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AS PONTECIALIDADES GEOLÓGICAS E GEOMORFOLÓGICAS PARA O
           GEOTURISMO NA CACHOEIRA DO OURICURI

                                                        Jailson da silva CARDOSO
                    Graduando em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira
                                                jailsongeografia2010@hotmail.com

                                                    José Eldis Pereira dos SANTOS
                    Graduando em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira
                                                            eldiantos@hotmail.com

                                                          Gilvânia Ribeiro ROCHA
                    Graduanda em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira
                                                 gilvaniaribeirorocha@hotmail.com

                                                      Rômulo Sérgio Macedo LINS
                                       Prof.Ms. em Geografia do Depto. de Geografia,
                                                       UEPB/Guarabira (orientador)
                                                              rsmgeo@yahoo.com.br
RESUMO

Área da Cachoeira de Ouricuri é de característica própria apresentar em sua estrutura
geológica rochas, que se encontra polidas e estriadas, bem como, os espelhos de falhas
que são perceptíveis e possíveis de ser encontrada na superfície terrestre, onde
aconteceram falhamentos. Além desse potencial geológico a cachoeira encanta seus
visitantes pela exuberância da cobertura vegetal de mata fechada com uma tipologia de
caatinga brejeira, a vegetação encontra-se entremeada das encostas e serras rochosas.
Ao longo do curso o rio oscila seu volume hidrológico é volumoso no inverno e nas
estiagens permanece com o fluxo menor, mas não seca, seu relevo é com formação de
vale “V” com altitudes de 450 metros o que irá propiciar um clima mais ameno devido
a este potencial geológico, geomorfológico e climático. Já existe o projeto “Caminhos
do frio rota cultual”, e a Cachoeira de Ouricuri encontra-se inserida neste
projeto situada nos domínios da bacia hidrográfica do Mamanguape e do rio Araçagi,
sendo um dos seus afluentes na Paraíba. Nesta pesquisa objetivou-se em fazer um
levantamento do potencial geológico e geomorfológico que há na Cachoeira de
Ouricuri, Pilões/PB, na expectativa da implantação do geoturismo, no intuito de
amenizar a degradação ambiental que já se encontra bastante acelerada, podendo
contribuir para uma educação ambiental dos moradores, dos visitantes e das gerações
futuras. Na metodologia procurou-se valorizar a pesquisa qualitativa somada a pesquisa
empírica: com aplicação de questionários, ocorreu registro fotográfico e conversas
informais com os moradores próximos da cachoeira, com visitas in locus nos períodos
de estiagens e chuvas, além da pesquisa de gabinete. Foi realizado um levantamento
bibliográfico que nos auxiliou na definição desse segmento de pesquisa. As principais
ideias foram utilizadas nos procedimentos teóricos e metodológicos. Os resultados nos
deram conta que existe um potencial natural da cachoeira, que a presença de muitos
visitantes é nos feriados e finais de semana que se banham nas águas da Cachoeira de
Ouricuri e até acampam nas margens da mesma, o que está faltando planejamento e
efetivação de parceria com instituições governamentais. Podemos concluir que existe
toda uma riqueza geológica e geomorfológica na área em estudo, que pode gerar renda
para a comunidade, se montada por uma estrutura que abrigue os turistas e ao mesmo
tempo se preocupe com a preservação da cobertura vegetal, e a implantação da
educação ambiental, para os moradores bem como esse legado para as futuras gerações.

Palavras- Chave: Cachoeira de Ouricuri, geológica e geomorfológica.


INTRODUÇÃO


        As estruturas dos relevos cada uma com suas características próprias passaram
por grandes transformações ao longo dos anos e séculos, vários fatores contribuíram
para cada formação dessas que ao longo dos horizontes podemos perceber alguns
relevos mais pontiagudos, outros mais suaves e planos, além de se submeterem aos
processos erosivos naturais, que também modificados pela ação do homem, que por
aqui passou a tirar os próprios meios de subsistências e sobrevivências. Dá área ao redor
da cachoeira comprometendo seu equilíbrio natural. A natureza foi a principal agente
modeladora responsável pela dinâmica, estrutura e diversas formas variadas dos relevos
encontrados na superfície terrestre, sendo possível enxergar na sua formação de relevo,
afloramentos rochosos, com falhas e escarpa de falhas que devido ao soerguimento
tectônico do interior da Terra, subiu um material inorgânico para a superfície e daí foi
surgiram às elevações que se destacam no município de Pilões/PB, o seu relevo é
caracterizado por vales encaixados acidentado e marcado por falhas e dobras ao longo
das serras. Para Leinz e Amaral, (2003 p. 351):

        As falhas são fraturas que ocorrem devido a certo deslocamento que é
perceptível das partes, que se dá ao longo do plano de fraturas e esse deslocamento pode
ter certa amplitude que varia de milímetro e centenas de metros, sua formação pode ser
por meio tectônico ou atectônico. Mas na sua formação de relevo no entorno da
Cachoeira de Ouricurí e na Serra do Espinho o que predomina de fato são as feições
geológicas que comprovam que ocorreram grandes forças gravitacionais e que
atualmente encontra-se mascarado pelo processo erosivo, mas podem-se perceber os
planos de falhas em sua estrutura a olho nu. Para Souza (2011) o mesmo enfatiza:

Que a área de estudo apresenta uma topografia de planalto com movimentação
ligeiramente ondulada em dobras e falhas antigas (Pré-cambriana e Paleomesozóica).
As encostas correspondem a espelhos de falhas, soerguidas por forças endógenas de
esforços tectônicos na formação da Província Borborema, atualmente mascaradas pelos
processos exógenos e pela cobertura vegetal. De acordo com Ferreira (2010 p. 39):

