[1] O documento é um informativo maçônico com sete blocos de conteúdo. [2] Contém efemérides históricas, artigos sobre maçonaria e eventos maçônicos. [3] Também lista lojas maçônicas e seus membros.
1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Homenagem do JB News aos Irmãos de Sena Madureira - AC
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrJuarez de Oliveira Castro – Perguntas e Respostas (Foco & Ação)
Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Toque/Troque/Truco
Bloco 4-IrHolbein – Fernando Pessoa – O Libertário Inspirado no Algarve
Bloco 5-IrAntonio Pereira – A Canoa
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrAécio Speck Neves – Florianópolis
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 19 de setembro. Versos do Irmão e Poeta Adilson
Zotovici
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Autor: Irmão Rubens Barros de Azevedo (Natal RN)
APRESENTAÇÃO DA 2ª EDIÇÃO DO LIVRO –
“VIVER MELHOR: É POSSÍVEL?”
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 263º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 103 para terminar este ano bissexto
Dia do Ortopedista
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
L I V R O S
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19 de setembro
. JANUÁRIO – Ou S. Gennaro, bispo de Benavento, martirizado em 305 em Pozzuoli
com seis companheiros, no templo do Imp. Diocleciano, as suas relíquias estão em
Nápoles desde 1497 e incluem uma ampola, com sangue seco. Este sangue já se
liquefez três vezes, nos dias de festa do Santo, um dos quais é a 16/1, quando salvou
Nápoles duma erupção vulcânica do Vesúvio. Padroeiro das erupções vulcânicas e de
Nápoles.
1657 – O tratado de Wehlau foi assinado na cidade prussiana de Wehlau (atual Znamensk)
entre a Polónia e Brandenburgo, Prússia durante o dilúvio sueco, onde o marquês (margrave)
Frederico Guilherme, revogou o seu juramento de lealdade à Polónia.
1761 – Proibido o transporte de escravos em Portugal.
1783 – Os irmãos Joseph Michel e Jacques Étienne Montgolfier, este
maçon, foram co-inventores franceses do balão de ar quente, cujo ensaio
decorreu em Versailles na presença do rei Luís XVI.
1802 – Nasceu em Monok, Hungria, Lajos Kossuth, advogado, jornalista, político radical
e patriota húngaro, figura da revolução de 1848, que o levou a ser considerado o pai da
democracia húngara. Antes esteve preso como contestatário e após a revolução foi chefe
do Gov. provisório, após o que declarou a independência da Hungria, tendo-o como pres.,
onde geriu os ataques austríacos, mas o seu regime acabou com a adesão da Rússia à
guerra, tendo de se refugiar na Turquia, onde foi feito prisioneiro até 1851. Viveu nos
sucessivamente nos E.U.A., Inglaterra e Itália. Apesar de seus esforços não conseguiu regressar à
pátria e escreveu Memórias do Meu Exílio, maçon (20/3/1894).
1834 – Início do reinado de D. Maria II.
1836 – O governo setembrista, de Passos Manuel e de Sá da Bandeira, decretou a
abolição das corridas de toiros de morte, por impróprias, bárbaras e inadequadas a
um povo civilizado.
1837 – Instalação da Loja Regeneração, em Lisboa, ligada à GL de Dublin, a primeira
praticante do R.E.A.A. em Portugal, impulsionada por João Coelho, comerciante em Gibraltar,
com ajuda de seu irmão Miguel João Coelho, ambos maçons, e de Frederico Guilherme da Silva
Pereira, visconde das Antas (19/9/1837), o pres. instalador. Os irmãos Coelho pertenciam ao
R.E.A.A. em Gibraltar, dependentes da G.L. Irlandesa de Dublin. A loja desdobrou-se em quatro
lojas, todas com o mesmo nome, vindo a constituir a G.L. Provincial de Portugal da Livre e
Aceite Maçonaria da Irlanda.
1846 – Verificou-se na montanha de La Salette, França, a aparição da Virgem Maria às
crianças Maximin Giraud e Mélanie Calvat, dando origem à futura Nossa Senhora de Lourdes e
fenómeno que se veio a replicar em 1917 em Fátima.
– Nasceu em Lobão, Tondela, António Cândido de Figueiredo, seminarista em
Viseu, licenciado em teologia, abandonou prestes a ser ordenado, seguiu para
Coimbra onde se formou em 1874 em direito, exercendo em Lisboa. Gramático,
filólogo, escritor, lexicógrafo e cultor da língua portuguesa, distinguindo-se o Novo
Dicionário de Língua Portuguesa. Advogado em Lisboa, pres. da C. M. de Alcácer do
Sal e Gov. civil de Vila Real, fundador da Soc. Geografia e produziu ainda
Estrangeirismos, Ler e Escrever e Gramática Sintética da Língua Portuguesa.
Participante da Questão Coimbrã, escreveu em numerosas publicações, redator do Diário de
Notícias, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, de que foi pres., da Academia Brasileira
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
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de Letras, da Sociedade Asiática de Paris e da Real Academia Espanhola, iniciado maçon, escreveu
em 1871 no jornal Conimbricense um artigo exaltando a Maçonaria (25/9/1925).
