O documento apresenta um seminário sobre o filme "Escritores da Liberdade", que conta a história real de uma professora que usa diários pessoais para ajudar estudantes em risco a se expressarem. O filme mostra como as narrativas por ensaio podem emancipar as pessoas através da educação e do conhecimento.
2. A Equipe 2
Janaíra França
José Geraldo Oliveira
Marcos Ribeiro
Rodrigo Volponi
3. Orgulhosamente apresenta o:
Seminário
“Escritores da Liberdade”
Uma análise sobre o sentido da vida nas
narrativas do filme
Pedimos a todos que desliguem seus celulares...
Desejamos uma boa sessão...
5. Ficha Técnica
Gênero: Drama
Origem: Alemanha – EUA
Estréia - EUA: 05 de Janeiro de 2007
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Richard LaGravenese
Roteiro: Richard LaGravenese
Produção: Michael Shamberg, Stacey Sher, Danny DeVito
6. Filme
O filme é baseado na história real de
Erin Gruwell (interpretada por Hillary
Swank), uma advogada recém-formada,
que contrariando o pai, resolveu tornar-
se professora.
Está interessada em lecionar Língua
Inglesa e Literatura para uma turma de
adolescentes resistentes ao ensino
convencional.
7. Filme - o contexto
O filme retrata o contexto histórico da cidade de Los
Angeles no ano de 1992.
Os movimentos sociais e estudantis giram em torno da
violência, crime e gangues, reforçando a segregação entre
classes e etnias.
8. Filme - importância
O valor desse filme também está na ousadia da linguagem
cinematográfica mostrando os problemas psico-sócio-
culturais que atingem a escola contemporânea; também
porque ele dá visibilidade à diversidade dos grupos, com
seu rígido código de honra, cada um no seu território, e a
intolerância para com “os outros”, o boicote às aulas, a
prontidão para aumentar os índices de violência entre os
jovens e transformar a escola no seu avesso.
Fonte: Lima (2008)
9. Filme – eixos temáticos
Desigualdades nas classes sociais;
Racismo;
Desestrutura social;
Intolerância ao que é diferente;
Políticas públicas sem função;
Políticas geradoras de pessoas s/ capacidade funcional;
Exclusão social.
Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=xkEr2SDknLY
10. Filme
Os atores escolhidos para representar os jovens, eram
pessoas comuns que também compartilhavam de
experiências semelhantes às dos personagens.
Os ex-alunos e a professora serviram de consultores
técnicos durante todo o processo de produção e edição do
filme.
11. Filme
O método da jovem professora:
• Ela tenta “dar aula” segundo o modelo tradicional, que
Parte I não funciona. Os alunos são indiferentes a este tipo
de postura.
• Similaridades. Faz o reconhecimento dos grupos de
Parte II iguais e, obviamente desenvolve empatia com os
excluídos.
• Devolve aos alunos esse reconhecimento com um
Parte III pensamento crítico, fazendo-os reconhecer, sentir e
pensar sobre a realidade criada por eles próprios.
• Não os aceita na condição de vítimas reativas, e cobra-
Parte IV lhes responsabilidade por suas escolhas e seus atos de
exclusão para com os diferentes.
12. Narrativas
• Filme dá visibilidade à diversidade dos grupos e suas
particularidades com várias narrativas simultâneas.
• Partem de um projeto proposto pela professora para que
cada um deles transcrever seus pensamentos/experiências
em um diário.
Convite aos alunos:
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=mhee#p/u/10/oVE0
z1JgQ7s
Diários:
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=mhee#p/u/9/uO0wf
Jkhv3s
13. Narrativas Paralelas
O Holocausto (referencial histórico)
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/6/AHSNI2GrdDE
Os alunos e o diário de Anne Frank (compreensão)
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/7/TGMjsHmmfso
Sra. Miep Gies (a mulher que escondeu Anne Frank):
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/5/ct2sSmCmcNI
15. Jornada do Herói
Segundo Campbell em seu livro “O Herói de Mil Faces”,
toda narrativa que trata da história do herói, é uma jornada
em que ele se aventura num mundo hostil e estranho.
A jornada é diferente para cada herói: do desespero à
esperança; da fraqueza à força; da tolice à sabedoria; do
amor ao ódio e vice-versa.
