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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Homenagem do JB News aos Irmãos leitores de Belo Horizonte - MG
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrJuarez de Oliveira Castro – Olhar Profundo (Foco & Ação)
Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Edul Pen Cagu
Bloco 4-IrLeonardo Ignatiuk Pessanha – “Vencer Minhas Paixões, Submeter Minha Vontade e ...”
Bloco 5-IrJosé Maurício Guimarães – Christian Rosencreutz e os Manifestos Rosacrucianos do Séc. XVII
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Bruno Souza (Pedreiras – MA)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de setembro. Versos do Irmão e Poeta Adilson
Zotovici
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 2/28
 1494 – Ratificação do Tratado de Tordesilhas por Portugal
 1567 – Mem de Sá doa Ilha do Governador, tomada dos índios Temiminós, a seu sobrinhoSalvador
Correia de Sá.
 1774 – Início da Convenção da Filadélfia (v. Revolução Americana de 1776).
 1850 – Elevação do Amazonas à categoria de Província - Estado Brasil
 1877 – Cavalo Louco é morto quando era prisioneiro, atravessado por uma baioneta de um dos guardas
do Camp Robinson, depois de uma suposta tentativa de fuga.
 1905 – O Tratado de Portsmouth encerra a Guerra Russo-Japonesa.
 1914 – Sertanejos, após incendiarem a estação, destruíram a serraria da Lumber Colonization,
em Calmon, durante aGuerra do Contestado
 1927 – Estreia de Oswald the Lucky Rabbit.
 1940 – Adolf Hitler emite ordens para atacar prioritariamente Londres e outras cidades, em detrimento
de bases aéreas britânicas (v. Blitz).
 1944 – Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo firmam o tratado de constituição de Benelux.
 1961 – João Goulart volta ao Brasil após viagem à China para ser empossado presidente (v. Campanha
da Legalidade).
 1969 – Junta Militar publica o AI-13, motivado pelo sequestro do embaixador norte-americano Charles
Burke Elbrick, como reflexo da exigência dos seqüestradores (v. Anos de chumbo).
 1972 – A delegação israelense nos Jogos Olímpicos sofre um atentado de autoria do grupo
terrorista Setembro Negro; morrem 11 atletas.
 1977 – Nasa lança nave Voyager 1.
 2000 – Tuvalu é admitido como Estado-membro das Nações Unidas.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 249º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 117 para terminar este ano bissexto
Semana da Pátria.
Dia da Amazônia e dia do Irmão
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 3/28
 2002 – Incêndio da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário em Pirenópolis, a maior e mais antiga
Igreja do estado de Goiás, fundada em 1728.
 2003 – Furacão Fabian chega às Bermudas.
1730 O Daily Journal de Londres comenta que os modernos Franco-Maçons são um rebento da Sociedade dos
Rosa-Cruzes
1933 Fundação da Loja Maçônica Lealdade e Justiça 2ª. nr. 1222 de Anápolis, que trabalha no REAA
(GOEG/GOB)
1953 1953 - Fundação da Loja Padre Miguelinho , de Natal, do Grande Oriente do RN (Comab)
1970 Fundação da Loja Gonçalves Ledo nr. 1785, de Taguatinga – DF que trabalha no REAA (GOB/DF)
Fundação da Loja Estrela do Planalto nr. 14, de Curitibanos (GOSC)
Fundação da Loja Fraternidade Chapecoense nr. 63, de Chapecó (GLSC)
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 4/28
O Ir Juarez de Oliveira Castro, MI da Loja Alferes
Tiradentes, escreve às segundas-feiras -
(48) 9983-1654 (Claro) - (48) 9801-9025 (TIM)
juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net
Olhar Profundo
Diariamente encontramos com os nossos conhecidos e sempre sai uma frase corriqueira:
Tudo bem! À vezes, as pessoas não estão nada bem, mas respondem: tudo bem! Isso é
muito bom, porque está trazendo para nós, pelo menos, a esperança de que realmente está
tudo bem.
Parece que o bem atrai o bem, assim como o mal atrai o mal. Dizem que isso é a Lei do
Retorno, ou seja, aquilo que se planta se colhe, tanto em palavras, pensamentos ou ações.
Procuramos soluções fora de nós e, em geral, elas estão dentro de nós mesmos, faltando
um olhar profundo em nosso interior para achar o meio para melhorar a situação.
Não abrimos os nossos olhos, com olhar profundo, para saber ou notar que dentro de nós
possuímos uma variedade de preciosidades que não valorizamos e, por conseguinte
procuramos fora de nós os tesouros que temos no interior.
A consequência é procurar recurso de imitar outras pessoas, com promessas de mudança
em nossas atitudes e em nossas vidas. Nada disso funciona porque buscamos fora de nós, e
a mudança só ocorrerá se ela começar de dentro de nós mesmos.
Para o nosso crescimento o Grande Arquiteto do Universo nos dá diariamente novos
conhecimentos que adquirimos, saúde, sorriso dos nossos semelhantes, trabalho para nosso
sustento, família e pessoas que estão nos ajudando no nosso progresso. E devemos valorizar
isso.
Registremos que quando estamos lapidando a nossa Pedra Bruta a nossa ação é de retirar
os resíduos que não servem para nós, e é nessa tarefa árdua que podemos assegurar a
mudança e a felicidade que estão dentro de nós, porque elas dependem somente de cada um
de nós. Lapidando a Pedra Bruta estamos entranhando-se no interior, e encontrando as
nossas riquezas para viver “com sentido, com coragem”, construindo o caminho de nossa
existência.
E lembro agora uma frase do Padre Vasco Pinto de Magalhães em seu livro “Não há
soluções, há caminhos” que enfatiza: “Ser feliz é ter futuro e é dar futuro. Todos
pensamos ser felizes e acordamos todos os dias com esse desejo. Mas ser feliz não é uma
sorte, nem ausência de problemas. É viver com sentido, com coragem, construindo o futuro
e dando futuro. Isso depende de mim”.
2 – Olhar Profundo - (Foco & Ação)
Juarez de Oliveira Castro
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Ano 10 - artigo 36 - número sequencial 581 –04 setembro 2016
Saudações, estimado Irmão!
EDUL PEN CAGU
Existem várias especulações sobre a definição do que vem a ser, de fato, a Maçonaria.
Normalmente, estas exposições se dedicam a atender a questionamentos profanos, ou quando
muito, uma informação prestada aos Maçons para os momentos em que eles tenham que
responder algo, quando inquiridos por não iniciados.
Esta é a questão: Todos os Maçons foram iniciados, mas, nem todo Maçom é Iniciado.
Apesar da aparente inconsistência desta afirmação, seu conteúdo profundo está na diferença entre
a atividade maçônica e passividade ou atitude pós ato.
No posicionamento passivo, a iniciação é a condição daquele que é introduzido em alguma
experiência nova, ou seja, ele passa por ela; ele foi iniciado para que possa conviver com os
demais.
Já, naquele que é iniciado, há uma mudança de sua atitude. Todo o procedimento ritualístico
provoca um movimento interno, mudando a sua forma de viver com os outros.
Daquele momento em diante, ele pode ou não iniciar uma nova vida. Uma brilhante definição de
Maçom, ou o que vem a ser Maçonaria, foi elaborada pelo Irmão, inglês, Walter Leslie Wilshurst,
no livro “The Meaning of Masonry”:
3 –Edul Pen Cagu
Sérgio Quirino Guimarães
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“É um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo visível,
consistente em seu cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual,
oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao maçom que haja aprendido a
usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo
externo”.
Portanto, ser maçom é ter atitude. Somos agentes ativos da nossa iniciação. Somos sujeitos da
mudança de estado e da permanente melhoria comportamental perante a nós mesmos e à
sociedade.
Não nos cabe apenas a incessante luta do bem contra o mal. Nossos propósitos estão fixados na
aplicação do “bom”, do “justo” e do “ético”.
Como escola de Moral, nos qualificamos para exaltar o que é bom para todos verem, o que é justo
para todos ouvirem e o que seja ético para todos viverem.
Qual é o passo inicial, a pedra fundamental desta construção do bom, do justo e do ético?
Edul Pen Cagu,
(“Faze ao outro o que queres que te façam”)
Em contrapartida, o Universo os outorgará o título de Príncipe da Mercê.
Este artigo foi inspirado no livro “DICIONÁRIO DE MAÇONARIA, seus Mistérios, Ritos,
Filosofia, História” do Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo, que o mesmo o define sendo “fruto
de quase meio século de modesta militância no campo maçônico, e de longas lucubrações e
pesquisas em torno desse tema”.
Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de
fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura,
enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de
enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Quirino
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 7/28
Ir AM: Leonardo Ignatiuk Pessanha – CIM 300206
Oriente do Rio De Janeiro, 24 de Agosto de 2016, E.:V.:
Loja Jerusalém 3807 (GOB/RJ)
“2016 – RIO DE JANEIRO A CIDADE OLÍMPICA”.
À Gloria do Grande Arquiteto do Universo
Estudo e Interpretação de
“Vencer minhas paixões,
submeter minha vontade e
fazer novos progressos na Maçonaria”
Quando do Telhamento, ao sermos questionados com a pergunta O que vindes aqui
fazer?, dizemos: “Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na
Maçonaria”. Embora estas palavras sejam repetidas em todo o Grande Oriente do Brasil, são
poucos aqueles que consideram seu significado e sua carga histórica no momento de proferi-las.
Para melhor compreender a simbologia de um instituto ou seu significado oculto,
podemos recorrer ao estudo histórico ou comparado deste instituto; o mesmo se aplica às
tradições e às palavras. Através desta peça de arquitetura, gostaria de incentivar, através destes
recursos, uma reflexão em todos os IIr.: sobre essas importantes palavras, que frequentemente
são ditas mas que podem não ser, de fato, compreendidas1
.
Vamos à história, então. Como se sabe, a Grande Loja Unida da Inglaterra foi fundada
em 1717, em Londres. Dela derivaram os documentos de reconhecimento de Orientes em todo o
mundo, de modo que, se há que se investigar as origens, devemos primeiro buscá-las na língua
inglesa. Um dos primeiros documentos transcritos e publicados e hoje acessíveis nas Américas,
sobre o Telhamento na língua inglesa, data de 18272
. Nele, a resposta ao questionamento “What
comest thou hither to do?” (“O que vindes aqui fazer?”) é a seguinte:
1
Nas palavras do M.:M.: Bill Hosler: “Infelizmente hoje na Maçonaria estamos convencidos que a única razão de
memorizarmos estas obras é para que avancemos ao próximo degrau ou aprender o resto do ritual, de modo que possamos
auxiliar na realização dos trabalhos do grau. Eu verdadeiramente acredito que essa é uma das razões que os homens acham
tão difícil encontrar o que estão procurando na nossa fraternidade. (...) O ritual é um mapa para a nossa jornada para o
Oriente para encontrarmos aquilo que foi perdido.” Fonte: http://www.midnightfreemasons.org/2016/04/to-learn-to-
subdue-my-passions.html (tradução livre)
2
http://www.sacred-texts.com/mas/morgan/
4 – “Vencer Minhas Paixões, Submeter Minha Vontade e Fazer
Novos Progressos na Maçonaria” - Leonardo Ignatiuk Pessanha
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 8/28
– "To learn to subdue my passions, and improve myself in the secret arts and mysteries
of ancient Freemasonry".
Em uma tradução livre para o idioma português, estas palavras seriam transcritas em
algo como “aprender a subjugar minhas paixões, e aperfeiçoar a mim mesmo nas artes e
mistérios secretos da antiga Maçonaria”.
Em documentos recentes da língua inglesa, esta frase ganha nova forma, mostrando sua
transformação pelo tempo:
– “To learn to subdue my passions and improve myself in Masonry.”3
(Aprender a
subjugar minhas paixões e aperfeiçoar a mim mesmo na Maçonaria”).
É importante notar que houve uma súbita e poderosa mudança de significados da
respotas em 200 anos.
Mas, antes de avançarmos neste tema, vamos tratar das diferenças entre os idiomas.
Enquanto a expressão portuguesa “Vencer minhas paixões” aparenta constituir uma certeza,
uma determinação daquele que fala, a língua inglesa é muito mais ponderada – uma postura que
se esperaria de um Ap.:: “Aprender a subjugar minhas paixões”.
Mas, por que aprender? O aprendizado é parte da vida e, como tal é inescapável aqueles
que passam seus dias na Terra. Se, por um lado, não se supõe que todo Maçom seja capaz de
imediatamente vencer suas paixões ao ingressar na Ordem, é certo que todo Maçom,
necessariamente, esteja disposto a aprender a vencer tais paixões. É um compromisso para o
presente e para o futuro, de aperfeiçoamento constante que é o próprio cerne da Ordem – e não
uma afirmação para o passado ou uma certeza do presente, como pode dar a impressão o
vernáculo em português.
E por que subjugar? O verbo “subdue”, quando traduzido do inglês ganha certo
contorno de violência física, mas o original, em sua natureza, não deve ser interpretado desta
forma (obter sujeição mental, moral ou espiritual, prevalecer sobre, obter controle, apaziguar,
acalmar4
): a interpretação, portanto, é de se aprender a fazer as coisas através de moderação5
,
isto é, moderar suas paixões. Se formos ao Ritual, encontraremos na prova do Fogo, a terceira e
última viagem do neófito, que, segundo Rizardo da Camino, se depreende em silêncio e sem
obstáculos por simbolizar a paz e a tranquilidade obtida pelo homem que modera suas paixões e
desejos6
. Enquanto os vícios do homem devem ser expurgados e simbolicamente deixados em
masmorras, às paixões cabem ser cuidadas e moderadas – mesmo porque são da natureza do
homem e talvez não possam ser totalmente apagadas, sem prejuízo de, o fazendo, perder o
mesmo homem o ardor e o entusiasmo (Fogo) pela vida.
3
http://www.themasonictrowel.com/Articles/degrees/degree_1st_files/to_subdue_my_passions.htm
4
http://www.themasonictrowel.com/Articles/degrees/degree_1st_files/to_subdue_my_passions.htm
5
http://www.midnightfreemasons.org/2016/04/to-learn-to-subdue-my-passions.html
6
CAMINO, Rizardo da. Rito Escocês Antigo e Aceito. São Paulo: Madras Editora, 2007.
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 9/28
Cabe ao Maçom reconhecer as próprias paixões e combatê-las na sua alma diariamente.
