O documento discute a desigualdade racial nos Estados Unidos e no Brasil, comparando a inclusão social da população negra, a influência da cultura negra na música dos dois países, as oportunidades no mercado de trabalho, a valorização da beleza negra e a baixa representação de negros em posições de destaque na sociedade.
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Racismo e inclusão nos EUA e Brasil
1.
2. INTRODUÇÃO
O abismo em termos de desenvolvimento
econômico que separa os Estados Unidos
do Brasil é mínimo quando o assunto é
inclusão social da população negra. Em
ambos os países, o racismo ainda é um
fator de risco seja no acesso à educação de
qualidade, ao trabalho e remuneração e
mesmo no atendimento no sistema de
saúde.
3. Estilos musicais
A música dos Estados Unidos tem “a
cara” da população daquele país, multi-
étnica, mas, alguns ritmos são as “raízes”
de toda sonoridade que existe nos dias
atuais. Os ritmos dos Estados Unidos
são:o rock and roll, country, blues, jazz,
rhythhm, hip hop, techno, pop e country.
Podemos dizer que são os ritmos que
prevalecem e que se espalham pelo mundo
todo, mas há espaço para outros estilos
também.
4. Estilos musicais
Muito dos ritmos populares de hoje da
música americana foi influenciado pela
música negra, com uma pegada do
blues e também ajudou nessa mistura, a
popularidade que a música gospel
ganhou nos anos de 1920. Com um mix
de elementos de índios, das músicas da
Europa e usando a base afro-americana
foi se construindo os ritmos musicais
dos Estados Unidos.
5. Estilos musicais
A principal influência da cultura negra em
relação a música no Brasil é, sem dúvidas, o
samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical
do País e está envolvido na maioria das ações
culturais da atualidade. Gerou também
diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior
festa popular brasileira, o Carnaval. Mas os
tambores de África trouxeram também outros
cantos e danças. Sons e ritmos que percorrem
e conquistam o Brasil de ponta a ponta.
6. Oportunidades no
mercado de trabalho
Quase 129 anos depois da abolição da
escravatura, o mercado de trabalho brasileiro
ainda é marcado pela cor do preconceito. A
segregação no ambiente profissional persiste,
revelando que estamos longe de ter um país
igual. Essa discriminação, velada, apresenta-
se em forma de remunerações menores e de
cargos sem status de liderança para a
população negra.
7. Oportunidades no
mercado de trabalho
A luta do movimento negro e o aumento das
oportunidades, como com a qualificação
profissional, têm ajudado na inserção dos
negros no mercado de trabalho. Mas
sabemos que ainda são exceções os
profissionais que ocupam cargos mais altos
nas empresas. Se considerarmos mulheres
negras, aí é mais raro ainda.
8. Oportunidades no
mercado de trabalho
A segregação legal nos Estados Unidos pode
ter acabado há mais de 50 anos. Mas, em
muitas partes do país, americanos de raças
diferentes não são vizinhos, não frequentam
as mesmas escolas, não compram nas
mesmas lojas e nem sempre têm acesso aos
mesmos serviços.
9. Oportunidades no
mercado de trabalho
Os assassinatos cometidos pela polícia contra
mulheres e homens negros desarmados nos
últimos anos desencadearam novamente um
debate sobre as relações entre as raças nos
Estados Unidos, Mas o desafio mais importante
continua: décadas após o movimento pelos
direitos civis, muitos americanos, brancos e
negros, simplesmente não se misturam.
E, enquanto os Estados Unidos lutam com
problemas raciais, conhecer uns aos outros é um
passo adiante na compreensão e resolução
destes problemas.
10. Moda e mercado da
beleza
Atualmente temos observado muitas pessoas
negras de ambos os sexos assumindo sua beleza
natural, valorizando a estética negra (seus traços,
textura capilar, cor de pele) que durante muitos
anos foi considerada feia e motivo para opressão
por parte de pessoas que assumiam que a única
estética apreciável era a que remetia ao padrão de
beleza europeu.
11. Moda e mercado da
beleza
Hoje em dia o cenário está mudando e vemos pessoas
negras de todas as idades e classes sociais não só se
assumindo esteticamente, mas politicamente como
negras e servindo de exemplo para as novas gerações,
que hoje já têm uma representatividade positiva
maior na sociedade do que as gerações passadas.
12. Moda e mercado da
beleza
Sendo assim, poderíamos concluir facilmente que a
beleza negra está sendo fortemente valorizada e
incentivada, mas podemos cair num equívoco, pois
gosto é construção social e o padrão do “belo” é
construído de acordo com a sociedade em que
estamos inseridos e os valores que essa sociedade
perpetua.
13. Moda e mercado da
beleza
Malcom X disse: “Temos sido um povo que odeia as
nossas características africanas. Nós odiávamos
nosso cabelo, nós odiávamos a forma do nosso nariz,
queríamos ter um daqueles narizes longos e finos,
você sabe. Sim. Nós odiávamos a cor da nossa pele,
odiávamos o sangue da África que estava em nossas
veias. E em odiar os nossas características, nossa pele
e nosso sangue acabamos odiando a nós mesmos.”
14. Moda e mercado da
beleza
Portanto, podemos afirmar que a estética negra é,
sem sombra de dúvidas, um instrumento de
autoaceitação, de resistência, de empoderamento,
uma forma de mostrar que não aceitamos o padrão
socialmente imposto, mas que o negro é belo, é
lindo, é diverso, é versátil. Somos seres políticos e a
nossa opção estética diz muito sobre nós, nossas
crenças, nossos valores, afirma nossa existência e
nossa resistência contra as tentativas de nos
enquadrar em modismos que banalizam nossa
cultura, nossa estética.
15. Posições de destaque
na sociedade
O Brasil é o país com a segunda maior população
negra do mundo. Contudo, analisando o mercado
de trabalho, percebe-se que a quantidade de negros
em setores "elitizados" é muito baixa. O mesmo
problema ocorre no ingresso do negro nas
universidades do Brasil. De acordo com a pesquisa
realizada pela FASE (Federação para Assistência
Social e Educacional de São Paulo), a possibilidade
de um negro ingressar na universidade é de 18%,
enquanto esta possibilidade para os brancos é de
43%.
16. Posições de destaque
na sociedade
Outro dado importante é que, segundo o IBGE, em
relação a qualidade de vida da população, o Brasil
ocupa a 63ª posição no mundo. Considerando-se a
população negra, o Brasil fica na 120ª posição
mundial, ressaltando com isso a diferença entre os
níveis de vida da população branca e da população
negra.