Material de apoio utilizado na capacitação "Elaboração de Projetos Inovadores", ocorrida durante o curso de extensão "Gestão Estratégica da Inovação" na UFMS em maio de 2011.
2. Nosso objetivo
• Desenvolver nos participantes as competências
necessárias para a elaboração de projetos e planos
de negócio para a captação de recursos para a
inovação tecnológica junto aos editais e linhas das
agências de fomento nacionais.
3. Projeto
• Projeto é um esforço temporário empreendido para
criar um produto, serviço ou resultado único.
(PMI, 2004)
4. Plano de Negócio
O Plano de Negócio é um Gestão
efetiva Preparo do
documento que reúne baseada no plano inicial
informações sobre as novo plano
características, condições
e necessidades do futuro
empreendimento, com o
objetivo de analisar sua Refinamento
potencialidade e Abertura do
do plano de
negócio
viabilidade, facilitando sua negócio
implantação.
5. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
6. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
8. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
9. Escopo
• Escopo do produto está relacionado ao conjunto de
características e funções que o produto final deve
possuir, sendo representado em documentos como:
requisitos, especificações, desenhos, etc.
• Escopo do projeto está relacionado ao trabalho que
deve ser realizado para que seja entregue o produto
final do projeto com as características e funções que
foram definidas.
10. Definição do Escopo
Produto Projeto
“O que” será criado “Como” o produto será obtido
• Requisitos, traduzidos nas • Utilização de informações do
seguintes dimensões: escopo do produto
o Características técnicas • Contexto e grau de atratividade
o Funções • Justificativa e razões pelos quais
o projeto deve ser realizado
• Objetivos
• Recursos
• Deliverables
• Custos e prazos
12. Sugestões
• Deve ser claro, sucinto, e representar o objetivo do
projeto.
• Ex. Desenvolvimento de um biocombustível...
Implantação de uma solução tecnológica...
13. Sugestões
• Deve ser explicitado de forma clara:
– qual o problema técnico a ser resolvido, a sua
causa, a necessidade de solução e o resultado
final do projeto, bem como a suas principais
contribuições – benefícios (abrangência local,
regional, etc).
– Por que financiar o projeto? Por que financiar a
equipe? Por que o arranjo com as Instituições ?
14. Sugestões
• Deve expressar e especificar as principais
característica técnicas do resultado tecnológico
esperado.
• Objetivos específicos: São os resultados esperados
(metas parciais) que devem ser obtidos até o final
do projeto.
15. Benefícios ou Impactos
• Impacto tecnológico: é a contribuição do projeto e de
resultado em termos tecnológicos (geração de novo
produto ou processo). Pode ter como indicador o
numero de depósitos de patente.
• Impacto econômico: é o potencial econômico do
resultado (substituição de importação, novo campo de
aplicação, transferência de tecnologia, novo processo de
produção, etc).
• Impacto cientifico: contribuição do projeto e de seu
resultado para a ampliação da base de conhecimento
(novo conceito, artigos, teses, etc).
16. Benefícios ou Impactos
• Impacto social: é a contribuição do resultado do projeto
para a sociedade, quer seja na qualidade de vida da
populações em âmbito regional ou local (potencial de
geração de empregos, ampliar a parcela da população
com acesso a tecnologias, redução de mortalidade, etc).
• Impacto ambiental: é a contribuição do projeto e de seu
resultado em termos de melhoria da qualidade da água,
ar e solos, da preservação da diversidade biológica ou
recuperação de degradação do meio ambiente- redução
de rejeitos sólidos.
17. A Importância do Escopo
Um erro, mesmo que mínimo, pode levar a divergências
de interpretação com impactos significativos.
Pontos de atenção:
• Organização da proposta
• Dimensionamento do tamanho das tarefas e
resultados
• Precisão da terminologia adotada
18. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
19. Riscos
Categorias de risco mais influentes na indústria:
• riscos em razão da complexidade da tecnologia
envolvida no produto ou em sua forma de produção.
• riscos em razão de inabilidade e/ou inexperiência
em gerenciar projetos de desenvolvimento de
produtos.
• riscos em razão das possibilidades de mudanças em
legislações e regulamentações.
