O documento apresenta trechos de obras de Pietro Ubaldi sobre a lei de Deus e o destino. Ubaldi discute que nossos atos e pensamentos atuais formam nossos hábitos futuros e personalidade, e que a dor tem função na evolução, diminuindo à medida que evoluímos. Nossos atos livres do passado determinam nosso presente destino, embora possamos mudar o futuro através de escolhas livres no presente.
4. Observando o mundo que nos circunda, é fácil comprovar que não há fenômeno cujo desenvolvimento não seja dirigido por uma lei própria, como um trilho existente sobre o qual um trem movimenta. (Pensamentos, p. 100)
5. A TÉCNICA DE SEU FUNCIONAMENTO - Esta premissa autoriza-nos a admitir, como hipótese de trabalho, a existência de leis reguladoras de tais fenômenos e nos autoriza, também, a lançar-nos à sua pesquisa para conhecer a técnica de seu funcionamento. (Pensamentos, p. 100)
6. O UNIVERSO ESPIRITUAL - A razão nos diz que, além do universo da matéria e da energia, deve haver um universo do espírito, cons-tituído dos valores imponderáveis morais e ideais, isto é, uma ou-tra ordem de fenômenos regulados, como acontece com todos os outros, por leis que lhes disciplinam o funcionamento. (Pensamentos, p. 100)
7. AS RELIGIÕES - Até agora o problema da nossa conduta foi enfrentado empiricamente pelas religiões que disto se encar-regaram; mas, as soluções que elas nos ofereceram se ba-seiam em princípios teóricos axiomáticos, não demonstrados.
8. Na realidade, muitas vezes, aquelas soluções representam o resultado de ilusões psicológicas não controladas, ainda não provadas, mas cegamente aceitas, desabafo de instintos e impulsos do subconsciente. (A Lei de Deus, p. 14)
9. TEMPO PERDIDO - A vida é uma estrada feita para caminhar, é um meio para atingir um objetivo. Se a fizermos fim de si mesma, se, por querer-nos conservar demais, não quisermos caminhar e renovar-nos, deteremos o movimento da vida e o mataremos.
10. Se a fizermos fim de si mesma, se, por querer-nos conservar demais, não quisermos caminhar e renovar-nos, deteremos o movimento da vida e o mataremos.
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12. O homem futuro não será um animal forte, nem um astuto lutador, mas um cidadão consciente do universo. (Evolução e Evangelho , p. 174)
16. É a nossa vontade que transforma o livre-arbítrio em determinis-mo. O livre-arbítrio do passado é o determinismo do presente, e o livre-arbítrio do presente é o determinismo do futuro .
17. A NOSSA VIDA ATUAL - A nossa vida atual apresenta-se como um fenômeno sem causas e sem efeitos, se considerada isolada. Para ser compreendida, é preciso concebê-la em função das vidas precedentes que a prepararam, e das vidas futuras que a completam. (A Lei de Deus, p. 37 )
18. O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO - O presente não pode ser explicado senão como fruto do passado, as ações livremente desencadeadas, cujas consequências são agora o que chamamos o nosso destino. (A Lei de Deus, p. 37)
19. Da mesma forma que o passado representa a semeadura do presente, o presente representa a semeadura do futuro. A se-meadura é livre, mas a colheita obrigatória. Verifica-se, assim, este jogo complexo de semeadura e colheita, entrelaçadas em cada momento da nossa vida. (A Lei de Deus, p. 37)
20. AS NOSSAS QUALIDADES - Tudo o que pensamos e realizamos é criação nossa, por nós gerada, carne da nossa carne, mundo em que depois teremos de viver. E quanto mais repetimos um pensa-mento ou um ato, tanto mais ele se fixa, se torna firme e estável, descendo à profundeza de nossa personalidade, onde fixa aqueles marcos indeléveis que são as qualidades. (A Lei de Deus, p. 117)
21. Deveríamos ter o máximo cuidado antes de gerar qualquer pensamento ou ato, porque ficamos a eles amarrados e os levamos conosco até atingir todas as suas conseqüências fatais. Disso não se pode fugir. (A Lei de Deus, p. 117)
23. PENSAMENTOS E ATOS ATUAIS - Com pensamentos e atos atuais construímos os hábitos e instintos futuros, que dirigirão nossos pensamentos e atos de amanhã. E com estes, por sua vez, construiremos nossa personalidade de depois de amanhã, e assim sucessivamente. (A Lei de Deus, p. 123)
24. QUEM COMPREENDE - Quem compreende o verdadeiro significado de tudo não cai mais no erro de julgar que tem mais valor o que possuímos do que aquilo que somos. Pelo contrário, verificará que o que possuímos se pode perder, mas não se perde o que somos. (A Lei de Deus, p. 113)
26. A ciência fez faiscar em vossas mentes a ilusão de uma possibi-lidade de paraíso imediato na Terra e desencadeou uma guerra contra a dor, mas essa atitude não alcançou seu objetivo porque a dor tem uma função fundamental na economia da vida (Grande Síntese Cap 81).
27. A ciência movimentou-se para eliminar as causas próximas da dor; ela, porém, corresponde a uma lei de ampla casualidade cujos primeiros e distantes impulsos, devemos pesquisar. Estas causas estão nas substâncias dos atos humanos e na natureza individual.
28. O homem tem de ser livre em suas ações, mas o problema está em que não prevê as consequências destas ações, assim, quando essas ações esbarram na reta conduta, na Lei de Deus, a dor surge para o seu bem e ela será proporcional à sua sensibilidade.
29. Quanto mais ascendemos, tanto mais diminui o esforço neces-sário para continuar a ascender, aumentando ao mesmo tempo o rendimento do nosso trabalho. Com a evolução diminui o es-forço necessário para continuar a evoluir e torna-se cada vez mais fácil alcançar os benefícios. (Lei de Deus, Cap 7)
30. Se a dor faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor. (Lei de Deus, Cap 11)
31. Nível sub-humano – Aqui a dor é derrota sem compaixão; o ser sofre nas trevas, cheio apenas de ira, num estado de miséria absoluta, sem luzes espirituais compensadoras. (Grande Síntese, Cap 81)
32. No nível humano , a consciência desperta, pesa e reflete; o espírito tem o pressentimento de uma justiça, de uma compensação e de uma libertação, e espera.(GS, Cap 81)
33. Nível Super-humano : aqui a dor perde seu caráter negativo e maléfico e se transforma numa afirmação criadora, em poder de regeneração, numa corrida à vida.
34. A dor desapega e liberta de um invólucro denso de desejos e de sensações. Nesta fase a dor não é mais apenas expia-ção que se conforta com a esperança; é o ímpeto frenético das grandes criações espirituais.(Grande Síntese, Cap 81)