrência, provocou uma reflexão na estrutura e
gerenciamento dos custos, considerando que a contabilidade de custos das
empresas empregava técnicas que forneciam ao gestor somente as informações
básicas dos custos.
• Para fazer frente a estas pressões, as organizações segundo Ferreira (2007)
devem buscar o equilíbrio entre concorrência, lucratividade e rentabilidade.
• Aplicar uma gestão de custos mais eficiente, permite a empresa o domínio do
seu custo-alvo, garantindo a rentabilidade do capital investido pelos acionistas
ou sócios.
8
#RECAPITULANDO#
TÓPICO 1.2 - Conceitos e Objetivos de Custos
Conceitos de Custo
Existem vários e diferentes conceitos sobre Custo. Gestores que compreendem
estes conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e evitarem
informações equivocadas de custos. Procuramos, dentro desta grande gama de
conceitos, algumas definições de fácil compreensão e entendimento e que sintetizem a
essência e a importância deste assunto (FERREIRA, 2007):
Terminologias no Estudo de Custos
Apresentamos a seguir, as terminologias utilizadas no estudo de custos
(BORNIA, 1995, apud FERREIRA, 2007):
Gastos: é o valor dos bens e serviços adquiridos pela empresa.
Desembolso: é o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço,
podendo ser à vista ou a prazo.
Investimento: é o gasto com bem e serviço em função da vida útil ou
benefícios atribuíveis a períodos futuros.
Custo Direto: é o gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção.
São todos os gastos relativos à atividade de produzir.
Objeto de Custo: é a medida de custo de um produto ou serviço.
Despesa: é o gasto com bem ou serviço não utilizado nas atividades de
produção, porém consumido com o fim de obter receitas.
Perda: é um gasto não intencional decorrente de fatores externos ou da
atividade normal da empresa (ex. perdas normais de matéria-prima). É incorporado ao
custo da produção.
Mão-de-obra Direta: A mão-de-obra direta está relacionada com todo o
funcionário que executa uma tarefa capaz de ser medida e agregada diretamente ao
produto como é o caso de um operário no setor de pintura onde o tempo consumido na
pintura de um produto ou componente pode ser medido.
• Custo é recurso utilizado para atingir um objetivo especifico.
• Custo é o valor expresso em moeda corrente (r$) de atividades e materiais
efetivamente consumidos e aplicados na fabricação e comercialização dos
produtos.
• Custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais
consumidos na fabricação e comercialização da venda.
• Custo é o preço pelo qual se obtém um bem.
9
Mão-de-obra Indireta: A mão-de-obra indireta esta relacionada com todo
funcionário que executa tarefas não diretamente ligadas a transformação do produto
(supervisores, pessoal administrativo, etc) e é de difícil distribuição ao produto, pois
não é possível conhecer quanto tempo o produto consome da pessoa. É o caso de um
operário que tem como função supervisionar ou controlar determinadas tarefas que
possui difícil mensuração. O valor da mão-de-obra indireta deve então, ser estimada
ou rateada aos produtos, no entanto, os critérios de rateio devem ser cuidadosamente
elaborados para que não ocorram distorções quando aos custos que forem alocados aos
produtos.
Matéria-Prima: É o material que pode sofrer algum tipo de beneficiamento
através de um processo produtivo com a utilização de mão-de-obra e insumos, obtendo
como resultado final um produto comerciável. Os materiais são sempre classificados
como custo variável e podem apresentar-se como diretos ou indiretos.
Custos Indiretos: São os custo que não são facilmente vinculados aos
produtos, mas a um conjunto ou a empresa. Como nos custos diretos, os custos
indiretos são encontrados na área produtiva (materiais indiretos, depreciação, salário
dos supervisores, aluguel etc) e na área comercial (telefone, viagens, propagandas etc).
No entanto, existe uma dificuldade grande de atribuir os custos indiretos aos produtos,
pois necessitam ser apropriados através da escolha de critérios que podem provoca
distorções no custo final do produto.
Centros de Custos: Denominam-se Centros de Custos, as diversas seções de
uma empresa delimitadas segundo o aspecto de localização de todos os custos aí
verificados. Os centros de custos classificam-se em produtivos e administrativos e,
eventualmente, em auxiliares.
Centros de Custos Produtivos: São aqueles setores da empresa onde se
processa a fabricação dos produtos. Exemplo: corte, costura e acabamento na indústria
de confecção. Em empresas de médio e grande porte costuma-se subdividir ainda mais
algumas seções produtivos de modo a separar em vários centros de custos as máquinas
ou atividades que devam ter diferentes custos hora/máquina ou hora/homem, ainda que
executando operações idênticas.
Centros de Custos Administrativos: São os setores que executam atividades
de caráter gerencial ou administrativo da empresa. Exemplo, Administração Geral,
Administração do Material, Expedição, Vendas, Filiais, etc.
Objetivo de Conhecer os Custos
O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a
competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos
itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica.
#FATOS E DADOS
A competitividade provocada pela concorrência advinda da abertura de mercado
em 1990, e a busca do crescimento sustentado provocaram nas empresas a grande
corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos custos dos seus itens, acentuando
10
cada vez mais a importância de acompanhar sua evolução, seus respectivos preços de
vendas e servindo também como orientação nas decisões de permanência ou não
destes itens, no rol dos produtos comercializados.
Fonte: FERREIRA, José Angelo;.Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007.
#FATOS E DADOS#
Consequências da Ausência de Informações de Custos
Graves são as consequências, para a empresa, da ausência de informações sobre
os seus custos. Dentro delas podemos enumerar (FERREIRA, 2007):
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1) Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C),
Despesa (D) ou Perda (P):
( ) Compra de matéria-prima
( ) Consumo de energia elétrica
( ) Utilização de mão-de-obra
( ) Consumo de combustível
( ) Salários do pessoal administrativo
( ) Aquisição de máquinas
( ) Utilização de matéria-prima
( ) Aquisição de embalagem
( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente
( ) Comissões proporcionais às vendas
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
#RECAPITULANDO
• Existem vários diferentes conceitos sobre Custo. Gestores que compreendem
estes conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e
evitarem informações equivocadas de custos.
• Um objeto de custo pode ser um produto, serviço, projeto, cliente, atividades
ou departamento na qual uma medida de custo é desejada.
• O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a
competitividade da empresa.
• Desconhecimento do lucro por Produto fabricado;
• Venda de produtos que podem não estar gerando o lucro necessário;
• Aplicação do Capital de Giro através da fabricação para estoques de produto
pouco rentável;
• Um esforço de venda orientado para produtos menos lucrativos;
• Desconhecimento dos custos das atividades da empresa;
• Falta de informação necessária para incentivar ou fixar ações para redução de
custo;
• Menor lucro e menor rentabilidade;
• Ameaças a estabilidade econômica, financeira e consequente crescimento da
empresa.
11
#RECAPITULANDO
TÓPICO 1.3 - Classificação de Custos
a) Em relação aos produtos fabricados
Frequentemente a classificação de um custo como Direto ou Indireto causa
alguma confusão inicial, visto que a distinção entre Direto e Indireto é feita
primeiramente com base no julgamento da viabilidade econômica do levantamento da
informação do custo. Segundo, porque um custo pode ser classificado como Direto em
relação a um produto e Indireto em relação a outro produto. Exemplo: Em uma fabrica
de móveis o gasto com água pode ser considerado como custo Indireto, visto que a
água não incide diretamente na fabricação de um móvel, já numa fabrica de postes
para distribuição de energia elétrica a água pode ser classificada como custo Direto,
pois é parte integrante do concreto que é a matéria-prima principal para a fabricação
de poste (FERREIRA, 2007).
Segundo Martins (1995) os custos em relação aos produtos fabricados podem ser
classificados em:
Custos Diretos ou Custos traçados: são custos que podem ser apropriados
diretamente aos produtos fabricados (ex. matéria-prima, embalagem, etc.)
Custos Indiretos ou Custos alocados: são custos que, para serem apropriados
ao produto, dependem de cálculos ou estimativas através de critérios de rateios (ex.
aluguel, salários depreciação, etc.)
Custo Atribuído: é o custo final do produto ou serviço, envolvendo os custos
diretos e os custos indiretos para sua obtenção.
OBJETO DE CUSTO
• Fatores que afetam os Custos Diretos e Indiretos
A materialidade do custo em questão: A importância do custo em questão. O que
mais impacta no produto, aquele que é economicamente viável de ser levantado.
CUSTOS
ATRIBUÍDOS
Custos Diretos
Ex.: papel para
impressão de um livro
Custos Indiretos
Ex.: aluguel do
imóvel onde o livro é
impresso
Custos Diretos
Custos Indiretos
12
#REFLITA
Levantar o custo de entrega de uma encomenda para um cliente é economicamente
viável, enquanto o custo da etiqueta do endereço do cliente provavelmente deva ser
classificado como indireto, pois não é economicamente viável levantar seu custo
individual. Os benefícios de conhecer o valor exato de cada etiqueta não excedem o
custo do levantamento desta informação. O custo tem um custo e tem-se que avaliar o
custo - beneficio do esforço utilizado para apurá-lo.
#REFLITA#
Custo Benéfico do Levantamento de Informações para Custos
Fonte: Ferreira (2007).
A tecnologia disponível para o levantamento da informação: O desenvolvimento
da tecnologia da informação ampliou a apropriação nos produtos dos custos
classificados como diretos. Ex.: o código de barras utilizado nas linhas de produção
permitiu a apropriação de custos antes classificados como indiretos devido à
dificuldade de obtenção de informação precisa da participação destes custos no
produto.
#FATOS E DADOS#
O diretor da área de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, destacou a
importância do desenvolvimento de tecnologia em grandes projetos. O objetivo é
diminuir o custo total para extração de petróleo e gás em alto mar. “É importante
ter à tecnologia e aos mecanismos adequados de gestão para produzir de forma
competitiva e reduzir de forma significativa os custos de produção”, afirmou o
diretor durante a Offshore Technology Conference (OTC Brasil 2013), nesta quarta-
feira (30/10), no Rio de Janeiro.
Fonte: http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/10/30/tecnologia-pode-ajudar-a-
reduzir-custo-de-producao-afirma-diretor/
#FATOS E DADOS#
Projeto e Definição do Processo: a definição do projeto do processo facilita a
apropriação de um custo como direto, pois se torna possível identificar o custo de um
item utilizado em um produto ou para um cliente especifico.
13
Acordos contratuais: o contrato de fabricação de um determinado produto para um
cliente específico, um chip de computador para a Intel como exemplo, permite que se
classifique como direto os custos dos componentes para a fabricação daquele chip.
b) Em relação aos níveis de produção
Custos Fixos: são custos que não se alteram com qualquer que seja o volume
de produção. Porém os custos fixos unitários se alteram em relação ao volume
produzido (ex. seguros, material de expediente, telefone, etc.)
Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 5.000
unidades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi
de $ 57.000,00:
Custo Fixo Total
Custo Fixo Unitário = --------------------------
Volume de Produção
$ 57.000,00
Custo Fixo Unitário = -------------------------- = $ 11,40 por unidade
5.000
Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 8.000
unidades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi
de $ 57.000,00
Custo Fixo Total
Custo Fixo Unitário = --------------------------
Volume de Produção
$ 57.000,00
Custo Fixo Unitário = -------------------------- = $ 7,12 por unidade
8.000
14
Gráfico da Variação do Custo Fixo Unitário em Relação ao Volume Produzido
Fonte: Ferreira (2007).
Custos Variáveis: são custos que se alteram com o volume de produção.
Porém os custos variáveis unitários são constantes, por exemplo, a matéria-prima
utilizada na fabricação de um produto, quanto mais se produz mais matéria-prima se
consome, porém cada produto em individual consumirá sempre a mesma quantidade
de matéria-prima.
Custo Variável Total Altera com o Volume de Produção
Fonte: Ferreira (2007).
11,40 7,120
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
1 2
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
$ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00
Custo Total da Materia-Prima
TotalProduzido
15
Custo Variável Unitário (5% Comissão) não Altera com o Volume de
Vendas
Fonte: Ferreira (2007).
Custos Fixos e Variáveis em relação ao Volume de Produção
Fonte: LEONE (1992, p. 62).
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
$ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00
Volume de Vendas
%Comissão
16
c) Considerações para Análise e Determinação dos Custos Fixos e Variáveis
Segundo Welsch (1964, p.199), ao se estudar um custo com objetivo de
caracterizá-lo como fixou ou variável, deve-se considerar os seguintes aspectos:
Fixos Variáveis
Controle
Os custos fixos são controlados
por algum nível dentro da
empresa. Normalmente, são
controlados por níveis mais
altos dentro da hierarquia
organizacional.
Os custos variáveis são
controlados geralmente pelo
centro de custos que o realiza.
Atividade
Os custos fixos são aqueles
relacionados com a capacidade.
São aqueles que independem do
volume de atividade.
Esses custos variam em função
do nível de atividade.
Faixa de Volume
Os custos fixos devem ser
relacionados com uma faixa de
volume. São raros os custos
fixos que permanecem
constantes além de uma faixa
de volume.
Do mesmo modo que os custos
fixos, os custos variáveis
devem ser analisados dentro de
uma faixa efetiva de volume.
Fora dos limites dessa faixa, os
custos variáveis terão
normalmente outro
comportamento quando
tomados unitariamente.
Decisão
Administrativa
Os custos fixos ligam-se
estreitamente as decisões
tomadas pela administração.
Muito embora alguns custos
variáveis possam ser alterados
em virtude das decisões
administrativas, isso
acontecerá em relação ao seu
total. Entretanto, sempre
reagirão diante do volume de
atividade sob taxas diferentes
de variabilidade.
Período Os custos fixos são sempre
relacionados ao período
Os custos variáveis são
relacionados as atividades
Em relação à
unidade do produto
Os custos fixos tornam-se
variáveis.
Os custos variáveis tornam-se
fixos.
Fonte: Adaptado por Ferreira (2007).
#ATENÇAO!
Direcionador de Custo (Cost Driver): é um fator ou um nível de atividade ou
volume, que afeta o custo. É uma relação de causa e efeito entre o nível de atividade
ou volume de um determinado produto e seu custo total. Por exemplo, o número de
17
livros impressos é um direcionador de custos da quantidade de papéis utilizados na
impressão de cada livro (BORNIA, 1995).
#ATENÇÃO#
d) Relacionamento entre os tipos de custos
Segundo Iglesias (1999), os custos podem ser simultaneamente:
ü Diretos e variáveis
ü Diretos e fixos
ü Indiretos e variáveis
ü Indiretos e fixo
Exemplo de Combinação de Custos Diretos/Indiretos e Variáveis/Fixos
Fonte: Ferreira (2007).
e) Custo Unitário e Custo Total
Custo Unitário: o custo unitário também chamado de custo médio, é calculado
ao dividir o custo total por uma unidade de medida (horas trabalhadas, número de
entregas, número de itens fabricados, número de itens montados, etc). Por exemplo,
supondo que os custos de produção de uma fábrica de calçados em um período de 30
18
dias foram de $ 230.000,00 e o número de pares de sapatos fabricados foi de 8.000
pares, o custo unitário por par seria:
Custo Total de Produção
Custo Unitário = ---------------------------------------
Quantidade de pares fabricados
$ 230.000,00
Custo Unitário =------------------------ = $ 28,75 por par
8.000
Custo Total = $ 230.000,00
O custo unitário como apresentado acima é frequentemente utilizado em
relatórios financeiros. Porém, os gestores devem pensar em termos dos custos totais e
não de custo unitário na tomada de decisões.
#SAIBA MAIS
Outras classificações de custos (FERREIRA, 2007):
Custos Históricos: são custos apurados após o encerramento do período (mês
por exemplo).
Custos Predeterminados: são custos calculados antes que ocorram
efetivamente. Utilizados principalmente para orçamentos e custo padrão. Ao utilizar o
custo predeterminado, se faz necessário o levantamento do custo histórico para
verificar variações ou distorções ocorridas.
Custos de Produção do Período: é a soma dos custos incorridos no período.
#SAIBA MAIS#
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1) Uma fábrica produz dois tipos de camisa. Classifique cada um dos seguintes
itens de custo em relação a cada um dessas camisas. Classifique os eventos em
(CVP) Custo Variável de Produção; (CVV) Custo Variável de Vendas e CF
(Custo Fixo):
• O telefone do setor administrativo.______________
• A linha utilizada na confecção da camisa:_______________
• A energia elétrica gasta na produção:__________________
• A despesa com seguro da indústria:_________________
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
19
#RECAPITULANDO
• O custo variável altera em relação ao volume e as atividades. O custo fixo total
permanece inalterado por um período de tempo podendo se alterar de acordo
com o volume ou atividade (ex.: aumento do número de funcionários de
produção, quando a empresa atingir volumes de pedidos muito acima da sua
capacidade atual). Os custos variáveis variam no total e os custos fixos
permanecem fixos no total.
• O custo unitário de um objeto de custo deve ser interpretado com cautela
quando ele incluir componentes de custo fixo, pois o custo variável altera de
acordo com o volume, porém permanece constante em relação à unidade, já o
custo fixo permanece constante em relação ao volume, mas altera em relação à
unidade.
• O custo direto é todo custo que pode ser apropriado diretamente a um objeto de
custo e pode ser levantado de uma forma economicamente viável (relação
custo - benefício). O custo indireto pode ser apropriado diretamente a um
objeto de custo, desde que o custo - benefício do seu levantamento seja
economicamente viável, porém usualmente, pela inviabilidade econômica do
levantamento do custo indireto, o mesmo é apropriado ao objeto de custo
utilizando um critério de rateio.
#RECAPITULANDO
#CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Administração de Custos segundo Ferreira e Souza (1999) é uma poderosa
ferramenta gerencial, oferece às empresas um fantástico diferencial competitivo, pois,
possibilita o controle sobre cada item comercializado, bem como propiciar ao gestor:
· estar apto a direcionar os custos dos produtos e analisar acuradamente todos os
fatores que os dirigem, tais como variedade, complexidade, escopo e mudança, e não
apenas volume;
· estar apto a medir o custo da falha por toda a organização, de modo a concentrar a
atenção dos dirigentes nas principais oportunidades de melhoria;
· estar apto a identificar os fatores que dirigem os custos, para que os dirigentes
possam ser guiados para onde e quando possam direcionar melhor seus empenhos
visando controlar os custos;
· estar apto a reconhecer e refletir a importância crucial de processos
organizacional-chave;
. estar apto a identificar qual o processo de fabricação mais econômico, que preço
praticar nos seus produtos e serviços, qual departamento da empresa utiliza mais
eficientemente seus recursos, quais clientes mais contribuem para os lucros da
companhia
· ter instrumentos que permitam a análise gerencial periódica do desempenho da
empresa através de suas unidades.
#CONSIDERAÇÕES FINAIS#
20
#MINI CASO
Para conhecer mais sobre a importância da gestão de custos, leia o
artigo Gestão de Custos um Fator de Sobrevivência para as
Empresas, acessando o link:
http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/305.pdf.
#MINI CASO#
#RESUMO
O impacto da concorrência provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento
dos custos, considerando que a contabilidade de custos das empresas empregava
técnicas que forneciam ao gestor somente informações básicas dos custos que, de
posse delas tomavam decisões de investimentos e comercialização, técnicas estas
centradas no rateio de custos fixos pela mão-de-obra direta ou horas/máquina,
ignorando fatores como contribuição, complexidade e mudança.
O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a
competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos
itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica.
Hoje a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custo e formação
de preços contábeis tradicionais, podem distorcer as informações gerenciais sobre o
custo dos produtos e serviços, prejudicam as decisões gerenciais, sendo assim, um
gerenciamento de custo mais eficaz, fornece meios para que a empresa possa
estabelecer custos mais acurados e garantir meios para controle destes custos.
Os custos podem ser classificados em Custos Diretos que podem ser apropriados
diretamente aos produtos e serviços, Custos Indiretos que para serem alocados aos
produtos dependem de cálculos e estimativas através de critérios de rateio e Custos
Atribuídos que é o custo final do produto ou serviço, envolvendo os custos diretos e os
custos indiretos necessários para sua obtenção. Quanto a variabilidade, os custos
podem ser classificados em Custos Fixos que são relacionados aos períodos e Custos
Variáveis que são relacionados as atividades.
Fonte: http://www.aedb.br/seget/artigos12/10616499.pdf
#RESUMO#
#RELATO DE CASO
A empresa Descartáveis Higiene Total foi fundada em 2003 para de atender o
mercado de materiais de limpeza institucionais para indústria e comércio e também a
linha de descartáveis para hospitais, clínicas médicas e dentárias, bem como a
necessidade dos consumidores residenciais oferecendo assim produtos concentrados
de alta qualidade no atacado e varejo. A Descartáveis Higiene Total tem como
atividade principal a produção de tapetes personalizados da 3M.
Junto à unidade produtiva da empresa, está a loja que comercializa produtos
descartáveis para residências e clínicas médicas, que não são produtos fabricados pela
organização, ou seja, a parte relacionada ao comércio não tem nenhuma ligação com a
produção dos tapetes.
21
Para o cálculo do custo dos seus produtos o proprietário fazia o levantamento de
seus custos ao final de cada mês, sem a separação dos custos referentes a fabricação
dos produtos com os custos inerentes exclusivamente à loja e que não são relacionados
a fabrica.
A empresa Descartáveis Higiene Total apresentava algumas falhas relacionadas
ao método utilizado para calcular os seus custos. A primeira falha estava relacionada a
não separação dos custos e despesas, este problema pode ser resolvido com a distinção
dos mesmos, separando-os para posteriormente realizar os cálculos utilizados na
gestão de custos.
Outra falha estava relacionada em como é realizado o rateio dos custos entre a
fábrica e a loja, já que alguns gastos como a energia elétrica, impostos, contador,
despesas e manutenções de veículos são referentes aos dois estabelecimentos. Assim
tais gastos são rateados em quantidades iguais entre a fábrica e a loja.
O primeiro passo para a solução do problema foi a separação entre custos e
despesas, pois os custos estão relacionados à área produtiva dos tapetes e as despesas
para comercialização. Após separar custos e despesas, identificar os custos diretos e
indiretos bem como os custos fixos e variáveis, foi possível calcular a margem de
contribuição do produto e através desta metodologia calcular o custo unitário dos
produtos.
Após o conhecimento de todos os custos e com a utilização dos métodos para o
cálculo da gestão de custos, os gestores tiveram uma maior precisão na formação dos
custos dos produtos fabricados e comercializados pela empresa, apurando assim o
lucro de cada item, possibilitando uma gestão focada no aumento da rentabilidade de
suas operações.
#RELATO DE CASO#
#EXERCÍCIOS#
1.1) Em relação a custos, é correto afirmar:
( ) a. os custos fixos totais mantém-se estáveis, independentemente do volume da
atividade fabril;
( ) b. os custos variáveis da produção decrescem proporcionalmente à quantidade
produzida, em razão inversa;
( ) c. os custos variáveis de vendas decrescem em conformidade com a quantidade
produzida;
( ) d. o custo fixo unitário, diminuem em conformidade com o volume produzido.
