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Cuidados com a saúde do
      Adolescente
         Aniete
Roteiro
•   Caso clínico 1
•   Definições.
•   Fisiologia do desenvolvimento puberal normal.
•   Desenvolvimento sexual.
•   Síndrome da adolescência normal.
•   Consulta do adolescente.
•   Caso clínico 3
•   Anticoncepção e Gravidez na adolescência.
•   Caso clínico 2
•   Alimentação na adolescência.
•   Caso clínico 4
Carlos, 14 anos, nunca conseguiu
ficar com uma garota
•   relata estar preocupado por nunca ter ficado com
    nenhuma garota. “Toda vez que estou a fim de uma
    menina, ela diz que sou apenas um grande amigo.
    Odeio essa frase! Meu irmão é o cara mais
    disputado da escola, mas as meninas dizem que sou
    mais simpático, inteligente e educado.
•   Será que é por causa do meu jeito e da minha voz?
•   O que está acontecendo comigo?
•   Será que um não sou normal?”.
Carlos, 14 anos, nunca conseguiu
ficar com uma garota
•   Que problemas você identifica nesse caso?
•   Que orientações você daria ao adolescente?
•   Como podem ser abordadas as dificuldades
    desse adolescente nos diversos contextos:
    escola, serviços de saúde e centros
    comunitários?
•   Que outras informações buscaria e porquê?
Definição de Adolescência
•   Período de transição entre a infância e a
    idade adulta caracterizado por intenso
    crescimento e desenvolvimento que se
    manifesta por marcantes transformações
    anatômicas, fisiológicas, mentais e sociais.
•   Para a OMS atinge a faixa etária dos 10 aos
    19 anos.
Definição de puberdade
•   É um fenômeno físico mensurável.
•   É o componente “bio” da adolescência.
•   Período da puberdade é bem menor do que
    o da adolescência.
Desenvolvimento puberal normal

•   Maturação sexual variabilidade:
    •   Idade de início.
    •   Duração.
    •   Seqüência.
    •   Amplitude.
Placa de crescimento




•   Ação dos estrógenos no osso:
•   Crescimento linear: condrogênese.
•   Maturação esquelética: mineralização da placa de
    crescimento.
•   Aquisição e manutenção de massa óssea no
    adulto.
Eixo GH- IGF-I e puberdade
•   Aumento dos esteróides sexuais:
•   aumento do GH
•   aumento de IGF-I
•   Resulta no estirão puberal.
Estirão de crescimento
•   aquisição de 20 - 25% da estatura definitiva
•   estirão dura de 24 a 36 meses.
•   varia com o sexo e desenvolvimento puberal:
     • feminino: pico = TII e TIII.
     • masculino: pico = testículos 10-15 cm3 (GIII
       e GIV).
Estirão de crescimento
•   Idade: quem amadurece mais cedo tem
    maior ganho puberal.
•   Duração: quanto mais cedo maior a duração.
•   Altura inicial: maior nos que começarem
    puberdade mais tardia.
•   Altura dos pais: Altura média dos pais tem
    correlação com a altura atingida durante o
    estirão e altura final.
O que influencia o crescimento

   Atividade física.
   Sono (GH é liberado na fase IV do sono).
   Doenças crônicas (verminose, ITU de
    repetição, DM tipo I, asma grave).
   Nutrição (desnutrição).
Fatores que influencia altura
    final
   Genéticos
   Ambientais:
       nutricionais
       higiênicos
       sociais
       psicológicos.
Características sexuais secundárias
femininas
•   vagina e vulva
•    útero
•    mamas
•    pilificação pubiana, axilar e glândulas
    cutâneas
•    menarca
Tanner, 1962
Puberdade normal
 Herman-Giddens et al. (Pediatrics, 99 (4): 505-512, 1997)
  17.077 meninas (3 a 12 anos) de 225 clínicas nos
                         EUA
  90,4 % brancas (B) e 9,6% afro-americanas (AA)

                     RESULTADOS
1. as meninas AA =desenvolvimento puberal +
  adiantado que as B
2. início telarca: AA = 8,87 + 1,93; B = 9,96 + 1,82
3. início pubarca: AA = 8,78 + 2,00; B = 10,51 + 1,67
4. menarca: AA = 12,16 + 1,21; B = 12,88 + 1,20
Prevalência de T 2 para mama/pelo




                     Herman-Giddens et al.
Características sexuais secundárias
masculinas
•   genitália externa - testículos
•   pilificação pubiana, axilar,facial e glândulas
    cutâneas
•   alterações da voz
•   espermarca
•   mamas
Orquidômetro de Prader
Fases da adolescência
•   Puberdade (10-14 anos): transformações corporais e
    alterações psíquicas derivadas destes
    acontecimento.
•   Adolescência propriamente dita (14-17 anos):
    elemento central as questões relacionadas à
    sexualidade, em especial a passagem da
    bissexualidade para a heterossexualidade.
•   Juventude (17-20 anos): estabelecimento de novos
    vínculos com os pais, a questão profissional, a
    aceitação do novo corpo e dos processos psíquicos
    do mundo adulto.
Desenvolvimento sexual
•   Sexualidade existe desde o nascimento.