Mas o que significaria a palavra “paixão”, no vernáculo original “passions”? Enquanto hoje o
significado desta palavra esteja voltada à “afeição da mente”, em uma acepção romântica, não
se trata de desejo por um objeto ou pessoa. No vernáculo inglês, exemplos de paixões são os
equivalentes dos pecados capitais descritos no cristianismo: ambição, cobiça, desejo, medo,
ódio, sofrimento, raiva, vingança.7
Até mesmo sentimentos positivos podem ser entendidos
como “paixões”, na sua forma desmedida e descabida: esperança (que se torna ilusão), amor
(nesta caso, o Eros, o amor erótico e compulsivo) e alegria (que deságua na loucura).
As paixões, assim, têm significado profundo, principalmente quando observamos as
origens gregas da palavra, que evocam emoções fortes e traiçoeiras – e que subvertem a razão.
Em fato, foi somente depois do movimento romântico do século XIX que houve
qualquer valorização da paixão sobre a razão, na tradição ocidental. Até então, a paixão era vista
sempre sob uma lente negativa.8
Em fato, nas tradições cristãs, que certamente influenciaram a
Maçonaria em sua formação, a expressão “paixão” faz referência direta aos sofrimentos físicos,
espirituais e mentais de Jesus Cristo – tal deslocamento radical de significado no ocidente foi
tão surpreendente, que até hoje dificulta o entendimento do termo naquele contexto.
Voltemos, então, à outra transformação de significado igualmente relevante, ocorrida em
200 anos de Maçonaria inglesa, que já mencionamos, mas ainda não exploramos: “aperfeiçoar a
mim mesmo nas artes e mistérios secretos da antiga Maçonaria” e o posterior “aperfeiçoar a
mim mesmo na Maçonaria”. Não há dúvida que o auto aperfeiçoamento do homem livre e de
bons costumes é um dos cernes da Maçonaria, como se sabe. A diferença, no entanto, entre as
duas frases, é cabal. Enquanto aquela primeira pode transmitir a mensagem que o que se
procura, principalmente, é conhecimento, isto é, melhorar a si mesmo enquanto conhecedor dos
mistérios e artes da Maçonaria, a expressão posterior, embora menor, parece muito mais
acertada e poderosa em sua ambiguidade: usar da Maçonaria para se tornar um homem melhor,
ao mesmo tempo em que se torna um melhor Maçom.
Explorada a tradição de língua inglesa e seus significados originais, vamos então,
finalmente às diferenças desta com a expressão de língua portuguesa. Mais grave, nisto tudo é: o
que ocorreu com o trecho “submeter minha vontade”?
Embora seja verdade que a Grande Loja de Londres, de 1717, seja geralmente aceita
como a Loja Mãe da Maçonaria e a referência, nem sempre foi assim. Na França, enquanto a
Grande Loja já existia, desenvolveram-se no século XVIII dois ramos distintos da Maçonaria:
um inglês, dependente da Grande Loja londrina, e outro “Escocês”, livre do sistema de
obediência a esta Grande Loja. Isto mudaria no futuro, mas os desdobramentos dessa separação
ainda podem ser vistos no Telhamento. Assim, o Rito Escocês Antigo e Aceito, o qual hoje se
7
http://www.themasonictrowel.com/Articles/degrees/degree_1st_files/to_subdue_my_passions.htm
8
DENNIS, John, in M. H. Abrams, The Mirror and the Lamp, p. 75.
JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 10/28
pratica em grande parte do Grande Oriente do Brasil, foi herdado diretamente desta tradição
francesa.9
Necessário, portanto, para entendermos melhor como se deu a transformação na
expressão portuguesa, estudarmos agora o Telhamento francês, que foi o que mais sofreu
transformações no tempo. Em 1738, o primeiro registro publicado na obra “La Réception
Mystérieuse”10
, indicava a seguinte resposta à pergunta “Que venez-vous faire ici?” (“O que
vindes aqui fazer?”):
– "Je n’aspire point à suivre ma propre volonté, mais plutôt à vaincre mes passions, tout
en suivant les préceptes des maçons, et à faire des progrès quotidiens dans cette profession”.
(“Aspiro seguir minha própria vontade, mas para conquistar minhas paixões, enquanto sigo os
preceitos dos maçons, e faço progressos cotidianos nesta profissão”).
Já em 174511
, 7 anos depois, uma publicação mostrava uma transformação significativa:
– "Vaincre mes passions, soumettre mes volontés et faire de nouveaux progrès en maçonnerie”.
(“Vencer minhas paixões, submeter a minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria”).
Ao que tudo indica, como se pode compreender, foi exatamente esta tradição que
influenciaria diretamente a resposta portuguesa. Por volta da mesma época, em 1749, a
expressão “volontés” seria substituída, em outra publicação, pela expressão “désirs”, que
representa desejo, anseio e vontade (mais próximo, portanto, do conceito de “paixões”),
permitindo a interpretação que a palavra “submeter”, aí, teria o mesmo significado que subdue,
ou subjugar, reforçando o sentido da primeira frase.
Não obstante, esta alteração seria revertida nos anos posteriores e as futuras edições do
Ritual, no REAA, consolidariam a resposta em três partes com a qual somos hoje
familiarizados. “Submeter a vontade”, assim, pode ser entendido como a necessidade de se
manter o controle da mente, constantemente desafiada pelo “peso dos metais” e do ego, bem
como das paixões12
. Em outro diapasão, a expressão “volontés” é interpretada como o
pensamento inicial, a consciência, a força mental – a Pedra que se torna Cúbica pelo esforço
pessoal e que vai sendo atingida pelas agruras da vida se não for plenamente defendida, até
retornar ao estado de Pedra Bruta e imperfeita13
. A vontade, assim, deve ser submetida, para
constante manutenção e força.
Uma observação adicional, também, pode ser feita sobre a palavra francesa “soumettre”:
ela também pode significar apresentar, render, como se poderia interpretar o compromisso de,
como homem livre, externar sua vontade de permanecer cumprindo seus deveres14
.
9
Guia Prático de Consulta da A.:R.:L.:S.: JERUSALEM, pág. 43.
10
http://montaleau.over-blog.com/article-rite-francais-de-la-question-que-venons-nous-faire-en-loge-75811056.html
11
http://montaleau.over-blog.com/article-rite-francais-de-la-question-que-venons-nous-faire-en-loge-75811056.html
12
http://www.glfriteecossaisprimitif.org/?page_id=609
13
http://www.ledifice.net/3169-9.html
14
http://www.ledifice.net/3169-9.html
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Exerço o livre pensamento e a busca constante da Verdade,
pois não tenho compromisso com o erro.
Christian Rosencreutz e
os Manifestos Rosacrucianos do Século Dezessete
José Maurício Guimarães, 33º, RC, MI, MAR
Belo Horizonte, setembro de 2011
Era uma vez uma Rainha chamada Catarina de Medici que governava a França
como bem entendia. Ela achava que o filho, Carlos IX, era um banana – vivia pensando
em caçadas – e não tomava as decisões importantes para o reino. Naquele tempo, a
nobreza andava inquieta por causa das hostilidades entre católicos e protestantes. A
Rainha pensou numa saída e resolveu casar sua filha, Margarida de Valois, com o
protestante Henrique de Navarra. Milhares de pessoas foram convidadas para as bodas,
principalmente os huguenotes. Paris virou um formigueiro humano. Depois da cerimônia,
iniciaram-se os festejos que, de acordo com os costumes, deveriam durar três semanas ou
mais. Mas, a bruxa andava solta. Tratava-se do celerado Charles de Louvier, inimigo dos
protestantes que, a mando da Rainha, feriu o líder huguenote Coligny. Os protestantes
pressentiram a armadilha: a festança não passava de uma armadilha. Tentaram revidar,
mas em vão. A soldadesca caiu-lhes em cima. Ao invés de punir Louvier, Carlos IX
mandou matar Coligny. Em seguida, atendendo às exigências da Rainha, trucidou os
convidados das bodas e todos os que transitassem pelas ruas com cara de huguenote. Era
a noite de 24 para 25 de agosto de 1572 – noite de São Bartolomeu – quando pereceram
mais de 30 mil pessoas. O massacre se estendeu por vários meses e noutras cidades da
França, vitimando mais de 100 mil pessoas.
5 – CHRISTIAN ROSENCREUTZ E OS MANIFESTOS ROSACRUCIANOS
DO SÉCULO DEZESSETE - José Maurício Guimarães
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VIAGENS E CONSPIRAÇÕES DOS INVISÍVEIS
1 . VIAGEM AO PASSADO
Casamentos entre facções inimigas eram o principal recurso diplomático
da nobreza. Que se danasse o povo. Em 1613, outro "casamento diplomático" visando
interesses da corte, aconteceu na Inglaterra, quando Jaime I casou sua filha Elizabeth
Stuart com o calvinista Frederico V, Eleitor do Palatino do Reno. A festa foi no
Palácio de Whitehall, em Londres. Desta vez não houve matança, mas uma dissipação
sem precedentes das finanças inglesas: vultosos desperdícios com joias, presentes,
roupas caríssimas, diversões e fogos de artifício. Na célebre Casa de Banquetes,
excessos de comida e bebida.
As coisas iam nesse pé e de mal a pior. Enquanto isso, sentimentos de
consciência nacional se esboçavam em contraste com o despotismo e as manobras de
sustentação das mesmas famílias no poder. Gente do povo entendia o clamor dos
líderes protestantes como incentivo ao confisco das riquezas da igreja católica. A
tensão aumentava até que, em 23 de maio de 1618, um grupo de protestantes invadiu o
palácio de Fernando II, em Praga, praticando o esporte favorito da Boêmia:
"defenestrar pessoas". Agarraram ministros pelo pescoço e os atiraram pela janela
mais alta do prédio. A façanha ficou conhecida como "Defenestração de Praga". Foi o
grito de largada para a Guerra dos Trinta Anos.
Entretanto, indiferentes às questões de janelas e matrimônios, o progresso do
pensamento e a marcha das ciências iam, aos poucos, despertando a Europa de um
longo sono. No século anterior, Bartolomeu Dias e Vasco da Gama alargaram os
horizontes do continente com suas explorações marítimas. A lenda do Eldorado sobre
um cacique dos Andes, coberto de ouro da cabeça aos pés, inflamava a fantasia dos
que sonhavam com um Novo Mundo literal ou simbólico. Giordano Bruno, morto na
fogueira em 1600, ensinara um universo infinito de planetas e a possibilidade de existir
vida inteligente noutros rincões onde o amor de Deus estava igualmente presente.
Desconsiderando as pendengas entre o Vaticano e as teses de Lutero, Johannes
Kepler elaborava uma cosmologia fundamentada nos cinco sólidos geométricos
platônicos. Galileu Galilei enfrentava a Inquisição com ideias contrárias aos
postulados do vetusto Tomás de Aquino. A base metafísica da Igreja, sendo
aristotélico-tomista, repudiava qualquer solidez dos platônicos e convivia de má
vontade com o douto Agostinho que pregava "não caminhar em glutonarias e
embriaguez, nem desonestidades, dissoluções, contendas ou rixas".
Os eruditos ainda não sabiam utilizar os novos conhecimentos e os simplórios
fantasiavam a respeito de tudo que ouviam nas praças e mercados de peixe;
imaginavam absurdos misturados à magia, feitiçaria e encantamentos.
Nesse contexto material e moral tiveram início os rumores sobre a existência
de uma misteriosa fraternidade chamada Rosa-Cruz. No começo, o assunto circulava
em grupos fechados e manuscritos eram enviados às pessoas cultas. Em seguida,
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informações e cópias mais ou menos fidedignas eram levadas para lugares distantes ao
mesmo tempo. Finalmente, espalhavam boatos sobre os autores dos textos. Então,
sobrevinham as versões impressas. Primeiro na Alemanha, imediatamente após o
faustuoso casamento do alemão Frederico V com a inglesa Elizabeth Stuart. Três
publicações sucessivas, na forma de manifestos, apareceram na cidade alemã de
Kassel, a partir de 1614: "Fama Fraternitatis Roseae Crucis oder Die Bruderschaft
des Ordens der Rosencreutz" (Notícia da Fraternidade da Rosa e da Cruz ou
Irmandade da Ordem dos Rosacruzes) seguida da "Confessio Fraternitatis oder
Bekenntnis der Societät und Bruderschaft Rosencreutz" (Confissão da Sociedade e da
Fraternidade Rosa Cruz) em 1615 e da "Chymische Hochzeit Christiani Rosencreutz
anno MCDLIX" (Casamento Químico de Christian Rosencreutz ano MCDLIX) em
1616.
Foi na França, com o justificável atraso de 50 anos desde as bodas de sangue
de São Bartolomeu, que a repercussão do movimento Rosa-Cruz teve maior impacto.
Numa manhã do outono de 1623, Paris acordou surpreendida por cartazes anunciando
a chegada de uma enigmática irmandade. A tribuna escolhida não poderia ser melhor:
a Pont Neuf , construída sobre o local onde, trezentos anos antes, Jacques de Molay,
último Grão-Mestre dos Templários, fora queimado numa fogueira. A ponte era o
lugar preferido dos artistas de rua e populares. Não houve quem não tomasse
conhecimento do anúncio: "Nós, deputados do Colégio Principal dos Irmãos da Rosa-
Cruz, estamos, visíveis e invisíveis, sediados nesta cidade pela graça do Altíssimo,
para o qual se voltam os corações dos justos. Ensinamos e demonstramos sem a
necessidade de livros, falamos toda espécie de linguagem do país onde estamos, com o
objetivo de tirar os homens, nossos semelhantes, do erro e da morte". E convidavam
os interessados a juntarem-se à fraternidade, com a ressalva: "os que nos procurarem
por mera curiosidade, jamais nos encontrarão... mas, se seu desejo for autêntico, nós
os encontraremos e nos faremos reconhecer". Os analfabetos, que eram a maioria,
contentaram-se com as explicações truncadas dos mais espertos: deputados de uma
corporação... homens invisíveis... falar em línguas... vencer a morte... Ofertas
tentadoras! Quem não desejava tornar-se invisível e bisbilhotar todos os recantos da
cidade, entender todas as línguas e se tornar imortal? O sensacionalismo estava
armado. Com mais uma pitada de enxofre, uma asa de morcego e uma perninha de rã,
estaria pronta a receita para mandar incautos deputados, atores de rua e artistas para a
fogueira.