Um resumo da jornada de nossa heroína:
http://www.youtube.com/watch?v=zG29DEttmQg
16. Jornada do Herói
Roteiro para a jornada do herói proposta por Christopher
Vogler a partir de Joseph Campbell:
• Mundo comum e chamado à aventura
Primeiro Ato • Recusa ao chamado
Apresentação • Encontro com o mentor e travessia do primeiro
limiar
• Testes, aliados e inimigos
Segundo Ato • Aproximação da caverna oculta
Conflito • Provação suprema
• Recompensa
• Caminho de volta
Terceiro Ato
• Ressurreição
Resolução
• Retorno com elixir
17. Ensaio - Definição
No dicionário Michaelis,
Apresentação de um
“ensaio” tem a definição de
determinado assunto, seja ele
uma prova, uma experiência,
filosófico, científico, histórico
uma análise. Uma tentativa
ou de teoria literária.
de discurso sobre algo.
A palavra essay deriva-se do
infinitivo francês essayer, que
quer dizer tentativa. Em
inglês essay significa,
primeiramente, uma
experimentação ou uma
tentativa.
18. Ensaio - Origem
Segundo Michel Eyquem de Montaigne:
Considerado o inventor do ensaio pessoal. Escritor e
ensaísta francês, autor da obra “Essays”;
Seus textos apresentavam análises de instituições
costumes e dogmas da época;
Seu principal objeto de estudo era a humanidade;
Reflexões pessoais sobre o comportamento das pessoas
relacionando-os aos acontecimentos históricos e,
sobretudo, com a realidade de seu povo e de sua própria
história de vida como indivíduo.
19. Ensaio - Origem
Segundo Theodor Adorno:
“O ensaio não segue as regras do jogo da ciência e das
teorias organizadas, segundo as quais, diz a formulação de
Spinoza, a ordem das coisas seria o mesmo que a ordem
das ideias. Como a ordem dos conceitos, uma ordem sem
lacunas, não equivale ao que existe, o ensaio não almeja
uma construção fechada, dedutiva ou indutiva. Ele se
revolta sobretudo contra a doutrina, arraigada desde
Platão, segundo a qual o mutável e o efêmero não seriam
dignos da filosofia”.
20. Ensaio
O estilo pedagógico da personagem pode ser chamado de
um ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem
perder de vista a racionalidade do propósito educativo.
Ou seja, sua ação pedagógica é inovadora porque desperta
a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos,
ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento
como sujeito-de-sua-história. Narrativa como forma de
processo de cura e auto conhecimento
O conhecimento como mola propulsora do pensamento
crítico sobre a realidade e seus atos.
21. Ensaio
Os Escritores da Liberdade:
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/8/aYlE3e3Z1ok
Os ensaios reais:
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/1/wwwmbgTCIrk
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/0/_fwE09jTyQE
22. Conhecimento Comum
Michel Maffesoli define no livro “O Conhecimento
Comum”, de que forma as características e objetivos do ato
de compreender desencadeiam a lucidez de cada pessoa
por meio da compreensão, da generosidade de espírito e
da proximidade.
“É justamente porque, de certo modo, “somos parte disso
tudo” que podemos apreender, ou pressentir, as sutilezas,
os matizes, as descontinuidades desta ou daquela situação
social”.
23. Explicação e Compreensão
No livro “Comunicação: saber, arte ou ciência”, Dimas
Künsch teoriza sobre o compreender na área da
comunicação e o desafio de perceber o mundo na sua
forma mais completa e heterogênea combatendo, nas
palavras de Sodré apud Künsch (2006, p. 27), “[...] a
ditadura lógica da razão enquanto domínio universal”.
De acordo com Künsch, é necessário trabalhar de forma
harmônica a dupla vivência – compreensiva e intersubjetiva
–, com a noção de um saber comunicacional indissociável
de uma ética cognitiva que assume, defende e propõe uma
reflexão sobre os sentidos humanos de todo o
conhecimento, e que assume a passagem do Signo da
Explicação, dominante, para o Signo da Compreensão.
24. Explicação e Compreensão
O signo da compreensão no filme:
http://www.youtube.com/user/profjanairafranca?feature=
mhee#p/u/2/k4pmMCXIdKQ
Os resultados tangíveis:
http://www.freedomwriters.com/
http://www.freedomwritersfoundation.org/site/c.kqIXL2PFJ
tH/b.5183373/k.DD8B/FWF_Home.htm
25. Reflexões
Escritores da Liberdade revela como as narrativas por
ensaio pode emancipar as pessoas e como a educação, a
cultura e o conhecimento são as bases para a criação de
um mundo melhor.
26. Bibliografia
ADORNO, Theodor W. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades,
2003.
CAMPBELL, Joseph. Prólogo: o monomito. In: O herói de mil faces. São
Paulo: Cultrix/Pensamento, 2005.
MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
KÜNSCH, Dimas Antônio; BARROS, Laan Mendes de. Comunicação:
saber, arte ou ciência?. São Paulo: Plêiade, 2008.
Site Freedom Writers.