1865 – O carpinteiro George Pullman recebeu a patente do primeiro vagão-cama.
1881 – Morreu em Washington, James Abraham Garfield, maçon, norte-americano, assassinado
a tiro, um crime político (19/11/1831).
1882 – Nasceu em Braga, Domingos Leite Pereira, bacharel em teologia,
jornalista, prof. e político republicano. Pres. da Comp. de Seguros Douro e da C. M.
de Braga, deputado, ministro e pres. do ministério e da Câmara de Deputados.
Opositor à ditadura e ao Estado Novo, iniciado maçon em 1911 no Triângulo de
Braga, com o nome simbólico de Cândido dos Reis (27/10/1956).
1893 – O primeiro país do mundo a permitir o voto das mulheres nas eleições,
foi a Nova Zelândia.
1903 – Faleceu em Braga, José Joaquim da Silva Pereira Caldas, maçon (26/1/1818).
1908 – Instalada em Óbidos, a Loja Fraternidade, n° 290 do G.O.L., no R.E.A.A., abateu colunas
em 9/11/1914.
– Instalada em Peniche, a Loja Progresso, n° 291 do G.O.L., no R.E.A.A., abateu colunas em
9/11/1914.
1934 – Faleceu em Lisboa, Manuel de Brito Camacho, maçon (12/2/1862).
1935 – Faleceu em Lisboa, Adelaide de Jesus Damas Brasão Cabete, maçona (25/1/1867).
1954 – Fundado o C.E.R.N. – Centro Europeu de Investigação Nuclear, o mais
importante do Mundo.
1956 – Criado o movimento anti-colonialista P.A.I.G.C., por Amílcar Cabral
(12/9/1924),
destinado a promover a luta armada pela independência da Guiné e de Cabo Verde.
1962 – Salazar pressionado pela igreja fez publicar o decreto-lei 44.579 proibindo e punindo
todos os atos de fomento, favorecimento e facilitação do exercício da prostituição.
1995 – Diogo Freitas do Amaral, foi o primeiro político português, a assumir a presidência da
assembleia geral da O.N.U..
2004 – Terminou em Portugal o serviço militar obrigatório.
1837 É criada uma loja maçônica do Rito Escocês Antigo e Aceito, Regeneração nº 338, sem obediência aos
Grandes Orientes Nacionais e diretamente dependente de Dublin, protestando contra a politização das
maçonarias.
1998 Fundado o Grande Conselho de Maçons Crípticos de Portugal.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Florianópolis vai sediar nos dias 14 e 15 de outubro o
XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas
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O Ir Juarez de Oliveira Castro, MI da Loja Alferes
Tiradentes, escreve às segundas-feiras -
(48) 9983-1654 (Claro) - (48) 9801-9025 (TIM)
juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net
Perguntas e Respostas
Parece-me que a Maçonaria usa o método de ensino baseado nas perguntas e respostas.
Digo isto fundamentado nos Rituais. E, creio ser um método moderno, empregado por
muitas empresas para melhor esclarecer e instruir a filosofia do ensinamento. Mas, existe
uma diferença: a Maçonaria pergunta e depois dá a sua resposta ao questionamento
realizado.
Antes mesmo da iniciação somos interpelados por várias perguntas através do “Formulário
do candidato” para melhor conhecer o pretendente a entrar para Maçonaria. Há um estudo
minucioso sobre a vida do postulante.
Tudo preparado e aceito dá-se a partida para as perguntas e respostas.
Na “Câmara de Reflexão” nos são formuladas questões que são submetidas aos nossos
espíritos para serem bem conhecidos os nossos princípios e do merecimento de nossas
virtudes.
As indagações levantadas no recinto sombrio e de reflexão, em que ficamos por um tempo,
diz respeito a Deus, Pátria, Família e a cada um dos participantes. São momentos marcantes
de meditação.
Quando batemos à Porta do Templo começam as diversas indagações e explicações, todas
esclarecedoras e instrutivas, porém uma que não esquecemos em razão de ser a primeira
que a responderemos em voz alta é: “Que entendeis por Virtude?” em que é deixado
livremente que seja replicada e, depois é respondida pelo interrogante como é apreendida
pela Maçonaria: “É uma disposição da alma que nos induz à prática do bem”.
O método estimula o pensamento do candidato à iniciação usando questionamentos
inteligentes para que o faça refletir. E com a continuidade da caminhada do Maçom, com as
instruções, continuam com o mesmo sistema pedagógico.
Serão assuntos extraídos da memória do aspirante, que serão tratados durante a encenação
dramática do princípio da caminhada maçônica em que será vivida. São os obreiros efetivos
da Loja dirigindo a construção e mudança de uma nova vida. A de Maçom.
Assim com este procedimento moderno é que aprendemos, assimilamos e conhecemos a
Maçonaria e, lembramos que nas sessões semanais aprendemos a mais bela definição sobre
ela com uma pergunta feita pelo Venerável Mestre ao Chanceler: “O que é Maçonaria”. E o
Chanceler responde: “É uma instituição que tem como objetivo tornar feliz a humanidade
pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo
respeito à autoridade e à crença de cada um”.