         O rebordo oriental dessa província apresenta e configura-se de um modelado
perfil de relevo côncavo- convexo interceptado por vales estreitos e encaixados
adaptados à morfologia local, e ao mesmo tempo é marcado por meandros e terraços
fluvial nos vales. Guerra e Cunha (2008 p. 83) irão enfatizar que:

         Nas áreas tectonicamente ativadas, a erosão vigoriza na frente da escarpa, que
consequentemente irá dar origem a vales estreitos e paralelos, que proporcionam, em
alguns casos, o aparecimento de feições triangulares nos interflúvios escarpados. Com a
vegetação típica da região e com toda predominância dos afloramentos rochosos na
própria superfície, a paisagem se destaca com uma vista belíssima com que há ainda da
cobertura vegetal se destacando por uma vegetação que permanece verde o ano todo
,Ab’saber (2003 p. 146) vai assegurar que:

         “Na ocasião, fáceis espinhentos das caatingas as fixaram em pequenos setores
rochosos de serrinhas, piemontes de pães de açúcar e eventuais lajedos de rochas
graníticas ou similares.”
         Nesta pesquisa objetivou-se em fazer um levantamento do potencial geológico
e geomorfológico que há na Cachoeira de Ouricuri, Pilões/PB, na expectativa da
implantação do geoturismo, no intuito de amenizar a degradação ambiental que já se
encontra bastante acelerada e poder contribuir para uma educação ambiental dos
moradores, dos visitantes e das gerações futuras.



FUNDAMENTAÇÃO TEORICA METODOLOGICA



            De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) o relevo
do Estado da Paraíba destaca-se pelas formas diversificadas constituindo-se por
formação de relevos bastante diferenciados que foram trabalhadas por diferentes
processos, atuando com climas distintos e sobre rochas poucas ou muito caracterizados.
A topografia assume sua importância, com interferência de formas significativas no
tocante ao clima, o que de certa maneira tem atuado nas ocorrências de diversificações
climáticas existentes no Estado.
O falhamentos é sempre acompanhado de um deslocamento ao longo do plano
de ruptura, que pode assumir dimensões as mais variadas, até de centenas de
quilômetros, jatobá e Lins (2003).
       Segundo Ferreira (2010 p. 37) afirma que o material geológico na Serra do
Espinho é composto por granítico e gnáissico, que compõe de forma geral o arcabouço,
com uma estruturação compacta e homogênea, mas é possível enumerar diversos pontos
desse material rochoso que aflora e apresentam significantes planos de fraturas,
diáclases e pequenas dobras.
         Segundo (Press etal 2006.p 341) Um dos principais agentes geológicos que
atuam na superfície da Terra são os rios, na medida em que as erosões das rochas
ocorrem no seu substrato e transportam e depositam areia, lama e cascalho, todos os rios
desde que sejam pequenos riachos até caudalosos, são todos proeminentes escultores da
paisagem.
         De acordo com o Geoturismo Brasil (2007) ressalta que o patrimônio
geológico são recursos naturais em transformação pelos processos geológicos que
necessita de cuidados para sua preservação levando em conta que alguns afloramentos
podem ser tão frágeis quanto um habitat do meio biótico, os mesmos patrimônios são os
afloramentos de rochas, a ocorrência de fosseis, minerais, estruturas geológicas e até
mesmo paisagens que apresentem um significado didático, científico, cultural ou
turístico, conhecidos como geossítios.
         Para (Amorim, 2009) o serviço geológico do Brasil define a geodiversidade
como sendo o estudo da natureza abiótica (meio físico) constituída por uma variedade
de ambientes, composição, fenômenos e processos geológicos que dão origem às
paisagens, rochas, minerais, águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos superficiais
que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra, tendo como valores intrínsecos a
cultura, o estético, o econômico, o científico, o educativo e o turístico.
            Ab’saber (2009) ressalta que no Planalto da Borborema uma espécie de
“maciço central” do Nordeste, posição para o leste, há a predominância de matas de
encostas na vertente leste e sudeste no platô cristalino. E que em alguns casos, a
umidade vinda de sudeste e leste contribuem para o desenvolvimento de matas cimeiras,
de encostas e de piemonte. Na região do Agreste as espécies de matas da caatinga são
constituídas por uma vegetação arbóreas e por matinhas entremeadas típica do tropical.


3 MATERIAL E MÉTODO
Segundo a Companhia de Pesquisa e de Recursos Minerais (CPRM, 2005), a
cachoeira de Ouricurí pertence ao município de Pilões que está localizado no estado da
Paraíba inserido na Microrregião do Brejo e na Mesorregião do Agreste Paraibano, na
unidade geoambiental no Planalto da Borborema. Sua formação de relevo é de vales
profundos, estreitos e dissecados, e possui afloramentos das rochas, há uma variação
com altitude entre 0 á 20 metros de espessura. A sede do município possui uma altitude
aproximada de 334 metros, com distância da capital de 117 km com acesso a partir das
três vias estaduais, duas delas asfaltadas, que ligam o município aos seus vizinhos e
demais regiões do país, que são a PB 077 (João Pessoa – Guarabira – Cuitegi); PB 087
(Campina Grande – Areia – Pilões); (Natal – Bananeiras – Borborema – Pilões). A área
em estudo encontra-se no município de Pilões, inserido nos domínios da bacia
hidrográfica do rio Mamanguape.
         A pesquisa desenvolveu-se com base nos seguintes procedimentos:
levantamento bibliográfico fundamentado em autores que abordam as discussões que
destacam as potencialidades naturais: Brilha (2005) que ressalta a importância do
Patrimônio Geológico e sua Geoconservação; CPRM (2008) enfatiza a importância do
patrimônio geológico e o turismo sustentável; Amorim (2009) relaciona à geologia, a
geodiversidade, a geoconservação e o geoturismo, dentre outros conteúdos, trabalha
com o conceito de patrimônio ambiental, implicações e exploração turística dos recursos
naturais; Seabra (2001) faz uma abordagem do turismo ecológico; Guerra e Marçal
(2006) com ênfase no meio ambiente;. Ab’saber (2009) ecossistemas do Brasil.


