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Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.063 – Melbourne (Vic) - quinta-feira, 26 de maio de 2016
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 – IrMario Gentil Costa – Longevidade e Imortalidade
Bloco 3 - IrSamuel Antonio Basso Chiesa – Compromisso do Maçom para com sua Loja
Bloco 4 - IrOtomar Francisco Umann Azeredo – Eterno Aprendiz
Bloco 5 - IrMarco Aurélio Bertoli – A Maçonaria e as Colunas Zodiacais
Bloco 6 - IrWalter Celso de Lima – Aqueles que escrevem sobre Maçonaria
Bloco 7 - Destaques JB –Maçonaria na Austrália – GLEAC - & outros Informes
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RESENHA
Livro: “Diálogos entre o Esquadro e o Compasso”
Autor: Walter Celso de Lima
Editora: Londrina: A Trolha, 2015 - 232 páginas
Trata-se de 12 ensaios, escritos em 2014, sobre instrução, cultura e história da Maçonaria. Os
temas são bastante diversos, estanques e demarcados: há ensaios sobre rituais – a razão de sua
existência e suas origens; sobre autoridade e liderança; sobre mérito, merecimento e virtude;
sobre caridade – caridade não religiosa, caridade cristã, judaica, islâmica e caridade maçônica.
Contém ensaios sobre símbolos: águia bicéfala – no mundo leigo e na Maçonaria; o bom pastor –
símbolo religioso e não religioso maçônico; rosa-cruz; Kadosh – sentido religioso (a santidade) e
sentido maçônico não religioso (virtuosidade). Esse é o quinto livro publicado pelo Autor sobre
filosofia, história e cultura maçônica. www.atrolha.com
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 147º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 219 para terminar este ano bissexto
Dia Nacional de Combate ao Glaucoma e dia do Revendedor Lotérico
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
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1896: Nicolau II Imperador de todas as Rússias.
 1538 - Genebra expulsa João Calvino.
 1644 - Tropas portuguesas derrotam as espanholas na Batalha do Montijo.
 1828 - Kaspar Hauser é encontrado numa praça em Nuremberg.
 1896 - Nicolau II da Rússia é coroado czar do Império Russo.
 1897 - Bram Stoker publica Dracula, sua maior obra literária.
 1963 - É fundada a Organização da Unidade Africana.
 1966 - A Guiana, ex-Guiana Inglesa, torna-se independente.
 1986 - A União Europeia adota a bandeira europeia.
 1991 - Zviad Gamsakhurdia é eleito o primeiro presidente da Geórgia após a independência da União Soviética.
 1999 - Mpule Kwelagobe, de Botswana, é coroada Miss Universo 1999, realizado em Trinidad & Tobago, sendo a
1ª miss de seu país a conquistar a coroa.
 2002 - A sonda Mars Odyssey encontra sinais de grande depósito de água no planeta Marte.
 2004 - O Futebol Clube do Porto vence a 2ª Liga dos Campeões em sua história.
 2006 - Lançamento da primeira versão do Back Track.
 2011 - Ratko Mladić, autor do Massacre de Srebrenica, é preso na Sérvia.
1879 Ao visitar a estação central dos telégrafos, no Rio de Janeiro, o Imperador D. Pedro II faz uma
ligação para Santa Catarina e troca mensagem com o presidente da província, Antônio de
Almeida Oliveira.
1901 Circula, em Urussanga, o primeiro número do jornal em idioma italiano “La Patria”.
históricos de santa catarina
Extraído de “Datas Históricas de Santa Catarina” do Jornalista Jali Meirinho e acervo pessoal
EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1903 Governador do Estado, coronel Vidal de Oliveira Ramos, procede a inauguração da estrada do
Rio do Rastro, ligando Lauro Muller, de hoje, a São Joaquim.
1905 Circula, em Florianópolis, o primeiro número de “A Gazeta Oficial”, destinada a publicar os atos
do Governo do Estado. Era dirigido por Tiago da Fonseca.
Circula, em Joinville, o primeiro número do jornal intitulado “Jornal do Povo”.
1906 Nasce, em Florianópolis, Márcio de Souza Melo, Ingressou na carreira militar em 1925, optando
depois pela Aeronáutica onde alcançou o posto de Marechal-do-Ar. Foi ministro desta Pasta a
partir de 1964, nos governos de Castelo Branco, Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Em
1969 integrou o Comando Militar que ocupou a presidência da República face à doença do
presidente Arthur da Costa e Silva.
1722
O Weekly Journal registra a primeira vez em que uma pedra angular é colocada com
cerimonial maçônico especulativo, a da Igreja de St. Martin in the Fields, em Londres.
1764 O rito da Estrita Observância, pretensamente de origem Templária e dirigido por Superiores
Desconhecidos, é organizado por Karl Gotthef, barão Von HUND.
1832 Filiada e regularizada no Grande Oriente do Brasil a Loja Imparcialidade, no Rio de Janeiro.
1946 ARLS “Concordia Segunda nr. 10, um livro de Ouro foi instituído. Para tanto eles tem o nosso apoio,
como por certo o terão de todos os verdadeiros maçons, (Boletim Informativo n.61/62 – Nov. 1944, Pag.
20/21. E no Boletim n.02 de Maio de 1946 ainda encontramos os seguintes artigos: “........CONCORDIA
2. – Transcorreu no dia 26 de Maio de 1946 o segundo aniversário do “soerguimento” das colunas dessa
tradicional oficina fluminense. A efeméride foi comemorada com um banquete de confraternização a que
participaram uma centena de maçons de diversos orientes que, para aquela cidade, seguiram em
caravanas.
De Niterói partiu uma representação numerosa, em ônibus especiais, presidida pelo Ven:. Mestre em
exercício Cid Cabral de Melo, que foi recepcionada na divisa da Cidade por uma comissão chefiada pelo
Ven:. Ir:. Antônio Alves Viana que entregou-lhe as chaves do Templo.
2002 Fundação da Loja Colunas do Vinhedo de Urussanga – SC (GOSC)
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Mario Gentil Costa.
Florianópolis.
Contato: magenco@terra.com.br
http://magenco.blog.uol.com.br
Longevidade e Imortalidade
A longevidade é meta prioritária de todos os humanos. Ninguém quer morrer cedo, e,
embora o paradoxo, ninguém quer ser velho ou aceita sem protestos os sinais do envelhecimento.
A aparência jovem – ou seus simulacros – comanda as preocupações e determina ou justifica
qualquer sacrifício.
Daí tanto campo para as técnicas cirúrgicas de rejuvenescimento, tais como os liftings, os
botoxes, as lipoaspirações, os silicones, as plastias em geral. Mesmo que isso envolva riscos e já
tenha resultado em óbitos, vale tudo na luta inglória contra os inexoráveis estragos do tempo.
São raros os testemunhos de gente famosa que se recusa a essas práticas, como o de um
famoso ator, que, diante da cautelosa sugestão de uma fã ou de uma repórter, teria declarado ser
contra tais artifícios por considerar cada uma de suas rugas – que de fato não são poucas – uma
medalha adquirida em sua guerra pela sobrevivência. Admirável!
A ânsia pela vida longa cresce diante da constatação de que algumas espécies, tanto na
fauna quanto na flora, são capazes de viver séculos. Afinal, por que só nós, humanos – que nos
temos na orgulhosa conta de sermos a obra favorita da “criação” – temos de pagar o preço de uma
morte comparativamente precoce, se até um estúpido molusco pode viver 400 anos, como foi
divulgado recentemente. Para se ter idéia do quanto essa concha, chamada Quahog, já viveu, basta
lembrar que é contemporânea de Shakespeare.
Isso, por acaso, é justo? Pode até não ser, mas parece ter explicação científica. Segundo as
conclusões do pesquisador Leonard Hayflick, o envelhecimento decorre do desgaste no
metabolismo celular. Um ser vivo permanece saudável enquanto suas células conservam a
capacidade de se reproduzir à perfeição. E esse fac-símile decai com a seqüência da repetição.
2 – Longevidade e Imortalidade
Mario Gentil Costa
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 6/40
Seria, em analogia exagerada e grosseira, como se cada cópia-carbono servisse de matriz
para a similar subsequente; as imperfeições serão crescentes e inevitáveis. De resto, o número de
vezes que uma célula pode replicar-se é programado por seus genes.
Além desse fator genético, a duração de cada ser depende da intensidade com que ele
consome suas reservas de energia, ou seja, quanto mais intenso esse metabolismo, mais curta será
sua vida. Um exemplo ilustrativo é o beija-flor, que, para sustentar-se parado no ar, bate as
asas noventa vezes por segundo e, para isso, consome uma média de 6.000 calorias diárias. Pois
bem. O preço que ele paga pelo privilégio dessa façanha de beleza plástica incomparável é viver a
média de dois anos, ao passo que um canário, que se contenta em cantar e pular de galho em
galho, vive vinte, e um papagaio, que se dedica a repetir gracinhas e palavrões, pode chegar aos
oitenta. Já a baleia, que tem energia calórica de sobra, chega facilmente aos 100 anos.
Mas a regalia maior – talvez a mais injusta – coube a uma tartaruga chamada “Harriet”,
levada por Charles Darwin das Ilhas Galápagos para a Inglaterra, e que faleceu no ano passado
aos 175 anos.
Tudo isso aponta para um aparente erro estratégico que os humanos cometem, ao priorizar o
rendimento máximo nos esportes competitivos. Ficará a cargo do futuro, provar que as atuais
gerações de gloriosos medalhistas olímpicos, maratonistas e similares viverão menos. Tudo faz
crer que a atividade física, praticada moderadamente e sem objetivos de bater sempre os recordes
anteriores – como se o homem não conhecesse seus imites – é o segredo da longevidade sadia.
As reações químicas intracelulares, através das quais o organismo humano sintetiza
energias, também produzem os chamados radicais-livres que levam à oxidação celular e, em
consequência, ao envelhecimento do corpo.
Existe ainda um outro aspecto pouco cogitado - por remeter a indagações de ordem mais
filosófica do que biológica - como se, por trás de tudo, prevalecesse um determinismo ontológico
de ordem cósmica: “No estágio atual da evolução, o ser vivo, cumprindo inconscientemente as leis
imutáveis do Ciclo de Krebs – nascer, crescer, reproduzir-se e morrer – preserva-se saudável até o
período em que se reproduz e assegura a permanência de sua espécie.
Depois, disso, por mais que lute e resista, ele, como indivíduo, entra num lento processo de
falência orgânica, até o momento de ceder espaço ao seu sucessor. Assim é a vida, por mais que as
religiões e seus arautos nos acenem com perspectivas de sobrevivência eterna. Esta é minha
honesta maneira de ver. E vale para todos, inclusive para os vegetais.
Por fim, foi encontrada no Brasil uma árvore, o Jequitibá-Rosa, que já completou 3000
anos. Quando Cristo pisou o planeta – se é que algum dia pisou... - ela já contava 1000. Mas como
não existe imortalidade, ela também morrerá...
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Nota do JB News:
O presente artigo está sendo republicado a pedido do próprio autor.
Na edição do JB News nr. 2042, quando da primeira divulgação, não
foram citadas as origens de alguns parágrafos e palavras, subtraídos do
texto do Irmão Rui Bandeira do blog http://a-partir-
pedra.blogspot.com.br/ suscitando a indignação deste.
Recebemos com surpresa e desconforto a informação do Ir. Rui sobre
o ocorrido.
Mantivemos contato com o Ir Samuel, resultando, por derradeiro o
pedido de republicação, agora referenciando o blog e o autor, dos
textos reclamados.
Temos recebido inúmeras manifestações de irmãos leitores do JB
News e do próprio Blog, o que nos move a resumir os fatos:
1 - E-mail recebido do Ir Samuel em 04.05.2016 solicitando publicação do artigo, com
atendimento na edição nr. 2.042:
“Boa tarde Irmão Gerônimo ! (sic)
Espero encontrá-lo com saúde e paz !
Anexo encaminho um trabalho de minha autoria como parte dos
preparativos de fim de mandato.
Um TFA - Samuel Chiesa”
2 – E-mail recebido em 24.05.2016, do Ir. Rui Bandeira:
“...Solicito publicação no "nosso" JB News" do texto que publiquei no blogue
A Partir Pedra e que consta do seguinte link:
http://a-partir-pedra.blogspot.pt/2016/05/plagio-uma-vergonha-em-todo-
o-lado-e.html
Tal texto foi elaborado e publicado em virtude de uma publicação constante
no JB News n.º 2042 (não tenho dúvida que o editor do JB News desconhecia
o plágio...). Acho importante denunciar o plágio, particularmente onde ele é
publicado. Só assim os plagiadores ganham (porventura...) alguma vergonha
na cara e se divulga que plágio é algo que maçons não devem fazer.
TFA.
Melhores cumprimentos.
RUI BANDEIRA - Advogado
Rua Andrade, n.º 51, 1.º Esq. Apartado 22 777 EC Socorro (Lisboa) - e-
mail: bandeira.rui@gmail.com “
3 – “Compromisso do Maçom para com sua Loja”
Samuel Antonio Basso Chiesa
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3 – Em 25.05.2016, o Ir Samuel retornou com o seguinte e-mail:
“Jerônimo,
Entendo o que acontece, triste para mim também. Foram como expliquei
dois trechos que compilei sem saber a fonte, um erro, mas que não
comprometem o texto como um todo. ... “
TFA. Samuel”
4 – Posicionamento final do Ir. Rui Bandeira, constante de seu Blog:
“Explicação entendida e desculpas aceites. Por mim, assunto encerrado.
Mas, para evitar dissabores futuros, deixo uma sugestão: sempre que citar,
com ou sem alterações, textos cuja autoria desconhece, faça acompanhar as
citações, pelo menos, de uma nota: citação de texto de autor meu
desconhecido.... “
5 – Republicação do artigo, agora com referências ao blog e ao Ir. Rui Bandeira:
A.G.D.G.A.D.U
A.R.L.M CAVALEIROSTEMPLÁRIOS Nº 32
ORIENTE DE PALMAS-TO
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"Compromisso do maçom para com sua Loja”
Quando se é admitido numa Ordem de tipo esotérico-iniciática tal como a Maçonaria é
comumente definida, é habitual o novo membro efetuar um juramento no momento da sua
admissão ou durante a execução de uma cerimônia iniciática, no qual se assume um
determinado compromisso. E somente após a realização desse juramento é que o aprendiz é
recebido e integrado no seio da respetiva Ordem.
Começo este trabalho com uma boa assertiva: Maçonaria é um contínuo exercício de dar e receber
entre cada maçom e os seus Irmãos, cada um aperfeiçoando-se através do que obtém do contributo
do trabalho dos demais. A condição do sucesso nessa pretendida melhoria de todos pode resumir-
se numa palavra: COMPROMISSO. (Nicola Aslan 1959).
Quando Nicola Aslan enfoca que o aperfeiçoamento de cada irmão maçom é consequência do
fruto do trabalho dos demais, vemos o quanto é importante uma Loja que Trabalha !
Segundo Rui Bandeira ( Blog a partir da Pedra ), uma Loja deve ser de maçons comprometidos, e
deve ter:
COMPROMISSO em relação à assiduidade de cada um (pois quem não está, não participa).
COMPROMISSO em relação ao cumprimento dos deveres de cada um, designadamente quanto
ao pagamento das respectivas mensalidades e joias (pois a manutenção da estrutura tem custos,
que necessariamente têm de ser equitativamente suportados por todos os que a integram).
COMPROMISSO em relação ao trabalho, ao estudo individual, em relação à partilha dos
resultados do seu esforço.
Procurando etimologicamente o significado da palavra Compromisso, eis que encontrei duas
definições:
1- Ato de sustentar uma escolha;
2- Forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com alguém, com algum
objetivo. Compromisso é, portanto, uma responsabilidade adquirida em virtude de uma
afirmação verbal ou escrita, feita por nós mesmos.
Alguns irmãos devem se perguntar: - Qual o motivo de falar em compromisso na primeira semana
de maio ?
Tradicionalmente na segunda semana de maio ou mais precisamente até o fim da primeira
quinzena do referido mês, a Loja reúne-se em Sessão de Mestre para a escolha do novo Venerável,
seu novo líder, conjuntamente com as luzes da loja.
Após eleito e instalado, este oficial realiza o primeiro compromisso da nova gestão e seu
compromisso é claro:
-Ser o responsável pelo sucesso dos trabalhos de sua Loja;
-Ter sua atenção sempre voltada a motivar as sessões, para que não se tornem fastidiosas e
sem interesse;
-Provocar pesquisas destinadas a elevar a espiritualidade dos membros da Loja, tendo como
principal objetivo o aperfeiçoamento iniciático dos Obreiros de todos os graus;
-Cuidar para que seja estabelecida a mais sincera cordialidade entre os Irmãos da Oficina, o
que permitirá a manutenção da fraternidade;
- Representar, entre os Irmãos da Loja, a Sabedoria. Seu papel é o de jamais perder de vista
a meta traçada, e evitar extravios na procura da realização de seus objetivos;
-Dirigir a Loja, segundo os ditames da sua consciência, procurando atrair os Obreiros aos
trabalhos, para ministrar-lhes os mais amplos conhecimentos e ensinamentos maçônicos;
-Ser o mais assíduo Obreiro da Loja, porque nada desmoraliza mais uma Oficina do que
suas possíveis frequentes ausências;
-Ser benevolente para com todos e rigorosamente imparcialidade;
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Após Instalado e empossado, o Venerável exigirá um compromisso de seus vigilantes que são:
-Assessorarem o Venerável Mestre no desempenho da sua função de administrador da Loja;
-Serem os responsáveis diretos pelo desempenho dos Aprendizes e Companheiros. Ser os
porta-vozes das respectivas Colunas em suas reivindicações e postulações;
-Responsabilizarem-se pela disciplina maçônica em suas Colunas;
-Concederem, sempre através de golpes de malhete, a palavra aos Obreiros de suas
respectivas Colunas.
- Serem responsáveis pela cobertura do Templo;
- Em circulação pelo Oriente do Templo, verificarem se os Obreiros das Colunas possuem o
grau equivalente à Sessão que irá se processar
Após, o Orador, eleito juntamente com o VM, 1º e 2º Vigilantes, faz o seu compromisso:
-Ser o guardião nato da Constituição e dos Regulamentos Gerais, assim como do
Regimento Interno de uma Loja;
- Celebrar, com peças de arquitetura apropriadas, todas as efemérides especiais da Loja e da
Ordem;
- Saudar, em nome do Venerável Mestre e por delegação dele, os visitantes e autoridades
maçônicas e profanas;
-Ser o Promotor de Justiça dentro da Oficina, e a ele cabe o enquadramento legal de todos
os atos praticados pelos Obreiros ou pela Loja.