•   Diferentes zonas corporais proporcionam
    gratificações de prazer em diferentes etapas
    da infância:
    •   Primeiros anos de vida: fase oral.
    •   18 meses a ~4 anos: fase anal.
    •   3 a 5 anos fase fálica ou genital infantil.
    •   6 anos até puberdade: fase de latência.
    •   A partir da adolescência: fase genital adulta.
Desenvolvimento sexual
•   Pré-adolescência o sexo biológico e identidade de
    gênero já está estabelecida.
•   Na fase inicial, puberal:o aparecimento dos caracteres
    sexuais secundário, processo de autoconhecimento e
    auto erotismo (masturbação).
•   Fase adolescência média: comportamento sexual de
    natureza exploratória e narcísicas, relações casuais e
    negação das conseqüência.
•    Juventude: comportamento sexual mais expressivo e
    menos explorador, com relações íntimas com maior
    capacidade de troca (dar e receber).
Lutos
•   As mudanças psicológicas neste período
    estão relacionadas com as mudanças
    corporais.
•   Estas mudanças só são possíveis quando
    se elabora lenta e dolorosamente , o luto
    pelo corpo de criança, pela identidade
    infantil e pela relação com os pais da
    infância.
Busca de sua identidade
•   A mudança corporal está associada à
    mudança da sua imagem que muda também
    a sua identidade.
•   O adolescente precisa então adquirir uma
    ideologia que lhe permita sua adaptação ao
    mundo e/ou sua ação sobre ele para mudá-lo.
•   Período confuso, de contradições,
    ambivalente, doloroso, caracterizado por
    fricções com o meio familiar e social.
Crise parental
•   Os pais sentem os primeiros sinais do
    declínio físico, sexual e mental.
•   Há uma revisão de valores e de aspectos
    importantes da vida, como a sexualidade, as
    relações afetivas, etc.
•   Deve-se levar em conta o outro lado do
    problema: a ambivalência e a resistência dos
    pais em aceitar o processo de crescimento:
    adolescência difícil = sociedade difícil.
Síndrome normal da adolescência

I.     Busca de si mesmo e da identidade.
II.    Tendência grupal.
III.   Necessidade de intelectualizar e fantasiar.
IV.    Crises religiosas, desde ateísmo até o
       misticismo fervoroso.
V.     Deslocalização temporal, onde o
       pensamento adquire as características de
       pensamento primário.
VI.    Separação progressiva dos pais.
                                         Aberastury & Knobel
Síndrome normal da adolescência

vii.    Evolução sexual manifesta, que vai do auto-erotismo
        até a heterossexualidade genital adulta.
viii.   Atitude social reivindicatória com tendências anti ou
        associais de diversa intensidade.
ix.     Contradições sucessivas em todas as manifestações
        de conduta, dominada pela ação, que constitui a
        forma de expressão conceitual mais típica deste
        período.
x.      Constantes flutuações do humor e do estado de
        ânimo.
                                                Aberastury & Knobel
Adolescentes
•   Constitui 20% da população brasileira:
    •   17 milhões de adolescentes entre 10 e 14 anos.
    •   18 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos.
O médico frente ao adolescente
•   Deve cultivar a empatia, aceitação, autenticidade,
    confiança e sigilo.
•   Falta de capacitação para o atendimento do
    adolescente.
•   Tabu do exame ginecológico.
•   Presunção de que todo adolescente é sadio.
•   Medo de que o diálogo seja apenas um monólogo.
•   Adolescente vem à consulta contra sua vontade.
•   Pais querem usar o médico como seu preposto e
    tentam transferir para usa boca todas as suas
    queixas, reprimendas e descontentamentos.
Aspectos éticos - o adolescente
tem direito a:
•   Privacidade (ser atendido sozinho em
    espaço privado).
•   Confidencialidade (tudo o que for falado
    durante consulta só será dito aos pais se
    consentido pelo adolescente).
•   Sigilo médico.
•   Princípio de autonomia.
•   Doutrina do menor maduro e
•   Respeito ao pudor.
Consulta médica do adolescente

•   Entrevista com a família e anamnese.
•   Entrevista a sós com o adolescente.
•   Exame físico do adolescente.
•   Conversa com o adolescente.
•   Nova entrevista com a família.
•   Diagnóstico e tratamento.
Anamnese do adolescente
•   Antecedentes familiares.
•   Antecedentes pessoais: imunização.
•   Interrogatório sobre os vários aparelhos.
•   Habitação.
•   Escolaridade: adaptação, interesse.
•   Alimentação: horários, hábitos, preocupação com
    peso.
•   Drogas, lazer, atividades, esporte, noite.
•   Sexualidade: métodos anticoncepcionais,
    masturbação, namoro.
Exame Físico do Adolescente
•   Tem direito a privacidade: presença de
    acompanhante se o paciente pedir.
•   Dados gerais: peso, estatura, PA, pulso,
    FC, estágio de maturação sexual.
•   Avaliação nutricional: gráficos de peso e
    altura e IMC para idade (peso/estatura 2).
•   Exame ginecológico: não obrigatório na
    primeira consulta. Orientar auto-exame.
•   Exame andrológico.