         Caracterização da área em estudo


         Clima
       É o tropical chuvoso e com verão seco, a estação chuvosa se inicia em
Janeiro/Fevereiro com término em setembro, podendo se adiantar até Outubro, volta a
apresentar índices pluviométricos anuais bem aproximados daqueles do litoral, sua
precipitação média anual na Microrregião do Brejo é de 1400 mm, o que favorece a
perenidade e fluxo d’água dos seus rios, chega apresentar uma umidade relativa do ar de
85%, sua temperatura média anual é de 22°C, com sua mínima atingindo menos de
15°C, isto nos anos mais frios.
Vegetação
Todos os elementos apontam e asseguram a ocorrência de uma mata típica do
local, ou seja, Mata de Brejo, bem parecida com a Mata Atlântica e apresenta árvores de
grande porte e algumas de suas espécies, com Pau Santo, Pau D’arco entre outras
espécies, a exemplos de alguma palmácea (macaíba, pindoba, catolé e etc.) e ainda o
cedro, o bálsamo, entre outras. A vegetação é da tipologia de caatinga hipoxerófila desta
unidade é formada por florestas típicas das áreas agrestes que são Subcaducif´dica e
Caducif´dica.


        RESULTADO E DISCURSSÃO


A geomorfologia da Cachoeira de Ouricuri, bem como, da Serra do Espinho é
caracterizada por espelho de falha, ou seja, ocorreram fraturas e falhas quando ocorreu o
soerguimento do material inorgânico através de movimentação internas, que ao expelir
o material geológico para fora da superfície deu forma a topografia atual, esse fenômeno
é conhecido por endógenos ou processos endogenéticos.




Figura (1) vista frontal da Pedra do Espinho Pilões/ PB Fonte: Márcia Albuquerque, 2012.




Para Penha (2008 p. 61) o mesmo ressalta que deve ficar entendido que tanto o
dobramento como o falhamento são fenômenos endógenos, processos que acontecem no
interior da crosta e não na superfície, como logo ao observar aparentam ser. E através
dessa movimentação interna surgiu a cachoeira e consigo a estrutura de um relevo ainda
jovem, mas que já se encontra em processo erosivo, onde o calor, o frio, a umidade, o
rio que é um dos principais agentes responsáveis pela transformação do relevo e entre
outros.
            Guerra e Guerra (2008) mencionam: A cachoeira como sendo, uma queda
d’água no curso de um rio, ocasionada pela existência de um degrau no perfil
longitudinal do mesmo. As causas da existência dessas diferenças de nível no leito do
rio podem estar ligadas a falhas, dobras, erosão diferencial e diques. No sopé da
cachoeira geralmente há o aparecimento de marmitas ou caldeirões, produzidos
pelochoque das correntes fluviais. Geralmente as águas carregam sedimentos de
diversas dimensões depositados em suspensão, que são responsáveis pela escavação das
marmitas de turbilhonamento. No caso da cachoeira do Ouricuri as marmitas
encontram-se num espelho de falha da encosta oriental do Planalto da Borborema,
embora o degrau tectônico esteja muito mascarado pela erosão.


            Essa movimentação é responsável pela forma de relevo que predomina no
município de Pilões em si, e torna-se importante para geólogos, como para a população
entender o seu passado, para compreender o presente, embora que seja um laboratório
físico e natural, mais ainda pouco explorado pelos os pesquisadores, ao contrário o que
percebemos na localidade em estudo e ao seu entorno são fatores que só nos preocupam
que é a retirada da cobertura vegetal, queimadas irregulares, criação de agropastoris,
plantação de monocultura e entre outros.
            Para Brilha (2005 p. 40) as atividades de exploração aos recursos minerais
podem constituir uma ameaça a geodiversidade, em dois níveis conhecidos, como as
explorações das paisagens e dos afloramentos rochosos. Na exploração da paisagem,
quando não se utiliza nenhuma estratégia para minimizar os impactos negativos da
paisagem natural implantada na região, ou então dos afloramentos das rochas, ocorrida
pela realização das atividades extrativas, que pode de igual modo destruir as formações
e as estruturas das rochas, que por alguma razão venha conter um valor particular. O
que se necessita atualmente e com urgência é a educação ambiental voltada para a
sustentabilidade da comunidade já que o turismo encontra-se implantado de forma
aleatória e sem aplicação das leis vigentes ao patrimônio geológico natural, embora que
já exista, mas tem que existir além dos papéis e ser aplicadas de fato.
Segundo Azevedo (2007 p. 21) no Brasil há preocupações com o patrimônio
geológico em forma de lei que se encontra expresso no artigo 4° da lei de número 9.985
de 2000 que logo institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O
artigo referido coloca em seu incisoVII como um dos objetivos do SNUC “ Proteger as
características relevantes da natureza, geológica, geomorfológica, espeleológicas,
arqueológica, palenteológica e cultural.” Onde foi preciso a junção de academias,
órgãos e outras instituições interessadas no assunto. Ao mesmo tempo a sociedade, a
comunidade em si, terá que está organizada para lutarem pelos os seus direitos,
cobrando das lideranças e autoridades em suas esferas legislativas, com a intenção de
implantação de políticas públicas em prol de um determinado objetivo a ser alcançado,
ou seja, uma política voltada para intervir na ação antrópica que desfruta dos bens
naturais sem nenhuma preocupação com os fatores bióticos e abióticos no ecossistema
presente.
                         As políticas de gestão ambiental tendem a se concentrar sobre
                        determinado elementos naturais aos quais se dá maior atenção para a
                        importância para a civilização, como por exemplo: a biodiversidade e
                        a unidade de conservação, os recursos hídricos, os solos, as paisagens
                        excepcionais, os sítios fosseis e entre outros. (Floriano, 2007.p. 32).