20. Riscos
• Análise de Cenário: variabilidade do retorno em
resposta às mudanças na variável principal (fluxo de
caixa).
Otimista Mais provável Pessimista
• Possibilita analisar várias possibilidades no retorno.
• Comparação de vários cenários e previsão de ações
preventivas no projeto.
21. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
22. Importância da análise de
viabilidade
Sistemas de Conhecimentos Técnicos e Científicos
Pesquisa e
Reconhecer
Desenvolvimento
viabilidade
Tecnológico Solução
Idéia
para Tecnológica
Inovação
Identificar Utilizar
Necessidade ou tecnologia Produção
Oportunidade disponível
Sistemas de Produção e Utilização
Fonte: Esquema adaptado pelo prof. Luiz Di Serio (FGV-EAESP)
23. Viabilidade técnica
• Refere-se à análise da capacidade de se desenvolver
o sistema proposto com base na tecnologia e pessoal
técnico disponível e necessária.
• Variáveis utilizadas para a definição da tecnologia
mais adequada:
Custos Praticidade Disponibilidade
24. Orçamento do Projeto
Para estimar os custos, são necessárias algumas
informações do projeto:
• As necessidades de recursos definidos e planejados
• As estimativas de custos-padrão para uso dos recursos
• As estimativas de tempo de duração de cada atividade
• A memória de custos de projetos anteriores
• O sistema contábil da empresa e as avaliações de risco
25. Análise Econômico-financeira
• A análise da viabilidade econômico-financeira significa
estimar e analisar as perspectivas de desempenho
financeiro do produto resultante do projeto.
• O primeiro passo para a realização da análise econômica
é a montagem do fluxo de caixa, isto é, a definição do
fluxo de entradas e saídas de dinheiro durante o ciclo de
vida planejado para o produto.
26. Análise Econômico-financeira
• Os três componentes principais de um fluxo de caixa
são:
– Receitas
– Investimentos no
novo produto
– Custos e
despesas de
produção
27. Análise Econômico-financeira
A - Investimento no novo produto:
• Tipo de Projeto: Dependendo do tipo de projeto o
investimento pode ser maior ou menor.
– Disponibilidade de Recursos para a contratação de talentos,
aquisição de máquinas, equipamentos, veículos, utensílios,
computadores, etc.
– Prospecção e seleção de patentes, tecnologias e licenças.
– Gastos com estudos, pesquisas de mercado, projetos e
capacitação de profissionais.
28. Análise Econômico-financeira
B - Custos e despesas de produção:
• São os valores gastos diretamente e indiretamente para
a produção e comercialização do produto.
• Os custos são os gastos com um bem ou serviços
utilizados para a produção de outros bens.
• Os principais custos são os seguintes:
–Matérias primas, embalagens, materiais auxiliares;
–Mão-de-obra direta;
–Consumo de energia elétrica, de água e de combustível;
–Manutenção, seguros, aluguéis, diversos.
29. Análise Econômico-financeira
C - Receitas: Corresponde a estimativa de venda de
produtos e subprodutos gerados pela produção. Para o
cálculo dessa estimativa deve-se levar em consideração
os seguintes fatores:
Preço
Produto Demanda
Final
31. Análise Econômico-financeira
• Fluxo de caixa permite comparações e análises do
desempenho financeiro do projeto.
• A seguir são apresentados quatro dos indicadores
financeiros mais utilizados em projetos de
desenvolvimento de produtos:
• Valor Presente Líquido (VPL)
• Taxa Interna de Retorno (TIR)
• Método do período de retorno do investimento
(payback).
• Índice de Lucratividade
32. Valor Presente Líquido (VPL)
• Método para análise de investimentos que determina o
valor presente de pagamentos futuros.
• Se esse valor for maior que zero, significa que o projeto
será positivo para a empresa.
VPL = -I + ∑ FCt / (1 + k)t
I – Investimento FCt – fluxo de caixa k – Taxa mínima de atratividade t – tempo
33. Taxa Interna de Retorno (TIR)
• Neste método, calcula-se a taxa que, aplicada no
fluxo de caixa, gerará um VPL igual a zero, isto é, na
qual todas as receitas irão se igualar aos custos e
despesas de produção e investimento.