Canal de crescimento

   Calcular canal de crescimento com estatura
    final alvo:
   Meninas: soma das estaturas dos pais menos
    13 divididos por 2;
   Meninos: soma das estaturas dos pais mais
    13 divididos por 2;
   O canal de crescimento estará mais ou
    menos 8 centímetros da estatura alvo.
Canal de crescimento

   Identifica o potencial genético de crescimento
    da criança.
   Dará uma previsão da altura final da criança,
    que dependendo de fatores ambientais
    poderá ou não ser atingida.
Abordagem multiprofissional
•   Para melhor atendimento do adolescente há
    necessidade de uma equipe multiprofissional
    e interdisciplinar: pediatras, assistentes
    sociais, enfermeiros, nutricionistas,
    psicólogos.
Doenças comuns na adolescência

•   Distúrbios do crescimento.
•   Obesidade.
•   Dificuldades escolares.
•   Desvios de conduta.
Morbidade e mortalidade na
adolescência
•   Vacinação, menstruação,desenvolvimento
    psicosocial, nutricionais,dentários,
    ortopédicos,oculares, gravidez, acidentes,
    violência e abuso sexual, depressão.
•   Comportamento de risco:
    •   Uso de droga, álcool e tabaco.
    •   Atividade sexual promíscua.
    •   Conduta propensa a acidentes (imprudência).
Mortalidade na adolescência
•   Suicídio, homicídio
•   Acidentes de trânsito
•   Aids
•   Gravidez e abortos
•   Maior risco de morte para o sexo masculino
    entre 15 e 19 anos.
Nelson, 17 anos, gosta de transar
com todas
•   Estudante, está interessada em Verônica, 16 anos, que
    resiste a “ficar” com ele porque quer um relacionamento
    mais sério.
•   Ele é muito legal, mas seu objetivo principal é “transar” com
    todas as garotas com quem sai.
•   Enquanto tenta convencer Verônica a sair com ele, tem
    saído com outras garotas, tendo relação sexual com elas.
•   A pretexto de ter um reforço na matéria de História, em que
    enfrenta muitas dificuldades, Nelson pede ajuda a Verônica,
    que aceita estudar com ele. Com isso, há uma aproximação
    entre os dois.
•   Num final de semana, véspera de prova, os pais de
    Verônica viajam e os dois combinam estudar na casa dela.
    No decorrer do estudo começa um clima romântico, que
    termina numa relação sexual sem preservativo.
Nelson, 17 anos
•   Que problemas você identifica neste caso?
•   Que outros dados de vida dos adolescentes
    envolvidos você gostaria de saber?
•   Como estimular e desenvolver a reflexão
    sobre sexualidade na adolescência?
•   Como você abordaria este caso?
Anticoncepção - o adolescente
tem direito a:
•   Orientação sobre todos os métodos
    anticoncepcionais com ênfase na dupla
    proteção (uso de preservativo).
•   Prescrição de métodos anticoncepcionais
    quando solicitar, independente da idade
    (mesmo abaixo de 14 anos).
•   Sigilo sobre sua atividade sexual.
•   Ao uso da contracepção de emergência.
Contracepção
•   82% dos jovens entre 15-19 anos usam algum
    método anticoncepcional e 90% entre 20 e 24
    anos.
•   Preservativo: 48-70%. Nunca usam: 4-20%.
    Usam em todas as relações: 36-66%. O uso
    varia em função do significado afetivo sexual.
•   Pílula: 17 a 38%.


                                             UNESCO 2004
Contracepção de emergência
•   Não é método abortivo e muito menos
    anticoncepcional.
•   Prescrita para adolescentes em situações de risco
    eminente de gravidez:
    •   Não estar usando método anticoncepcional.
    •   Falha no método contraceptivo utilizado.
    •   Violência sexual
•   Deixar de oferecê-lo nas situações indicadas pode
    ser considerada uma violação do direito do paciente.
•   Suspeita de abuso sexual o profissional é obrigado a
    notificar para o conselho tutelar.
                                                    FEBRASGO
Contracepção de emergência
•   Levonorgestrel (progestogênio) 0,75 mg ou Método de
    Yuzpe - anticoncepcional oral combinado: Levonorgestrel
    0,25 ou 0,15 mg e etinilestradio 0,05 ou 0,03 mg. Em duas
    tomadas a cada 12 horas.
•   Administrado até 72 de uma relação sexual desprotegida.
•   Mecanismo de ação: depende da fase do ciclo.
•   Até 24 horas, índice de falha é 5-25%.
•   Entre 24-48 horas, falha de 15-65%.
•   Entre 48-72 horas, falha de até 42-69%.
•   Os efeitos colaterais podem ser náuseas, vômitos, dores de
    cabeça, dores abdominais, antecipação ou atraso da
    menstruação.

                                                         FEBRASGO
Gravidez na adolescência
•   O tema gravidez se confunde com sexualidade na
    adolescência.
•   Geralmente “não desejada”e não planejada: 700 mil
    meninas se tornam mães por ano no Brasil.
•   Já iniciaram atividade sexual aos 15 anos:
    •   sem escolaridade – 55%
    •   com mais de 9 anos da escolaridade – 10%.
•   Taxa da fecundidade em mulheres 15-19 anos:
    •   em famílias com renda até 1 SM - 128%o,
    •   Em famílias com dez SM ou mais - 13%o.