1.2) Uma empresa industrial utiliza energia elétrica como força motriz do seus
equipamentos para seu processo produtivo. Assim sendo, a energia elétrica gasta
em sua fábrica será considerada:
( ) a. custo variável de vendas
( ) b. custo fixo
( ) c. custo semi -fixo direto
( ) d. custo variável de produção
22
1.3) O aluguel do imóvel onde está instalada uma indústria sofre reajuste a cada
três meses e o custo industrial é anual. Esse custo é classificado como:
( ) a. custo variável
( ) b. custo fixo
( ) c. custo semifixo
( ) d. custo semivariável
1.4) Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo Variavel
de Vendas (CVV), Custo Variáveis de Produção (CVP) e Custos Fixos (CF):
( ) a. Compra de Matéria-prima
( ) b. Consumo de Matéria-Prima
( ) c. Consumo de energia elétrica na área administrativa
( ) d. Consumo de energia elétrica na área industrial
( ) e. Fretes de entrega
( ) f. Fretes de insumos produtivos
( ) g. Gastos com depreciação da fábrica
( ) h. Gastos com supervisão da linha de produção
( ) i. Leasing (aluguel) de veículos administrativos
( ) j. Gastos com limpeza e conservação da fábrica
( ) k. Consumo de material secundário na fábrica
( ) l. Embalagem consumida na indústria
( ) m. Ociosidade da mão-de-obra
( ) n. Mão-de-obra
( ) o. Consumo de combustível da administração
( ) p. Consumo de combustível dos vendedores
( ) q. Salários do pessoal administrativo
( ) r. Aquisição de máquinas
( ) s. Comissões proporcionais às vendas
( ) t. ICMS
( ) u. PIS/COFINS
( ) v. Simples Federal
( ) w. Material de Expediente
( ) x. Manutençao de Equipamento da Fabrica
( ) y. Aluguel do Imovel
( ) z. Seguro do Imovel
1.5) A empresa “Faz de Conta S.A.”, que atua no setor de serviços para animação
de festas, desembolsou um gasto de $5.000,00 com a compra de uma máquina de
bolhas de sabão e $1.000,00 com gasto de propaganda, através da impressão de
panfletos. Tais gastos são considerados, respectivamente. Escolher uma resposta.
( ) a. Investimento e custo variável de vendas.
( ) b. Investimento e custo fixo
( ) c. Custo variável de produção e investimento.
( ) d. Investimento e Custo Variavel de Produção.
( ) e. Ambos são custos fixos
23
1.6) A empresa “Simulada Ltda”, uma indústria do segmento metalúrgico,
adquiriu dia $100.000,00 em máquinas e equipamentos, pagando $5.000,00 de
seguro pelos bens adquiridos. Tais gastos são considerados, respectivamente:
( ) a. Investimento e custo variável de vendas.
( ) b. Investimento e custo fixo
( ) c. Custo variável de produção e investimento.
( ) d. Investimento e Custo Variavel de Produção.
( ) e. Ambos são custos fixos
1.7) Devem ser classificados como custo de produção os itens:
( ) a. Matéria-prima, mão-de-obra, honorários da diretoria.
( ) b. Honorários contábeis, fretes de vendas e seguros.
( ) c. Seguros e material direto.
( ) d. Matéria-prima, manutenção de Equipamento da fabrica, energia elétrica.
( ) e. Salário da administração, material direto, perdas.
REFERÊNCIAS DA UNIDADE I
BORNIA, Antonio Cezar. Mensuração das Perdas dos Processos Produtivos: Uma
Abordagem Metodológica de Controle Interno. Florianópolis, 1995 Tese
(Doutorado), Universidade Federal de Santa Catarina.
FERREIRA, José Angelo. Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007.
LEONE, George Guerra. Custos um Enfoque Administrativo. Rio de Janeiro.
Editora da FGV, 1992.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1995.
24
UNIDADE II
Gestão Estratégica de Custos
Objetivos de Aprendizagem
• Entender os conceitos básicos do Custo Volume Lucro (CVL)
• Aprender como determinar o ponto de equilíbrio utilizando o Custo
Volume Lucro
• Usar o CVL para o planejamento de custos
• Compreender como aplicar a CVL para analise dos direcionadores de
custos
• Aprender a distinguir entre margem de contribuição e margem bruta
• Utilizar o CVL na analise de custos e preço dos produtos
Plano de Estudo
• Utilizando a Analise Custo Volume Lucro para tomada de decisão
• Planejamento do Custo e Analise Custo Volume Lucro
• Efeito do Mix de Vendas no Lucro
25
INTRODUÇÃO
O mercado brasileiro está em constante mudança, cada vez mais ágil, moderno e
disputado. Podemos afirmar que hoje o mercado brasileiro é mais dinâmico. Este
dinamismo que vemos hoje teve o seu gatilho no início da década de 90 quando o
mercado brasileiro foi aberto para a globalização permitindo que empresas
estrangeiras se instalasse no país e quando que diversos outros produtos e serviços
chegassem as casas dos brasileiros.
Este mercado mais dinâmico tornou a tarefa de empresários e gestores de empresa
cada vez mais difíceis, pois, toda decisão, desde então, deve ser tomada observando o
mercado e mensurando os seus efeitos no faturamento e no lucro da empresa. Com a
vinda de novos produtos e concorrentes para o mercado nacional a necessidade de
investimentos em estrutura qualificação e propaganda começou a crescer, e ser elevada
em consideração já a partir da escolha do Mix de Produtos da empresa, como também
na formação do preço de venda e dos custos dos produtos.
Para otimizar os resultados da empresa e conseguir prever os efeitos de cada decisão
ou movimento de mercado dentro das empresas, surgi a necessidade de uma
ferramenta que avalie a proporção entre preço de venda, custos, volume de produção e
vendas e a rentabilidade da empresa, ou seja, o tão precioso lucro.
A ferramenta que possui essa função é denominada de Análise Custo/Volume/Lucro
ou Análise CVL, entrega informações de suma importância para empresários e
gestores das empresas, os permitindo tomarem decisões é mensurando o impacto no
faturamento e lucro a serem obtidos com cada mudança do mercado ou planejamento e
estratégias tomadas.
Nesta unidade iremos verificar que a análise CVL reúne conceitos de três outros
elementos da gestão de custos que são a Margem de Contribuição, o Ponto de
Equilíbro e por fim a Margem de Segurança. Através da análise conjunta destes
elementos e atribuindo cenários e perspectiva de resultados e lucros a análise CVL
permite ao gestor de custos prever o impactos das suas decisões nos demonstrativos de
resultado projetados e assim tomar decisões como a melhor escolha do Mix de
Produtos que a empresa irá trabalhar
26
TÓPICO 2.1 - Utilizando a Analise Custo Volume Lucro (CVL)
para Tomada de Decisão
Esta unidade examina uma das ferramentas mais básicas e importantes para a
gestão de custos e tomada de decisão: o Custo Volume Lucro. A Análise CVL (Custo -
Volume - Lucro) envolve os conceitos de Margem de Contribuição, Ponto de
Equilíbrio e Margem de Segurança.
#REFLITA#
“A análise do CVL é uma ferramenta valiosa para calcular o impacto de preços, custos
e volume sobre o lucro operacional. Uma importante dimensão do trabalho da
administração é gerenciar cada variável que afeta o lucro operacional, para aumentar a
lucratividade da companhia” (MAHER, 2003, p.36).
#REFLITA#
Segundo Ferreira (2007), a Margem de Contribuição representa o valor que a
unidade de um produto produzido e comercializado pela empresa, deduzidos seus
custos variáveis, contribui para pagar os custos fixos da operação.
Em relação ao Ponto de Equilíbrio, Bornia (1995), define como o nível de
atividade no qual o valor das vendas totais se iguala os custos totais, fazendo com que
a empresa não obtenha lucro e nem sofra prejuízos. Portanto o Ponto de Equilíbrio é o
volume de operações que gera lucro igual a zero.
Para Ferreira (2007) a Margem de Segurança que consiste o total das vendas
que excede o ponto de equilíbrio, demonstrando o quanto as vendas podem sofrer de
queda sem com isso realizar prejuízos.
#FATOS E DADOS#
No estado de Santa Catarina entre Itajaí e Barra Velha, ao longo da BR 101, em março
de 2013 estavam instalados 11 postos revendedores, tendo estes um potencial
expressivo na venda de óleo diesel, representando 19,4% de todo no estado.
Os proprietários dos postos revendedores estavam encontrando dificuldades na gestão
dos custos das operações e através de uma consultoria do Sebrae, aprenderam como
aplicar a Analise CVL, visto que são constantes as oscilações de preços, motivadas
principalmente pelo ônus tributário, possibilitando assim otimizar o desempenho das
27
organizações que dirigem, conseguindo assim diminuir o elevado índice de
mortalidade empresarial do setor.
#FATOS E DADOS#
Além da utilização do CVL, para determinar o Ponto de Equilíbrio e a
quantidade de vendas necessária para atingir determinado lucro operacional, a analise
CVL pode orientar os gestores para outras decisões como apresentaremos a seguir.
1) Decisão sobre Investimento em Propaganda
Para melhor compreendermos a utilização da CVL, tomemos com exemplo a
empresa CAMISARIA CORTE CERTO LTDA, supondo que a empresa esteja
projetando uma venda de 150 camisas em uma feira de exposição na qual participa,
visando obter um lucro de $ 1.500,00. A diretora de vendas da CAMISARIA CORTE
CERTO LTDA é procurada pela empresa de Publicidade VENDE TUDO, que está
coordenando as negociações nesta feira. A VENDE TUDO, oferece a veiculação de
uma propaganda sobre a empresa em um caderno especial do evento. A propaganda
custará $ 1.000,00. Este custo será fixo, não sofrendo qualquer alteração, independente
ao número de camisas que a empresa vender neste evento. A diretora de vendas tem
como expectativa, que a propaganda aumentará sua venda para 180 camisas.
Analisando a tabela a seguir, é possível decidir se a empresa deve ou não
investir nesta propaganda:
150 camisas
vendidos sem
propaganda
180 camisas
vendidos com
propaganda
Diferença
(1) (2) (3) = (2) – (1)
Margem de Contribuição ( $ 30 ) $ 4.500,00 $ 5.400,00 $900,00
Custos Fixos $ 3.000,00 $ 4.000,00 $ 1.000,00
Lucro Operacional $ 1.500,00 $ 1.400,00 $ (100,00)
Fonte: Adaptado de Ferreira (2007).
28
2) Decisão para Redução no Preço de Vendas
A análise do CVL orienta também na decisão sobre reduzir ou não o preço de
um produto, provocando o aumento no volume de vendas e consequentemente a
receita da empresa.
Tome-se com exemplo CAMISARIA CORTE CERTO LTDA., supondo-se
que a empresa decida em reduzir o preço de venda unitário da camisa para $ 85,00
com base em uma redução de custos obtida pela fabrica de $ 70,00 para $ 65,00. A
gerente de vendas acredita que com a redução no preço de $ 100,00 para $ 85,00, será
possível vender 180 camisas sem precisar investir em propaganda, já que este gasto se
mostrou inviável.
Com base na analise do CVL tem-se:
Fonte: Adaptado de Ferreira (2007).
Conclui-se que:
Margem de Contribuição após redução de preço para $ 85,00: ($ 85 - $ 65) x 180 $ 3.600,00
Margem de Contribuição para preço normal $ 100,00: ($ 100- $ 70) x 150 $ 4.500,00
Aumento/queda da margem de contribuição coma redução de preços $(900,00)
Conclui-se que:
Analisando a coluna da Diferença(3), chega-se a conclusão de que se a empresa
fizer o anúncio proposto pela agência de propaganda, a margem de contribuição
aumentará em $ 900,00, porém os custos fixos, aumentarão em $ 1.000,00,
reduzindo o lucro operacional da empresa para um prejuízo de $ 100,00.
Ao investir na propaganda, o prejuízo da empresa será de $ 100,00. Desta
maneira, a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA não deve anunciar neste caderno
especial do evento.
Mesmo com o aumento nas unidades vendidas em 30 peças, a redução de preços
provoca a diminuição na margem de contribuição total, reduzindo consequentemente o
lucro operacional da empresa, já que, os custos fixos permanecem os mesmos,
demonstrando a inviabilidade desta estratégia.
29
Preço $ 100,00 Preço $ 85,00
($ 100,00 - $ 70,00) x 150 ($ 85,00 - $ 65,00) x 180
Margem de Contribuição $ 4.500,00 $ 3.600,00
Custos Fixos $ 3.000,00 $ 3.000,00
Lucro Operacional $1.500,00 $600,00
Fonte: Adaptado de Ferreira (2007).
3) Análise de Sensibilidade e Incerteza
Antes de decidir por uma alternativa, os gestores frequentemente se orientam
pela Analise Sensitiva.
Segundo Ferreira (2007), a Análise Sensitiva é a técnica que os gestores
utilizam para examinar como os resultados se comportariam se uma das hipóteses
iniciais sofressem alteração. No contexto da analise CVL, a analise sensitiva responde
algumas questões como:
Para o autor, o uso de planilhas eletrônicas possibilita aos gestores que
utilizarem a técnica da Análise Sensitiva de uma maneira sistemática e eficiente. Com
o recurso de planilhas eletrônicas, os gestores podem facilmente conduzir a análise
para examinar os efeitos e iterações das mudanças nos preços de venda, nos custos
variáveis, nos custos fixos e na projeção do lucro operacional.
• Qual seria o lucro operacional se houvesse uma queda de 5% nas vendas
inicialmente projetadas?
• Qual seria o lucro operacional se os custos variáveis unitários
aumentassem em 10%?
30
#ATENÇÃO#
A margem de segurança pode responder, por exemplo, a seguinte questão: Em quanto
podem cair às vendas antes de a empresa atingir seu ponto de equilíbrio?
#ATENÇÃO#
Como apontado por Kaplan e Atkinson (1989), muitas decisões gerenciais
requerem a análise do comportamento de custos e lucros em relação as suas
expectativas do volume de vendas, sendo que a maior incerteza, não está relacionada
com custos e preços dos produtos, mas com a quantidade a ser vendida. A Análise de
Custo/Volume/Lucro, torna possível analisar os efeitos das mudanças nos volumes de
vendas e na consequente lucratividade da organização.
A competitividade cada vez mais acirrada no mundo dos negócios tem
conduzido os gestores na busca por soluções acertadas que possibilitem otimizar os
resultados melhorando a obtenção de lucros. Quando a concorrência é grande, preços
competitivos são uma boa maneira de atrair e cativar clientes.
Tome-se como exemplo uma planilha da simulação da Analise de
Sensibilidade da CAMISARIA CORTE CERTO LTDA, para diferentes hipóteses de
lucro, custos variáveis e custos fixos:
Planilha de Análise do CVL da CAMISARIA CORTE CERTO LTDA.
Custo Receita Necessária, com um Preço de Venda
Variável de $ 100,00 para obter o lucro de:
Custos Fixos Unitario 0,00 1.500,00 2.000,00 3.000,00
70,00 10.000,00 15.000,00 16.666,67 20.000,00
3.000,00 85,00 20.000,00 30.000,00 33.333,33 40.000,00
95,00 60.000,00 90.000,00 100.000,00 120.000,00
70,00 11.666,67 16.666,67 18.333,33 21.666,67
3.500,00 85,00 23.333,33 33.333,33 36.666,67 43.333,33
95,00 70.000,00 100.000,00 110.000,00 130.000,00
70,00 13.333,33 18.333,33 20.000,00 23.333,33
4.000,00 85,00 26.666,67 36.666,67 40.000,00 46.666,67
95,00 80.000,00 110.000,00 120.000,00 140.000,00
Fonte: Ferreira (2007).
Ao utilizar uma planilha, a empresa pode visualizar de maneira fácil e rápida, a
necessidade de receita. Se praticar o preço de venda unitário de $ 100,00 por camisa,
obtendo diferentes lucros operacionais considerando os vários níveis de custos fixos e
custos variáveis da empresa.
#ATENÇÃO! #
A análise da sensibilidade possibilita ao gestor projetar cenários positivos ou não, caso
uma expectativa prevista não se realize. Outra possibilidade é o calculo dos resultados
operacionais diante de uma expectativa de queda ou aumento de receitas e despesas.
#ATENÇÃO! #
31
Com um custo fixo de $ 3.000,00 e um custo variável unitário de $ 85,00 por
unidade de camisa, seria necessário uma receita de $ 20.000,00 para que a empresa
opere no equilíbrio (lucro operacional igual a zero). Mantendo as mesmas condições
de custos fixos e variáveis, para que a empresa obtenha um lucro operacional de
$ 3.000,00, é necessário uma receita de $ 40.000,00.
A empresa pode também simular, qual será a receita necessária (no exemplo
dado $ 80.000,00), para alcançar o ponto de equilíbrio caso o custo fixo (aluguel do
estande da feira) aumentar para $ 3.500,00 e os custo variáveis subirem para $ 95.00 a
unidade.
Um dos aspectos mais importante da analise da sensibilidade é à margem de
segurança. A margem de segurança é a quantidade vendida menos o ponto de
equilíbrio.
#SAIBA MAIS#
Saiba mais sobre Análise de Sensibilidade com o artigo: A Análise De
Custo/Volume/Lucro Como Ferramenta Gerencial Para Tomada De Decisão: Um
Estudo De Caso Em Uma Indústria Química Do Sul De Santa Catarina, acessando o
link: http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/00004C/00004CE3.pdf
#SAIBA MAIS#
Como exemplo do cálculo da margem de segurança, consideremos que os
custos fixos da C&C Ltda. sejam de $ 3.000,00, o preço de venda unitária da camisa
$ 100,00, os custos variáveis unitários por unidade $ 70,00.
Para 150 unidades vendidas, a receita será de $ 15.000,00 e o lucro
operacional $ 1.500,00 e o ponto de equilíbrio é de 100 unidades ou $ 10.000,00. A
margem de segurança é de $ 5.000,00 ( $ 15.000, 00 - $ 10.000,00) ou 50 camisas (
150 – 100 camisas). Isto é, a empresa pode ter uma queda de vendas de 50 camisa que
ainda permanecerá em equilíbrio (lucro igual a zero).
# MINI CASO#
Análise Custo/Volume/Lucro aplicada a Reran Sorvetes
A empresa Reran Sorvetes tem como atividade principal a produção e comercialização
de alimentos congelados. A empresa está situada na cidade de Armazém (sul de Santa
Catarina), distante aproximadamente 200 km de Florianópolis. Pelas suas
características pode ser considerada uma microempresa, contando com o trabalho dos
dois sócios e de apenas um funcionário, ocupando área física de apenas 81 (oitenta e
um) metros quadrados. A produção abrange um rol de cerca de quarenta produtos
distintos, dispersos nas linhas “Picolés”, “Sorvetes”, “Potes 2 litros”, “Potes 750ml” e
“Potes 10 litros”.
Para executar a Análise de Custos/Volume/Lucro desejada foram empregados
procedimentos visando o levantamento dos dados necessários. Nesta direção, após
32
exame dos controles internos e de entrevistas com os responsáveis pelos setores da
empresa, foram coligidas as seguintes informações:
a) custo de compra das matérias-primas;
b) consumo de cada matéria-prima por unidade de cada tipo de produto fabricado;
c) custo total com matérias-primas por unidade de cada produto;
d) determinação dos percentuais incidentes sobre o preço de venda, como tributos,
comissões, etc;
e) obtenção dos preços de vendas praticados por produto comercializado.
Em seguida, passou-se ao cálculo dos fatores envolvidos na Análise CVL, ou seja,
calculou-se a margem de contribuição unitária dos produtos, a margem de contribuição
total em função do volume mensal comercializado, o ponto de equilíbrio (em unidades
e em valor) e a margem de segurança.
Ao confrontar a margem de contribuição proporcionada por cada produto fabricado
com o respectivo tempo de produção, foi possível aferir a “Rentabilidade do produto
pelo fator de restrição (tempo gasto)”. Ou seja, considerando como fator de restrição
da capacidade produtiva o tempo de fabricação de cada unidade determinou-se quais
os produtos deveriam ser produzidos prioritariamente em cada linha comercializada.
O CVL como ferramenta gerencial há muito vem sendo considerada pela literatura
técnica pertinente como pródiga em ofertar subsídios decisoriais consistentes aos
gestores. Conforme evidenciado, sua aplicabilidade é perfeitamente possível também
em organizações industriais de pequeno porte, como a empresa mencionada nesta
pesquisa.
Assim, é pertinente que os administradores e contadores ligados às empresas de
pequeno porte tentem entender e aplicar os conceitos abrangidos pela Análise
Custos/Volume/Lucro em tais organizações, como forma de otimizar o desempenho
das mesmas, tendo assim, melhores condições para evitar ou diminuir as dificuldades
de gerenciamento das atividades financeiras que levam diversas empresas à falência
pouco tempo depois de iniciadas.
#MINI CASO #
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
Assinale a alternativa correta:
1) A Margem de Contribuição é a diferença entre receita e:
a) Custos fixos
b) Lucro Operacional
c) Custos variáveis
2) Um dos aspectos mais importante da análise de sensibilidade é:
a) Margem de Contribuição
b) Lucro Operacional
c) Ponto de Equilíbrio
d) Margem de Segurança
33
3) A análise do CVL é uma ferramenta valiosa para calcular o impacto de preços,
custos e volume sobre:
a) Margem de Contribuição
b) Lucro Operacional
c) Ponto de Equilíbrio
d) Margem de Segurança
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
#RECAPITULANDO#
• Usar a Análise CVP requer pressupor que os custos ora são fixos ora variáveis
em relação a quantidade vendida e que há uma linearidade entre receitas e
custos;
• A Análise CVP auxilia os gestores a entender o comportamento do custo total,
das receitas totais e do lucro e as mudanças que ocorrem nos preços, custos
fixos e custos variáveis;
• Na tomada de decisão os gestores usam a Analise CVP para comparar margem
de contribuição e custos fixos em diferentes alternativas;
• Margem de Contribuição é receita menos custos variáveis.
#RECAPITULANDO#
34
TÓPICO 2.2 - Planejamento do Custo e Análise
A análise do Custo Volume Lucro destaca os riscos e retornos de uma estrutura
de custos de uma organização, auxiliando os gestores a fazerem considerações sobre
estruturas alternativas de custos.
Estruturas Alternativas de Custo entre Custo Fixo e Custo Variável
Ao considerar a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA. como exemplo, que
pagou $ 3.000,00 pelo aluguel do estande. Supondo que os organizadores houvessem
oferecido a empresa três diferentes alternativas de locação do espaço:
ü Opção 1: $ 3.000,00 taxa fixa
ü Opção 2: $ 1.800,00 taxa fixa mais 10% de comissão sobre as receitas
ü Opção 3: 25% de comissão sobre as vendas sem taxa fixa.
Ao projetar uma venda de 150 camisas, faz-se necessário analisar qual o
impacto de cada opção sobre o lucro e qual o risco que cada opção oferece.