Nossa Loja passa por um momento de alçar voos altos aumentando sua presença dentro da
organização maçônica, bem como na sociedade palmense, requer portanto um compromisso de
todos os irmãos visando fortalecimento do nosso próximo venerável, bem como toda a sua
nominata.
E se não estivermos prontos para tal, de nada valerão os juramentos que fizermos, porque na falta
de compromisso, em último caso, nem sequer reconhecidos como tal seremos.
E a palavra persistirá perdida…
Samuel Antonio Basso Chiesa, 33º
V.M - CAD- 1405
Referencias Bibliograficas:
Disponível em:
http://a-partir-pedra.blogspot.com.br/
http://r19.glesp.org.br/wp- content/uploads/2015/04/Instrucoes_Eleicoes_Administrativas-Lojas-2015-2016.pdf
http://r19.glesp.org.br/wp-content/uploads/2013/06/M%C3%B3dulo-07-Os-cargos-em-loja.pdf
Aslan, Nicola, A História da Maçonaria, Editora Espiritualista Ltda, Rio de Janeiro (Rl), 1959.
Aslan, Nicola, Histórica Geral da Maçonaria - Período Operaivo, Gráfica e Fditora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
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Eterno Aprendiz
Ir Otomar Francisco Umann Azeredo
Loja “Concordia et Humanitas”, Nº 56.
Se um dia você tiver a oportunidade observe uma criança aprendendo a caminhar. Veja
quantas quedas ela leva e quantas vezes ela levanta para, finalmente, aprender a caminhar sozinha.
Ela jamais desiste e mesmo depois de arriscar os primeiros passos, cambaleante, volta a cair e,
ainda assim, mantém firme seu propósito de aprender. Ao observarmos as crianças podemos
reconhecer os verdadeiros aprendizes. Aprendizes de uma vida. Iniciantes de uma verdadeira
caminhada que será acompanhada de erros e acertos. Não há aprendizado sem erros e não existem
acertos sem processo de aprendizagem. Não é porque nos tornamos “gente grande” que nos
tornamos “sabichões”, donos da verdade. Por isso, mais sábio que aquele que se envergonha dos
próprios erros é aquele que é capaz de assumir para si mesmo a condição de eterno aprendiz,
mantendo a humildade para recomeçar sempre, tal qual uma criança, com um passo novo e mais
firme também.
Leonardo da Vinci considerava que: “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se
cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”
Na Maçonaria, segundo o Ir. Hercule Spoladore, o aprendizado começa no Ritual de
iniciação, procurando envolver o iniciando nas profundezas dos mistérios da mente e do Universo,
ressaltando a fraternidade formada pelos maçons em todo o mundo e a promoção do legítimo
humanitarismo. Acrescenta que para completar esta Iniciação o adepto continuará seu trabalho, e
sua luta será apenas sua e de mais ninguém. O Ir. Spoladore considera que ele só a conseguirá
através de muito estudo, meditação, muito esforço, desprendimento dos males do consumismo e
assim progredindo por toda a sua vida para aproximar-se da Iniciação total. Mas conclui
observando que: “Ele nunca chegará à Iniciação completa. Sempre terá algo a acrescentar para
chegar à total espiritualidade.”
Essa afirmativa está evidenciada no Ritual do Aprendiz Maçom, do Rito Schröder, p. 18.
Recepção do Irmão Visitante em Loja. Encontramos um diálogo esclarecedor que acontece logo
após a entrada do visitante no templo:
VM – De onde vindes, meu Irmão?
V – De uma Loja Justa e Perfeita.
VM – Que trazeis convosco?
V – Uma saudação cordial de meu Venerável Mestre e dos meus Irmãos.
VM – Por que viestes aqui?
V – Para aperfeiçoar-me na Maçonaria.
VM – Sede bem-vindo, meu Irmão.
A resposta do Irmão Visitante ao último questionamento do V.M., durante a ritualística da
Recepção do Irmão Visitante em Loja, é a prova cabal do aprendizado constante. Da índole de
eterno aprendiz Maçom. “Para aperfeiçoar-me na Maçonaria”.
4 – Eterno Aprendiz
Otomar Francisco Umann Azeredo
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Segundo Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, aperfeiçoar-se é fazer (-
se) perfeito ou mais perfeito; polir (-se); adquirir maior grau de instrução ou aptidão. Denota-
se daí que nossa participação em uma sessão maçônica, seja onde for e em qualquer situação, está
sempre caracterizada pelo crescimento das nossas virtudes e pelo desejo de nos tornarmos
melhores maçons (polir nossa pedra).
A Maçonaria tem seu atributo principal na formação e aperfeiçoamento do ser humano. A
Maçonaria é uma Escola de Vida. Uma filosofia de vida. Uma cosmovisão. Ela prepara seu
iniciado para ser um maçom verdadeiro, um homem com menos defeitos, mas tão somente
mostrando-lhe o caminho. A relação do homem com a Maçonaria é simbólica. Porém, verdadeira
e intensa. Uma troca de aprendizados e de experiências, rica e dignificante em propósitos. Daí a
expressão “eternos aprendizes”, repetidas vezes entoada em discussões maçônicas para ilustrar o
constante e indispensável aprendizado.
Mas não basta que sejamos apenas repetidores de slogans!!!
Há que se fazer mais! O simples reconhecimento da condição de aprendizes permanentes
não nos confere a certeza de evolução e aperfeiçoamento. Apenas nos permite trilhar a longa
caminhada rumo à melhoria e o crescimento de nossas qualidades espirituais, morais e éticas para
que possamos participar efetivamente do desenvolvimento de uma sociedade mais justa e mais
feliz.
O Maçom verdadeiro surgirá ao longo da caminhada. Desbastando sua pedra, polindo-a,
inserindo-se na obra do templo. Evoluindo espiritualmente, moldando seu caráter, cultivando
virtudes e amor fraternal. Substituindo a ignorância pela razão, a revolta pela obediência, a
brutalidade pela mansidão, a mágoa pelo perdão, a vaidade pela simplicidade, a insegurança pela
fé, o egoísmo pela caridade, a irritação pela paciência e o orgulho pela humildade, então,
estaremos mais próximos de sermos o Irmão que se compara a Pedra Polida e que se encaixará,
com exatidão, na grandiosa construção que se chama Universo, obra do Grande Arquiteto.
Entenda-se que o que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, que segundo
Sócrates “é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo”. Quem acha
que sabe tudo não está aberto para aprender, portanto, não aprende. E se não aprende não sabe,
assim, quem pensa que sabe tudo na verdade nada sabe. Ao contrário, quem tem consciência que
não sabe e está pronto para aprender sabe muito e, quanto mais sabe, percebe que mais tem a
aprender… Esse é o verdadeiro sábio, aquele que tendo consciência da sua ignorância abre o
coração para ouvir, ler, viver, enfim aprender... “Só sei que nada sei.” Assim, Sócrates, com a
humildade que deve caracterizar o eterno aprendiz, reagiu ao pronunciamento do oráculo de
Delfos, que o apontara como o mais sábio de todos os homens.
Humildade, segundo o escritor Cesar Romão é “um dom que pode ser despertado; uma
maneira de viver que nos aproxima das pessoas de bem, dos fatos positivos e do nosso verdadeiro
caminho (a felicidade)”. Ser humilde não significa se deixar humilhar. Ser humilde é se fazer
entender e também compreender sem questionamento agressivo, ensinando e aconselhando, mas
colocando-se numa posição de igualdade.
Podemos ter orgulho? Sim. De nossas conquistas na vida, pois lutamos muito por elas,
mas não devemos ter o orgulho como referência em nossa compreensão das coisas; em nosso jeito
de viver; em nossas decisões; em nossos relacionamentos e em nosso coração... Não podemos
permitir que o orgulho nos escureça o nosso interior e nos faça pensar que somos “muito” melhor
do que realmente somos. A majestade dos grandes está em saber tratar os pequenos. O orgulho
acima da medida certa se torna arrogância. E a arrogância precisa ser combatida! Com todas as
nossas reservas maçônicas e, claro, com o eterno aprendizado.
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Mas é preciso entender que a Maçonaria é um meio. Não é um fim. Não forma sábios nem
define o destino de seus membros. Ela guia, com seus princípios, para que os Irmãos atuem na
sociedade como verdadeiros embriões sociais. Agentes das mudanças. Líderes servidores.
Sementes férteis que gerarão frutos sadios com maior número de sementes do bem.
Note-se que a Maçonaria apenas prepara o Irmão. Portanto, não esperemos que Ela aja por
nós. É o Maçom que desempenha este papel agindo como ser social. É nessa hora que o eterno
aprendiz se revela mestre. E não estamos falando de Graus! Estamos falando de ações. De
atitudes. De comportamento. De exemplos... Paulo Freire já dizia: “É preciso diminuir a distância
entre o que se diz e o que se faz até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática."
A questão que fica é qual o esforço que estamos ou não fazendo para que isso aconteça?
De outro lado, será que devemos nos penitenciar se não somos “quase perfeitos", os “reis
da coerência”?
Preferimos pensar que mais importante nessa vida é estar aberto para reconhecer as nossas
contradições e seguir sempre de forma afirmativa. Na busca da verdade. Considerar que nossos
erros e dificuldades não foram feitos para serem abolidos a qualquer custo, mas sim para que
aprendêssemos, aqui, neste plano, a sermos mais tolerantes uns com os outros e exercitarmos
todos os dias o perdão.
Façamos das lições da vida nosso eterno aprendizado.
Revisemos nossas convicções. Questionemos nossas posições. Sejamos capazes de mudar.
De voltar atrás. De tolerar os diferentes. De olhar para nosso eu interior e reeducá-lo.
Somos Maçons! E como tal, eternos aprendizes em busca da felicidade.
Como disse o poeta Gonzaguinha:
“Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar... (E cantar e cantar...) A beleza de ser um eterno aprendiz.”
Bibliografia:
http://www.ifg.edu.br/goiania/projetopensar/index.php/artigos/148
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/
http://www.letras.com.br/#!gonzaguinha/eterno-aprendiz
http://www.cesarromao.com.br/redator/item32000.html - O ORGULHO É UMA PRAGA DISFARÇADA.
IrRui Jung Neto, ex.-VM- IrVictor Mello Guimarães Mautone, MM PEQUENO VOCABULÁRIO
DE TERMOS E EXPRESSÕES MAÇÔNICAS ADAPTADO AO RITO SCHRÖDER -
CBARLSConcordia et Humanitas Nº 56 - Jurisdicionada à MRGLMERGS- Porto
Alegre, RS – janeiro de 2013.
IrHercule Spoladore - INICIAÇÃO – ASPECTOS CONTROVERSOS - Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil ”-
Londrina - PR - JB News – Informativo Nº. 1.383 Florianópolis (SC) – 21 de junho de 2014. Pág. 15 a 17.
IrJoaquim Roberto Pinto Cortez – OS FUNDAMENTOS DA MAÇONARIA – São Paulo – Madras Editora
LTDA. – Edição 2004.
RITUAL DO APRENDIZ MAÇOM – Segundo Friedrich Ludwig Schröder – Edição 2007 –
MRGLMERGS
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 14/40
A Maçonaria e as Colunas Zodiacais
Irmão Marco Aurélio Bertoli
Loja Acácia Riosulense nr. 95 - GLSC
Rio do Sul - SC
Orientação:
Irmão Daniel Pereira de Souza
O ser humano tem buscado ao longo dos tempos, respostas para os mistérios da vida de várias
formas, desde a observação dos fenômenos naturais, na tentativa de reprodução desses mesmos
fenômenos, do exercício para a compreensão dos fatos formulando hipóteses, teorias e leis.
Antigamente, o homem não dispunha de metodologia científica e para não se sentir distante da
compreensão dos mistérios do universo e da verdade absoluta, lançou-se a especulação,
trabalhando o incompreensível e o imponderável. Por meio do Misticismo, o homem começou a
se aproximar das respostas que queria no aspecto intelectual e espiritual.
O estudo dos corpos celestes e de suas influencias sobre o planeta Terra e os seres humanos, por
meio da Astrologia, é um dos grandes exemplos da união de limites imprecisos, entre ciência e o
misticismo. Embora a Maçonaria moderna seja baseada em ideias iluministas, liberais,
progressistas e normalmente vinculadas ao uso da razão, na busca da verdade absoluta, ela utiliza
em seus rituais, na sua simbologia e na sua estrutura filosófica e doutrinária, padrão místico de
diversas seitas, religiões e civilizações antigas.
O estudo das colunas zodiacais torna-se fascinante quando tentamos entender a sua simbologia,
expressada por meio de figuras e imagens provenientes de vários povos, relacionando de maneira
extraordinária o cosmos, o homem e a
Maçonaria.
Os signos zodiacais são originários da
babilônia, mas o egípcios
desenvolveram magnífico trabalho de
representação zodiacal. Os chineses
também representaram as
constelações por meio de imagens de
animais. O registro mais antigo que
se tem de astrologia está no livro de
Jô, o mais antigo Canon Hebreu,
anterior ao de Moisés, que fala dos 12
signos e prova que os primeiros
5 – A Maçonaria e as Colunas Zodiacais
Marco Aurélio Bertoli
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fundadores da ciência zodiacal pertenciam a um povo primitivo, antediluviano. Os povos
sumerianos e babilônicos criaram a astrologia, os egípcios deram base científica e os árabes, no
período medieval, salvaram-na do total desaparecimento.
Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem, em vigília a zelar
pelos rebanhos, observava os corpos celestes no firmamento intrigando-se com os seus regulares
movimentos. Percebeu então que lenta e regularmente os astros mudavam de posição em relação
ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam com absoluta regularidade ao
mesmo ponto no firmamento.
Não pode deixar de observar que o nascimento helíaco de certos grupos de estrelas se repetia em
períodos coincidentes com determinados acontecimentos importantes de sua vida, como o
nascimento de crias nos rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de
culturas sazonais, e outros fatos de sua vida repetitiva de pastor-agricultor.
Sentiu então a necessidade de memorizar e registrar esses fatos astronômicos que começavam a se
tornar importantes para orientação de suas atividades. Quando um determinado grupo de estrelas
precedia o nascer do Sol era hora de plantar, ou era hora de transferir os rebanhos para outras
pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher, ou era tempo de cio entre os animais e era
preciso acasalá-los, ou vinha o tempo de nascimentos em sua família. Foi uma consequência
inevitável, que aos poucos ele tentasse melhor identificar esses tão importantes grupos de estrelas
com nomes próprios, que naturalmente se relacionavam com suas atividades. Recorrer ao
nascimento helíaco como ponto de referência foi um passo inicial importante, foi a descoberta de
um referencial, foi o início da marcação e medição do tempo.
Nascimento helíaco de um astro é o seu aparecimento logo acima do horizonte imediatamente
antes do nascer do Sol.
Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes tirados da vida
quotidiana daqueles primeiros astrônomos. Esses nomes nada tinham a ver com a formação
característica dos conjuntos estelares. Eram simples nomes apenas, nada relacionados com
poderes mágicos e premonições.
O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se
estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e que com essa coincide. Eclíptica é o caminho
que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu. Essa faixa foi dividida
em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia. Os planetas
conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno) também faziam parte do zodíaco, pois suas
órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido em doze
constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano.
A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso zodíaco tiveram uma
origem conforme descrito anteriormente está na sua relação com a vida pastoril. Podemos
classificar os signos do Zodíaco em grupos de três formando quatro categorias distintas:
I) Os três reprodutores de seus rebanhos: Touro, Capricórnio (bode), Áries (carneiro).
II) Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo).
III) Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário (defensor, arqueiro), Aquário
(aguadeiro ou carregador de água), Libra (pesador e sua balança).
IV) Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção dos
Deuses), Peixes (alimentação).
No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou não consegue explicar, já
desde remota antiguidade começaram os homens a cercar de mistério as constelações do zodíaco,
atribuindo-lhes poderes místicos e premonitórios e assim, creditando aos astros seus sucessos e
infortúnios.
Um dos ramos dessa cultura mística, mediante observação de reis e pessoas, procurou determinar
uma relação entre o dia do nascimento da pessoa e seu caráter. O processo empírico com que foi
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desenvolvido o sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido moral, ético, beleza,
força, determinação, para conectá-lo à posição dos astros. Uma espécie de engenharia reversa, que
parte do resultado para lhe determinar fonte ou origem. Assim originaram-se os diversos métodos
astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência dos astros no curso dos acontecimentos
terrestres e na vida das pessoas, em suas características psicológicas e em seu destino, explicar o
mundo e predizer o futuro de povos ou indivíduos. O mais famoso de todos, segundo
especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isso se influenciou o povo em ver nas previsões dos
astrólogos a delineação de rumos para as suas vidas, a semelhança que se dava aos fenômenos
naturais influenciáveis pelas linhas de força da gravitação universal.
As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito são doze. Servem
como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom em desenvolvimento. Localizam-se
todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético do iniciado, que
durante sua jornada transcende em sua religião com a divindade. São seis em cada lado,
normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem. Constituem mais da metade de
toda a decoração da Loja. Suas representações gráficas apresentam misturas dos quatro elementos
místicos estudados por Aristóteles da Grécia antiga e sete astros.
Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em
horóscopo, ou em diagrama das posições relativas dos planetas e dos signos zodiacais num
momento específico, como o do nascimento de uma pessoa, ou com a intenção de inferir o caráter
e os traços de personalidade e prever os acontecimentos da vida de alguém, ou um mapa astral, ou
mapa astrológico.
O homem livre não carece disso quando estuda e evolui.
Na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas símbolos para estudo, destituídas da
atribuição de aspectos da predição do comportamento do homem. É fácil deduzir que sua
existência no rito escocês antigo e aceito tem finalidade educacional, parte de uma metodologia
pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas.
As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica tendo, cada uma,
sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo é a representação de cada signo com o
planeta e o elemento que o caracteriza). As colunas são postadas longitudinalmente junto às
paredes, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. A sequência das colunas é de Áries a Peixes, iniciando-
se com Áries ao norte próxima à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Sul também
próxima à parte Ocidental.
Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são: Áries, Touro, Gêmeos,
Câncer, Leão e Virgem. O signo zodiacal relacionado com o Grau de Companheiro é Libra; e os
inerentes ao Grau de Mestre Maçom são os signos de Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e
Peixes. Acompanhe cada um da sua representatividade:
Em nosso templo temos a seguinte disposição Zodiacal:
Venerável Mestre: Sol
1º Vigilante: Netuno
2º Vigilante: Urano
1º Experto: Saturno
Orador: Mercúrio
Secretário: Vênus
Tesoureiro: Marte Mestre de Cerimônias: Lua
Coluna nº 1: ARIES - Mês Abril, Masculino, Planeta Marte, Elemento fogo. Corresponde à
cabeça e o cérebro de Benjamim, representa o aprendiz o fogo interno encontrado no Candidato à
procura de Luz.
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Coluna nº 2: TOURO - Mês Maio, Feminino, Planeta Vênus, Elemento Terra. Corresponde ao
pescoço e à garganta. Representa fecundação, simboliza o candidato admitido nas provas de
iniciação.
Coluna nº 3: GÊMEOS - Mês Junho, Masculino, Planeta Mercúrio, Elemento Ar. Corresponde
aos braços e às mãos, dos irmãos Simeão e Levi, a faculdade intelectual, a união e a razão
simbolizam o recebimento da luz pelo candidato.
Coluna nº 4: CÂNCER - Mês Julho, Feminino, Corresponde a Lua, Elemento Água. Representa o
nascimento, simboliza a instrução do iniciado. Corresponde aos órgãos vitais respiratórios,
digestivos é Zabulão, representa o equilíbrio entre o material e o intelectual.
Coluna nº 5: LEÃO - Mês Agosto, Masculino, Corresponde ao Sol, Elemento Fogo. Corresponde
ao coração, centro vital da vida física é Judá. O Aprendiz busca a luz que vem do Oriente, é o
calor dos Irmãos dentro da Loja.
Coluna nº 6: VIRGEM - Mês Setembro, Feminino, Planeta Mercúrio, Elemento Terra.
Corresponde às funções do organismo. É Ascher, representa para o Aprendiz o aperfeiçoamento, a
dedicação no desbastamento da Pedra Bruta.
Coluna nº 7: LIBRA - Mês Outubro, Masculino, Planeta Vênus, Elemento o ar. Refere ao grau de
Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas. Assim diz
o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em
baixo
A partir dessa coluna ESCORPIÃO até a coluna de PEIXES, todas se referem ao grau de Mestre
Maçom.
Coluna nº 8: ESCORPIÃO - Mês Novembro, Feminino, Planeta Marte, Elemento água.
Representa as emoções e sentimentos poderosos, a constante batalha contra as imperfeições.
Coluna nº 9: SAGITÁRIO - Mês Dezembro, Masculino, Planeta Júpiter, Elemento fogo,
Representa a mente aberta e o julgamento crítico.
Coluna nº 10: CAPRICORNIO - Mês Janeiro, Feminino, Planeta Saturno, Elemento Terra.
Simboliza a determinação e a perseverança.
Coluna nº 11: AQUÁRIO - Mês Fevereiro, Masculino Planeta Saturno, Elemento Ar. Representa
o sentimento humanitário e prestativo.
Coluna nº 12: PEIXES - Mês Março, Feminino, Planeta Júpiter, Elemento Água. Simboliza o
desprendimento das coisas materiais.
Referencias Bibliográficas:
1. Do Meio-Dia a Meia Noite. João Ivo Girardi - ED. 2008;609.
2. Cadernos de Estudos Maçônicos nr.27 / Ambrósio Peters – Editora Maçônica “A Trolha Ltda. 1996
3. Cadernos de Pesquisas Maçônicas nr.13 / Encontro Nacional “Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e
Pesquisas” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1996
4. Maçonaria e Astrologia “As Colunas Zodiacais” / José Castellani – Revista “A Trolha” Novembro-1995
5. As Colunas Zodiacais / Robson Papaleo – Revista “A Trolha” Julho-1993
6. Pesquisas Internet
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Ir Walter Celso de Lima
ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4582
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
“Contra o positivismo, que pára perante os fenômenos e diz:
“Há apenas fatos”, eu digo:
“Ao contrário, fatos é que não há;
há apenas interpretações”.
Nietzsche1
Aqueles que Escrevem sobre Maçonaria
1. Introdução:
Há necessidade de qualificar aqueles que escrevem sobre Maçonaria,
especialmente, sobre a história da Maçonaria. Por quê? Porque não é fácil escrever sobre
Maçonaria. Observa-se que até 1717, quando da formação da Grande Loja de Londres e
Westminster, a primeira Obediência que organizou o trabalho de Lojas, poucos documentos
existiam sobre Maçonaria.
Na chamada Maçonaria Operativa, onde trabalhavam os maçons de ofício, os pedreiros, as
guildas e Lojas produziam poucos documentos escritos. Um dos motivos é que quase todos
maçons operativos eram analfabetos. Os financiadores e autoridades das guildas e Lojas eram, em
geral, todos letrados. Eram religiosos da Igreja Católica (monges ou bispos), autoridades feudais
ou a realeza. Governavam e financiavam as guildas e Lojas. Essa é a razão de que pouca coisa foi
herdada por escrito. Basicamente, cerca de uma dezena de Old Charges (Antigas Obrigações),
hoje fonte de estudos históricos.
A partir do século XV, apareceram rituais para administrar as Lojas, precedentes dos rituais
maçônicos, com a finalidade de melhor organizar o trabalho. Porém, todos de tradição oral. Vale
dizer, nada foi legado por escrito.
A partir do século XVI, especialmente na Escócia e, independentemente, na Alemanha,
apareceram maçons que não eram de ofício, não eram pedreiros e foram chamados maçons livres
e aceitos. Eram cavaleiros, nobres, aristocratas ou intelectuais. Aos poucos, a Maçonaria se
1
Friedrich Wilhelm Nietzsche, filósofo, filólogo, poeta e compositor alemão. Nasceu em Röcken, Estado de Saxônia-
Anhalt, em 1844 e faleceu em Weimar, cidade independente (Kreisfreie Stadt), Estado de Turíngia, em 1900.
6 – Aqueles que escrevem sobre Maçonaria
Walter Celso de Lima
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transforma de Operativa a Especulativa, havendo entre elas uma Maçonaria “mista”, isto é, com
maçons, pedreiros e maçons livres e aceitos.
Nessas épocas, e após 1717, a Maçonaria era secreta; hoje, muito discreta. Na época, os
documentos eram, então, destruídos. Sobraram algumas atas na Maçonaria escocesa (sec. XVI).
A partir de 1717, começaram a aparecer documentos, atas, constituições, etc., cujos textos
(ou parte deles) encontramos ainda hoje nos museus maçônicos, mesmo que sigilosos.
As perseguições à Maçonaria formaram outro obstáculo à conservação de documentos
históricos. No século XIX e especialmente no século XX, existiram muitas repreensões, agressões
e destruições aos maçons e à Maçonaria. Muitos documentos foram exterminados e a história
dessa época foi perdida. Exemplos: revolução comunista de 1917 na Rússia; regimes fascistas na
Itália, Espanha e Portugal; regime nazista na Alemanha, abrangendo boa parte da Europa; a
revolução comunista chega aos países do leste europeu. No Brasil, a Maçonaria foi perseguida em
alguns períodos do Estado Novo.
Em razão desses acontecimentos, os historiadores acadêmicos enfrentam dificuldades para
obter dados de fontes primárias ou fontes confiáveis. Surgindo, então, estórias mitológicas e
“achismos”.
Hoje, existe, no mundo, muitos livros e documentos maçônicos. Pode-se dividir esses
documentos e publicações segundo três abordagens. Esse é o objetivo deste ensaio. Igualmente, os
escritores desses livros são, em geral, maçons que se inserem nessas três abordagens:
1. abordagem acadêmica ou histórica (história no sentido
acadêmico e científico) – historiadores;
2. abordagem popular ou alternativa, também descrito como
mitológica – estoriadores ou míticos;
3. abordagem ficcional – romancistas.
Há necessidade de instruir o leitor e o escritor em determinar quais tipos de livros
maçônicos se classificam nessas três abordagens, objetivando seu estudo. Igualmente, pode-se
definir bibliografias conforme essas três abordagens.
Acima de tudo, “a Maçonaria é essencialmente uma atividade cerebral” (Cooper, 2007).
Sobre história maçônica, cita-se um texto de McNally (2007): “Predizer o futuro baseado no
presente é muito fácil, ninguém conhece, ninguém sabe. Construir o presente com base no passado
é difícil, poucos conhecem a história e quando a conhecem, pouco fazem para analisa-la”.
2. Abordagem Acadêmica – Historiadores:
Primeiro, uma definição clássica de história. História é a ciência que
estuda eventos passados com referência a um povo, país, período, indivíduo ou grupo específico.
História é uma ciência. Ciência é um corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via
observação, identificação, pesquisa e formulados metódica e racionalmente.
Marwick (1989) define: “.... as interpretações dos historiadores são baseadas no estudo
crítico do maior número possível de fontes relevantes (grifo do Autor deste ensaio) e todos os
esforços são feitos para desafiar e evitar a perpetuação de um mito”. O historiador acadêmico tem
a obrigação, o compromisso de examinar todas as evidências relevantes para uma determinada
hipótese, mesmo quando essas provas possam ser “desconfortáveis”.
O historiador acadêmico deve ser treinado a tentar eliminar do processo de investigação
todas as suas emoções. Isso não significa que as emoções não tenham um importante papel a
desempenhar, mas, quando isso acontece, deve ser claramente destacado e não disfarçado. A razão
para isso é que a maioria dos historiadores não são capazes de analisar suas emoções e analisar as
emoções dos autores nos trabalhos de referência. “Não são capazes” é um tanto radical, melhor
“não são capazes de fazer tão bem”.
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É difícil detectar a própria ignorância sobre um tema, pela sua própria natureza.
Declarações sobre uma matéria importante, ainda que apenas mentalizada, como “eu não sei nada
sobre isso” ou “é muito difícil ter acesso” ou ainda, “isso já foi discutido muitas vezes” pode ser
um indicativo de se auto impostar ignorância.
A especulação sobre o passado, a própria especulação ou conjectura, é um ato de escrever
sobre o passado. E então, aparece a hipótese ou a teoria, refinando a exclusão do fantástico, do
mito.
Cabe, por fim, dar exemplos de historiadores acadêmicos que pesquisam Maçonaria. Há
muitos e muitos bons historiadores. Impossível citar todos. Citar-se-á dois exemplos de
historiadores de relevância internacional e dois brasileiros. O Autor sabe que, assim procedendo,
fará injustiça a muitos outros historiadores acadêmicos relevantes.
Dentre os internacionais: Dr. Robert L.D. Cooper, maçom escocês, curador do museu da
Grande Loja da Escócia, com quem esse Autor mantém contínua e profícua correspondência
(Cooper, 2007; Cooper, 2009) – Fig.1.
Dr. José Antonio Ferrer-Benimeli, reverendo jesuíta espanhol, que não é maçom; porém,
um profícuo pesquisador sobre Maçonaria e professor de História Contemporânea da
Universidade de Zaragoza (Benimeli, 1999; Benimeli, 2007) – Fig. 2.
Fig. 1 – Bro. Robert L.D. Cooper.
Fig. 2 – Dr. José Antonio Ferrer-Benimeli, S.J.
Dentre os brasileiros, este Autor, certamente, fará injustiças a centenas de bons
historiadores, com quem, quase todos, mantem ativa correspondência. Decerto, um bom e extenso
tema para um ensaio seria listar todos os bons historiadores e escritores maçônicos brasileiros e
comentar suas obras. Mas, para apenas citar dois bons maçons vivos, cita-se: William Almeida de
Carvalho, sociólogo, historiador, professor, doutor em Ciências Políticas (Univ. de Paris I),
eminente maçom do GOB-DF, deputado federal na Soberana Assembleia Federal Legislativa,
membro das academias maçônicas de letras do DF, da Paraíba e do Brasil (Fig. 3).
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Fig. 3 – Ir. William Almeida de Carvalho.
José Maurício Guimarães, preclaro maçom da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais,
advogado, professor e músico, Venerável Mestre da Loja de Pesquisas Quatuor Coronati “Pedro
Campos de Miranda”, membro da Academia Mineira Maçônica de Letras e ex-Grande
Bibliotecário da GLMMG (Fig. 4).
Fig. 4 – Ir. José Maurício Guimarães.
3. Abordagem Popular ou Alternativa – Estoriadores:
História popular ou alternativa, em verdade não é história, mas uma
narrativa ao alcance dos não intelectualizados, uma prosa dirigida às massas. Os ingleses
adotaram a palavra story, gerando o anglicismo “estória”, em oposição a history, a história
acadêmica, científica. Estória é então uma narrativa de cunho popular e tradicional, fictícia ou
não, não baseada em fontes confiáveis, não objeto de pesquisa, com o objetivo de divertir o leitor.
Não é um romance histórico.
Nessa abordagem popular, inclui-se a mitologia. Mitologia é um conjunto dos mitos de um
determinado povo ou grupo. Mito é um relato; em geral, protagonizado por seres que nunca
existiram. Mitologia é uma quimera. Quimera é um produto de imaginação. Existem mitos e
quimeras maçônicas.
Há escritores que se dedicam à Maçonaria e que usam, em seus relatos, estórias, mitologias
e quimeras. Acrescente-se a esses os “achistas”. Achismo é uma teorização fundada no
subjetivismo do “eu acho que”, sem qualquer fundamento factual. No Brasil, especialmente, há
muitos maçons “achistas”, tanto na história (em verdade, estória) da Maçonaria quanto na
ritualística. O que é muito mais grave: inventar modificações em rituais.
A abordagem popular, baseada no mito, pode ser definido como “... a estória (story)
tradicional, especialmente relativo ao início da história da Maçonaria ou um que explica um
fenômeno natural ou social” (Cooper, 2007).
A maneira pela qual alguns autores enquadram suas hipóteses, antes de realizar pesquisas
ou consultar fontes confiáveis, os predispõe a resultados polarizados. Há, então, um viés, ou seja,
uma tendência natural a “provar” suas hipóteses. Por exemplo: “Qual é a relação entre o faraó
Seqenenre Tao II e Hiram Abiff, personagem da lenda do terceiro grau?” (Knight & Lomas,
2002). Inerentemente, significa que há relações, segundo Knight & Lomas, entre o faraó e o
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personagem de uma lenda. Ou seja, há um viés, uma polarização. Essa questão e questões
semelhantes já fechadas, simplesmente não podem ser utilizadas numa pesquisa porque isso
revelaria que a questão foi inerentemente baseada.
Um problema muito comum em escritos maçônicos com abordagem popular ou alternativa
é o uso de citações incorretas. Não há evidências que sempre isso seja feito deliberado ou
sistematicamente. Mas, onde isso acontece, pode provocar um resultado muito enganoso. É
notório que autores falecidos são mal interpretados. Ao lado da citação incorreta, outra deliberada
ação para chegar a hipóteses alternativas é a “não-citação”, isto é, a ignorância deliberada de
autores vivos que tenham opiniões ou resultados que contrariem a hipótese polarizada.
Menciona-se, em seguida, um problema que ocorre tanto com escritores sérios, acadêmicos
como em escritores de obras populares, alternativas. Trata-se da utilização seletiva de fontes ou
citações. Os historiadores acadêmicos, científicos, são obrigados a considerar nas fontes
confiáveis as provas necessárias sobre suas hipóteses ou teorias. Os estoriadores não agem dessa
forma. Isso porque a conclusão já foi pré-determinada, ou seja, o mito em si não é sujeito à
contestação. Há muitos exemplos de uso seletivo de fontes e evidências.
Citar-se-á dois exemplos de escritores que usam a abordagem popular e, num certo sentido,
fantástica. O primeiro exemplo é a dupla Christopher Knight e Robert Lomas, ambos maçons
britânicos. Christopher Knight (Fig. 6) é publicitário e trabalha em desenho gráfico. Robert Lomas
(Fig. 5) é engenheiro eletricista e leciona no Centro de Administração da Universidade de
Bradford. Nenhum é historiador ou egiptólogo. Ambos descobriram que a múmia do faraó
Seqenente Tao II apresenta grave traumatismo craniano, com polifratura craniana. Levantaram
então a hipótese de que se trata de Hiram Abiff, personagem da lenda do terceiro grau.
Encontraram outras múmias; uma delas identificadas pelos historiadores como sendo a de Jubelo.
Outro exemplo: o estoriador fantástico Ralph Ellis (Fig. 7), piloto civil britânico e que se
auto intitula egiptólogo, crê que o Rei David foi o faraó Psusennes e o Rei Salomão foi o faraó
Sisaque. Acredita, também, que Jesus Cristo foi outro faraó (Ellis, 2004). Essas hipóteses,
entretanto, não têm nenhuma fonte confiável de referência.
Fig. 5 – Bro. Robert Lomas.
Fig. 6 – Bro. Christopher Knight.
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Fig. 7 – Bro. Ralph Ellis.
Este Autor prefere não dar exemplos de estoriadores fantásticos e escritores não
fundamentados e não verazes brasileiros, todos “achistas”. E são muitos. Especialmente,
“achistas” sobre ritualística.
4. Abordagem Ficcional – Romancistas:
Ficção é uma criação artística em que o autor faz uma leitura
individual e subjetiva da realidade. A palavra “ficção” vem do latim antigo fictionis que significa
“criação”. A ficção literária maçônica é muito rica e, em geral, se baseia na realidade, gerando um
bom romance. Romance é uma prosa, mais ou menos longa, na qual se narram fatos imaginários,
às vezes inspirados em histórias reais, cujo interesse, no caso da Maçonaria, é descrever os
costumes ou tipos psicológicos ou biografias romanceadas de maçons.
Ficção maçônica é o retrato de muitas figuras ou eventos maçônicos; ainda que baseado na
história, é, ao mesmo tempo fictício, fazendo uma honesta tentativa de capturar o espírito, as
condições sociais da pessoa ou da época e que representa certa fidelidade. O filósofo húngaro
Lukács2
afirma sobre o romance histórico que: “exige não só a colocação da diegese (dimensão
ficcional de uma narrativa) em épocas históricas remotas, como uma estratégia narrativa capaz de
reconstruir com minúcia os componentes sociais, axiológicos, jurídicos e culturais que
caracterizam essas épocas”. Isso vale para os romancistas maçônicos.