                                                    UNESCO 2004
Gravidez na adolescência
•   Ter filho como forma de expressão de poder,
    virilidade,compensação por outras faltas e
    exclusões.
•   O horizonte social limitado torna a
    perspectiva de maternidade/paternidade
    antecipada uma alternativa razoável.
Gravidez na adolescência
•   Idade da primeira gravidez: ~16 anos.
•   Primeira gravidez se associa a primeira
    relação.
•   Meninas entre 10 e 14 anos que diz já ter
    engravidado: Fortaleza: 33,3%, Cuiabá: 22%.
•   Confunde-se com a visão moral de
    casamento e família, pois a paternidade
    geralmente não é assumida.
•   Associada a interrupção dos estudos e
    ingresso precoce no mercado de trabalho.
                                          UNESCO 2004
Franciele, 15 anos, cólicas
•   Estudante da 8º série do ensino fundamental, filha única, pais separados.
    Mora com a mãe, empregada doméstica.
•   sentir fortes cólicas no período menstrual.
•   Refere ciclo menstrual irregular, com sangramento normal.
•   Alimentação irregular, diz que não toma café da manhã e que dificilmente
    janta, pois quer emagrecer.
•   Franciele nunca “ficou”, apesar de todas as suas amigas já terem vivido
    essa experiência.
•   Se considera muito feia pois seu peito é muito grande e é gorda e desde
    que ficou “mocinha”seu nariz mudou de forma e o cabelo encaracolou,
    não conseguindo mais dar jeito nele.
•   Se sente muito sozinha e triste, achando que os meninos não se
    interessam de verdade por ela.
•   Detesta ficar menstruada, pois isso é um incômodo.
•   A menarca foi aos 13 anos e ainda não iniciou sua vida sexual.
•   Ao exame físico: altura 1,60 cm, peso 68Kg e estadiamento puberal
    P4M4.
Franciele, 15 anos
•   Que problemas você identifica nesse caso?
•   Você considera normal a irregularidade
    menstrual relatada?
•   Que perguntas você faria para elucidar
    melhor o diagnóstico?
•   Quais seriam as condutas adequadas?
Necessidades nutricionais
•   Aumento de 35 kg de massa magra nos
    meninos e 18 kg nas meninas.
•   Aos 18 anos o percentual de gordura
    corporal total é de 18% nos meninos e 25%
    nas meninas.
•   Aumento mais importante da densidade
    mineral óssea.
Alimentação do adolescente
•   Escolha dos alimentos são determinadas por
    fatores psicológicos, sócio-econômicos e
    culturais.
•   Vulneráveis a distúrbios nutricionais.
•   Consumo de dieta inadequada pode
    influenciar negativamente sobre crescimento
    e desenvolvimento.
•   Período de grande atividade física.
•   Gestantes na adolescência
Necessidades nutricionais
•   Período de aumento de necessidades
    energéticas, de ingestão protéica (10-14%).
•   Vitaminas:
    •   aumentar oferta de tiamina (açúcar refinado
        diminui esta vitamina).
    •   Vitamina C (fumantes e uso anticoncepcionais).
    •   Vitamina B12 (dietas radicais ou vegetarianos
        exclusivos.
    •   Ácido fólico e vitamina A e D estão aumentadas.
Necessidades nutricionais
•   Cálcio:
    •   50% da massa óssea é adquirida nesta fase.
    •   Necessidade diária de 1300 mg de cálcio
        elemento/dia. 60% deve ser adquirido com
        ingestão de produtos lácteos.
Necessidades nutricionais
•   Ferro:
    •   Aumento das necessidades devido a expansão do
        volume plasmático, maior massa eritrocitária e de
        mioglobina (meninos).
    •   Perda menstrual pode chegar a 1,4 mg/dia.
    •   Freqüente ocorrência de anemia. Recomendação
        de 8 mg/dia até 13 anos e 11 mg/dia para
        meninos e 15 mg/dia meninas entre 14-18 anos.
Necessidades nutricionais
•   Zinco:
    •   associado a regeneração óssea e muscular,
        desenvolvimento ponderal e maturação sexual.
    •   Dose recomendada: 8-11 mg/dia.
André, 15 anos
•   Mora com os pais e o meio irmão por parte de mãe em um bairro popular.
    Atualmente está no 7 ano do ensino fundamental, tendo repetido um vez.
•   Bastante comunicativo e tem facilidade de fazer amigos.
•   Surpreendido fumando maconha com os amigos.
•   Durante a entrevista conjunta, André ficou calado o tempo todo.
•   Seus pais informaram que, além da maconha, André usa de cigarro (tabaco) e por
    várias vezes chegou embriagado em casa.
•   Procurar a equipe da unidade de saúde para uma orientação. André não gostou
    da sugestão.
•   Na unidade, o enfermeiro constatou que os pais de André eram tabagistas e
    faziam uso abusivo de bebida alcoólica.
•   O pai demonstrou ser muito autoritário e por vezes gritou com André devido ao
    baixo rendimento escolar e às saídas noturnas com os amigos.
•   Família buscasse a participação em grupos de auto-ajuda (por exemplo,
    Alcoólicos Anônimos) e que continuasse em atendimento domiciliar pela equipe de
    saúde.