   Para concretizar de fato uma área de conservação serão necessários alguns cuidados
por parte dos órgãos públicos fazendo fiscalizações concretas da área, além de dar
ênfase à aplicação de conhecimentos técnicos para ajudarem os agricultores nos seus
plantios, ensinando como correlacionar as técnicas dos profissionais com o
conhecimento do homem do campo, evitando as queimadas e ensinar os pequenos
agricultores a plantarem, mas respeitando as curvas de nível do próprio relevo, evitar as
retiradas das matas ciliares do leito do rio, que consequentemente irá evitar a seca dos
rios, bem como seu assoreamento. Será de suma importância os órgãos responsáveis
implantarem uma estrutura para agregar os visitantes turistas e fomentar a importância
de manter a Cachoeira limpa, com a coleta seletiva dos resíduos sólidos, em alguns
locais implantarem lixeiras, e placas de avisos, para evitar os rabiscos nas rochas e a
poluição da mesma, além de incentivarem desde a sala de aula até a comunidade
receptora e produtora desse potencial turístico para os moradores, visitantes e estudantes
do município, modos elementares de conscientização e preservação ecológicas, que são
os portadores indispensáveis para uma educação ambiental, claro que a partir dos
gestores responsáveis pelas aplicações das políticas de incentivos a educação ambiental
que são os principais responsáveis por essas medidas, logo perceberá mudanças que vão
contribuir para a conservação da área protegida, sabendo que o retorno não será de
imediato, mas são necessários os primeiros passos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


       No decorrer do desenvolvimento desta pesquisa, observou-se a presente
atividade dos moradores, turistas e produtores rurais próximos à cachoeira do Oricurí,
tanto no desfrute da mesma pelo seu potencial turístico, quanto também à utilização
irregular das curvas níveis, contribuindo com a retirada da cobertura vegetal, que tem
ocasionado o aceleramento da erosão e o empobrecimento do solo através do cultivo das
monoculturas, seria de suma importância que técnicos na área, incentivassem os
moradores a plantarem corretamente, aproveitando-se do local de modo sustentável sem
comprometer a cobertura vegetal e sua formação topográfica, a modalidade de
“geoturismo”,   tem   por   objetivo   mostrar       as   potencialidades   geológicas   e
geomorfológicas e ao mesmo tempo em que o turista desfrute e aproveite, onde o
usuário ao mesmo tempo desfrute do lugar e fique bem informado dos aspectos
geológicos e geomorfológicos, no intuito dos mesmos valorizarem essas riquezas e
preservarem para as gerações futuras, com a implantação de uma possível educação
ambiental, sabendo que essa modalidade por si mesmo não contribuirá para uma área de
preservação se os gestores públicos não intervirem com devido planejamento ambiental
integrando o desenvolvimento rural como também a sustentabilidade da comunidade do
Oricurí, com incentivos na própria agricultura familiar e ao mesmo tempo preservar a
identidade local dos moradores.




REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

AB’SABER, Aziz, MARIGO, Luis Claudio. Ecossistema do Brasil. São Paulo,
Metalivre, 2009.
AMORIM, David Crhistopher Muniz. Relatório de campo: geologia, geodiversidade,
geoconservação e geoturismo em morro do Chapéu/BA (NE- Brasil).
Disponível em:
http://www.geograficas.cfh.ufsc.br/arquivo/ed05/rel03ed05.pdf<Acessado              em:
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AZEVEDO, Úrsula Ruchkys. Patrimônio geológico e geoconservação no Quadrilátero
Ferrífero, Minas Gerais: Potencial para a criação de um geoparque da UNESCO. Tese
de Doutorado, instituto de geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2007.

BRILHA. José. Patrimônio Geológico e Geoconservação: A conservação da natureza
na      sua     vertente    geológica.      Braga,     2005.     Disponível em:
http://www.dct.uminho.pt/docentes/pdfs/jb_livro.pdf< acessado em 08/02/12>

CPRM- Serviço geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por
água subterrânea. Diagnóstico do município de Pilões, estado da Paraíba. Organizado
[por] João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza
Junior, Franklin de Morais, Vanildo Almeida Mendes, Jorge Luiz Fortunato de
Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.

FERREIRA, Joab Ítalo da Silva. Geomorfologia da Serra do Espinho, Pilões/PB.
Guarabira, UEPB, 2010.

FLORIANO, Eduardo Pagel. Políticas de gestão ambiental. Departamento de ciências
naturais, Universidade Federal de Santa Maria. 3ª Ed. Revisada. Santa Maria, 2007.

