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Satanismo
Francielle Eller Sangy
Isabel Folly Ferreira
John Ervilha Mello
Renata ?
Willian Klein Estevão
Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia
Junho de 2012
Satã- Etimologia:
• Em hebraico o termo quer dizer ―adversário‖, ―opositor‖, ―se
opondo‖, ―aquele que planeja contra outro‖.
• O termo Satã originou-se do Judaísmo e se expandiu entre
cristãos e seguidores do Islamismo, chegando desse modo a
disseminar-se entre diferentes culturas. O termo Satanismo foi
utilizado pelas religiões abraâmicas para designar práticas
religiosas que consideravam estar em oposição direta ao Deus
abraâmico (o Deus de Abraão).
As Origens Mitológicas de Satã
Satã na Bíblia:
• Em Gênesis (capítulo 3) Satã aparece
sob a forma de serpente, habitando
o paraíso ao lado de Adão e Eva.
Sua presença junto à Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal é
simbolicamente importante e, até
certo ponto, esclarecedora. Sua
oferta à humanidade então nascente
de fazê-la despertar e tornar-se, por
assim dizer, divina, mostrou-se
irresistível.
As Origens Mitológicas de Satã
Satã na Bíblia:
• Em I Crônicas 21:1 aparece instigando
Davi a fazer um censo de Israel: ―Então
Satanás se levantou contra Israel, e incitou
Davi a numerar Israel.‖
• Apareceu para Jesus, quando este
estava no deserto: ―E esteve no deserto
quarenta dias sentado tentado por Satanás;
estava entre as feras, e os anjos o serviam.‖
(Marcos 1:13)
As Origens Mitológicas de Satã
Satã na Bíblia:
• Em Apocalipse 12:9: ―E foi precipitado o
grande dragão, a antiga serpente, que se
chama o Diabo e Satanás, que engana todo
o mundo; foi precipitado na terra, e os seus
anjos foram precipitados com ele.‖
• Dentre diversas outras aparições, em
diferentes conotações, em Ezequiel, Jó,
Zacarias, Mateus, Tiago, Marcos, 1
Pedro, etc.
Satã e (é?) Lúcifer:
• Em latim, o nome Lucifer, ―Portador de
Luz‖ era dado à Estrela d'Alva ou Estrela
da Manhã, o planeta Vênus em suas
aparições matinais. Na Vulgata, versão
canônica da Bíblia para o latim ao longo
da maior parte da existência da Igreja
Católica, essa palavra é usada nesse
sentido por duas vezes:
 Isaías ,14:12-15
 II Pedro, 1:19
Satã e (é?) Lúcifer:
• Em Isaías cap. 14, aparece como
tradução do hebraico (Hêlēl) que
também significa ―Estrela d'Alva‖, ou
mais precisamente (Hêlēl ben
Shahár), ―Estrela d'Alva, filho da
Manhã‖, vertido na Vulgata como Lucifer
qui mane oriebaris (literalmente, "Estrela
d'Alva que nascia da Manhã"). Nessa
passagem, como o próprio profeta deixa
claro, o nome é dado ao rei da
Babilônia, cuja tirania haveria de cair.
Satã e (é?) Lúcifer:
• Na Segunda Epístola de Pedro, 1:19,
traduz o grego Φωσφόρος, Phosphoros,
que tem exatamente o mesmo sentido
literal de ―Portador de Luz" do latim e
neste caso é uma metáfora para Cristo ou
o cristianismo.
Satã e (é?) Lúcifer:
• A palavra Lucifer também aparece duas
vezes na versão da Vulgata do livro de
Jó, com outros sentidos. Uma vez, como
tradução da palavra (―manhã‖) em
Jó 11:17. Outra, como tradução de
(―constelações‖) em 38:32. Aparece ainda
no Salmo 109 (numeração católica) como
tradução de (Shahar, ―manhã‖).
Satã e (é?) Lúcifer:
• A identificação com Satã aparece pela primeira vez na
Vida de Adão e Eva e no primeiro Livro de Enoc, escritos
no século I a.C. Neste, Satã – ou Sataniel – é descrito
como tendo sido um dos arcanjos. Porque ele planejou
"erigir seu trono acima das nuvens mais altas e se
assemelhar a 'Meu poder' no alto", Satanás-Sataniel foi
lançado abaixo, com suas hostes de anjos, e desde então
ele tem voado no ar sobre o abismo.
• Os autores cristãos Tertuliano, Orígines e outros
também identificaram Lúcifer com Satã, que no
Evangelho de Lucas (10:18) e no Apocalipse (12:7-10)
também foi descrito como tendo sido ―arrojado dos
céus‖. O próprio Jerônimo, tradutor da Vulgata, pensava
que essa passagem aludia a Satã.
Satã e (é?) Lúcifer:
• Várias traduções tradicionais e influentes da
Bíblia, inclusive a inglesa do Rei James,
mantiveram o nome de ―Lúcifer‖ em Isaías, em
vez de vertê-lo da forma adequada em vernáculo
(Morning Star, em inglês), reforçando a
identificação errônea. Assim, Satã veio a ser
conhecido como Lúcifer também em obras
literárias como A Divina Comédia de Dante
Aleghieri e O Paraíso Perdido de John Milton.
As Origens Mitológicas de Satã
Prometeu
• Segundo a Mitologia Grega, o titã
Prometeu roubou o ―fogo‖ dos
deuses para dar aos homens e, em
consequência de seu crime, foi
punido severamente por Zeus: foi
acorrentado numa montanha, onde
sofre continuadamente o ataque de
uma águia que devora seu
fígado, que se reconstrói
continuadamente também, para
novamente ser devorado.
As Origens Mitológicas de Satã
• Equivalente ao deus romano
Plutão, seu nome era usado
frequentemente para designar
tanto o deus quanto o reino que
governa, nos subterrâneos da
Terra. Como o Senhor
implacável e invencível da
morte, é Hades o deus mais
odiado pelos mortais, como
registrou Homero na Ilíada.
Hades
As Origens Mitológicas de Satã
• O Deus Pã, também conhecido como
Fauno e Silvano era uma divindade
dos campos, bosques, pastores e da
profecia. Sua fisionomia serviu de
inspiração para a concepção, no
imaginário cristão, da figura de
Satã, assim como de Baphomet. Este
último não é exatamente uma
entidade, mas sim um símbolo de
Força, Sabedoria e Fertilidade (dentre
outras conotações) utilizado por
algumas Tradições Místicas. Foi
concebido pelo Ocultista Eliphas Levi.
Pan
As Origens Mitológicas de Satã
Djinn
• Oriundos da Mitologia Árabe pré-
islâmica, os Djinn (Gênios) são tidos
como entes espirituais ou imateriais,
que estão constantemente
interagindo com os seres humanos e
com a realidade material, de uma
forma geral. O Alcorão informa que
Satanás é um Djinn malévolo e
traiçoeiro, que se afastou de Deus.
As Origens Mitológicas de Satã
• Surgido no século VII a.C.,
através das pregações do profeta
Zarathustra (ou Zoroastro) na
antiga Pérsia, o Masdeísmo foi a
primeira religião a celebrar a
extrema dicotomia entre o Bem e
o Mal, representados por Ahura
Mazda e por Ahriman,
respectivamente.
