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Formação territorial
MUNDO- DIVISÃO POLÍTICA
Fonte: Atlas Nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. 20 (adaptado)
Os limites, as fronteiras e a divisão política
Território de um Estado nação
Área em que o governo do
país tem poder para atuar
Delimitado por linhas divisórias
chamadas limites
Limites naturais
(serras ou rios)
Linhas imaginárias
Fronteira política: trecho do território que define o limite. Zona ou
faixa pela qual passa a linha de separação.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
O ESTADO-NAÇÃO
É comum referir-se ao país como sendo também um
Estado. Diversos geógrafos, historiadores, sociólogos entendem
que o termo que melhor traduz a idéia de país é Estado-nação.
A nação é constituída por um conjunto de pessoas que
tem o mesmo passado histórico, os mesmos costumes e valores
e, às vezes, a mesma língua e religião. Tudo isso faz com que a
nação tenha uma identidade cultural e se forme uma
consciência nacional. Apesar de algumas particularidades, que
podem ser até línguas diferentes, há nas pessoas que
pertencem a uma mesma nação a idéia de pertencer a uma
identidade superior, chamada de identidade nacional.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
Assim, o país ou o Estado-nação são termos que
se referem à organização político administrativa do
território — o Estado — e à sociedade, que está sob o
governo desse Estado. A sociedade pode ser formada por
uma única nação ou por várias nações.
O termo Estado nacional também é utilizado para
se referir ao Estado-nação. Os geógrafos Milton Santos e
Maria Laura Silveira afirmaram que “a existência de um
país supõe um território. Mas a existência de uma nação
nem sempre é acompanhada da posse de um território e
nem sempre supõe a existência de um Estado”.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
• Os limites são resultados de longos processos
de ocupação. Muitos são motivo de conflito e
podem ser modificados.
– Eles não delimitam apenas o espaço físico que cabe a
cada Estado governar. Em muitos casos, a divisão
política representa formas diferenciadas de
desenvolvimento tecnológico, de normas (leis), de
valores e costumes.
Fazer fronteiras
com muitos países,
como no caso do
Brasil
Vantagens: facilita a formação
de blocos comerciais com os
países próximos, a fim de
facilitar o processo de produção,
importação e exportação de
mercadorias.
Desvantagens: dificuldade do
governo para controlar e
fiscalizar as fronteiras
terrestres, tentando impedir o
tráfico de armas e drogas, o
contrabando e a imigração
ilegal.
O Brasil apresenta
a 3ª maior fronteira
do mundo, com
aproximadamente
16,8 mil km de
fronteiras.
A FORMAÇÃO
TERRITORIAL DO BRASIL
• No período áureo das Grandes
Navegações, os
portugueses concluíram, que a partilha
estipulada pela bula papal acabava não
os beneficiando, pois apenas algumas
ilhas ficariam sob seu domínio.
Portugal por esse motivo acabou
exigindo um novo acordo – o Tratado
de Tordesilhas, assinado no dia 7 de
junho de 1494, com ele, ampliava-se a
distância de 100 para 370 léguas a
partir das ilhas de Cabo Verde. Desta
forma o Tratado de
Tordesilhas assegurou a Portugal o
domínio das terras descobertas a oeste
do Oceano Atlântico.
• A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL
• Nos Séculos XVI e XVII, a colonização
baseou-se no regime de capitanias
hereditárias, instituído em 1543.
• Os donatários tinham amplos poderes nas
suas capitanias, inclusive o de distribuir
sesmarias.
• Esse regime fragmentou a América
Portuguesa em unidades autônomas e
desarticuladas entre si
• A ocupação se deu entre o mar e o sertão
Núcleos de povoamento da América Portuguesa
• Século XVI – economia canavieira centro da empresa
agrícola colonial
– Litoral do Nordeste: Capitanias - Bahia e Pernambuco
• Solos massapê, clima quente e úmido e topografia
suave
- Sistema de plantations
• Principais cidades nascem ao redor dos portos:
– Salvador (1549-sede do Governo Geral) e Recife
– São Vicente – fracasso da cana-de-açúcar
• Estreita fachada litorânea, solos rasos e pantanosos e
maior distância dos portos europeus.
– São Paulo de Piratininga (1554): ponto de partida
dos bandeirantes, torna-se o maior núcleo de
povoamento ainda no séc. XVI.
• Policultura de subsistência, com mão-de-obra
constituída por índios escravizados.
• Apresamento e escravidão dos índios maior fonte
de renda – Amazônia
• Forte do Presépio de Belém 1616 – expedições de
reconhecimento com o objetivo de expulsar
holandeses e ingleses.