GUERRA, Antônio José Texeira, CUNHA, Sandra Batista da. Geomorfologia: Uma
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JATOBÁ, Lucivânio, 1952 introdução à geomorfologia /Lucivânio Jatobá, Lins; Rachel
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LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. 14ª Ed. São Paulo:
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PRESS, Frank... [org]. Para entender a terra. Tradução MENEGAT, Rualdo... [etal]. 4ª
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SILVA, Cassio Roberto da.Geodiversidade do Brasil: Conhecer o passado, para
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SOUZA, Ramon Santos. A geodiversidade da Serra da Jurema- Serra de Pilões como
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Geologia e geomorfolia associadas ao turismo sustentável

  • 1. AS PONTECIALIDADES GEOLÓGICAS E GEOMORFOLÓGICAS PARA O GEOTURISMO NA CACHOEIRA DO OURICURI Jailson da silva CARDOSO Graduando em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira jailsongeografia2010@hotmail.com José Eldis Pereira dos SANTOS Graduando em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira eldiantos@hotmail.com Gilvânia Ribeiro ROCHA Graduanda em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira gilvaniaribeirorocha@hotmail.com Rômulo Sérgio Macedo LINS Prof.Ms. em Geografia do Depto. de Geografia, UEPB/Guarabira (orientador) rsmgeo@yahoo.com.br RESUMO Área da Cachoeira de Ouricuri é de característica própria apresentar em sua estrutura geológica rochas, que se encontra polidas e estriadas, bem como, os espelhos de falhas que são perceptíveis e possíveis de ser encontrada na superfície terrestre, onde aconteceram falhamentos. Além desse potencial geológico a cachoeira encanta seus visitantes pela exuberância da cobertura vegetal de mata fechada com uma tipologia de caatinga brejeira, a vegetação encontra-se entremeada das encostas e serras rochosas. Ao longo do curso o rio oscila seu volume hidrológico é volumoso no inverno e nas estiagens permanece com o fluxo menor, mas não seca, seu relevo é com formação de vale “V” com altitudes de 450 metros o que irá propiciar um clima mais ameno devido a este potencial geológico, geomorfológico e climático. Já existe o projeto “Caminhos do frio rota cultual”, e a Cachoeira de Ouricuri encontra-se inserida neste projeto situada nos domínios da bacia hidrográfica do Mamanguape e do rio Araçagi, sendo um dos seus afluentes na Paraíba. Nesta pesquisa objetivou-se em fazer um levantamento do potencial geológico e geomorfológico que há na Cachoeira de Ouricuri, Pilões/PB, na expectativa da implantação do geoturismo, no intuito de amenizar a degradação ambiental que já se encontra bastante acelerada, podendo contribuir para uma educação ambiental dos moradores, dos visitantes e das gerações futuras. Na metodologia procurou-se valorizar a pesquisa qualitativa somada a pesquisa empírica: com aplicação de questionários, ocorreu registro fotográfico e conversas informais com os moradores próximos da cachoeira, com visitas in locus nos períodos de estiagens e chuvas, além da pesquisa de gabinete. Foi realizado um levantamento bibliográfico que nos auxiliou na definição desse segmento de pesquisa. As principais ideias foram utilizadas nos procedimentos teóricos e metodológicos. Os resultados nos deram conta que existe um potencial natural da cachoeira, que a presença de muitos visitantes é nos feriados e finais de semana que se banham nas águas da Cachoeira de Ouricuri e até acampam nas margens da mesma, o que está faltando planejamento e efetivação de parceria com instituições governamentais. Podemos concluir que existe toda uma riqueza geológica e geomorfológica na área em estudo, que pode gerar renda
  • 2. para a comunidade, se montada por uma estrutura que abrigue os turistas e ao mesmo tempo se preocupe com a preservação da cobertura vegetal, e a implantação da educação ambiental, para os moradores bem como esse legado para as futuras gerações. Palavras- Chave: Cachoeira de Ouricuri, geológica e geomorfológica. INTRODUÇÃO As estruturas dos relevos cada uma com suas características próprias passaram por grandes transformações ao longo dos anos e séculos, vários fatores contribuíram para cada formação dessas que ao longo dos horizontes podemos perceber alguns relevos mais pontiagudos, outros mais suaves e planos, além de se submeterem aos processos erosivos naturais, que também modificados pela ação do homem, que por aqui passou a tirar os próprios meios de subsistências e sobrevivências. Dá área ao redor da cachoeira comprometendo seu equilíbrio natural. A natureza foi a principal agente modeladora responsável pela dinâmica, estrutura e diversas formas variadas dos relevos encontrados na superfície terrestre, sendo possível enxergar na sua formação de relevo, afloramentos rochosos, com falhas e escarpa de falhas que devido ao soerguimento tectônico do interior da Terra, subiu um material inorgânico para a superfície e daí foi surgiram às elevações que se destacam no município de Pilões/PB, o seu relevo é caracterizado por vales encaixados acidentado e marcado por falhas e dobras ao longo das serras. Para Leinz e Amaral, (2003 p. 351): As falhas são fraturas que ocorrem devido a certo deslocamento que é perceptível das partes, que se dá ao longo do plano de fraturas e esse deslocamento pode ter certa amplitude que varia de milímetro e centenas de metros, sua formação pode ser por meio tectônico ou atectônico. Mas na sua formação de relevo no entorno da Cachoeira de Ouricurí e na Serra do Espinho o que predomina de fato são as feições geológicas que comprovam que ocorreram grandes forças gravitacionais e que atualmente encontra-se mascarado pelo processo erosivo, mas podem-se perceber os planos de falhas em sua estrutura a olho nu. Para Souza (2011) o mesmo enfatiza: Que a área de estudo apresenta uma topografia de planalto com movimentação ligeiramente ondulada em dobras e falhas antigas (Pré-cambriana e Paleomesozóica). As encostas correspondem a espelhos de falhas, soerguidas por forças endógenas de