Masdeísmo
Satanás na Idade Média
• ―Exercidas pelos representantes do cristianismo oficial, as
variadas práticas rituais de mediação com o sobrenatural
reforçaram a crença na possibilidade de intervenção mágica
de Deus, dos santos, seus intermediários, mas também dos
demônios, na vida dos homens. Para além do seu papel
devocional, a Igreja cristã afirmou-se, assim, como um
repositório de poderes sobrenaturais que ela buscou impor –
e, não raras vezes, sobrepor – aos ritos e às fórmulas mágicas
pré-existentes, mesmo sobre aqueles não claramente
religiosos.‖
• ―Entre os escritores dos primeiros séculos de cristianismo é evidente uma
generalizada crença nos atos mágicos. Entretanto, já na Alta Idade Média, começa
atransparecer, nos textos eclesiásticos, uma atitude de dúvida – tendendo para a
negação – em relação à eficácia desses atos. Esta tendência ao ceticismo encontra-se já
em Santo Agostinho. Para o bispo de Hipona, não há que se crer nestas ‗coisas falsas
e extraordinárias‘, representações de imagens, transformações aparentes, ocorridas
durante os sonhos sob influência direta do demônio.‖
• ―A partir de Agostinho, os teólogos vão
desenvolver dois princípios
essenciais, claramente refletidos nos
cânones, penitenciais, concílios e decretais:
um primeiro, o princípio da irrealidade dos
atos mágicos, relega os poderes dos magos e
o resultado de suas ações à categoria de
miragens ou ilusões; o segundo, afirma a
presença demoníaca nas ações dos magos.
Os fenômenos mágicos não passariam de
ilusões e prestígios diabólicos e
Satã, onipotente e irresistível, na sua luta
incessante contra o poder divino, figura
como protagonista de toda magia.‖
• ―Irrealidade dos atos mágicos e ilusão demoníaca foram,
portanto, as idéias que nortearam a postura oficial da Igreja
frente às práticas e crenças relacionadas à magia, pelo menos
até o início do século XII, quando vários movimentos
religiosos dissidentes começaram a tomar corpo no Ocidente.
Sobre essas idéias se apoiaram as leis, os documentos e os
textos que serviram de justificativa para os primeiros atos de
repressão e os primeiros processos contra os magos, mas
também contra os simples crentes na magia.‖
• ―Na passagem do século XII para o XIII,
novas idéias passaram a orientar a
abordagem eclesiástica sobre as
atividades mágicas e seus agentes.
Particularmente no XIII, século dos
grandes debates teológicos envolvendo
princípios filosóficos, ordens e tendências
religiosas, a Igreja reafirmou a
participação no plano do demoníaco de
toda crença e de toda ação que, alheia ao
seu controle, aspirasse a qualquer contato
com o sobrenatural. (...) O demônio passa,
pouco a pouco, a ocupar um papel na
vida dos homens tão importante quanto o
próprio Cristo.‖
• ―Tomás de Aquino, por exemplo, preocupado
com a participação dos demônios na vida dos
homens, denunciou, em inúmeras passagens da
sua Summa Teológica, os praticantes da
superstição, vício que, por excesso, é contrário à
religião (vitium religioni contrarium). Embora não
tivesse utilizado a palavra magia na sua
classificação dos fatos entendidos como
supersticiosos, Aquino revelou uma particular
preocupação com as adivinhações (superstitionem
divinationum). Para ele, as práticas divinatórias
demandavam, necessariamente, consultas aos
demônios e eram atendidas mediante pactos
tácitos ou expressos - quae daemones consulit per
aliqua pacta cum eis inita, tacita vel expressa. Através
da invocação dos demônios, argumenta
Aquino, os indivíduos manifestam sua
predisposição ao rompimento com Deus.‖
• ―Satã, assim como Deus o era
para os agentes do bem, tornou-
se senhor de todos aqueles
indivíduos associados às crenças
e práticas, que, no momento
anterior, a Igreja tratara como
frutos da ilusão demoníaca.
Elaborada sob o papa Gregório
IX, a bula Vox in Rama, reflete a
obsessão do diabo que, desde
então, começou a se impor à
sociedade a partir das estruturas
de poder eclesiástico.‖
• ―Os novos processos transformaram, paulatinamente, o perfil dos acusados: de indivíduos
isolados, dedicados a práticas de intervenção sobre a vida pessoal, eles tornaram-se
membros de uma seita satânica, cuidadosamente estruturada, com seus ritos e sua
hierarquia. Por outro lado, procedeu-se a uma progressiva assimilação entre as práticas de
magia e os vários movimentos divergentes que, desde o século XII, afrontavam a
hegemonia da Igreja. Essa assimilação entre magia e heresia, cujos primeiros rumores
aparecem ainda nos séculos XII e XIII, em resposta aos primeiros grandes movimentos
divergentes, foi objeto de renovadas discussões que culminaram com a elaboração, sob
João XXIII, da bula Super Illius Specula, em 1326.‖
• ―As técnicas de repressão foram precisadas e aperfeiçoadas. Com a anuência das altas
hierarquias civis e eclesiásticas, o número de processos aumentou e as acusações ganharam
uma similitude espantosa. Adaptadas desde o século XII ao objetivo de erradicação da
heresia, as técnicas de procedimento inquisitorial foram utilizadas, desde então, também
contra as práticas de magia, paulatinamente unificadas, nos textos cristãos, sob a
designação genérica de maleficium.‖
• ―(...) submetidos ao julgamento eclesiástico, os atos mágicos, mesmo
aqueles voltados para o enfrentamento de problemas e desejos pessoais,
foram, assim, nos séculos finais da Idade Média, esvaziados de suas funções
comunitárias; e os fenômenos mágicos, a princípio definidos como ilusões
demoníacas, evoluíram, gradativamente, para a condição de práticas reais,
determinadas a partir de um pacto demoníaco.‖
―As concepções eclesiásticas sobre a magia tenderam à afirmação de sua
participação em um plano inscrito no contexto da grande luta universal
entre o Bem e o Mal.‖
Satanismo e Ocultismo/Misticismo:
• O movimento da Nova Era (do inglês New Age) possui muitas subdivisões, sendo
geralmente uma fusão de ensinos metafísicos de influência oriental, de linhas
teológicas, de crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas, com uma proposta
de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social além de integração e
simbiose com o meio envolvente, a Natureza e até o Cosmos.
• Pode ser entendido ainda como um projeto para descobrir, dar poder e legalizar
nossa autêntica natureza (interior) freqüentemente contaminada pela banalidade do
cotidiano e pelas instituições religiosas hierárquicas.
• Acredita-se que a Humanidade, assim como todas as coisas, são UM (estão em
unidade) com o Cosmos (ou ―Deus‖). Você mesmo assume-se como parte de Deus.
Satanismo e Ocultismo/Misticismo:
• Porém, embora o Satanismo assumido aparente-se – ainda
que vagamente – com as diversas expressões da Nova Era (e,
em parte, pode-se dizer que surgiram em um mesmo
contexto), os satanistas apresentam uma cosmovisão
completamente inversa em relação aos new agers. Ambos
estão preocupados principalmente com o crescimento
individual e com o próprio desenvolvimento. Contudo, as
Tradições da Feitiçaria Ocidental moderna – como a Wicca,
por exemplo – são ―religiões da natureza‖, mesmo quando
algumas delas estão profundamente interessadas pelo ―si-
mesmo‖. A diferença é que o si-mesmo para os religiosos da
natureza é relacional, enquanto é completamente individual no
Satanismo.