• Missões – Igreja católica – coletas de drogas do
sertão
• Século XVII
• Nordeste
– Gado é expulso das terras nobres da fachada
litorânea, inicia-se a ocupação dos sertões.
– Pecuária atinge sertão nordestino através dos
rios São Francisco (Rio dos Currais) e Parnaíba
– Exportação de fumo
Século XVII – restante do País
• Ampliação do mercado de índios nas regiões produtoras
de açúcar – bandeirantes atingem o interior do país.
• Fins do século XVII – descoberta de metais preciosos
• Principais núcleos urbanos de Minas Gerais – Vila Rica,
Ouro Preto, Mariana, Caeté, Sabará, Arraial do Tijuco, etc.
• Caminhos do Ouro:
– Caminho Geral do Sertão – Serra das Vertentes – Rio
São Francisco
– Caminho Velho – Rio Paraíba do Sul – Serra da
Mantiqueira
Século XVIII
• Preocupação da coroa lusitana com o contrabando da
produção aurífera.
– Construção de estrada que ligasse a região mineradora
à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
– Torna-se o principal porto e em 1763 torna-se a sede
administrativa do país.
– Gêneros alimentares supervalorizados na região
aurífera – ampliação da área de produção agropecuária
em SP, atingindo o sul do Brasil.
– Prosperidade da pecuária no sertão do NE.
– Grande aumento populacional – início sec. XVIII em
torno de 15.000 e em 1777, 116.975 habitantes
• Assim como nunca houve uma unidade
política colonial, também a economia da
América Portuguesa permaneceu
fragmentada durante toda sua história. No
plano político, a construção da unidade foi
sobretudo obra do império, que subordinou as
oligarquias regionais ao poder central
instalado no Rio de Janeiro.
Política de fronteiras: Brasil Colônia
• Cerca de 17% da extensão total da divisória terrestre atual
• Meridiano de Tordesilhas
– 1494 (370 léguas a oeste de Cabo Verde)
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– Uso do território e avanço da colonização pela bacia do
Amazonas e sertão;
• Tratado de Madri
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Política Territorial do Império
• Pouco mais de 50% da fronteira atual
• Em negociações territoriais:
– Critério de que o uso efetivo das terras/ocupação do
território no momento da independência.
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• Questão Cisplatina
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– Forças Armadas – Final da Guerra (1864 -70)
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• Quase 1/3 das fronteiras atuais
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• Defesa em arbitramentos internacionais:
– Argentina/Palmas – Mediação dos EUA (1895 e
desfecho em 1898)
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– Colômbia – Demarcação da fronteira do Amazonas
– Questão Acre – Bolívia
• Primeiro tratado em 1867 (sem conhecimento da
região) 1898/99 conflitos entre brasileiros e bolivianos
(Bolivian Syndicate do EUA e concessão)
• Militarização da região em 1903 pelo Brasil
• Negociação do Barão – Tratado de Petrópolis – 1903
– Pagamento e promessa de Construção Ferrovia
Madeira-Mamoré
Definição das fronteiras: Período Nacional
CarlosTadeudeCarvalhoGamba
Fonte: Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil - disparidades e dinâmicas do
território. São Paulo: Edusp, 2005. p. 35 (adaptado).
Brasil: A economia e o território no século XVIII
CarlosTadeudeCarvalhoGamba
Fonte: Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil - disparidades e dinâmicas do
território. São Paulo: Edusp, 2005. p. 35 (adaptado).
Brasil: A economia e o território no século XIX
http//www.com.br
Pedro Geiger - 1964
No final dos anos de 1990, M. Santos propõe a junção das Regiões Sul e Sudeste, formando a
REGIÃO CONCENTRADA, consolidando um espaço diferenciado dentro de um caráter técnico-
científico-informacional.
RegionalizaRegionalizaçção sugerida por Miltonão sugerida por Milton
Santos e Maria L. SilveiraSantos e Maria L. Silveira
• Conforme estabelecido na Convenção
das Nações Unidas sobre o Direito do
Mar, ratificada por quase cem países,
inclusive o Brasil, todos os bens
econômicos existentes no seio da
massa líquida, sobre o leito do mar e
no subsolo marinho, ao longo de uma
faixa litorânea de 200 milhas
marítimas de largura, na chamada
Zona Econômica Exclusiva (ZEE),
constituem propriedade exclusiva do
país ribeirinho. Em alguns casos, a
Plataforma Continental (PC) -
prolongamento natural da massa
terrestre de um Estado costeiro -
ultrapassa essa distância, podendo
estender a propriedade econômica do
Estado a até 350 milhas marítimas.