2 –Perguntas e Respostas - (Foco & Ação)
Juarez de Oliveira Castro
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Ano 10 - artigo 3 - número sequencial 584 –18 setembro 2016
Saudações, estimado Irmão!
TOQUE/TROQUE/TRUCO
Dos propalados “segredos maçônicos”, o toque é, justamente, um dos mais secretos e, também,
um dos mais mal executados.
Indiferente de Potências ou Ritos, em todos eles, a maneira correta de aplicá-lo e o local são
descritos nos rituais de forma bem clara. Mas, ainda assim, o Irmão aprende errado e transmite a
informação de forma errada para os demais.
Então, o primeiro ponto é ler o Cobridor do Grau e fazer uma dinâmica de treinamento em Loja.
Não há problema em ter aprendido de forma errada, o dano está em repassar o erro.
Quando da criação desta forma de comunicação entre Irmãos, a quantidade de batidas, o local e o
movimento levou-se em conta aspectos básicos (números), correlações com sinais e marcha e
conhecimentos esotéricos.
Qualquer troca de posição de mãos e dedos podem levar o Irmão ao descrédito, colocar sua
condição de iniciado em dúvida ou pior, certificar ao receptor sua má qualidade de Obreiro.
O toque não deve ser o primeiro sinal de reconhecimento proposto a um desconhecido. Fica muito
esquisito apertar a mão de um estranho dando algumas “pancadinhas”.
O caminho mais natural e assertivo é iniciar a identificação durante a conversa, usando palavras
3 – Toque/Troque/Truco
Sérgio Quirino Guimarães
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muito queridas, que provocam uma resposta imediata, tais como sois, tudo j..., cinzel, pedra bruta,
etc.
Não devemos esquecer que o toque é um de nossos conhecimentos mais velados. Ele não deve ser
usado para nos apresentar como Maçom, pois se usado e aplicado em mãos profanas pode servir
para sua profanação.
Uma mente profana mais ardilosa, ao recebê-lo, aprenderá como executá-lo e com ele, se passar-
se por Maçom, usando-o como um blefe de truco.
PORTANTO, O TOQUE MAÇÔNICO NÃO É UM TOQUE DE IDENTIFICAÇÃO,
MAS UMA AÇÃO PARA CONFIRMAR NOSSO GRAU A UM IRMÃO.
Este artigo foi inspirado no livro “DICIONÁRIO DE MAÇONARIA” – 1ª edição do Irmão
Joaquim Gervásio de Figueiredo que, na página 507, instrui: “Por ser mais individual e discreto,
o toque é o mais eficaz dos sinais, pois só pode ser percebido e identificado pelos irmãos com que
se entre em contato direto, de dia ou de noite, mesmo que estejam perto de estranhos”.
Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de
fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura,
enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de
enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Quirino
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
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Irmão Holbein
Lagos – Portugal
Fernando Pessoa –
o libertário inspirado no Algarve
Em 1901, de visita à família em Tavira, no Algarve – vivia então em Durban, na África do
Sul -, o jovem Fernando Pessoa terá ficado impressionado com o que soube do avô e do
tio-avô, combatentes das lutas liberais que acabaram perseguidos e presos pelos seus
ideais. Na campa deste último, no cemitério de Tavira, pode ler-se: “AQUI JAZ O LIVRE
PENSADOR JACQUES CESÁRIO PESSOA”. Este tio-avô de Pessoa, certamente
maçom, teve um filho que foi proprietário da empresa Tipografia Burocrática. Os
Pessoas de Tavira eram judeus e maçons ligados às atividades editoriais, e devem ter
sido eles que encaminharam o jovem Pessoa para essa actividade.
Herdeiro de uma quantia considerável por morte da avó paterna, Fernando Pessoa, ao
entrar na maioridade (então, aos vinte e um anos), decide montar uma empresa de
edição com o objectivo de materializar a sua ideia de que todo o ser intelectual, digno
desse nome, deve ser um “criador de civilização”. E fundou a Empreza Ibis, que
imprimiu durante algum tempo O Povo Algarvio, um semanário republicano e anti-
clerical, com sede em Loulé, no centro geográfico do Algarve.
Logo no primeiro número, o seu director e proprietário Paulo Madeira, exulta com a
conquista republicana da Câmara de Lisboa, denunciando em seguida a proibição das
crianças poderem cantar o hino maçónico nas escolas (“A Portuguesa”, de Lopes de
Mendonça e Alfredo Keil). O mesmo número primevo anunciava o objectivo do jornal:
“propugnar a verdade das doutrinas democráticas que anunciam a redenção da espécie
pela Escola, pela Liberdade e Fraternidade humanas, sem deuses, sem reis e sem
padres.”
Recordemos que em 1 de Novembro de 1908, na sequência das primeiras eleições
autárquicas realizadas em Portugal, o Partido Republicano ganhou a Câmara de Lisboa
e conquistou igualmente outras autarquias, designadamente em Setúbal, no Alentejo e
no Algarve.