O Caminho Da Mão Esquerda:
• Empregando a terminologia do
ocultista Aleister Crowley, os
praticantes definem o Satanismo
como o ―Caminho da Mão
Esquerda‖, religiosa e
filosoficamente, rejeitando o
tradicional ―Caminho da Mão
Direita‖ de religiões como o
Cristianismo por sua percepção da
negação da vida e ênfase na culpa
e na abstinência.
• O Caminho da Mão Esquerda
poderia ser definido como ―o
processo para a criação de uma
Essência individual e poderosa
que existe acima e além da vida
animal.‖
Satanismo Tradicional
• O Satanismo Tradicional ou Satanismo Teísta é uma forma de
Satanismo onde a crença primária é a de que Satã é de fato uma
deidade ou força a ser reverenciada ou adorada. Por se basear
numa construção medieval do que seria o culto ao
Demônio, também é conhecido como Satanismo Gótico.
• Os praticantes desta vertente do Satanismo absorveram todo o
estereótipo transmitido pelos filmes de terror, pregando a
existência concreta de Satã como uma divindade que um dia
estabelecerá seu domínio sobre a Terra e recompensará seus
seguidores.
Satanismo Tradicional
• O Satanismo Gótico nada mais é que uma ―anti-religião‖. Em essência, é
um ―Cristianismo ao contrário‖, fruto de um pensamento maniqueísta que
busca equilíbrio psíquico através da criação de extremos opostos – e, quem
sabe, complementares!
• Apesar da pretensa antiguidade, estes cultos só começaram a surgir na
década de 1970, inspirados na publicação, em 1969, da Bíblia Satânica (livro
que não tem o Satanismo Gótico como fundamento). Ainda na década de
1970 começam a surgir fragmentos do que seria o ―Livro Negro de Satã‖, que
também pretensamente tem uma idade secular.
Satanismo Moderno
• Anton de LaVey fundou o Satanismo ao formar a Church Of
Satan (Igreja de Satã) em 1960, na Califórnia, e ao escrever a
Bíblia Satânica (1969) e outros livros semelhantes.
• O Satanismo LaVeyano não envolve nenhum tipo de
adoração, usando "Satã" como um símbolo dos valores carnais
e terrenos, inerentes à natureza humana.
Anton Szandor de LaVey (1930 - 1997)
Fundador da Igreja de Satã.
• Satã é uma imagem útil para
encorajar o individualismo no que
este se refere à ―oposição‖ e ―não-
conformidade‖. ―A razão pela qual
é chamado de Satanismo é porque é
divertido, preciso e produtivo‖ (LA
VEY, 1992 apud HARVEY, 2002).
• Este não é um movimento baseado
na revelação de uma divindade,
mas uma religião própria que
encoraja cada indivíduo a alcançar
seu próprio potencial, e promove o
―interesse racional no self‖.
• Magia, tal qual praticada no Satanismo LaVeyano, é definida como ―a
mudança de situações ou eventos em acordância com a Vontade do
indivíduo que, usando métodos aceitos normalmente, seriam imutáveis‖.
Esta definição incorpora dois tipos de mágica largamente distintos: Inferior
(manipulativa e situacional) e Superior (ritual e cerimonial). O Satanismo
LaVeyano, entretanto, não descreve a Magia moralmente, discernindo a
variedade ―branca‖ (boa) de ―negra‖ (maligna). Tal neutralidade está
relacionada ao ponto de vista filosófico de Anton LaVey, de um universo
pessoal e amoral.
• A Igreja de Satã difundiu-se como uma série de ―pequenas comunidades
licenciadas‖ lideradas por pessoas que podiam demonstrar suas credenciais
―satânicas‖, comprando uma licença e atraindo um grupo. Em 1975, a Igreja de
Satã interrompeu seu sistema de comunidades licenciadas, como um
experimento que havia se completado, e desde então tem ―encorajado de
verdade o individualismo e auto-engrandecimento‖.
• As pessoas que agora se
filiam à Igreja de Satã
tornam-se membros de
uma rede e são livres para
se reunir, o que raramente
fazem, valorizando a
encorajada independência.
• Após a morte de Anton LaVey, a
representação oficial da Igreja de Satã foi
assumida pelo Alto Sacerdote Peter Gilmore e
sua esposa, a Alta Sacerdotisa Peggy
Nadramia, além da ex-Alta Sacerdotisa e
atual Magistra Templi Rex da Igreja, Blanche
Barton. Ela presidencia o ―Conselho dos
Nove‖, grupo que gerencia a Igreja de Satã.
Peter H. Gilmore: Alto Sacerdote (High Priester) da Igreja de Satã.
Primeira Igreja Satânica
• Uma outra grande organização ligada à
ideologia LaVeyana é a First Satanic
Church (Primeira Igreja Satânica),
fundada em 1999 pela filha de Anton
LaVey, Karla LaVey. Ela argumenta que,
após a morte do pai, a Igreja se distanciou
de seu modus operandi original, tornando-
se uma máquina com fins comerciais.
Assim, a Primeira Igreja Satânica é
considerada uma re-fundação da original.
As Nove Declarações Satânicas:
1. Satã representa indulgência, ao invés de abstinência!
2. Satã representa a existência vital, ao invés de sonhos
espirituais fantasiosos!
3. Satã representa sabedoria pura, ao invés de auto-ilusão
hipócrita!
4. Satã representa bondade para quem a merece, ao invés
de amor desperdiçado aos ingratos!
5. Satã representa vingança, ao invés de virar a outra face!
6. Satã representa responsabilidade para o responsável, ao invés de
dar atenção a vampiros espirituais!
7. Satã representa o homem como outro animal, algumas vezes
melhor, mas geralmente pior do que aqueles que caminham sobre
quatro patas, e que, por causa de seu "desenvolvimento espiritual e
intelectual", tornou-se o animal mais maligno de todos!
8. Satã representa todos os chamados pecados, desde que eles levem à
gratificação física, mental ou emocional!
9. Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, já que é ele que a
tem mantido no mercado por todos esses anos!
Templo de Set
• O Templo de Set é uma organização internacional que foi
estabelecida como uma Igreja sem fins lucrativos na
Califórnia, em 1975, recebendo reconhecimento estadual e
federal.
• Foi fundado por Michael Aquino, um ex-membro da Igreja de
Satã, segundo o próprio, após uma ―auto-revelação de Set‖.
• As origens do Templo de Set incluem uma deliberada
autodiferenciação da Igreja de Satã, mais significativamente na
Teologia e Sociologia.
Set, Deus Egípcio
• Set – ou Seth – é tido por alguns como o deus egípcio da violência e da
desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e
serpentes.
• Set é intimamente associado a vários animais. Sua aparência orelhuda e
nariguda era provavelmente um agregado de vários. Dentre os animais
geralmente associados a ele, estão o asno, o cachorro, o crocodilo, o porco, o
escorpião e o hipopótamo.