Não é fácil estabelecer os limites sobre o que pode ser ficcional e o que deve ser uma
“exposição real”. Seria excelente se o romancista colocasse em notas de rodapé “esse personagem
é ficção” ou “esse personagem viveu em .....”. Mas isso não acontece. Ao longo da história do
pensamento, estuda-se a questão de como delimitar a fronteira entre a ficção e a realidade. É o
disfarce do limite entre representação e realidade que dá o início e o sentido do problema.
Por que se faz ficção? Por que se cria ilusões de realidades, pessoas inexistentes para contar
estórias ou histórias? Especialmente, em escritos maçônicos? O homem é o único animal que
produz. É o único ser vivo que cria uma aparência de realidade a seus semelhantes. Da mesma
forma, a ficção cria um espaço simulador da realidade que, entretanto, não tem maiores
consequências para além de sua fronteira. A capacidade do homem em fazer ficção é
consequência de sua faculdade de sonhar e um espaço ficcional pode levar a uma experiência
crítica. Tem-se aí uma primeira resposta às questões desse parágrafo. Mas há outras. Muitas vezes,
especialmente em Maçonaria, os dados históricos são poucos (vide item 2. deste ensaio). Há
necessidade de preencher a narrativa com fatos ficcionais. Outra resposta: é muito mais deleitoso
ler um romance do que relatos históricos insensíveis, lânguidos e não acolhedores.
Finalizando, o Autor apresenta três excelentes romancistas maçônicos, dois internacionais e
um brasileiro.
2
György Lukács ou Georg Lukács, filósofo húngaro, nasceu em Budapeste, em 1885 e faleceu em Budapest, em 1971.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 24/40
O primeiro é Christian Jacq, maçom, egiptólogo, doutor em egiptologia (Universidade de Paris),
com quem este Autor mantém contínua correspondência (Fig. 8). Hoje, Chritian Jacq vive em Genebra.
Christian Jacq escreveu inúmeros romances históricos sobre o Egito e romances que envolvem histórias
maçônicas: “Champolion”, “A Mensagem dos Construtores de Catedrais”, “O Templo de Salomão e o
Mestre Hiram”, e quatro volumes sobre o Ir. Mozart (Jacq, 2009).
Fig. 8 – Frère Christian Jacq.
O segundo é Dan Brown (Daniel Brown), novelista norte-americano (Fig. 9); não é maçom, mas
escreve romances usando mistérios, criptografia, símbolos e códigos. Um deles, muito lido, é “Símbolo
Perdido” (The Lost Symbol), uma novela cujo pano de fundo é a Maçonaria e Washington, DC, uma
cidade de arquitetura maçônica (Brown, 2009). Embora muito criticado, esse livro tem boas referências
sobre Maçonaria. A menção a esta obra é devida, principalmente, a sua ampla difusão, com tiragem total
de alguns milhões de exemplares. Não se pode dizer, entretanto, que Dan Brown seja um escritor
maçônico.
O último romancista maçônico citado é um brasileiro: Zé Rodrix (José
Rodrigues Trindade) falecido em 2009 (Fig. 10). Zé Rodrix foi um compositor, instrumentista,
publicitário e escritor maçom carioca. Músico formado na Escola Nacional de Música, do Rio de Janeiro.
No início da década de 2000, revelou-se um excelente romancista maçônico, lançando a
Fig. 9 – O novelista Dan Brown.
“Trilogia do Templo”. Composta de três livros: “Johaben: Diário de um Construtor do Templo” (Rodrix,
2008a); Zorobabel: Reconstruindo o Templo” (Rodrix, 2008b) e “Esquin de Floyrac, o Fim do Templo”
(Rodrix, 2008c). Sobre a trilogia, o escritor Luis Eduardo Matta3
afirmou no prefácio do terceiro volume:
"Nunca, em toda a trajetória literária brasileira, um escritor se aventurou com tamanha obstinação por
uma saga épica monumental como é o caso desta trilogia, que se debruça sobre os primórdios da
maçonaria ... uma saga épica monumental...”.
Fig. 10 – Ir Zé Rodrix.
3
Luis Eduardo de Albuquerque Sá Matta, romancista e ensaísta carioca.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 25/40
5. Considerações Finais:
Este ensaio é dirigido não somente aos escritores maçônicos que, em
verdade, são todos os maçons. Pois, o processo maçônico de ascender a graus mais elevados, envolve
escrita de muitos trabalhos maçônicos. Então, todos os maçons são escritores. E, quando chegar ao último
grau que desejar, é obrigação do mestre ensinar, instruir e produzir mais trabalhos. Obviamente, também,
todos os maçons são obrigatoriamente leitores. O que se diz com propriedade, “o maçom é um eterno
aprendiz”. Consequentemente, é importante classificar os escritos, os trabalhos e as obras a serem lidas,
estudadas, nestas três abordagens descritas neste ensaio:
1. Abordagem acadêmica ou histórica (história no sentido
acadêmico e científico) – os escritos históricos;
2. Abordagem popular ou alternativa, também descrito como
mitológica – os escritos estóricos ou míticos;
3. Abordagem ficcional – os romances maçônicos.
Como abordado, as referências bibliográficas são muito importantes,
também, classificadas entre as 3 abordagens acima. Quando se diz “referências bibliográficas”, refere-se
tanto às constantes nos trabalhos para a leitura como para o trabalho a ser escrito, obrigatoriamente. “Os
maçons devem trocar o comum "espírito de crítica", aquele que procura defeitos em tudo (e sempre acha,
pois nenhuma criação humana é perfeita), pelo espírito crítico, isto é, a capacidade de avaliar, comparar,
examinar a veracidade ou ao menos plausibilidade das ideias que comumente surgem em diferentes
publicações. Este não é campo indicado para prática da tolerância maçônica. É preciso apontar erros para
evitar que eles se acumulem cobrindo o horizonte, acabando por adquirir foro de verdade”, afirma
Eleutério Nicolau da Conceição, escritor e historiador maçom catarinense.
Não será demais seguir os exemplos dos bons escritores aqui referenciados: os da Fig. 1, 2, 3, 4, 8,
9 e 10. Bons trabalhos! Boas leituras!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Alves, R. “Entre a Ciência e a Sapiência”. 8ª ed. São Paulo: ed. Loyola, 2002.
- Alves, R. “Filosofia da Ciência”. 6ª ed. São Paulo: ed. Loyola, 2003.
- Benimeli, J.A.F. & Sánchez, M.A.P. “Maçonaria e Pacifismo na Espanha Contemporânea”.
Londrina: A Trolha, 1999.
- Benimeli, J.A.F. “Arquivos Secretos do Vaticano e a Franco-Maçonaria”. São Paulo:
Madras, 2007.
- Berkeley, G. “Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano”. São Paulo: Escala,
2006.
- Brown, D. “O Símbolo Perdido”. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
- Carpentier, A. “O Recurso do Método”. São Paulo: Círculo do Livro, s/d.
- Cooper, R.L.D. “The Rossslyn Hoax?”. London: Lewis Masonic, 2007.
- Cooper, R.L.D. “Revelando o Código da Francomaçonaria”. São Paulo: Madras, 2009.
- Cottingham, J. “Descartes, a Filosofia da Mente de Descartes”. São Paulo: ed. UNESP,
1999.
- Descartes, R. “Discurso do Método”. São Paulo: Escala, 2005.
- Descartes, R. “Discurso sobe o Método e Princípios de Filosofia”. São Paulo: Folha de
São Paulo, 2010.
- Ellis, R. “As Chaves de Salomão. O Falcão de Sabá”. São Paulo: Madras, 2004.
- Fausto, B. “Memória e História”. Parte II: História, Interpretações e Ideias. São Paulo: Graal, 2005.
- Jacq, C. “Mozart”. Vol. 1: O Grande Mago; vol. 2: O Filho da Luz; vol. 3: O Irmão do Fogo;
vol. 4: O Amado de Isis. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2009.
- Knight, C. & Lomas, R. “A Chave de Hiram”. São Paulo: ed. Landmark, 2002.
- Marwick, A. “The Nature of History”. 3rd
ed., New York: MacMillan, 1989.
- McNally, L.J.M. “Detalhes de uma História”. Londrina: A Trolha, 2007.
- Rodrix, Z. “Johaben: Diário de um Construtor do Templo”. 9ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2008a.
- Rodrix, Z. “Zorobabel: Reconstruindo o Templo”. 3ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2008b.
- Rodrix, Z. “Esquin de Floyrac. O Fim do Templo”. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2008c.
- Rostand, J. “Fanáticos e Sábios”. Parte I: Ciência Falsa e Falsas Ciências. São Paulo: Ibrasa, 1959.
- Solomon, R.C. & Higgins, K.M. “Paixão pelo Saber”. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
- Strathern, P. “Descartes”. Rio de Janeiro: Zahar ed., 1997.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 26/40
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
04.05.1956 Acácia do Continente - 2014 Florianópolis
04.05.1956 Lauro Müller - 1694 Florianópolis
05.05.2001 Luz do Vale - 3370 (30/06/2010) Gaspar
06.05.1997 Comte. Lara Ribas - 3055 Florianópolis
08.05.1996 Zohar - 2948 Florianópolis
10.05.1995 Orvalho do Hermon - 2859 Brusque
13.05.1999 Libertação - 3228 São José
13.05.2000 União e Prosperidade - 3316 Florianópolis
15.05.2000 Fraternidade Barravelhense - 3314 Barra Velha
19.05.2001 União da Ilha - 3372 Florianópolis
19.05.2004 Costa Esmeralda - 3595 Itapema
20.05.1951 Acácia do Sul - 1346 Videira
20.05.2011 Harmonia e Fidelidade - 4129 Itapema
21.05.1998 Perfeição Biguaçu - 3156 Florianópolis
22.05.1998 Acad. Bruno Carlini - 3176 Baln. Camboriú
25.05.1902 Ordem e Trabalho - 0787 Florianópolis
28.05.1998 Obreiros de Trento - 3161 Rio dos Cedros
28.05.2008 A Caminho da Luz - 3925 Joinville
30.05.1997 Hiram - 3059 Mafra
30.05.2005 Phoenix - 3662 Baln. Camboriú
30.05.2008 Estrela Mística - 3929 Itajaí
31.05.2004 Luiz Alberto Pacenko - 3621 Florianópolis
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de maio
7 – Destaques (Resenha Final)
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 27/40
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome Oriente
04.05.1956 Lauro Muller nr. 07 Florianópolis
04.05.1992 Arte Real Palhocence nr. 51 Palhoça
07.05.1967 Obreiros de São João nr. 13 São Bento do Sul
08.05.1987 Phoenix nr. 46 Lages
09.05.1994 Acácia Pomerana nr. 60 Pomerode
09.05.2006 João Cândido Moreira nr. 87 São Francisco do Sul
10.05.2001 Eduardo Teixeira II nr. 80 Camboriú
11.05.1886 Luz Serrana nr. 12 Lages
12.05.1977 Fraternidade Timboense nr. 19 Timbó
23.05.2000 Luz do Planalto nr. 76 São Bento do Sul
27.05.1998 Luz, Paz e Fraternidade nr. 71 Indaial
27.05.1983 União Indaialense nr. 36 Indaial
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Loja Oriente
03/05/1982 Templários do Vale Indaial
07/05/2001 Artífices da Sabedoria Pomerode
09/05/2011 Luz e Verdade Blumenau
11/05/1982 Acácia do Sul Tubarão
13/05/1979 Milênio da Paz Chapecó
13/05/1999 Fraternidade Universal Florianópolis
15/05/1979 Justiça e Trabalho Balneário Camboriú
16/05/2008 Cavaleiros do Oriente Biguaçu
20/05/1996 Manoel Galdino Vieira Florianópolis
23/05/2013 Triângulo União Fraterna Florianópolis
25/05/1902 Ordem e Trabalho Florianópolis
26/05/2002 Colunas do Vinhedo Urussanga
30/05/1990 Obreiros da Luz Lages
30/05/2000 Lázaro Gonçalves de Lima São José
30/05/2012 Luz e Sabedoria Joinville
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 28/40
Maçonaria na Austrália:
Nesta quarta-feira, 25 de maio, haverá sessão nas seguintes Lojas de Melbourne:
Myrtleford Lodge No.222
Where: Myrtleford (Masonic Centre)
When: 7:30pm on Thursday the 26th of May 2016
Temple: 183 Buffalo River Rd
The Revival Lodge No.926
2nd Degree
Where: Greensborough (Masonic Centre)
When: 7:30pm on Thursday the 26th of May 2016
Temple: 23 Ester St
Maçons Australianos Famosos:
Major-General Sir Robert Risson (1901-1992) Nasceu em Queensland no dia 20 de abril de
1901,falecendo com 91 anos. Foi Presidente da Melbourne e Metropolitan carruagens Board.
Ingressou na Maçonaria em 1961 e foi o 25º Grão-Mestre da UGLV no período1974 – 1976. Era
engenheiro militar. Participou diretamente nas seguintes Batalhas da Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial: Cerco de Tobruk; Campanha Síria-Líbano; Primeira Batalha de El
Alamein; Segunda Batalha de El Alamein; Campanha de Nova Guiné e Campanha de Bornéu.
Prêmios: Cavaleiro Bachelor;; Comandante da Ordem do Império Britânico; Ordem de Serviços
Distintos Oficial da Ordem de São João.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 29/40
O encanto do litoral australiano
Melbourne é a capital do estado de Victoria, Sul da Austrália, sendo o segundo centro mais
populoso do País com mais de 4,3 milhões de habitantes e é classificada como a cidade de
qualidade de vida mais alta do mundo pelo “Economist Group’s Intelligence Unit”. São avaliados
os fatores de saúde, educação, segurança, cultura, transporte público e infra-estrutura, entre os
principais.
Realizamos um passeio de longo percurso a começar pela Rodovia M-1 (Estrada Metropolitana nr.
1) em direção a “Great Ocean Road”.
Cumprimos o itinerário passando por belíssimas praias e cidades do sul australiano: Turkey, Bells
Beach (onde se realizam os campeonatos mundiais de Surf) Lorne, Angleaseas e finalmente os 12
Apóstolos, cujos rochedos são enfoques de livros, revistas e filmes. Rodamos na confortável
camionete Mitsubishi Outland do filho Humberto (e irmão) quase 600 KM de ida e volta.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 30/40
The Great Ocean Road é Patrimônio Nacional da Austrália, num trecho litorâneo ao longo da
costa sudoeste. A primeira praia (cidade) que alcançamos foi Torquay. A estrada de belas pistas
de asfalto de primeiríssima qualidade e altamente sinalizada, foi criada por soldados que
retornaram da Primeira Guerra Mundial e dedicada aos que tombaram nessa Guerra. É a maior
estrada memorial do mundo com cerca de 240 Km. A construção começou em 19 de setembro de
1919 por quase 3.000 militares que retornaram da Guerra, sendo a estrada um memorial aos que
nunca regressaram. A construção foi feita à mão, usando explosivos, pá e picareta, carrinhos de
mão, e algumas pequenas máquinas, ao longo de florestas, montanhas e costas íngremes, o que
dificultava o trabalho. Ainda mais: naquela época não havia a tecnologia e recursos de hoje.
Percorremos diversos tipos de terreno e vegetação ao longo da costa, até ao nosso destino
programado, o colosso dos “Doze Apóstolos” região com formação rochosa dentro do mar e de
uma atração turística incrível.
Em Turkay nos deslumbramos com a maravilha do cenário: uma combinação de praias de águas
límpidas, fortes ondas, fauna marinha, vegetação e rochas.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 31/40
Turkay, Australia
De Turkay, rumamos para Bells Beach, lar do surf, de categoria internacional, onde acontece o
campeonato Mundial de surf. Uma região riquíssima em atrações e turistas, com surfistas de todas
as partes do mundo mesmo com a temperatura baixa nesta época do ano. Temperatura em torno de
uns 10 graus.
De Bells Beach, nome que todo surfista vibra ao ouvir falar, nos dirigimos para Lorne com
algumas paradas entre praias intermediárias e sempre com afluência de turistas, principalmente
asiáticos.
Todo o percurso oferece uma visão variada com vilas de pescadores, baleias migratórias (não
vimos nenhuma), cenas de naufrágios famosos, praias de areias e rochas diferenciadas, ondas
gigantescas, florestas tropicais, parques florestais, sem falar nas falésias de calcário e arenito,
muito propício à erosão, além de um mundo de atrações.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 32/40
Em Anglesea, novas emoções, com visuais que nem uma máquina digital é capaz de retratar com
fidelidade. Entre um ponto a outro de parada, diversas praias, que foram observadas visualmente
no veículo em movimento, para se cumprir o itinerário, ainda durante o dia.
Antes de chegarmos aos “12 Apóstolos”, um “stop” num pequeno zoológico particular onde
visitamos alguns animais nativos., inclusive cangurus.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 33/40
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 34/40
Acompanhe mais alguns visuais, com registros culminando nos “Doze Apóstolos”. Inesquecível!
Visual do Mirante Teddy, Sul de Lorne.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 35/40
Bells Beach é uma localidade costeira pertencente ao governo do Estado.
Distante 100 quilômetros de Melbourne.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 36/40
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 37/40
Observação
Nesta semana a Loja Fraternidade e Trabalho nr. 3, de Sena Madureira, promoveu Sessão
Magna de Elevação de quatro irmãos daquela Oficina, que contou com a presença do Grão-
Mestre da Grande Loja do Estado Acre, Ir. Fernando Zamora
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 38/40
Giro pelo Interior
(informações da GLEAC enviadas pelo Ir Francisco Nunes, de Rio Branco).
Sessão conjunta das Lojas Liberdade Acreana nr. 4 e Coronel Plácido de Castro nr. 6, com a
presença da comitiva da Grande Loja do Acre que prestigiou o evento através de seu Grão-
Mestre, Grão-Mestre Adjunto e Ir João Mendes.
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 39/40
Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 –
A Beleza da Austrália É Realmente Indescritível!
2 –
Quer Parar de Fumar Para Sempre? Siga Estes
Passos!
3 –
Tem Meias Velhas em Casa? Não Jogue Fora!
4 –
Achei o Segredo Para Preparar o Melhor Peito de
Frango!
5 –
Caso você tenha perdido Você Vai Se Encantar
Com Os Corações Da Natureza!