Mas, desta vez não foi fácil. Os responsáveis pelos cartazes estavam ocultos
numa espessa nuvem de mistério. Quando muito, velavam com C.RC. o nome
emblemático de Christian Rosencreutz: (era um cristão), havia uma rosa e a salvífica
imponência da cruz. A quem pegar? – onde estaria o Diabo? O clero católico
pressentiu indícios de novas trampolinagens protestantes e colocou-se em guarda. Já o
Rei Louis XIII, mesmo imberbe, colocou barbas de molho: ordenou uma investigação
por parte de seu bibliotecário, Gabriel Naudé, que redigiu, às pressas, uma instrução à
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França sobre os irmãos da Rosa-Cruz ("Instruction à la France Sur la Vérité des
Frères de la Rose-Croix" Paris: Chez François Julliot, 1623). Parece que Naudé sabia
muito mais sobre Rosa-Cruz do que deixou transparecer nas instruções à França. Disse
que a tal fraternidade era tão secreta quanto o significado do símbolo adotado por eles
– uma cruz com uma rosa no centro: se eram cristãos, por que substituíam a imagem
do Salvador por uma rosa? Naudé afirmou que os membros da fraternidade possuíam
um único livro no qual aprendiam tudo que já estivesse noutros livros, escritos ou por
serem escritos; que os adeptos da Rosa-Cruz não estavam sujeitos nem à fome, nem à
sede e, por isso mesmo, não envelheciam nem adoeciam; que, a despeito de buscarem
a imortalidade, escolhiam sucessores para seus lugares na irmandade após suas mortes
e tomavam precauções para que os lugares de seus sepultamentos ficassem incógnitos;
que eram mesmo invisíveis e, quando perceptíveis, vestiam-se de acordo com os
costumes do país por onde passavam; que se reuniam secretamente uma vez por ano;
que a fraternidade passava por períodos de 120 anos entre adormecimento e
publicidade; que dominavam todos os espíritos e demônios, colocando alguns deles
sob suas ordens. Havia pontos perigosíssimos nas revelações de Naudé insinuando
hostilidades entre os invisíveis e o Papa, e que propugnavam pela criação de um bem-
aventurado governo mundial – ou Império – que obedeceria apenas às leis contidas nos
quatro Evangelhos. Por outro lado, Gabriel Naudé reconheceu que os Rosa-Cruzes
eram caridosos e exerciam gratuitamente a medicina. Seria Naudé, ele mesmo, um
Rosa-Cruz e suas instruções à França uma trama para despistar o Rei e os curiosos? Ou
tudo não passava de uma pilhéria rocambolesca urdida pelo irônico bibliotecário real?
Seja como for, as instruções à França revelaram alguns vestígios da influência
protestante no movimento dos invisíveis. Havia entre os luteranos um grupo
independente que adotava certo grau de misticismo, os pietistas. Essa corrente buscava
a salvação tanto na Bíblia quanto nos manuscritos de Jacob Boehme e Sebastian
Franck. Quanto ao secreto símbolo – uma cruz com uma rosa no centro –Martin Lutero
havia sugerido como distintivo da Reforma uma rosa de cinco pétalas com uma cruz
no centro. Além disso, a rosa era usada desde a Idade Média como sinal de assunto
sigiloso. Daí a expressão latina sub rosa – sob a rosa. Quando se tramava uma
rebelião, os conspiradores colocavam uma rosa no teto do aposento onde se realizavam
reuniões mantidas em segredo.
Os eruditos sempre desconversavam quando o assunto era a Rosa-Cruz. Por
exemplo, no ano de 1628 apareceu, em Frankfurt am Main, uma obra intitulada
"Summum Bonum" assinada por Joachim Fizzio, pseudônimo de Robert Fludd,
médico, filósofo e místico inglês. Quando perguntado se ele pertencia à irmandade
Rosa-Cruz, Fludd respondia: "Eu não tenho esse mérito, entretanto sei que ser Rosa-
Cruz é uma bênção que depende da graça de Deus". Acontece que, 100 anos antes,
Henrique VIII havia rompido com a Igreja Católica Romana, fazendo dos monarcas
ingleses, líderes da Igreja Anglicana, a um só tempo católica e reformada. Isso
"poupava" a ilha da intensa propaganda dos manifestos. Só mais tarde, em 1652,
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depois de baixada a poeira, o galês Thomas Vaughan traduziu a Fama Fraternitatis
para o inglês, evitando admitir suas ligações com a Rosa-Cruz.
O fato é que o movimento Rosa-Cruz desencadeado nas duas primeiras
décadas do século XVII foi concebido por pessoas (ou pessoa) de pensamento
iluminado, intelectuais de genial entendimento sobre questões sociais, políticas e
religiosa. Não eram fanáticos, nem visionários e muito menos "homens-invisíveis".
Tratava-se de reformadores dotados de firmes concepções e imaginação brilhante,
fazendo extensa publicidade sem serem descobertos. Não tinham vocação para o
martírio, mas a predestinação para a Verdade.
Na Alemanha, a suspeita de autoria caiu sobre Johann Valentin Andreae (1586-
1654), jovem de uma família de Würtemberg envolvida com a reforma luterana. Há
quem conteste a autoria de Andreae porque, na época, ele tinha apenas 28 anos. Ora,
aos 17 Andreae já havia escrito uma peça de teatro no estilo elisabetano com o título
"Núpcias Químicas". Apesar de ser cópia de 'O Sonho de Polifilo", de Francesco
Colonna (1499) com inserções do "Quinto Livro" de François Rabelais (1564) e da
"Viagem dos Príncipes Afortunados" de Beroaldo de Verville (1610), não se pode
negar o conhecimento de Andreae e sua versatilidade em idiomas. Por outro lado, as
obras nas quais Andreae se inspirou eram repetições de "A Divina Comédia" de Dante
Alighieri, que começa com estes versos: "Nel mezzo del cammin di nostra vita mi
ritrovai per una selva oscura..." (No meio do caminho desta vida, fiquei perdido numa
selva escura, solitário, sem sol e sem saída...) Na juventude, Dante Alighieri (1265-
1321) confessara sua ligação com o movimento literário "Fedeli d’Amore" voltado
para ideais de cavalaria e o amor cortês, objetivando a regeneração da sociedade.
Apesar dessas evidências e de Andreae ter considerado a Rosa-Cruz uma igreja
invisível capaz de trazer paz e concórdia para o mundo, ele permaneceu negando sua
vinculação direta com os Rosa-Cruzes. Assim, conseguiu escapar das investigações.
Mas caiu em desgraça ao ser considerado um pietista. O clero luterano mandou
incendiar sua casa juntamente com seus escritos.
Muitos pesquisadores atribuem a autoria dos manifestos a Francis Bacon.
Embora não possa ser comprovada, esta hipótese é a mais plausível de todas. Bacon
nasceu em Londres no dia 22 de Janeiro de 1561. Viveu algum tempo na França onde
absorveu o conhecimento dos países vizinhos. Leu as obras de Dante Alighieri e
pesquisou as tradições trazidas do Oriente pelos cruzados. Na Inglaterra, estudou
jurisprudência no Gray’s Inn convivendo com reformistas influenciados pelos
conhecimentos do Oriente. De forma análoga aos objetivos traçados nos manifestos da
Rosa-Cruz, Bacon descreveu métodos para se alcançar o verdadeiro saber. Empenhou-
se em verificar as falsas noções (idola) arraigadas no intelecto a obstruir a busca da
verdade e impedindo o progresso das ciências. Bacon publicou a "Nova Atlântida" no
mesmo ano de sua morte (1626). Essa obra revela um paralelo entre o Estado ideal da
Casa de Salomão e a propaganda Rosa-Cruz de Paris.
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2 . A VIAGEM EM FAMA FRATERNITATIS
Os manifestos Rosa-Cruzes estão repletos de enigmas e obscuro simbolismo
cuja interpretação demanda conhecimento das condições históricas da época e de
possíveis "chaves" só conhecidas pelos leitores aos quais esses textos se destinavam.
Mas a visão do passado nos permite alcançar o futuro e descobrir o sentido dos
manifestos Rosa-Cruzes para os dias de hoje. Antes de mais nada, é preciso
compreender que os símbolos servem mais para velar do que para revelar alguma
coisa; e que os autores dos manifestos usaram linguagens especiais porque desejavam
exprimir um conhecimento inacessível ao entendimento vulgar. Porém, partindo de
uma análise elementar, podemos identificar as seguintes "chaves": 1 –A lenda egípcia
da peregrinação de Ísis e a ressurreição de Osíris; 2 –Elementos da Arte Real relativos
à morte, reencontro e ressurreição de um mestre; 3 –O arquétipo da viagem
representado nas "circumambulações iniciáticas"; 4 –O arquétipo do casamento
sagrado ou hierosgamos; 5 –Princípios da restauração do cristianismo original
inspirado na Reforma Protestante; 6 –O encontro do Ocidente com o conhecimento
Islâmico; 7 –Reminiscências da Ordem do Templo e o assassinato de seu último Grão-
Mestre, Jacques de Molay.
Algumas edições do Fama trazem uma espécie de introdução burlesca que
expõe ao ridículo as pretensões dos letrados em transformar as pessoas e os costumes.
Trata-se da "Allgemeine und General Reformation der ganzen weiten Welt" (Reforma
Universal de Todo o Mundo), imitação das viagens ao mundo das musas de Miguel de
Cervantes, Cesare Caporali, e George Wither –todos do mesmo século. A narrativa
tem lugar no areópago quando Apolo reuniu os sete sábios da Grécia para
providenciarem a erradicação da miséria humana. Após várias propostas absurdas, a
plenária encaminhou a Apolo proposta de lei obrigando os vendedores ambulantes de
leguminosas e azeitonas pretas a aumentarem suas medidas; tabelaram o preço do
arenque e fixaram a cotação do repolho. Em suas considerações finais, o Orador, Bias
de Priene, disse que o mal pertence à natureza humana e o ápice da sabedoria consiste
em sermos prudentes o bastante para evitarmos dores de cabeça, deixando as coisas
exatamente como estão.
No texto principal, Fama reassume a austeridade narrando história do "mais
divino e altamente iluminado Pai, nosso Irmão C.RC., chefe e fundador de nossa
Fraternidade..." nascido às margens do Reno. Pelo que se conclui do restante do texto,
a data de nascimento seria 1378. Aos 6 anos de idade o Irmão C.RC. foi enviado para
uma abadia onde aprendeu grego, latim, hebreu e magia . Aos 16, partiu em
peregrinação para a Terra Santa em companhia de um amigo que morreu em Chipre.
Permaneceu em Damasco recebendo ensinamentos de sábios que lhe confiaram a
missão de comunicá-los à cristandade e fundar uma sociedade secreta. Foi
sucessivamente conduzido a uma "cidade filosófica", onde passou três anos. Percorreu
o Líbano, a Síria, Egito, Damcar, Fez (cidade do Marrocos) e visitou o Santo Sepulcro.
Cumpriu cinco anos de retiro num local solitário e regressou à Europa através da
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Espanha. Depois, recrutou seguidores e batizou a sede da irmandade como "Domus
Sancti Spiriti" (Templo do Espírito Santo) onde curavam doentes e consolavam os
desesperados.
Essas viagens indicam a provável reorganização da Ordem do Templo (os
Cavaleiros de Cristo e outras ordens militares da Idade Média) após a destruição dos
Cavaleiros Templários em 1314. Há vários indícios que se ajustam à dramática história
dos Templários, dos quais citaremos alguns: o Irmão C.RC. morreu na Inglaterra aos
106 anos (portanto, em 1484). Alguns anos mais tarde – 1604, vésperas da publicação
dos manifestos –seu sucessor, o Imperator N.N., descobriu o túmulo do Pai C.RC.
numa edificação de sete lados, constantemente iluminada por lâmpadas inextinguíveis.
Na parede que obstruía a entrada estava escrito: "post 120 annos patebo" (após 120
anos serei encontrado). No centro da construção havia um altar cilíndrico com a
inscrição: "A C.RC. hoc universi compendium unius mih sepulcrum feci" (a Christian
Rosencreutz, compêndio único do universo, fiz este túmulo). Em volta de um primeiro
círculo, lia-se "Jesus mihi omnia" (Jesus é tudo para mim); no círculo do meio, quatro
figuras com as inscrições: "Nequaquam Vaccum" (em parte alguma o vácuo); "Legis
Jugum" (o jugo da lei); "Libertas Evangelii" (a liberdade do Evangelho); "Dei Gloria
Intacta" (a Glória de Deus é inatacável) expressões cristãs, Templárias e da predileção
reformista.
Aos cristãos da rosa e da cruz, que detêm o único compêndio do universo, fora
edificado aquele túmulo onde repousava o corpo mumificado do Pai C.RC. Tinha na
mão direita o Liber T (Livro T); nas laterais uma Bíblia, um vocabulário, um itinerário
de viagem e sua biografia. A letra T, ou tau grego, representa a verdade e a luz da
mente. Corresponde à última letra do alfabeto hebraico (taw) mencionada pelo profeta
Ezequiel (Capítulo IX: 4): "Passa pelo centro de Jerusalém e marca com um T as
testas dos homens que suspiram e que gemem por causa das abominações que se
cometem". Implicações maçônicas desta simbologia se completam no capítulo VII do
livro de Amós: "Disse o Senhor: "Eis que vou passar um fio de prumo no meio do meu
povo e não tornarei a perdoá-lo" –textos bíblicos aplicados à situação da Europa onde
suspiros e gemidos aguardavam o alívio pelo "triplo tau" do conhecimento e pelo
inexorável fio de prumo. Na tumba do Pai C.RC. lia-se a divisa cristã da fraternidade:
"Ex Deo nascimur, in Jesu morimur, per spiritum reviviscimus" (em Deus nascemos,
em Jesus morremos e ressuscitamos pelo Espírito). Algumas versões do Fama traziam
um acréscimo intitulado Confessio Fraternitatis, esclarecendo algumas passagens e
revelando o nome completo do Pai C.RC. –Christian Rosencreutz. Reafirmava a
existência de uma ciência capaz de reconduzir os homens ao plano original de Deus.
Esse processo, representado pelo Casamento Alquímico (união e transformação)
consistia numa jornada espiritual do Iniciado em busca da reintegração.
A descoberta de um "corpo" numa 'tumba', ou do corpo de uma pessoa
conhecida como C. R—C., é alegórica. A abertura de um túmulo citado refere-se à
publicidade dos arquivos da Ordem que estiveram selados durante períodos de
perseguição.