• Tanto suas características comportamentais quanto seu nome ajudaram a
formular o que viria a ser chamado de Satã. Set é também chamado de Set
Hen, e este nome foi logo identificado com a palavra Satã. Tal identificação foi
feita pela comunidade cristã egípcia dos primeiros séculos da era cristã.
Set, Deus Egípcio
• O culto a Set remonta a épocas pré-
dinásticas da civilização egípcia.
Imagens de Set têm sido datadas de
antes de 3.200 aC, com estimativas
astronomicamente baseadas de
inscrições datando do ano 5.000 aC.
Set, Deus Egípcio
• A figura de Set ficou conhecida através do mito que narra a traição feita por ele ao
seu irmão Osíris, e de sua batalha contra Hórus, filho de Osíris e divindade ligada ao
poder faraônico. O mito de Set é rico em diferentes interpretações acerca de sua
simbologia ―política‖.
• Set, por inveja, matou seu irmão Osíris e o desmembrou e espalhou os pedaços de seu
corpo por diversas partes do Egito. Osíris era uma divindade ligada às cheias do Nilo
e ao poder de previsão destas cheias e também à obra civilizadora. Já Set não era
ligado às cheias do Nilo e seu ritmo constante. Como ―deus do vento seco do
deserto‖, Set era uma energia imprevisível e indomável e contrária à obra
civilizadora.
Set, Deus Egípcio
• Hórus, filho de Osíris e Ísis, vinga o
pai, vencendo Set numa luta em que
lhe corta o pênis. Com esta vitória,
torna-se regente do Egito em
substituição a Set.
Set, Deus Egípcio
• Outras interpretações apontam que Néftis, esposa de Set, concebeu um filho
de Osíris. Tal filho seria o deus Anúbis. Esta traição de Néftis talvez tenha
sido o fator determinante para a oposição de Set contra Osíris ou até o de
seu assassinato.
Set, Deus Egípcio
• A Teologia do Templo de Set entende Set como
―uma imagem metafísica mais complexa e menos
estereotipa que o judaico-cristão Satã‖, ou ainda, o
―arquétipo da Consciência de Si isolada‖.
• Mesmo que Set ―não seja um deus‖, ele é
claramente compreendido como mais do que uma
projeção do desejo ou temor humanos, mais do
que um antropomorfismo justificando esta ou
qualquer outra religião.
Set, Deus Egípcio
• A mudança entre a afirmação da realidade de Set e o
reconhecimento que esta linguagem poderia ser metafórica,
raramente é sistematizada e nunca é problematizada no Templo
de Set. Se Set é ―real‖ ou não, parece, no fim das contas, não
importar muito: seu papel (como um ser ou como uma idéia) é
encorajar a auto-exploração daqueles que falam dele – e talvez
com ele! Se ele simboliza a diferença entre a humanidade e os
animais, ou se esta diferença é uma dádiva de Set (em vez de
uma mudança meramente evolutiva) é menos importante do
que a tarefa escolhida de se ―transformar‖ (um jargão do
Templo), isto é, fiquem cada vez mais verdadeiros consigo
mesmos, cada vez mais independentes.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
• A atmosfera deliberadamente individualística do Templo de Set não
é facilmente condutora a atividades em grupo em uma rotina ou
base programada. Não há congregações de seguidores, mas apenas
filósofos e magistas cooperadores.
• Sociologicamente, o Templo de Set é organizado de modo muito
semelhante a outras ordens mágicas/esotéricas, como a Golden
Dawn, por exemplo, possuindo uma estrutura de graus.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
Os Iniciados são reconhecidos
segundo seis graus:
• Setiano I (Setian I°);
• Adepto/a II (Adept II°);
• Sacerdote/Sacerdotisa de Set
III (Priest/Priestess of Set III°);
• Magister/Magistra Templi IV°;
• Magus/Maga V°;
• Ipsissimus/Ipsissima VI°.
• Os graus III° ao VI° são propriamente vistos
não como referências adiantadas de nível,
mas como ofícios religiosos especializados.
• Espera-se que a maioria seja do segundo
grau, ou Adepto II, uma vez que o Templo de
Set está mais interessado em que os
indivíduos se desenvolvam e encontrem
seus próprios níveis, do que em criar uma
identidade grupal elevando-se de cada um,
seguindo exatamente os mesmos passos.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
• Muitos Iniciados são distantes geograficamente um do outro. Isso torna
mais necessário um sistema organizacional equipado para atender ao
indivíduo em vez de congregações locais. No entanto, reconhecendo o valor
do companheirismo num ambiente de estudo, o Templo providencia Pylons
(assim chamados com base nos portais — pilonos — dos antigos templos
egípcios). Os Pylons são com frequência geograficamente isolados, mas
alguns são Pylons de correspondência com afiliação e interação global.
Enquanto cada Pylon está sob a confiança e responsabilidade de um
Sentinela (II°+), eles não são congregações tipo "líder/seguidor", mas
fóruns cooperativos e interativos para Iniciados individuais.
Estrutura e Operação do Templo de Set:
• As Ordens do Templo são inteiramente diferentes em
conceito e operação dos Pylons. Cada Ordem se especializa
em um ou mais campos particulares das Artes e Ciências
Mágicas. Tal especialização pode ser transcultural ou
orientada a uma área geográfica específica, ou a um período
de tempo ou a uma tradição conceitual. Dentro de um ano
após o Reconhecimento como II°, cada Adepto deve afiliar-se
com uma Ordem que reflita seus interesses e aptidões
pessoais. O conhecimento coletivo de todas as Ordens é
geralmente disponível a todos os Iniciados do Templo.
Referencias bibliográficas
• HARVEY, G. Satanismo: realidades e acusações. Trad. L. M. P. Seixas. Revista de Estudos
da Religião. n.3, pp.1-18. 2002. Disponível em
<http://www4.pucsp.br/rever/rv3_2002/p._harvey.pdf>. Acesso em maio de 2012.
• LAVEY, A.S. (1969). A Bíblia Satânica. Editora Supervirtual LTDA. Disponível em
<http://ouijahp.kit.net/downloads/biblia_satanica.pdf>. Acesso em junho de 2012.
• ORESTES, J.M. , MACHADO E SILVA, A.C.R.A. & MATOS, L.O. As metamorfoses de
Satã: as ressignificações do Mal. I Congresso Internacional de Religião, Mito e Magia no
mundo antigo & IX Fórum de debates em História Antiga. UERJ: Rio de Janeiro, RJ.
2010. Disponível em <http://www.nea.uerj.br/Anais/coloquio/orestes.pdf>. Acesso
em maio de 2012.
• PEREIRA, R.C.M. Da irrealidade dos atos mágicos ao pacto satânico: Magia, Bruxaria e
Demonologia no pensamento Eclesiástico. Simpósio Internacional de Estudos Inquisitoriais.
UFRB: Salvador, BA. 2011. Disponível em
<http://www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-content/uploads/2012/01/Rita-
Pereira.pdf>. Acesso em maio de 2012.
Referencias Digitais
• The Church Of Satan Official Website. <www.churchofsatan.com>. Acesso em
junho de 2012.
• The Temple Of Set Official Website. <www.xeper.org>. Acesso em junho de 2012.
• The First Satanic Church Official Website. <www.satanicchurch.com>. Acesso em
junho de 2012.
• Bíblia Online <www.bibliaon.com>. Acesso em junho de 2012.