6 -
15 Atrações Turísticas Incríveis da Alemanha!
7 – Filme do dia: “Náufrago na Lua” –
Título Original: Kimssi Pyoryugi
Direção: Hae-Jun Lee
Gênero: Drama/Romance/Comédia
https://www.youtube.com/watch?v=MnR4WCqjDV4
JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 40/40
HORA DE DECISÃO
Autor: Raimundo A. Corado.
Barreiras, 11 de outubro de 2014.
Foi-se a etapa primeira;
Do processo eleitoral;
Articulam-se em trincheiras;
Visando a fase final.
Farpas, golpe baixo, sujeira;
Buscando melhor posição;
Na verdade é pura nojeira;
No rádio e na televisão.
Fica difícil escolher;
A quem conferir poder;
Entre o gato ou o rato.
Esse poder contaminador;
Tão distante do eleitor;
Que parece ser abstrato.

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  • 1. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.063 – Melbourne (Vic) - quinta-feira, 26 de maio de 2016 Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 – IrMario Gentil Costa – Longevidade e Imortalidade Bloco 3 - IrSamuel Antonio Basso Chiesa – Compromisso do Maçom para com sua Loja Bloco 4 - IrOtomar Francisco Umann Azeredo – Eterno Aprendiz Bloco 5 - IrMarco Aurélio Bertoli – A Maçonaria e as Colunas Zodiacais Bloco 6 - IrWalter Celso de Lima – Aqueles que escrevem sobre Maçonaria Bloco 7 - Destaques JB –Maçonaria na Austrália – GLEAC - & outros Informes
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 2/40 RESENHA Livro: “Diálogos entre o Esquadro e o Compasso” Autor: Walter Celso de Lima Editora: Londrina: A Trolha, 2015 - 232 páginas Trata-se de 12 ensaios, escritos em 2014, sobre instrução, cultura e história da Maçonaria. Os temas são bastante diversos, estanques e demarcados: há ensaios sobre rituais – a razão de sua existência e suas origens; sobre autoridade e liderança; sobre mérito, merecimento e virtude; sobre caridade – caridade não religiosa, caridade cristã, judaica, islâmica e caridade maçônica. Contém ensaios sobre símbolos: águia bicéfala – no mundo leigo e na Maçonaria; o bom pastor – símbolo religioso e não religioso maçônico; rosa-cruz; Kadosh – sentido religioso (a santidade) e sentido maçônico não religioso (virtuosidade). Esse é o quinto livro publicado pelo Autor sobre filosofia, história e cultura maçônica. www.atrolha.com 1 – ALMANAQUE Hoje é o 147º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia) Faltam 219 para terminar este ano bissexto Dia Nacional de Combate ao Glaucoma e dia do Revendedor Lotérico Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. LIVROS
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 3/40    1896: Nicolau II Imperador de todas as Rússias.  1538 - Genebra expulsa João Calvino.  1644 - Tropas portuguesas derrotam as espanholas na Batalha do Montijo.  1828 - Kaspar Hauser é encontrado numa praça em Nuremberg.  1896 - Nicolau II da Rússia é coroado czar do Império Russo.  1897 - Bram Stoker publica Dracula, sua maior obra literária.  1963 - É fundada a Organização da Unidade Africana.  1966 - A Guiana, ex-Guiana Inglesa, torna-se independente.  1986 - A União Europeia adota a bandeira europeia.  1991 - Zviad Gamsakhurdia é eleito o primeiro presidente da Geórgia após a independência da União Soviética.  1999 - Mpule Kwelagobe, de Botswana, é coroada Miss Universo 1999, realizado em Trinidad & Tobago, sendo a 1ª miss de seu país a conquistar a coroa.  2002 - A sonda Mars Odyssey encontra sinais de grande depósito de água no planeta Marte.  2004 - O Futebol Clube do Porto vence a 2ª Liga dos Campeões em sua história.  2006 - Lançamento da primeira versão do Back Track.  2011 - Ratko Mladić, autor do Massacre de Srebrenica, é preso na Sérvia. 1879 Ao visitar a estação central dos telégrafos, no Rio de Janeiro, o Imperador D. Pedro II faz uma ligação para Santa Catarina e troca mensagem com o presidente da província, Antônio de Almeida Oliveira. 1901 Circula, em Urussanga, o primeiro número do jornal em idioma italiano “La Patria”. históricos de santa catarina Extraído de “Datas Históricas de Santa Catarina” do Jornalista Jali Meirinho e acervo pessoal EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 4/40 1903 Governador do Estado, coronel Vidal de Oliveira Ramos, procede a inauguração da estrada do Rio do Rastro, ligando Lauro Muller, de hoje, a São Joaquim. 1905 Circula, em Florianópolis, o primeiro número de “A Gazeta Oficial”, destinada a publicar os atos do Governo do Estado. Era dirigido por Tiago da Fonseca. Circula, em Joinville, o primeiro número do jornal intitulado “Jornal do Povo”. 1906 Nasce, em Florianópolis, Márcio de Souza Melo, Ingressou na carreira militar em 1925, optando depois pela Aeronáutica onde alcançou o posto de Marechal-do-Ar. Foi ministro desta Pasta a partir de 1964, nos governos de Castelo Branco, Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Em 1969 integrou o Comando Militar que ocupou a presidência da República face à doença do presidente Arthur da Costa e Silva. 1722 O Weekly Journal registra a primeira vez em que uma pedra angular é colocada com cerimonial maçônico especulativo, a da Igreja de St. Martin in the Fields, em Londres. 1764 O rito da Estrita Observância, pretensamente de origem Templária e dirigido por Superiores Desconhecidos, é organizado por Karl Gotthef, barão Von HUND. 1832 Filiada e regularizada no Grande Oriente do Brasil a Loja Imparcialidade, no Rio de Janeiro. 1946 ARLS “Concordia Segunda nr. 10, um livro de Ouro foi instituído. Para tanto eles tem o nosso apoio, como por certo o terão de todos os verdadeiros maçons, (Boletim Informativo n.61/62 – Nov. 1944, Pag. 20/21. E no Boletim n.02 de Maio de 1946 ainda encontramos os seguintes artigos: “........CONCORDIA 2. – Transcorreu no dia 26 de Maio de 1946 o segundo aniversário do “soerguimento” das colunas dessa tradicional oficina fluminense. A efeméride foi comemorada com um banquete de confraternização a que participaram uma centena de maçons de diversos orientes que, para aquela cidade, seguiram em caravanas. De Niterói partiu uma representação numerosa, em ônibus especiais, presidida pelo Ven:. Mestre em exercício Cid Cabral de Melo, que foi recepcionada na divisa da Cidade por uma comissão chefiada pelo Ven:. Ir:. Antônio Alves Viana que entregou-lhe as chaves do Templo. 2002 Fundação da Loja Colunas do Vinhedo de Urussanga – SC (GOSC) Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 5/40 Mario Gentil Costa. Florianópolis. Contato: magenco@terra.com.br http://magenco.blog.uol.com.br Longevidade e Imortalidade A longevidade é meta prioritária de todos os humanos. Ninguém quer morrer cedo, e, embora o paradoxo, ninguém quer ser velho ou aceita sem protestos os sinais do envelhecimento. A aparência jovem – ou seus simulacros – comanda as preocupações e determina ou justifica qualquer sacrifício. Daí tanto campo para as técnicas cirúrgicas de rejuvenescimento, tais como os liftings, os botoxes, as lipoaspirações, os silicones, as plastias em geral. Mesmo que isso envolva riscos e já tenha resultado em óbitos, vale tudo na luta inglória contra os inexoráveis estragos do tempo. São raros os testemunhos de gente famosa que se recusa a essas práticas, como o de um famoso ator, que, diante da cautelosa sugestão de uma fã ou de uma repórter, teria declarado ser contra tais artifícios por considerar cada uma de suas rugas – que de fato não são poucas – uma medalha adquirida em sua guerra pela sobrevivência. Admirável! A ânsia pela vida longa cresce diante da constatação de que algumas espécies, tanto na fauna quanto na flora, são capazes de viver séculos. Afinal, por que só nós, humanos – que nos temos na orgulhosa conta de sermos a obra favorita da “criação” – temos de pagar o preço de uma morte comparativamente precoce, se até um estúpido molusco pode viver 400 anos, como foi divulgado recentemente. Para se ter idéia do quanto essa concha, chamada Quahog, já viveu, basta lembrar que é contemporânea de Shakespeare. Isso, por acaso, é justo? Pode até não ser, mas parece ter explicação científica. Segundo as conclusões do pesquisador Leonard Hayflick, o envelhecimento decorre do desgaste no metabolismo celular. Um ser vivo permanece saudável enquanto suas células conservam a capacidade de se reproduzir à perfeição. E esse fac-símile decai com a seqüência da repetição. 2 – Longevidade e Imortalidade Mario Gentil Costa
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 6/40 Seria, em analogia exagerada e grosseira, como se cada cópia-carbono servisse de matriz para a similar subsequente; as imperfeições serão crescentes e inevitáveis. De resto, o número de vezes que uma célula pode replicar-se é programado por seus genes. Além desse fator genético, a duração de cada ser depende da intensidade com que ele consome suas reservas de energia, ou seja, quanto mais intenso esse metabolismo, mais curta será sua vida. Um exemplo ilustrativo é o beija-flor, que, para sustentar-se parado no ar, bate as asas noventa vezes por segundo e, para isso, consome uma média de 6.000 calorias diárias. Pois bem. O preço que ele paga pelo privilégio dessa façanha de beleza plástica incomparável é viver a média de dois anos, ao passo que um canário, que se contenta em cantar e pular de galho em galho, vive vinte, e um papagaio, que se dedica a repetir gracinhas e palavrões, pode chegar aos oitenta. Já a baleia, que tem energia calórica de sobra, chega facilmente aos 100 anos. Mas a regalia maior – talvez a mais injusta – coube a uma tartaruga chamada “Harriet”, levada por Charles Darwin das Ilhas Galápagos para a Inglaterra, e que faleceu no ano passado aos 175 anos. Tudo isso aponta para um aparente erro estratégico que os humanos cometem, ao priorizar o rendimento máximo nos esportes competitivos. Ficará a cargo do futuro, provar que as atuais gerações de gloriosos medalhistas olímpicos, maratonistas e similares viverão menos. Tudo faz crer que a atividade física, praticada moderadamente e sem objetivos de bater sempre os recordes anteriores – como se o homem não conhecesse seus imites – é o segredo da longevidade sadia. As reações químicas intracelulares, através das quais o organismo humano sintetiza energias, também produzem os chamados radicais-livres que levam à oxidação celular e, em consequência, ao envelhecimento do corpo. Existe ainda um outro aspecto pouco cogitado - por remeter a indagações de ordem mais filosófica do que biológica - como se, por trás de tudo, prevalecesse um determinismo ontológico de ordem cósmica: “No estágio atual da evolução, o ser vivo, cumprindo inconscientemente as leis imutáveis do Ciclo de Krebs – nascer, crescer, reproduzir-se e morrer – preserva-se saudável até o período em que se reproduz e assegura a permanência de sua espécie. Depois, disso, por mais que lute e resista, ele, como indivíduo, entra num lento processo de falência orgânica, até o momento de ceder espaço ao seu sucessor. Assim é a vida, por mais que as religiões e seus arautos nos acenem com perspectivas de sobrevivência eterna. Esta é minha honesta maneira de ver. E vale para todos, inclusive para os vegetais. Por fim, foi encontrada no Brasil uma árvore, o Jequitibá-Rosa, que já completou 3000 anos. Quando Cristo pisou o planeta – se é que algum dia pisou... - ela já contava 1000. Mas como não existe imortalidade, ela também morrerá...
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 7/40 Nota do JB News: O presente artigo está sendo republicado a pedido do próprio autor. Na edição do JB News nr. 2042, quando da primeira divulgação, não foram citadas as origens de alguns parágrafos e palavras, subtraídos do texto do Irmão Rui Bandeira do blog http://a-partir- pedra.blogspot.com.br/ suscitando a indignação deste. Recebemos com surpresa e desconforto a informação do Ir. Rui sobre o ocorrido. Mantivemos contato com o Ir Samuel, resultando, por derradeiro o pedido de republicação, agora referenciando o blog e o autor, dos textos reclamados. Temos recebido inúmeras manifestações de irmãos leitores do JB News e do próprio Blog, o que nos move a resumir os fatos: 1 - E-mail recebido do Ir Samuel em 04.05.2016 solicitando publicação do artigo, com atendimento na edição nr. 2.042: “Boa tarde Irmão Gerônimo ! (sic) Espero encontrá-lo com saúde e paz ! Anexo encaminho um trabalho de minha autoria como parte dos preparativos de fim de mandato. Um TFA - Samuel Chiesa” 2 – E-mail recebido em 24.05.2016, do Ir. Rui Bandeira: “...Solicito publicação no "nosso" JB News" do texto que publiquei no blogue A Partir Pedra e que consta do seguinte link: http://a-partir-pedra.blogspot.pt/2016/05/plagio-uma-vergonha-em-todo- o-lado-e.html Tal texto foi elaborado e publicado em virtude de uma publicação constante no JB News n.º 2042 (não tenho dúvida que o editor do JB News desconhecia o plágio...). Acho importante denunciar o plágio, particularmente onde ele é publicado. Só assim os plagiadores ganham (porventura...) alguma vergonha na cara e se divulga que plágio é algo que maçons não devem fazer. TFA. Melhores cumprimentos. RUI BANDEIRA - Advogado Rua Andrade, n.º 51, 1.º Esq. Apartado 22 777 EC Socorro (Lisboa) - e- mail: bandeira.rui@gmail.com “ 3 – “Compromisso do Maçom para com sua Loja” Samuel Antonio Basso Chiesa
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 8/40 3 – Em 25.05.2016, o Ir Samuel retornou com o seguinte e-mail: “Jerônimo, Entendo o que acontece, triste para mim também. Foram como expliquei dois trechos que compilei sem saber a fonte, um erro, mas que não comprometem o texto como um todo. ... “ TFA. Samuel” 4 – Posicionamento final do Ir. Rui Bandeira, constante de seu Blog: “Explicação entendida e desculpas aceites. Por mim, assunto encerrado. Mas, para evitar dissabores futuros, deixo uma sugestão: sempre que citar, com ou sem alterações, textos cuja autoria desconhece, faça acompanhar as citações, pelo menos, de uma nota: citação de texto de autor meu desconhecido.... “ 5 – Republicação do artigo, agora com referências ao blog e ao Ir. Rui Bandeira: A.G.D.G.A.D.U A.R.L.M CAVALEIROSTEMPLÁRIOS Nº 32 ORIENTE DE PALMAS-TO
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 9/40 "Compromisso do maçom para com sua Loja” Quando se é admitido numa Ordem de tipo esotérico-iniciática tal como a Maçonaria é comumente definida, é habitual o novo membro efetuar um juramento no momento da sua admissão ou durante a execução de uma cerimônia iniciática, no qual se assume um determinado compromisso. E somente após a realização desse juramento é que o aprendiz é recebido e integrado no seio da respetiva Ordem. Começo este trabalho com uma boa assertiva: Maçonaria é um contínuo exercício de dar e receber entre cada maçom e os seus Irmãos, cada um aperfeiçoando-se através do que obtém do contributo do trabalho dos demais. A condição do sucesso nessa pretendida melhoria de todos pode resumir- se numa palavra: COMPROMISSO. (Nicola Aslan 1959). Quando Nicola Aslan enfoca que o aperfeiçoamento de cada irmão maçom é consequência do fruto do trabalho dos demais, vemos o quanto é importante uma Loja que Trabalha ! Segundo Rui Bandeira ( Blog a partir da Pedra ), uma Loja deve ser de maçons comprometidos, e deve ter: COMPROMISSO em relação à assiduidade de cada um (pois quem não está, não participa). COMPROMISSO em relação ao cumprimento dos deveres de cada um, designadamente quanto ao pagamento das respectivas mensalidades e joias (pois a manutenção da estrutura tem custos, que necessariamente têm de ser equitativamente suportados por todos os que a integram). COMPROMISSO em relação ao trabalho, ao estudo individual, em relação à partilha dos resultados do seu esforço. Procurando etimologicamente o significado da palavra Compromisso, eis que encontrei duas definições: 1- Ato de sustentar uma escolha; 2- Forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com alguém, com algum objetivo. Compromisso é, portanto, uma responsabilidade adquirida em virtude de uma afirmação verbal ou escrita, feita por nós mesmos. Alguns irmãos devem se perguntar: - Qual o motivo de falar em compromisso na primeira semana de maio ? Tradicionalmente na segunda semana de maio ou mais precisamente até o fim da primeira quinzena do referido mês, a Loja reúne-se em Sessão de Mestre para a escolha do novo Venerável, seu novo líder, conjuntamente com as luzes da loja. Após eleito e instalado, este oficial realiza o primeiro compromisso da nova gestão e seu compromisso é claro: -Ser o responsável pelo sucesso dos trabalhos de sua Loja; -Ter sua atenção sempre voltada a motivar as sessões, para que não se tornem fastidiosas e sem interesse; -Provocar pesquisas destinadas a elevar a espiritualidade dos membros da Loja, tendo como principal objetivo o aperfeiçoamento iniciático dos Obreiros de todos os graus; -Cuidar para que seja estabelecida a mais sincera cordialidade entre os Irmãos da Oficina, o que permitirá a manutenção da fraternidade; - Representar, entre os Irmãos da Loja, a Sabedoria. Seu papel é o de jamais perder de vista a meta traçada, e evitar extravios na procura da realização de seus objetivos; -Dirigir a Loja, segundo os ditames da sua consciência, procurando atrair os Obreiros aos trabalhos, para ministrar-lhes os mais amplos conhecimentos e ensinamentos maçônicos; -Ser o mais assíduo Obreiro da Loja, porque nada desmoraliza mais uma Oficina do que suas possíveis frequentes ausências; -Ser benevolente para com todos e rigorosamente imparcialidade;
