Este documento descreve os princípios e características da investigação experimental em psicologia. Detalha o objetivo de estabelecer relações causa-efeito, as variáveis independentes e dependentes, e as etapas de uma investigação experimental, incluindo a seleção de sujeitos, planos experimentais, análise de dados e conclusões. Também discute os desafios do controle de variáveis e ameaças à validade interna e externa.
4. Controla o efeito de outras variáveis consideradas potencialmente relevantes
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8. Características Variável dependente é a mudança ou diferença resultante da manipulação da variável independente. A variável dependente deverá poder ser medida.
15. O Plano Experimental Compreende, normalmente, dois grupos: Grupo de Controlo – aquele ao qual: Não será administrado o tratamento (fica como estava); Será administrado um tratamento diferente do do grupo experimental.
16. O Plano Experimental Compreende, normalmente, dois grupos: Exemplo: É adoptado para o grupo experimental um novo programa de ensino; O grupo de controlo: Continua com o antigo programa, ou É sujeito a um programa diferente.
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18. Controlo de Variáveis Com o controlo de variáveis, pretende-se: Garantir que a investigação tenha validade interna: As diferenças observadas na variável dependente são unicamente devidas à manipulação da variável independente.
19. Controlo de Variáveis Com o controlo de variáveis, pretende-se: Garantir que a investigação tenha validade externa: Os resultados obtidos devem ser generalizáveis e aplicáveis em contextos diferentes dos experimentados.
20. Controlo de Variáveis Se a investigação tiver validade interna e externa, então: Os resultados da investigação, a relação causa-efeito estudada, serão confirmados em: Outros grupos; Outros contextos; Outras ocasiões. desde que as condições experimentais sejam similares.
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23. Controlo de Variáveis Vejamos um Exemplo: Variável Dependente: Número de Puzzles resolvidos. Sujeitos do Grupo Experimental: São colocados numa sala, onde se ouve música ambiente suave e alegre; É-lhes solicitado que resolvam o maior número possível de Puzzles, da forma mais criativa que consigam
24. Controlo de Variáveis Vejamos um Exemplo: Sujeitos do Grupo Controlo: São colocados numa sala, onde se ouve música ambiente suave e triste (fúnebre, por exemplo.); É-lhes solicitado que resolvam o maior número possível de Puzzles, da forma mais criativa que consigam
25. Controlo de Variáveis Vejamos um Exemplo: Controlo de variáveis: Os sujeitos dos dois grupos foram previamente testados em múltiplas dimensões e só foram admitidos os que tinham características idênticas; Os sujeitos foram distribuídos pelos dois grupos por sorteio completamente cego; O material distribuído pelos dois grupos (Puzzles) era rigorosamente igual;
26. Controlo de Variáveis Vejamos um Exemplo: Controlo de variáveis: As músicas de fundo foram seleccionadas a partir do juízo unânime e prévio de juízes externos quanto à possibilidade de gerarem um ambiente alegre ou um ambiente triste; A situação experimental decorreu na mesma altura do dia, durante o mesmo período de tempo, em salas rigorosamente iguais.
27. Controlo de Variáveis Vejamos um Exemplo: Admitamos agora que: O grupo experimental obteve muito melhores resultados do que o grupo controlo; A análise estatística dos resultados garante a validade interna necessária (a probabilidade de a distribuição de resultados, entre os dois grupos e no interior de cada um, está muito longe de poder ser explicada como efeito do acaso).
28. Controlo de Variáveis Vejamos um Exemplo: Algumas questões sobre a validade externa desta experiência: Numa situação real (sala de aula, por ex.) a música de fundo corresponde a um indicador pertinente de bom ambiente? A resolução de Puzzles tem correspondência com o tipo de problemas que é necessário resolver numa situação real?
29. Controlo de Variáveis O mais sedutor no trabalho de investigação não é a certeza, mas a dúvida e o gosto pela procura da verdade. Vejamos um Exemplo: Algumas questões sobre a validade externa desta experiência: Se as mesmas variáveis fossem testadas numa situação real (na sala de aula com diferentes turmas) será legítimo esperar os mesmos resultados? Na verdade, o mais importante não é dar respostas afirmativas ou negativas a estas perguntas; o mais importante é fazê-las e investigá-las.
30. Ameaças à Validade Interna História: ocorrência de um acontecimento estranho ao estudo experimental que pode afectar os resultados; Maturação: modificações físicas ou mentais que ocorrem nos sujeitos durante a experimentação (sobretudo se o período for prolongado no tempo);
31. Ameaças à Validade Interna Testagem: Por vezes, é necessário testar os sujeitos antes da experiência e depois da experiência, para verificar se dela resultou alguma alteração; Sendo o pré-teste e pós-teste iguais, pode acontecer que a melhoria de resultados possa ser explicada pela repetição das perguntas;
34. Que têm níveis diferentes de dificuldade;Ou de observações que não são sempre realizadas do mesmo modo.
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36. Na investigação quase-experimental, em que a experimentação recorre a grupos já anteriormente constituídos (turmas de uma escola, por ex.), o investigador tem de controlar uma a uma todas as ameaças à validade interna.
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38. Experimentais puros: há um controlo adequado de variáveis; a selecção dos sujeitos é sempre aleatória e há sempre, pelo menos, um grupo de controlo.
52. A combinação da selecção aleatória dos sujeitos e a existência de um pré-teste e de um grupo de controlo permite controlar as ameaças à validade interna:
64. A combinação da selecção aleatória dos sujeitos com a existência de um grupo de controlo só não permite controlar a ameaça de “mortalidade” dos sujeitos (isto é: sujeitos que abandonam a experiência).
68. Os sujeitos são seleccionados e distribuídos aleatoriamente por quatro grupos;
69. A dois grupos é administrado um pré-teste em relação à variável dependente e aos outros dois grupos não;
70. Dois grupos, um ao qual tinha sido administrado o pré-teste e outro ao qual não tinha sido aplicado, são sujeitos a um tratamento novo ou não tradicional;
73. Como este plano é uma combinação dos dois planos anteriores, o resultado é um plano que controla as duas ameaças referidas para os planos anteriores: interacção pré-teste/tratamento e mortalidade.
74. Apesar das vantagens que apresenta, ele exige um maior número de sujeitos de investigação.