• Espiritualismo. Religiões do Mundo. <www.espiritualismo.hostmach.com.br>.
Acesso em junho de 2012.
• Fantastipédia , a Wiki de Fantasia e Mitologia (Artigos diversos). Disponível em
<http://pt.fantasia.wikia.com/>. Acesso em junho de 2012.
• WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. (Artigos diversos). Disponível em
<http://pt.wikipedia.org>. Acesso em junho de 2012.
FIM
Obrigado!
Boas Férias! :)

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Origens e evolução de Satã na mitologia e religião

  • 1. Satanismo Francielle Eller Sangy Isabel Folly Ferreira John Ervilha Mello Renata ? Willian Klein Estevão Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia Junho de 2012
  • 2. Satã- Etimologia: • Em hebraico o termo quer dizer ―adversário‖, ―opositor‖, ―se opondo‖, ―aquele que planeja contra outro‖. • O termo Satã originou-se do Judaísmo e se expandiu entre cristãos e seguidores do Islamismo, chegando desse modo a disseminar-se entre diferentes culturas. O termo Satanismo foi utilizado pelas religiões abraâmicas para designar práticas religiosas que consideravam estar em oposição direta ao Deus abraâmico (o Deus de Abraão).
  • 3. As Origens Mitológicas de Satã Satã na Bíblia: • Em Gênesis (capítulo 3) Satã aparece sob a forma de serpente, habitando o paraíso ao lado de Adão e Eva. Sua presença junto à Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal é simbolicamente importante e, até certo ponto, esclarecedora. Sua oferta à humanidade então nascente de fazê-la despertar e tornar-se, por assim dizer, divina, mostrou-se irresistível.
  • 4. As Origens Mitológicas de Satã Satã na Bíblia: • Em I Crônicas 21:1 aparece instigando Davi a fazer um censo de Israel: ―Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar Israel.‖ • Apareceu para Jesus, quando este estava no deserto: ―E esteve no deserto quarenta dias sentado tentado por Satanás; estava entre as feras, e os anjos o serviam.‖ (Marcos 1:13)
  • 5. As Origens Mitológicas de Satã Satã na Bíblia: • Em Apocalipse 12:9: ―E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.‖ • Dentre diversas outras aparições, em diferentes conotações, em Ezequiel, Jó, Zacarias, Mateus, Tiago, Marcos, 1 Pedro, etc.
  • 6. Satã e (é?) Lúcifer: • Em latim, o nome Lucifer, ―Portador de Luz‖ era dado à Estrela d'Alva ou Estrela da Manhã, o planeta Vênus em suas aparições matinais. Na Vulgata, versão canônica da Bíblia para o latim ao longo da maior parte da existência da Igreja Católica, essa palavra é usada nesse sentido por duas vezes:  Isaías ,14:12-15  II Pedro, 1:19
  • 7. Satã e (é?) Lúcifer: • Em Isaías cap. 14, aparece como tradução do hebraico (Hêlēl) que também significa ―Estrela d'Alva‖, ou mais precisamente (Hêlēl ben Shahár), ―Estrela d'Alva, filho da Manhã‖, vertido na Vulgata como Lucifer qui mane oriebaris (literalmente, "Estrela d'Alva que nascia da Manhã"). Nessa passagem, como o próprio profeta deixa claro, o nome é dado ao rei da Babilônia, cuja tirania haveria de cair.
  • 8. Satã e (é?) Lúcifer: • Na Segunda Epístola de Pedro, 1:19, traduz o grego Φωσφόρος, Phosphoros, que tem exatamente o mesmo sentido literal de ―Portador de Luz" do latim e neste caso é uma metáfora para Cristo ou o cristianismo.
  • 9. Satã e (é?) Lúcifer: • A palavra Lucifer também aparece duas vezes na versão da Vulgata do livro de Jó, com outros sentidos. Uma vez, como tradução da palavra (―manhã‖) em Jó 11:17. Outra, como tradução de (―constelações‖) em 38:32. Aparece ainda no Salmo 109 (numeração católica) como tradução de (Shahar, ―manhã‖).
  • 10. Satã e (é?) Lúcifer: • A identificação com Satã aparece pela primeira vez na Vida de Adão e Eva e no primeiro Livro de Enoc, escritos no século I a.C. Neste, Satã – ou Sataniel – é descrito como tendo sido um dos arcanjos. Porque ele planejou "erigir seu trono acima das nuvens mais altas e se assemelhar a 'Meu poder' no alto", Satanás-Sataniel foi lançado abaixo, com suas hostes de anjos, e desde então ele tem voado no ar sobre o abismo. • Os autores cristãos Tertuliano, Orígines e outros também identificaram Lúcifer com Satã, que no Evangelho de Lucas (10:18) e no Apocalipse (12:7-10) também foi descrito como tendo sido ―arrojado dos céus‖. O próprio Jerônimo, tradutor da Vulgata, pensava que essa passagem aludia a Satã.
  • 11. Satã e (é?) Lúcifer: • Várias traduções tradicionais e influentes da Bíblia, inclusive a inglesa do Rei James, mantiveram o nome de ―Lúcifer‖ em Isaías, em vez de vertê-lo da forma adequada em vernáculo (Morning Star, em inglês), reforçando a identificação errônea. Assim, Satã veio a ser conhecido como Lúcifer também em obras literárias como A Divina Comédia de Dante Aleghieri e O Paraíso Perdido de John Milton.
  • 12. As Origens Mitológicas de Satã Prometeu • Segundo a Mitologia Grega, o titã Prometeu roubou o ―fogo‖ dos deuses para dar aos homens e, em consequência de seu crime, foi punido severamente por Zeus: foi acorrentado numa montanha, onde sofre continuadamente o ataque de uma águia que devora seu fígado, que se reconstrói continuadamente também, para novamente ser devorado.
  • 13. As Origens Mitológicas de Satã • Equivalente ao deus romano Plutão, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Como o Senhor implacável e invencível da morte, é Hades o deus mais odiado pelos mortais, como registrou Homero na Ilíada. Hades
  • 14. As Origens Mitológicas de Satã • O Deus Pã, também conhecido como Fauno e Silvano era uma divindade dos campos, bosques, pastores e da profecia. Sua fisionomia serviu de inspiração para a concepção, no imaginário cristão, da figura de Satã, assim como de Baphomet. Este último não é exatamente uma entidade, mas sim um símbolo de Força, Sabedoria e Fertilidade (dentre outras conotações) utilizado por algumas Tradições Místicas. Foi concebido pelo Ocultista Eliphas Levi. Pan
  • 15. As Origens Mitológicas de Satã Djinn • Oriundos da Mitologia Árabe pré- islâmica, os Djinn (Gênios) são tidos como entes espirituais ou imateriais, que estão constantemente interagindo com os seres humanos e com a realidade material, de uma forma geral. O Alcorão informa que Satanás é um Djinn malévolo e traiçoeiro, que se afastou de Deus.