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 10/40 Após Instalado e empossado, o Venerável exigirá um compromisso de seus vigilantes que são: -Assessorarem o Venerável Mestre no desempenho da sua função de administrador da Loja; -Serem os responsáveis diretos pelo desempenho dos Aprendizes e Companheiros. Ser os porta-vozes das respectivas Colunas em suas reivindicações e postulações; -Responsabilizarem-se pela disciplina maçônica em suas Colunas; -Concederem, sempre através de golpes de malhete, a palavra aos Obreiros de suas respectivas Colunas. - Serem responsáveis pela cobertura do Templo; - Em circulação pelo Oriente do Templo, verificarem se os Obreiros das Colunas possuem o grau equivalente à Sessão que irá se processar Após, o Orador, eleito juntamente com o VM, 1º e 2º Vigilantes, faz o seu compromisso: -Ser o guardião nato da Constituição e dos Regulamentos Gerais, assim como do Regimento Interno de uma Loja; - Celebrar, com peças de arquitetura apropriadas, todas as efemérides especiais da Loja e da Ordem; - Saudar, em nome do Venerável Mestre e por delegação dele, os visitantes e autoridades maçônicas e profanas; -Ser o Promotor de Justiça dentro da Oficina, e a ele cabe o enquadramento legal de todos os atos praticados pelos Obreiros ou pela Loja. Nossa Loja passa por um momento de alçar voos altos aumentando sua presença dentro da organização maçônica, bem como na sociedade palmense, requer portanto um compromisso de todos os irmãos visando fortalecimento do nosso próximo venerável, bem como toda a sua nominata. E se não estivermos prontos para tal, de nada valerão os juramentos que fizermos, porque na falta de compromisso, em último caso, nem sequer reconhecidos como tal seremos. E a palavra persistirá perdida… Samuel Antonio Basso Chiesa, 33º V.M - CAD- 1405 Referencias Bibliograficas: Disponível em: http://a-partir-pedra.blogspot.com.br/ http://r19.glesp.org.br/wp- content/uploads/2015/04/Instrucoes_Eleicoes_Administrativas-Lojas-2015-2016.pdf http://r19.glesp.org.br/wp-content/uploads/2013/06/M%C3%B3dulo-07-Os-cargos-em-loja.pdf Aslan, Nicola, A História da Maçonaria, Editora Espiritualista Ltda, Rio de Janeiro (Rl), 1959. Aslan, Nicola, Histórica Geral da Maçonaria - Período Operaivo, Gráfica e Fditora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 11/40 Eterno Aprendiz Ir Otomar Francisco Umann Azeredo Loja “Concordia et Humanitas”, Nº 56. Se um dia você tiver a oportunidade observe uma criança aprendendo a caminhar. Veja quantas quedas ela leva e quantas vezes ela levanta para, finalmente, aprender a caminhar sozinha. Ela jamais desiste e mesmo depois de arriscar os primeiros passos, cambaleante, volta a cair e, ainda assim, mantém firme seu propósito de aprender. Ao observarmos as crianças podemos reconhecer os verdadeiros aprendizes. Aprendizes de uma vida. Iniciantes de uma verdadeira caminhada que será acompanhada de erros e acertos. Não há aprendizado sem erros e não existem acertos sem processo de aprendizagem. Não é porque nos tornamos “gente grande” que nos tornamos “sabichões”, donos da verdade. Por isso, mais sábio que aquele que se envergonha dos próprios erros é aquele que é capaz de assumir para si mesmo a condição de eterno aprendiz, mantendo a humildade para recomeçar sempre, tal qual uma criança, com um passo novo e mais firme também. Leonardo da Vinci considerava que: “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.” Na Maçonaria, segundo o Ir. Hercule Spoladore, o aprendizado começa no Ritual de iniciação, procurando envolver o iniciando nas profundezas dos mistérios da mente e do Universo, ressaltando a fraternidade formada pelos maçons em todo o mundo e a promoção do legítimo humanitarismo. Acrescenta que para completar esta Iniciação o adepto continuará seu trabalho, e sua luta será apenas sua e de mais ninguém. O Ir. Spoladore considera que ele só a conseguirá através de muito estudo, meditação, muito esforço, desprendimento dos males do consumismo e assim progredindo por toda a sua vida para aproximar-se da Iniciação total. Mas conclui observando que: “Ele nunca chegará à Iniciação completa. Sempre terá algo a acrescentar para chegar à total espiritualidade.” Essa afirmativa está evidenciada no Ritual do Aprendiz Maçom, do Rito Schröder, p. 18. Recepção do Irmão Visitante em Loja. Encontramos um diálogo esclarecedor que acontece logo após a entrada do visitante no templo: VM – De onde vindes, meu Irmão? V – De uma Loja Justa e Perfeita. VM – Que trazeis convosco? V – Uma saudação cordial de meu Venerável Mestre e dos meus Irmãos. VM – Por que viestes aqui? V – Para aperfeiçoar-me na Maçonaria. VM – Sede bem-vindo, meu Irmão. A resposta do Irmão Visitante ao último questionamento do V.M., durante a ritualística da Recepção do Irmão Visitante em Loja, é a prova cabal do aprendizado constante. Da índole de eterno aprendiz Maçom. “Para aperfeiçoar-me na Maçonaria”. 4 – Eterno Aprendiz Otomar Francisco Umann Azeredo
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 12/40 Segundo Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, aperfeiçoar-se é fazer (- se) perfeito ou mais perfeito; polir (-se); adquirir maior grau de instrução ou aptidão. Denota- se daí que nossa participação em uma sessão maçônica, seja onde for e em qualquer situação, está sempre caracterizada pelo crescimento das nossas virtudes e pelo desejo de nos tornarmos melhores maçons (polir nossa pedra). A Maçonaria tem seu atributo principal na formação e aperfeiçoamento do ser humano. A Maçonaria é uma Escola de Vida. Uma filosofia de vida. Uma cosmovisão. Ela prepara seu iniciado para ser um maçom verdadeiro, um homem com menos defeitos, mas tão somente mostrando-lhe o caminho. A relação do homem com a Maçonaria é simbólica. Porém, verdadeira e intensa. Uma troca de aprendizados e de experiências, rica e dignificante em propósitos. Daí a expressão “eternos aprendizes”, repetidas vezes entoada em discussões maçônicas para ilustrar o constante e indispensável aprendizado. Mas não basta que sejamos apenas repetidores de slogans!!! Há que se fazer mais! O simples reconhecimento da condição de aprendizes permanentes não nos confere a certeza de evolução e aperfeiçoamento. Apenas nos permite trilhar a longa caminhada rumo à melhoria e o crescimento de nossas qualidades espirituais, morais e éticas para que possamos participar efetivamente do desenvolvimento de uma sociedade mais justa e mais feliz. O Maçom verdadeiro surgirá ao longo da caminhada. Desbastando sua pedra, polindo-a, inserindo-se na obra do templo. Evoluindo espiritualmente, moldando seu caráter, cultivando virtudes e amor fraternal. Substituindo a ignorância pela razão, a revolta pela obediência, a brutalidade pela mansidão, a mágoa pelo perdão, a vaidade pela simplicidade, a insegurança pela fé, o egoísmo pela caridade, a irritação pela paciência e o orgulho pela humildade, então, estaremos mais próximos de sermos o Irmão que se compara a Pedra Polida e que se encaixará, com exatidão, na grandiosa construção que se chama Universo, obra do Grande Arquiteto. Entenda-se que o que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, que segundo Sócrates “é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo”. Quem acha que sabe tudo não está aberto para aprender, portanto, não aprende. E se não aprende não sabe, assim, quem pensa que sabe tudo na verdade nada sabe. Ao contrário, quem tem consciência que não sabe e está pronto para aprender sabe muito e, quanto mais sabe, percebe que mais tem a aprender… Esse é o verdadeiro sábio, aquele que tendo consciência da sua ignorância abre o coração para ouvir, ler, viver, enfim aprender... “Só sei que nada sei.” Assim, Sócrates, com a humildade que deve caracterizar o eterno aprendiz, reagiu ao pronunciamento do oráculo de Delfos, que o apontara como o mais sábio de todos os homens. Humildade, segundo o escritor Cesar Romão é “um dom que pode ser despertado; uma maneira de viver que nos aproxima das pessoas de bem, dos fatos positivos e do nosso verdadeiro caminho (a felicidade)”. Ser humilde não significa se deixar humilhar. Ser humilde é se fazer entender e também compreender sem questionamento agressivo, ensinando e aconselhando, mas colocando-se numa posição de igualdade. Podemos ter orgulho? Sim. De nossas conquistas na vida, pois lutamos muito por elas, mas não devemos ter o orgulho como referência em nossa compreensão das coisas; em nosso jeito de viver; em nossas decisões; em nossos relacionamentos e em nosso coração... Não podemos permitir que o orgulho nos escureça o nosso interior e nos faça pensar que somos “muito” melhor do que realmente somos. A majestade dos grandes está em saber tratar os pequenos. O orgulho acima da medida certa se torna arrogância. E a arrogância precisa ser combatida! Com todas as nossas reservas maçônicas e, claro, com o eterno aprendizado.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 13/40 Mas é preciso entender que a Maçonaria é um meio. Não é um fim. Não forma sábios nem define o destino de seus membros. Ela guia, com seus princípios, para que os Irmãos atuem na sociedade como verdadeiros embriões sociais. Agentes das mudanças. Líderes servidores. Sementes férteis que gerarão frutos sadios com maior número de sementes do bem. Note-se que a Maçonaria apenas prepara o Irmão. Portanto, não esperemos que Ela aja por nós. É o Maçom que desempenha este papel agindo como ser social. É nessa hora que o eterno aprendiz se revela mestre. E não estamos falando de Graus! Estamos falando de ações. De atitudes. De comportamento. De exemplos... Paulo Freire já dizia: “É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática." A questão que fica é qual o esforço que estamos ou não fazendo para que isso aconteça? De outro lado, será que devemos nos penitenciar se não somos “quase perfeitos", os “reis da coerência”? Preferimos pensar que mais importante nessa vida é estar aberto para reconhecer as nossas contradições e seguir sempre de forma afirmativa. Na busca da verdade. Considerar que nossos erros e dificuldades não foram feitos para serem abolidos a qualquer custo, mas sim para que aprendêssemos, aqui, neste plano, a sermos mais tolerantes uns com os outros e exercitarmos todos os dias o perdão. Façamos das lições da vida nosso eterno aprendizado. Revisemos nossas convicções. Questionemos nossas posições. Sejamos capazes de mudar. De voltar atrás. De tolerar os diferentes. De olhar para nosso eu interior e reeducá-lo. Somos Maçons! E como tal, eternos aprendizes em busca da felicidade. Como disse o poeta Gonzaguinha: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças É a vida, é bonita e é bonita Viver e não ter a vergonha de ser feliz Cantar... (E cantar e cantar...) A beleza de ser um eterno aprendiz.” Bibliografia: http://www.ifg.edu.br/goiania/projetopensar/index.php/artigos/148 http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/ http://www.letras.com.br/#!gonzaguinha/eterno-aprendiz http://www.cesarromao.com.br/redator/item32000.html - O ORGULHO É UMA PRAGA DISFARÇADA. IrRui Jung Neto, ex.-VM- IrVictor Mello Guimarães Mautone, MM PEQUENO VOCABULÁRIO DE TERMOS E EXPRESSÕES MAÇÔNICAS ADAPTADO AO RITO SCHRÖDER - CBARLSConcordia et Humanitas Nº 56 - Jurisdicionada à MRGLMERGS- Porto Alegre, RS – janeiro de 2013. IrHercule Spoladore - INICIAÇÃO – ASPECTOS CONTROVERSOS - Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil ”- Londrina - PR - JB News – Informativo Nº. 1.383 Florianópolis (SC) – 21 de junho de 2014. Pág. 15 a 17. IrJoaquim Roberto Pinto Cortez – OS FUNDAMENTOS DA MAÇONARIA – São Paulo – Madras Editora LTDA. – Edição 2004. RITUAL DO APRENDIZ MAÇOM – Segundo Friedrich Ludwig Schröder – Edição 2007 – MRGLMERGS
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 14/40 A Maçonaria e as Colunas Zodiacais Irmão Marco Aurélio Bertoli Loja Acácia Riosulense nr. 95 - GLSC Rio do Sul - SC Orientação: Irmão Daniel Pereira de Souza O ser humano tem buscado ao longo dos tempos, respostas para os mistérios da vida de várias formas, desde a observação dos fenômenos naturais, na tentativa de reprodução desses mesmos fenômenos, do exercício para a compreensão dos fatos formulando hipóteses, teorias e leis. Antigamente, o homem não dispunha de metodologia científica e para não se sentir distante da compreensão dos mistérios do universo e da verdade absoluta, lançou-se a especulação, trabalhando o incompreensível e o imponderável. Por meio do Misticismo, o homem começou a se aproximar das respostas que queria no aspecto intelectual e espiritual. O estudo dos corpos celestes e de suas influencias sobre o planeta Terra e os seres humanos, por meio da Astrologia, é um dos grandes exemplos da união de limites imprecisos, entre ciência e o misticismo. Embora a Maçonaria moderna seja baseada em ideias iluministas, liberais, progressistas e normalmente vinculadas ao uso da razão, na busca da verdade absoluta, ela utiliza em seus rituais, na sua simbologia e na sua estrutura filosófica e doutrinária, padrão místico de diversas seitas, religiões e civilizações antigas. O estudo das colunas zodiacais torna-se fascinante quando tentamos entender a sua simbologia, expressada por meio de figuras e imagens provenientes de vários povos, relacionando de maneira extraordinária o cosmos, o homem e a Maçonaria. Os signos zodiacais são originários da babilônia, mas o egípcios desenvolveram magnífico trabalho de representação zodiacal. Os chineses também representaram as constelações por meio de imagens de animais. O registro mais antigo que se tem de astrologia está no livro de Jô, o mais antigo Canon Hebreu, anterior ao de Moisés, que fala dos 12 signos e prova que os primeiros 5 – A Maçonaria e as Colunas Zodiacais Marco Aurélio Bertoli
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 15/40 fundadores da ciência zodiacal pertenciam a um povo primitivo, antediluviano. Os povos sumerianos e babilônicos criaram a astrologia, os egípcios deram base científica e os árabes, no período medieval, salvaram-na do total desaparecimento. Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem, em vigília a zelar pelos rebanhos, observava os corpos celestes no firmamento intrigando-se com os seus regulares movimentos. Percebeu então que lenta e regularmente os astros mudavam de posição em relação ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam com absoluta regularidade ao mesmo ponto no firmamento. Não pode deixar de observar que o nascimento helíaco de certos grupos de estrelas se repetia em períodos coincidentes com determinados acontecimentos importantes de sua vida, como o nascimento de crias nos rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de culturas sazonais, e outros fatos de sua vida repetitiva de pastor-agricultor. Sentiu então a necessidade de memorizar e registrar esses fatos astronômicos que começavam a se tornar importantes para orientação de suas atividades. Quando um determinado grupo de estrelas precedia o nascer do Sol era hora de plantar, ou era hora de transferir os rebanhos para outras pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher, ou era tempo de cio entre os animais e era preciso acasalá-los, ou vinha o tempo de nascimentos em sua família. Foi uma consequência inevitável, que aos poucos ele tentasse melhor identificar esses tão importantes grupos de estrelas com nomes próprios, que naturalmente se relacionavam com suas atividades. Recorrer ao nascimento helíaco como ponto de referência foi um passo inicial importante, foi a descoberta de um referencial, foi o início da marcação e medição do tempo. Nascimento helíaco de um astro é o seu aparecimento logo acima do horizonte imediatamente antes do nascer do Sol. Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes tirados da vida quotidiana daqueles primeiros astrônomos. Esses nomes nada tinham a ver com a formação característica dos conjuntos estelares. Eram simples nomes apenas, nada relacionados com poderes mágicos e premonições. O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e que com essa coincide. Eclíptica é o caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu. Essa faixa foi dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia. Os planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno) também faziam parte do zodíaco, pois suas órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido em doze constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano. A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso zodíaco tiveram uma origem conforme descrito anteriormente está na sua relação com a vida pastoril. Podemos classificar os signos do Zodíaco em grupos de três formando quatro categorias distintas: I) Os três reprodutores de seus rebanhos: Touro, Capricórnio (bode), Áries (carneiro). II) Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo). III) Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário (defensor, arqueiro), Aquário (aguadeiro ou carregador de água), Libra (pesador e sua balança). IV) Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção dos Deuses), Peixes (alimentação). No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou não consegue explicar, já desde remota antiguidade começaram os homens a cercar de mistério as constelações do zodíaco, atribuindo-lhes poderes místicos e premonitórios e assim, creditando aos astros seus sucessos e infortúnios. Um dos ramos dessa cultura mística, mediante observação de reis e pessoas, procurou determinar uma relação entre o dia do nascimento da pessoa e seu caráter. O processo empírico com que foi