  • 3. esforços tectônicos na formação da Província Borborema, atualmente mascaradas pelos processos exógenos e pela cobertura vegetal. De acordo com Ferreira (2010 p. 39): O rebordo oriental dessa província apresenta e configura-se de um modelado perfil de relevo côncavo- convexo interceptado por vales estreitos e encaixados adaptados à morfologia local, e ao mesmo tempo é marcado por meandros e terraços fluvial nos vales. Guerra e Cunha (2008 p. 83) irão enfatizar que: Nas áreas tectonicamente ativadas, a erosão vigoriza na frente da escarpa, que consequentemente irá dar origem a vales estreitos e paralelos, que proporcionam, em alguns casos, o aparecimento de feições triangulares nos interflúvios escarpados. Com a vegetação típica da região e com toda predominância dos afloramentos rochosos na própria superfície, a paisagem se destaca com uma vista belíssima com que há ainda da cobertura vegetal se destacando por uma vegetação que permanece verde o ano todo ,Ab’saber (2003 p. 146) vai assegurar que: “Na ocasião, fáceis espinhentos das caatingas as fixaram em pequenos setores rochosos de serrinhas, piemontes de pães de açúcar e eventuais lajedos de rochas graníticas ou similares.” Nesta pesquisa objetivou-se em fazer um levantamento do potencial geológico e geomorfológico que há na Cachoeira de Ouricuri, Pilões/PB, na expectativa da implantação do geoturismo, no intuito de amenizar a degradação ambiental que já se encontra bastante acelerada e poder contribuir para uma educação ambiental dos moradores, dos visitantes e das gerações futuras. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA METODOLOGICA De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) o relevo do Estado da Paraíba destaca-se pelas formas diversificadas constituindo-se por formação de relevos bastante diferenciados que foram trabalhadas por diferentes processos, atuando com climas distintos e sobre rochas poucas ou muito caracterizados. A topografia assume sua importância, com interferência de formas significativas no tocante ao clima, o que de certa maneira tem atuado nas ocorrências de diversificações climáticas existentes no Estado.
  • 4. O falhamentos é sempre acompanhado de um deslocamento ao longo do plano de ruptura, que pode assumir dimensões as mais variadas, até de centenas de quilômetros, jatobá e Lins (2003). Segundo Ferreira (2010 p. 37) afirma que o material geológico na Serra do Espinho é composto por granítico e gnáissico, que compõe de forma geral o arcabouço, com uma estruturação compacta e homogênea, mas é possível enumerar diversos pontos desse material rochoso que aflora e apresentam significantes planos de fraturas, diáclases e pequenas dobras. Segundo (Press etal 2006.p 341) Um dos principais agentes geológicos que atuam na superfície da Terra são os rios, na medida em que as erosões das rochas ocorrem no seu substrato e transportam e depositam areia, lama e cascalho, todos os rios desde que sejam pequenos riachos até caudalosos, são todos proeminentes escultores da paisagem. De acordo com o Geoturismo Brasil (2007) ressalta que o patrimônio geológico são recursos naturais em transformação pelos processos geológicos que necessita de cuidados para sua preservação levando em conta que alguns afloramentos podem ser tão frágeis quanto um habitat do meio biótico, os mesmos patrimônios são os afloramentos de rochas, a ocorrência de fosseis, minerais, estruturas geológicas e até mesmo paisagens que apresentem um significado didático, científico, cultural ou turístico, conhecidos como geossítios. Para (Amorim, 2009) o serviço geológico do Brasil define a geodiversidade como sendo o estudo da natureza abiótica (meio físico) constituída por uma variedade de ambientes, composição, fenômenos e processos geológicos que dão origem às paisagens, rochas, minerais, águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos superficiais que propiciam o desenvolvimento da vida na Terra, tendo como valores intrínsecos a cultura, o estético, o econômico, o científico, o educativo e o turístico. Ab’saber (2009) ressalta que no Planalto da Borborema uma espécie de “maciço central” do Nordeste, posição para o leste, há a predominância de matas de encostas na vertente leste e sudeste no platô cristalino. E que em alguns casos, a umidade vinda de sudeste e leste contribuem para o desenvolvimento de matas cimeiras, de encostas e de piemonte. Na região do Agreste as espécies de matas da caatinga são constituídas por uma vegetação arbóreas e por matinhas entremeadas típica do tropical. 3 MATERIAL E MÉTODO
  • 5. Segundo a Companhia de Pesquisa e de Recursos Minerais (CPRM, 2005), a cachoeira de Ouricurí pertence ao município de Pilões que está localizado no estado da Paraíba inserido na Microrregião do Brejo e na Mesorregião do Agreste Paraibano, na unidade geoambiental no Planalto da Borborema. Sua formação de relevo é de vales profundos, estreitos e dissecados, e possui afloramentos das rochas, há uma variação com altitude entre 0 á 20 metros de espessura. A sede do município possui uma altitude aproximada de 334 metros, com distância da capital de 117 km com acesso a partir das três vias estaduais, duas delas asfaltadas, que ligam o município aos seus vizinhos e demais regiões do país, que são a PB 077 (João Pessoa – Guarabira – Cuitegi); PB 087 (Campina Grande – Areia – Pilões); (Natal – Bananeiras – Borborema – Pilões). A área em estudo encontra-se no município de Pilões, inserido nos domínios da bacia hidrográfica do rio Mamanguape. A pesquisa desenvolveu-se com base nos seguintes procedimentos: levantamento bibliográfico fundamentado em autores que