  • 16. As Origens Mitológicas de Satã • Surgido no século VII a.C., através das pregações do profeta Zarathustra (ou Zoroastro) na antiga Pérsia, o Masdeísmo foi a primeira religião a celebrar a extrema dicotomia entre o Bem e o Mal, representados por Ahura Mazda e por Ahriman, respectivamente. Masdeísmo
  • 18. • ―Exercidas pelos representantes do cristianismo oficial, as variadas práticas rituais de mediação com o sobrenatural reforçaram a crença na possibilidade de intervenção mágica de Deus, dos santos, seus intermediários, mas também dos demônios, na vida dos homens. Para além do seu papel devocional, a Igreja cristã afirmou-se, assim, como um repositório de poderes sobrenaturais que ela buscou impor – e, não raras vezes, sobrepor – aos ritos e às fórmulas mágicas pré-existentes, mesmo sobre aqueles não claramente religiosos.‖
  • 19. • ―Entre os escritores dos primeiros séculos de cristianismo é evidente uma generalizada crença nos atos mágicos. Entretanto, já na Alta Idade Média, começa atransparecer, nos textos eclesiásticos, uma atitude de dúvida – tendendo para a negação – em relação à eficácia desses atos. Esta tendência ao ceticismo encontra-se já em Santo Agostinho. Para o bispo de Hipona, não há que se crer nestas ‗coisas falsas e extraordinárias‘, representações de imagens, transformações aparentes, ocorridas durante os sonhos sob influência direta do demônio.‖
  • 20. • ―A partir de Agostinho, os teólogos vão desenvolver dois princípios essenciais, claramente refletidos nos cânones, penitenciais, concílios e decretais: um primeiro, o princípio da irrealidade dos atos mágicos, relega os poderes dos magos e o resultado de suas ações à categoria de miragens ou ilusões; o segundo, afirma a presença demoníaca nas ações dos magos. Os fenômenos mágicos não passariam de ilusões e prestígios diabólicos e Satã, onipotente e irresistível, na sua luta incessante contra o poder divino, figura como protagonista de toda magia.‖
  • 21. • ―Irrealidade dos atos mágicos e ilusão demoníaca foram, portanto, as idéias que nortearam a postura oficial da Igreja frente às práticas e crenças relacionadas à magia, pelo menos até o início do século XII, quando vários movimentos religiosos dissidentes começaram a tomar corpo no Ocidente. Sobre essas idéias se apoiaram as leis, os documentos e os textos que serviram de justificativa para os primeiros atos de repressão e os primeiros processos contra os magos, mas também contra os simples crentes na magia.‖
  • 22. • ―Na passagem do século XII para o XIII, novas idéias passaram a orientar a abordagem eclesiástica sobre as atividades mágicas e seus agentes. Particularmente no XIII, século dos grandes debates teológicos envolvendo princípios filosóficos, ordens e tendências religiosas, a Igreja reafirmou a participação no plano do demoníaco de toda crença e de toda ação que, alheia ao seu controle, aspirasse a qualquer contato com o sobrenatural. (...) O demônio passa, pouco a pouco, a ocupar um papel na vida dos homens tão importante quanto o próprio Cristo.‖
  • 23. • ―Tomás de Aquino, por exemplo, preocupado com a participação dos demônios na vida dos homens, denunciou, em inúmeras passagens da sua Summa Teológica, os praticantes da superstição, vício que, por excesso, é contrário à religião (vitium religioni contrarium). Embora não tivesse utilizado a palavra magia na sua classificação dos fatos entendidos como supersticiosos, Aquino revelou uma particular preocupação com as adivinhações (superstitionem divinationum). Para ele, as práticas divinatórias demandavam, necessariamente, consultas aos demônios e eram atendidas mediante pactos tácitos ou expressos - quae daemones consulit per aliqua pacta cum eis inita, tacita vel expressa. Através da invocação dos demônios, argumenta Aquino, os indivíduos manifestam sua predisposição ao rompimento com Deus.‖
  • 24. • ―Satã, assim como Deus o era para os agentes do bem, tornou- se senhor de todos aqueles indivíduos associados às crenças e práticas, que, no momento anterior, a Igreja tratara como frutos da ilusão demoníaca. Elaborada sob o papa Gregório IX, a bula Vox in Rama, reflete a obsessão do diabo que, desde então, começou a se impor à sociedade a partir das estruturas de poder eclesiástico.‖
  • 25. • ―Os novos processos transformaram, paulatinamente, o perfil dos acusados: de indivíduos isolados, dedicados a práticas de intervenção sobre a vida pessoal, eles tornaram-se membros de uma seita satânica, cuidadosamente estruturada, com seus ritos e sua hierarquia. Por outro lado, procedeu-se a uma progressiva assimilação entre as práticas de magia e os vários movimentos divergentes que, desde o século XII, afrontavam a hegemonia da Igreja. Essa assimilação entre magia e heresia, cujos primeiros rumores aparecem ainda nos séculos XII e XIII, em resposta aos primeiros grandes movimentos divergentes, foi objeto de renovadas discussões que culminaram com a elaboração, sob João XXIII, da bula Super Illius Specula, em 1326.‖ • ―As técnicas de repressão foram precisadas e aperfeiçoadas. Com a anuência das altas hierarquias civis e eclesiásticas, o número de processos aumentou e as acusações ganharam uma similitude espantosa. Adaptadas desde o século XII ao objetivo de erradicação da heresia, as técnicas de procedimento inquisitorial foram utilizadas, desde então, também contra as práticas de magia, paulatinamente unificadas, nos textos cristãos, sob a designação genérica de maleficium.‖
  • 26.
  • 27. • ―(...) submetidos ao julgamento eclesiástico, os atos mágicos, mesmo aqueles voltados para o enfrentamento de problemas e desejos pessoais, foram, assim, nos séculos finais da Idade Média, esvaziados de suas funções comunitárias; e os fenômenos mágicos, a princípio definidos como ilusões demoníacas, evoluíram, gradativamente, para a condição de práticas reais, determinadas a partir de um pacto demoníaco.‖ ―As concepções eclesiásticas sobre a magia tenderam à afirmação de sua participação em um plano inscrito no contexto da grande luta universal entre o Bem e o Mal.‖
  • 28. Satanismo e Ocultismo/Misticismo: • O movimento da Nova Era (do inglês New Age) possui muitas subdivisões, sendo geralmente uma fusão de ensinos metafísicos de influência oriental, de linhas teológicas, de crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas, com uma proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social além de integração e simbiose com o meio envolvente, a Natureza e até o Cosmos. • Pode ser entendido ainda como um projeto para descobrir, dar poder e legalizar nossa autêntica natureza (interior) freqüentemente contaminada pela banalidade do cotidiano e pelas instituições religiosas hierárquicas. • Acredita-se que a Humanidade, assim como todas as coisas, são UM (estão em unidade) com o Cosmos (ou ―Deus‖). Você mesmo assume-se como parte de Deus.
  • 29. Satanismo e Ocultismo/Misticismo: • Porém, embora o Satanismo assumido aparente-se – ainda que vagamente – com as diversas expressões da Nova Era (e, em parte, pode-se dizer que surgiram em um mesmo contexto), os satanistas apresentam uma cosmovisão completamente inversa em relação aos new agers. Ambos estão preocupados principalmente com o crescimento individual e com o próprio desenvolvimento. Contudo, as Tradições da Feitiçaria Ocidental moderna – como a Wicca, por exemplo – são ―religiões da natureza‖, mesmo quando algumas delas estão profundamente interessadas pelo ―si- mesmo‖. A diferença é que o si-mesmo para os religiosos da natureza é relacional, enquanto é completamente individual no Satanismo.