Tabela CVL Para Opções de Aluguel do Estande
Opção 1 Opção 2 Opção 3
Receita Total
( $ 100,00 o par )
Custos Variáveis
$ 15.000,00
$ 10.500,00
$ 15.000,00
$ 12.000,00
$ 15.000,00
$ 14.250,00
Margem de Contribuição $4.500,00 $3.000,00 $ 750,00
Custo Fixo
(locação do estande)
$3.000,00 $ 1.800,00 $0,00
Lucro Operacional da
Feira
$1.500,00 $ 1.200,00 $ 750,00
Ponto de Equilíbrio ($) $ 10.000,00 $9.000,00 $0,00
Ponto de Equilíbrio (un) 100 90 0
Como pode ser observado na tabela acima, apesar de propiciar um lucro maior,
ao optar pela Opção 1 a empresa corre também um risco maior, pois a necessidade de
venda para atingir o Ponto de Equilíbrio é de 100 camisas, já na Opção 2 será
necessário vender 90 camisas, enquanto que na Opção 3, por não ter o custo fixo do
aluguel do Estande, o Ponto de Equilíbrio é igual a zero.
35
Se o numero de unidades vendidas caírem para 90 camisas, a empresa
trabalharia com prejuízo na Opção numero 1, pois a margem de contribuição não
cobriria o custo fixo do aluguel do estande, a Opção 2 daria lucro igual a zero, porém
cobriria o valor do aluguel e a Opção 3 daria lucro de $ 450,00, pois não tem o custo
do aluguel.
FATOS & DADOS
Atualmente, os mercados seguradores brasileiros e mundiais passam por inúmeros
desafios. Como exemplo, no Brasil, podemos citar os níveis de fraude em sinistros, as
dificuldades do seguro saúde e o aumento do grau de competição. Em um estudo feito
no final de 2013 em seguradoras nacionais concluíram que, de um modo geral, as
seguradoras brasileiras têm taxas de rentabilidade maiores que as internacionais, pois,
por o capital ser mais escasso em nossa economia, além do maior risco associado, as
empresas devem ter alguma compensação. Porém, o que observa-se de mais
interessante neste estudo, é que tal ganho não ocorre nem tanto pela maior
margem líquida das operações, mas sobretudo pelo maior nível de alavancagem
das companhias nacionais. Ou seja, em uma linguagem “menos teórica”, aqui, de
cada “Real” de seguro vendido, as seguradoras brasileiras têm obtido de lucro o
mesmo que uma internacional. A diferença é que a venda no Brasil pode ser realizada
com menor capital.
Fonte:
http://www.sincor.org.br/conteudoPortugues/modeloInternaSemMenu.aspx?codConte
udo=283
FATOS & DADOS
Empresas com custos fixos altos, como o da Opção 1 por exemplo, possuem
um alto grau de alavancagem. Como resultado, um aumento nas vendas gera lucros
maiores, já uma queda nas vendas podem causar prejuízo operacional.
O nível de alavancagem pode ser medido pela divisão da margem de
contribuição pelo lucro operacional:
A análise do risco-retorno das alternativas estruturas de custos é chamada de
alavancagem da operação. O grau de alavancagem da operação descreve os
efeitos que os custos fixos causam, quando a margem de contribuição diminui
com a queda nas vendas (FERREIRA, 2007).
36
Opção 1 Opção 2 Opção 3
Margem de Contribuição
unitária
$80,00 $ 50,00 $ 30,00
Margem de Contribuição
venda 40 camisas
$ 3.200,00 $ 2.000,00 $ 1.200,00
Lucro Operacional da
Feira
$1.200,00 $ 1.200,00 $ 1.200,00
Grau de Alavancagem da
Operação
2,67 1,67 1,00
Como podemos observar na tabela acima, para uma venda de 40 camisas, a
margem de contribuição é de 2,67 vezes o lucro operacional na Opção 1, já na Opção
2 é de 1,67 vezes e na Opção 3 é de 1,00 vez. Se considerarmos, por exemplo, um
aumento nas vendas na ordem de 50%, de 40 para 60 camisas, a margem de
contribuição aumentará em 50% para cada opção apresentada. O lucro operacional,
porém aumentará 2,67 x 50% = 133% (de $ 1.200,00 para$ 3.600,00) na Opção 1, mas
somente 1,00 x 50% = 50% na Opção 3 (de $ 1.200,00 para $ 1.800,00).
#SAIBA MAIS#
Saiba mais sobre Grau de Alavancagem, acessando o link:
https://docs.google.com/viewer?url=http://jeffersonmgmendes.com/Eng_economica/E
ngecon_09_alavancagem_financeira.pdf
#SAIBA MAIS#
Efeitos do Horizonte de Tempo
Um tema importante na análise Custo Volume Lucro, é que os custos podem ser
classificados em determinados momentos como custos fixos e em outros como custos
variáveis ( FERREIRA, 2007).
Esta classificação sofre o efeito do intervalo de tempo que for considerado na
tomada de uma decisão, já que no curto prazo uma boa parte dos custos podem ser
considerados como fixos.
Tomemos como exemplo um avião de passageiros vai partir em 30 minutos e
tem ainda 30 lugares vagos, e um passageiro em potencial chega com uma
transferência de passagem de outra companhia aérea concorrente. Quais serão os
custos variáveis para a empresa aérea? Provavelmente uma refeição a mais, o que
representará muito pouco. Podemos considerar neste caso que todos os custos da
37
decisão de levar este passageiro podem ser considerados como fixos. Agora suponha
que a empresa aérea esteja se decidindo por incluir uma nova cidade as suas rotas,
neste caso, a maioria dos custos que incidirão poderão ser considerados como
variáveis e poucos custos classificados como fixos. Este exemplo nos mostra, que
definir os custos como realmente fixos, depende muito da área de atuação da empresa,
do horizonte do tempo em análise e da situação especifica a se decidir.
Horngren (2003), explica que a Análise CVL é uma das mais utilizadas
ferramentas de gestão, já que através desta análise, é possível examinar o
comportamento das receitas e custos totais, como também, dos resultados das
operações decorrentes de mudanças ocorridas nos níveis de vendas, preços, custos
variáveis unitários e custos fixos.
Em geral, os gestores, utilizam esta análise como uma ferramenta para auxilia-
los a responder questões que envolvam expectativas futuras de lucratividade se
houverem modificações nos preços de venda, nos custos e no volume vendido.
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
Assinale se verdadeira ou falsa:
1) Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através
desta análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais
da empresa.
a) Verdadeira
b) Falsa
2) A Análise CVL possível examinar o comportamento das receitas e custos
totais, como também, dos resultados das operações decorrentes de mudanças
ocorridas nos níveis de vendas, preços, custos variáveis unitários e custos
fixos.
a) Verdadeira
b) Falsa
3) Empresas com custos fixos altos, não possuem um alto grau de operação de
alavancagem.
a) Verdadeira
b) Falsa
4) Empresas com alto grau de alavancagem se aumentarem suas vendas geram
lucros maiores, já uma queda nas vendas podem causar prejuízo operacional.
a) Verdadeira
b) Falsa
5) Um tema importante na análise Custo Volume Lucro, é que os custos não
podem ser classificados em determinados momentos como custos fixos e em
outros como custos variáveis.
a) Verdadeira
b) Falsa
#ATIVIDADE DE AUTO ESTUDO#
38
#RECAPITULANDO#
• A análise do Custo Volume Lucro, destaca os riscos e retornos de uma
estrutura de custos de uma organização;
• A análise do Custo Volume Lucro, auxilia os gestores a fazerem considerações
sobre estruturas alternativas de custos;
• A análise do risco-retorno das alternativas estruturas de custos é chamada de
alavancagem da operação;
• O grau de alavancagem da operação descreve os efeitos que os custos fixos
causam, quando a margem de contribuição diminui com a queda nas vendas;
• Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através
desta análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais
da empresa.
#RECAPITULANDO#
39
TÓPICO 2.3 - Análise do Ponto de Equilíbrio (Break-Even)
O Ponto de Equilíbrio, conhecido também como Ponto de Ruptura é a
conjunção dos custos totais com as receitas totais. Deste modo, os custos e despesas
fixas seriam totalmente absorvidos e partir daí, a empresa inicia seu retorno do
investimento com a obtenção de lucro.
Segundo Ferreira (2007), o Ponto de Equilíbrio ou break even point, aponta a
necessidade mínima de faturamento que a empresa precisa alcançar para fazer face as
suas despesas operacionais.
Para Martins (2003, p. 257), o Ponto de Equilíbrio indica a capacidade mínima
que a empresa deve operar para não ter prejuízo. É, portanto, a relação entre o volume
de vendas e a lucratividade, determinando o nível de vendas necessário para cobrir os
custos operacionais. Ou ainda, é o ponto em que a empresa se equilibra, servindo
também para mostrar a magnitude dos lucros ou perdas da empresa se as vendas
ultrapassarem ou caírem para um nível abaixo desse ponto.
#FATOS E DADOS#
No ano de 2012, preocupada com a queda na rentabilidade, A Agrovel, empresa de
pequeno porte no ramo de agronegócio, fabricante de componentes para implementos
agrícolas, estabelecida no interior paulista há treze anos e com vinte funcionários,
decidiu por implantar a ferramenta de análise do Ponto de Equilíbrio para direcionar
suas metas de vendas.
Foi apurado que o ponto de equilíbrio da empresa era de R$ 64.000,00, o que
correspondia a 92% do faturamento médio da empresa. De posse desta informação, os
dirigentes da empresa puderam visualizar que a venda media da empresa era
insuficiente para atingir os objetivos de retorno esperado e puderam então, direcionar
seus esforços para aumentar seu faturamento visando assim a melhora nos resultados.
#FATOS E DADOS#
Podemos analisar o Ponto do Equilíbrio sobre três aspectos: Ponto de
Equilíbrio Financeiro, Contábil e Econômico (FERREIRA, 2007, p.37):
Ponto de Equilíbrio Financeiro avalia a necessidade mínima de faturamento
da empresa sem considerar a depreciação, visto que, a depreciação não representa uma
saída de caixa. É o resultado da divisão dos Custos Fixos (CF), menos a depreciação
pela Margem de Contribuição (MC), multiplicado pela Receita Sobre Vendas (RSV):
PEF = [(CF - Depreciação) / MC] x RSV
40
Exemplo:
No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio financeiro, isto é,
faça frente as suas despesas operacionais menos a depreciação, será necessário um
faturamento de $ 60.000,00.
Ponto de Equilíbrio Contábil avalia a necessidade mínima de faturamento da
empresa considerando a depreciação do imobilizado. É o resultado da divisão dos
Custos Fixos totais pela Margem de Contribuição, multiplicado pela Receita Sobre
Vendas.
Exemplo:
No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio contábil, isto é, faça
frente as suas despesas operacionais incluindo a depreciação, será necessário um
faturamento de $ 66.666,66.
#ATENÇÃO#
Vale lembrar que em qualquer atividade que envolver tomada de decisão, estará
presente riscos e incertezas. Sendo assim, os resultados esperados de decisões sobre o
nível mínimo de vendas apontadas pela análise do Ponto de Equilíbrio, também estão
sujeitos a variações.
PEC = (CF / MC) x RSV
Calculando PEF:
PEF = [(CF - Depreciação) / MC] x RSV
PEF = [(20.000,00 – 2.000,00) / 30.000,00] x 100.000,00
PEF = 60.000,00
Calculando PEC:
PEC = (CF / MC) x RSV
PEC= (20.000,00 / 30.000,00) x 100.000,00
PEC = 66.666,66
41
#ATENÇÃO#
Ponto de Equilíbrio Econômico avalia a necessidade mínima de faturamento
da empresa considerando a depreciação mais a remuneração do Capital dos sócios ou
acionistas. É o resultado da divisão dos Custos Fixos totais mais o Custo da
Oportunidade pela Margem de Contribuição, multiplicado pela Receita Sobre
Vendas.
Neves (1982) considera que o custo de oportunidade representa as
oportunidades de remuneração sobre um investimento externo acessível à empresa,
sendo assim visto como a remuneração de um investimento alternativo que poderia ser
obtido pela empresa.
Para Ferreira (2007, p.41), o custo da Oportunidade corresponde a uma
remuneração mínima do capital investido pelos sócios ou acionistas, comparada a uma
remuneração que seria obtida aplicando este capital no mercado financeiro (CBD,
RDB, Poupança, etc.). É o lucro mínimo almejado pelo empresário.
Exemplo
Calculando CO:
• Patrimônio Líquido (PL): R$ 400.000,00
• Remuneração CDB: 2% ao mês
Calculando:
CO = PL x Taxa de Aplicação
CO = 400.000,00 x 2%
No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio econômico, isto é,
faça frente as suas despesas operacionais incluindo a depreciação e remunere seu
Patrimônio Liquido a uma taxa mínima de atratividade de 2% ao mês, será necessário
um faturamento de $ 93.333,33.
CO = PL x Taxa de Aplicação
CO = 8.000,00
Calculando PEE:
PEE = [(CF + CO) / MC] x RSV
PEE = [(20.000,00 + 8.000,00) / 30.000,00] x 100.000,00
PEE = 93.333,33
42
Ponto de Equilíbrio em Quantidade (PEq): é a quantidade mínima de
produtos que a empresa necessita produzir e vender para fazer frente as suas despesas
operacionais. É o resultado da divisão dos Custos Fixos totais pela Margem de
Contribuição Média, do mix de produtos fabricados pela empresa.
Exemplo:
Preço Venda Médio = 100,00
Custos Variáveis Totais = 60,00
MC Média = PV (médio) – CVT
MC Média = 100,00 – 60,00
MC Média = 40,00
No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio em quantidade
física, isto é, faça frente as suas despesas operacionais incluindo a depreciação será
necessário produzir e vender 500 unidades de seu produto.
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
Assinale a Alternativa Correta:
Sabendo que:
Custos Fixos -800.000
Custo Variável Unitário (Vendas + Produção) -300,00
Preço Unitário -700,00
1) O ponto de equilíbrio é igual a:
a. ( ) 2.000 unidades. b. ( ) 1.000 unidades.
c. ( ) 2.500 unidades. d. ( ) 1.200 unidades
2) A receita total do ponto de equilíbrio é de:
a. ( ) 1.000.000 b. ( ) 300.000
c. ( ) 1.400.000 d. ( ) 1.250.00
3) O lucro, no ponto de equilíbrio, é de:
a. ( ) zero. b. ( ) 400.000
c. ( ) 500.000 d. ( ) 300.000
PE(q) = (CF / MC unit)
Calculando PE(q):
PE(q) = (CF / MC unit)
PE(q) = (20.000,00 / 40,00)
PE(q) = 500 un.
43
#RECAPITULANDO
• O Ponto de Equilíbrio, conhecido também como Ponto de Ruptura é a
conjunção dos custos totais com as receitas totais, ,apontando a necessidade
mínima de faturamento que a empresa precisa alcançar para fazer face as suas
despesas operacionais.
• Podemos analisar o Ponto do Equilíbrio sobre três aspectos: Ponto de
Equilíbrio Financeiro, Contábil e Econômico.
• Ponto de Equilíbrio Financeiro avalia a necessidade mínima de faturamento da
empresa sem considerar a depreciação, visto que, a depreciação não representa
uma saída de caixa.
• Ponto de Equilíbrio Contábil avalia a necessidade mínima de faturamento da
empresa considerando a depreciação do imobilizado.
• Ponto de Equilíbrio Econômico avalia a necessidade mínima de faturamento da
empresa considerando a depreciação mais a remuneração do Capital dos sócios
ou acionistas.
• Ponto de Equilíbrio em Quantidade é a quantidade mínima de produtos que a
empresa necessita produzir e vender para fazer frente as suas despesas
operacionais.
• Qualquer atividade que envolva tomada de decisão, estará presente riscos e
incertezas. Sendo assim, os resultados esperados de decisões sobre o nível
mínimo de vendas apontadas pela análise do Ponto de Equilíbrio, também
estão sujeitos a variações
#RECAPITULANDO
44
TÓPICO 2.4 - Efeito do Mix de Vendas no Lucro
Mix de vendas é a combinação de diferentes produtos que formam a receita de
uma empresa em um determinado período. Mesmo o mix sofrendo alterações, a meta
total de vendas pode ainda ser atingida, porém o efeito deste mix no lucro operacional
depende de uma maior ou menor contribuição dos produtos vendidos (FERREIRA,
2007).
Suponha que a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA estivesse vendendo dois
diferentes modelos de sapato:
Modelo1 Modelo2 Total
Unidades Vendidas 60 40 100
Preço par $ 200,00 e
$ 100,00
$ 12.000,00 $ 4.000,00 $ 16.000,00
Custos Variáveis $ 120 e$
70,00 por par
$ 7.200,00 $ 2.800,00 $ 10.000,00
Margem de Contribuição
Unitária $ 80,00 e $ 30,00
$ 4.800,00 $ 1.200,00 $6.000,00
Custos Fixos $4.500,00
Lucro Operacional $1.500,00
Fonte: Ferreira (2007)
Qual seria o ponto de equilíbrio da empresa?
Ao contrário de quando se trata de um único produto, numa situação de mais de
um produto não há somente um único ponto de equilíbrio. A quantidade de produtos
45
para atingir o ponto de equilíbrio depende do mix de vendas. Vamos supor que para
cada 3 camisas do modelo 1, a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA vendesse 2
camisas do modelo 2 podemos calcular o ponto de equilíbrio conforme exemplo
abaixo:
3S = Numero de camisas do Modelo 1
2S = Numero de camisas do Modelo 2
Total das Vendas – Custos Variáveis – Custos Fixos = 0
[$200 (3S) + $100 (2S)] – [$120 (3S) + $70 (2S)] – $4.500 = 0
$800S - $500S = $ 4.500
$300S = $4.500
S = $4500 / $300
S = 15
Modelo 1
Numero de Unidades Vendidas do Modelo 1 para o ponto de Equilíbrio =
3S = 3 x 15 = 45 camisas
Modelo 2
Numero de Unidades Vendidas do Modelo 1 para o ponto de Equilíbrio =
2S = 2 x 15 = 30 camisas
O ponto de equilíbrio é de 75 unidades vendidas para um mix de vendas de 45
camisas do Modelo 1 e 30 camisas do Modelo 2:
Margem Contribuição do Modelo 1 = $ 200 - $ 120 = $ 80 x 45 camisas = $
3.600
Margem Contribuição do Modelo 2 = $ 100 - $ 70 = $ 30 x 30 camisas = $ 900
Margem de Contribuição Modelos 1 e 2 = $ 4.500
Margem de Contribuição = Custos Fixos ( Ponto de Equilíbrio)
Segundo Ferreira (2007), outra forma de calcular o Ponto de Equilíbrio de um
mix de produtos é através da média ponderada das margens de contribuições dos itens
vendidos:
Média Ponderada da Contr. = ($80 x 60) + ($30 x 40)=$6.000= $ 60
60 + 40 100
Média Ponderada = (MC Modelo 1 x Qtde. Vendida 1) + (MC Modelo 2 x Qtde. Vendida 2)
Da Contrib. ( Qtde. Vendida Modelo 1 + Qtde. Vendida Modelo 2)
46
$ 4.500
Ponto de Equilíbrio = ---------------------= 75 camisas
$ 60
# FATOS E DADOS#
O lucro da Empresa Metallica no primeiro trimestre de 2013 foi de R$ 8,00,
representando 18% acima do mesmo período do ano anterior. A receita líquida de
vendas cresceu 15%, para R$ 80 milhões.
Os valores foram calculados com base nas demonstrações contábeis da empresa.
No ano, até hoje, o lucro líquido foi de R$ 14,3 milhões, alta de 28,5% em relação a
2011, o que corresponde a 7,9% da receita operacional líquida e a 12,4% sobre o
patrimônio líquido de 31 de dezembro de 2012. Segundo o relatório da administração,
a melhora do resultado é decorrente dos “esforços realizados para obtenção de um
melhor mix de vendas com produtos de maior contribuição para seus resultados”.
Fonte: http://www.fiesp.com.br/noticias/
# FATOS E DADOS#
Margem de Contribuição versus Margem Bruta
Vamos agora discutir sobre a contraposição da Margem da Contribuição com a
Margem Bruta discutida na Unidade III.
Para obtermos a Margem de Contribuição e a Margem Bruta, utilizamos as
seguintes equações:
Tanto a Margem Bruta quanto a Margem de Contribuição são aplicáveis ao
setor de comércio e indústria, visto que, no caso do segmento do comércio, os custos
de produtos vendidos são formados pelo preço de compra dos produtos
comercializados e no segmento da indústria, os custos de produtos produzidos pela
empresa, são formados pelos custos de produção destes produtos (incluindo os custos
fixos).
Porém, as empresas de serviços podem computar a Margem de Contribuição
mas não a Margem Bruta, já que não possuem em sua estrutura o custo dos produtos
vendidos.
A diferença mais comum entre a Margem de Contribuição e a Margem Bruta
no segmento do comércio, está na variabilidade dos itens não no custo de produtos
vendidos, podemos citar como exemplo a comissão para ao vendedor, que é uma
porcentagem do preço de venda do produto, neste caso, a Margem de Contribuição é
computada ao deduzir todos os custos variáveis das vendas, ao passo que a Margem
Bruta é computada ao deduzir somente os custos dos produtos vendidos das vendas
realizadas como mostrado no exemplo a segui
Custos Fixos
Ponto de Equilíbrio = --------------------------------------
Media Ponderada da Contrib.
Margem Bruta = Receitas – Custos dos Produtos Vendidos
Margem de Contribuição = Receitas – Custos Variáveis
47
Margem de Contribuição $ Margem Bruta $
Vendas 300 Vendas 300
Custos Variáveis (produto vendido) (120) Custos Produtos Vendidos (120)
Custos Variáveis da Operação (43) Margem Bruta 180
Margem de Contribuição 137 Custos da Operação (63)
Custos Fixos (20) Lucro Operacional 117
Lucro Operacional 117
No segmento de manufatura, a diferença entre a Margem de Contribuição e a
Margem Bruta esta nos custos fixos e nos custos variáveis de produção, como pode ser
observado no exemplo a seguir:
Margem de Contribuição $ Margem Bruta $
Vendas 500 Vendas 500
Custos Variáveis de produção (200) Custos Produtos Vendidos (230)
Outros Custos Variáveis (40) Margem Bruta 270
Margem de Contribuição 260 Custos da Operação (90)
Custos Fixos de produção (30) Lucro Operacional 180
Outros Custos fixos (50)
Lucro Operacional 180
Os custos fixos de produção não são deduzidos da receita quando computados
a margem de contribuição e sim quando são computados a margem bruta. Os custos
dos produtos vendidos em uma empresa industrial incluem todos os custos de
manufatura. Os outros custos variáveis de produção são deduzidos da receita quando é
computada a margem de contribuição, mas não são deduzidos quando computados a
margem bruta.
Como a margem de contribuição a margem bruta pode ser expressa como um
valor total ou como um valor unitário, ou também como uma porcentagem.
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
Assinale a alternativa correta:
1) Em relação ao CVL podemos afirmar que:
a) Os custos fixos de produção não são deduzidos da receita quando computados a
margem de contribuição e sim quando são computados a margem bruta;
b) Se o mix sofrer alterações, a meta total de vendas não pode ainda ser atingida;
c) A análise do Custo Volume Lucro,nao possibilita destacar os riscos e retornos de
uma estrutura de custos de uma organização.