•   Quanto a André, sugeriu-se que fosse acompanhado na unidade de saúde e,
    também, na escola. Embora relutante, André concordou com a idéia.
André, 15 anos
•   Que problemas você identifica neste caso?
•   Que profissionais devem ser envolvidos para o
    encaminhamento adequado dos problemas?
•   Como você aborda a questão do uso de drogas?
•   Em relação à repetência, o que você faria? E quem
    contataria? Que outros dados seriam importantes
    para e elucidação deste caso?
•   Discutam as ações que devem ser implementadas,
    de forma intersetorial, em situações nas quais o
    adolescente abusa de drogas e já apresenta
    dificuldade escolar.
Critérios para definir o “final” da
adolescência
•   Estabelecer uma identidade estável.
•   Aceitar sua sexualidade e se ajustar ao
    papel sexual adulto.
•   Tornar-se independente dos pais.
•   Fazer a escolha de uma carreira ou
    encontrar uma vocação.

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  • 1. Cuidados com a saúde do Adolescente Aniete
  • 2. Roteiro • Caso clínico 1 • Definições. • Fisiologia do desenvolvimento puberal normal. • Desenvolvimento sexual. • Síndrome da adolescência normal. • Consulta do adolescente. • Caso clínico 3 • Anticoncepção e Gravidez na adolescência. • Caso clínico 2 • Alimentação na adolescência. • Caso clínico 4
  • 3. Carlos, 14 anos, nunca conseguiu ficar com uma garota • relata estar preocupado por nunca ter ficado com nenhuma garota. “Toda vez que estou a fim de uma menina, ela diz que sou apenas um grande amigo. Odeio essa frase! Meu irmão é o cara mais disputado da escola, mas as meninas dizem que sou mais simpático, inteligente e educado. • Será que é por causa do meu jeito e da minha voz? • O que está acontecendo comigo? • Será que um não sou normal?”.
  • 4. Carlos, 14 anos, nunca conseguiu ficar com uma garota • Que problemas você identifica nesse caso? • Que orientações você daria ao adolescente? • Como podem ser abordadas as dificuldades desse adolescente nos diversos contextos: escola, serviços de saúde e centros comunitários? • Que outras informações buscaria e porquê?
  • 5. Definição de Adolescência • Período de transição entre a infância e a idade adulta caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento que se manifesta por marcantes transformações anatômicas, fisiológicas, mentais e sociais. • Para a OMS atinge a faixa etária dos 10 aos 19 anos.
  • 6. Definição de puberdade • É um fenômeno físico mensurável. • É o componente “bio” da adolescência. • Período da puberdade é bem menor do que o da adolescência.
  • 7. Desenvolvimento puberal normal • Maturação sexual variabilidade: • Idade de início. • Duração. • Seqüência. • Amplitude.
  • 8. Placa de crescimento • Ação dos estrógenos no osso: • Crescimento linear: condrogênese. • Maturação esquelética: mineralização da placa de crescimento. • Aquisição e manutenção de massa óssea no adulto.
  • 9. Eixo GH- IGF-I e puberdade • Aumento dos esteróides sexuais: • aumento do GH • aumento de IGF-I • Resulta no estirão puberal.
  • 10. Estirão de crescimento • aquisição de 20 - 25% da estatura definitiva • estirão dura de 24 a 36 meses. • varia com o sexo e desenvolvimento puberal: • feminino: pico = TII e TIII. • masculino: pico = testículos 10-15 cm3 (GIII e GIV).
  • 11. Estirão de crescimento • Idade: quem amadurece mais cedo tem maior ganho puberal. • Duração: quanto mais cedo maior a duração. • Altura inicial: maior nos que começarem puberdade mais tardia. • Altura dos pais: Altura média dos pais tem correlação com a altura atingida durante o estirão e altura final.
  • 12. O que influencia o crescimento  Atividade física.  Sono (GH é liberado na fase IV do sono).  Doenças crônicas (verminose, ITU de repetição, DM tipo I, asma grave).  Nutrição (desnutrição).
  • 13. Fatores que influencia altura final  Genéticos  Ambientais:  nutricionais  higiênicos  sociais  psicológicos.
  • 14. Características sexuais secundárias femininas • vagina e vulva • útero • mamas • pilificação pubiana, axilar e glândulas cutâneas • menarca
  • 16. Puberdade normal Herman-Giddens et al. (Pediatrics, 99 (4): 505-512, 1997) 17.077 meninas (3 a 12 anos) de 225 clínicas nos EUA 90,4 % brancas (B) e 9,6% afro-americanas (AA) RESULTADOS 1. as meninas AA =desenvolvimento puberal + adiantado que as B 2. início telarca: AA = 8,87 + 1,93; B = 9,96 + 1,82 3. início pubarca: AA = 8,78 + 2,00; B = 10,51 + 1,67 4. menarca: AA = 12,16 + 1,21; B = 12,88 + 1,20
  • 17. Prevalência de T 2 para mama/pelo Herman-Giddens et al.