  • 30. O Caminho Da Mão Esquerda: • Empregando a terminologia do ocultista Aleister Crowley, os praticantes definem o Satanismo como o ―Caminho da Mão Esquerda‖, religiosa e filosoficamente, rejeitando o tradicional ―Caminho da Mão Direita‖ de religiões como o Cristianismo por sua percepção da negação da vida e ênfase na culpa e na abstinência. • O Caminho da Mão Esquerda poderia ser definido como ―o processo para a criação de uma Essência individual e poderosa que existe acima e além da vida animal.‖
  • 31. Satanismo Tradicional • O Satanismo Tradicional ou Satanismo Teísta é uma forma de Satanismo onde a crença primária é a de que Satã é de fato uma deidade ou força a ser reverenciada ou adorada. Por se basear numa construção medieval do que seria o culto ao Demônio, também é conhecido como Satanismo Gótico. • Os praticantes desta vertente do Satanismo absorveram todo o estereótipo transmitido pelos filmes de terror, pregando a existência concreta de Satã como uma divindade que um dia estabelecerá seu domínio sobre a Terra e recompensará seus seguidores.
  • 32. Satanismo Tradicional • O Satanismo Gótico nada mais é que uma ―anti-religião‖. Em essência, é um ―Cristianismo ao contrário‖, fruto de um pensamento maniqueísta que busca equilíbrio psíquico através da criação de extremos opostos – e, quem sabe, complementares! • Apesar da pretensa antiguidade, estes cultos só começaram a surgir na década de 1970, inspirados na publicação, em 1969, da Bíblia Satânica (livro que não tem o Satanismo Gótico como fundamento). Ainda na década de 1970 começam a surgir fragmentos do que seria o ―Livro Negro de Satã‖, que também pretensamente tem uma idade secular.
  • 33. Satanismo Moderno • Anton de LaVey fundou o Satanismo ao formar a Church Of Satan (Igreja de Satã) em 1960, na Califórnia, e ao escrever a Bíblia Satânica (1969) e outros livros semelhantes. • O Satanismo LaVeyano não envolve nenhum tipo de adoração, usando "Satã" como um símbolo dos valores carnais e terrenos, inerentes à natureza humana.
  • 34. Anton Szandor de LaVey (1930 - 1997) Fundador da Igreja de Satã.
  • 35. • Satã é uma imagem útil para encorajar o individualismo no que este se refere à ―oposição‖ e ―não- conformidade‖. ―A razão pela qual é chamado de Satanismo é porque é divertido, preciso e produtivo‖ (LA VEY, 1992 apud HARVEY, 2002). • Este não é um movimento baseado na revelação de uma divindade, mas uma religião própria que encoraja cada indivíduo a alcançar seu próprio potencial, e promove o ―interesse racional no self‖.
  • 36. • Magia, tal qual praticada no Satanismo LaVeyano, é definida como ―a mudança de situações ou eventos em acordância com a Vontade do indivíduo que, usando métodos aceitos normalmente, seriam imutáveis‖. Esta definição incorpora dois tipos de mágica largamente distintos: Inferior (manipulativa e situacional) e Superior (ritual e cerimonial). O Satanismo LaVeyano, entretanto, não descreve a Magia moralmente, discernindo a variedade ―branca‖ (boa) de ―negra‖ (maligna). Tal neutralidade está relacionada ao ponto de vista filosófico de Anton LaVey, de um universo pessoal e amoral.
  • 37. • A Igreja de Satã difundiu-se como uma série de ―pequenas comunidades licenciadas‖ lideradas por pessoas que podiam demonstrar suas credenciais ―satânicas‖, comprando uma licença e atraindo um grupo. Em 1975, a Igreja de Satã interrompeu seu sistema de comunidades licenciadas, como um experimento que havia se completado, e desde então tem ―encorajado de verdade o individualismo e auto-engrandecimento‖. • As pessoas que agora se filiam à Igreja de Satã tornam-se membros de uma rede e são livres para se reunir, o que raramente fazem, valorizando a encorajada independência.
  • 38. • Após a morte de Anton LaVey, a representação oficial da Igreja de Satã foi assumida pelo Alto Sacerdote Peter Gilmore e sua esposa, a Alta Sacerdotisa Peggy Nadramia, além da ex-Alta Sacerdotisa e atual Magistra Templi Rex da Igreja, Blanche Barton. Ela presidencia o ―Conselho dos Nove‖, grupo que gerencia a Igreja de Satã. Peter H. Gilmore: Alto Sacerdote (High Priester) da Igreja de Satã.
  • 39. Primeira Igreja Satânica • Uma outra grande organização ligada à ideologia LaVeyana é a First Satanic Church (Primeira Igreja Satânica), fundada em 1999 pela filha de Anton LaVey, Karla LaVey. Ela argumenta que, após a morte do pai, a Igreja se distanciou de seu modus operandi original, tornando- se uma máquina com fins comerciais. Assim, a Primeira Igreja Satânica é considerada uma re-fundação da original.
  • 40. As Nove Declarações Satânicas: 1. Satã representa indulgência, ao invés de abstinência! 2. Satã representa a existência vital, ao invés de sonhos espirituais fantasiosos! 3. Satã representa sabedoria pura, ao invés de auto-ilusão hipócrita! 4. Satã representa bondade para quem a merece, ao invés de amor desperdiçado aos ingratos!
  • 41. 5. Satã representa vingança, ao invés de virar a outra face! 6. Satã representa responsabilidade para o responsável, ao invés de dar atenção a vampiros espirituais! 7. Satã representa o homem como outro animal, algumas vezes melhor, mas geralmente pior do que aqueles que caminham sobre quatro patas, e que, por causa de seu "desenvolvimento espiritual e intelectual", tornou-se o animal mais maligno de todos! 8. Satã representa todos os chamados pecados, desde que eles levem à gratificação física, mental ou emocional! 9. Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, já que é ele que a tem mantido no mercado por todos esses anos!
  • 42. Templo de Set • O Templo de Set é uma organização internacional que foi estabelecida como uma Igreja sem fins lucrativos na Califórnia, em 1975, recebendo reconhecimento estadual e federal. • Foi fundado por Michael Aquino, um ex-membro da Igreja de Satã, segundo o próprio, após uma ―auto-revelação de Set‖. • As origens do Templo de Set incluem uma deliberada autodiferenciação da Igreja de Satã, mais significativamente na Teologia e Sociologia.
  • 43. Set, Deus Egípcio • Set – ou Seth – é tido por alguns como o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. • Set é intimamente associado a vários animais. Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vários. Dentre os animais geralmente associados a ele, estão o asno, o cachorro, o crocodilo, o porco, o escorpião e o hipopótamo. • Tanto suas características comportamentais quanto seu nome ajudaram a formular o que viria a ser chamado de Satã. Set é também chamado de Set Hen, e este nome foi logo identificado com a palavra Satã. Tal identificação foi feita pela comunidade cristã egípcia dos primeiros séculos da era cristã.
  • 44. Set, Deus Egípcio • O culto a Set remonta a épocas pré- dinásticas da civilização egípcia. Imagens de Set têm sido datadas de antes de 3.200 aC, com estimativas astronomicamente baseadas de inscrições datando do ano 5.000 aC.