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 16/40 desenvolvido o sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido moral, ético, beleza, força, determinação, para conectá-lo à posição dos astros. Uma espécie de engenharia reversa, que parte do resultado para lhe determinar fonte ou origem. Assim originaram-se os diversos métodos astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência dos astros no curso dos acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, em suas características psicológicas e em seu destino, explicar o mundo e predizer o futuro de povos ou indivíduos. O mais famoso de todos, segundo especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isso se influenciou o povo em ver nas previsões dos astrólogos a delineação de rumos para as suas vidas, a semelhança que se dava aos fenômenos naturais influenciáveis pelas linhas de força da gravitação universal. As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito são doze. Servem como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom em desenvolvimento. Localizam-se todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético do iniciado, que durante sua jornada transcende em sua religião com a divindade. São seis em cada lado, normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem. Constituem mais da metade de toda a decoração da Loja. Suas representações gráficas apresentam misturas dos quatro elementos místicos estudados por Aristóteles da Grécia antiga e sete astros. Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em horóscopo, ou em diagrama das posições relativas dos planetas e dos signos zodiacais num momento específico, como o do nascimento de uma pessoa, ou com a intenção de inferir o caráter e os traços de personalidade e prever os acontecimentos da vida de alguém, ou um mapa astral, ou mapa astrológico. O homem livre não carece disso quando estuda e evolui. Na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas símbolos para estudo, destituídas da atribuição de aspectos da predição do comportamento do homem. É fácil deduzir que sua existência no rito escocês antigo e aceito tem finalidade educacional, parte de uma metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas. As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica tendo, cada uma, sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo é a representação de cada signo com o planeta e o elemento que o caracteriza). As colunas são postadas longitudinalmente junto às paredes, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. A sequência das colunas é de Áries a Peixes, iniciando- se com Áries ao norte próxima à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Sul também próxima à parte Ocidental. Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. O signo zodiacal relacionado com o Grau de Companheiro é Libra; e os inerentes ao Grau de Mestre Maçom são os signos de Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Acompanhe cada um da sua representatividade: Em nosso templo temos a seguinte disposição Zodiacal: Venerável Mestre: Sol 1º Vigilante: Netuno 2º Vigilante: Urano 1º Experto: Saturno Orador: Mercúrio Secretário: Vênus Tesoureiro: Marte Mestre de Cerimônias: Lua Coluna nº 1: ARIES - Mês Abril, Masculino, Planeta Marte, Elemento fogo. Corresponde à cabeça e o cérebro de Benjamim, representa o aprendiz o fogo interno encontrado no Candidato à procura de Luz.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 17/40 Coluna nº 2: TOURO - Mês Maio, Feminino, Planeta Vênus, Elemento Terra. Corresponde ao pescoço e à garganta. Representa fecundação, simboliza o candidato admitido nas provas de iniciação. Coluna nº 3: GÊMEOS - Mês Junho, Masculino, Planeta Mercúrio, Elemento Ar. Corresponde aos braços e às mãos, dos irmãos Simeão e Levi, a faculdade intelectual, a união e a razão simbolizam o recebimento da luz pelo candidato. Coluna nº 4: CÂNCER - Mês Julho, Feminino, Corresponde a Lua, Elemento Água. Representa o nascimento, simboliza a instrução do iniciado. Corresponde aos órgãos vitais respiratórios, digestivos é Zabulão, representa o equilíbrio entre o material e o intelectual. Coluna nº 5: LEÃO - Mês Agosto, Masculino, Corresponde ao Sol, Elemento Fogo. Corresponde ao coração, centro vital da vida física é Judá. O Aprendiz busca a luz que vem do Oriente, é o calor dos Irmãos dentro da Loja. Coluna nº 6: VIRGEM - Mês Setembro, Feminino, Planeta Mercúrio, Elemento Terra. Corresponde às funções do organismo. É Ascher, representa para o Aprendiz o aperfeiçoamento, a dedicação no desbastamento da Pedra Bruta. Coluna nº 7: LIBRA - Mês Outubro, Masculino, Planeta Vênus, Elemento o ar. Refere ao grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo A partir dessa coluna ESCORPIÃO até a coluna de PEIXES, todas se referem ao grau de Mestre Maçom. Coluna nº 8: ESCORPIÃO - Mês Novembro, Feminino, Planeta Marte, Elemento água. Representa as emoções e sentimentos poderosos, a constante batalha contra as imperfeições. Coluna nº 9: SAGITÁRIO - Mês Dezembro, Masculino, Planeta Júpiter, Elemento fogo, Representa a mente aberta e o julgamento crítico. Coluna nº 10: CAPRICORNIO - Mês Janeiro, Feminino, Planeta Saturno, Elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança. Coluna nº 11: AQUÁRIO - Mês Fevereiro, Masculino Planeta Saturno, Elemento Ar. Representa o sentimento humanitário e prestativo. Coluna nº 12: PEIXES - Mês Março, Feminino, Planeta Júpiter, Elemento Água. Simboliza o desprendimento das coisas materiais. Referencias Bibliográficas: 1. Do Meio-Dia a Meia Noite. João Ivo Girardi - ED. 2008;609. 2. Cadernos de Estudos Maçônicos nr.27 / Ambrósio Peters – Editora Maçônica “A Trolha Ltda. 1996 3. Cadernos de Pesquisas Maçônicas nr.13 / Encontro Nacional “Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1996 4. Maçonaria e Astrologia “As Colunas Zodiacais” / José Castellani – Revista “A Trolha” Novembro-1995 5. As Colunas Zodiacais / Robson Papaleo – Revista “A Trolha” Julho-1993 6. Pesquisas Internet
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 18/40 Ir Walter Celso de Lima ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4582 Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras “Contra o positivismo, que pára perante os fenômenos e diz: “Há apenas fatos”, eu digo: “Ao contrário, fatos é que não há; há apenas interpretações”. Nietzsche1 Aqueles que Escrevem sobre Maçonaria 1. Introdução: Há necessidade de qualificar aqueles que escrevem sobre Maçonaria, especialmente, sobre a história da Maçonaria. Por quê? Porque não é fácil escrever sobre Maçonaria. Observa-se que até 1717, quando da formação da Grande Loja de Londres e Westminster, a primeira Obediência que organizou o trabalho de Lojas, poucos documentos existiam sobre Maçonaria. Na chamada Maçonaria Operativa, onde trabalhavam os maçons de ofício, os pedreiros, as guildas e Lojas produziam poucos documentos escritos. Um dos motivos é que quase todos maçons operativos eram analfabetos. Os financiadores e autoridades das guildas e Lojas eram, em geral, todos letrados. Eram religiosos da Igreja Católica (monges ou bispos), autoridades feudais ou a realeza. Governavam e financiavam as guildas e Lojas. Essa é a razão de que pouca coisa foi herdada por escrito. Basicamente, cerca de uma dezena de Old Charges (Antigas Obrigações), hoje fonte de estudos históricos. A partir do século XV, apareceram rituais para administrar as Lojas, precedentes dos rituais maçônicos, com a finalidade de melhor organizar o trabalho. Porém, todos de tradição oral. Vale dizer, nada foi legado por escrito. A partir do século XVI, especialmente na Escócia e, independentemente, na Alemanha, apareceram maçons que não eram de ofício, não eram pedreiros e foram chamados maçons livres e aceitos. Eram cavaleiros, nobres, aristocratas ou intelectuais. Aos poucos, a Maçonaria se 1 Friedrich Wilhelm Nietzsche, filósofo, filólogo, poeta e compositor alemão. Nasceu em Röcken, Estado de Saxônia- Anhalt, em 1844 e faleceu em Weimar, cidade independente (Kreisfreie Stadt), Estado de Turíngia, em 1900. 6 – Aqueles que escrevem sobre Maçonaria Walter Celso de Lima
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 19/40 transforma de Operativa a Especulativa, havendo entre elas uma Maçonaria “mista”, isto é, com maçons, pedreiros e maçons livres e aceitos. Nessas épocas, e após 1717, a Maçonaria era secreta; hoje, muito discreta. Na época, os documentos eram, então, destruídos. Sobraram algumas atas na Maçonaria escocesa (sec. XVI). A partir de 1717, começaram a aparecer documentos, atas, constituições, etc., cujos textos (ou parte deles) encontramos ainda hoje nos museus maçônicos, mesmo que sigilosos. As perseguições à Maçonaria formaram outro obstáculo à conservação de documentos históricos. No século XIX e especialmente no século XX, existiram muitas repreensões, agressões e destruições aos maçons e à Maçonaria. Muitos documentos foram exterminados e a história dessa época foi perdida. Exemplos: revolução comunista de 1917 na Rússia; regimes fascistas na Itália, Espanha e Portugal; regime nazista na Alemanha, abrangendo boa parte da Europa; a revolução comunista chega aos países do leste europeu. No Brasil, a Maçonaria foi perseguida em alguns períodos do Estado Novo. Em razão desses acontecimentos, os historiadores acadêmicos enfrentam dificuldades para obter dados de fontes primárias ou fontes confiáveis. Surgindo, então, estórias mitológicas e “achismos”. Hoje, existe, no mundo, muitos livros e documentos maçônicos. Pode-se dividir esses documentos e publicações segundo três abordagens. Esse é o objetivo deste ensaio. Igualmente, os escritores desses livros são, em geral, maçons que se inserem nessas três abordagens: 1. abordagem acadêmica ou histórica (história no sentido acadêmico e científico) – historiadores; 2. abordagem popular ou alternativa, também descrito como mitológica – estoriadores ou míticos; 3. abordagem ficcional – romancistas. Há necessidade de instruir o leitor e o escritor em determinar quais tipos de livros maçônicos se classificam nessas três abordagens, objetivando seu estudo. Igualmente, pode-se definir bibliografias conforme essas três abordagens. Acima de tudo, “a Maçonaria é essencialmente uma atividade cerebral” (Cooper, 2007). Sobre história maçônica, cita-se um texto de McNally (2007): “Predizer o futuro baseado no presente é muito fácil, ninguém conhece, ninguém sabe. Construir o presente com base no passado é difícil, poucos conhecem a história e quando a conhecem, pouco fazem para analisa-la”. 2. Abordagem Acadêmica – Historiadores: Primeiro, uma definição clássica de história. História é a ciência que estuda eventos passados com referência a um povo, país, período, indivíduo ou grupo específico. História é uma ciência. Ciência é um corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e formulados metódica e racionalmente. Marwick (1989) define: “.... as interpretações dos historiadores são baseadas no estudo crítico do maior número possível de fontes relevantes (grifo do Autor deste ensaio) e todos os esforços são feitos para desafiar e evitar a perpetuação de um mito”. O historiador acadêmico tem a obrigação, o compromisso de examinar todas as evidências relevantes para uma determinada hipótese, mesmo quando essas provas possam ser “desconfortáveis”. O historiador acadêmico deve ser treinado a tentar eliminar do processo de investigação todas as suas emoções. Isso não significa que as emoções não tenham um importante papel a desempenhar, mas, quando isso acontece, deve ser claramente destacado e não disfarçado. A razão para isso é que a maioria dos historiadores não são capazes de analisar suas emoções e analisar as emoções dos autores nos trabalhos de referência. “Não são capazes” é um tanto radical, melhor “não são capazes de fazer tão bem”.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 20/40 É difícil detectar a própria ignorância sobre um tema, pela sua própria natureza. Declarações sobre uma matéria importante, ainda que apenas mentalizada, como “eu não sei nada sobre isso” ou “é muito difícil ter acesso” ou ainda, “isso já foi discutido muitas vezes” pode ser um indicativo de se auto impostar ignorância. A especulação sobre o passado, a própria especulação ou conjectura, é um ato de escrever sobre o passado. E então, aparece a hipótese ou a teoria, refinando a exclusão do fantástico, do mito. Cabe, por fim, dar exemplos de historiadores acadêmicos que pesquisam Maçonaria. Há muitos e muitos bons historiadores. Impossível citar todos. Citar-se-á dois exemplos de historiadores de relevância internacional e dois brasileiros. O Autor sabe que, assim procedendo, fará injustiça a muitos outros historiadores acadêmicos relevantes. Dentre os internacionais: Dr. Robert L.D. Cooper, maçom escocês, curador do museu da Grande Loja da Escócia, com quem esse Autor mantém contínua e profícua correspondência (Cooper, 2007; Cooper, 2009) – Fig.1. Dr. José Antonio Ferrer-Benimeli, reverendo jesuíta espanhol, que não é maçom; porém, um profícuo pesquisador sobre Maçonaria e professor de História Contemporânea da Universidade de Zaragoza (Benimeli, 1999; Benimeli, 2007) – Fig. 2. Fig. 1 – Bro. Robert L.D. Cooper. Fig. 2 – Dr. José Antonio Ferrer-Benimeli, S.J. Dentre os brasileiros, este Autor, certamente, fará injustiças a centenas de bons historiadores, com quem, quase todos, mantem ativa correspondência. Decerto, um bom e extenso tema para um ensaio seria listar todos os bons historiadores e escritores maçônicos brasileiros e comentar suas obras. Mas, para apenas citar dois bons maçons vivos, cita-se: William Almeida de Carvalho, sociólogo, historiador, professor, doutor em Ciências Políticas (Univ. de Paris I), eminente maçom do GOB-DF, deputado federal na Soberana Assembleia Federal Legislativa, membro das academias maçônicas de letras do DF, da Paraíba e do Brasil (Fig. 3).
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 21/40 Fig. 3 – Ir. William Almeida de Carvalho. José Maurício Guimarães, preclaro maçom da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, advogado, professor e músico, Venerável Mestre da Loja de Pesquisas Quatuor Coronati “Pedro Campos de Miranda”, membro da Academia Mineira Maçônica de Letras e ex-Grande Bibliotecário da GLMMG (Fig. 4). Fig. 4 – Ir. José Maurício Guimarães. 3. Abordagem Popular ou Alternativa – Estoriadores: História popular ou alternativa, em verdade não é história, mas uma narrativa ao alcance dos não intelectualizados, uma prosa dirigida às massas. Os ingleses adotaram a palavra story, gerando o anglicismo “estória”, em oposição a history, a história acadêmica, científica. Estória é então uma narrativa de cunho popular e tradicional, fictícia ou não, não baseada em fontes confiáveis, não objeto de pesquisa, com o objetivo de divertir o leitor. Não é um romance histórico. Nessa abordagem popular, inclui-se a mitologia. Mitologia é um conjunto dos mitos de um determinado povo ou grupo. Mito é um relato; em geral, protagonizado por seres que nunca existiram. Mitologia é uma quimera. Quimera é um produto de imaginação. Existem mitos e quimeras maçônicas. Há escritores que se dedicam à Maçonaria e que usam, em seus relatos, estórias, mitologias e quimeras. Acrescente-se a esses os “achistas”. Achismo é uma teorização fundada no subjetivismo do “eu acho que”, sem qualquer fundamento factual. No Brasil, especialmente, há muitos maçons “achistas”, tanto na história (em verdade, estória) da Maçonaria quanto na ritualística. O que é muito mais grave: inventar modificações em rituais. A abordagem popular, baseada no mito, pode ser definido como “... a estória (story) tradicional, especialmente relativo ao início da história da Maçonaria ou um que explica um fenômeno natural ou social” (Cooper, 2007). A maneira pela qual alguns autores enquadram suas hipóteses, antes de realizar pesquisas ou consultar fontes confiáveis, os predispõe a resultados polarizados. Há, então, um viés, ou seja, uma tendência natural a “provar” suas hipóteses. Por exemplo: “Qual é a relação entre o faraó Seqenenre Tao II e Hiram Abiff, personagem da lenda do terceiro grau?” (Knight & Lomas, 2002). Inerentemente, significa que há relações, segundo Knight & Lomas, entre o faraó e o
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 22/40 personagem de uma lenda. Ou seja, há um viés, uma polarização. Essa questão e questões semelhantes já fechadas, simplesmente não podem ser utilizadas numa pesquisa porque isso revelaria que a questão foi inerentemente baseada. Um problema muito comum em escritos maçônicos com abordagem popular ou alternativa é o uso de citações incorretas. Não há evidências que sempre isso seja feito deliberado ou sistematicamente. Mas, onde isso acontece, pode provocar um resultado muito enganoso. É notório que autores falecidos são mal interpretados. Ao lado da citação incorreta, outra deliberada ação para chegar a hipóteses alternativas é a “não-citação”, isto é, a ignorância deliberada de autores vivos que tenham opiniões ou resultados que contrariem a hipótese polarizada. Menciona-se, em seguida, um problema que ocorre tanto com escritores sérios, acadêmicos como em escritores de obras populares, alternativas. Trata-se da utilização seletiva de fontes ou citações. Os historiadores acadêmicos, científicos, são obrigados a considerar nas fontes confiáveis as provas necessárias sobre suas hipóteses ou teorias. Os estoriadores não agem dessa forma. Isso porque a conclusão já foi pré-determinada, ou seja, o mito em si não é sujeito à contestação. Há muitos exemplos de uso seletivo de fontes e evidências. Citar-se-á dois exemplos de escritores que usam a abordagem popular e, num certo sentido, fantástica. O primeiro exemplo é a dupla Christopher Knight e Robert Lomas, ambos maçons britânicos. Christopher Knight (Fig. 6) é publicitário e trabalha em desenho gráfico. Robert Lomas (Fig. 5) é engenheiro eletricista e leciona no Centro de Administração da Universidade de Bradford. Nenhum é historiador ou egiptólogo. Ambos descobriram que a múmia do faraó Seqenente Tao II apresenta grave traumatismo craniano, com polifratura craniana. Levantaram então a hipótese de que se trata de Hiram Abiff, personagem da lenda do terceiro grau. Encontraram outras múmias; uma delas identificadas pelos historiadores como sendo a de Jubelo. Outro exemplo: o estoriador fantástico Ralph Ellis (Fig. 7), piloto civil britânico e que se auto intitula egiptólogo, crê que o Rei David foi o faraó Psusennes e o Rei Salomão foi o faraó Sisaque. Acredita, também, que Jesus Cristo foi outro faraó (Ellis, 2004). Essas hipóteses, entretanto, não têm nenhuma fonte confiável de referência. Fig. 5 – Bro. Robert Lomas. Fig. 6 – Bro. Christopher Knight.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 23/40 Fig. 7 – Bro. Ralph Ellis. Este Autor prefere não dar exemplos de estoriadores fantásticos e escritores não fundamentados e não verazes brasileiros, todos “achistas”. E são muitos. Especialmente, “achistas” sobre ritualística. 