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As iniciais C. R—C não se referiam a um indivíduo, e sim à personalidade
espiritual representada pelo 'corpo' dos princípios rosacrucianos, não tendo existido ser
humano algum que tivesse sido singular e exclusivamente conhecido como Christian
Rosencreutz.
Christian Rosencreutz significa Christus da Rosa-Cruz ou, literalmente, 'Um
Cristão da Rosa-Cruz' – o que faz do rosacrucianismo um movimento autenticamente
Cristão com referência a Jesus Cristo – tal como se apresenta, por exemplo, no
Capítulo Rosa Cruz do Rito Escocês Antigo e Aceito – com tudo o que impliquem as
palavras CHRISTOS = ungido, o Messias, Filho de Deus ou CHRESTOS = virtuoso e
bom.
Quanto aos enigmas e às supostas "chaves", voltemos a atenção para o fato de
que Christian Rosencreutz morreu em 1478 na Inglaterra. Segundo o Fama, após 120
anos ele seria novamente encontrado ("post 120 annos patebo") ou seja, em 1598 na
Inglaterra. Façamos as contas: Francis Bacon estava com 37 anos, quando se entregou
com ardor ao trabalho intelectual
redigindo os "Ensaios" à maneira dos manifestos: "oscilando por intermináveis
metáforas entre política e filosofia".
3 . VIAGEM DE UM CONVIDADO PARA AS BODAS ALQUÍMICAS
Apesar da escrita hermética, os manifestos apontaram um caminho de
esperança para a Europa quando não restava mais nada em que confiar. O Casamento
Químico (Alquímico) de Christian Rosencreutz, publicado em 1616, traz no título a
indicação "ano 1459" significando a idade de 81 anos quando Christian Rosencreutz
tivera a experiência arquetípica da viagem.
As Bodas transcorrem em sete dias ou jornadas. No início da narrativa,
Christian Rosencreutz é surpreendido por uma tempestade e o aparecimento de uma
mulher vestida com manto azul salpicado de estrelas douradas. Ela trazia uma
trombeta de ouro e um maço de cartas escritas em todas as línguas do mundo.
Identificamos nessa imagem a figura de Fama, pela primeira vez revelada no jogo de
palavras – Fama+Fraternitatis: notícia da fraternidade e/ou fraternidade da
(divindade) Fama, personagem mitológica da notícia e da reputação. Agitando asas
repletas de olhos, a divindade convidou Christian Rosencreutz para as festas de
nupciais de um rei. Rosencreutz ornamentou seu chapéu com quatro rosas e atravessou
no peito uma faixa escarlate –alusões à rosa vermelha de Lancaster, rosa branca de
York, e as duas rosas (rosa dupla) vermelha e branca de Tudor que uniu os dois
emblemas. Depois de várias peripécias, provas e perigos, Rosencreutz chegou ao
portal de um castelo sobre o qual estava inscrito o versículo 38 do capítulo VI do
Evangelho de Lucas: "Dai, e vos será dado". Rosencreutz misturou-se aos convidados
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e presenciou acontecimentos velados pelo simbolismo iniciático: a pesagem das
virtudes no estilo do tribunal de Osíris; a premiação dos justos com o Velocino de
Ouro dos gregos; a condenação dos injustos após beberem as taças da amargura e do
esquecimento; juramentos de lealdade diante de um livro negro e a visão de um crânio
que expulsava das órbitas uma serpente. Subitamente, surge um carrasco decapitando
pessoas cujos corpos são estendidos em esquifes (alusão à lenda egípcia de Osíris e ao
histórico massacre da noite de São Bartolomeu).
4 . VIAGEM EM DIREÇÃO AO MUNDO
René Descartes, na primeira parte do Discurso do Método conta a revelação
admirável que tivera, em novembro de 1619, sobre os alicerces de uma nova ciência.
Após servir à instrução militar na Holanda, Descartes viajou pela Dinamarca e
Alemanha, voltando à França em 1622 onde a leitura dos manifestos Rosa-Cruzes e a
popularidade dos cartazes espalhados por Paris devem tê-lo levado a se interessar pelo
assunto. Colocou de lado a mixórdia ocultista que rondava a questão e prosseguiu em
suas investigações guiado apenas pela razão. Procurou os Rosa-Cruzes por toda a
parte. Mas suas buscas, segundo ele mesmo disse, foram infrutíferas. Contudo, a
"moral provisória" que adotara no Discurso do Método num conjunto de quatro regras,
seria a astuta justificativa do seu silêncio e das tais "buscas infrutíferas". Numa dessas
regras, Descartes afirmou seu compromisso de obedecer às leis, aos costumes e à
religião do país em que estivesse e "acolher apenas as opiniões que fossem mais
moderadas". Dessa forma, Descartes evitou sérios problemas com a igreja. Apesar
disso, descreveu uma espécie de "casamento alquímico" que ocorre dentro do cérebro
– precisamente na glândula pineal, palácio real dos alquimistas – unindo o mundo
espiritual (res cogitans) ao mundo corpo (res extensa). Descartes, Isaac Newton e
Wilhelm von Leibniz parecem ter sido os derradeiros filósofos-cientistas que
investigaram sobre a Rosa-Cruz no século XVII. A partir deles, a inércia do espírito
humano levou as pessoas a acreditarem mais em organizações transitórias de homens
comuns do que no indispensável contato entre inteligências elevadas.
Convido você para conhecer o meu site
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Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR
Sinal de Socorro
Em 19/02/2015 o Irmão Companheiro Bruno Sousa, Loja Renascença
Pedreirense, REAA, GOB-MA, Oriente de Pedreiras, Estado do Maranhão
apresenta a dúvida seguinte. wiclaf@hotmail.com
Meu respeitável, Irmão trago-lhe um questionamento que embora já tenha feito a
vários irmãos nenhum elucidou concretamente a questão.’
Por que o Sinal de Socorro não pode (se é que não pode) ser passado a Aprendiz e
Companheiro.
A resposta que me pareceu mais convincente dentre as colhidas por mim, foi que simplesmente
por não constar no ritual nem de Aprendiz nem de Companheiro.
Peço ao Irmão esclarecimentos mais concisos, haja vista que até nossas cunhadas têm uma
maneira de solicitar auxilio em situações especiais.
Considerações:
Tradicionalmente assim tem sido tratado pela Moderna Maçonaria nos
costumes que adotam esse Sinal apelativo. À bem da verdade, oficialmente desde o
aparecimento do Grau especulativo de Mestre (1.724) houve-se por bem paulatinamente
destinar ao Terceiro Grau à plenitude maçônica.
Até então era o Grau de Companheiro que reinava como o tradicional. Daí em
diante muitas práticas passariam a ser exclusividade do Grau de Mestre - veja, por
exemplo, os CCPPPP do C que eram até então denominados como os do
Companheirismo, porém em seguida, seria exclusividade do Terceiro Grau
(CCPPPP da M).
Nesse conceito idealizado como a “plenitude” ou “perfeição” o Sinal de
Socorro passaria a ser prática restrita do Mestre, até mesmo como uma questão de
cobertura e segurança que o gesto reserva àqueles que meritoriamente chegaram ao
ápice da escalada iniciática – a pura Maçonaria universal possui apenas e tão somente
três Graus.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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Em razão disso é que os rituais maçônicos passariam a partir desse evento a
tratar o Sinal de Socorro apenas como parte integrante do “Cobridor do Mestre”, ficando
os dois outros Graus no ideário iniciático como dependentes do Terceiro Grau.
Isso se explica na tradição e na história da Ordem porque a franquia dada pelo
Estado (Igreja-Estado) à época dos Canteiros Medievais era somente auferida aos
construtores que fossem detentores da totalidade do conhecimento e dos segredos da
Arte, fato que os fazia literalmente livres, não só em oposição ao que era servil, mas para
se deslocar pelos rincões do Velho Continente em busca do objetivo profissional. Em
síntese, os Maçons à época eram protegidos e livres para se deslocarem por conta
própria. Nesse particular eles se acercavam de seus Sinais, Toques e Palavras o que
lhes garantia o reconhecimento, ou mesmo em situação adversa pudessem ser
conduzidos a porto de salvamento.
Foi desse modo que a característica desse direito pela plenitude veio a ser
firmar feito aos poucos como um costume até os tempos especulativos da nossa atual
Moderna Maçonaria.
Infelizmente, muitos inventores andaram criando por aí “sinais de socorro”
para as nossas cunhadas a exemplo de um sinal com as luvas, que na verdade só
mesmo as expõem ao ridículo. Ora, não que elas não mereçam a nossa proteção, todavia
daí as mesmas possuírem um sinal maçônico é mesmo um severo caso de invencionice.
Não existe esse tipo de apelo, pois de modo racional e tradicional, somente os Mestres
podem conhecer um Sinal particular para pedir ajuda. Assim nem Aprendizes e
Companheiros têm dele conhecimento, o que no mínimo implica em dizer que muito
menos pode existir um “sinal de socorro para as cunhadas”.
T.F.A. –
PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com –
Abr/2016
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau
05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó
08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão
17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis
17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis
17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis
20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis
22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José
25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis
09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas
09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau
16/09/2003 Ordem E Fraternidade Florianópolis
18/09/2009 Colunas Do Oriente Tijucas
20/09/1948 Luiz Balster Caçador
20/09/2008 Acácia Da Serra Rio Negrinho
25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras
27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz
28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú
30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis
03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis
08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis
09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque
10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna
11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis
12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul
12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara
15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros
18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque
19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo
22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá
30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis
Paz
"Através da introspecção criativa, podemos descobrir dentro de
nós um vasto potencial para a paz e a tranquilidade. Com essa
experiência, o processo de desarmamento interno
automaticamente se inicia, liberando-o da raiva, do medo e do
ódio. A paz interna é, então, refletida no comportamento, nas
ações e nas relações pessoais. E assim, novos padrões sociais
são criados. É a experiência da paz pessoal que torna a ideia da
paz mundial uma realidade possível."
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
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GOSC - Grande Oriente de Santa Catarina
A:.R:.B:.L:.S:. Fraternidade Catarinense nº
9
Circular n.° 001 / 2.016 / 2.017
Or de Florianópolis, 25 de julho de 2.016 da E V
Aos
IIr da Maçonaria Universal.
Ref Solicitação de doação para reconstrução de moradia popular.
S
F U
A ARBLS Fraternidade Catarinense nº 09, do Or de Florianópolis, solicita aos IIr o
auxílio financeiro para reconstrução de moradia popular da Sra. Sandra Relher. Esta senhora é
funcionária da empresa Khronos onde foi designada para limpeza e organização das nossas
instalações. Sua moradia está em estado calamitoso, e a Sra. Sandra não possui recursos para sua
reconstrução, com o agravante que seu marido sofre de esquizofrenia não podendo trabalhar.
Ainda abriga uma neta bebe filha de mãe solteira.
A Fraternidade Catarinense já iniciou um trabalho de captação destes recursos angariando em
conjunto com a Sra. Sandra, a quantia aproximada de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), mas para a
conclusão total da obra ainda necessitamos de outros R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Sabemos que o momento econômico / financeiro do país e delicado, mas com um pequeno esforço
de cada IIr poderemos dar à esta família um teto digno para morar. Toda quantia é bem vinda.
Se os IIr precisarem de mais informações temos um dossiê completo com fotos do local e
orçamento da reconstrução.
Dados para depósito:
Banco 756 (SICOOB Credisc)
Agência: 3258-1
Conta Corrente: 5228-0
CNPJ: 83.599.829/0001-80
Favorecido: Associação Maçônica Fraternidade Catarinense
Agradecemos de antemão a solidariedade dos IIr.
Fraternalmente,
IrJosé Ricardo de Menezes
VenMestda ARBLS Frat Cat
Rodovia SC-401 - km 4, nº 3803
Florianópolis/SC – Brasil – CEP 88.032-000
Fone: +55 (048) 3335-6090
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CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro,
com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida
todos os demais Irmãos, para a 46ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº
4.285, dia 13 de setembro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Venerável Ir.
Paulo Roberto Velloso, da ARLS Professor Mâncio da Costa, nº 1977, com o tema
“Luz Material e Luz Maçônica”.
A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação
Unitas, a rua Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido um ágape com um bom whisky.
Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
BREVIÁRIO MAÇÔNICO
Para o dia 2 de setembro
Oficinas
Esse nome deriva das antigas associações e corporações dos artesãos.
Quando a maçonaria era operativa, a oficina era o reduto de trabalho manual;
posteriormente, esse trabalho passou a visar o bem-estar social; finalmente, o trabalho
foi sublimado, sendo os materiais trabalhados os que compõem o próprio ser humano,
sob todos os aspectos, inclusive com o “auto aperfeiçoamento”.
As arestas produzidas pelos vícios, o maçom deve retirar de si mesmo, como as
imperfeições, a desobediência e as omissões.
É um trabalho constante, de modo que a oficina maçônica está sempre em
funcionamento.
A atividade do maçom não se restringe à frequência de sua Loja, uma vez por
semana.
Todos os dias da semana são dias de trabalho e de oficina.
O trabalho é permanente; em Loja, o maçom comparece para “recarregar” as baterias
gastas.
A comodidade e a preguiça são males a serem superados; o maçom está sempre em
vigília e à espreita da oportunidade de auxiliar os seus Irmãos e a sociedade.
O pecado não está em “fazer”, mas sim em “deixar de fazer”.
O desleixo equivale ao atrofiamento.
A vida maçônica é intensa.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 267.
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O Irmão Adilson Zotovici,
da Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo – GLESP
escreve aos sábados
adilsonzotovici@gmail.com
TROLHAS
Venho a Ti Grande Arquiteto !
Rogar tua intercessão
Avives, a tolerância, o afeto,
À tão Sublime Instituição
Pois, vê-se por todos recantos
Inda que muito discreto
Pela cisão, desencantos,
De obreiros de um único teto !
Do comum labor isoladas
Com Livres pedreiros aos prantos
Oficinas pois, separadas,
Instando tristes quebrantos !
Clamo por benevolência
Das “Trolhas” ,harmonizadas,
Pelo perdão, pela indulgência,
Entre as “pedras esquadrejadas”
Reunir, misturar e unificar !
Ministrado com diligência,
Se possível não se estremar,
Sem temor ou intransigência
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Peço Luz , oh PAI Eterno,
“A quem pode conciliar” !
