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DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | OPINIÃO
Educaçãoparaa
emergênciaecológicaI
«O maravilhamento pela Natureza, que o olhar da criança transmite, faz com que a flor, a
borboleta ou o animal sejam percecionados como elementos seus familiares. Maltratar esses
seres é sentido naturalmente como algo de profundamente errado pela maioria das crianças».
Alcide Gonçalves [Arquiteta Paisagista]
e Jorge Moreira [Ambientalista e Investigador]
Limitar a educação à transmissão de conhecimento académico é correr o risco de estupidificar os
alunos, reduzindo-os à competição com os computadores, ao invés de focar em características
humanas fundamentais que permitem que a educação fique à frente dos progressos tecnológicos
e sociais. Pensar sobre a verdade, domínio do conhecimento humano e da aprendizagem; sobre o
belo, domínio da criatividade, da estética e do design; sobre o bem, domínio da ética; o justo, domínio
da vida política e cívica; o sustentável, domínio da saúde da natureza e física. São apenas alguns
exemplos. As competências sociais e emocionais que nos ajudam a viver e trabalhar juntos são cada
vez mais importantes para o sucesso no trabalho e na vida. Essas são as competências necessárias
para definir metas, trabalhar em equipa e gerir emoções. Desempenham um papel essencial em todas
as fases da vida. Juntamente com as capacidades cognitivas e de aprendizagem, é importante que os
alunos desenvolvam fortes competências sociais e emocionais, que os vão ajudar a equilibrar e definir
a sua personalidade. Isto pode incluir traços de caráter como perseverança, empatia, resiliência,
“mindfulness”, ética, coragem ou liderança
Andreas Schleicher, diretor do departamento de Educação da OCDE
Foto: Alcide Gonçalves
BI281_Libro.indb 80 25/9/19 13:21
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DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | OPINIÃO
A
lguns pedopsicólogos e filósofos chegaram à conclusão
que a criança nos primeiros estágios de vida traz consigo
uma perceção bio e ecocêntrica da vida. O maravilha-
mento pela Natureza, que o olhar da criança transmite, faz com
que a flor, a borboleta ou o animal sejam percecionados como
elementos seus familiares. Maltratar esses seres é sentido natu-
ralmente como algo de profundamente errado pela maioria das
crianças. Ora, sendo este facto facilmente verificável por pais e
educadores, porque é que a dada altura do seu percurso de vida,
uma criança outrora sensível, se torna num ser humano adulto
capaz de destruir uma floresta inteira pujante de vida, de diversi-
dade biológica e importante para as presentes e futuras gerações,
só para obter rapidamente e facilmente lucro para si próprio ou
para os interesses aos quais se encontra associado? Somos capa-
zes de adivinhar que algo de errado se passou durante a sua
formação como indivíduo, nomeadamente durante o seu per-
curso escolar.
De facto, os curricula refletem a cultura dominante da socie-
dade, determinada por uma visão padronizada marcadamente
antropocêntrica, utilitarista, egoísta, competitiva, materialista e
até especista, sem colocar em causa os seus modelos. Os edu-
candos são treinados para desempenhar um papel na sociedade
tal como ela é, encaixando-se num mundo de empregados e con-
sumidores, ao que Paulo Freire denominou de ‘modelo bancário’
desumanizante e opressivo da educação ocidental, que pensa no
conhecimento como capital que pode ser depositado em estu-
dantes vazios e depois extraído como dinheiro. Na mesma linha,
a Natureza é dada ao aluno como um conjunto de recursos ina-
nimados que podem ser explorados e transformados em ativos
que alimentam a economia vigente. As externalidades negativas e
os serviços ecossistémicos raramente são considerados. Segundo
os investigadores do Stockholm Resilience Centre, este modelo
económico globalizado é o principal promotor da crise ecológica,
mas na verdade, o que impulsiona este modelo, é a cultura de
afastamento e domínio da Natureza que o sistema educativo
hegemónico reflete.
Este modelo educativo está longe de formar indivíduos livres
pensadores, eticamente responsáveis e cidadãos conscientes,
que consigam atender às exigências prementes de si mesmos,
da sociedade e do Ambiente. O resultado deste sistema é a crise
multidimensional, cuja crise ecológica é a sua manifestação mais
evidente. Esta crise é uma ameaça que coloca no fio da navalha o
futuro da Humanidade, assim como de muitas outras formas de
vida que coabitam connosco no nosso planeta. A dimensão da
crise ainda se manifesta na iniquidade e na injustiça social – que
explora uns, facilitando outros; e na depressão – um desespero
interior que emana do desfasamento do indivíduo aos seus mais
profundos propósitos de vida.