4. Abordagem Ficcional – Romancistas: Ficção é uma criação artística em que o autor faz uma leitura individual e subjetiva da realidade. A palavra “ficção” vem do latim antigo fictionis que significa “criação”. A ficção literária maçônica é muito rica e, em geral, se baseia na realidade, gerando um bom romance. Romance é uma prosa, mais ou menos longa, na qual se narram fatos imaginários, às vezes inspirados em histórias reais, cujo interesse, no caso da Maçonaria, é descrever os costumes ou tipos psicológicos ou biografias romanceadas de maçons. Ficção maçônica é o retrato de muitas figuras ou eventos maçônicos; ainda que baseado na história, é, ao mesmo tempo fictício, fazendo uma honesta tentativa de capturar o espírito, as condições sociais da pessoa ou da época e que representa certa fidelidade. O filósofo húngaro Lukács2 afirma sobre o romance histórico que: “exige não só a colocação da diegese (dimensão ficcional de uma narrativa) em épocas históricas remotas, como uma estratégia narrativa capaz de reconstruir com minúcia os componentes sociais, axiológicos, jurídicos e culturais que caracterizam essas épocas”. Isso vale para os romancistas maçônicos. Não é fácil estabelecer os limites sobre o que pode ser ficcional e o que deve ser uma “exposição real”. Seria excelente se o romancista colocasse em notas de rodapé “esse personagem é ficção” ou “esse personagem viveu em .....”. Mas isso não acontece. Ao longo da história do pensamento, estuda-se a questão de como delimitar a fronteira entre a ficção e a realidade. É o disfarce do limite entre representação e realidade que dá o início e o sentido do problema. Por que se faz ficção? Por que se cria ilusões de realidades, pessoas inexistentes para contar estórias ou histórias? Especialmente, em escritos maçônicos? O homem é o único animal que produz. É o único ser vivo que cria uma aparência de realidade a seus semelhantes. Da mesma forma, a ficção cria um espaço simulador da realidade que, entretanto, não tem maiores consequências para além de sua fronteira. A capacidade do homem em fazer ficção é consequência de sua faculdade de sonhar e um espaço ficcional pode levar a uma experiência crítica. Tem-se aí uma primeira resposta às questões desse parágrafo. Mas há outras. Muitas vezes, especialmente em Maçonaria, os dados históricos são poucos (vide item 2. deste ensaio). Há necessidade de preencher a narrativa com fatos ficcionais. Outra resposta: é muito mais deleitoso ler um romance do que relatos históricos insensíveis, lânguidos e não acolhedores. Finalizando, o Autor apresenta três excelentes romancistas maçônicos, dois internacionais e um brasileiro. 2 György Lukács ou Georg Lukács, filósofo húngaro, nasceu em Budapeste, em 1885 e faleceu em Budapest, em 1971.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 24/40 O primeiro é Christian Jacq, maçom, egiptólogo, doutor em egiptologia (Universidade de Paris), com quem este Autor mantém contínua correspondência (Fig. 8). Hoje, Chritian Jacq vive em Genebra. Christian Jacq escreveu inúmeros romances históricos sobre o Egito e romances que envolvem histórias maçônicas: “Champolion”, “A Mensagem dos Construtores de Catedrais”, “O Templo de Salomão e o Mestre Hiram”, e quatro volumes sobre o Ir. Mozart (Jacq, 2009). Fig. 8 – Frère Christian Jacq. O segundo é Dan Brown (Daniel Brown), novelista norte-americano (Fig. 9); não é maçom, mas escreve romances usando mistérios, criptografia, símbolos e códigos. Um deles, muito lido, é “Símbolo Perdido” (The Lost Symbol), uma novela cujo pano de fundo é a Maçonaria e Washington, DC, uma cidade de arquitetura maçônica (Brown, 2009). Embora muito criticado, esse livro tem boas referências sobre Maçonaria. A menção a esta obra é devida, principalmente, a sua ampla difusão, com tiragem total de alguns milhões de exemplares. Não se pode dizer, entretanto, que Dan Brown seja um escritor maçônico. O último romancista maçônico citado é um brasileiro: Zé Rodrix (José Rodrigues Trindade) falecido em 2009 (Fig. 10). Zé Rodrix foi um compositor, instrumentista, publicitário e escritor maçom carioca. Músico formado na Escola Nacional de Música, do Rio de Janeiro. No início da década de 2000, revelou-se um excelente romancista maçônico, lançando a Fig. 9 – O novelista Dan Brown. “Trilogia do Templo”. Composta de três livros: “Johaben: Diário de um Construtor do Templo” (Rodrix, 2008a); Zorobabel: Reconstruindo o Templo” (Rodrix, 2008b) e “Esquin de Floyrac, o Fim do Templo” (Rodrix, 2008c). Sobre a trilogia, o escritor Luis Eduardo Matta3 afirmou no prefácio do terceiro volume: "Nunca, em toda a trajetória literária brasileira, um escritor se aventurou com tamanha obstinação por uma saga épica monumental como é o caso desta trilogia, que se debruça sobre os primórdios da maçonaria ... uma saga épica monumental...”. Fig. 10 – Ir Zé Rodrix. 3 Luis Eduardo de Albuquerque Sá Matta, romancista e ensaísta carioca.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 25/40 5. Considerações Finais: Este ensaio é dirigido não somente aos escritores maçônicos que, em verdade, são todos os maçons. Pois, o processo maçônico de ascender a graus mais elevados, envolve escrita de muitos trabalhos maçônicos. Então, todos os maçons são escritores. E, quando chegar ao último grau que desejar, é obrigação do mestre ensinar, instruir e produzir mais trabalhos. Obviamente, também, todos os maçons são obrigatoriamente leitores. O que se diz com propriedade, “o maçom é um eterno aprendiz”. Consequentemente, é importante classificar os escritos, os trabalhos e as obras a serem lidas, estudadas, nestas três abordagens descritas neste ensaio: 1. Abordagem acadêmica ou histórica (história no sentido acadêmico e científico) – os escritos históricos; 2. Abordagem popular ou alternativa, também descrito como mitológica – os escritos estóricos ou míticos; 3. Abordagem ficcional – os romances maçônicos. Como abordado, as referências bibliográficas são muito importantes, também, classificadas entre as 3 abordagens acima. Quando se diz “referências bibliográficas”, refere-se tanto às constantes nos trabalhos para a leitura como para o trabalho a ser escrito, obrigatoriamente. “Os maçons devem trocar o comum "espírito de crítica", aquele que procura defeitos em tudo (e sempre acha, pois nenhuma criação humana é perfeita), pelo espírito crítico, isto é, a capacidade de avaliar, comparar, examinar a veracidade ou ao menos plausibilidade das ideias que comumente surgem em diferentes publicações. Este não é campo indicado para prática da tolerância maçônica. É preciso apontar erros para evitar que eles se acumulem cobrindo o horizonte, acabando por adquirir foro de verdade”, afirma Eleutério Nicolau da Conceição, escritor e historiador maçom catarinense. Não será demais seguir os exemplos dos bons escritores aqui referenciados: os da Fig. 1, 2, 3, 4, 8, 9 e 10. Bons trabalhos! Boas leituras! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - Alves, R. “Entre a Ciência e a Sapiência”. 8ª ed. São Paulo: ed. Loyola, 2002. - Alves, R. “Filosofia da Ciência”. 6ª ed. São Paulo: ed. Loyola, 2003. - Benimeli, J.A.F. & Sánchez, M.A.P. “Maçonaria e Pacifismo na Espanha Contemporânea”. Londrina: A Trolha, 1999. - Benimeli, J.A.F. “Arquivos Secretos do Vaticano e a Franco-Maçonaria”. São Paulo: Madras, 2007. - Berkeley, G. “Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano”. São Paulo: Escala, 2006. - Brown, D. “O Símbolo Perdido”. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. - Carpentier, A. “O Recurso do Método”. São Paulo: Círculo do Livro, s/d. - Cooper, R.L.D. “The Rossslyn Hoax?”. London: Lewis Masonic, 2007. - Cooper, R.L.D. “Revelando o Código da Francomaçonaria”. São Paulo: Madras, 2009. - Cottingham, J. “Descartes, a Filosofia da Mente de Descartes”. São Paulo: ed. UNESP, 1999. - Descartes, R. “Discurso do Método”. São Paulo: Escala, 2005. - Descartes, R. “Discurso sobe o Método e Princípios de Filosofia”. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010. - Ellis, R. “As Chaves de Salomão. O Falcão de Sabá”. São Paulo: Madras, 2004. - Fausto, B. “Memória e História”. Parte II: História, Interpretações e Ideias. São Paulo: Graal, 2005. - Jacq, C. “Mozart”. Vol. 1: O Grande Mago; vol. 2: O Filho da Luz; vol. 3: O Irmão do Fogo; vol. 4: O Amado de Isis. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2009. - Knight, C. & Lomas, R. “A Chave de Hiram”. São Paulo: ed. Landmark, 2002. - Marwick, A. “The Nature of History”. 3rd ed., New York: MacMillan, 1989. - McNally, L.J.M. “Detalhes de uma História”. Londrina: A Trolha, 2007. - Rodrix, Z. “Johaben: Diário de um Construtor do Templo”. 9ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2008a. - Rodrix, Z. “Zorobabel: Reconstruindo o Templo”. 3ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2008b. - Rodrix, Z. “Esquin de Floyrac. O Fim do Templo”. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2008c. - Rostand, J. “Fanáticos e Sábios”. Parte I: Ciência Falsa e Falsas Ciências. São Paulo: Ibrasa, 1959. - Solomon, R.C. & Higgins, K.M. “Paixão pelo Saber”. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. - Strathern, P. “Descartes”. Rio de Janeiro: Zahar ed., 1997.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 26/40 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 04.05.1956 Acácia do Continente - 2014 Florianópolis 04.05.1956 Lauro Müller - 1694 Florianópolis 05.05.2001 Luz do Vale - 3370 (30/06/2010) Gaspar 06.05.1997 Comte. Lara Ribas - 3055 Florianópolis 08.05.1996 Zohar - 2948 Florianópolis 10.05.1995 Orvalho do Hermon - 2859 Brusque 13.05.1999 Libertação - 3228 São José 13.05.2000 União e Prosperidade - 3316 Florianópolis 15.05.2000 Fraternidade Barravelhense - 3314 Barra Velha 19.05.2001 União da Ilha - 3372 Florianópolis 19.05.2004 Costa Esmeralda - 3595 Itapema 20.05.1951 Acácia do Sul - 1346 Videira 20.05.2011 Harmonia e Fidelidade - 4129 Itapema 21.05.1998 Perfeição Biguaçu - 3156 Florianópolis 22.05.1998 Acad. Bruno Carlini - 3176 Baln. Camboriú 25.05.1902 Ordem e Trabalho - 0787 Florianópolis 28.05.1998 Obreiros de Trento - 3161 Rio dos Cedros 28.05.2008 A Caminho da Luz - 3925 Joinville 30.05.1997 Hiram - 3059 Mafra 30.05.2005 Phoenix - 3662 Baln. Camboriú 30.05.2008 Estrela Mística - 3929 Itajaí 31.05.2004 Luiz Alberto Pacenko - 3621 Florianópolis Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de maio 7 – Destaques (Resenha Final)
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 27/40 GLSC - http://www.mrglsc.org.br Data Nome Oriente 04.05.1956 Lauro Muller nr. 07 Florianópolis 04.05.1992 Arte Real Palhocence nr. 51 Palhoça 07.05.1967 Obreiros de São João nr. 13 São Bento do Sul 08.05.1987 Phoenix nr. 46 Lages 09.05.1994 Acácia Pomerana nr. 60 Pomerode 09.05.2006 João Cândido Moreira nr. 87 São Francisco do Sul 10.05.2001 Eduardo Teixeira II nr. 80 Camboriú 11.05.1886 Luz Serrana nr. 12 Lages 12.05.1977 Fraternidade Timboense nr. 19 Timbó 23.05.2000 Luz do Planalto nr. 76 São Bento do Sul 27.05.1998 Luz, Paz e Fraternidade nr. 71 Indaial 27.05.1983 União Indaialense nr. 36 Indaial GOSC https://www.gosc.org.br Data Loja Oriente 03/05/1982 Templários do Vale Indaial 07/05/2001 Artífices da Sabedoria Pomerode 09/05/2011 Luz e Verdade Blumenau 11/05/1982 Acácia do Sul Tubarão 13/05/1979 Milênio da Paz Chapecó 13/05/1999 Fraternidade Universal Florianópolis 15/05/1979 Justiça e Trabalho Balneário Camboriú 16/05/2008 Cavaleiros do Oriente Biguaçu 20/05/1996 Manoel Galdino Vieira Florianópolis 23/05/2013 Triângulo União Fraterna Florianópolis 25/05/1902 Ordem e Trabalho Florianópolis 26/05/2002 Colunas do Vinhedo Urussanga 30/05/1990 Obreiros da Luz Lages 30/05/2000 Lázaro Gonçalves de Lima São José 30/05/2012 Luz e Sabedoria Joinville
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 28/40 Maçonaria na Austrália: Nesta quarta-feira, 25 de maio, haverá sessão nas seguintes Lojas de Melbourne: Myrtleford Lodge No.222 Where: Myrtleford (Masonic Centre) When: 7:30pm on Thursday the 26th of May 2016 Temple: 183 Buffalo River Rd The Revival Lodge No.926 2nd Degree Where: Greensborough (Masonic Centre) When: 7:30pm on Thursday the 26th of May 2016 Temple: 23 Ester St Maçons Australianos Famosos: Major-General Sir Robert Risson (1901-1992) Nasceu em Queensland no dia 20 de abril de 1901,falecendo com 91 anos. Foi Presidente da Melbourne e Metropolitan carruagens Board. Ingressou na Maçonaria em 1961 e foi o 25º Grão-Mestre da UGLV no período1974 – 1976. Era engenheiro militar. Participou diretamente nas seguintes Batalhas da Segunda Guerra Mundial Segunda Guerra Mundial: Cerco de Tobruk; Campanha Síria-Líbano; Primeira Batalha de El Alamein; Segunda Batalha de El Alamein; Campanha de Nova Guiné e Campanha de Bornéu. Prêmios: Cavaleiro Bachelor;; Comandante da Ordem do Império Britânico; Ordem de Serviços Distintos Oficial da Ordem de São João.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 29/40 O encanto do litoral australiano Melbourne é a capital do estado de Victoria, Sul da Austrália, sendo o segundo centro mais populoso do País com mais de 4,3 milhões de habitantes e é classificada como a cidade de qualidade de vida mais alta do mundo pelo “Economist Group’s Intelligence Unit”. São avaliados os fatores de saúde, educação, segurança, cultura, transporte público e infra-estrutura, entre os principais. Realizamos um passeio de longo percurso a começar pela Rodovia M-1 (Estrada Metropolitana nr. 1) em direção a “Great Ocean Road”. Cumprimos o itinerário passando por belíssimas praias e cidades do sul australiano: Turkey, Bells Beach (onde se realizam os campeonatos mundiais de Surf) Lorne, Angleaseas e finalmente os 12 Apóstolos, cujos rochedos são enfoques de livros, revistas e filmes. Rodamos na confortável camionete Mitsubishi Outland do filho Humberto (e irmão) quase 600 KM de ida e volta.
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 30/40 The Great Ocean Road é Patrimônio Nacional da Austrália, num trecho litorâneo ao longo da costa sudoeste. A primeira praia (cidade) que alcançamos foi Torquay. A estrada de belas pistas de asfalto de primeiríssima qualidade e altamente sinalizada, foi criada por soldados que retornaram da Primeira Guerra Mundial e dedicada aos que tombaram nessa Guerra. É a maior estrada memorial do mundo com cerca de 240 Km. A construção começou em 19 de setembro de 1919 por quase 3.000 militares que retornaram da Guerra, sendo a estrada um memorial aos que nunca regressaram. A construção foi feita à mão, usando explosivos, pá e picareta, carrinhos de mão, e algumas pequenas máquinas, ao longo de florestas, montanhas e costas íngremes, o que dificultava o trabalho. Ainda mais: naquela época não havia a tecnologia e recursos de hoje. Percorremos diversos tipos de terreno e vegetação ao longo da costa, até ao nosso destino programado, o colosso dos “Doze Apóstolos” região com formação rochosa dentro do mar e de uma atração turística incrível. Em Turkay nos deslumbramos com a maravilha do cenário: uma combinação de praias de águas límpidas, fortes ondas, fauna marinha, vegetação e rochas.
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 31/40 Turkay, Australia De Turkay, rumamos para Bells Beach, lar do surf, de categoria internacional, onde acontece o campeonato Mundial de surf. Uma região riquíssima em atrações e turistas, com surfistas de todas as partes do mundo mesmo com a temperatura baixa nesta época do ano. Temperatura em torno de uns 10 graus. De Bells Beach, nome que todo surfista vibra ao ouvir falar, nos dirigimos para Lorne com algumas paradas entre praias intermediárias e sempre com afluência de turistas, principalmente asiáticos. Todo o percurso oferece uma visão variada com vilas de pescadores, baleias migratórias (não vimos nenhuma), cenas de naufrágios famosos, praias de areias e rochas diferenciadas, ondas gigantescas, florestas tropicais, parques florestais, sem falar nas falésias de calcário e arenito, muito propício à erosão, além de um mundo de atrações.
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 32/40 Em Anglesea, novas emoções, com visuais que nem uma máquina digital é capaz de retratar com fidelidade. Entre um ponto a outro de parada, diversas praias, que foram observadas visualmente no veículo em movimento, para se cumprir o itinerário, ainda durante o dia. Antes de chegarmos aos “12 Apóstolos”, um “stop” num pequeno zoológico particular onde visitamos alguns animais nativos., inclusive cangurus.
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 33/40
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 34/40 Acompanhe mais alguns visuais, com registros culminando nos “Doze Apóstolos”. Inesquecível! Visual do Mirante Teddy, Sul de Lorne.
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 35/40 Bells Beach é uma localidade costeira pertencente ao governo do Estado. Distante 100 quilômetros de Melbourne.
  • 36. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 36/40
  • 37. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 37/40 Observação Nesta semana a Loja Fraternidade e Trabalho nr. 3, de Sena Madureira, promoveu Sessão Magna de Elevação de quatro irmãos daquela Oficina, que contou com a presença do Grão- Mestre da Grande Loja do Estado Acre, Ir. Fernando Zamora
  • 38. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 38/40 Giro pelo Interior (informações da GLEAC enviadas pelo Ir Francisco Nunes, de Rio Branco). Sessão conjunta das Lojas Liberdade Acreana nr. 4 e Coronel Plácido de Castro nr. 6, com a presença da comitiva da Grande Loja do Acre que prestigiou o evento através de seu Grão- Mestre, Grão-Mestre Adjunto e Ir João Mendes.
  • 39. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 39/40 Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News. 1 – A Beleza da Austrália É Realmente Indescritível! 2 – Quer Parar de Fumar Para Sempre? Siga Estes Passos! 3 – Tem Meias Velhas em Casa? Não Jogue Fora! 4 – Achei o Segredo Para Preparar o Melhor Peito de Frango! 5 – Caso você tenha perdido Você Vai Se Encantar Com Os Corações Da Natureza! 6 - 15 Atrações Turísticas Incríveis da Alemanha! 7 – Filme do dia: “Náufrago na Lua” – Título Original: Kimssi Pyoryugi Direção: Hae-Jun Lee Gênero: Drama/Romance/Comédia https://www.youtube.com/watch?v=MnR4WCqjDV4
  • 40. JB News – Informativo nr. 2.063 – Melbourne (Vic.) quinta-feira, 26 de maio de 2016 Pág. 40/40 HORA DE DECISÃO Autor: Raimundo A. Corado. Barreiras, 11 de outubro de 2014. Foi-se a etapa primeira; Do processo eleitoral; Articulam-se em trincheiras; Visando a fase final. Farpas, golpe baixo, sujeira; Buscando melhor posição; Na verdade é pura nojeira; No rádio e na televisão. Fica difícil escolher; A quem conferir poder; Entre o gato ou o rato. Esse poder contaminador; Tão distante do eleitor; Que parece ser abstrato.