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caracterizam a imensa Amazônia Azul,
medindo quase 4,5 milhões de Km², o
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  • 2. MUNDO- DIVISÃO POLÍTICA Fonte: Atlas Nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. 20 (adaptado)
  • 3. Os limites, as fronteiras e a divisão política Território de um Estado nação Área em que o governo do país tem poder para atuar Delimitado por linhas divisórias chamadas limites Limites naturais (serras ou rios) Linhas imaginárias Fronteira política: trecho do território que define o limite. Zona ou faixa pela qual passa a linha de separação. ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
  • 4. O ESTADO-NAÇÃO É comum referir-se ao país como sendo também um Estado. Diversos geógrafos, historiadores, sociólogos entendem que o termo que melhor traduz a idéia de país é Estado-nação. A nação é constituída por um conjunto de pessoas que tem o mesmo passado histórico, os mesmos costumes e valores e, às vezes, a mesma língua e religião. Tudo isso faz com que a nação tenha uma identidade cultural e se forme uma consciência nacional. Apesar de algumas particularidades, que podem ser até línguas diferentes, há nas pessoas que pertencem a uma mesma nação a idéia de pertencer a uma identidade superior, chamada de identidade nacional. ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
  • 5. Assim, o país ou o Estado-nação são termos que se referem à organização político administrativa do território — o Estado — e à sociedade, que está sob o governo desse Estado. A sociedade pode ser formada por uma única nação ou por várias nações. O termo Estado nacional também é utilizado para se referir ao Estado-nação. Os geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira afirmaram que “a existência de um país supõe um território. Mas a existência de uma nação nem sempre é acompanhada da posse de um território e nem sempre supõe a existência de um Estado”. ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
  • 6. • Os limites são resultados de longos processos de ocupação. Muitos são motivo de conflito e podem ser modificados. – Eles não delimitam apenas o espaço físico que cabe a cada Estado governar. Em muitos casos, a divisão política representa formas diferenciadas de desenvolvimento tecnológico, de normas (leis), de valores e costumes.
  • 7. Fazer fronteiras com muitos países, como no caso do Brasil Vantagens: facilita a formação de blocos comerciais com os países próximos, a fim de facilitar o processo de produção, importação e exportação de mercadorias. Desvantagens: dificuldade do governo para controlar e fiscalizar as fronteiras terrestres, tentando impedir o tráfico de armas e drogas, o contrabando e a imigração ilegal. O Brasil apresenta a 3ª maior fronteira do mundo, com aproximadamente 16,8 mil km de fronteiras.
  • 9. • No período áureo das Grandes Navegações, os portugueses concluíram, que a partilha estipulada pela bula papal acabava não os beneficiando, pois apenas algumas ilhas ficariam sob seu domínio. Portugal por esse motivo acabou exigindo um novo acordo – o Tratado de Tordesilhas, assinado no dia 7 de junho de 1494, com ele, ampliava-se a distância de 100 para 370 léguas a partir das ilhas de Cabo Verde. Desta forma o Tratado de Tordesilhas assegurou a Portugal o domínio das terras descobertas a oeste do Oceano Atlântico.
  • 10. • A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL • Nos Séculos XVI e XVII, a colonização baseou-se no regime de capitanias hereditárias, instituído em 1543. • Os donatários tinham amplos poderes nas suas capitanias, inclusive o de distribuir sesmarias. • Esse regime fragmentou a América Portuguesa em unidades autônomas e desarticuladas entre si • A ocupação se deu entre o mar e o sertão
  • 11.
  • 12. Núcleos de povoamento da América Portuguesa • Século XVI – economia canavieira centro da empresa agrícola colonial – Litoral do Nordeste: Capitanias - Bahia e Pernambuco • Solos massapê, clima quente e úmido e topografia suave - Sistema de plantations • Principais cidades nascem ao redor dos portos: – Salvador (1549-sede do Governo Geral) e Recife – São Vicente – fracasso da cana-de-açúcar • Estreita fachada litorânea, solos rasos e pantanosos e maior distância dos portos europeus.