2) Ao contrário de quando se trata de um único produto, numa situação de mais
de um produto não há somente um único ponto de equilíbrio.
a) Verdadeiro
b) Falso
48
3) A diferença mais comum entre a Margem de Contribuição e a Margem Bruta
no segmento do comércio, está na variabilidade dos itens não no custo de
produtos vendidos.
a) Verdadeiro
b) Falso
4) Tanto a Margem Bruta quanto a Margem de Contribuição são aplicáveis ao
setor de comércio e indústria, visto que, no caso do segmento do comércio.
a) Verdadeiro
b) Falso
#ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
#RECAPITULANDO#
• Mix de vendas é a combinação de diferentes produtos que formam a receita de
uma empresa em um determinado período;
• Mesmo o mix sofrendo alterações, a meta total de vendas pode ainda ser
atingida;
• O mix de produtos comercializados afetam o lucro operacional da empresa que
dependem de uma maior ou menor contribuição dos produtos vendidos;
• Quando a empresa comercializa variados produtos a empresa tem mais do que
um ponto de equilíbrio;
• No segmento de manufatura, a diferença entre a Margem de Contribuição e a
Margem Bruta está nos custos fixos e nos custos variáveis de produção.
#RECAPITULANDO#
#CONSIDERAÇÕES FINAIS#
Usar a analise Custo Volume Lucro, requer a compreensão de que ora os custos são
fixos, ora variáveis em relação ao numero de unidades produzidas e vendidas e que a
relação entre receitas e custos totais é linear;
A analise CVL auxilia os gestores a entenderem o comportamento dos custos totais,
receitas totais e o lucro da operação;
Os impostos sobre o lucro podem ser incorporados a análise CVL focando o gestor
para o lucro liquido alvo ao invés do lucro operacional alvo;
A análise CVL destaca o risco e retorno das alternativas que impactam na estrutura
dos custos fixos e variáveis da empresa;
Quando a analise CVL é aplicada para uma empresa com um mix variado de produtos,
assume-se que a margem de contribuição varia conforme o mix de produtos vendidos
variarem.
O conceito básico da analise CVL pode ser adaptada a múltiplos direcionadores de
custos.
#CONSIDERAÇÕES FINAIS#
49
#RESUMO#
Nesta unidade estudamos a importância da ferramenta de gestão de custos
chamada de Custo/Volume/Lucro ou análise CVL que se mostra valiosa para calcular
o impacto sobre o resultado final (lucro) de três fatores muito importantes dentro de
uma empresa: preço, custo e volume.
Essa importante ferramenta para a gestão de custos se utiliza de outras
ferramentas e conceitos para sua análise que são a Margem de Contribuição, Ponto de
Equilíbrio e Margem de Segurança.
Através da análise e comparação destes conceitos e os relacionando com
diversas projeções de mercado e perspectiva de rentabilidade a análise do CVL
permite mensurar os possíveis cenários e assim ser uma importante ferramenta para os
gestores de custos.
Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através desta
análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais da empresa.
A partir do estudo da análise CVL é possível analisar os riscos e retornos sobre
investimentos na estrutura ou organização da empresa, auxilia os gestores no
planejamento de produção, vendas, comercialização, combinação do Mix de Vendas e
determinar o grau de alavancagem dos principais produtos e serviços da empresa.
O grau de alavancagem permite aos gestores encontrar a melhor combinação
de oferta e esforços de vendas nos seus produtos principais a partir do momento que a
empresa já tenha atingido o seu ponto de equilíbrio.
O Mix de Vendas é a combinação de diferentes produtos que formam o
portfólio de vendas de uma determinada empresa. A análise CVL permite determinar
qual o melhor escolha de oferta dos produtos da empresa no mercado ou por regiões,
uma vez que, a maximização do lucro da empresa pode estar atrelada a correta
determinação deste mix de produtos.
Vivenciamos um mercado o cada vez mais globalizado e competitivo voltado a
obtenção de resultados. O gestor de custos deve estar atendo a este mercado totalmente
dinâmico. A análise do Custo/Volume/Lucro permite que os gestores estejam mais
bem preparados para futuras mudanças que posam surgir (novo concorrente, baixa nos
preços, crise no mercado, baixa demanda ou alta oferta) e escolhas de estratégias
(investimentos em propaganda, aumento ou redução do preço de venda, entrada em
uma nova região ou segmento etc) que possam afetar a sua empresa, e assim prever e
se adiantar aos cenários possíveis ajudam aos gestores na tomadas de decisões e na
otimização dos resultados e dos lucros
#RESUMO#
#MATERIAL COMPLEMENTAR: NA WEB#
Saiba mais sobre Análise de Sensibilidade com o artigo: A Análise De
Custo/Volume/Lucro Como Ferramenta Gerencial Para Tomada De Decisão: Um
Estudo De Caso Em Uma Indústria Química Do Sul De Santa Catarina, acessando o
link: http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/00004C/00004CE3.pdf
Saiba mais sobre Grau de Alavancagem, acessando o link:
https://docs.google.com/viewer?url=http://jeffersonmgmendes.com/Eng_economica/E
ngecon_09_alavancagem_financeira.pdf
#MATERIAL COMPLEMENTAR: NA WEB#
50
#RELATO DE CASO#
A Gestão de custos se utiliza de várias ferramentas para o controle dos custos, entre
elas a Análise Custo/Volume/Lucro ou Análise CVL se destaca por proporciona
informações gerenciais de grande importância para tomada de decisões, possibilitando
prever o impacto nos resultados a serem obtidos com possíveis mudanças nos
processos de compra e venda.
Em um estudo realizado em uma empresa tem sua sede na cidade de Primavera e que
tem como principal atividade é a comercialização de combustíveis derivados do
petróleo.
O primeiro passo do estudo foi a realização da análise, é o cálculo da margem de
contribuição, onde será demonstrado o quanto a empresa contribui para pagar os
gastos fixos.
Os custos de compra e os preços de venda foram obtidos com base nas notas fiscais
cedidas pela empresa para realização do estudo. Como houve variação nos preços
dentro do mês em estudo, foi considerada a média do preço no período.
O ponto de equilíbrio determina, numa linguagem direta, o quanto a empresa precisa
vender para pagar seus gastos fixos, isto é, sua receita será suficiente para pagar as
despesas e custos fixos do período e o lucro será zero.
Neste período a empresa apresentou custos e despesas fixos no valor de R$ 13.122,98
para julho de 2010.
CÁLCULO DO PONTO
DE EQUILIBRIO
CONTÁBIL
Jul/10
Fatores/combustíveis Gasolina Etanol Diesel TOTAL
Receita com vendas 45.662,75 29.480,64 51.351,04 126.494,43
Volume vendido (litros) 16.975 17.548 24.688 59.211
% Volume vendido 28,67% 29,64% 41,69% 100,00%
Custo de compra 37.854,25 25.093,64 43.944,64 106.892,53
Margem de Contribuição ($) 7.808,50 4.387,00 7.406,40 19.601,90
Despesas e Custos Fixos - - - 13.122,98
Resultado - - - 6.478,92
Ponto de equilibrio (litros) 11.364,34 11.747,95 16.528,00 39.640,28
Ponto de equilíbrio ($) 30.570,06 19.736,55 34.378,23 84.684,85
O valor apurado no ponto de equilíbrio mostra que a empresa teve lucro no períodos,
pois sua receita é superior ao valor do PEC. A titulo de exemplo, a empresa vendeu
24.688 litros de diesel no período, na proporção do cálculo do PEC, 16.528 litros seria
o suficiente para contribuir com os gastos fixos, isto é, 8.160 litros acima do PEC.
Se a empresa estima um lucro de R$ 8.000 reais terá que aumentar suas vendas e o
consequentemente o seu ponto de equilíbrio. Através da análise CVL podemos chegar
no quadro abaixo que demonstra o faturamento necessário para se atingir o lucro
desejado:
51
APURAÇÃO DO RESULTADO PROJETADO
Fatores/combustíveis Gasolina Etanol Diesel TOTAL
Receita com vendas 49.206,12 31.768,30 55.335,81 136.310,22
Custo de compra 40.791,69 27.040,87 47.354,68 115.187,24
Margem de Contribuição 8.414,43 4.727,43 7.981,13 21.122,98
Despesas e custos fixos - - - 13122,98
Resultado do Exercício - - - 8.000,00
A área de custos disponibiliza aos gestores de empresas, ferramentas gerenciais de
grande importância para auxílio nas decisões a serem tomadas dentro da organização.
A Análise CVL abordada nesse estudo, proporciona informações importantes neste
sentido. A compreensão aprofundada dessa ferramenta, e a análise de cada
componente, proporciona subsídios ao gestor, diminuindo assim as dificuldades no
gerenciamento das atividades financeiras, e fazendo com que a organização se
mantenha no mercado, que está cada vez mais competitivo.
Fonte: adaptado de http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/4CCF/20110104142226.pdf
#RELATO DE CASO#
#EXERCÍCIOS#
2.1) Dados para responder as questões abaixo:
Custos Fixos - 1.200.000,00
Custo Variável Unitário (Vendas + Produção) - 300,00
Preço Unitário - 700,00
a) O ponto de equilíbrio é igual a:
a. ( ) 2000 unidades. b. ( ) 3100 unidades.
c. ( ) 2500 unidades. d. ( ) 3000 unidades
b) A receita total do ponto de equilíbrio é de:
a. ( ) 1.000.000 b. ( ) 2.100.000
c. ( ) 1.400.000 d. ( ) 1.250.000
c) O lucro, no ponto de equilíbrio, é de:
a. ( ) zero. b. ( ) 400.000
c. ( ) 500.000 d. ( ) 300.000
d) Se a produção (ou vendas) passar para 4.500 unidades, o lucro será de:
a. ( ) 220.000 b. ( ) 1.100.000
c. ( ) 1.300.000 d. ( ) 600.000
2.2) A utilização do ponto crítico mostra o equilíbrio entre as variações que
compõem o seu cálculo. Se juros forem imputados sobre o Capital Imobilizado,
acrescido aos custos fixos, e mantidos os valores das demais variações, como nas
questões anteriores, o ponto de equilíbrio:
a. ( ) aumenta. b. ( ) diminui.
c. ( ) fica inalterado. d. ( ) é igual a zero
52
2.3) O caso da Empresa “Equilibrada”. Informações:
• Custo do equipamento - 800.000,00
• Vida útil - 20 anos
• Seguro - 6.000,00 / ano
• Aluguel da fábrica - 4.000,00 / ano
• Matéria-prima 200,00 por unidade
• Comissões por unidade vendida - 50,00
• Preço unitário de venda - 500,00
A Empresa “Equilibrada” tem uma capacidade de produção anual nominal de 500
unidades. Seu gerente quer saber:
a) Quantas unidades terá que vender para cobrir seus custos fixos?
b) Quanto precisará ganhar no ano para começar a ter lucro?
c) Qual será seu lucro se trabalhar a plena carga?
2.4) A empresa Surpresa, monoprodutora, vendeu 25.000 unidades e obteve o
seguinte resultado:
Receita sobre as Vendas - 725.000
Custos Variáveis (Vendas + Produção) - 475.000
Custos Fixos - 200.000
Calcule:
a) Ponto de Equilíbrio em valores em quantidade e em valores monetários.
b) Margem de Contribuição em % da receita.
c) Resultado da operação se fossem vendidas 30.000 unidades (prove).
d) Para obter $ 320.000 de lucro, quantas unidades deveria vender? Qual a receita
que será obtida?
2.5) Para fabricar um produto de sua linha normal de produção, uma empresa
faz os seguintes gastos:
• Custos Fixos $ 600.000,00 por mês
• Despesas Variáveis (vendas + produção) $ 200,00 por unidade
• Despesas Fixas $ 200.000,00 por mês
Sabendo-se que o preço de venda do produto é de $ 550,00 por unidade, quantas
unidades a empresa deverá produzir para atingir o ponto de equilíbrio?
2.6) A empresa XZ apresenta os seguintes dados relativos 20XX :
• Preço Unitário da venda $ 1.000,00
• Despesas de Venda por unidade $ 150,00
• Custos Fixos $ 155.000,00
Neste ano foram vendidas 1.000 unidades.
O custo tinha a seguinte composição :
• Matéria Prima 40%
• Custos Indiretos de Fabricação 25%
53
A empresa está querendo levantar um orçamento para o próximo ano. Sendo que os
dados previstos são :
• O custo da matéria prima por unidade aumentará em 25% sobre o percentual do
ano anterior;
• Os Custos Variáveis de vendas por unidade aumentará em $ 20,00;
• Os custos indiretos de fabricação não sofrerão alterações.
• O preço de venda deverá aumentar para $ 2.200,00
• O número de unidades que serão vendidas no próximo ano diminuirá em 30%
sobre o total do ano anterior.
• Os custos fixos permanecerão os mesmos.
Pede-se :
Preparar um demonstrativo de resultados para o ano corrente e para o próximo ano,
supondo que todas as unidades serão vendidas, levantando o lucro obtido no ano
corrente e o lucro projetado para o próximo ano.
2.7) A Empresa J. Lopes Indústria e Comércio fabrica e vende apenas um único
tipo de lanterna manual – a lanterna “Luz do Tunel”. Sabemos que o preço de
venda unitário da lanterna é de $ 30,00. Recorrendo-se aos registros da
Contabilidade de Custos, verificamos que os custos variáveis de vendas e
produção por unidade chegam a $ 18,00 e que os custos fixos montam a $
180.000,00. Diante desses dados, a gerência pede que sejam preparadas as
seguintes informações:
a) o ponto de equilíbrio em unidade e em valores monetarios;
b) o resultado caso as vendas fossem de
c) o resultado se as vendas baixassem para $ 300.000,00 e se os custos fixos fosse
reduzido em 50% e se todos os custos variáveis permanecessem com suas taxas
inalteradas.
2.8) A Industria JJC Ltda. fabricante de calçados, produz e vende em loja
própria, 10 modelos de sapato masculino com preços de venda e custos idênticos.
A empresa está tentando descobrir se vale a pena abrir uma outra loja, que teria
as seguintes relações de custos e receita:
Custos variáveis por par
- Preço de venda $ 8,00
- Custos dos sapatos $ 5,00
- Comissão dos vendedores $ 0,50
Custos fixos anuais
- Salários $ 20.600,00
- Aluguel $ 7.000,00
- Taxas Municipais $ 2.100,00
- Outros Custos Fixos $ 5.300,00
Pede-se :
a) Determinar o ponto de equilíbrio anual em termos monetários e de unidades
físicas. $
b) Se forem vendidos 12.000 pares de sapatos, qual será o lucro operacional ?
c) Se o gerente da loja receber $ 0,10 por par de sapatos, a título de comissão, qual
será o ponto de equilíbrio em termos monetários e de unidades ?
54
d) Baseando-se nos dados originais, se o pagamento de comissão for interrompido em
favor de um acordo salarial no montante $ 12.000 a ser somando no salario, qual será
o ponto de equilíbrio em termos monetários e em unidades ?
e) Baseando-se nos dados originais, se o gerente da loja receber $ 0,25 por par de
sapatos vendido acima do ponto de equilíbrio, qual será o lucro operacional da loja
caso se vendessem 60.000 pares ?
2.9) A empresa XY acaba de ser formada. Ela tem um processo patenteado que
fará da empresa a única distribuidora do produto V1. Durante o primeiro ano, a
capacidade de sua fábrica será de 10.000 unidades, e esta é a quantidade que
julgam poder vender.
Os custos são :
- CVP : $ 3,50 por unidade
- CVV : $ 1,50 por unidade
- Custos Fixos : $ 30.000,00
Pede-se :
a) Qual deve ser o preço de venda do produto, para obter um lucro operacional de $
20.000,00 no primeiro ano ?
b) No fim do primeiro ano, a empresa quer aumentar sua capacidade, para isto será
preciso aumentar os custos fixos anuais em $ 27.000,00. Pretende-se um lucro de
$ 39.000,00 e, para tanto, serão investidos em publicidades $ 30.000,00 . Quantas
unidades a empresa terá de vender para realizar este lucro, se seu preço de venda por
unidade for $ 8,00 ?
2.10) Considere duas empresas com os seguintes preços unitários, custos fixos e
custos variáveis:
Empresa A Empresa B
Preço de venda por unidade $ 2,00 $ 2,00
Custos Variáveis Total por unidade $ 0,40 $ 1,20
Custo Fixo por ano $ 24.000,00 $ 12.000,00
Pede-se:
a) Calcular o ponto de equilíbrio em valores monetários e em quantidade para cada
empresa.
b) Calcular os Lucros de cada empresa com vendas 10% acima do ponto de
equilíbrio. Qual das empresas fica em melhor situação se as vendas caírem para 10.000
unidades (demonstre)? Por que?
2.11) A Industria Benfica LTDA produz e comercializa um único tipo de cinto,
que tem uma margem de contribuição atual de 50% sobre seu preço de vendas e
um custo variável de 50%. O Preço de venda do cinto atualmente praticado pela
empresa é de $ 100,00 a unidade o volume de vendas é de 300 unidades mês e seus
custos fixos mensais são de $ 6.000,00 O proprietário da empresa acredita que se
o preço atual de vendas fosse reduzido em 15% e os custos fixos permanecessem
55
inalterados, provocaria um aumento no volume de vendas em 35%, resultando
em um aumento no seu lucro final. Você como especializado em custos é
convidado a analisar a situação e dar um parecer ao gestor da empresa, se esta
estratégia é ou não viável, apontando:
a) Lucro na situação atual
b) Lucro na situação proposta pelo empresário
2.12 ) A empresa ALBOSQUE LTDA fabrica estojos escolares que são vendidos a
$ 25,00, cada. O custo variável é de $ 13,00 e o custo fixo unitário é de $ 12,00. O
nível de vendas atual de 1.000 estojos escolares por mês, fazendo com que a
empresa trabalhe em seu ponto de equilíbrio. Caso a empresa consiga reduzir seu
custo variável para $ 9,00, de forma que cada estojo escolar possa ser vendido por
$ 16,00 e as vendas aumentassem de 1.000 para 1.500 por mês, qual será o
resultado desta empresa? Calcular o Lucro:
a) Na situação atual. Demonstre.
b) Na situação proposta. Demonstre
2.13 )A Indústria Pio Cavalcanti Ltda presentemente tem os seus custos fixos de $
60.000,00; os custos variáveis são de $ 6,40 por unidade produzida e a receita (ou
preço faturado) por unidade é de $ 7,20. A administração está considerando a
compra de novo equipamento que irá diminuir os custos variáveis para $ 6,00,
mas que aumentará os custos fixos através de acréscimo nas depreciações em $
8.300,00. A empresa produz e vende atualmente 78.000 unidades mês e com a
nova máquina a quantidade passará a produzir e vender 83.000 unidades mês. De
acordo com estes dados pede-se:
a) Qual o lucro operacional na situação atual? Qual o lucro operacional na situação
projetada com a compra do equipamento? Deve a administração investir neste
equipamento? Montar uma Tabela apontando a diferença.
b) Se com a redução dos custos variáveis para $ 6,00 com a aquisição da maquina, a
empresa decidisse baixar seu preço de vendas para $ 6,40 para alavancar suas vendas
para 100.000 unidades, qual seria seu resultado? Seria positivo para a empresa tomar
esta decisão?
c) Se a empresa decidisse não adquirir o novo equipamento e sim optar pela redução
do seu preço de venda para $ 6,80, mantendo os custos originais para alavancar suas
vendas para 83.000 unidades, a empresa obteria que lucro operacional? Seria positivo
para a empresa tomar esta decisão?
d) Qual seria a receita necessária se a empresa praticasse um preço de vendas, custos
variáveis e fixos descritos na tabela abaixo para um lucro de $ 0,00; $ 30.000,00; $
35.000,00 e $ 40.000,00
Custo Receita Necessária, com um Preço de Venda
Variável de $ 7,50 para obter o lucro de:
Custos Fixos Unitario 0 30.000,00 35.000,00 40.000,00
5,30
60.000,00 6,00
6,70
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  • 2. 2 ÍNDICE Unidade I: Aspectos Introdutórios da Contabilidade de Custos.....................................3 Tópico 1.1 - Importância da Gestão de Custos na Empresa...................5 Tópico 1.2 - Conceitos e Objetivos de Custos...............................................................8 Tópico 1.3 - Classificação de Custos...........................................................................11 Exercícios......................................................................................................................21 Unidade II: Gestão Estratégica de Custos.....................................................................24 Tópico 2.1 - Utilizando a Analise Custo Volume Lucro (CVL) para Tomada de Decisão..........................................................................................................................26 Tópico 2.2 - Planejamento do Custo e Análise............................................................34 Tópico 2.3 - Análise do Ponto de Equilíbrio (Break-Even)..........................................39 Tópico 2.4 - Efeito do Mix de Vendas no Lucro..........................................................44 Exercícios......................................................................................................................51 Unidade III: Formação de Preço...................................................................................57 Tópico 3.1 – Elementos do Demonstrativo de Resultados...................59 Tópico 3.2 – Formação de Preço...................................................................................63 Unidade IV: Sistemas e Métodos de Custeio................................................................74 Tópico 4.1 – Sistemas de Custeio: Princípios e Métodos.............................................76 Tópico 4.2 – Sistemas Tradicionais de Custeio............................................................79 Exercícios......................................................................................................................97 Gabarito.......................................................................................................................107
  • 3. 3 UNIDADE I Aspectos introdutórios da Contabilidade de Custos Objetivos de Aprendizagem • Conhecer e direcionar os custos dos produtos. • Analisar os fatores diretores do custo. • Medir o custo da falha por toda a organização buscando oportunidades de melhoria. • Identificar os fatores que dirigem os custos. • Direcionar os esforços da gestão visando o controle custos. • Reconhecer e refletir sobre a importância do custo como um processo organizacional-chave para a empresa. Plano de Estudo • Importância da Gestão de Custo na Empresa • Conceitos e Objetivos sobre Custos • Classificação de Custo
  • 4. 4 INTRODUÇÃO Com a abertura do mercado brasileiro à globalização iniciada na década de 90, a gestão de custos passou por grandes transformações, já que a inserção do país no mercado globalizado permitindo que empresas estrangeiras, antes impossibilitadas de comercializarem seus produtos no Brasil, oferecessem ao consumidor brasileiro produtos fabricados muitas vezes com tecnologia e qualidade superiores aos nacionais, provocaram nas empresas brasileiras, a necessidade, independente ao seu porte ou mercado de atuação, a aprimorar técnicas de análise de resultados e de custeio dos seus produtos e serviços. Os gestores estão diante de um novo cenário de ordem econômica e social, que impactam de forma incisiva na gestão. Os negócios tem agora outra configuração, estão mais competitivos e com ganhos cada vez mais modestos. Hoje, a gestão dos negócios requer mais dedicação e muita técnica. Aferir lucro é exigência maior de qualquer atividade econômica pois impactam nas demais funções da organização, já que o lucro, permite solidificar o seu patrimônio. Porém, o lucro não ser resume a uma simples verificação da diferença entre preço e custo, receita e despesa, o lucro é uma a consequência da soma das ações gerenciais como um todo: qualidade, produtividade, planejamento, controle, entre outras. Em seu aspecto mais técnico, o lucro deixou de ser atributo da receita, mas sim é resultante dos custos incorridos, fazendo com que, almejar lucro, recai sobre o controle e a gestão destes custos de forma inversamente proporcional: menor custo implica em maior lucro. Diante desta nova realidade, as empresas sejam elas pequenas, médias ou grandes, precisam não só de ferramentas eficientes, para serem utilizadas na administração do negócio e sim de uma mudança de cultura, de processos, de comportamento de um novo paradigma consubstanciada em técnicas modernas de gestão de custos.