O semanário fundado em 20 de Maio de 1909 rapidamente transpôs as fronteiras locais,
pois apresentava um rol de notáveis entre os seus colaboradores: Bernardo de Passos,
Brito Camacho, Câmara Reis, Gomes Leal, Raul Brandão, além de João Rosa Beatriz e
Machado dos Santos, entre outros.
O Povo Algarvio foi, assim, um arauto do Partido Republicano no sul do país. Do nº 27,
publicado em 12-03-1909, até ao nº 41, datado de 12-06-1910, o jornal foi composto e
impresso na «Empreza Ibis - Typographica e Editora - Officinas a Vapor» de Fernando
Pessoa.
4 – Fernando Pessoa – O Libertário Inspirado no Algarve
Holbein
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Tudo indica que, para o poeta/escritor, a empresa Íbis constituía o instrumento escolhido
para editar os seus escritos de cariz republicano e os de edificação cultural do povo
português que, no seu entender, carecia de urgente resgate às trevas da ignorância. E
confessa, numa dessas primeiras escritas, que projecta “desencadear uma revolução
aqui”, por isso, os seus panfletos. À margem de um poema épico que então compunha,
apropriadamente intitulado Portugal, anotou, em Outubro de 1910, escassos dias após a
implantação da República:
“Recentes e gloriosos dias tornaram felizmente visionária esta poesia
prefacial”.
Num outro poema este Pessoa revolucionário e libertário escreve, sob pseudónimo de
Joaquim Moura Costa:
É a espada, vejam bem, Que ao mal e ao crime conduz:
A espada tem uma coroa E a coroa tem uma cruz.
Convém ter presente que esta oposição à Igreja de Roma enformava uma efectiva
militância contra essa instituição que criara a Inquisição, organização que confiscara os
bens ao seu tetravô Sancho Pessoa, e às mãos de quem morrera o Grão-mestre dos
Templários a cuja Ordem, no fim da vida, declarou pertencer – por convicção, que não
formalmente.
Eis um breve retrato de Fernando Pessoa, enquanto jovem adulto, que já anunciava o
génio das letras e do pensamento em que se transformaria, segundo uns, ou a criatura
afectada pelas mais variadas patologias mentais, segundo outros. Uns e outros, porém,
não podem ignorar a sua grandiosidade.
Fontes consultadas:
SENA, Rui – «A Empreza Ibis e O Povo Algarvio» – in Modernista – Revista do Instituto de
Estudos Sobre o Modernismo - ISSN 2182-1488
LOPES, Teresa Rita – «Pessoa empresário da Íbis, “criador de anarquias” e “de civilização”» -
in Moderrnista – Revista do Instituto de Estudos Sobre o Modernismo – ISSN 2182-1488 212
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Ir Antonio Pereira
Repasse do Ir. Claudio Rodrigues
A C A N O A
Com poucos meses de trabalho, Gasparzinho recebeu a prova da simpatia
do patrão. Seu Cardoso ofereceu-lhe as chaves do rancho que tinha à margem direita
do rio. Há muito tempo que não ia lá, não tinha idade, nem saúde mais. Se o rapaz
quisesse podia passar, nos fins de semana, algumas horas lá, pescando, nadando,
remando. O rancho, que era um barraco simples, tinha de tudo para uma pescaria e até
para cozinhar e pousar.
O rio passava a poucos quilômetros da cidade. Seu Cardoso explicou
como chegar lá e identificar o local. Era tomar aquela picada que começava nos
fundos do Grupo Escolar da Vila Soares e ir tocando em frente. Ia dar na curva
embarrancada do rio onde havia uma árvore. Só aquela árvore. Não havia como
confundir-se. O resto eram arbustos baixos e capim. Depois da curva, onde se fazia
uma pequena margem baixa, é que havia umas arvorezinhas que costumam nascer à
beira dos rios. Não cresciam muito, tinham muitos galhos flexíveis que tombavam
logo.
As raízes da árvore que afloravam no barranco escavado pelas águas é
que seguravam a canoa. Seu Cardoso enrolava a corrente na raiz mais forte e a
prendia com cadeado.
Foi fácil achá-la. Era uma piroga com um pequeno rachado na proa.
Canoa que vira fácil, de um pau só, levezinha. Gasparzinho sabia mexer com canoas
e, logo na primeira vez, achou delicioso atravessar aquelas águas rápidas e passar para
o outro lado onde estava o rancho. Só entrou nele dessa vez, para conhecê-lo. Gostava
mesmo era de remar para cima e para baixo, nadar e, às vezes, pescar. Todo sábado,
depois do expediente, almoçado, ia para o rio. Passava na casa do seu Cardoso,
pegava as chaves, o remo e ia embora. Brincava na água sozinho até os primeiros
sinais do anoitecer.
5 – A Canoa
Antonio Pereira
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Numa época de chuvas fortes, que o Gasparzinho não aproveitava porque
o rio estava perigoso, seu Cardoso pediu-lhe que fosse buscar a canoa que a enchente
arrastara. Um pescador a havia recolhido a uns seis quilômetros para baixo.
