Este poema descreve uma casa sem paredes, telhado ou chão, mas que foi construída com muito esmero. Conta também sobre uma menina que sonha em ser bailarina apesar de ainda ser pequena. Por fim, celebra o café com pão como um alimento energizante. Em três frases ou menos, resume as principais ideias do poema.
1. Poesia e Alegria na
Ação Moradia
Danielle Stephane
Jamille Rabelo
Kamilla Kristina
Mariana Ramos
Miriane Dayrell
2. A casa
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero.
(Vinícius de Moraes in “A Arca de Noé”)
3. A casa
Era uma casa muito _____________
Não tinha teto, não tinha ________
Ninguém podia entrar nela, ______
Porque na casa não tinha ________
Ninguém podia dormir na _______
Porque na casa não tinha ________
Ninguém podia fazer ___________
Porque penico não tinha ________
Mas era feita com muito ________
Na rua dos bobos, número ______.
4. O mosquito escreve
E aí, se arredonda e faz outro O,
O Mosquito pernilongo
mais bonito.
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante oblongo, Oh!
faz um S. já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever o seu nome.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
faz um Q, Mas depois vai procurar
faz um U e faz um I. alguém que possa picar,
pois escrever cansa,
não é, criança?
Esse mosquito
esquisito
cruza as patas, faz um T. E ele está com muita fome.
(Cecília Meireles in “Ou isto ou aquilo”)
5. Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol
Ou guardo o dinheiro e não compro
ou se tem sol e não se tem chuva!
o doce,
ou compro o doce e gasto o
Ou se calça a luva e não se põe o dinheiro.
anel,
ou se põe o anel e não se calça a
Ou isto ou aquilo: ou isto ou
luva!
aquilo ...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Quem sobe nos ares não fica no
chão,
Não sei se brinco, não sei se estudo,
quem fica no chão não sobe nos
se saio correndo ou fico tranquilo.
ares.
Mas não consegui entender ainda
É uma grande pena que não se possa
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
estar ao mesmo tempo em dois
lugares! (Cecília Meireles in “Ou isto ou aquilo”)
6. As abelhas
A aaaaaaabelha mestra
De rosa pro cravo
E aaaaaaas abelhinhas
Do cravo pra rosa
Estão tooooooodas
prontinhas Da rosa pro favo
Pra iiiiiiir para a festa Volta pro cravo.
Num zune que zune
Lá vão pro jardim Venham ver como dão
mel
Brincar com a cravina
As abelhinhas do céu!
Valsar com o jasmim (Vinícius de Moraes in “A Arca de Noé”)
7. ASSIM MORO em meu sonho:
como um peixe no mar. Não é noite nem dia,
O que sou é o que eu vejo. não é morte nem vida:
Vejo e sou meu olhar. é viagem noutro mapa,
sem volta nem partida.
Água é meu próprio corpo,
simplesmente mais denso. Ó céu da liberdade,
E meu corpo é minha alma, por onde o coração
e o que sinto é o que penso. já nem sofre, sabendo
Que bateu sempre em vão.
Assim vou no meu sonho.
Se outra forma fui, se perdeu.
É o mundo que me envolve?
Ou sou contorno seu? (Cecília Meireles in “Canções”)
8. A bailarina
Esta menina Põe no cabelo uma estrela e um véu
tão pequenina
quer ser bailarina. e diz que caiu do céu.
Não conhece nem dó nem ré Esta menina
mas sabe ficar na ponta do pé. tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá. Mas depois esquece todas as
danças,
Não conhece nem lá nem si, e também quer dormir como as
mas fecha os olhos e sorri. outras crianças.
Roda, roda, roda com os bracinhos no
ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
(Cecília Meireles in “Ou isto ou aquilo”)
9. O eco
O menino pergunta ao eco
onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: "Onde? Onde?"
O menino também lhe pede:
"Eco, vem passear comigo!"
Mas não sabe se o eco é amigo
ou inimigo.
Pois só lhe ouve dizer:
"Migo!"
(Cecília Meireles in “Ou isto ou aquilo”)
10. Café com pão
Café com pão
Café com pão Oô...
Café com pão Foge, bicho
Foge, povo
Virge Maria que foi isso maquinista? Passa ponte
Agora sim Passa poste
Café com pão Passa pasto
Agora sim Passa boi
Voa, fumaça Passa boiada
Corre, cerca Passa galho
Ai seu foguista Da ingazeira
Bota fogo Debruçada
Na fornalha No riacho
Que eu preciso Que vontade
Muita força De cantar!
Muita força Oô...
Muita força
11. Oô...
Quando me prendero Vou mimbora vou mimbora
No canaviá Não gosto daqui
Cada pé de cana Nasci no sertão
Era um oficiá Sou de Ouricuri
Oô...
Oô...
Vou depressa
Menina bonita
Vou correndo
Do vestido verde
Vou na toda
Me dá tua boca
Que só levo
Pra matar minha sede
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Manuel Bandeira