  • 13. – São Paulo de Piratininga (1554): ponto de partida dos bandeirantes, torna-se o maior núcleo de povoamento ainda no séc. XVI. • Policultura de subsistência, com mão-de-obra constituída por índios escravizados. • Apresamento e escravidão dos índios maior fonte de renda – Amazônia • Forte do Presépio de Belém 1616 – expedições de reconhecimento com o objetivo de expulsar holandeses e ingleses. • Missões – Igreja católica – coletas de drogas do sertão
  • 14. • Século XVII • Nordeste – Gado é expulso das terras nobres da fachada litorânea, inicia-se a ocupação dos sertões. – Pecuária atinge sertão nordestino através dos rios São Francisco (Rio dos Currais) e Parnaíba – Exportação de fumo
  • 15. Século XVII – restante do País • Ampliação do mercado de índios nas regiões produtoras de açúcar – bandeirantes atingem o interior do país. • Fins do século XVII – descoberta de metais preciosos • Principais núcleos urbanos de Minas Gerais – Vila Rica, Ouro Preto, Mariana, Caeté, Sabará, Arraial do Tijuco, etc. • Caminhos do Ouro: – Caminho Geral do Sertão – Serra das Vertentes – Rio São Francisco – Caminho Velho – Rio Paraíba do Sul – Serra da Mantiqueira
  • 16. Século XVIII • Preocupação da coroa lusitana com o contrabando da produção aurífera. – Construção de estrada que ligasse a região mineradora à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro – Torna-se o principal porto e em 1763 torna-se a sede administrativa do país. – Gêneros alimentares supervalorizados na região aurífera – ampliação da área de produção agropecuária em SP, atingindo o sul do Brasil. – Prosperidade da pecuária no sertão do NE. – Grande aumento populacional – início sec. XVIII em torno de 15.000 e em 1777, 116.975 habitantes
  • 17. • Assim como nunca houve uma unidade política colonial, também a economia da América Portuguesa permaneceu fragmentada durante toda sua história. No plano político, a construção da unidade foi sobretudo obra do império, que subordinou as oligarquias regionais ao poder central instalado no Rio de Janeiro.
  • 18. Política de fronteiras: Brasil Colônia • Cerca de 17% da extensão total da divisória terrestre atual • Meridiano de Tordesilhas – 1494 (370 léguas a oeste de Cabo Verde) – Fronteira definida, mas não delimitada – Uso do território e avanço da colonização pela bacia do Amazonas e sertão; • Tratado de Madri – 1750 - Portugal e Espanha – Posse utilizada para garantir território - “uti possidetis" – Definições mais próximas do que temos atualmente
  • 19. Definição das fronteiras: Período Colonial
  • 20. Política Territorial do Império • Pouco mais de 50% da fronteira atual • Em negociações territoriais: – Critério de que o uso efetivo das terras/ocupação do território no momento da independência. – Mito da Ilha-Brasil • Questão Cisplatina – Traçado final • Paraguai – Forças Armadas – Final da Guerra (1864 -70) • Amazônia – Venezuela e Peru – Acordos de navegação (segunda metade do sec. XIX).
  • 21. Definição das fronteiras: Período Imperial
  • 22. Política Territorial: República • Quase 1/3 das fronteiras atuais • Importância do Barão do Rio Branco • Defesa em arbitramentos internacionais: – Argentina/Palmas – Mediação dos EUA (1895 e desfecho em 1898) – Guiana Francesa - Amapá – Guiana Inglesa – Colômbia – Demarcação da fronteira do Amazonas – Questão Acre – Bolívia • Primeiro tratado em 1867 (sem conhecimento da região) 1898/99 conflitos entre brasileiros e bolivianos (Bolivian Syndicate do EUA e concessão) • Militarização da região em 1903 pelo Brasil • Negociação do Barão – Tratado de Petrópolis – 1903 – Pagamento e promessa de Construção Ferrovia Madeira-Mamoré
  • 23. Definição das fronteiras: Período Nacional
  • 24.
  • 25. CarlosTadeudeCarvalhoGamba Fonte: Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil - disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005. p. 35 (adaptado). Brasil: A economia e o território no século XVIII
  • 26. CarlosTadeudeCarvalhoGamba Fonte: Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello. Atlas do Brasil - disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2005. p. 35 (adaptado). Brasil: A economia e o território no século XIX
  • 27.
  • 28.
  • 30. No final dos anos de 1990, M. Santos propõe a junção das Regiões Sul e Sudeste, formando a REGIÃO CONCENTRADA, consolidando um espaço diferenciado dentro de um caráter técnico- científico-informacional. RegionalizaRegionalizaçção sugerida por Miltonão sugerida por Milton Santos e Maria L. SilveiraSantos e Maria L. Silveira
  • 31. • Conforme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ratificada por quase cem países, inclusive o Brasil, todos os bens econômicos existentes no seio da massa líquida, sobre o leito do mar e no subsolo marinho, ao longo de uma faixa litorânea de 200 milhas marítimas de largura, na chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), constituem propriedade exclusiva do país ribeirinho. Em alguns casos, a Plataforma Continental (PC) - prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro - ultrapassa essa distância, podendo estender a propriedade econômica do Estado a até 350 milhas marítimas. Essas áreas somadas - ZEE mais a PC - caracterizam a imensa Amazônia Azul, medindo quase 4,5 milhões de Km², o que acrescenta ao País uma área equivalente a mais de 50% de sua extensão territorial.