No dia seguinte, Gasparzinho, sem muita pressa, logo depois do almoço,
passou pela casa do seu Cardoso para pegar o remo e as chaves. O patrão sugeriu que
fosse no domingo de manhã. Gasparzinho respondeu que ia pensar, talvez fosse
naquela tarde mesmo.
E foi. O rio estava gorgolejante, barrento, estofado. Foi descendo e
calculando quanto seriam seis quilômetros depois da curva. Chegou a um casebre
sobre uma elevação suficiente para afastar os perigos de qualquer enchente. Contou a
que viera, se era ali que a canoa estava. Era. O barranqueiro sugeriu que deixasse para
o dia seguinte, mas o Gasparzinho alegou que já estava ali mesmo.
- É capaz da noite te pegar no caminho...
- Pega, não. Tá muito cedo.
Olhou pro céu. Azulinho, tudo muito limpo, era impossível a noite chegar
antes dele encostar na curva.
- Vai dar sim.
O barranqueiro deu de ombros, levou o rapaz até a canoa e ficou
preocupado olhando-o afastar-se.
Gasparzinho meteu com vigor o remo n’água. Afastou-se pouco da
margem para pegar correnteza menor e tocou. Remou, remou, olhou para traz, o
pescador estava muito perto ainda, com ar pesaroso por causa daquela imprudência. O
rapaz pensou que já estava longe e estava quase que ali mesmo. Mas era jovem,
disposto, corajoso, músculos acostumados a longas remadas. Não havia o que temer.
Bem que demorou para o pescador sumir de vista encoberto pelos leves
meandros.
Gasparzinho enfiava toda a pá do remo n’água e puxava com vigor.
Marcava algum arbusto, alguma pedra, alguma coisa na margem que pudesse ser uma
referência para observar o desenvolvimento da subida. Era muito lenta. O dia estava
alto, demoraria muito para o entardecer. Ele venceria aqueles seis quilômetros com
poucas horas. De dia ainda, amarraria a canoa na raiz da árvore.
Duzentos ou trezentos metros acima, começaram a aparecer árvores mais
robustas que a macega em volta da casa do pescador, algumas com as águas pelo
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meio do tronco, outras, engolidas, ondulavam na superfície como se fossem cabelos
de entes encantados. Gasparzinho sabia que era perigoso passar por cima daquelas
copas com uma canoa indígena. Afastou-se um pouco mais da margem e sentiu o
peso da correnteza que queria arrastá-lo. Era trabalhar mais rápido no remo.
Acompanhava as últimas copas tangenciando-as.
Já bem acima, de repente, sentiu que a canoa não ia nem para frente nem
para traz. Estava enroscada numa copa que não percebera. A primeira coisa que
pensou foi remar com força e arrancar a canoa. Mal deu as primeiras vigorosas
remadas sentiu a embarcação oscilar. Era muito leve e estava bem presa, talvez um
impulso violento pudesse emborcá-la, o que não seria bom. Certamente se ela virasse
ele ficaria preso nos galhos. Não era bom nem pensar. Remar para baixo. Mas, afinal,
em que ponto estava presa a canoa? No meio, na popa, na frente? Não sabia o que
fazer numa situação daquela. Jogou o remo para dentro e esperou que a leveza da
canoa, mais a força das águas desse um jeito. Foi a única opção que lhe passou pela
cabeça. E deu certo. A canoa foi girando devagar embicando para o meio; quando
estava perpendicular à margem, balançou como se fosse virar, mas o giro continuou, a
proa voltou-se para baixo e ela se despegou. Gasparzinho suspirou, tomou logo do
remo e afastou-se um pouco mais.
As águas parece que estavam mais escuras, mais barrentas; olhou para sua
sombra na água, esticada. O céu já não estava tão azul. A tarde chegava. Algumas
nuvens se agrupavam para os lados que indicavam chuva. Gasparzinho calculava que
tivesse subido uns quatro quilômetros. Na verdade, passava de dois, apenas.
Tirou a camisa molhada de suor. A chegada da tarde refrescava-lhe o
torso. Passou a mão pelos cabelos úmidos e esqueceu um pouco do remo. Logo o bico
da canoa virou para o meio e enfiou-se para baixo. Gasparzinho suspirou fundamente
e deixou que sua embarcação rodasse um pouco enquanto descansava.
As sombras alongavam-se. Encheu o peito e enfiou o remo na água
barrenta. Continuou a subida, cada vez mais pesada, cada vez mais lenta.
Alguns estrondos respondiam aos coriscos que quebravam o azul
acinzentado do céu. Escurecia mais depressa. Gasparzinho lembrava-se das
recomendações do pescador e do seu Cardoso. Arrependia-se de não os ter ouvido.
Agora era tocar para frente. E tocava, com vigor, com raiva, com um pouco de medo
já.
Um ar pesado de cinza rodeou canoa e canoeiro. Era a noite apresentando-
se. A tarde esvaia-se rápido.
14. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 14/25
Súbito, uma pancada pouco abaixo da proa. Depois um tum-tum-tum no
fundo. A canoa deu uma súbita parada, ficou pesada, e o bico ameaçou girar para o
meio. Garparzinho recolheu o remo, assustado. Logo em seguida, a canoa ficou leve,
soltou-se e ele pôde controlá-la. Não era nada. Uns galhos flexíveis, à superfície, que
as águas fortes abaixavam. De repente, num alívio da correnteza, soltavam-se e
subiam de novo.
Começava a sentir dificuldade para enxergar. Uns dois ou três metros
acima, já não via os galhos submersos.
A noite caía depressa. À sua frente divisava apenas o suficiente para
manter a direção observando o movimento das águas.
Insinuou-se um mau cheiro que foi crescendo e enchendo-lhe as narinas.
Como não podia tapá-las, resolveu prender a respiração o quanto pudesse. Lembrou-
se de um encontro macabro que teve em outro rio. Um corpo negro, nu, escorria pela
superfície, os braços abertos, dobrados nos cotovelos, as pernas entreabertas, o ânus
transformado num enorme buraco pelas bicadas de urubus que desciam pousados nas
costas do infeliz. Um mau cheiro insuportável. Estaria topando de novo com um
afogado? Uma coisa enorme redonda como uma bola bateu na lateral da frente e o
mau cheiro aumentou. Gasparzinho embora engulhando procurou identificar o que
via. Pelo perfil e pelo volume seria um porco. Outros volumes semelhantes rodavam a
poucos metros da embarcação. Algum chiqueiro invadido pela enchente. Estava quase
estourando o peito quando passou o último bicho. Não agüentou e encheu os pulmões.
Veio-lhe uma convulsão violenta e pôs para fora os últimos vestígios do almoço.
Enquanto isso, a canoa descia acompanhando a pouca distância os cadáveres. Ainda
meio tonto, conseguiu impedir que ela continuasse a descer. Vomitou mais uma vez, a
cabeça girando, um afrouxamento na disposição, mas a consciência ordenando-lhe
que não parasse. Afinal, onde estava? Como se aproximar de uma margem que mal
divisava e que podia estar cheia de arbustos, galhos, paus rolados?
Mais uma vez enfiou com vigor o remo nas águas e rasgou o líquido
pesado impulsionando a embarcação para cima.
Os céus roncavam, coriscos riscavam o horizonte e permitiam ver, num
átimo, o ambiente. Pouco acima das margens altas, uma difusa e distante silhueta de
montes; a água, nesses momentos luminosos, súbitos, parecia uma lâmina enferrujada
e amarrotada.
A água pesava, o remo pesava, a noite pesava.
Alguns pingos grossos batiam-lhe no dorso queimado como estiletes
gelados furando-lhe a pele.
15. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 15/25
De repente, caiu um aguaceiro refrescante e, na verdade, seu corpo se
aliviou, os braços recuperaram a força esvaída e voltaram a manejar o remo com o
mesmo vigor inicial.
As energias reapareceram, mas a possibilidade de orientar-se reduziu-se
consideravelmente. Agora só vislumbrava o recorte negro das margens contra a
escuridão menos densa do céu. Impossível precisar a que distância estaria de
barrancos ou de margens baixas.
Respirava mais livremente. Olhou para um lado, olhou para o outro,
calculou a que distância deveria manter-se e dispôs-se a arrebentar com os músculos,
porém não mais se demorar sobre aquela massa indefinida, insegura, desorientada.
Cresceram-lhe as forças, cada remada era um arranco para frente. Sentia,
às vezes, que resvalava em copas mal cobertas, ramos amolecidos. Não os temia mais.
Precisava subir, subir. Ajustou o rumo, mas não se incomodava mais com a precisão.
Queria apenas ir para frente, aproveitar as chuvas refrescantes que lhe renovavam as
forças.
As águas, no entanto, agarravam-se por baixo, abalroavam-no pela frente,
prendiam-no pelos lados. Como se estivesse amarrado. Respiração opressa, sentia
que, não obstante a chuva refrescar-lhe o corpo, os músculos esgotavam os últimos
depósitos de força.
Acudiu-lhe que deveria abandonar-se, deixar a canoa escorrer até onde
pudesse, até que o velho pescador a recolhesse de novo, porém, descansar, descansar,
descansar. Estava com os olhos baixos, remando sem parar, mas ponderando muito
sobre a alternativa de largar-se às forças da água. Quando ergueu os olhos viu, a
pouca distância, o alto risco de carvão mal discernido sobre o fundo da noite. A
árvore que se enfiava pelo céu com seus raros galhos e quase nenhuma folha. Parou a
remada e deixou os olhos se embebedarem daquela salvação que se espichava para o
alto. Deixou que a canoa rodasse um pouco e agradeceu a Deus por ter chegado.
Num suspiro fundo retomou a condução do barco e arrancou rumo à
silhueta salvadora. Bateu a proa no barranco e sentiu o encosto das raízes empurradas
contra a terra molhada. Agarrou uma delas, jogou a corrente, deu umas poucas voltas
e se estendeu no fundo alagado da piroga. Respirou livremente, fundamente e
experimentou uma gostosa sensação de calma e frescor que lhe invadiu corpo e alma.