abordam as discussões que destacam as potencialidades naturais: Brilha (2005) que ressalta a importância do Patrimônio Geológico e sua Geoconservação; CPRM (2008) enfatiza a importância do patrimônio geológico e o turismo sustentável; Amorim (2009) relaciona à geologia, a geodiversidade, a geoconservação e o geoturismo, dentre outros conteúdos, trabalha com o conceito de patrimônio ambiental, implicações e exploração turística dos recursos naturais; Seabra (2001) faz uma abordagem do turismo ecológico; Guerra e Marçal (2006) com ênfase no meio ambiente;. Ab’saber (2009) ecossistemas do Brasil. Caracterização da área em estudo Clima É o tropical chuvoso e com verão seco, a estação chuvosa se inicia em Janeiro/Fevereiro com término em setembro, podendo se adiantar até Outubro, volta a apresentar índices pluviométricos anuais bem aproximados daqueles do litoral, sua precipitação média anual na Microrregião do Brejo é de 1400 mm, o que favorece a perenidade e fluxo d’água dos seus rios, chega apresentar uma umidade relativa do ar de 85%, sua temperatura média anual é de 22°C, com sua mínima atingindo menos de 15°C, isto nos anos mais frios. Vegetação
  • 6. Todos os elementos apontam e asseguram a ocorrência de uma mata típica do local, ou seja, Mata de Brejo, bem parecida com a Mata Atlântica e apresenta árvores de grande porte e algumas de suas espécies, com Pau Santo, Pau D’arco entre outras espécies, a exemplos de alguma palmácea (macaíba, pindoba, catolé e etc.) e ainda o cedro, o bálsamo, entre outras. A vegetação é da tipologia de caatinga hipoxerófila desta unidade é formada por florestas típicas das áreas agrestes que são Subcaducif´dica e Caducif´dica. RESULTADO E DISCURSSÃO A geomorfologia da Cachoeira de Ouricuri, bem como, da Serra do Espinho é caracterizada por espelho de falha, ou seja, ocorreram fraturas e falhas quando ocorreu o soerguimento do material inorgânico através de movimentação internas, que ao expelir o material geológico para fora da superfície deu forma a topografia atual, esse fenômeno é conhecido por endógenos ou processos endogenéticos. Figura (1) vista frontal da Pedra do Espinho Pilões/ PB Fonte: Márcia Albuquerque, 2012. Para Penha (2008 p. 61) o mesmo ressalta que deve ficar entendido que tanto o dobramento como o falhamento são fenômenos endógenos, processos que acontecem no interior da crosta e não na superfície, como logo ao observar aparentam ser. E através
  • 7. dessa movimentação interna surgiu a cachoeira e consigo a estrutura de um relevo ainda jovem, mas que já se encontra em processo erosivo, onde o calor, o frio, a umidade, o rio que é um dos principais agentes responsáveis pela transformação do relevo e entre outros. Guerra e Guerra (2008) mencionam: A cachoeira como sendo, uma queda d’água no curso de um rio, ocasionada pela existência de um degrau no perfil longitudinal do mesmo. As causas da existência dessas diferenças de nível no leito do rio podem estar ligadas a falhas, dobras, erosão diferencial e diques. No sopé da cachoeira geralmente há o aparecimento de marmitas ou caldeirões, produzidos pelochoque das correntes fluviais. Geralmente as águas carregam sedimentos de diversas dimensões depositados em suspensão, que são responsáveis pela escavação das marmitas de turbilhonamento. No caso da cachoeira do Ouricuri as marmitas encontram-se num espelho de falha da encosta oriental do Planalto da Borborema, embora o degrau tectônico esteja muito mascarado pela erosão. Essa movimentação é responsável pela forma de relevo que predomina no município de Pilões em si, e torna-se importante para geólogos, como para a população entender o seu passado, para compreender o presente, embora que seja um laboratório físico e natural, mais ainda pouco explorado pelos os pesquisadores, ao contrário o que percebemos na localidade em estudo e ao seu entorno são fatores que só nos preocupam que é a retirada da cobertura vegetal, queimadas irregulares, criação de agropastoris, plantação de monocultura e entre outros. Para Brilha (2005 p. 40) as atividades de exploração aos recursos minerais podem constituir uma ameaça a geodiversidade, em dois níveis conhecidos, como as explorações das paisagens e dos afloramentos rochosos. Na exploração da paisagem, quando não se utiliza nenhuma estratégia para minimizar os impactos negativos da paisagem natural implantada na região, ou então dos afloramentos das rochas, ocorrida pela realização das atividades extrativas, que pode de igual modo destruir as formações e as estruturas das rochas, que por alguma razão venha conter um valor particular. O que se necessita atualmente e com urgência é a educação ambiental voltada para a sustentabilidade da comunidade já que o turismo encontra-se implantado de forma aleatória e sem aplicação das leis vigentes ao patrimônio geológico natural, embora que já exista, mas tem que existir além dos papéis e ser aplicadas de fato.
  • 8. Segundo Azevedo (2007 p. 21) no Brasil há preocupações com o patrimônio geológico em forma de lei que se encontra expresso no artigo 4° da lei de número 9.985 de 2000 que logo institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). O artigo referido coloca em seu incisoVII como um dos objetivos do SNUC “ Proteger as características relevantes da natureza, geológica, geomorfológica, espeleológicas, arqueológica, palenteológica e cultural.” Onde foi preciso a junção de academias, órgãos e outras instituições interessadas no assunto. Ao mesmo tempo a sociedade, a comunidade em si, terá que está organizada para lutarem pelos os seus direitos, cobrando das lideranças e autoridades em suas esferas legislativas, com a intenção de implantação de políticas públicas em prol de um determinado objetivo a ser alcançado, ou seja, uma política voltada para intervir na ação antrópica que desfruta dos bens naturais sem nenhuma preocupação com os