  • 18. Características sexuais secundárias masculinas • genitália externa - testículos • pilificação pubiana, axilar,facial e glândulas cutâneas • alterações da voz • espermarca • mamas
  • 20. Fases da adolescência • Puberdade (10-14 anos): transformações corporais e alterações psíquicas derivadas destes acontecimento. • Adolescência propriamente dita (14-17 anos): elemento central as questões relacionadas à sexualidade, em especial a passagem da bissexualidade para a heterossexualidade. • Juventude (17-20 anos): estabelecimento de novos vínculos com os pais, a questão profissional, a aceitação do novo corpo e dos processos psíquicos do mundo adulto.
  • 21. Desenvolvimento sexual • Sexualidade existe desde o nascimento. • Diferentes zonas corporais proporcionam gratificações de prazer em diferentes etapas da infância: • Primeiros anos de vida: fase oral. • 18 meses a ~4 anos: fase anal. • 3 a 5 anos fase fálica ou genital infantil. • 6 anos até puberdade: fase de latência. • A partir da adolescência: fase genital adulta.
  • 22. Desenvolvimento sexual • Pré-adolescência o sexo biológico e identidade de gênero já está estabelecida. • Na fase inicial, puberal:o aparecimento dos caracteres sexuais secundário, processo de autoconhecimento e auto erotismo (masturbação). • Fase adolescência média: comportamento sexual de natureza exploratória e narcísicas, relações casuais e negação das conseqüência. • Juventude: comportamento sexual mais expressivo e menos explorador, com relações íntimas com maior capacidade de troca (dar e receber).
  • 23. Lutos • As mudanças psicológicas neste período estão relacionadas com as mudanças corporais. • Estas mudanças só são possíveis quando se elabora lenta e dolorosamente , o luto pelo corpo de criança, pela identidade infantil e pela relação com os pais da infância.
  • 24. Busca de sua identidade • A mudança corporal está associada à mudança da sua imagem que muda também a sua identidade. • O adolescente precisa então adquirir uma ideologia que lhe permita sua adaptação ao mundo e/ou sua ação sobre ele para mudá-lo. • Período confuso, de contradições, ambivalente, doloroso, caracterizado por fricções com o meio familiar e social.
  • 25. Crise parental • Os pais sentem os primeiros sinais do declínio físico, sexual e mental. • Há uma revisão de valores e de aspectos importantes da vida, como a sexualidade, as relações afetivas, etc. • Deve-se levar em conta o outro lado do problema: a ambivalência e a resistência dos pais em aceitar o processo de crescimento: adolescência difícil = sociedade difícil.
  • 26. Síndrome normal da adolescência I. Busca de si mesmo e da identidade. II. Tendência grupal. III. Necessidade de intelectualizar e fantasiar. IV. Crises religiosas, desde ateísmo até o misticismo fervoroso. V. Deslocalização temporal, onde o pensamento adquire as características de pensamento primário. VI. Separação progressiva dos pais. Aberastury & Knobel
  • 27. Síndrome normal da adolescência vii. Evolução sexual manifesta, que vai do auto-erotismo até a heterossexualidade genital adulta. viii. Atitude social reivindicatória com tendências anti ou associais de diversa intensidade. ix. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta, dominada pela ação, que constitui a forma de expressão conceitual mais típica deste período. x. Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo. Aberastury & Knobel
  • 28.
  • 29. Adolescentes • Constitui 20% da população brasileira: • 17 milhões de adolescentes entre 10 e 14 anos. • 18 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos.
  • 30. O médico frente ao adolescente • Deve cultivar a empatia, aceitação, autenticidade, confiança e sigilo. • Falta de capacitação para o atendimento do adolescente. • Tabu do exame ginecológico. • Presunção de que todo adolescente é sadio. • Medo de que o diálogo seja apenas um monólogo. • Adolescente vem à consulta contra sua vontade. • Pais querem usar o médico como seu preposto e tentam transferir para usa boca todas as suas queixas, reprimendas e descontentamentos.
  • 31. Aspectos éticos - o adolescente tem direito a: • Privacidade (ser atendido sozinho em espaço privado). • Confidencialidade (tudo o que for falado durante consulta só será dito aos pais se consentido pelo adolescente). • Sigilo médico. • Princípio de autonomia. • Doutrina do menor maduro e • Respeito ao pudor.
  • 32. Consulta médica do adolescente • Entrevista com a família e anamnese. • Entrevista a sós com o adolescente. • Exame físico do adolescente. • Conversa com o adolescente. • Nova entrevista com a família. • Diagnóstico e tratamento.
  • 33. Anamnese do adolescente • Antecedentes familiares. • Antecedentes pessoais: imunização. • Interrogatório sobre os vários aparelhos. • Habitação. • Escolaridade: adaptação, interesse. • Alimentação: horários, hábitos, preocupação com peso. • Drogas, lazer, atividades, esporte, noite. • Sexualidade: métodos anticoncepcionais, masturbação, namoro.
  • 34. Exame Físico do Adolescente • Tem direito a privacidade: presença de acompanhante se o paciente pedir. • Dados gerais: peso, estatura, PA, pulso, FC, estágio de maturação sexual. • Avaliação nutricional: gráficos de peso e altura e IMC para idade (peso/estatura 2). • Exame ginecológico: não obrigatório na primeira consulta. Orientar auto-exame. • Exame andrológico.