No céu negro nem o recorte de uma nuvem, nem o alfinete de uma desmaiada
estrelinha. Fechou os olhos e um torpor relaxante amoleceu-lhe o corpo. Daí a pouco
ressonava. Despertou muito tarde, o céu menos agressivo, as silhuetas mais definidas,
uma claridade tênue vinda dos lados da cidade. Levantou-se, prendeu a corrente com
o cadeado e voltou para casa.
16. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 16/25
Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR
Cadeiras ao Lado do Trono
Em 04/03/2016 o Respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Loja Nereu de Oliveira Ramos, 2.744, REAA,
GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta o que segue:
aeciospeckneves@hotmail.com
Com meu respeito, peço considerações sobre o seguinte:
Em meu estado, até onde sei, o Grão-Mestre estadual, quando em visitas as oficinas de sua
jurisdição, costuma sentar-se na cadeira reservada ao Soberano Irmão.
Fui testemunha disso na penúltima sessão ordinária de novembro, em minha Loja, quando tal
fato aconteceu. Na hora da Palavra, fiz alusão ao fato dizendo que estava desaprendendo o que
me fora ensinado, pois as cadeiras ao lado do trono não estavam adequadamente ocupadas, e
lamentei o fato. Na sua vez de falar, o irmão Orador não deixou por menos, acrescentando que
advertira o Grão-Mestre sobre o fato, antes da abertura ritualística, tendo o mesmo dito que iria
"sentar ali".
Ao final, perguntado pelo VM se queria falar, o Grão mestre limitou-se a menear negativamente a
cabeça. Após, na sala dos passos perdidos, um ex Grão-Mestre disse-me que eu faltara ao
respeito, que o Grão-Mestre pode fazer o que quiser. Fiquei mudo de espanto; nada disse, a não
ser pedir um pouco de tolerância; o ex Eminente disse que se não tivesse tolerância nem estaria
falando comigo.
Em 29 de fevereiro deste ano, em reunião administrativa, pedi que o VM impedisse a repetição
daquele erro; sendo que este riu, e disse que não tinha como impedir o Grão Mestre de sentar
aonde quisesse, chegando a dizer que o mesmo poderia até dirigir a sessão toda, sem lhe
devolver o malhete.
Em fotos recentes, no JB News, percebe-se que o Grão Mestre continua sentando na cadeira
que, pelo simbolismo, deveria ficar vazia, pois é o vazio (daquela cadeira) que evoca a
existência de um Grão Mestre Geral.
O que o respeitável mestre pode dizer a cerca de tais fatos?
Antecipando meus agradecimentos, apresento-lhe meu tríplice e fraternal abraço
Considerações:
Independente dos “bons exemplos de humildade” dados por algumas autoridades que
tem tido a severa preocupação em ocupar lugar de destaque na Loja, hoje, em se tratando da
ocupação das duas cadeiras de honra colocadas à direita e à esquerda do lugar do Venerável
Mestre, há que se considerar no momento o Decreto 1.469 datado de 12 de fevereiro de 2.016 do
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
17. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 17/25
Soberano Grão-Mestre Geral que regulamentou os assentos ou a ocupação ao lado do
Venerável na Loja. Esse Decreto inclusive revoga as disposições contrárias a respeito exaradas
nos Rituais vigentes dos três Graus editados em maio de 2.009.
Em síntese, as referidas cadeiras, segundo o Decreto, agora podem ser ocupadas, se
vagas (ausência dos Grão-Mestres), por demais autoridades ou detentores de título de
recompensa, obedecendo-se a ordem de precedência mencionada no Artigo 219 do
Regulamento Geral da Federação (atualizado).
Assim, chamo atenção para o primordial conhecimento desse Decreto, sendo
oportuno também mencionar que ao lado do trono, vão apenas DUAS CADEIRAS de honra, uma
à direita e outra à esquerda, nenhuma outra mais.
Assim, na hipótese de estarem presentes número de autoridades maior do que o
número de cadeiras vagas ao lado do Venerável (apenas duas), as demais que não puderem
ocupar as cadeiras, tomam assento no Oriente no lugar de costume e segundo o Ritual. O
Decreto 1.469 é bem claro quando menciona apenas dois assentos de honra (não se colocam
mais cadeiras).
A precedência de ocupação desses assentos é da maior para a menor faixa e, desta, a
ordem do primeiro para o último (RGF).
Atendendo quantidade de apenas dois assentos junto ao trono, pelo menos fica
restrita a “pavonagem”, já que de modo tradicional esses dois lugares de honra no sólio
deveriam ser ocupados apenas e tão somente pelos Grão-Mestres, no caso do GOB o Geral à
direita e o Estadual à esquerda.