A própria arquitetura e localização das escolas, confinadas a
cabines fechadas sem contacto direto com a Natureza, e onde a
transmissão de conhecimentos é virtual e alienada de uma ética
abrangente, afasta ainda mais os alunos e, por consequência,
as sociedades da Natureza e do mundo real. O conhecimento
chega fragmentado em componentes científicas, sendo muitas
vezes projetado abstratamente numa tela. Isto quer dizer que os
Foto: Jorge Moreira
BI281_Libro.indb 81 25/9/19 13:21
8282
DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | OPINIÃO
conteúdos são aprendidos na maior parte das vezes fora do seu
contexto, e.g., a abordagem de um rio na sala de aula não for-
nece a dimensão das particularidades que entram pelos sentidos,
emoções, estética e holismo, que a sua presença real transmite.
Paralelamente, fragmentar o conhecimento em matérias, pro-
gramas, cursos, lições e objetivos não fornece uma visão global
dos problemas da sociedade, nem do Ambiente. A par disto, o
ensino convencional passa uma narrativa técnico-científica do
mundo, que nem sempre se encontra de acordo com a dinâmica
da vida, e por esse motivo, é uma narrativa incompleta, e até mui-
tas das vezes errada, que o educando absorve. A visão sistémica
que marca os elos entre os seres vivos e estes com os aspetos
abióticos, a ligação espiritual que liga tudo a tudo, a intuição, a
estética, o valor das emoções e a importância com o contacto
com a Natureza encontram-se normalmente ausentes na escola e
isto põe em causa a essência da própria humanidade e reflete as
fragilidades e as lacunas do ensino. Uma Educação com uma visão
fragmentada, onde predomina um Homem à-parte e acima da
Foto: Alcide Gonçalves.
Natureza e vocacionada para repercutir modelos competitivos,
que potencia indivíduos ego e antropocentrados, alguns deles,
futuros quadros de grandes empresas ou líderes políticos, vai
continuar a promover a insustentabilidade e a indiferença perante
as outras formas de vida ou a vida como um todo. Precisamos de
uma nova Educação capaz de solucionar a crise multidimensional
que nos abala.
Dúvidas não se colocam quanto aos inputs trazidos pelo conhe-
cimento científico aos próprios campos da ciência que todos
aprendemos nos manuais da escola e os contributos que veio
trazer e.g. à mudança de pensamento ao longo das épocas e
também, a transformação à vida de todos os dias através das múl-
tiplas aplicações tecnológicas. Mas, constata-se, em simultâneo,
a existência de um desfasamento entre a atual visão do mundo e
as práticas e valores adotados na nossa sociedade moderna o que
pode colocar em causa a sobrevivência da nossa espécie.
Um ensino apoiado só na ciência e no desenvolvimento do
pensamento racional poderá não ser suficiente para cons-
truir identidades ricas, onde se privilegiam os talentos de cada
individuo e onde possam ser desenvolvidos os vários fatores
formadores de identidades como a disciplina interior ou fatores
fomentadores de solidariedade, compaixão ou outros. É neces-
sário não esquecer que os processos de ensino e de educação
intelectual de jovens, ao visarem a sua formação geral e integral,
devem acrescentar a essa parte intelectual, a formação sócio-
-afectiva e moral.
No ponto 2 da Declaração de Veneza (UNESCO, 1986) é referido
que o conhecimento científico, devido a seu próprio movimento
interno, chegou aos limites onde pode começar o diálogo com
outras formas de conhecimento. Neste sentido, reconhecendo
as diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição, cons-
tatamos não a sua oposição mas a sua complementaridade. O
encontro inesperado e enriquecedor entre a ciência e as diferen-
tes tradições do mundo permite pensar no aparecimento de uma
nova visão da humanidade, até mesmo num novo racionalismo,
que poderia levar a uma nova perspetiva metafísica.