  • 35. Canal de crescimento  Calcular canal de crescimento com estatura final alvo:  Meninas: soma das estaturas dos pais menos 13 divididos por 2;  Meninos: soma das estaturas dos pais mais 13 divididos por 2;  O canal de crescimento estará mais ou menos 8 centímetros da estatura alvo.
  • 36. Canal de crescimento  Identifica o potencial genético de crescimento da criança.  Dará uma previsão da altura final da criança, que dependendo de fatores ambientais poderá ou não ser atingida.
  • 37. Abordagem multiprofissional • Para melhor atendimento do adolescente há necessidade de uma equipe multiprofissional e interdisciplinar: pediatras, assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos.
  • 38. Doenças comuns na adolescência • Distúrbios do crescimento. • Obesidade. • Dificuldades escolares. • Desvios de conduta.
  • 39. Morbidade e mortalidade na adolescência • Vacinação, menstruação,desenvolvimento psicosocial, nutricionais,dentários, ortopédicos,oculares, gravidez, acidentes, violência e abuso sexual, depressão. • Comportamento de risco: • Uso de droga, álcool e tabaco. • Atividade sexual promíscua. • Conduta propensa a acidentes (imprudência).
  • 40. Mortalidade na adolescência • Suicídio, homicídio • Acidentes de trânsito • Aids • Gravidez e abortos • Maior risco de morte para o sexo masculino entre 15 e 19 anos.
  • 41. Nelson, 17 anos, gosta de transar com todas • Estudante, está interessada em Verônica, 16 anos, que resiste a “ficar” com ele porque quer um relacionamento mais sério. • Ele é muito legal, mas seu objetivo principal é “transar” com todas as garotas com quem sai. • Enquanto tenta convencer Verônica a sair com ele, tem saído com outras garotas, tendo relação sexual com elas. • A pretexto de ter um reforço na matéria de História, em que enfrenta muitas dificuldades, Nelson pede ajuda a Verônica, que aceita estudar com ele. Com isso, há uma aproximação entre os dois. • Num final de semana, véspera de prova, os pais de Verônica viajam e os dois combinam estudar na casa dela. No decorrer do estudo começa um clima romântico, que termina numa relação sexual sem preservativo.
  • 42. Nelson, 17 anos • Que problemas você identifica neste caso? • Que outros dados de vida dos adolescentes envolvidos você gostaria de saber? • Como estimular e desenvolver a reflexão sobre sexualidade na adolescência? • Como você abordaria este caso?
  • 43. Anticoncepção - o adolescente tem direito a: • Orientação sobre todos os métodos anticoncepcionais com ênfase na dupla proteção (uso de preservativo). • Prescrição de métodos anticoncepcionais quando solicitar, independente da idade (mesmo abaixo de 14 anos). • Sigilo sobre sua atividade sexual. • Ao uso da contracepção de emergência.
  • 44. Contracepção • 82% dos jovens entre 15-19 anos usam algum método anticoncepcional e 90% entre 20 e 24 anos. • Preservativo: 48-70%. Nunca usam: 4-20%. Usam em todas as relações: 36-66%. O uso varia em função do significado afetivo sexual. • Pílula: 17 a 38%. UNESCO 2004
  • 45. Contracepção de emergência • Não é método abortivo e muito menos anticoncepcional. • Prescrita para adolescentes em situações de risco eminente de gravidez: • Não estar usando método anticoncepcional. • Falha no método contraceptivo utilizado. • Violência sexual • Deixar de oferecê-lo nas situações indicadas pode ser considerada uma violação do direito do paciente. • Suspeita de abuso sexual o profissional é obrigado a notificar para o conselho tutelar. FEBRASGO
  • 46. Contracepção de emergência • Levonorgestrel (progestogênio) 0,75 mg ou Método de Yuzpe - anticoncepcional oral combinado: Levonorgestrel 0,25 ou 0,15 mg e etinilestradio 0,05 ou 0,03 mg. Em duas tomadas a cada 12 horas. • Administrado até 72 de uma relação sexual desprotegida. • Mecanismo de ação: depende da fase do ciclo. • Até 24 horas, índice de falha é 5-25%. • Entre 24-48 horas, falha de 15-65%. • Entre 48-72 horas, falha de até 42-69%. • Os efeitos colaterais podem ser náuseas, vômitos, dores de cabeça, dores abdominais, antecipação ou atraso da menstruação. FEBRASGO
  • 47.
  • 48. Gravidez na adolescência • O tema gravidez se confunde com sexualidade na adolescência. • Geralmente “não desejada”e não planejada: 700 mil meninas se tornam mães por ano no Brasil. • Já iniciaram atividade sexual aos 15 anos: • sem escolaridade – 55% • com mais de 9 anos da escolaridade – 10%. • Taxa da fecundidade em mulheres 15-19 anos: • em famílias com renda até 1 SM - 128%o, • Em famílias com dez SM ou mais - 13%o. UNESCO 2004
  • 49. Gravidez na adolescência • Ter filho como forma de expressão de poder, virilidade,compensação por outras faltas e exclusões. • O horizonte social limitado torna a perspectiva de maternidade/paternidade antecipada uma alternativa razoável.