Em nome do amor fraterno,
Que da Ordem,...peculiar !
Respeito as leis e o juramento
Mas eterno aprendiz...prosterno !
Sem aceder ao afastamento
Dum irmão antigo e superno
Liberdade, igualdade e fraternidade !
Sob o uno e comum firmamento
Com fé, esperança e caridade
Trazendo a todos alento !
Em união, em paz, com alegria,
Tendo por norte a verdade
Senda primaz da Maçonaria
Mantendo a “forte unidade” !!!
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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Jb news informativo nr. 2164

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Homenagem do JB News aos Irmãos leitores de Belo Horizonte - MG Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrJuarez de Oliveira Castro – Olhar Profundo (Foco & Ação) Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Edul Pen Cagu Bloco 4-IrLeonardo Ignatiuk Pessanha – “Vencer Minhas Paixões, Submeter Minha Vontade e ...” Bloco 5-IrJosé Maurício Guimarães – Christian Rosencreutz e os Manifestos Rosacrucianos do Séc. XVII Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Bruno Souza (Pedreiras – MA) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de setembro. Versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 2/28  1494 – Ratificação do Tratado de Tordesilhas por Portugal  1567 – Mem de Sá doa Ilha do Governador, tomada dos índios Temiminós, a seu sobrinhoSalvador Correia de Sá.  1774 – Início da Convenção da Filadélfia (v. Revolução Americana de 1776).  1850 – Elevação do Amazonas à categoria de Província - Estado Brasil  1877 – Cavalo Louco é morto quando era prisioneiro, atravessado por uma baioneta de um dos guardas do Camp Robinson, depois de uma suposta tentativa de fuga.  1905 – O Tratado de Portsmouth encerra a Guerra Russo-Japonesa.  1914 – Sertanejos, após incendiarem a estação, destruíram a serraria da Lumber Colonization, em Calmon, durante aGuerra do Contestado  1927 – Estreia de Oswald the Lucky Rabbit.  1940 – Adolf Hitler emite ordens para atacar prioritariamente Londres e outras cidades, em detrimento de bases aéreas britânicas (v. Blitz).  1944 – Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo firmam o tratado de constituição de Benelux.  1961 – João Goulart volta ao Brasil após viagem à China para ser empossado presidente (v. Campanha da Legalidade).  1969 – Junta Militar publica o AI-13, motivado pelo sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, como reflexo da exigência dos seqüestradores (v. Anos de chumbo).  1972 – A delegação israelense nos Jogos Olímpicos sofre um atentado de autoria do grupo terrorista Setembro Negro; morrem 11 atletas.  1977 – Nasa lança nave Voyager 1.  2000 – Tuvalu é admitido como Estado-membro das Nações Unidas. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 249º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 117 para terminar este ano bissexto Semana da Pátria. Dia da Amazônia e dia do Irmão Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 3/28  2002 – Incêndio da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário em Pirenópolis, a maior e mais antiga Igreja do estado de Goiás, fundada em 1728.  2003 – Furacão Fabian chega às Bermudas. 1730 O Daily Journal de Londres comenta que os modernos Franco-Maçons são um rebento da Sociedade dos Rosa-Cruzes 1933 Fundação da Loja Maçônica Lealdade e Justiça 2ª. nr. 1222 de Anápolis, que trabalha no REAA (GOEG/GOB) 1953 1953 - Fundação da Loja Padre Miguelinho , de Natal, do Grande Oriente do RN (Comab) 1970 Fundação da Loja Gonçalves Ledo nr. 1785, de Taguatinga – DF que trabalha no REAA (GOB/DF) Fundação da Loja Estrela do Planalto nr. 14, de Curitibanos (GOSC) Fundação da Loja Fraternidade Chapecoense nr. 63, de Chapecó (GLSC) Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 4/28 O Ir Juarez de Oliveira Castro, MI da Loja Alferes Tiradentes, escreve às segundas-feiras - (48) 9983-1654 (Claro) - (48) 9801-9025 (TIM) juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net Olhar Profundo Diariamente encontramos com os nossos conhecidos e sempre sai uma frase corriqueira: Tudo bem! À vezes, as pessoas não estão nada bem, mas respondem: tudo bem! Isso é muito bom, porque está trazendo para nós, pelo menos, a esperança de que realmente está tudo bem. Parece que o bem atrai o bem, assim como o mal atrai o mal. Dizem que isso é a Lei do Retorno, ou seja, aquilo que se planta se colhe, tanto em palavras, pensamentos ou ações. Procuramos soluções fora de nós e, em geral, elas estão dentro de nós mesmos, faltando um olhar profundo em nosso interior para achar o meio para melhorar a situação. Não abrimos os nossos olhos, com olhar profundo, para saber ou notar que dentro de nós possuímos uma variedade de preciosidades que não valorizamos e, por conseguinte procuramos fora de nós os tesouros que temos no interior. A consequência é procurar recurso de imitar outras pessoas, com promessas de mudança em nossas atitudes e em nossas vidas. Nada disso funciona porque buscamos fora de nós, e a mudança só ocorrerá se ela começar de dentro de nós mesmos. Para o nosso crescimento o Grande Arquiteto do Universo nos dá diariamente novos conhecimentos que adquirimos, saúde, sorriso dos nossos semelhantes, trabalho para nosso sustento, família e pessoas que estão nos ajudando no nosso progresso. E devemos valorizar isso. Registremos que quando estamos lapidando a nossa Pedra Bruta a nossa ação é de retirar os resíduos que não servem para nós, e é nessa tarefa árdua que podemos assegurar a mudança e a felicidade que estão dentro de nós, porque elas dependem somente de cada um de nós. Lapidando a Pedra Bruta estamos entranhando-se no interior, e encontrando as nossas riquezas para viver “com sentido, com coragem”, construindo o caminho de nossa existência. E lembro agora uma frase do Padre Vasco Pinto de Magalhães em seu livro “Não há soluções, há caminhos” que enfatiza: “Ser feliz é ter futuro e é dar futuro. Todos pensamos ser felizes e acordamos todos os dias com esse desejo. Mas ser feliz não é uma sorte, nem ausência de problemas. É viver com sentido, com coragem, construindo o futuro e dando futuro. Isso depende de mim”. 2 – Olhar Profundo - (Foco & Ação) Juarez de Oliveira Castro
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 5/28 Ano 10 - artigo 36 - número sequencial 581 –04 setembro 2016 Saudações, estimado Irmão! EDUL PEN CAGU Existem várias especulações sobre a definição do que vem a ser, de fato, a Maçonaria. Normalmente, estas exposições se dedicam a atender a questionamentos profanos, ou quando muito, uma informação prestada aos Maçons para os momentos em que eles tenham que responder algo, quando inquiridos por não iniciados. Esta é a questão: Todos os Maçons foram iniciados, mas, nem todo Maçom é Iniciado. Apesar da aparente inconsistência desta afirmação, seu conteúdo profundo está na diferença entre a atividade maçônica e passividade ou atitude pós ato. No posicionamento passivo, a iniciação é a condição daquele que é introduzido em alguma experiência nova, ou seja, ele passa por ela; ele foi iniciado para que possa conviver com os demais. Já, naquele que é iniciado, há uma mudança de sua atitude. Todo o procedimento ritualístico provoca um movimento interno, mudando a sua forma de viver com os outros. Daquele momento em diante, ele pode ou não iniciar uma nova vida. Uma brilhante definição de Maçom, ou o que vem a ser Maçonaria, foi elaborada pelo Irmão, inglês, Walter Leslie Wilshurst, no livro “The Meaning of Masonry”: 3 –Edul Pen Cagu Sérgio Quirino Guimarães
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 6/28 “É um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo visível, consistente em seu cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo externo”. Portanto, ser maçom é ter atitude. Somos agentes ativos da nossa iniciação. Somos sujeitos da mudança de estado e da permanente melhoria comportamental perante a nós mesmos e à sociedade. Não nos cabe apenas a incessante luta do bem contra o mal. Nossos propósitos estão fixados na aplicação do “bom”, do “justo” e do “ético”. Como escola de Moral, nos qualificamos para exaltar o que é bom para todos verem, o que é justo para todos ouvirem e o que seja ético para todos viverem. Qual é o passo inicial, a pedra fundamental desta construção do bom, do justo e do ético? Edul Pen Cagu, (“Faze ao outro o que queres que te façam”) Em contrapartida, o Universo os outorgará o título de Príncipe da Mercê. Este artigo foi inspirado no livro “DICIONÁRIO DE MAÇONARIA, seus Mistérios, Ritos, Filosofia, História” do Irmão Joaquim Gervásio de Figueiredo, que o mesmo o define sendo “fruto de quase meio século de modesta militância no campo maçônico, e de longas lucubrações e pesquisas em torno desse tema”. Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica. Fraternalmente Quirino Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 7/28 Ir AM: Leonardo Ignatiuk Pessanha – CIM 300206 Oriente do Rio De Janeiro, 24 de Agosto de 2016, E.:V.: Loja Jerusalém 3807 (GOB/RJ) “2016 – RIO DE JANEIRO A CIDADE OLÍMPICA”. À Gloria do Grande Arquiteto do Universo Estudo e Interpretação de “Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria” Quando do Telhamento, ao sermos questionados com a pergunta O que vindes aqui fazer?, dizemos: “Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria”. Embora estas palavras sejam repetidas em todo o Grande Oriente do Brasil, são poucos aqueles que consideram seu significado e sua carga histórica no momento de proferi-las. Para melhor compreender a simbologia de um instituto ou seu significado oculto, podemos recorrer ao estudo histórico ou comparado deste instituto; o mesmo se aplica às tradições e às palavras. Através desta peça de arquitetura, gostaria de incentivar, através destes recursos, uma reflexão em todos os IIr.: sobre essas importantes palavras, que frequentemente são ditas mas que podem não ser, de fato, compreendidas1 . Vamos à história, então. Como se sabe, a Grande Loja Unida da Inglaterra foi fundada em 1717, em Londres. Dela derivaram os documentos de reconhecimento de Orientes em todo o mundo, de modo que, se há que se investigar as origens, devemos primeiro buscá-las na língua inglesa. Um dos primeiros documentos transcritos e publicados e hoje acessíveis nas Américas, sobre o Telhamento na língua inglesa, data de 18272 . Nele, a resposta ao questionamento “What comest thou hither to do?” (“O que vindes aqui fazer?”) é a seguinte: 1 Nas palavras do M.:M.: Bill Hosler: “Infelizmente hoje na Maçonaria estamos convencidos que a única razão de memorizarmos estas obras é para que avancemos ao próximo degrau ou aprender o resto do ritual, de modo que possamos auxiliar na realização dos trabalhos do grau. Eu verdadeiramente acredito que essa é uma das razões que os homens acham tão difícil encontrar o que estão procurando na nossa fraternidade. (...) O ritual é um mapa para a nossa jornada para o Oriente para encontrarmos aquilo que foi perdido.” Fonte: http://www.midnightfreemasons.org/2016/04/to-learn-to- subdue-my-passions.html (tradução livre) 2 http://www.sacred-texts.com/mas/morgan/ 4 – “Vencer Minhas Paixões, Submeter Minha Vontade e Fazer Novos Progressos na Maçonaria” - Leonardo Ignatiuk Pessanha
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 8/28 – "To learn to subdue my passions, and improve myself in the secret arts and mysteries of ancient Freemasonry". Em uma tradução livre para o idioma português, estas palavras seriam transcritas em algo como “aprender a subjugar minhas paixões, e aperfeiçoar a mim mesmo nas artes e mistérios secretos da antiga Maçonaria”. Em documentos recentes da língua inglesa, esta frase ganha nova forma, mostrando sua transformação pelo tempo: – “To learn to subdue my passions and improve myself in Masonry.”3 (Aprender a subjugar minhas paixões e aperfeiçoar a mim mesmo na Maçonaria”). É importante notar que houve uma súbita e poderosa mudança de significados da respotas em 200 anos. Mas, antes de avançarmos neste tema, vamos tratar das diferenças entre os idiomas. Enquanto a expressão portuguesa “Vencer minhas paixões” aparenta constituir uma certeza, uma determinação daquele que fala, a língua inglesa é muito mais ponderada – uma postura que se esperaria de um Ap.:: “Aprender a subjugar minhas paixões”. Mas, por que aprender? O aprendizado é parte da vida e, como tal é inescapável aqueles que passam seus dias na Terra. Se, por um lado, não se supõe que todo Maçom seja capaz de imediatamente vencer suas paixões ao ingressar na Ordem, é certo que todo Maçom, necessariamente, esteja disposto a aprender a vencer tais paixões. É um compromisso para o presente e para o futuro, de aperfeiçoamento constante que é o próprio cerne da Ordem – e não uma afirmação para o passado ou uma certeza do presente, como pode dar a impressão o vernáculo em português. E por que subjugar? O verbo “subdue”, quando traduzido do inglês ganha certo contorno de violência física, mas o original, em sua natureza, não deve ser interpretado desta forma (obter sujeição mental, moral ou espiritual, prevalecer sobre, obter controle, apaziguar, acalmar4 ): a interpretação, portanto, é de se aprender a fazer as coisas através de moderação5 , isto é, moderar suas paixões. Se formos ao Ritual, encontraremos na prova do Fogo, a terceira e última viagem do neófito, que, segundo Rizardo da Camino, se depreende em silêncio e sem obstáculos por simbolizar a paz e a tranquilidade obtida pelo homem que modera suas paixões e desejos6 . Enquanto os vícios do homem devem ser expurgados e simbolicamente deixados em masmorras, às paixões cabem ser cuidadas e moderadas – mesmo porque são da natureza do homem e talvez não possam ser totalmente apagadas, sem prejuízo de, o fazendo, perder o mesmo homem o ardor e o entusiasmo (Fogo) pela vida. 3 http://www.themasonictrowel.com/Articles/degrees/degree_1st_files/to_subdue_my_passions.htm 4 http://www.themasonictrowel.com/Articles/degrees/degree_1st_files/to_subdue_my_passions.htm 5 http://www.midnightfreemasons.org/2016/04/to-learn-to-subdue-my-passions.html 6 CAMINO, Rizardo da. Rito Escocês Antigo e Aceito. São Paulo: Madras Editora, 2007.