fatores bióticos e abióticos no ecossistema presente. As políticas de gestão ambiental tendem a se concentrar sobre determinado elementos naturais aos quais se dá maior atenção para a importância para a civilização, como por exemplo: a biodiversidade e a unidade de conservação, os recursos hídricos, os solos, as paisagens excepcionais, os sítios fosseis e entre outros. (Floriano, 2007.p. 32). Para concretizar de fato uma área de conservação serão necessários alguns cuidados por parte dos órgãos públicos fazendo fiscalizações concretas da área, além de dar ênfase à aplicação de conhecimentos técnicos para ajudarem os agricultores nos seus plantios, ensinando como correlacionar as técnicas dos profissionais com o conhecimento do homem do campo, evitando as queimadas e ensinar os pequenos agricultores a plantarem, mas respeitando as curvas de nível do próprio relevo, evitar as retiradas das matas ciliares do leito do rio, que consequentemente irá evitar a seca dos rios, bem como seu assoreamento. Será de suma importância os órgãos responsáveis implantarem uma estrutura para agregar os visitantes turistas e fomentar a importância de manter a Cachoeira limpa, com a coleta seletiva dos resíduos sólidos, em alguns locais implantarem lixeiras, e placas de avisos, para evitar os rabiscos nas rochas e a poluição da mesma, além de incentivarem desde a sala de aula até a comunidade receptora e produtora desse potencial turístico para os moradores, visitantes e estudantes do município, modos elementares de conscientização e preservação ecológicas, que são os portadores indispensáveis para uma educação ambiental, claro que a partir dos
  • 9. gestores responsáveis pelas aplicações das políticas de incentivos a educação ambiental que são os principais responsáveis por essas medidas, logo perceberá mudanças que vão contribuir para a conservação da área protegida, sabendo que o retorno não será de imediato, mas são necessários os primeiros passos. CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer do desenvolvimento desta pesquisa, observou-se a presente atividade dos moradores, turistas e produtores rurais próximos à cachoeira do Oricurí, tanto no desfrute da mesma pelo seu potencial turístico, quanto também à utilização irregular das curvas níveis, contribuindo com a retirada da cobertura vegetal, que tem ocasionado o aceleramento da erosão e o empobrecimento do solo através do cultivo das monoculturas, seria de suma importância que técnicos na área, incentivassem os moradores a plantarem corretamente, aproveitando-se do local de modo sustentável sem comprometer a cobertura vegetal e sua formação topográfica, a modalidade de “geoturismo”, tem por objetivo mostrar as potencialidades geológicas e geomorfológicas e ao mesmo tempo em que o turista desfrute e aproveite, onde o usuário ao mesmo tempo desfrute do lugar e fique bem informado dos aspectos geológicos e geomorfológicos, no intuito dos mesmos valorizarem essas riquezas e preservarem para as gerações futuras, com a implantação de uma possível educação ambiental, sabendo que essa modalidade por si mesmo não contribuirá para uma área de preservação se os gestores públicos não intervirem com devido planejamento ambiental integrando o desenvolvimento rural como também a sustentabilidade da comunidade do Oricurí, com incentivos na própria agricultura familiar e ao mesmo tempo preservar a identidade local dos moradores. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. AB’SABER, Aziz, MARIGO, Luis Claudio. Ecossistema do Brasil. São Paulo, Metalivre, 2009. AMORIM, David Crhistopher Muniz. Relatório de campo: geologia, geodiversidade, geoconservação e geoturismo em morro do Chapéu/BA (NE- Brasil).
  • 10. Disponível em: http://www.geograficas.cfh.ufsc.br/arquivo/ed05/rel03ed05.pdf<Acessado em: 08/05/12>. AZEVEDO, Úrsula Ruchkys. Patrimônio geológico e geoconservação no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais: Potencial para a criação de um geoparque da UNESCO. Tese de Doutorado, instituto de geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. BRILHA. José. Patrimônio Geológico e Geoconservação: A conservação da natureza na sua vertente geológica. Braga, 2005. Disponível em: http://www.dct.uminho.pt/docentes/pdfs/jb_livro.pdf< acessado em 08/02/12> CPRM- Serviço geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de Pilões, estado da Paraíba. Organizado [por] João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Franklin de Morais, Vanildo Almeida Mendes, Jorge Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. FERREIRA, Joab Ítalo da Silva. Geomorfologia da Serra do Espinho, Pilões/PB. Guarabira, UEPB, 2010. FLORIANO, Eduardo Pagel. Políticas de gestão ambiental. Departamento de ciências naturais, Universidade Federal de Santa Maria. 3ª Ed. Revisada. Santa Maria, 2007. GUERRA, Antônio José Texeira, CUNHA, Sandra Batista da. Geomorfologia: Uma atualização de bases e conceitos. Organizadores. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. JATOBÁ, Lucivânio, 1952 introdução à geomorfologia /Lucivânio Jatobá, Lins; Rachel Caldas.__4. Ed. Revista e ampliada.__Recife: Bagaço. 2003,166p LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. 14ª Ed. São Paulo: Campanhia editora nacional, 2003. PRESS, Frank... [org]. Para entender a terra. Tradução MENEGAT, Rualdo... [etal]. 4ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. SILVA, Cassio Roberto da.Geodiversidade do Brasil: Conhecer o passado, para entender o presente e prever o futuro. Rio de Janeiro. CPRM, 2008. Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/media/geodiversidade_brasil.pdf>. Acessado em: 12/03/12. SOUZA, Ramon Santos. A geodiversidade da Serra da Jurema- Serra de Pilões como atrativo geoturístico paraibano, 2011. Sítios consultados: http://www.geoturismobrasil.com/patrimonio.html. Acessado em: 21/04/12.
  • 12. . . .