  • 45. Set, Deus Egípcio • A figura de Set ficou conhecida através do mito que narra a traição feita por ele ao seu irmão Osíris, e de sua batalha contra Hórus, filho de Osíris e divindade ligada ao poder faraônico. O mito de Set é rico em diferentes interpretações acerca de sua simbologia ―política‖. • Set, por inveja, matou seu irmão Osíris e o desmembrou e espalhou os pedaços de seu corpo por diversas partes do Egito. Osíris era uma divindade ligada às cheias do Nilo e ao poder de previsão destas cheias e também à obra civilizadora. Já Set não era ligado às cheias do Nilo e seu ritmo constante. Como ―deus do vento seco do deserto‖, Set era uma energia imprevisível e indomável e contrária à obra civilizadora.
  • 46. Set, Deus Egípcio • Hórus, filho de Osíris e Ísis, vinga o pai, vencendo Set numa luta em que lhe corta o pênis. Com esta vitória, torna-se regente do Egito em substituição a Set.
  • 47. Set, Deus Egípcio • Outras interpretações apontam que Néftis, esposa de Set, concebeu um filho de Osíris. Tal filho seria o deus Anúbis. Esta traição de Néftis talvez tenha sido o fator determinante para a oposição de Set contra Osíris ou até o de seu assassinato.
  • 48. Set, Deus Egípcio • A Teologia do Templo de Set entende Set como ―uma imagem metafísica mais complexa e menos estereotipa que o judaico-cristão Satã‖, ou ainda, o ―arquétipo da Consciência de Si isolada‖. • Mesmo que Set ―não seja um deus‖, ele é claramente compreendido como mais do que uma projeção do desejo ou temor humanos, mais do que um antropomorfismo justificando esta ou qualquer outra religião.
  • 49. Set, Deus Egípcio • A mudança entre a afirmação da realidade de Set e o reconhecimento que esta linguagem poderia ser metafórica, raramente é sistematizada e nunca é problematizada no Templo de Set. Se Set é ―real‖ ou não, parece, no fim das contas, não importar muito: seu papel (como um ser ou como uma idéia) é encorajar a auto-exploração daqueles que falam dele – e talvez com ele! Se ele simboliza a diferença entre a humanidade e os animais, ou se esta diferença é uma dádiva de Set (em vez de uma mudança meramente evolutiva) é menos importante do que a tarefa escolhida de se ―transformar‖ (um jargão do Templo), isto é, fiquem cada vez mais verdadeiros consigo mesmos, cada vez mais independentes.
  • 50. Estrutura e Operação do Templo de Set: • A atmosfera deliberadamente individualística do Templo de Set não é facilmente condutora a atividades em grupo em uma rotina ou base programada. Não há congregações de seguidores, mas apenas filósofos e magistas cooperadores. • Sociologicamente, o Templo de Set é organizado de modo muito semelhante a outras ordens mágicas/esotéricas, como a Golden Dawn, por exemplo, possuindo uma estrutura de graus.
  • 51. Estrutura e Operação do Templo de Set: Os Iniciados são reconhecidos segundo seis graus: • Setiano I (Setian I°); • Adepto/a II (Adept II°); • Sacerdote/Sacerdotisa de Set III (Priest/Priestess of Set III°); • Magister/Magistra Templi IV°; • Magus/Maga V°; • Ipsissimus/Ipsissima VI°. • Os graus III° ao VI° são propriamente vistos não como referências adiantadas de nível, mas como ofícios religiosos especializados. • Espera-se que a maioria seja do segundo grau, ou Adepto II, uma vez que o Templo de Set está mais interessado em que os indivíduos se desenvolvam e encontrem seus próprios níveis, do que em criar uma identidade grupal elevando-se de cada um, seguindo exatamente os mesmos passos.
  • 52. Estrutura e Operação do Templo de Set: • Muitos Iniciados são distantes geograficamente um do outro. Isso torna mais necessário um sistema organizacional equipado para atender ao indivíduo em vez de congregações locais. No entanto, reconhecendo o valor do companheirismo num ambiente de estudo, o Templo providencia Pylons (assim chamados com base nos portais — pilonos — dos antigos templos egípcios). Os Pylons são com frequência geograficamente isolados, mas alguns são Pylons de correspondência com afiliação e interação global. Enquanto cada Pylon está sob a confiança e responsabilidade de um Sentinela (II°+), eles não são congregações tipo "líder/seguidor", mas fóruns cooperativos e interativos para Iniciados individuais.
  • 53. Estrutura e Operação do Templo de Set: • As Ordens do Templo são inteiramente diferentes em conceito e operação dos Pylons. Cada Ordem se especializa em um ou mais campos particulares das Artes e Ciências Mágicas. Tal especialização pode ser transcultural ou orientada a uma área geográfica específica, ou a um período de tempo ou a uma tradição conceitual. Dentro de um ano após o Reconhecimento como II°, cada Adepto deve afiliar-se com uma Ordem que reflita seus interesses e aptidões pessoais. O conhecimento coletivo de todas as Ordens é geralmente disponível a todos os Iniciados do Templo.
  • 54. Referencias bibliográficas • HARVEY, G. Satanismo: realidades e acusações. Trad. L. M. P. Seixas. Revista de Estudos da Religião. n.3, pp.1-18. 2002. Disponível em <http://www4.pucsp.br/rever/rv3_2002/p._harvey.pdf>. Acesso em maio de 2012. • LAVEY, A.S. (1969). A Bíblia Satânica. Editora Supervirtual LTDA. Disponível em <http://ouijahp.kit.net/downloads/biblia_satanica.pdf>. Acesso em junho de 2012. • ORESTES, J.M. , MACHADO E SILVA, A.C.R.A. & MATOS, L.O. As metamorfoses de Satã: as ressignificações do Mal. I Congresso Internacional de Religião, Mito e Magia no mundo antigo & IX Fórum de debates em História Antiga. UERJ: Rio de Janeiro, RJ. 2010. Disponível em <http://www.nea.uerj.br/Anais/coloquio/orestes.pdf>. Acesso em maio de 2012. • PEREIRA, R.C.M. Da irrealidade dos atos mágicos ao pacto satânico: Magia, Bruxaria e Demonologia no pensamento Eclesiástico. Simpósio Internacional de Estudos Inquisitoriais. UFRB: Salvador, BA. 2011. Disponível em <http://www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-content/uploads/2012/01/Rita- Pereira.pdf>. Acesso em maio de 2012.
  • 55. Referencias Digitais • The Church Of Satan Official Website. <www.churchofsatan.com>. Acesso em junho de 2012. • The Temple Of Set Official Website. <www.xeper.org>. Acesso em junho de 2012. • The First Satanic Church Official Website. <www.satanicchurch.com>. Acesso em junho de 2012. • Bíblia Online <www.bibliaon.com>. Acesso em junho de 2012. • Espiritualismo. Religiões do Mundo. <www.espiritualismo.hostmach.com.br>. Acesso em junho de 2012. • Fantastipédia , a Wiki de Fantasia e Mitologia (Artigos diversos). Disponível em <http://pt.fantasia.wikia.com/>. Acesso em junho de 2012. • WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. (Artigos diversos). Disponível em <http://pt.wikipedia.org>. Acesso em junho de 2012.