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 9/28 Cabe ao Maçom reconhecer as próprias paixões e combatê-las na sua alma diariamente. Mas o que significaria a palavra “paixão”, no vernáculo original “passions”? Enquanto hoje o significado desta palavra esteja voltada à “afeição da mente”, em uma acepção romântica, não se trata de desejo por um objeto ou pessoa. No vernáculo inglês, exemplos de paixões são os equivalentes dos pecados capitais descritos no cristianismo: ambição, cobiça, desejo, medo, ódio, sofrimento, raiva, vingança.7 Até mesmo sentimentos positivos podem ser entendidos como “paixões”, na sua forma desmedida e descabida: esperança (que se torna ilusão), amor (nesta caso, o Eros, o amor erótico e compulsivo) e alegria (que deságua na loucura). As paixões, assim, têm significado profundo, principalmente quando observamos as origens gregas da palavra, que evocam emoções fortes e traiçoeiras – e que subvertem a razão. Em fato, foi somente depois do movimento romântico do século XIX que houve qualquer valorização da paixão sobre a razão, na tradição ocidental. Até então, a paixão era vista sempre sob uma lente negativa.8 Em fato, nas tradições cristãs, que certamente influenciaram a Maçonaria em sua formação, a expressão “paixão” faz referência direta aos sofrimentos físicos, espirituais e mentais de Jesus Cristo – tal deslocamento radical de significado no ocidente foi tão surpreendente, que até hoje dificulta o entendimento do termo naquele contexto. Voltemos, então, à outra transformação de significado igualmente relevante, ocorrida em 200 anos de Maçonaria inglesa, que já mencionamos, mas ainda não exploramos: “aperfeiçoar a mim mesmo nas artes e mistérios secretos da antiga Maçonaria” e o posterior “aperfeiçoar a mim mesmo na Maçonaria”. Não há dúvida que o auto aperfeiçoamento do homem livre e de bons costumes é um dos cernes da Maçonaria, como se sabe. A diferença, no entanto, entre as duas frases, é cabal. Enquanto aquela primeira pode transmitir a mensagem que o que se procura, principalmente, é conhecimento, isto é, melhorar a si mesmo enquanto conhecedor dos mistérios e artes da Maçonaria, a expressão posterior, embora menor, parece muito mais acertada e poderosa em sua ambiguidade: usar da Maçonaria para se tornar um homem melhor, ao mesmo tempo em que se torna um melhor Maçom. Explorada a tradição de língua inglesa e seus significados originais, vamos então, finalmente às diferenças desta com a expressão de língua portuguesa. Mais grave, nisto tudo é: o que ocorreu com o trecho “submeter minha vontade”? Embora seja verdade que a Grande Loja de Londres, de 1717, seja geralmente aceita como a Loja Mãe da Maçonaria e a referência, nem sempre foi assim. Na França, enquanto a Grande Loja já existia, desenvolveram-se no século XVIII dois ramos distintos da Maçonaria: um inglês, dependente da Grande Loja londrina, e outro “Escocês”, livre do sistema de obediência a esta Grande Loja. Isto mudaria no futuro, mas os desdobramentos dessa separação ainda podem ser vistos no Telhamento. Assim, o Rito Escocês Antigo e Aceito, o qual hoje se 7 http://www.themasonictrowel.com/Articles/degrees/degree_1st_files/to_subdue_my_passions.htm 8 DENNIS, John, in M. H. Abrams, The Mirror and the Lamp, p. 75.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 10/28 pratica em grande parte do Grande Oriente do Brasil, foi herdado diretamente desta tradição francesa.9 Necessário, portanto, para entendermos melhor como se deu a transformação na expressão portuguesa, estudarmos agora o Telhamento francês, que foi o que mais sofreu transformações no tempo. Em 1738, o primeiro registro publicado na obra “La Réception Mystérieuse”10 , indicava a seguinte resposta à pergunta “Que venez-vous faire ici?” (“O que vindes aqui fazer?”): – "Je n’aspire point à suivre ma propre volonté, mais plutôt à vaincre mes passions, tout en suivant les préceptes des maçons, et à faire des progrès quotidiens dans cette profession”. (“Aspiro seguir minha própria vontade, mas para conquistar minhas paixões, enquanto sigo os preceitos dos maçons, e faço progressos cotidianos nesta profissão”). Já em 174511 , 7 anos depois, uma publicação mostrava uma transformação significativa: – "Vaincre mes passions, soumettre mes volontés et faire de nouveaux progrès en maçonnerie”. (“Vencer minhas paixões, submeter a minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria”). Ao que tudo indica, como se pode compreender, foi exatamente esta tradição que influenciaria diretamente a resposta portuguesa. Por volta da mesma época, em 1749, a expressão “volontés” seria substituída, em outra publicação, pela expressão “désirs”, que representa desejo, anseio e vontade (mais próximo, portanto, do conceito de “paixões”), permitindo a interpretação que a palavra “submeter”, aí, teria o mesmo significado que subdue, ou subjugar, reforçando o sentido da primeira frase. Não obstante, esta alteração seria revertida nos anos posteriores e as futuras edições do Ritual, no REAA, consolidariam a resposta em três partes com a qual somos hoje familiarizados. “Submeter a vontade”, assim, pode ser entendido como a necessidade de se manter o controle da mente, constantemente desafiada pelo “peso dos metais” e do ego, bem como das paixões12 . Em outro diapasão, a expressão “volontés” é interpretada como o pensamento inicial, a consciência, a força mental – a Pedra que se torna Cúbica pelo esforço pessoal e que vai sendo atingida pelas agruras da vida se não for plenamente defendida, até retornar ao estado de Pedra Bruta e imperfeita13 . A vontade, assim, deve ser submetida, para constante manutenção e força. Uma observação adicional, também, pode ser feita sobre a palavra francesa “soumettre”: ela também pode significar apresentar, render, como se poderia interpretar o compromisso de, como homem livre, externar sua vontade de permanecer cumprindo seus deveres14 . 9 Guia Prático de Consulta da A.:R.:L.:S.: JERUSALEM, pág. 43. 10 http://montaleau.over-blog.com/article-rite-francais-de-la-question-que-venons-nous-faire-en-loge-75811056.html 11 http://montaleau.over-blog.com/article-rite-francais-de-la-question-que-venons-nous-faire-en-loge-75811056.html 12 http://www.glfriteecossaisprimitif.org/?page_id=609 13 http://www.ledifice.net/3169-9.html 14 http://www.ledifice.net/3169-9.html
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 11/28 Exerço o livre pensamento e a busca constante da Verdade, pois não tenho compromisso com o erro. Christian Rosencreutz e os Manifestos Rosacrucianos do Século Dezessete José Maurício Guimarães, 33º, RC, MI, MAR Belo Horizonte, setembro de 2011 Era uma vez uma Rainha chamada Catarina de Medici que governava a França como bem entendia. Ela achava que o filho, Carlos IX, era um banana – vivia pensando em caçadas – e não tomava as decisões importantes para o reino. Naquele tempo, a nobreza andava inquieta por causa das hostilidades entre católicos e protestantes. A Rainha pensou numa saída e resolveu casar sua filha, Margarida de Valois, com o protestante Henrique de Navarra. Milhares de pessoas foram convidadas para as bodas, principalmente os huguenotes. Paris virou um formigueiro humano. Depois da cerimônia, iniciaram-se os festejos que, de acordo com os costumes, deveriam durar três semanas ou mais. Mas, a bruxa andava solta. Tratava-se do celerado Charles de Louvier, inimigo dos protestantes que, a mando da Rainha, feriu o líder huguenote Coligny. Os protestantes pressentiram a armadilha: a festança não passava de uma armadilha. Tentaram revidar, mas em vão. A soldadesca caiu-lhes em cima. Ao invés de punir Louvier, Carlos IX mandou matar Coligny. Em seguida, atendendo às exigências da Rainha, trucidou os convidados das bodas e todos os que transitassem pelas ruas com cara de huguenote. Era a noite de 24 para 25 de agosto de 1572 – noite de São Bartolomeu – quando pereceram mais de 30 mil pessoas. O massacre se estendeu por vários meses e noutras cidades da França, vitimando mais de 100 mil pessoas. 5 – CHRISTIAN ROSENCREUTZ E OS MANIFESTOS ROSACRUCIANOS DO SÉCULO DEZESSETE - José Maurício Guimarães
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 12/28 VIAGENS E CONSPIRAÇÕES DOS INVISÍVEIS 1 . VIAGEM AO PASSADO Casamentos entre facções inimigas eram o principal recurso diplomático da nobreza. Que se danasse o povo. Em 1613, outro "casamento diplomático" visando interesses da corte, aconteceu na Inglaterra, quando Jaime I casou sua filha Elizabeth Stuart com o calvinista Frederico V, Eleitor do Palatino do Reno. A festa foi no Palácio de Whitehall, em Londres. Desta vez não houve matança, mas uma dissipação sem precedentes das finanças inglesas: vultosos desperdícios com joias, presentes, roupas caríssimas, diversões e fogos de artifício. Na célebre Casa de Banquetes, excessos de comida e bebida. As coisas iam nesse pé e de mal a pior. Enquanto isso, sentimentos de consciência nacional se esboçavam em contraste com o despotismo e as manobras de sustentação das mesmas famílias no poder. Gente do povo entendia o clamor dos líderes protestantes como incentivo ao confisco das riquezas da igreja católica. A tensão aumentava até que, em 23 de maio de 1618, um grupo de protestantes invadiu o palácio de Fernando II, em Praga, praticando o esporte favorito da Boêmia: "defenestrar pessoas". Agarraram ministros pelo pescoço e os atiraram pela janela mais alta do prédio. A façanha ficou conhecida como "Defenestração de Praga". Foi o grito de largada para a Guerra dos Trinta Anos. Entretanto, indiferentes às questões de janelas e matrimônios, o progresso do pensamento e a marcha das ciências iam, aos poucos, despertando a Europa de um longo sono. No século anterior, Bartolomeu Dias e Vasco da Gama alargaram os horizontes do continente com suas explorações marítimas. A lenda do Eldorado sobre um cacique dos Andes, coberto de ouro da cabeça aos pés, inflamava a fantasia dos que sonhavam com um Novo Mundo literal ou simbólico. Giordano Bruno, morto na fogueira em 1600, ensinara um universo infinito de planetas e a possibilidade de existir vida inteligente noutros rincões onde o amor de Deus estava igualmente presente. Desconsiderando as pendengas entre o Vaticano e as teses de Lutero, Johannes Kepler elaborava uma cosmologia fundamentada nos cinco sólidos geométricos platônicos. Galileu Galilei enfrentava a Inquisição com ideias contrárias aos postulados do vetusto Tomás de Aquino. A base metafísica da Igreja, sendo aristotélico-tomista, repudiava qualquer solidez dos platônicos e convivia de má vontade com o douto Agostinho que pregava "não caminhar em glutonarias e embriaguez, nem desonestidades, dissoluções, contendas ou rixas". Os eruditos ainda não sabiam utilizar os novos conhecimentos e os simplórios fantasiavam a respeito de tudo que ouviam nas praças e mercados de peixe; imaginavam absurdos misturados à magia, feitiçaria e encantamentos. Nesse contexto material e moral tiveram início os rumores sobre a existência de uma misteriosa fraternidade chamada Rosa-Cruz. No começo, o assunto circulava em grupos fechados e manuscritos eram enviados às pessoas cultas. Em seguida,
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 13/28 informações e cópias mais ou menos fidedignas eram levadas para lugares distantes ao mesmo tempo. Finalmente, espalhavam boatos sobre os autores dos textos. Então, sobrevinham as versões impressas. Primeiro na Alemanha, imediatamente após o faustuoso casamento do alemão Frederico V com a inglesa Elizabeth Stuart. Três publicações sucessivas, na forma de manifestos, apareceram na cidade alemã de Kassel, a partir de 1614: "Fama Fraternitatis Roseae Crucis oder Die Bruderschaft des Ordens der Rosencreutz" (Notícia da Fraternidade da Rosa e da Cruz ou Irmandade da Ordem dos Rosacruzes) seguida da "Confessio Fraternitatis oder Bekenntnis der Societät und Bruderschaft Rosencreutz" (Confissão da Sociedade e da Fraternidade Rosa Cruz) em 1615 e da "Chymische Hochzeit Christiani Rosencreutz anno MCDLIX" (Casamento Químico de Christian Rosencreutz ano MCDLIX) em 1616. Foi na França, com o justificável atraso de 50 anos desde as bodas de sangue de São Bartolomeu, que a repercussão do movimento Rosa-Cruz teve maior impacto. Numa manhã do outono de 1623, Paris acordou surpreendida por cartazes anunciando a chegada de uma enigmática irmandade. A tribuna escolhida não poderia ser melhor: a Pont Neuf , construída sobre o local onde, trezentos anos antes, Jacques de Molay, último Grão-Mestre dos Templários, fora queimado numa fogueira. A ponte era o lugar preferido dos artistas de rua e populares. Não houve quem não tomasse conhecimento do anúncio: "Nós, deputados do Colégio Principal dos Irmãos da Rosa- Cruz, estamos, visíveis e invisíveis, sediados nesta cidade pela graça do Altíssimo, para o qual se voltam os corações dos justos. Ensinamos e demonstramos sem a necessidade de livros, falamos toda espécie de linguagem do país onde estamos, com o objetivo de tirar os homens, nossos semelhantes, do erro e da morte". E convidavam os interessados a juntarem-se à fraternidade, com a ressalva: "os que nos procurarem por mera curiosidade, jamais nos encontrarão... mas, se seu desejo for autêntico, nós os encontraremos e nos faremos reconhecer". Os analfabetos, que eram a maioria, contentaram-se com as explicações truncadas dos mais espertos: deputados de uma corporação... homens invisíveis... falar em línguas... vencer a morte... Ofertas tentadoras! Quem não desejava tornar-se invisível e bisbilhotar todos os recantos da cidade, entender todas as línguas e se tornar imortal? O sensacionalismo estava armado. Com mais uma pitada de enxofre, uma asa de morcego e uma perninha de rã, estaria pronta a receita para mandar incautos deputados, atores de rua e artistas para a fogueira. Mas, desta vez não foi fácil. Os responsáveis pelos cartazes estavam ocultos numa espessa nuvem de mistério. Quando muito, velavam com C.RC. o nome emblemático de Christian Rosencreutz: (era um cristão), havia uma rosa e a salvífica imponência da cruz. A quem pegar? – onde estaria o Diabo? O clero católico pressentiu indícios de novas trampolinagens protestantes e colocou-se em guarda. Já o Rei Louis XIII, mesmo imberbe, colocou barbas de molho: ordenou uma investigação por parte de seu bibliotecário, Gabriel Naudé, que redigiu, às pressas, uma instrução à