  • 5. 5 TÓPICO 1.1- Importância da Gestão de Custos na Empresa O impacto da concorrência provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento dos custos, considerando que contabilidade de custos das empresas empregava técnicas que forneciam ao gestor somente as informações básicas dos custos que, de posse delas tomavam as decisões de investimentos e comercialização, técnicas estas cujo critério centrava no rateio dos custos fixos pela mão-de-obra direta ou horas/máquina, por exemplo, ignorando fatores como contribuição, variedade, complexidade e mudança (FERREIRA, 2007). O sistema de formação de preços das empresas tinha como foco a pretensão de lucro estabelecida pelo empresário, que adicionada ao custo obtido na transformação do produto, determinava seu preço de venda. Esta ótica de gestão, subordinada ao ambiente inflacionário endêmico vigente no Brasil, impossibilitava ao consumidor, estabelecer qualquer referencial de preços. O poder de definir o preço estava nas mãos da empresa. Para Ferreira (2007), o preço de venda era definido pela seguinte equação: Custo + Lucro = Preço de venda Custo: obtido pelo empresário Lucro: estabelecido pelo empresário Preço: resultante A falta de concorrência e a inflação sempre crescente, tornava dispensável implementação de um sistema de custeio mais eficiente, uma vez que a que a variação diária da inflação embutida nos preços, mascarava e encobria toda e qualquer perda. #REFLITA O processo inflacionário brasileiro nesta época, absolvia e absorvia todas as ineficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava esse ônus nos preços dos produtos e serviços.
  • 6. 6 Preço – Custo = Lucro Preço: definido pelo mercado Custo: gerenciado pelo empresário Lucro: resultado #REFLITA# A concorrência, consequente da abertura de mercado, provocou uma mudança substancial na concepção tradicional de custos. A empresa percebe então que seu poder em determinar o preço de seus produtos e serviços, migram para as mãos do cliente, quando este passa a ser definido pelo mercado. O lucro de determinante passa a determinado nesta nova equação, fazendo com que o gerenciamento eficaz dos custos se torne uma meta estratégica da organização, tendo como premissa o conhecimento, a análise e a otimização de seus custos, na necessidade de competir neste mercado globalizado com produtos e serviços cada vez mais competitivos. Esta nova realidade, segundo Ferreira (2007) pode ser representada na seguinte equação: Os problemas causados pelo desperdício, da falta de qualidade, da baixa produtividade refletidos nos produtos e serviços, foram rapidamente sentidos pelo consumidor, fazendo com que optassem pelos produtos importados com qualidade superior e preços menores que os praticados pelas empresas brasileiras. Problemas como custos não identificados, ou classificados de forma incorreta, métodos inadequados de apropriação dos custos indiretos aos produtos, mostram que, apesar das grandes mudanças ocorridas na forma de gestão dos custos, ainda ocorrem com frequência nas empresas. Sabemos porém, que os processos de uma organização sofrem constantes pressões das forças competitivas como: novos concorrentes, produtos substitutivos, poder de imposição de alguns clientes, forma de negociação dos fornecedores, a rentabilidade exigida pelos acionistas e diante destas forças, a importância do preço tem um forte peso no processo decisório do cliente, o que provoca nas organizações uma busca no domínio e controle sobre seus custos. Para fazer frente a estas pressões, as organizações segundo Ferreira (2007) devem buscar o equilíbrio entre concorrência, lucratividade e rentabilidade, que pode ser representada em uma nova equação: PREÇO - LUCRO = CUSTO ALVO Preço = fixado pelo mercado Lucro = necessário para garantir a rentabilidade do capital investido Custo Alvo = meta a ser perseguida pela organização Este estágio de gestão de custos, permite a empresa o domínio do seu custo-alvo, determinando sua meta de lucro, garantindo assim a rentabilidade do capital investido pelos acionistas ou sócios.
  • 7. 7 #FATOS E DADOS# O Governo anunciou em outubro de 2013, a desoneração da folha de pagamento para mais 15 setores da economia, como tecnologia da informação, têxteis, móveis, naval, entre outros. De acordo com matérias publicadas na imprensa, essa desoneração inclui substituir a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento, passando a ser cobrada uma taxa que vai variar entre 1% e 2,5% sobre o faturamento bruto da empresa. Esta desoneração visa a redução dos custos totais da empresas, para que possam enfrentar a concorrência provocada por produtos importados, decorrente da abertura de nossa economia. A desoneração da folha impacta diretamente nos resultados da empresa, impactando de forma significativa na determinação do seu custo alvo. Fonte: #FATOS E DADOS# Hoje, a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custos e formação de preços contábeis tradicionais, podem distorcer as informações gerenciais sobre o custo dos produtos e serviços, prejudicando as decisões gerenciais. Sendo assim, um gerenciamento de Custo mais eficaz, fornece meios para que a empresa possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para o controle destes custos. #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO 1) Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( ) A contabilidade de custo tradicional considera no cálculo de custo fatores como: contribuição, variedade, complexidade e mudança. ( ) O processo inflacionário brasileiro nesta época, absolvia e absorvia todas as ineficiências da empresa, e o cliente, sem alternativa, pagava esse ônus nos preços dos produtos e serviços. ( ) Um gerenciamento de Custo mais eficaz, fornece meios para que a empresa possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para o controle destes custos. #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# #RECAPITULANDO • Com a abertura do mercado brasileiro à globalização iniciada na década de 90, a gestão de custos passou por grandes transformações. • O impacto da concorrência, provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento dos custos, considerando que a contabilidade de custos das empresas empregava técnicas que forneciam ao gestor somente as informações básicas dos custos. • Para fazer frente a estas pressões, as organizações segundo Ferreira (2007) devem buscar o equilíbrio entre concorrência, lucratividade e rentabilidade. • Aplicar uma gestão de custos mais eficiente, permite a empresa o domínio do seu custo-alvo, garantindo a rentabilidade do capital investido pelos acionistas ou sócios.
  • 8. 8 #RECAPITULANDO# TÓPICO 1.2 - Conceitos e Objetivos de Custos Conceitos de Custo Existem vários e diferentes conceitos sobre Custo. Gestores que compreendem estes conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e evitarem informações equivocadas de custos. Procuramos, dentro desta grande gama de conceitos, algumas definições de fácil compreensão e entendimento e que sintetizem a essência e a importância deste assunto (FERREIRA, 2007): Terminologias no Estudo de Custos Apresentamos a seguir, as terminologias utilizadas no estudo de custos (BORNIA, 1995, apud FERREIRA, 2007): Gastos: é o valor dos bens e serviços adquiridos pela empresa. Desembolso: é o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço, podendo ser à vista ou a prazo. Investimento: é o gasto com bem e serviço em função da vida útil ou benefícios atribuíveis a períodos futuros. Custo Direto: é o gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção. São todos os gastos relativos à atividade de produzir. Objeto de Custo: é a medida de custo de um produto ou serviço. Despesa: é o gasto com bem ou serviço não utilizado nas atividades de produção, porém consumido com o fim de obter receitas. Perda: é um gasto não intencional decorrente de fatores externos ou da atividade normal da empresa (ex. perdas normais de matéria-prima). É incorporado ao custo da produção. Mão-de-obra Direta: A mão-de-obra direta está relacionada com todo o funcionário que executa uma tarefa capaz de ser medida e agregada diretamente ao produto como é o caso de um operário no setor de pintura onde o tempo consumido na pintura de um produto ou componente pode ser medido. • Custo é recurso utilizado para atingir um objetivo especifico. • Custo é o valor expresso em moeda corrente (r$) de atividades e materiais efetivamente consumidos e aplicados na fabricação e comercialização dos produtos. • Custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais consumidos na fabricação e comercialização da venda. • Custo é o preço pelo qual se obtém um bem.
  • 9. 9 Mão-de-obra Indireta: A mão-de-obra indireta esta relacionada com todo funcionário que executa tarefas não diretamente ligadas a transformação do produto (supervisores, pessoal administrativo, etc) e é de difícil distribuição ao produto, pois não é possível conhecer quanto tempo o produto consome da pessoa. É o caso de um operário que tem como função supervisionar ou controlar determinadas tarefas que possui difícil mensuração. O valor da mão-de-obra indireta deve então, ser estimada ou rateada aos produtos, no entanto, os critérios de rateio devem ser cuidadosamente elaborados para que não ocorram distorções quando aos custos que forem alocados aos produtos. Matéria-Prima: É o material que pode sofrer algum tipo de beneficiamento através de um processo produtivo com a utilização de mão-de-obra e insumos, obtendo como resultado final um produto comerciável. Os materiais são sempre classificados como custo variável e podem apresentar-se como diretos ou indiretos. Custos Indiretos: São os custo que não são facilmente vinculados aos produtos, mas a um conjunto ou a empresa. Como nos custos diretos, os custos indiretos são encontrados na área produtiva (materiais indiretos, depreciação, salário dos supervisores, aluguel etc) e na área comercial (telefone, viagens, propagandas etc). No entanto, existe uma dificuldade grande de atribuir os custos indiretos aos produtos, pois necessitam ser apropriados através da escolha de critérios que podem provoca distorções no custo final do produto. Centros de Custos: Denominam-se Centros de Custos, as diversas seções de uma empresa delimitadas segundo o aspecto de localização de todos os custos aí verificados. Os centros de custos classificam-se em produtivos e administrativos e, eventualmente, em auxiliares. Centros de Custos Produtivos: São aqueles setores da empresa onde se processa a fabricação dos produtos. Exemplo: corte, costura e acabamento na indústria de confecção. Em empresas de médio e grande porte costuma-se subdividir ainda mais algumas seções produtivos de modo a separar em vários centros de custos as máquinas ou atividades que devam ter diferentes custos hora/máquina ou hora/homem, ainda que executando operações idênticas. Centros de Custos Administrativos: São os setores que executam atividades de caráter gerencial ou administrativo da empresa. Exemplo, Administração Geral, Administração do Material, Expedição, Vendas, Filiais, etc. Objetivo de Conhecer os Custos O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica. #FATOS E DADOS A competitividade provocada pela concorrência advinda da abertura de mercado em 1990, e a busca do crescimento sustentado provocaram nas empresas a grande corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos custos dos seus itens, acentuando
  • 10. 10 cada vez mais a importância de acompanhar sua evolução, seus respectivos preços de vendas e servindo também como orientação nas decisões de permanência ou não destes itens, no rol dos produtos comercializados. Fonte: FERREIRA, José Angelo;.Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007. #FATOS E DADOS# Consequências da Ausência de Informações de Custos Graves são as consequências, para a empresa, da ausência de informações sobre os seus custos. Dentro delas podemos enumerar (FERREIRA, 2007): #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO 1) Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): ( ) Compra de matéria-prima ( ) Consumo de energia elétrica ( ) Utilização de mão-de-obra ( ) Consumo de combustível ( ) Salários do pessoal administrativo ( ) Aquisição de máquinas ( ) Utilização de matéria-prima ( ) Aquisição de embalagem ( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente ( ) Comissões proporcionais às vendas #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# #RECAPITULANDO • Existem vários diferentes conceitos sobre Custo. Gestores que compreendem estes conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e evitarem informações equivocadas de custos. • Um objeto de custo pode ser um produto, serviço, projeto, cliente, atividades ou departamento na qual uma medida de custo é desejada. • O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitividade da empresa. • Desconhecimento do lucro por Produto fabricado; • Venda de produtos que podem não estar gerando o lucro necessário; • Aplicação do Capital de Giro através da fabricação para estoques de produto pouco rentável; • Um esforço de venda orientado para produtos menos lucrativos; • Desconhecimento dos custos das atividades da empresa; • Falta de informação necessária para incentivar ou fixar ações para redução de custo; • Menor lucro e menor rentabilidade; • Ameaças a estabilidade econômica, financeira e consequente crescimento da empresa.
  • 11. 11 #RECAPITULANDO TÓPICO 1.3 - Classificação de Custos a) Em relação aos produtos fabricados Frequentemente a classificação de um custo como Direto ou Indireto causa alguma confusão inicial, visto que a distinção entre Direto e Indireto é feita primeiramente com base no julgamento da viabilidade econômica do levantamento da informação do custo. Segundo, porque um custo pode ser classificado como Direto em relação a um produto e Indireto em relação a outro produto. Exemplo: Em uma fabrica de móveis o gasto com água pode ser considerado como custo Indireto, visto que a água não incide diretamente na fabricação de um móvel, já numa fabrica de postes para distribuição de energia elétrica a água pode ser classificada como custo Direto, pois é parte integrante do concreto que é a matéria-prima principal para a fabricação de poste (FERREIRA, 2007). Segundo Martins (1995) os custos em relação aos produtos fabricados podem ser classificados em: Custos Diretos ou Custos traçados: são custos que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados (ex. matéria-prima, embalagem, etc.) Custos Indiretos ou Custos alocados: são custos que, para serem apropriados ao produto, dependem de cálculos ou estimativas através de critérios de rateios (ex. aluguel, salários depreciação, etc.) Custo Atribuído: é o custo final do produto ou serviço, envolvendo os custos diretos e os custos indiretos para sua obtenção. OBJETO DE CUSTO • Fatores que afetam os Custos Diretos e Indiretos A materialidade do custo em questão: A importância do custo em questão. O que mais impacta no produto, aquele que é economicamente viável de ser levantado. CUSTOS ATRIBUÍDOS Custos Diretos Ex.: papel para impressão de um livro Custos Indiretos Ex.: aluguel do imóvel onde o livro é impresso Custos Diretos Custos Indiretos
  • 12. 12 #REFLITA Levantar o custo de entrega de uma encomenda para um cliente é economicamente viável, enquanto o custo da etiqueta do endereço do cliente provavelmente deva ser classificado como indireto, pois não é economicamente viável levantar seu custo individual. Os benefícios de conhecer o valor exato de cada etiqueta não excedem o custo do levantamento desta informação. O custo tem um custo e tem-se que avaliar o custo - beneficio do esforço utilizado para apurá-lo. #REFLITA# Custo Benéfico do Levantamento de Informações para Custos Fonte: Ferreira (2007). A tecnologia disponível para o levantamento da informação: O desenvolvimento da tecnologia da informação ampliou a apropriação nos produtos dos custos classificados como diretos. Ex.: o código de barras utilizado nas linhas de produção permitiu a apropriação de custos antes classificados como indiretos devido à dificuldade de obtenção de informação precisa da participação destes custos no produto. #FATOS E DADOS# O diretor da área de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, destacou a importância do desenvolvimento de tecnologia em grandes projetos. O objetivo é diminuir o custo total para extração de petróleo e gás em alto mar. “É importante ter à tecnologia e aos mecanismos adequados de gestão para produzir de forma competitiva e reduzir de forma significativa os custos de produção”, afirmou o diretor durante a Offshore Technology Conference (OTC Brasil 2013), nesta quarta- feira (30/10), no Rio de Janeiro. Fonte: http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/10/30/tecnologia-pode-ajudar-a- reduzir-custo-de-producao-afirma-diretor/ #FATOS E DADOS# Projeto e Definição do Processo: a definição do projeto do processo facilita a apropriação de um custo como direto, pois se torna possível identificar o custo de um item utilizado em um produto ou para um cliente especifico.
  • 13. 13 Acordos contratuais: o contrato de fabricação de um determinado produto para um cliente específico, um chip de computador para a Intel como exemplo, permite que se classifique como direto os custos dos componentes para a fabricação daquele chip. b) Em relação aos níveis de produção Custos Fixos: são custos que não se alteram com qualquer que seja o volume de produção. Porém os custos fixos unitários se alteram em relação ao volume produzido (ex. seguros, material de expediente, telefone, etc.) Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 5.000 unidades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi de $ 57.000,00: Custo Fixo Total Custo Fixo Unitário = -------------------------- Volume de Produção $ 57.000,00 Custo Fixo Unitário = -------------------------- = $ 11,40 por unidade 5.000 Exemplo de rateio de custo fixo unitário para um volume de produção de 8.000 unidades de determinado produto, considerando que o custo fixo total do período foi de $ 57.000,00 Custo Fixo Total Custo Fixo Unitário = -------------------------- Volume de Produção $ 57.000,00 Custo Fixo Unitário = -------------------------- = $ 7,12 por unidade 8.000
  • 14. 14 Gráfico da Variação do Custo Fixo Unitário em Relação ao Volume Produzido Fonte: Ferreira (2007). Custos Variáveis: são custos que se alteram com o volume de produção. Porém os custos variáveis unitários são constantes, por exemplo, a matéria-prima utilizada na fabricação de um produto, quanto mais se produz mais matéria-prima se consome, porém cada produto em individual consumirá sempre a mesma quantidade de matéria-prima. Custo Variável Total Altera com o Volume de Produção Fonte: Ferreira (2007). 11,40 7,120 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 1 2 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 $ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00 Custo Total da Materia-Prima TotalProduzido
  • 15. 15 Custo Variável Unitário (5% Comissão) não Altera com o Volume de Vendas Fonte: Ferreira (2007). Custos Fixos e Variáveis em relação ao Volume de Produção Fonte: LEONE (1992, p. 62). 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% $ 50.000,00 $ 100.000,00 $ 150.000,00 $ 200.000,00 Volume de Vendas %Comissão
  • 16. 16 c) Considerações para Análise e Determinação dos Custos Fixos e Variáveis Segundo Welsch (1964, p.199), ao se estudar um custo com objetivo de caracterizá-lo como fixou ou variável, deve-se considerar os seguintes aspectos: Fixos Variáveis Controle Os custos fixos são controlados por algum nível dentro da empresa. Normalmente, são controlados por níveis mais altos dentro da hierarquia organizacional. Os custos variáveis são controlados geralmente pelo centro de custos que o realiza. Atividade Os custos fixos são aqueles relacionados com a capacidade. São aqueles que independem do volume de atividade. Esses custos variam em função do nível de atividade. Faixa de Volume Os custos fixos devem ser relacionados com uma faixa de volume. São raros os custos fixos que permanecem constantes além de uma faixa de volume. Do mesmo modo que os custos fixos, os custos variáveis devem ser analisados dentro de uma faixa efetiva de volume. Fora dos limites dessa faixa, os custos variáveis terão normalmente outro comportamento quando tomados unitariamente. Decisão Administrativa Os custos fixos ligam-se estreitamente as decisões tomadas pela administração. Muito embora alguns custos variáveis possam ser alterados em virtude das decisões administrativas, isso acontecerá em relação ao seu total. Entretanto, sempre reagirão diante do volume de atividade sob taxas diferentes de variabilidade. Período Os custos fixos são sempre relacionados ao período Os custos variáveis são relacionados as atividades Em relação à unidade do produto Os custos fixos tornam-se variáveis. Os custos variáveis tornam-se fixos. Fonte: Adaptado por Ferreira (2007). #ATENÇAO! Direcionador de Custo (Cost Driver): é um fator ou um nível de atividade ou volume, que afeta o custo. É uma relação de causa e efeito entre o nível de atividade ou volume de um determinado produto e seu custo total. Por exemplo, o número de
  • 17. 17 livros impressos é um direcionador de custos da quantidade de papéis utilizados na impressão de cada livro (BORNIA, 1995). #ATENÇÃO# d) Relacionamento entre os tipos de custos Segundo Iglesias (1999), os custos podem ser simultaneamente: ü Diretos e variáveis ü Diretos e fixos ü Indiretos e variáveis ü Indiretos e fixo Exemplo de Combinação de Custos Diretos/Indiretos e Variáveis/Fixos Fonte: Ferreira (2007). e) Custo Unitário e Custo Total Custo Unitário: o custo unitário também chamado de custo médio, é calculado ao dividir o custo total por uma unidade de medida (horas trabalhadas, número de entregas, número de itens fabricados, número de itens montados, etc). Por exemplo, supondo que os custos de produção de uma fábrica de calçados em um período de 30
  • 18. 18 dias foram de $ 230.000,00 e o número de pares de sapatos fabricados foi de 8.000 pares, o custo unitário por par seria: Custo Total de Produção Custo Unitário = --------------------------------------- Quantidade de pares fabricados $ 230.000,00 Custo Unitário =------------------------ = $ 28,75 por par 8.000 Custo Total = $ 230.000,00 O custo unitário como apresentado acima é frequentemente utilizado em relatórios financeiros. Porém, os gestores devem pensar em termos dos custos totais e não de custo unitário na tomada de decisões. #SAIBA MAIS Outras classificações de custos (FERREIRA, 2007): Custos Históricos: são custos apurados após o encerramento do período (mês por exemplo). Custos Predeterminados: são custos calculados antes que ocorram efetivamente. Utilizados principalmente para orçamentos e custo padrão. Ao utilizar o custo predeterminado, se faz necessário o levantamento do custo histórico para verificar variações ou distorções ocorridas. Custos de Produção do Período: é a soma dos custos incorridos no período. #SAIBA MAIS# #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO 1) Uma fábrica produz dois tipos de camisa. Classifique cada um dos seguintes itens de custo em relação a cada um dessas camisas. Classifique os eventos em (CVP) Custo Variável de Produção; (CVV) Custo Variável de Vendas e CF (Custo Fixo): • O telefone do setor administrativo.______________ • A linha utilizada na confecção da camisa:_______________ • A energia elétrica gasta na produção:__________________ • A despesa com seguro da indústria:_________________ #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO#
  • 19. 19 #RECAPITULANDO • O custo variável altera em relação ao volume e as atividades. O custo fixo total permanece inalterado por um período de tempo podendo se alterar de acordo com o volume ou atividade (ex.: aumento do número de funcionários de produção, quando a empresa atingir volumes de pedidos muito acima da sua capacidade atual). Os custos variáveis variam no total e os custos fixos permanecem fixos no total. • O custo unitário de um objeto de custo deve ser interpretado com cautela quando ele incluir componentes de custo fixo, pois o custo variável altera de acordo com o volume, porém permanece constante em relação à unidade, já o custo fixo permanece constante em relação ao volume, mas altera em relação à unidade. • O custo direto é todo custo que pode ser apropriado diretamente a um objeto de custo e pode ser levantado de uma forma economicamente viável (relação custo - benefício). O custo indireto pode ser apropriado diretamente a um objeto de custo, desde que o custo - benefício do seu levantamento seja economicamente viável, porém usualmente, pela inviabilidade econômica do levantamento do custo indireto, o mesmo é apropriado ao objeto de custo utilizando um critério de rateio. #RECAPITULANDO #CONSIDERAÇÕES FINAIS A Administração de Custos segundo Ferreira e Souza (1999) é uma poderosa ferramenta gerencial, oferece às empresas um fantástico diferencial competitivo, pois, possibilita o controle sobre cada item comercializado, bem como propiciar ao gestor: · estar apto a direcionar os custos dos produtos e analisar acuradamente todos os fatores que os dirigem, tais como variedade, complexidade, escopo e mudança, e não apenas volume; · estar apto a medir o custo da falha por toda a organização, de modo a concentrar a atenção dos dirigentes nas principais oportunidades de melhoria; · estar apto a identificar os fatores que dirigem os custos, para que os dirigentes possam ser guiados para onde e quando possam direcionar melhor seus empenhos visando controlar os custos; · estar apto a reconhecer e refletir a importância crucial de processos organizacional-chave; . estar apto a identificar qual o processo de fabricação mais econômico, que preço praticar nos seus produtos e serviços, qual departamento da empresa utiliza mais eficientemente seus recursos, quais clientes mais contribuem para os lucros da companhia · ter instrumentos que permitam a análise gerencial periódica do desempenho da empresa através de suas unidades. #CONSIDERAÇÕES FINAIS#
  • 20. 20 #MINI CASO Para conhecer mais sobre a importância da gestão de custos, leia o artigo Gestão de Custos um Fator de Sobrevivência para as Empresas, acessando o link: http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/305.pdf. #MINI CASO# #RESUMO O impacto da concorrência provocou uma reflexão na estrutura e gerenciamento dos custos, considerando que a contabilidade de custos das empresas empregava técnicas que forneciam ao gestor somente informações básicas dos custos que, de posse delas tomavam decisões de investimentos e comercialização, técnicas estas centradas no rateio de custos fixos pela mão-de-obra direta ou horas/máquina, ignorando fatores como contribuição, complexidade e mudança. O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica. Hoje a empresa reconhece que os modelos de apropriação de custo e formação de preços contábeis tradicionais, podem distorcer as informações gerenciais sobre o custo dos produtos e serviços, prejudicam as decisões gerenciais, sendo assim, um gerenciamento de custo mais eficaz, fornece meios para que a empresa possa estabelecer custos mais acurados e garantir meios para controle destes custos. Os custos podem ser classificados em Custos Diretos que podem ser apropriados diretamente aos produtos e serviços, Custos Indiretos que para serem alocados aos produtos dependem de cálculos e estimativas através de critérios de rateio e Custos Atribuídos que é o custo final do produto ou serviço, envolvendo os custos diretos e os custos indiretos necessários para sua obtenção. Quanto a variabilidade, os custos podem ser classificados em Custos Fixos que são relacionados aos períodos e Custos Variáveis que são relacionados as atividades. Fonte: http://www.aedb.br/seget/artigos12/10616499.pdf #RESUMO# #RELATO DE CASO A empresa Descartáveis Higiene Total foi fundada em 2003 para de atender o mercado de materiais de limpeza institucionais para indústria e comércio e também a linha de descartáveis para hospitais, clínicas médicas e dentárias, bem como a necessidade dos consumidores residenciais oferecendo assim produtos concentrados de alta qualidade no atacado e varejo. A Descartáveis Higiene Total tem como atividade principal a produção de tapetes personalizados da 3M. Junto à unidade produtiva da empresa, está a loja que comercializa produtos descartáveis para residências e clínicas médicas, que não são produtos fabricados pela organização, ou seja, a parte relacionada ao comércio não tem nenhuma ligação com a produção dos tapetes.