  • 50. Gravidez na adolescência • Idade da primeira gravidez: ~16 anos. • Primeira gravidez se associa a primeira relação. • Meninas entre 10 e 14 anos que diz já ter engravidado: Fortaleza: 33,3%, Cuiabá: 22%. • Confunde-se com a visão moral de casamento e família, pois a paternidade geralmente não é assumida. • Associada a interrupção dos estudos e ingresso precoce no mercado de trabalho. UNESCO 2004
  • 51. Franciele, 15 anos, cólicas • Estudante da 8º série do ensino fundamental, filha única, pais separados. Mora com a mãe, empregada doméstica. • sentir fortes cólicas no período menstrual. • Refere ciclo menstrual irregular, com sangramento normal. • Alimentação irregular, diz que não toma café da manhã e que dificilmente janta, pois quer emagrecer. • Franciele nunca “ficou”, apesar de todas as suas amigas já terem vivido essa experiência. • Se considera muito feia pois seu peito é muito grande e é gorda e desde que ficou “mocinha”seu nariz mudou de forma e o cabelo encaracolou, não conseguindo mais dar jeito nele. • Se sente muito sozinha e triste, achando que os meninos não se interessam de verdade por ela. • Detesta ficar menstruada, pois isso é um incômodo. • A menarca foi aos 13 anos e ainda não iniciou sua vida sexual. • Ao exame físico: altura 1,60 cm, peso 68Kg e estadiamento puberal P4M4.
  • 52. Franciele, 15 anos • Que problemas você identifica nesse caso? • Você considera normal a irregularidade menstrual relatada? • Que perguntas você faria para elucidar melhor o diagnóstico? • Quais seriam as condutas adequadas?
  • 53.
  • 54. Necessidades nutricionais • Aumento de 35 kg de massa magra nos meninos e 18 kg nas meninas. • Aos 18 anos o percentual de gordura corporal total é de 18% nos meninos e 25% nas meninas. • Aumento mais importante da densidade mineral óssea.
  • 55. Alimentação do adolescente • Escolha dos alimentos são determinadas por fatores psicológicos, sócio-econômicos e culturais. • Vulneráveis a distúrbios nutricionais. • Consumo de dieta inadequada pode influenciar negativamente sobre crescimento e desenvolvimento. • Período de grande atividade física. • Gestantes na adolescência
  • 56. Necessidades nutricionais • Período de aumento de necessidades energéticas, de ingestão protéica (10-14%). • Vitaminas: • aumentar oferta de tiamina (açúcar refinado diminui esta vitamina). • Vitamina C (fumantes e uso anticoncepcionais). • Vitamina B12 (dietas radicais ou vegetarianos exclusivos. • Ácido fólico e vitamina A e D estão aumentadas.
  • 57. Necessidades nutricionais • Cálcio: • 50% da massa óssea é adquirida nesta fase. • Necessidade diária de 1300 mg de cálcio elemento/dia. 60% deve ser adquirido com ingestão de produtos lácteos.
  • 58. Necessidades nutricionais • Ferro: • Aumento das necessidades devido a expansão do volume plasmático, maior massa eritrocitária e de mioglobina (meninos). • Perda menstrual pode chegar a 1,4 mg/dia. • Freqüente ocorrência de anemia. Recomendação de 8 mg/dia até 13 anos e 11 mg/dia para meninos e 15 mg/dia meninas entre 14-18 anos.
  • 59. Necessidades nutricionais • Zinco: • associado a regeneração óssea e muscular, desenvolvimento ponderal e maturação sexual. • Dose recomendada: 8-11 mg/dia.
  • 60. André, 15 anos • Mora com os pais e o meio irmão por parte de mãe em um bairro popular. Atualmente está no 7 ano do ensino fundamental, tendo repetido um vez. • Bastante comunicativo e tem facilidade de fazer amigos. • Surpreendido fumando maconha com os amigos. • Durante a entrevista conjunta, André ficou calado o tempo todo. • Seus pais informaram que, além da maconha, André usa de cigarro (tabaco) e por várias vezes chegou embriagado em casa. • Procurar a equipe da unidade de saúde para uma orientação. André não gostou da sugestão. • Na unidade, o enfermeiro constatou que os pais de André eram tabagistas e faziam uso abusivo de bebida alcoólica. • O pai demonstrou ser muito autoritário e por vezes gritou com André devido ao baixo rendimento escolar e às saídas noturnas com os amigos. • Família buscasse a participação em grupos de auto-ajuda (por exemplo, Alcoólicos Anônimos) e que continuasse em atendimento domiciliar pela equipe de saúde. • Quanto a André, sugeriu-se que fosse acompanhado na unidade de saúde e, também, na escola. Embora relutante, André concordou com a idéia.
  • 61. André, 15 anos • Que problemas você identifica neste caso? • Que profissionais devem ser envolvidos para o encaminhamento adequado dos problemas? • Como você aborda a questão do uso de drogas? • Em relação à repetência, o que você faria? E quem contataria? Que outros dados seriam importantes para e elucidação deste caso? • Discutam as ações que devem ser implementadas, de forma intersetorial, em situações nas quais o adolescente abusa de drogas e já apresenta dificuldade escolar.
  • 62. Critérios para definir o “final” da adolescência • Estabelecer uma identidade estável. • Aceitar sua sexualidade e se ajustar ao papel sexual adulto. • Tornar-se independente dos pais. • Fazer a escolha de uma carreira ou encontrar uma vocação.