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 14/28 França sobre os irmãos da Rosa-Cruz ("Instruction à la France Sur la Vérité des Frères de la Rose-Croix" Paris: Chez François Julliot, 1623). Parece que Naudé sabia muito mais sobre Rosa-Cruz do que deixou transparecer nas instruções à França. Disse que a tal fraternidade era tão secreta quanto o significado do símbolo adotado por eles – uma cruz com uma rosa no centro: se eram cristãos, por que substituíam a imagem do Salvador por uma rosa? Naudé afirmou que os membros da fraternidade possuíam um único livro no qual aprendiam tudo que já estivesse noutros livros, escritos ou por serem escritos; que os adeptos da Rosa-Cruz não estavam sujeitos nem à fome, nem à sede e, por isso mesmo, não envelheciam nem adoeciam; que, a despeito de buscarem a imortalidade, escolhiam sucessores para seus lugares na irmandade após suas mortes e tomavam precauções para que os lugares de seus sepultamentos ficassem incógnitos; que eram mesmo invisíveis e, quando perceptíveis, vestiam-se de acordo com os costumes do país por onde passavam; que se reuniam secretamente uma vez por ano; que a fraternidade passava por períodos de 120 anos entre adormecimento e publicidade; que dominavam todos os espíritos e demônios, colocando alguns deles sob suas ordens. Havia pontos perigosíssimos nas revelações de Naudé insinuando hostilidades entre os invisíveis e o Papa, e que propugnavam pela criação de um bem- aventurado governo mundial – ou Império – que obedeceria apenas às leis contidas nos quatro Evangelhos. Por outro lado, Gabriel Naudé reconheceu que os Rosa-Cruzes eram caridosos e exerciam gratuitamente a medicina. Seria Naudé, ele mesmo, um Rosa-Cruz e suas instruções à França uma trama para despistar o Rei e os curiosos? Ou tudo não passava de uma pilhéria rocambolesca urdida pelo irônico bibliotecário real? Seja como for, as instruções à França revelaram alguns vestígios da influência protestante no movimento dos invisíveis. Havia entre os luteranos um grupo independente que adotava certo grau de misticismo, os pietistas. Essa corrente buscava a salvação tanto na Bíblia quanto nos manuscritos de Jacob Boehme e Sebastian Franck. Quanto ao secreto símbolo – uma cruz com uma rosa no centro –Martin Lutero havia sugerido como distintivo da Reforma uma rosa de cinco pétalas com uma cruz no centro. Além disso, a rosa era usada desde a Idade Média como sinal de assunto sigiloso. Daí a expressão latina sub rosa – sob a rosa. Quando se tramava uma rebelião, os conspiradores colocavam uma rosa no teto do aposento onde se realizavam reuniões mantidas em segredo. Os eruditos sempre desconversavam quando o assunto era a Rosa-Cruz. Por exemplo, no ano de 1628 apareceu, em Frankfurt am Main, uma obra intitulada "Summum Bonum" assinada por Joachim Fizzio, pseudônimo de Robert Fludd, médico, filósofo e místico inglês. Quando perguntado se ele pertencia à irmandade Rosa-Cruz, Fludd respondia: "Eu não tenho esse mérito, entretanto sei que ser Rosa- Cruz é uma bênção que depende da graça de Deus". Acontece que, 100 anos antes, Henrique VIII havia rompido com a Igreja Católica Romana, fazendo dos monarcas ingleses, líderes da Igreja Anglicana, a um só tempo católica e reformada. Isso "poupava" a ilha da intensa propaganda dos manifestos. Só mais tarde, em 1652,
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 15/28 depois de baixada a poeira, o galês Thomas Vaughan traduziu a Fama Fraternitatis para o inglês, evitando admitir suas ligações com a Rosa-Cruz. O fato é que o movimento Rosa-Cruz desencadeado nas duas primeiras décadas do século XVII foi concebido por pessoas (ou pessoa) de pensamento iluminado, intelectuais de genial entendimento sobre questões sociais, políticas e religiosa. Não eram fanáticos, nem visionários e muito menos "homens-invisíveis". Tratava-se de reformadores dotados de firmes concepções e imaginação brilhante, fazendo extensa publicidade sem serem descobertos. Não tinham vocação para o martírio, mas a predestinação para a Verdade. Na Alemanha, a suspeita de autoria caiu sobre Johann Valentin Andreae (1586- 1654), jovem de uma família de Würtemberg envolvida com a reforma luterana. Há quem conteste a autoria de Andreae porque, na época, ele tinha apenas 28 anos. Ora, aos 17 Andreae já havia escrito uma peça de teatro no estilo elisabetano com o título "Núpcias Químicas". Apesar de ser cópia de 'O Sonho de Polifilo", de Francesco Colonna (1499) com inserções do "Quinto Livro" de François Rabelais (1564) e da "Viagem dos Príncipes Afortunados" de Beroaldo de Verville (1610), não se pode negar o conhecimento de Andreae e sua versatilidade em idiomas. Por outro lado, as obras nas quais Andreae se inspirou eram repetições de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri, que começa com estes versos: "Nel mezzo del cammin di nostra vita mi ritrovai per una selva oscura..." (No meio do caminho desta vida, fiquei perdido numa selva escura, solitário, sem sol e sem saída...) Na juventude, Dante Alighieri (1265- 1321) confessara sua ligação com o movimento literário "Fedeli d’Amore" voltado para ideais de cavalaria e o amor cortês, objetivando a regeneração da sociedade. Apesar dessas evidências e de Andreae ter considerado a Rosa-Cruz uma igreja invisível capaz de trazer paz e concórdia para o mundo, ele permaneceu negando sua vinculação direta com os Rosa-Cruzes. Assim, conseguiu escapar das investigações. Mas caiu em desgraça ao ser considerado um pietista. O clero luterano mandou incendiar sua casa juntamente com seus escritos. Muitos pesquisadores atribuem a autoria dos manifestos a Francis Bacon. Embora não possa ser comprovada, esta hipótese é a mais plausível de todas. Bacon nasceu em Londres no dia 22 de Janeiro de 1561. Viveu algum tempo na França onde absorveu o conhecimento dos países vizinhos. Leu as obras de Dante Alighieri e pesquisou as tradições trazidas do Oriente pelos cruzados. Na Inglaterra, estudou jurisprudência no Gray’s Inn convivendo com reformistas influenciados pelos conhecimentos do Oriente. De forma análoga aos objetivos traçados nos manifestos da Rosa-Cruz, Bacon descreveu métodos para se alcançar o verdadeiro saber. Empenhou- se em verificar as falsas noções (idola) arraigadas no intelecto a obstruir a busca da verdade e impedindo o progresso das ciências. Bacon publicou a "Nova Atlântida" no mesmo ano de sua morte (1626). Essa obra revela um paralelo entre o Estado ideal da Casa de Salomão e a propaganda Rosa-Cruz de Paris.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 16/28 2 . A VIAGEM EM FAMA FRATERNITATIS Os manifestos Rosa-Cruzes estão repletos de enigmas e obscuro simbolismo cuja interpretação demanda conhecimento das condições históricas da época e de possíveis "chaves" só conhecidas pelos leitores aos quais esses textos se destinavam. Mas a visão do passado nos permite alcançar o futuro e descobrir o sentido dos manifestos Rosa-Cruzes para os dias de hoje. Antes de mais nada, é preciso compreender que os símbolos servem mais para velar do que para revelar alguma coisa; e que os autores dos manifestos usaram linguagens especiais porque desejavam exprimir um conhecimento inacessível ao entendimento vulgar. Porém, partindo de uma análise elementar, podemos identificar as seguintes "chaves": 1 –A lenda egípcia da peregrinação de Ísis e a ressurreição de Osíris; 2 –Elementos da Arte Real relativos à morte, reencontro e ressurreição de um mestre; 3 –O arquétipo da viagem representado nas "circumambulações iniciáticas"; 4 –O arquétipo do casamento sagrado ou hierosgamos; 5 –Princípios da restauração do cristianismo original inspirado na Reforma Protestante; 6 –O encontro do Ocidente com o conhecimento Islâmico; 7 –Reminiscências da Ordem do Templo e o assassinato de seu último Grão- Mestre, Jacques de Molay. Algumas edições do Fama trazem uma espécie de introdução burlesca que expõe ao ridículo as pretensões dos letrados em transformar as pessoas e os costumes. Trata-se da "Allgemeine und General Reformation der ganzen weiten Welt" (Reforma Universal de Todo o Mundo), imitação das viagens ao mundo das musas de Miguel de Cervantes, Cesare Caporali, e George Wither –todos do mesmo século. A narrativa tem lugar no areópago quando Apolo reuniu os sete sábios da Grécia para providenciarem a erradicação da miséria humana. Após várias propostas absurdas, a plenária encaminhou a Apolo proposta de lei obrigando os vendedores ambulantes de leguminosas e azeitonas pretas a aumentarem suas medidas; tabelaram o preço do arenque e fixaram a cotação do repolho. Em suas considerações finais, o Orador, Bias de Priene, disse que o mal pertence à natureza humana e o ápice da sabedoria consiste em sermos prudentes o bastante para evitarmos dores de cabeça, deixando as coisas exatamente como estão. No texto principal, Fama reassume a austeridade narrando história do "mais divino e altamente iluminado Pai, nosso Irmão C.RC., chefe e fundador de nossa Fraternidade..." nascido às margens do Reno. Pelo que se conclui do restante do texto, a data de nascimento seria 1378. Aos 6 anos de idade o Irmão C.RC. foi enviado para uma abadia onde aprendeu grego, latim, hebreu e magia . Aos 16, partiu em peregrinação para a Terra Santa em companhia de um amigo que morreu em Chipre. Permaneceu em Damasco recebendo ensinamentos de sábios que lhe confiaram a missão de comunicá-los à cristandade e fundar uma sociedade secreta. Foi sucessivamente conduzido a uma "cidade filosófica", onde passou três anos. Percorreu o Líbano, a Síria, Egito, Damcar, Fez (cidade do Marrocos) e visitou o Santo Sepulcro. Cumpriu cinco anos de retiro num local solitário e regressou à Europa através da
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 17/28 Espanha. Depois, recrutou seguidores e batizou a sede da irmandade como "Domus Sancti Spiriti" (Templo do Espírito Santo) onde curavam doentes e consolavam os desesperados. Essas viagens indicam a provável reorganização da Ordem do Templo (os Cavaleiros de Cristo e outras ordens militares da Idade Média) após a destruição dos Cavaleiros Templários em 1314. Há vários indícios que se ajustam à dramática história dos Templários, dos quais citaremos alguns: o Irmão C.RC. morreu na Inglaterra aos 106 anos (portanto, em 1484). Alguns anos mais tarde – 1604, vésperas da publicação dos manifestos –seu sucessor, o Imperator N.N., descobriu o túmulo do Pai C.RC. numa edificação de sete lados, constantemente iluminada por lâmpadas inextinguíveis. Na parede que obstruía a entrada estava escrito: "post 120 annos patebo" (após 120 anos serei encontrado). No centro da construção havia um altar cilíndrico com a inscrição: "A C.RC. hoc universi compendium unius mih sepulcrum feci" (a Christian Rosencreutz, compêndio único do universo, fiz este túmulo). Em volta de um primeiro círculo, lia-se "Jesus mihi omnia" (Jesus é tudo para mim); no círculo do meio, quatro figuras com as inscrições: "Nequaquam Vaccum" (em parte alguma o vácuo); "Legis Jugum" (o jugo da lei); "Libertas Evangelii" (a liberdade do Evangelho); "Dei Gloria Intacta" (a Glória de Deus é inatacável) expressões cristãs, Templárias e da predileção reformista. Aos cristãos da rosa e da cruz, que detêm o único compêndio do universo, fora edificado aquele túmulo onde repousava o corpo mumificado do Pai C.RC. Tinha na mão direita o Liber T (Livro T); nas laterais uma Bíblia, um vocabulário, um itinerário de viagem e sua biografia. A letra T, ou tau grego, representa a verdade e a luz da mente. Corresponde à última letra do alfabeto hebraico (taw) mencionada pelo profeta Ezequiel (Capítulo IX: 4): "Passa pelo centro de Jerusalém e marca com um T as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa das abominações que se cometem". Implicações maçônicas desta simbologia se completam no capítulo VII do livro de Amós: "Disse o Senhor: "Eis que vou passar um fio de prumo no meio do meu povo e não tornarei a perdoá-lo" –textos bíblicos aplicados à situação da Europa onde suspiros e gemidos aguardavam o alívio pelo "triplo tau" do conhecimento e pelo inexorável fio de prumo. Na tumba do Pai C.RC. lia-se a divisa cristã da fraternidade: "Ex Deo nascimur, in Jesu morimur, per spiritum reviviscimus" (em Deus nascemos, em Jesus morremos e ressuscitamos pelo Espírito). Algumas versões do Fama traziam um acréscimo intitulado Confessio Fraternitatis, esclarecendo algumas passagens e revelando o nome completo do Pai C.RC. –Christian Rosencreutz. Reafirmava a existência de uma ciência capaz de reconduzir os homens ao plano original de Deus. Esse processo, representado pelo Casamento Alquímico (união e transformação) consistia numa jornada espiritual do Iniciado em busca da reintegração. A descoberta de um "corpo" numa 'tumba', ou do corpo de uma pessoa conhecida como C. R—C., é alegórica. A abertura de um túmulo citado refere-se à publicidade dos arquivos da Ordem que estiveram selados durante períodos de perseguição.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 18/28 As iniciais C. R—C não se referiam a um indivíduo, e sim à personalidade espiritual representada pelo 'corpo' dos princípios rosacrucianos, não tendo existido ser humano algum que tivesse sido singular e exclusivamente conhecido como Christian Rosencreutz. Christian Rosencreutz significa Christus da Rosa-Cruz ou, literalmente, 'Um Cristão da Rosa-Cruz' – o que faz do rosacrucianismo um movimento autenticamente Cristão com referência a Jesus Cristo – tal como se apresenta, por exemplo, no Capítulo Rosa Cruz do Rito Escocês Antigo e Aceito – com tudo o que impliquem as palavras CHRISTOS = ungido, o Messias, Filho de Deus ou CHRESTOS = virtuoso e bom. Quanto aos enigmas e às supostas "chaves", voltemos a atenção para o fato de que Christian Rosencreutz morreu em 1478 na Inglaterra. Segundo o Fama, após 120 anos ele seria novamente encontrado ("post 120 annos patebo") ou seja, em 1598 na Inglaterra. Façamos as contas: Francis Bacon estava com 37 anos, quando se entregou com ardor ao trabalho intelectual redigindo os "Ensaios" à maneira dos manifestos: "oscilando por intermináveis metáforas entre política e filosofia". 3 . VIAGEM DE UM CONVIDADO PARA AS BODAS ALQUÍMICAS Apesar da escrita hermética, os manifestos apontaram um caminho de esperança para a Europa quando não restava mais nada em que confiar. O Casamento Químico (Alquímico) de Christian Rosencreutz, publicado em 1616, traz no título a indicação "ano 1459" significando a idade de 81 anos quando Christian Rosencreutz tivera a experiência arquetípica da viagem. As Bodas transcorrem em sete dias ou jornadas. No início da narrativa, Christian Rosencreutz é surpreendido por uma tempestade e o aparecimento de uma mulher vestida com manto azul salpicado de estrelas douradas. Ela trazia uma trombeta de ouro e um maço de cartas escritas em todas as línguas do mundo. Identificamos nessa imagem a figura de Fama, pela primeira vez revelada no jogo de palavras – Fama+Fraternitatis: notícia da fraternidade e/ou fraternidade da (divindade) Fama, personagem mitológica da notícia e da reputação. Agitando asas repletas de olhos, a divindade convidou Christian Rosencreutz para as festas de nupciais de um rei. Rosencreutz ornamentou seu chapéu com quatro rosas e atravessou no peito uma faixa escarlate –alusões à rosa vermelha de Lancaster, rosa branca de York, e as duas rosas (rosa dupla) vermelha e branca de Tudor que uniu os dois emblemas. Depois de várias peripécias, provas e perigos, Rosencreutz chegou ao portal de um castelo sobre o qual estava inscrito o versículo 38 do capítulo VI do Evangelho de Lucas: "Dai, e vos será dado". Rosencreutz misturou-se aos convidados
