O documento resume a obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis, incluindo a biografia do autor, um resumo da trama, lista de personagens e referências bibliográficas.
1. MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE
BRÁS CUBAS
Escola Estadual Professor João cruz
Jessica Caroline Alves Cunha n° 12 - 2° EMC
Disciplina: Língua Portuguesa
Professora: Ms. Maria Piedade Teodora da Silva
2. OBJETIVO.
A atividade em questão tem como objetivo, expor a obra
machadiana romântica e o autor Machado de Assis.
3. SOBRE O AUTOR, MACHADO DE ASSIS.
Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor
brasileiro. "Helena", "A Mão e a Luva", "Iaiá Garcia"
e "Ressurreição", são romances escritos na fase
romântica do escritor. Um dos nomes mais
importantes da nossa literatura. Primeiro presidente
da Academia Brasileira de Letras. Foi um autor
completo. Escreveu romances, contos, poesias,
peças de teatro, inúmeras críticas, crônicas e
correspondências.
4. RESUMO.
A infância de Brás Cubas, como a de todo membro da sociedade
patriarcal brasileira da época, é marcada por privilégios e caprichos
patrocinados pelos pais. O garoto tinha como “brinquedo” de
estimação o negrinho Prudêncio, que lhe servia de montaria e para
maus-tratos em geral. Na escola, Brás era amigo de traquinagem de
Quincas Borbas, que aparecerá no futuro defendendo o
humanitismo, misto da teoria darwinista com o borbismo: “Aos
vencedores, as batatas”, ou seja: só os mais fortes e aptos devem
sobreviver.
5. Na juventude do protagonista, as benesses ficam por conta dos
gastos com uma cortesã, ou prostituta de luxo, chamada Marcela, a
quem Brás dedica a célebre frase: “Marcela amou-me durante
quinze meses e onze contos de réis”. Essa é uma das marcas do
estilo machadiano, a maneira como o autor trabalha as figuras de
linguagem. Marcela é prostituta de luxo, mas na obra não há, em
nenhum momento, a caracterização nesses termos. Machado utiliza
a ironia e o eufemismo para que o leitor capte o significado. Brás
Cubas não diz, por exemplo, que Marcela só estava interessada nos
caros presentes que ele lhe dava. Ao contrário, afirma
categoricamente que ela o amou, mas fica claro que, naquela
relação, amor e interesse financeiro estão intimamente ligados.
6. Apaixonado por Marcela, Brás Cubas gasta enormes recursos
da família com festas, presentes e toda sorte de frivolidades.
Seu pai, para dar um basta à situação, toma a resolução mais
comum para as classes ricas da época: manda o filho para a
Europa estudar leis e garantir o título de bacharel em
Coimbra.
Brás Cubas, no entanto, segue contrariado para a
universidade. Marcela não vai, como combinara, despedir-se
dele, e a viagem começa triste e lúgubre.
Em Coimbra, a vida não se altera muito. Com o diploma nas
mãos e total inaptidão para o trabalho, Brás Cubas retorna ao
Brasil e segue sua existência parasitária, gozando dos
privilégios dos bem-nascidos do país.
7. Em certo momento da narrativa, Brás Cubas tem seu
segundo e mais duradouro amor. Enamora-se de Virgília,
parente de um ministro da corte, aconselhado pelo pai,
que via no casamento com ela um futuro político. No
entanto, ela acaba se casando com Lobo Neves, que
arrebata do protagonista não apenas a noiva como
também a candidatura a deputado que o pai preparava.
A família dos Cubas, apesar de rica, não tinha tradição,
pois construíra a fortuna com a fabricação de cubas,
tachos, à maneira burguesa. Isso não era louvável no
mundo das aparências sociais. Assim, a entrada na
política era vista como maneira de ascensão social, uma
espécie de título de nobreza que ainda faltava a eles.
8. LISTA DE PERSONAGENS.
Brás Cubas: filho abastado da família Cubas, é o
narrador do livro; conta suas memórias, escritas após a
morte, e nessa condição é o responsável pela
caracterização de todos os demais personagens.
Virgília: grande amor de Brás Cubas, sobrinha de
ministro, e a quem o pai do protagonista via como grande
possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da
política nacional.
9. Marcela: amor da adolescência de Brás.
Eugênia: a “flor da moita”, nas palavras de Brás, já que
era filha de um casal que ele havia flagrado, quando
criança, namorando atrás de uma moita; o protagonista se
interessa por ela, mas não se dispõe a levar adiante um
romance, porque a garota era coxa.
Nhã Lo Ló: última possibilidade de casamento para Brás
Cubas, moça simples, que morre de febre amarela aos 19
anos.
10. Lobo Neves: casa-se com Virgília e tem carreira política
sólida, mas sofre o adultério da esposa com o
protagonista.
Quincas Borba: teórico do humanitismo, doutrina à
qual Brás Cubas adere, morre demente.
Dona Plácida: representante da classe média, tem uma
vida de muito trabalho e sofrimento.
Prudêncio: escravo da infância de Brás Cubas, ganha
depois sua alforria.