  • 21. 21 Para o cálculo do custo dos seus produtos o proprietário fazia o levantamento de seus custos ao final de cada mês, sem a separação dos custos referentes a fabricação dos produtos com os custos inerentes exclusivamente à loja e que não são relacionados a fabrica. A empresa Descartáveis Higiene Total apresentava algumas falhas relacionadas ao método utilizado para calcular os seus custos. A primeira falha estava relacionada a não separação dos custos e despesas, este problema pode ser resolvido com a distinção dos mesmos, separando-os para posteriormente realizar os cálculos utilizados na gestão de custos. Outra falha estava relacionada em como é realizado o rateio dos custos entre a fábrica e a loja, já que alguns gastos como a energia elétrica, impostos, contador, despesas e manutenções de veículos são referentes aos dois estabelecimentos. Assim tais gastos são rateados em quantidades iguais entre a fábrica e a loja. O primeiro passo para a solução do problema foi a separação entre custos e despesas, pois os custos estão relacionados à área produtiva dos tapetes e as despesas para comercialização. Após separar custos e despesas, identificar os custos diretos e indiretos bem como os custos fixos e variáveis, foi possível calcular a margem de contribuição do produto e através desta metodologia calcular o custo unitário dos produtos. Após o conhecimento de todos os custos e com a utilização dos métodos para o cálculo da gestão de custos, os gestores tiveram uma maior precisão na formação dos custos dos produtos fabricados e comercializados pela empresa, apurando assim o lucro de cada item, possibilitando uma gestão focada no aumento da rentabilidade de suas operações. #RELATO DE CASO# #EXERCÍCIOS# 1.1) Em relação a custos, é correto afirmar: ( ) a. os custos fixos totais mantém-se estáveis, independentemente do volume da atividade fabril; ( ) b. os custos variáveis da produção decrescem proporcionalmente à quantidade produzida, em razão inversa; ( ) c. os custos variáveis de vendas decrescem em conformidade com a quantidade produzida; ( ) d. o custo fixo unitário, diminuem em conformidade com o volume produzido. 1.2) Uma empresa industrial utiliza energia elétrica como força motriz do seus equipamentos para seu processo produtivo. Assim sendo, a energia elétrica gasta em sua fábrica será considerada: ( ) a. custo variável de vendas ( ) b. custo fixo ( ) c. custo semi -fixo direto ( ) d. custo variável de produção
  • 22. 22 1.3) O aluguel do imóvel onde está instalada uma indústria sofre reajuste a cada três meses e o custo industrial é anual. Esse custo é classificado como: ( ) a. custo variável ( ) b. custo fixo ( ) c. custo semifixo ( ) d. custo semivariável 1.4) Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo Variavel de Vendas (CVV), Custo Variáveis de Produção (CVP) e Custos Fixos (CF): ( ) a. Compra de Matéria-prima ( ) b. Consumo de Matéria-Prima ( ) c. Consumo de energia elétrica na área administrativa ( ) d. Consumo de energia elétrica na área industrial ( ) e. Fretes de entrega ( ) f. Fretes de insumos produtivos ( ) g. Gastos com depreciação da fábrica ( ) h. Gastos com supervisão da linha de produção ( ) i. Leasing (aluguel) de veículos administrativos ( ) j. Gastos com limpeza e conservação da fábrica ( ) k. Consumo de material secundário na fábrica ( ) l. Embalagem consumida na indústria ( ) m. Ociosidade da mão-de-obra ( ) n. Mão-de-obra ( ) o. Consumo de combustível da administração ( ) p. Consumo de combustível dos vendedores ( ) q. Salários do pessoal administrativo ( ) r. Aquisição de máquinas ( ) s. Comissões proporcionais às vendas ( ) t. ICMS ( ) u. PIS/COFINS ( ) v. Simples Federal ( ) w. Material de Expediente ( ) x. Manutençao de Equipamento da Fabrica ( ) y. Aluguel do Imovel ( ) z. Seguro do Imovel 1.5) A empresa “Faz de Conta S.A.”, que atua no setor de serviços para animação de festas, desembolsou um gasto de $5.000,00 com a compra de uma máquina de bolhas de sabão e $1.000,00 com gasto de propaganda, através da impressão de panfletos. Tais gastos são considerados, respectivamente. Escolher uma resposta. ( ) a. Investimento e custo variável de vendas. ( ) b. Investimento e custo fixo ( ) c. Custo variável de produção e investimento. ( ) d. Investimento e Custo Variavel de Produção. ( ) e. Ambos são custos fixos
  • 23. 23 1.6) A empresa “Simulada Ltda”, uma indústria do segmento metalúrgico, adquiriu dia $100.000,00 em máquinas e equipamentos, pagando $5.000,00 de seguro pelos bens adquiridos. Tais gastos são considerados, respectivamente: ( ) a. Investimento e custo variável de vendas. ( ) b. Investimento e custo fixo ( ) c. Custo variável de produção e investimento. ( ) d. Investimento e Custo Variavel de Produção. ( ) e. Ambos são custos fixos 1.7) Devem ser classificados como custo de produção os itens: ( ) a. Matéria-prima, mão-de-obra, honorários da diretoria. ( ) b. Honorários contábeis, fretes de vendas e seguros. ( ) c. Seguros e material direto. ( ) d. Matéria-prima, manutenção de Equipamento da fabrica, energia elétrica. ( ) e. Salário da administração, material direto, perdas. REFERÊNCIAS DA UNIDADE I BORNIA, Antonio Cezar. Mensuração das Perdas dos Processos Produtivos: Uma Abordagem Metodológica de Controle Interno. Florianópolis, 1995 Tese (Doutorado), Universidade Federal de Santa Catarina. FERREIRA, José Angelo. Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007. LEONE, George Guerra. Custos um Enfoque Administrativo. Rio de Janeiro. Editora da FGV, 1992. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1995.
  • 24. 24 UNIDADE II Gestão Estratégica de Custos Objetivos de Aprendizagem • Entender os conceitos básicos do Custo Volume Lucro (CVL) • Aprender como determinar o ponto de equilíbrio utilizando o Custo Volume Lucro • Usar o CVL para o planejamento de custos • Compreender como aplicar a CVL para analise dos direcionadores de custos • Aprender a distinguir entre margem de contribuição e margem bruta • Utilizar o CVL na analise de custos e preço dos produtos Plano de Estudo • Utilizando a Analise Custo Volume Lucro para tomada de decisão • Planejamento do Custo e Analise Custo Volume Lucro • Efeito do Mix de Vendas no Lucro
  • 25. 25 INTRODUÇÃO O mercado brasileiro está em constante mudança, cada vez mais ágil, moderno e disputado. Podemos afirmar que hoje o mercado brasileiro é mais dinâmico. Este dinamismo que vemos hoje teve o seu gatilho no início da década de 90 quando o mercado brasileiro foi aberto para a globalização permitindo que empresas estrangeiras se instalasse no país e quando que diversos outros produtos e serviços chegassem as casas dos brasileiros. Este mercado mais dinâmico tornou a tarefa de empresários e gestores de empresa cada vez mais difíceis, pois, toda decisão, desde então, deve ser tomada observando o mercado e mensurando os seus efeitos no faturamento e no lucro da empresa. Com a vinda de novos produtos e concorrentes para o mercado nacional a necessidade de investimentos em estrutura qualificação e propaganda começou a crescer, e ser elevada em consideração já a partir da escolha do Mix de Produtos da empresa, como também na formação do preço de venda e dos custos dos produtos. Para otimizar os resultados da empresa e conseguir prever os efeitos de cada decisão ou movimento de mercado dentro das empresas, surgi a necessidade de uma ferramenta que avalie a proporção entre preço de venda, custos, volume de produção e vendas e a rentabilidade da empresa, ou seja, o tão precioso lucro. A ferramenta que possui essa função é denominada de Análise Custo/Volume/Lucro ou Análise CVL, entrega informações de suma importância para empresários e gestores das empresas, os permitindo tomarem decisões é mensurando o impacto no faturamento e lucro a serem obtidos com cada mudança do mercado ou planejamento e estratégias tomadas. Nesta unidade iremos verificar que a análise CVL reúne conceitos de três outros elementos da gestão de custos que são a Margem de Contribuição, o Ponto de Equilíbro e por fim a Margem de Segurança. Através da análise conjunta destes elementos e atribuindo cenários e perspectiva de resultados e lucros a análise CVL permite ao gestor de custos prever o impactos das suas decisões nos demonstrativos de resultado projetados e assim tomar decisões como a melhor escolha do Mix de Produtos que a empresa irá trabalhar
  • 26. 26 TÓPICO 2.1 - Utilizando a Analise Custo Volume Lucro (CVL) para Tomada de Decisão Esta unidade examina uma das ferramentas mais básicas e importantes para a gestão de custos e tomada de decisão: o Custo Volume Lucro. A Análise CVL (Custo - Volume - Lucro) envolve os conceitos de Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança. #REFLITA# “A análise do CVL é uma ferramenta valiosa para calcular o impacto de preços, custos e volume sobre o lucro operacional. Uma importante dimensão do trabalho da administração é gerenciar cada variável que afeta o lucro operacional, para aumentar a lucratividade da companhia” (MAHER, 2003, p.36). #REFLITA# Segundo Ferreira (2007), a Margem de Contribuição representa o valor que a unidade de um produto produzido e comercializado pela empresa, deduzidos seus custos variáveis, contribui para pagar os custos fixos da operação. Em relação ao Ponto de Equilíbrio, Bornia (1995), define como o nível de atividade no qual o valor das vendas totais se iguala os custos totais, fazendo com que a empresa não obtenha lucro e nem sofra prejuízos. Portanto o Ponto de Equilíbrio é o volume de operações que gera lucro igual a zero. Para Ferreira (2007) a Margem de Segurança que consiste o total das vendas que excede o ponto de equilíbrio, demonstrando o quanto as vendas podem sofrer de queda sem com isso realizar prejuízos. #FATOS E DADOS# No estado de Santa Catarina entre Itajaí e Barra Velha, ao longo da BR 101, em março de 2013 estavam instalados 11 postos revendedores, tendo estes um potencial expressivo na venda de óleo diesel, representando 19,4% de todo no estado. Os proprietários dos postos revendedores estavam encontrando dificuldades na gestão dos custos das operações e através de uma consultoria do Sebrae, aprenderam como aplicar a Analise CVL, visto que são constantes as oscilações de preços, motivadas principalmente pelo ônus tributário, possibilitando assim otimizar o desempenho das
  • 27. 27 organizações que dirigem, conseguindo assim diminuir o elevado índice de mortalidade empresarial do setor. #FATOS E DADOS# Além da utilização do CVL, para determinar o Ponto de Equilíbrio e a quantidade de vendas necessária para atingir determinado lucro operacional, a analise CVL pode orientar os gestores para outras decisões como apresentaremos a seguir. 1) Decisão sobre Investimento em Propaganda Para melhor compreendermos a utilização da CVL, tomemos com exemplo a empresa CAMISARIA CORTE CERTO LTDA, supondo que a empresa esteja projetando uma venda de 150 camisas em uma feira de exposição na qual participa, visando obter um lucro de $ 1.500,00. A diretora de vendas da CAMISARIA CORTE CERTO LTDA é procurada pela empresa de Publicidade VENDE TUDO, que está coordenando as negociações nesta feira. A VENDE TUDO, oferece a veiculação de uma propaganda sobre a empresa em um caderno especial do evento. A propaganda custará $ 1.000,00. Este custo será fixo, não sofrendo qualquer alteração, independente ao número de camisas que a empresa vender neste evento. A diretora de vendas tem como expectativa, que a propaganda aumentará sua venda para 180 camisas. Analisando a tabela a seguir, é possível decidir se a empresa deve ou não investir nesta propaganda: 150 camisas vendidos sem propaganda 180 camisas vendidos com propaganda Diferença (1) (2) (3) = (2) – (1) Margem de Contribuição ( $ 30 ) $ 4.500,00 $ 5.400,00 $900,00 Custos Fixos $ 3.000,00 $ 4.000,00 $ 1.000,00 Lucro Operacional $ 1.500,00 $ 1.400,00 $ (100,00) Fonte: Adaptado de Ferreira (2007).
  • 28. 28 2) Decisão para Redução no Preço de Vendas A análise do CVL orienta também na decisão sobre reduzir ou não o preço de um produto, provocando o aumento no volume de vendas e consequentemente a receita da empresa. Tome-se com exemplo CAMISARIA CORTE CERTO LTDA., supondo-se que a empresa decida em reduzir o preço de venda unitário da camisa para $ 85,00 com base em uma redução de custos obtida pela fabrica de $ 70,00 para $ 65,00. A gerente de vendas acredita que com a redução no preço de $ 100,00 para $ 85,00, será possível vender 180 camisas sem precisar investir em propaganda, já que este gasto se mostrou inviável. Com base na analise do CVL tem-se: Fonte: Adaptado de Ferreira (2007). Conclui-se que: Margem de Contribuição após redução de preço para $ 85,00: ($ 85 - $ 65) x 180 $ 3.600,00 Margem de Contribuição para preço normal $ 100,00: ($ 100- $ 70) x 150 $ 4.500,00 Aumento/queda da margem de contribuição coma redução de preços $(900,00) Conclui-se que: Analisando a coluna da Diferença(3), chega-se a conclusão de que se a empresa fizer o anúncio proposto pela agência de propaganda, a margem de contribuição aumentará em $ 900,00, porém os custos fixos, aumentarão em $ 1.000,00, reduzindo o lucro operacional da empresa para um prejuízo de $ 100,00. Ao investir na propaganda, o prejuízo da empresa será de $ 100,00. Desta maneira, a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA não deve anunciar neste caderno especial do evento. Mesmo com o aumento nas unidades vendidas em 30 peças, a redução de preços provoca a diminuição na margem de contribuição total, reduzindo consequentemente o lucro operacional da empresa, já que, os custos fixos permanecem os mesmos, demonstrando a inviabilidade desta estratégia.
  • 29. 29 Preço $ 100,00 Preço $ 85,00 ($ 100,00 - $ 70,00) x 150 ($ 85,00 - $ 65,00) x 180 Margem de Contribuição $ 4.500,00 $ 3.600,00 Custos Fixos $ 3.000,00 $ 3.000,00 Lucro Operacional $1.500,00 $600,00 Fonte: Adaptado de Ferreira (2007). 3) Análise de Sensibilidade e Incerteza Antes de decidir por uma alternativa, os gestores frequentemente se orientam pela Analise Sensitiva. Segundo Ferreira (2007), a Análise Sensitiva é a técnica que os gestores utilizam para examinar como os resultados se comportariam se uma das hipóteses iniciais sofressem alteração. No contexto da analise CVL, a analise sensitiva responde algumas questões como: Para o autor, o uso de planilhas eletrônicas possibilita aos gestores que utilizarem a técnica da Análise Sensitiva de uma maneira sistemática e eficiente. Com o recurso de planilhas eletrônicas, os gestores podem facilmente conduzir a análise para examinar os efeitos e iterações das mudanças nos preços de venda, nos custos variáveis, nos custos fixos e na projeção do lucro operacional. • Qual seria o lucro operacional se houvesse uma queda de 5% nas vendas inicialmente projetadas? • Qual seria o lucro operacional se os custos variáveis unitários aumentassem em 10%?
  • 30. 30 #ATENÇÃO# A margem de segurança pode responder, por exemplo, a seguinte questão: Em quanto podem cair às vendas antes de a empresa atingir seu ponto de equilíbrio? #ATENÇÃO# Como apontado por Kaplan e Atkinson (1989), muitas decisões gerenciais requerem a análise do comportamento de custos e lucros em relação as suas expectativas do volume de vendas, sendo que a maior incerteza, não está relacionada com custos e preços dos produtos, mas com a quantidade a ser vendida. A Análise de Custo/Volume/Lucro, torna possível analisar os efeitos das mudanças nos volumes de vendas e na consequente lucratividade da organização. A competitividade cada vez mais acirrada no mundo dos negócios tem conduzido os gestores na busca por soluções acertadas que possibilitem otimizar os resultados melhorando a obtenção de lucros. Quando a concorrência é grande, preços competitivos são uma boa maneira de atrair e cativar clientes. Tome-se como exemplo uma planilha da simulação da Analise de Sensibilidade da CAMISARIA CORTE CERTO LTDA, para diferentes hipóteses de lucro, custos variáveis e custos fixos: Planilha de Análise do CVL da CAMISARIA CORTE CERTO LTDA. Custo Receita Necessária, com um Preço de Venda Variável de $ 100,00 para obter o lucro de: Custos Fixos Unitario 0,00 1.500,00 2.000,00 3.000,00 70,00 10.000,00 15.000,00 16.666,67 20.000,00 3.000,00 85,00 20.000,00 30.000,00 33.333,33 40.000,00 95,00 60.000,00 90.000,00 100.000,00 120.000,00 70,00 11.666,67 16.666,67 18.333,33 21.666,67 3.500,00 85,00 23.333,33 33.333,33 36.666,67 43.333,33 95,00 70.000,00 100.000,00 110.000,00 130.000,00 70,00 13.333,33 18.333,33 20.000,00 23.333,33 4.000,00 85,00 26.666,67 36.666,67 40.000,00 46.666,67 95,00 80.000,00 110.000,00 120.000,00 140.000,00 Fonte: Ferreira (2007). Ao utilizar uma planilha, a empresa pode visualizar de maneira fácil e rápida, a necessidade de receita. Se praticar o preço de venda unitário de $ 100,00 por camisa, obtendo diferentes lucros operacionais considerando os vários níveis de custos fixos e custos variáveis da empresa. #ATENÇÃO! # A análise da sensibilidade possibilita ao gestor projetar cenários positivos ou não, caso uma expectativa prevista não se realize. Outra possibilidade é o calculo dos resultados operacionais diante de uma expectativa de queda ou aumento de receitas e despesas. #ATENÇÃO! #
  • 31. 31 Com um custo fixo de $ 3.000,00 e um custo variável unitário de $ 85,00 por unidade de camisa, seria necessário uma receita de $ 20.000,00 para que a empresa opere no equilíbrio (lucro operacional igual a zero). Mantendo as mesmas condições de custos fixos e variáveis, para que a empresa obtenha um lucro operacional de $ 3.000,00, é necessário uma receita de $ 40.000,00. A empresa pode também simular, qual será a receita necessária (no exemplo dado $ 80.000,00), para alcançar o ponto de equilíbrio caso o custo fixo (aluguel do estande da feira) aumentar para $ 3.500,00 e os custo variáveis subirem para $ 95.00 a unidade. Um dos aspectos mais importante da analise da sensibilidade é à margem de segurança. A margem de segurança é a quantidade vendida menos o ponto de equilíbrio. #SAIBA MAIS# Saiba mais sobre Análise de Sensibilidade com o artigo: A Análise De Custo/Volume/Lucro Como Ferramenta Gerencial Para Tomada De Decisão: Um Estudo De Caso Em Uma Indústria Química Do Sul De Santa Catarina, acessando o link: http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/00004C/00004CE3.pdf #SAIBA MAIS# Como exemplo do cálculo da margem de segurança, consideremos que os custos fixos da C&C Ltda. sejam de $ 3.000,00, o preço de venda unitária da camisa $ 100,00, os custos variáveis unitários por unidade $ 70,00. Para 150 unidades vendidas, a receita será de $ 15.000,00 e o lucro operacional $ 1.500,00 e o ponto de equilíbrio é de 100 unidades ou $ 10.000,00. A margem de segurança é de $ 5.000,00 ( $ 15.000, 00 - $ 10.000,00) ou 50 camisas ( 150 – 100 camisas). Isto é, a empresa pode ter uma queda de vendas de 50 camisa que ainda permanecerá em equilíbrio (lucro igual a zero). # MINI CASO# Análise Custo/Volume/Lucro aplicada a Reran Sorvetes A empresa Reran Sorvetes tem como atividade principal a produção e comercialização de alimentos congelados. A empresa está situada na cidade de Armazém (sul de Santa Catarina), distante aproximadamente 200 km de Florianópolis. Pelas suas características pode ser considerada uma microempresa, contando com o trabalho dos dois sócios e de apenas um funcionário, ocupando área física de apenas 81 (oitenta e um) metros quadrados. A produção abrange um rol de cerca de quarenta produtos distintos, dispersos nas linhas “Picolés”, “Sorvetes”, “Potes 2 litros”, “Potes 750ml” e “Potes 10 litros”. Para executar a Análise de Custos/Volume/Lucro desejada foram empregados procedimentos visando o levantamento dos dados necessários. Nesta direção, após
  • 32. 32 exame dos controles internos e de entrevistas com os responsáveis pelos setores da empresa, foram coligidas as seguintes informações: a) custo de compra das matérias-primas; b) consumo de cada matéria-prima por unidade de cada tipo de produto fabricado; c) custo total com matérias-primas por unidade de cada produto; d) determinação dos percentuais incidentes sobre o preço de venda, como tributos, comissões, etc; e) obtenção dos preços de vendas praticados por produto comercializado. Em seguida, passou-se ao cálculo dos fatores envolvidos na Análise CVL, ou seja, calculou-se a margem de contribuição unitária dos produtos, a margem de contribuição total em função do volume mensal comercializado, o ponto de equilíbrio (em unidades e em valor) e a margem de segurança. Ao confrontar a margem de contribuição proporcionada por cada produto fabricado com o respectivo tempo de produção, foi possível aferir a “Rentabilidade do produto pelo fator de restrição (tempo gasto)”. Ou seja, considerando como fator de restrição da capacidade produtiva o tempo de fabricação de cada unidade determinou-se quais os produtos deveriam ser produzidos prioritariamente em cada linha comercializada. O CVL como ferramenta gerencial há muito vem sendo considerada pela literatura técnica pertinente como pródiga em ofertar subsídios decisoriais consistentes aos gestores. Conforme evidenciado, sua aplicabilidade é perfeitamente possível também em organizações industriais de pequeno porte, como a empresa mencionada nesta pesquisa. Assim, é pertinente que os administradores e contadores ligados às empresas de pequeno porte tentem entender e aplicar os conceitos abrangidos pela Análise Custos/Volume/Lucro em tais organizações, como forma de otimizar o desempenho das mesmas, tendo assim, melhores condições para evitar ou diminuir as dificuldades de gerenciamento das atividades financeiras que levam diversas empresas à falência pouco tempo depois de iniciadas. #MINI CASO # #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# Assinale a alternativa correta: 1) A Margem de Contribuição é a diferença entre receita e: a) Custos fixos b) Lucro Operacional c) Custos variáveis 2) Um dos aspectos mais importante da análise de sensibilidade é: a) Margem de Contribuição b) Lucro Operacional c) Ponto de Equilíbrio d) Margem de Segurança
  • 33. 33 3) A análise do CVL é uma ferramenta valiosa para calcular o impacto de preços, custos e volume sobre: a) Margem de Contribuição b) Lucro Operacional c) Ponto de Equilíbrio d) Margem de Segurança #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# #RECAPITULANDO# • Usar a Análise CVP requer pressupor que os custos ora são fixos ora variáveis em relação a quantidade vendida e que há uma linearidade entre receitas e custos; • A Análise CVP auxilia os gestores a entender o comportamento do custo total, das receitas totais e do lucro e as mudanças que ocorrem nos preços, custos fixos e custos variáveis; • Na tomada de decisão os gestores usam a Analise CVP para comparar margem de contribuição e custos fixos em diferentes alternativas; • Margem de Contribuição é receita menos custos variáveis. #RECAPITULANDO#
  • 34. 34 TÓPICO 2.2 - Planejamento do Custo e Análise A análise do Custo Volume Lucro destaca os riscos e retornos de uma estrutura de custos de uma organização, auxiliando os gestores a fazerem considerações sobre estruturas alternativas de custos. Estruturas Alternativas de Custo entre Custo Fixo e Custo Variável Ao considerar a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA. como exemplo, que pagou $ 3.000,00 pelo aluguel do estande. Supondo que os organizadores houvessem oferecido a empresa três diferentes alternativas de locação do espaço: ü Opção 1: $ 3.000,00 taxa fixa ü Opção 2: $ 1.800,00 taxa fixa mais 10% de comissão sobre as receitas ü Opção 3: 25% de comissão sobre as vendas sem taxa fixa. Ao projetar uma venda de 150 camisas, faz-se necessário analisar qual o impacto de cada opção sobre o lucro e qual o risco que cada opção oferece. Tabela CVL Para Opções de Aluguel do Estande Opção 1 Opção 2 Opção 3 Receita Total ( $ 100,00 o par ) Custos Variáveis $ 15.000,00 $ 10.500,00 $ 15.000,00 $ 12.000,00 $ 15.000,00 $ 14.250,00 Margem de Contribuição $4.500,00 $3.000,00 $ 750,00 Custo Fixo (locação do estande) $3.000,00 $ 1.800,00 $0,00 Lucro Operacional da Feira $1.500,00 $ 1.200,00 $ 750,00 Ponto de Equilíbrio ($) $ 10.000,00 $9.000,00 $0,00 Ponto de Equilíbrio (un) 100 90 0 Como pode ser observado na tabela acima, apesar de propiciar um lucro maior, ao optar pela Opção 1 a empresa corre também um risco maior, pois a necessidade de venda para atingir o Ponto de Equilíbrio é de 100 camisas, já na Opção 2 será necessário vender 90 camisas, enquanto que na Opção 3, por não ter o custo fixo do aluguel do Estande, o Ponto de Equilíbrio é igual a zero.