34. Período de retorno do
investimento (Payback)
• Esse método compara o período em que o
investimento passará a gerar lucro para a empresa.
• Momento exato que a empresa começa a recuperar
seu investimento inicial.
• Cálculo usa concepção do Ponto de Equilíbrio.
35. Índice de Lucratividade
• Consiste em estabelecer a razão entre o valor
presente das entradas líquidas de caixa do projeto e o
investimento inicial.
Índice de lucratividade = 1 + (VPL / Investimento inicial)
• Análise: para cada capital empregado, será gerado um
benefício x.
36. Análise Econômico-financeira
• Cada um desses métodos resulta em informações
diferentes, que podem ser utilizados de maneira
complementar.
• O VPL é um método que fornece uma boa noção do
montante que será obtido com o projeto, isto é, o
valor que será captado, porém, ele não permite uma
comparação fácil com outros investimentos.
• Esse aspecto é a grande vantagem da informação
obtida na TIR, que fornece um valor facilmente
comparável.
37. Análise Econômico-financeira
• Mas existem projetos que retornam um bom
montante (VPL altamente positivo) e rentáveis (TIR
acima da taxa de atratividade) mas cujo período de
retorno de investimento é longo, significando que a
empresa terá que amargar um bom período de
prejuízo até a obtenção do lucro.
• Portanto, recomenda-se o cálculo conjunto.
39. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
40. Conceito Fundamental
A distinção entre tecnologias incrementais e de ruptura
Tecnologias incrementais
Tecnologias que melhoram a performance dos produtos nas
mesmas dimensões historicamente valorizadas pelos clientes
Tecnologias de ruptura
Caracterizam-se por trazer ao mercado uma nova proposição de
valor
Em geral apresentam, no seu nascimento, performance inferior
à tecnologia dominante
41. Descobertas Fundamentais
1. Existem diferenças estratégicas importantes entre o
gerenciamento de tecnologias incrementais e de
ruptura
2. Decisão de investir em tecnologias de ruptura não é
financeiramente racional
– Mercados são pequenos
– Grandes clientes não se mostram interessados
42. O Dilema revelado
• As decisões lógicas e competentes, críticas para o
sucesso das empresas, são as mesmas que as levam
a perder a posição de liderança!
43. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
44. Projetos radicais (breakthrough)
• Alterações significativas
• Nova categoria ou família de produtos
• Requer processo de manufatura inovador
• Novas tecnologias e materiais
45. Projetos plataformas ou próxima
geração
• Alterações significativas
• Estrutura comum entre
os diversos modelos de
uma família
• Pode utilizar novas
tecnologias ou materiais
• Novo sistema de
soluções para o cliente
46. Projetos incrementais ou derivados
• Inovações incrementais nos produtos/processos
• Pequenas modificações em relação aos existentes
47. Projetos follow-source
• De outras unidades do grupo, clientes ou contrato de
tecnologia.
• Não requer alterações significativas,
• Unidade local adapta para condições locais.
• Envolve validação do processo, equipamentos,
ferramentas, a produção do lote piloto e o início da
produção.
48. Modelo de Referência
Projetos radicais Projetos plataformas ou
(breakthrough) próxima geração
Projetos follow-source
Projetos incrementais
FONTE: ROZENFELD, H. et al. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: Uma referência para a melhoria do processo.
São Paulo, Saraiva, 2006.
49. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
50. Financiando novos
empreendimentos
• Economias pessoais, família e amigos
• Fornecedores e clientes
• Anjos (Angel Investor)
• Incubadoras de empresas
• Programas governamentais
53. Elaboração de projetos inovadores
Concepção Detalhamento Implementação Fechamento
Escopo
Interessados Riscos
Viabilidade
Grau de Modelo de Fontes
Inovação referência Formulários
54. Erros mais comuns
• Descuido / desatenção
– Envio de documentação incompleta
– Falta de via impressa do projeto ou de assinaturas
– Falhas na relação de itens solicitada
– Preenchimento incorreto ou incompleto do
formulário
55. Erros mais comuns
• Descumprimento de exigências de forma
– Envio de material impresso após a data limite
– Falta de CD de backup (quando solicitado)
– Inelegibilidade de membro do consórcio executor
– Falta de aderência aos objetivos da Chamada