Finalizando, presume-se que quanto maior o posto da autoridade, mais conhecimento da causa
maçônica ela deve ter, daí é de se entender que a autoridade também saiba que Lei é feita para
ser cumprida, e por todos
T.F.A. –
PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com –
Mai/2016
Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda
Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação
simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da
Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema
Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da
Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis
(Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
18. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 18/25
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau
05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó
08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão
17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis
17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis
17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis
20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis
22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José
25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis
09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas
09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau
16/09/2003 Ordem e Fraternidade Florianópolis
18/09/2009 Colunas do Oriente Tijucas
20/09/1948 Luiz Balster Caçador
20/09/2008 Acácia da Serra Rio Negrinho
25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras
27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz
28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú
30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
19. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 19/25
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis
03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis
08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis
09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque
10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna
11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis
12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul
12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara
15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros
18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque
19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo
22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá
30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis
Bem-Aventurança
"Quando reduzimos nossos desejos e terminamos com todas as
expectativas, começamos e diminuir nosso sofrimento e
passamos a experimentar a verdadeira felicidade que reside na
alma. Mas a maior felicidade é compartilhar a bondade que está
dentro de nós. Quando temos bons votos em abundância para
todos, sem nenhuma discriminação ou egoísmo, nossas alegrias
são multiplicadas - recebemos bênçãos de Deus e dos outros.
Isto age como um tapete mágico que nos mantêm voando mais
e mais alto em alegria e bem-aventurança ilimitadas."
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos".
20. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 20/25
CONVOCAÇÃO e CONVITE
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no
inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para
a 47ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 11 de outubro, terça-feira,
quando a palestra a cargo do Venerável Ir. Juarez Fonseca de Medeiros, PM da ARLS Templários
da Nova Era, nº 91, com o tema
“Formação do Estado Brasileiro”.
A sessão será no Templo II (Templo para Trabalhos de Emulação) da Fundação Unitas, a rua
Machado de Assis, 210, Estreito, Florianópolis.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky.
Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
21. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 21/25
Loja Filadélfia realiza Confraternização:
A Loja Maçonica Filadélfia realizou neste final de semana mais uma confraternização
mensal em comemoração aos aniversariantes do mês.
O tradicional “Junta Panela” foi realizado nas dependências da residência do irmão
Valter Silveira VM da Loja Pensadores Livres.
Na oportunidade foi discutido a logística da próxima ação social que será promovida
pelas Lojas que compõe o Complexo Maçônico Filadélfia, de Vitória da Conquista, que
será o Evento "Saúde na Praça" cujo objetivo será trazer junto à comunidade, serviços
de saúde, orientações de higiene e atenção básica.
22. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 22/25
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
A Paixão
Para o dia 19 de setembro
A Paixão é um sentimento da alma que tende ao exagero. Esse sentimento é de difícil
controle, pois exige muito equilíbrio para mantê-lo.
O “Sinal Gutural”, do Grau de Aprendiz equilibra não só as paixões como as
emoções.
A paixão surge de uma forte emoção instantânea, dirigida para algum interesse,
podendo ser amor, ódio, dedicação, abnegação ou negação.
Diz-se paixão o sofrimento acentuado. Toda paixão, extremada ou não, contem em si
o exagero.
A paixão pode ser duradoura ou instantânea; da mesma forma que surge, desaparece.
A Maçonaria zela para que as Paixões sejam controladas, em especial durante as suas
reuniões, quando os obreiros têm o direito da palavra; sem um controle rígido, o
discurso descamba e ofende, revelando desamor e maldade.
O maçom não pode se deixar vencer; cumpre evitar, se não souber controlar o
discurso, que fale em Loja. Deve haver uma autodisciplina.
Acontecem casos dolorosos com frequência, o que é lamentável, tudo porque a
reunião não foi prudentemente conduzida.
Quem ama a seu irmão jamais terá uma palavra áspera contra ele.
O maçom deve estar atento e não se deixar vencer pela paixão.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 281.
23. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 23/25
Loja Maçônica Esperança no Arquiteto
Raul Soares, MG
24. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 24/25
O Irmão Adilson Zotovici,
da Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo – GLESP
escreve aos sábados
adilsonzotovici@gmail.com
A REUNIÃO
Harmonioso e silente
Um cenário bem disposto
Do oriente ao ocidente
Com igualdade composto !
Notava-se em cada rosto
Uma patente alegria
E eu revia, feliz, lado oposto
Quem há muito já não via !
Ao meu lado, em calmaria,
Bons irmãos alvissareiros
Poços de sabedoria
Exímios livres pedreiros
Mestre, alvenéis, canteiros,
Num lugar comum consagrado
Erigindo em paz os obreiros,
Grande obra, que o legado !
Óh quão privilegiado !
Quem ali teve franquia
Quem ali iniciado...
Quem elo da confraria !
25. JB News – Informativo nr. 2.179 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 19 de setembro de 2016 Pág. 25/25
Presentes de tal valia
Sentados naqueles bancos
Donde a Luz reluzia
Dos iguais leais e francos !
Muitos já...cabelos brancos !
Próprio do tempo entrementes,
E uns até mesmo mancos
Mas, empenhados, renitentes...!
Felicidade entre os presentes
Unindo o antigo, o moderno,
Com saudades dos ausentes
Que hoje, no oriente eterno !
Templo Sagrado, superno,
Boa Egrégora em ação
Reinando o amor fraterno
Em faustosa reunião !
Inolvidável visão
Original sentimento de afeto,
Tesouro da Sublime Instituição...
Obra do Grande Arquiteto !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169