  • 35. 35 Se o numero de unidades vendidas caírem para 90 camisas, a empresa trabalharia com prejuízo na Opção numero 1, pois a margem de contribuição não cobriria o custo fixo do aluguel do estande, a Opção 2 daria lucro igual a zero, porém cobriria o valor do aluguel e a Opção 3 daria lucro de $ 450,00, pois não tem o custo do aluguel. FATOS & DADOS Atualmente, os mercados seguradores brasileiros e mundiais passam por inúmeros desafios. Como exemplo, no Brasil, podemos citar os níveis de fraude em sinistros, as dificuldades do seguro saúde e o aumento do grau de competição. Em um estudo feito no final de 2013 em seguradoras nacionais concluíram que, de um modo geral, as seguradoras brasileiras têm taxas de rentabilidade maiores que as internacionais, pois, por o capital ser mais escasso em nossa economia, além do maior risco associado, as empresas devem ter alguma compensação. Porém, o que observa-se de mais interessante neste estudo, é que tal ganho não ocorre nem tanto pela maior margem líquida das operações, mas sobretudo pelo maior nível de alavancagem das companhias nacionais. Ou seja, em uma linguagem “menos teórica”, aqui, de cada “Real” de seguro vendido, as seguradoras brasileiras têm obtido de lucro o mesmo que uma internacional. A diferença é que a venda no Brasil pode ser realizada com menor capital. Fonte: http://www.sincor.org.br/conteudoPortugues/modeloInternaSemMenu.aspx?codConte udo=283 FATOS & DADOS Empresas com custos fixos altos, como o da Opção 1 por exemplo, possuem um alto grau de alavancagem. Como resultado, um aumento nas vendas gera lucros maiores, já uma queda nas vendas podem causar prejuízo operacional. O nível de alavancagem pode ser medido pela divisão da margem de contribuição pelo lucro operacional: A análise do risco-retorno das alternativas estruturas de custos é chamada de alavancagem da operação. O grau de alavancagem da operação descreve os efeitos que os custos fixos causam, quando a margem de contribuição diminui com a queda nas vendas (FERREIRA, 2007).
  • 36. 36 Opção 1 Opção 2 Opção 3 Margem de Contribuição unitária $80,00 $ 50,00 $ 30,00 Margem de Contribuição venda 40 camisas $ 3.200,00 $ 2.000,00 $ 1.200,00 Lucro Operacional da Feira $1.200,00 $ 1.200,00 $ 1.200,00 Grau de Alavancagem da Operação 2,67 1,67 1,00 Como podemos observar na tabela acima, para uma venda de 40 camisas, a margem de contribuição é de 2,67 vezes o lucro operacional na Opção 1, já na Opção 2 é de 1,67 vezes e na Opção 3 é de 1,00 vez. Se considerarmos, por exemplo, um aumento nas vendas na ordem de 50%, de 40 para 60 camisas, a margem de contribuição aumentará em 50% para cada opção apresentada. O lucro operacional, porém aumentará 2,67 x 50% = 133% (de $ 1.200,00 para$ 3.600,00) na Opção 1, mas somente 1,00 x 50% = 50% na Opção 3 (de $ 1.200,00 para $ 1.800,00). #SAIBA MAIS# Saiba mais sobre Grau de Alavancagem, acessando o link: https://docs.google.com/viewer?url=http://jeffersonmgmendes.com/Eng_economica/E ngecon_09_alavancagem_financeira.pdf #SAIBA MAIS# Efeitos do Horizonte de Tempo Um tema importante na análise Custo Volume Lucro, é que os custos podem ser classificados em determinados momentos como custos fixos e em outros como custos variáveis ( FERREIRA, 2007). Esta classificação sofre o efeito do intervalo de tempo que for considerado na tomada de uma decisão, já que no curto prazo uma boa parte dos custos podem ser considerados como fixos. Tomemos como exemplo um avião de passageiros vai partir em 30 minutos e tem ainda 30 lugares vagos, e um passageiro em potencial chega com uma transferência de passagem de outra companhia aérea concorrente. Quais serão os custos variáveis para a empresa aérea? Provavelmente uma refeição a mais, o que representará muito pouco. Podemos considerar neste caso que todos os custos da
  • 37. 37 decisão de levar este passageiro podem ser considerados como fixos. Agora suponha que a empresa aérea esteja se decidindo por incluir uma nova cidade as suas rotas, neste caso, a maioria dos custos que incidirão poderão ser considerados como variáveis e poucos custos classificados como fixos. Este exemplo nos mostra, que definir os custos como realmente fixos, depende muito da área de atuação da empresa, do horizonte do tempo em análise e da situação especifica a se decidir. Horngren (2003), explica que a Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através desta análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais, como também, dos resultados das operações decorrentes de mudanças ocorridas nos níveis de vendas, preços, custos variáveis unitários e custos fixos. Em geral, os gestores, utilizam esta análise como uma ferramenta para auxilia- los a responder questões que envolvam expectativas futuras de lucratividade se houverem modificações nos preços de venda, nos custos e no volume vendido. #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# Assinale se verdadeira ou falsa: 1) Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através desta análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais da empresa. a) Verdadeira b) Falsa 2) A Análise CVL possível examinar o comportamento das receitas e custos totais, como também, dos resultados das operações decorrentes de mudanças ocorridas nos níveis de vendas, preços, custos variáveis unitários e custos fixos. a) Verdadeira b) Falsa 3) Empresas com custos fixos altos, não possuem um alto grau de operação de alavancagem. a) Verdadeira b) Falsa 4) Empresas com alto grau de alavancagem se aumentarem suas vendas geram lucros maiores, já uma queda nas vendas podem causar prejuízo operacional. a) Verdadeira b) Falsa 5) Um tema importante na análise Custo Volume Lucro, é que os custos não podem ser classificados em determinados momentos como custos fixos e em outros como custos variáveis. a) Verdadeira b) Falsa #ATIVIDADE DE AUTO ESTUDO#
  • 38. 38 #RECAPITULANDO# • A análise do Custo Volume Lucro, destaca os riscos e retornos de uma estrutura de custos de uma organização; • A análise do Custo Volume Lucro, auxilia os gestores a fazerem considerações sobre estruturas alternativas de custos; • A análise do risco-retorno das alternativas estruturas de custos é chamada de alavancagem da operação; • O grau de alavancagem da operação descreve os efeitos que os custos fixos causam, quando a margem de contribuição diminui com a queda nas vendas; • Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através desta análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais da empresa. #RECAPITULANDO#
  • 39. 39 TÓPICO 2.3 - Análise do Ponto de Equilíbrio (Break-Even) O Ponto de Equilíbrio, conhecido também como Ponto de Ruptura é a conjunção dos custos totais com as receitas totais. Deste modo, os custos e despesas fixas seriam totalmente absorvidos e partir daí, a empresa inicia seu retorno do investimento com a obtenção de lucro. Segundo Ferreira (2007), o Ponto de Equilíbrio ou break even point, aponta a necessidade mínima de faturamento que a empresa precisa alcançar para fazer face as suas despesas operacionais. Para Martins (2003, p. 257), o Ponto de Equilíbrio indica a capacidade mínima que a empresa deve operar para não ter prejuízo. É, portanto, a relação entre o volume de vendas e a lucratividade, determinando o nível de vendas necessário para cobrir os custos operacionais. Ou ainda, é o ponto em que a empresa se equilibra, servindo também para mostrar a magnitude dos lucros ou perdas da empresa se as vendas ultrapassarem ou caírem para um nível abaixo desse ponto. #FATOS E DADOS# No ano de 2012, preocupada com a queda na rentabilidade, A Agrovel, empresa de pequeno porte no ramo de agronegócio, fabricante de componentes para implementos agrícolas, estabelecida no interior paulista há treze anos e com vinte funcionários, decidiu por implantar a ferramenta de análise do Ponto de Equilíbrio para direcionar suas metas de vendas. Foi apurado que o ponto de equilíbrio da empresa era de R$ 64.000,00, o que correspondia a 92% do faturamento médio da empresa. De posse desta informação, os dirigentes da empresa puderam visualizar que a venda media da empresa era insuficiente para atingir os objetivos de retorno esperado e puderam então, direcionar seus esforços para aumentar seu faturamento visando assim a melhora nos resultados. #FATOS E DADOS# Podemos analisar o Ponto do Equilíbrio sobre três aspectos: Ponto de Equilíbrio Financeiro, Contábil e Econômico (FERREIRA, 2007, p.37): Ponto de Equilíbrio Financeiro avalia a necessidade mínima de faturamento da empresa sem considerar a depreciação, visto que, a depreciação não representa uma saída de caixa. É o resultado da divisão dos Custos Fixos (CF), menos a depreciação pela Margem de Contribuição (MC), multiplicado pela Receita Sobre Vendas (RSV): PEF = [(CF - Depreciação) / MC] x RSV
  • 40. 40 Exemplo: No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio financeiro, isto é, faça frente as suas despesas operacionais menos a depreciação, será necessário um faturamento de $ 60.000,00. Ponto de Equilíbrio Contábil avalia a necessidade mínima de faturamento da empresa considerando a depreciação do imobilizado. É o resultado da divisão dos Custos Fixos totais pela Margem de Contribuição, multiplicado pela Receita Sobre Vendas. Exemplo: No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio contábil, isto é, faça frente as suas despesas operacionais incluindo a depreciação, será necessário um faturamento de $ 66.666,66. #ATENÇÃO# Vale lembrar que em qualquer atividade que envolver tomada de decisão, estará presente riscos e incertezas. Sendo assim, os resultados esperados de decisões sobre o nível mínimo de vendas apontadas pela análise do Ponto de Equilíbrio, também estão sujeitos a variações. PEC = (CF / MC) x RSV Calculando PEF: PEF = [(CF - Depreciação) / MC] x RSV PEF = [(20.000,00 – 2.000,00) / 30.000,00] x 100.000,00 PEF = 60.000,00 Calculando PEC: PEC = (CF / MC) x RSV PEC= (20.000,00 / 30.000,00) x 100.000,00 PEC = 66.666,66
  • 41. 41 #ATENÇÃO# Ponto de Equilíbrio Econômico avalia a necessidade mínima de faturamento da empresa considerando a depreciação mais a remuneração do Capital dos sócios ou acionistas. É o resultado da divisão dos Custos Fixos totais mais o Custo da Oportunidade pela Margem de Contribuição, multiplicado pela Receita Sobre Vendas. Neves (1982) considera que o custo de oportunidade representa as oportunidades de remuneração sobre um investimento externo acessível à empresa, sendo assim visto como a remuneração de um investimento alternativo que poderia ser obtido pela empresa. Para Ferreira (2007, p.41), o custo da Oportunidade corresponde a uma remuneração mínima do capital investido pelos sócios ou acionistas, comparada a uma remuneração que seria obtida aplicando este capital no mercado financeiro (CBD, RDB, Poupança, etc.). É o lucro mínimo almejado pelo empresário. Exemplo Calculando CO: • Patrimônio Líquido (PL): R$ 400.000,00 • Remuneração CDB: 2% ao mês Calculando: CO = PL x Taxa de Aplicação CO = 400.000,00 x 2% No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio econômico, isto é, faça frente as suas despesas operacionais incluindo a depreciação e remunere seu Patrimônio Liquido a uma taxa mínima de atratividade de 2% ao mês, será necessário um faturamento de $ 93.333,33. CO = PL x Taxa de Aplicação CO = 8.000,00 Calculando PEE: PEE = [(CF + CO) / MC] x RSV PEE = [(20.000,00 + 8.000,00) / 30.000,00] x 100.000,00 PEE = 93.333,33
  • 42. 42 Ponto de Equilíbrio em Quantidade (PEq): é a quantidade mínima de produtos que a empresa necessita produzir e vender para fazer frente as suas despesas operacionais. É o resultado da divisão dos Custos Fixos totais pela Margem de Contribuição Média, do mix de produtos fabricados pela empresa. Exemplo: Preço Venda Médio = 100,00 Custos Variáveis Totais = 60,00 MC Média = PV (médio) – CVT MC Média = 100,00 – 60,00 MC Média = 40,00 No exemplo acima, para que a empresa atinja o equilíbrio em quantidade física, isto é, faça frente as suas despesas operacionais incluindo a depreciação será necessário produzir e vender 500 unidades de seu produto. #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# Assinale a Alternativa Correta: Sabendo que: Custos Fixos -800.000 Custo Variável Unitário (Vendas + Produção) -300,00 Preço Unitário -700,00 1) O ponto de equilíbrio é igual a: a. ( ) 2.000 unidades. b. ( ) 1.000 unidades. c. ( ) 2.500 unidades. d. ( ) 1.200 unidades 2) A receita total do ponto de equilíbrio é de: a. ( ) 1.000.000 b. ( ) 300.000 c. ( ) 1.400.000 d. ( ) 1.250.00 3) O lucro, no ponto de equilíbrio, é de: a. ( ) zero. b. ( ) 400.000 c. ( ) 500.000 d. ( ) 300.000 PE(q) = (CF / MC unit) Calculando PE(q): PE(q) = (CF / MC unit) PE(q) = (20.000,00 / 40,00) PE(q) = 500 un.