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 19/28 e presenciou acontecimentos velados pelo simbolismo iniciático: a pesagem das virtudes no estilo do tribunal de Osíris; a premiação dos justos com o Velocino de Ouro dos gregos; a condenação dos injustos após beberem as taças da amargura e do esquecimento; juramentos de lealdade diante de um livro negro e a visão de um crânio que expulsava das órbitas uma serpente. Subitamente, surge um carrasco decapitando pessoas cujos corpos são estendidos em esquifes (alusão à lenda egípcia de Osíris e ao histórico massacre da noite de São Bartolomeu). 4 . VIAGEM EM DIREÇÃO AO MUNDO René Descartes, na primeira parte do Discurso do Método conta a revelação admirável que tivera, em novembro de 1619, sobre os alicerces de uma nova ciência. Após servir à instrução militar na Holanda, Descartes viajou pela Dinamarca e Alemanha, voltando à França em 1622 onde a leitura dos manifestos Rosa-Cruzes e a popularidade dos cartazes espalhados por Paris devem tê-lo levado a se interessar pelo assunto. Colocou de lado a mixórdia ocultista que rondava a questão e prosseguiu em suas investigações guiado apenas pela razão. Procurou os Rosa-Cruzes por toda a parte. Mas suas buscas, segundo ele mesmo disse, foram infrutíferas. Contudo, a "moral provisória" que adotara no Discurso do Método num conjunto de quatro regras, seria a astuta justificativa do seu silêncio e das tais "buscas infrutíferas". Numa dessas regras, Descartes afirmou seu compromisso de obedecer às leis, aos costumes e à religião do país em que estivesse e "acolher apenas as opiniões que fossem mais moderadas". Dessa forma, Descartes evitou sérios problemas com a igreja. Apesar disso, descreveu uma espécie de "casamento alquímico" que ocorre dentro do cérebro – precisamente na glândula pineal, palácio real dos alquimistas – unindo o mundo espiritual (res cogitans) ao mundo corpo (res extensa). Descartes, Isaac Newton e Wilhelm von Leibniz parecem ter sido os derradeiros filósofos-cientistas que investigaram sobre a Rosa-Cruz no século XVII. A partir deles, a inércia do espírito humano levou as pessoas a acreditarem mais em organizações transitórias de homens comuns do que no indispensável contato entre inteligências elevadas. Convido você para conhecer o meu site http://josemauricioguimaraes.com.br/index.html Sou contra o spam na rede e respeito a sua privacidade. Para garantir que todas as informações enviadas cheguem até você, escolha uma das três opções: 1) adicione o remetente jmauriciog@josemauricioguimaraes.com.br ao seu catálogo de contatos; 2) ou marque-o como confiável; 3) ou inscrever-se no meu site clicando aqui _ http://josemauricioguimaraes.com.br/participar.html :::
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 20/28 Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR Sinal de Socorro Em 19/02/2015 o Irmão Companheiro Bruno Sousa, Loja Renascença Pedreirense, REAA, GOB-MA, Oriente de Pedreiras, Estado do Maranhão apresenta a dúvida seguinte. wiclaf@hotmail.com Meu respeitável, Irmão trago-lhe um questionamento que embora já tenha feito a vários irmãos nenhum elucidou concretamente a questão.’ Por que o Sinal de Socorro não pode (se é que não pode) ser passado a Aprendiz e Companheiro. A resposta que me pareceu mais convincente dentre as colhidas por mim, foi que simplesmente por não constar no ritual nem de Aprendiz nem de Companheiro. Peço ao Irmão esclarecimentos mais concisos, haja vista que até nossas cunhadas têm uma maneira de solicitar auxilio em situações especiais. Considerações: Tradicionalmente assim tem sido tratado pela Moderna Maçonaria nos costumes que adotam esse Sinal apelativo. À bem da verdade, oficialmente desde o aparecimento do Grau especulativo de Mestre (1.724) houve-se por bem paulatinamente destinar ao Terceiro Grau à plenitude maçônica. Até então era o Grau de Companheiro que reinava como o tradicional. Daí em diante muitas práticas passariam a ser exclusividade do Grau de Mestre - veja, por exemplo, os CCPPPP do C que eram até então denominados como os do Companheirismo, porém em seguida, seria exclusividade do Terceiro Grau (CCPPPP da M). Nesse conceito idealizado como a “plenitude” ou “perfeição” o Sinal de Socorro passaria a ser prática restrita do Mestre, até mesmo como uma questão de cobertura e segurança que o gesto reserva àqueles que meritoriamente chegaram ao ápice da escalada iniciática – a pura Maçonaria universal possui apenas e tão somente três Graus. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 21/28 Em razão disso é que os rituais maçônicos passariam a partir desse evento a tratar o Sinal de Socorro apenas como parte integrante do “Cobridor do Mestre”, ficando os dois outros Graus no ideário iniciático como dependentes do Terceiro Grau. Isso se explica na tradição e na história da Ordem porque a franquia dada pelo Estado (Igreja-Estado) à época dos Canteiros Medievais era somente auferida aos construtores que fossem detentores da totalidade do conhecimento e dos segredos da Arte, fato que os fazia literalmente livres, não só em oposição ao que era servil, mas para se deslocar pelos rincões do Velho Continente em busca do objetivo profissional. Em síntese, os Maçons à época eram protegidos e livres para se deslocarem por conta própria. Nesse particular eles se acercavam de seus Sinais, Toques e Palavras o que lhes garantia o reconhecimento, ou mesmo em situação adversa pudessem ser conduzidos a porto de salvamento. Foi desse modo que a característica desse direito pela plenitude veio a ser firmar feito aos poucos como um costume até os tempos especulativos da nossa atual Moderna Maçonaria. Infelizmente, muitos inventores andaram criando por aí “sinais de socorro” para as nossas cunhadas a exemplo de um sinal com as luvas, que na verdade só mesmo as expõem ao ridículo. Ora, não que elas não mereçam a nossa proteção, todavia daí as mesmas possuírem um sinal maçônico é mesmo um severo caso de invencionice. Não existe esse tipo de apelo, pois de modo racional e tradicional, somente os Mestres podem conhecer um Sinal particular para pedir ajuda. Assim nem Aprendizes e Companheiros têm dele conhecimento, o que no mínimo implica em dizer que muito menos pode existir um “sinal de socorro para as cunhadas”. T.F.A. – PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com – Abr/2016
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 22/28 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau 05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó 08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão 17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis 17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis 17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis 20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis 22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José 25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville 27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau Data Nome da Loja Oriente 03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis 09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas 09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau 16/09/2003 Ordem E Fraternidade Florianópolis 18/09/2009 Colunas Do Oriente Tijucas 20/09/1948 Luiz Balster Caçador 20/09/2008 Acácia Da Serra Rio Negrinho 25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras 27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz 28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú 30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de setembro
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 23/28 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis 03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis 08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis 09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque 10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna 11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis 12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul 12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara 15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros 18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque 19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo 22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá 30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis Paz "Através da introspecção criativa, podemos descobrir dentro de nós um vasto potencial para a paz e a tranquilidade. Com essa experiência, o processo de desarmamento interno automaticamente se inicia, liberando-o da raiva, do medo e do ódio. A paz interna é, então, refletida no comportamento, nas ações e nas relações pessoais. E assim, novos padrões sociais são criados. É a experiência da paz pessoal que torna a ideia da paz mundial uma realidade possível." José Aparecido dos Santos TIM: 044-9846-3552 E-mail: aparecido14@gmail.com Visite nosso site: www.ourolux.com.br "Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 24/28 GOSC - Grande Oriente de Santa Catarina A:.R:.B:.L:.S:. Fraternidade Catarinense nº 9 Circular n.° 001 / 2.016 / 2.017 Or de Florianópolis, 25 de julho de 2.016 da E V Aos IIr da Maçonaria Universal. Ref Solicitação de doação para reconstrução de moradia popular. S F U A ARBLS Fraternidade Catarinense nº 09, do Or de Florianópolis, solicita aos IIr o auxílio financeiro para reconstrução de moradia popular da Sra. Sandra Relher. Esta senhora é funcionária da empresa Khronos onde foi designada para limpeza e organização das nossas instalações. Sua moradia está em estado calamitoso, e a Sra. Sandra não possui recursos para sua reconstrução, com o agravante que seu marido sofre de esquizofrenia não podendo trabalhar. Ainda abriga uma neta bebe filha de mãe solteira. A Fraternidade Catarinense já iniciou um trabalho de captação destes recursos angariando em conjunto com a Sra. Sandra, a quantia aproximada de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), mas para a conclusão total da obra ainda necessitamos de outros R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Sabemos que o momento econômico / financeiro do país e delicado, mas com um pequeno esforço de cada IIr poderemos dar à esta família um teto digno para morar. Toda quantia é bem vinda. Se os IIr precisarem de mais informações temos um dossiê completo com fotos do local e orçamento da reconstrução. Dados para depósito: Banco 756 (SICOOB Credisc) Agência: 3258-1 Conta Corrente: 5228-0 CNPJ: 83.599.829/0001-80 Favorecido: Associação Maçônica Fraternidade Catarinense Agradecemos de antemão a solidariedade dos IIr. Fraternalmente, IrJosé Ricardo de Menezes VenMestda ARBLS Frat Cat Rodovia SC-401 - km 4, nº 3803 Florianópolis/SC – Brasil – CEP 88.032-000 Fone: +55 (048) 3335-6090
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 25/28 CONVOCAÇÃO e CONVITE O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 46ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 13 de setembro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Paulo Roberto Velloso, da ARLS Professor Mâncio da Costa, nº 1977, com o tema “Luz Material e Luz Maçônica”. A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis. Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Após a sessão, será oferecido um ágape com um bom whisky. Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 26/28 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) BREVIÁRIO MAÇÔNICO Para o dia 2 de setembro Oficinas Esse nome deriva das antigas associações e corporações dos artesãos. Quando a maçonaria era operativa, a oficina era o reduto de trabalho manual; posteriormente, esse trabalho passou a visar o bem-estar social; finalmente, o trabalho foi sublimado, sendo os materiais trabalhados os que compõem o próprio ser humano, sob todos os aspectos, inclusive com o “auto aperfeiçoamento”. As arestas produzidas pelos vícios, o maçom deve retirar de si mesmo, como as imperfeições, a desobediência e as omissões. É um trabalho constante, de modo que a oficina maçônica está sempre em funcionamento. A atividade do maçom não se restringe à frequência de sua Loja, uma vez por semana. Todos os dias da semana são dias de trabalho e de oficina. O trabalho é permanente; em Loja, o maçom comparece para “recarregar” as baterias gastas. A comodidade e a preguiça são males a serem superados; o maçom está sempre em vigília e à espreita da oportunidade de auxiliar os seus Irmãos e a sociedade. O pecado não está em “fazer”, mas sim em “deixar de fazer”. O desleixo equivale ao atrofiamento. A vida maçônica é intensa. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 267.
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 27/28 O Irmão Adilson Zotovici, da Loja Chequer Nassif-169 de São Bernardo do Campo – GLESP escreve aos sábados adilsonzotovici@gmail.com TROLHAS Venho a Ti Grande Arquiteto ! Rogar tua intercessão Avives, a tolerância, o afeto, À tão Sublime Instituição Pois, vê-se por todos recantos Inda que muito discreto Pela cisão, desencantos, De obreiros de um único teto ! Do comum labor isoladas Com Livres pedreiros aos prantos Oficinas pois, separadas, Instando tristes quebrantos ! Clamo por benevolência Das “Trolhas” ,harmonizadas, Pelo perdão, pela indulgência, Entre as “pedras esquadrejadas” Reunir, misturar e unificar ! Ministrado com diligência, Se possível não se estremar, Sem temor ou intransigência
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.165 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de setembro de 2016 Pág. 28/28 Peço Luz , oh PAI Eterno, “A quem pode conciliar” ! Em nome do amor fraterno, Que da Ordem,...peculiar ! Respeito as leis e o juramento Mas eterno aprendiz...prosterno ! Sem aceder ao afastamento Dum irmão antigo e superno Liberdade, igualdade e fraternidade ! Sob o uno e comum firmamento Com fé, esperança e caridade Trazendo a todos alento ! Em união, em paz, com alegria, Tendo por norte a verdade Senda primaz da Maçonaria Mantendo a “forte unidade” !!! Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169