  • 43. 43 #RECAPITULANDO • O Ponto de Equilíbrio, conhecido também como Ponto de Ruptura é a conjunção dos custos totais com as receitas totais, ,apontando a necessidade mínima de faturamento que a empresa precisa alcançar para fazer face as suas despesas operacionais. • Podemos analisar o Ponto do Equilíbrio sobre três aspectos: Ponto de Equilíbrio Financeiro, Contábil e Econômico. • Ponto de Equilíbrio Financeiro avalia a necessidade mínima de faturamento da empresa sem considerar a depreciação, visto que, a depreciação não representa uma saída de caixa. • Ponto de Equilíbrio Contábil avalia a necessidade mínima de faturamento da empresa considerando a depreciação do imobilizado. • Ponto de Equilíbrio Econômico avalia a necessidade mínima de faturamento da empresa considerando a depreciação mais a remuneração do Capital dos sócios ou acionistas. • Ponto de Equilíbrio em Quantidade é a quantidade mínima de produtos que a empresa necessita produzir e vender para fazer frente as suas despesas operacionais. • Qualquer atividade que envolva tomada de decisão, estará presente riscos e incertezas. Sendo assim, os resultados esperados de decisões sobre o nível mínimo de vendas apontadas pela análise do Ponto de Equilíbrio, também estão sujeitos a variações #RECAPITULANDO
  • 44. 44 TÓPICO 2.4 - Efeito do Mix de Vendas no Lucro Mix de vendas é a combinação de diferentes produtos que formam a receita de uma empresa em um determinado período. Mesmo o mix sofrendo alterações, a meta total de vendas pode ainda ser atingida, porém o efeito deste mix no lucro operacional depende de uma maior ou menor contribuição dos produtos vendidos (FERREIRA, 2007). Suponha que a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA estivesse vendendo dois diferentes modelos de sapato: Modelo1 Modelo2 Total Unidades Vendidas 60 40 100 Preço par $ 200,00 e $ 100,00 $ 12.000,00 $ 4.000,00 $ 16.000,00 Custos Variáveis $ 120 e$ 70,00 por par $ 7.200,00 $ 2.800,00 $ 10.000,00 Margem de Contribuição Unitária $ 80,00 e $ 30,00 $ 4.800,00 $ 1.200,00 $6.000,00 Custos Fixos $4.500,00 Lucro Operacional $1.500,00 Fonte: Ferreira (2007) Qual seria o ponto de equilíbrio da empresa? Ao contrário de quando se trata de um único produto, numa situação de mais de um produto não há somente um único ponto de equilíbrio. A quantidade de produtos
  • 45. 45 para atingir o ponto de equilíbrio depende do mix de vendas. Vamos supor que para cada 3 camisas do modelo 1, a CAMISARIA CORTE CERTO LTDA vendesse 2 camisas do modelo 2 podemos calcular o ponto de equilíbrio conforme exemplo abaixo: 3S = Numero de camisas do Modelo 1 2S = Numero de camisas do Modelo 2 Total das Vendas – Custos Variáveis – Custos Fixos = 0 [$200 (3S) + $100 (2S)] – [$120 (3S) + $70 (2S)] – $4.500 = 0 $800S - $500S = $ 4.500 $300S = $4.500 S = $4500 / $300 S = 15 Modelo 1 Numero de Unidades Vendidas do Modelo 1 para o ponto de Equilíbrio = 3S = 3 x 15 = 45 camisas Modelo 2 Numero de Unidades Vendidas do Modelo 1 para o ponto de Equilíbrio = 2S = 2 x 15 = 30 camisas O ponto de equilíbrio é de 75 unidades vendidas para um mix de vendas de 45 camisas do Modelo 1 e 30 camisas do Modelo 2: Margem Contribuição do Modelo 1 = $ 200 - $ 120 = $ 80 x 45 camisas = $ 3.600 Margem Contribuição do Modelo 2 = $ 100 - $ 70 = $ 30 x 30 camisas = $ 900 Margem de Contribuição Modelos 1 e 2 = $ 4.500 Margem de Contribuição = Custos Fixos ( Ponto de Equilíbrio) Segundo Ferreira (2007), outra forma de calcular o Ponto de Equilíbrio de um mix de produtos é através da média ponderada das margens de contribuições dos itens vendidos: Média Ponderada da Contr. = ($80 x 60) + ($30 x 40)=$6.000= $ 60 60 + 40 100 Média Ponderada = (MC Modelo 1 x Qtde. Vendida 1) + (MC Modelo 2 x Qtde. Vendida 2) Da Contrib. ( Qtde. Vendida Modelo 1 + Qtde. Vendida Modelo 2)
  • 46. 46 $ 4.500 Ponto de Equilíbrio = ---------------------= 75 camisas $ 60 # FATOS E DADOS# O lucro da Empresa Metallica no primeiro trimestre de 2013 foi de R$ 8,00, representando 18% acima do mesmo período do ano anterior. A receita líquida de vendas cresceu 15%, para R$ 80 milhões. Os valores foram calculados com base nas demonstrações contábeis da empresa. No ano, até hoje, o lucro líquido foi de R$ 14,3 milhões, alta de 28,5% em relação a 2011, o que corresponde a 7,9% da receita operacional líquida e a 12,4% sobre o patrimônio líquido de 31 de dezembro de 2012. Segundo o relatório da administração, a melhora do resultado é decorrente dos “esforços realizados para obtenção de um melhor mix de vendas com produtos de maior contribuição para seus resultados”. Fonte: http://www.fiesp.com.br/noticias/ # FATOS E DADOS# Margem de Contribuição versus Margem Bruta Vamos agora discutir sobre a contraposição da Margem da Contribuição com a Margem Bruta discutida na Unidade III. Para obtermos a Margem de Contribuição e a Margem Bruta, utilizamos as seguintes equações: Tanto a Margem Bruta quanto a Margem de Contribuição são aplicáveis ao setor de comércio e indústria, visto que, no caso do segmento do comércio, os custos de produtos vendidos são formados pelo preço de compra dos produtos comercializados e no segmento da indústria, os custos de produtos produzidos pela empresa, são formados pelos custos de produção destes produtos (incluindo os custos fixos). Porém, as empresas de serviços podem computar a Margem de Contribuição mas não a Margem Bruta, já que não possuem em sua estrutura o custo dos produtos vendidos. A diferença mais comum entre a Margem de Contribuição e a Margem Bruta no segmento do comércio, está na variabilidade dos itens não no custo de produtos vendidos, podemos citar como exemplo a comissão para ao vendedor, que é uma porcentagem do preço de venda do produto, neste caso, a Margem de Contribuição é computada ao deduzir todos os custos variáveis das vendas, ao passo que a Margem Bruta é computada ao deduzir somente os custos dos produtos vendidos das vendas realizadas como mostrado no exemplo a segui Custos Fixos Ponto de Equilíbrio = -------------------------------------- Media Ponderada da Contrib. Margem Bruta = Receitas – Custos dos Produtos Vendidos Margem de Contribuição = Receitas – Custos Variáveis
  • 47. 47 Margem de Contribuição $ Margem Bruta $ Vendas 300 Vendas 300 Custos Variáveis (produto vendido) (120) Custos Produtos Vendidos (120) Custos Variáveis da Operação (43) Margem Bruta 180 Margem de Contribuição 137 Custos da Operação (63) Custos Fixos (20) Lucro Operacional 117 Lucro Operacional 117 No segmento de manufatura, a diferença entre a Margem de Contribuição e a Margem Bruta esta nos custos fixos e nos custos variáveis de produção, como pode ser observado no exemplo a seguir: Margem de Contribuição $ Margem Bruta $ Vendas 500 Vendas 500 Custos Variáveis de produção (200) Custos Produtos Vendidos (230) Outros Custos Variáveis (40) Margem Bruta 270 Margem de Contribuição 260 Custos da Operação (90) Custos Fixos de produção (30) Lucro Operacional 180 Outros Custos fixos (50) Lucro Operacional 180 Os custos fixos de produção não são deduzidos da receita quando computados a margem de contribuição e sim quando são computados a margem bruta. Os custos dos produtos vendidos em uma empresa industrial incluem todos os custos de manufatura. Os outros custos variáveis de produção são deduzidos da receita quando é computada a margem de contribuição, mas não são deduzidos quando computados a margem bruta. Como a margem de contribuição a margem bruta pode ser expressa como um valor total ou como um valor unitário, ou também como uma porcentagem. #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# Assinale a alternativa correta: 1) Em relação ao CVL podemos afirmar que: a) Os custos fixos de produção não são deduzidos da receita quando computados a margem de contribuição e sim quando são computados a margem bruta; b) Se o mix sofrer alterações, a meta total de vendas não pode ainda ser atingida; c) A análise do Custo Volume Lucro,nao possibilita destacar os riscos e retornos de uma estrutura de custos de uma organização. 2) Ao contrário de quando se trata de um único produto, numa situação de mais de um produto não há somente um único ponto de equilíbrio. a) Verdadeiro b) Falso
  • 48. 48 3) A diferença mais comum entre a Margem de Contribuição e a Margem Bruta no segmento do comércio, está na variabilidade dos itens não no custo de produtos vendidos. a) Verdadeiro b) Falso 4) Tanto a Margem Bruta quanto a Margem de Contribuição são aplicáveis ao setor de comércio e indústria, visto que, no caso do segmento do comércio. a) Verdadeiro b) Falso #ATIVIDADE DE AUTOESTUDO# #RECAPITULANDO# • Mix de vendas é a combinação de diferentes produtos que formam a receita de uma empresa em um determinado período; • Mesmo o mix sofrendo alterações, a meta total de vendas pode ainda ser atingida; • O mix de produtos comercializados afetam o lucro operacional da empresa que dependem de uma maior ou menor contribuição dos produtos vendidos; • Quando a empresa comercializa variados produtos a empresa tem mais do que um ponto de equilíbrio; • No segmento de manufatura, a diferença entre a Margem de Contribuição e a Margem Bruta está nos custos fixos e nos custos variáveis de produção. #RECAPITULANDO# #CONSIDERAÇÕES FINAIS# Usar a analise Custo Volume Lucro, requer a compreensão de que ora os custos são fixos, ora variáveis em relação ao numero de unidades produzidas e vendidas e que a relação entre receitas e custos totais é linear; A analise CVL auxilia os gestores a entenderem o comportamento dos custos totais, receitas totais e o lucro da operação; Os impostos sobre o lucro podem ser incorporados a análise CVL focando o gestor para o lucro liquido alvo ao invés do lucro operacional alvo; A análise CVL destaca o risco e retorno das alternativas que impactam na estrutura dos custos fixos e variáveis da empresa; Quando a analise CVL é aplicada para uma empresa com um mix variado de produtos, assume-se que a margem de contribuição varia conforme o mix de produtos vendidos variarem. O conceito básico da analise CVL pode ser adaptada a múltiplos direcionadores de custos. #CONSIDERAÇÕES FINAIS#
  • 49. 49 #RESUMO# Nesta unidade estudamos a importância da ferramenta de gestão de custos chamada de Custo/Volume/Lucro ou análise CVL que se mostra valiosa para calcular o impacto sobre o resultado final (lucro) de três fatores muito importantes dentro de uma empresa: preço, custo e volume. Essa importante ferramenta para a gestão de custos se utiliza de outras ferramentas e conceitos para sua análise que são a Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança. Através da análise e comparação destes conceitos e os relacionando com diversas projeções de mercado e perspectiva de rentabilidade a análise do CVL permite mensurar os possíveis cenários e assim ser uma importante ferramenta para os gestores de custos. Análise CVL é uma das mais utilizadas ferramentas de gestão, já que através desta análise, é possível examinar o comportamento das receitas e custos totais da empresa. A partir do estudo da análise CVL é possível analisar os riscos e retornos sobre investimentos na estrutura ou organização da empresa, auxilia os gestores no planejamento de produção, vendas, comercialização, combinação do Mix de Vendas e determinar o grau de alavancagem dos principais produtos e serviços da empresa. O grau de alavancagem permite aos gestores encontrar a melhor combinação de oferta e esforços de vendas nos seus produtos principais a partir do momento que a empresa já tenha atingido o seu ponto de equilíbrio. O Mix de Vendas é a combinação de diferentes produtos que formam o portfólio de vendas de uma determinada empresa. A análise CVL permite determinar qual o melhor escolha de oferta dos produtos da empresa no mercado ou por regiões, uma vez que, a maximização do lucro da empresa pode estar atrelada a correta determinação deste mix de produtos. Vivenciamos um mercado o cada vez mais globalizado e competitivo voltado a obtenção de resultados. O gestor de custos deve estar atendo a este mercado totalmente dinâmico. A análise do Custo/Volume/Lucro permite que os gestores estejam mais bem preparados para futuras mudanças que posam surgir (novo concorrente, baixa nos preços, crise no mercado, baixa demanda ou alta oferta) e escolhas de estratégias (investimentos em propaganda, aumento ou redução do preço de venda, entrada em uma nova região ou segmento etc) que possam afetar a sua empresa, e assim prever e se adiantar aos cenários possíveis ajudam aos gestores na tomadas de decisões e na otimização dos resultados e dos lucros #RESUMO# #MATERIAL COMPLEMENTAR: NA WEB# Saiba mais sobre Análise de Sensibilidade com o artigo: A Análise De Custo/Volume/Lucro Como Ferramenta Gerencial Para Tomada De Decisão: Um Estudo De Caso Em Uma Indústria Química Do Sul De Santa Catarina, acessando o link: http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/00004C/00004CE3.pdf Saiba mais sobre Grau de Alavancagem, acessando o link: https://docs.google.com/viewer?url=http://jeffersonmgmendes.com/Eng_economica/E ngecon_09_alavancagem_financeira.pdf #MATERIAL COMPLEMENTAR: NA WEB#
  • 50. 50 #RELATO DE CASO# A Gestão de custos se utiliza de várias ferramentas para o controle dos custos, entre elas a Análise Custo/Volume/Lucro ou Análise CVL se destaca por proporciona informações gerenciais de grande importância para tomada de decisões, possibilitando prever o impacto nos resultados a serem obtidos com possíveis mudanças nos processos de compra e venda. Em um estudo realizado em uma empresa tem sua sede na cidade de Primavera e que tem como principal atividade é a comercialização de combustíveis derivados do petróleo. O primeiro passo do estudo foi a realização da análise, é o cálculo da margem de contribuição, onde será demonstrado o quanto a empresa contribui para pagar os gastos fixos. Os custos de compra e os preços de venda foram obtidos com base nas notas fiscais cedidas pela empresa para realização do estudo. Como houve variação nos preços dentro do mês em estudo, foi considerada a média do preço no período. O ponto de equilíbrio determina, numa linguagem direta, o quanto a empresa precisa vender para pagar seus gastos fixos, isto é, sua receita será suficiente para pagar as despesas e custos fixos do período e o lucro será zero. Neste período a empresa apresentou custos e despesas fixos no valor de R$ 13.122,98 para julho de 2010. CÁLCULO DO PONTO DE EQUILIBRIO CONTÁBIL Jul/10 Fatores/combustíveis Gasolina Etanol Diesel TOTAL Receita com vendas 45.662,75 29.480,64 51.351,04 126.494,43 Volume vendido (litros) 16.975 17.548 24.688 59.211 % Volume vendido 28,67% 29,64% 41,69% 100,00% Custo de compra 37.854,25 25.093,64 43.944,64 106.892,53 Margem de Contribuição ($) 7.808,50 4.387,00 7.406,40 19.601,90 Despesas e Custos Fixos - - - 13.122,98 Resultado - - - 6.478,92 Ponto de equilibrio (litros) 11.364,34 11.747,95 16.528,00 39.640,28 Ponto de equilíbrio ($) 30.570,06 19.736,55 34.378,23 84.684,85 O valor apurado no ponto de equilíbrio mostra que a empresa teve lucro no períodos, pois sua receita é superior ao valor do PEC. A titulo de exemplo, a empresa vendeu 24.688 litros de diesel no período, na proporção do cálculo do PEC, 16.528 litros seria o suficiente para contribuir com os gastos fixos, isto é, 8.160 litros acima do PEC. Se a empresa estima um lucro de R$ 8.000 reais terá que aumentar suas vendas e o consequentemente o seu ponto de equilíbrio. Através da análise CVL podemos chegar no quadro abaixo que demonstra o faturamento necessário para se atingir o lucro desejado:
  • 51. 51 APURAÇÃO DO RESULTADO PROJETADO Fatores/combustíveis Gasolina Etanol Diesel TOTAL Receita com vendas 49.206,12 31.768,30 55.335,81 136.310,22 Custo de compra 40.791,69 27.040,87 47.354,68 115.187,24 Margem de Contribuição 8.414,43 4.727,43 7.981,13 21.122,98 Despesas e custos fixos - - - 13122,98 Resultado do Exercício - - - 8.000,00 A área de custos disponibiliza aos gestores de empresas, ferramentas gerenciais de grande importância para auxílio nas decisões a serem tomadas dentro da organização. A Análise CVL abordada nesse estudo, proporciona informações importantes neste sentido. A compreensão aprofundada dessa ferramenta, e a análise de cada componente, proporciona subsídios ao gestor, diminuindo assim as dificuldades no gerenciamento das atividades financeiras, e fazendo com que a organização se mantenha no mercado, que está cada vez mais competitivo. Fonte: adaptado de http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/4CCF/20110104142226.pdf #RELATO DE CASO# #EXERCÍCIOS# 2.1) Dados para responder as questões abaixo: Custos Fixos - 1.200.000,00 Custo Variável Unitário (Vendas + Produção) - 300,00 Preço Unitário - 700,00 a) O ponto de equilíbrio é igual a: a. ( ) 2000 unidades. b. ( ) 3100 unidades. c. ( ) 2500 unidades. d. ( ) 3000 unidades b) A receita total do ponto de equilíbrio é de: a. ( ) 1.000.000 b. ( ) 2.100.000 c. ( ) 1.400.000 d. ( ) 1.250.000 c) O lucro, no ponto de equilíbrio, é de: a. ( ) zero. b. ( ) 400.000 c. ( ) 500.000 d. ( ) 300.000 d) Se a produção (ou vendas) passar para 4.500 unidades, o lucro será de: a. ( ) 220.000 b. ( ) 1.100.000 c. ( ) 1.300.000 d. ( ) 600.000 2.2) A utilização do ponto crítico mostra o equilíbrio entre as variações que compõem o seu cálculo. Se juros forem imputados sobre o Capital Imobilizado, acrescido aos custos fixos, e mantidos os valores das demais variações, como nas questões anteriores, o ponto de equilíbrio: a. ( ) aumenta. b. ( ) diminui. c. ( ) fica inalterado. d. ( ) é igual a zero
  • 52. 52 2.3) O caso da Empresa “Equilibrada”. Informações: • Custo do equipamento - 800.000,00 • Vida útil - 20 anos • Seguro - 6.000,00 / ano • Aluguel da fábrica - 4.000,00 / ano • Matéria-prima 200,00 por unidade • Comissões por unidade vendida - 50,00 • Preço unitário de venda - 500,00 A Empresa “Equilibrada” tem uma capacidade de produção anual nominal de 500 unidades. Seu gerente quer saber: a) Quantas unidades terá que vender para cobrir seus custos fixos? b) Quanto precisará ganhar no ano para começar a ter lucro? c) Qual será seu lucro se trabalhar a plena carga? 2.4) A empresa Surpresa, monoprodutora, vendeu 25.000 unidades e obteve o seguinte resultado: Receita sobre as Vendas - 725.000 Custos Variáveis (Vendas + Produção) - 475.000 Custos Fixos - 200.000 Calcule: a) Ponto de Equilíbrio em valores em quantidade e em valores monetários. b) Margem de Contribuição em % da receita. c) Resultado da operação se fossem vendidas 30.000 unidades (prove). d) Para obter $ 320.000 de lucro, quantas unidades deveria vender? Qual a receita que será obtida? 2.5) Para fabricar um produto de sua linha normal de produção, uma empresa faz os seguintes gastos: • Custos Fixos $ 600.000,00 por mês • Despesas Variáveis (vendas + produção) $ 200,00 por unidade • Despesas Fixas $ 200.000,00 por mês Sabendo-se que o preço de venda do produto é de $ 550,00 por unidade, quantas unidades a empresa deverá produzir para atingir o ponto de equilíbrio? 2.6) A empresa XZ apresenta os seguintes dados relativos 20XX : • Preço Unitário da venda $ 1.000,00 • Despesas de Venda por unidade $ 150,00 • Custos Fixos $ 155.000,00 Neste ano foram vendidas 1.000 unidades. O custo tinha a seguinte composição : • Matéria Prima 40% • Custos Indiretos de Fabricação 25%
  • 53. 53 A empresa está querendo levantar um orçamento para o próximo ano. Sendo que os dados previstos são : • O custo da matéria prima por unidade aumentará em 25% sobre o percentual do ano anterior; • Os Custos Variáveis de vendas por unidade aumentará em $ 20,00; • Os custos indiretos de fabricação não sofrerão alterações. • O preço de venda deverá aumentar para $ 2.200,00 • O número de unidades que serão vendidas no próximo ano diminuirá em 30% sobre o total do ano anterior. • Os custos fixos permanecerão os mesmos. Pede-se : Preparar um demonstrativo de resultados para o ano corrente e para o próximo ano, supondo que todas as unidades serão vendidas, levantando o lucro obtido no ano corrente e o lucro projetado para o próximo ano. 2.7) A Empresa J. Lopes Indústria e Comércio fabrica e vende apenas um único tipo de lanterna manual – a lanterna “Luz do Tunel”. Sabemos que o preço de venda unitário da lanterna é de $ 30,00. Recorrendo-se aos registros da Contabilidade de Custos, verificamos que os custos variáveis de vendas e produção por unidade chegam a $ 18,00 e que os custos fixos montam a $ 180.000,00. Diante desses dados, a gerência pede que sejam preparadas as seguintes informações: a) o ponto de equilíbrio em unidade e em valores monetarios; b) o resultado caso as vendas fossem de c) o resultado se as vendas baixassem para $ 300.000,00 e se os custos fixos fosse reduzido em 50% e se todos os custos variáveis permanecessem com suas taxas inalteradas. 2.8) A Industria JJC Ltda. fabricante de calçados, produz e vende em loja própria, 10 modelos de sapato masculino com preços de venda e custos idênticos. A empresa está tentando descobrir se vale a pena abrir uma outra loja, que teria as seguintes relações de custos e receita: Custos variáveis por par - Preço de venda $ 8,00 - Custos dos sapatos $ 5,00 - Comissão dos vendedores $ 0,50 Custos fixos anuais - Salários $ 20.600,00 - Aluguel $ 7.000,00 - Taxas Municipais $ 2.100,00 - Outros Custos Fixos $ 5.300,00 Pede-se : a) Determinar o ponto de equilíbrio anual em termos monetários e de unidades físicas. $ b) Se forem vendidos 12.000 pares de sapatos, qual será o lucro operacional ? c) Se o gerente da loja receber $ 0,10 por par de sapatos, a título de comissão, qual será o ponto de equilíbrio em termos monetários e de unidades ?
  • 54. 54 d) Baseando-se nos dados originais, se o pagamento de comissão for interrompido em favor de um acordo salarial no montante $ 12.000 a ser somando no salario, qual será o ponto de equilíbrio em termos monetários e em unidades ? e) Baseando-se nos dados originais, se o gerente da loja receber $ 0,25 por par de sapatos vendido acima do ponto de equilíbrio, qual será o lucro operacional da loja caso se vendessem 60.000 pares ? 2.9) A empresa XY acaba de ser formada. Ela tem um processo patenteado que fará da empresa a única distribuidora do produto V1. Durante o primeiro ano, a capacidade de sua fábrica será de 10.000 unidades, e esta é a quantidade que julgam poder vender. Os custos são : - CVP : $ 3,50 por unidade - CVV : $ 1,50 por unidade - Custos Fixos : $ 30.000,00 Pede-se : a) Qual deve ser o preço de venda do produto, para obter um lucro operacional de $ 20.000,00 no primeiro ano ? b) No fim do primeiro ano, a empresa quer aumentar sua capacidade, para isto será preciso aumentar os custos fixos anuais em $ 27.000,00. Pretende-se um lucro de $ 39.000,00 e, para tanto, serão investidos em publicidades $ 30.000,00 . Quantas unidades a empresa terá de vender para realizar este lucro, se seu preço de venda por unidade for $ 8,00 ? 2.10) Considere duas empresas com os seguintes preços unitários, custos fixos e custos variáveis: Empresa A Empresa B Preço de venda por unidade $ 2,00 $ 2,00 Custos Variáveis Total por unidade $ 0,40 $ 1,20 Custo Fixo por ano $ 24.000,00 $ 12.000,00 Pede-se: a) Calcular o ponto de equilíbrio em valores monetários e em quantidade para cada empresa. b) Calcular os Lucros de cada empresa com vendas 10% acima do ponto de equilíbrio. Qual das empresas fica em melhor situação se as vendas caírem para 10.000 unidades (demonstre)? Por que? 2.11) A Industria Benfica LTDA produz e comercializa um único tipo de cinto, que tem uma margem de contribuição atual de 50% sobre seu preço de vendas e um custo variável de 50%. O Preço de venda do cinto atualmente praticado pela empresa é de $ 100,00 a unidade o volume de vendas é de 300 unidades mês e seus custos fixos mensais são de $ 6.000,00 O proprietário da empresa acredita que se o preço atual de vendas fosse reduzido em 15% e os custos fixos permanecessem
  • 55. 55 inalterados, provocaria um aumento no volume de vendas em 35%, resultando em um aumento no seu lucro final. Você como especializado em custos é convidado a analisar a situação e dar um parecer ao gestor da empresa, se esta estratégia é ou não viável, apontando: a) Lucro na situação atual b) Lucro na situação proposta pelo empresário 2.12 ) A empresa ALBOSQUE LTDA fabrica estojos escolares que são vendidos a $ 25,00, cada. O custo variável é de $ 13,00 e o custo fixo unitário é de $ 12,00. O nível de vendas atual de 1.000 estojos escolares por mês, fazendo com que a empresa trabalhe em seu ponto de equilíbrio. Caso a empresa consiga reduzir seu custo variável para $ 9,00, de forma que cada estojo escolar possa ser vendido por $ 16,00 e as vendas aumentassem de 1.000 para 1.500 por mês, qual será o resultado desta empresa? Calcular o Lucro: a) Na situação atual. Demonstre. b) Na situação proposta. Demonstre 2.13 )A Indústria Pio Cavalcanti Ltda presentemente tem os seus custos fixos de $ 60.000,00; os custos variáveis são de $ 6,40 por unidade produzida e a receita (ou preço faturado) por unidade é de $ 7,20. A administração está considerando a compra de novo equipamento que irá diminuir os custos variáveis para $ 6,00, mas que aumentará os custos fixos através de acréscimo nas depreciações em $ 8.300,00. A empresa produz e vende atualmente 78.000 unidades mês e com a nova máquina a quantidade passará a produzir e vender 83.000 unidades mês. De acordo com estes dados pede-se: a) Qual o lucro operacional na situação atual? Qual o lucro operacional na situação projetada com a compra do equipamento? Deve a administração investir neste equipamento? Montar uma Tabela apontando a diferença. b) Se com a redução dos custos variáveis para $ 6,00 com a aquisição da maquina, a empresa decidisse baixar seu preço de vendas para $ 6,40 para alavancar suas vendas para 100.000 unidades, qual seria seu resultado? Seria positivo para a empresa tomar esta decisão? c) Se a empresa decidisse não adquirir o novo equipamento e sim optar pela redução do seu preço de venda para $ 6,80, mantendo os custos originais para alavancar suas vendas para 83.000 unidades, a empresa obteria que lucro operacional? Seria positivo para a empresa tomar esta decisão? d) Qual seria a receita necessária se a empresa praticasse um preço de vendas, custos variáveis e fixos descritos na tabela abaixo para um lucro de $ 0,00; $ 30.000,00; $ 35.000,00 e $ 40.000,00 Custo Receita Necessária, com um Preço de Venda Variável de $ 7,50 para obter o lucro de: Custos Fixos Unitario 0 30.000,00 35.000,00 40.000,00 5,30 60.000,00 6,00 6,70