É importante abandonar o estudo linear dos conhecimentos que
conduzem à visão fragmentada do mundo e ir em busca de novos
métodos de educação que aprofundem os nossos laços com a
Natureza e possam abrir as nossas mentes para um pensamento
mais próximo da complexidade da vida no seu todo. •
A visão sistémica que marca os elos entre os seres vivos
e estes com os aspetos abióticos, a ligação espiritual que
liga tudo a tudo, a intuição, a estética, o valor das emoções
e a importância com o contacto com a Natureza encontram-se
normalmente ausentes na escola e isto põe em causa a essência da
própria humanidade e reflete as fragilidades e as lacunas do ensino
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Educação para a emergência ecológica I

  • 1. 80 DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | OPINIÃO Educaçãoparaa emergênciaecológicaI «O maravilhamento pela Natureza, que o olhar da criança transmite, faz com que a flor, a borboleta ou o animal sejam percecionados como elementos seus familiares. Maltratar esses seres é sentido naturalmente como algo de profundamente errado pela maioria das crianças». Alcide Gonçalves [Arquiteta Paisagista] e Jorge Moreira [Ambientalista e Investigador] Limitar a educação à transmissão de conhecimento académico é correr o risco de estupidificar os alunos, reduzindo-os à competição com os computadores, ao invés de focar em características humanas fundamentais que permitem que a educação fique à frente dos progressos tecnológicos e sociais. Pensar sobre a verdade, domínio do conhecimento humano e da aprendizagem; sobre o belo, domínio da criatividade, da estética e do design; sobre o bem, domínio da ética; o justo, domínio da vida política e cívica; o sustentável, domínio da saúde da natureza e física. São apenas alguns exemplos. As competências sociais e emocionais que nos ajudam a viver e trabalhar juntos são cada vez mais importantes para o sucesso no trabalho e na vida. Essas são as competências necessárias para definir metas, trabalhar em equipa e gerir emoções. Desempenham um papel essencial em todas as fases da vida. Juntamente com as capacidades cognitivas e de aprendizagem, é importante que os alunos desenvolvam fortes competências sociais e emocionais, que os vão ajudar a equilibrar e definir a sua personalidade. Isto pode incluir traços de caráter como perseverança, empatia, resiliência, “mindfulness”, ética, coragem ou liderança Andreas Schleicher, diretor do departamento de Educação da OCDE Foto: Alcide Gonçalves BI281_Libro.indb 80 25/9/19 13:21
  • 2. 81 DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | OPINIÃO A lguns pedopsicólogos e filósofos chegaram à conclusão que a criança nos primeiros estágios de vida traz consigo uma perceção bio e ecocêntrica da vida. O maravilha- mento pela Natureza, que o olhar da criança transmite, faz com que a flor, a borboleta ou o animal sejam percecionados como elementos seus familiares. Maltratar esses seres é sentido natu- ralmente como algo de profundamente errado pela maioria das crianças. Ora, sendo este facto facilmente verificável por pais e educadores, porque é que a dada altura do seu percurso de vida, uma criança outrora sensível, se torna num ser humano adulto capaz de destruir uma floresta inteira pujante de vida, de diversi- dade biológica e importante para as presentes e futuras gerações, só para obter rapidamente e facilmente lucro para si próprio ou para os interesses aos quais se encontra associado? Somos capa- zes de adivinhar que algo de errado se passou durante a sua formação como indivíduo, nomeadamente durante o seu per- curso escolar. De facto, os curricula refletem a cultura dominante da socie- dade, determinada por uma visão padronizada marcadamente antropocêntrica, utilitarista, egoísta, competitiva, materialista e até especista, sem colocar em causa os seus modelos. Os edu- candos são treinados para desempenhar um papel na sociedade tal como ela é, encaixando-se num mundo de empregados e con- sumidores, ao que Paulo Freire denominou de ‘modelo bancário’ desumanizante e opressivo da educação ocidental, que pensa no conhecimento como capital que pode ser depositado em estu- dantes vazios e depois extraído como dinheiro. Na mesma linha, a Natureza é dada ao aluno como um conjunto de recursos ina- nimados que podem ser explorados e transformados em ativos que alimentam a economia vigente. As externalidades negativas e os serviços ecossistémicos raramente são considerados. Segundo os investigadores do Stockholm Resilience Centre, este modelo económico globalizado é o principal promotor da crise ecológica, mas na verdade, o que impulsiona este modelo, é a cultura de afastamento e domínio da Natureza que o sistema educativo hegemónico reflete. Este modelo educativo está longe de formar indivíduos livres pensadores, eticamente responsáveis e cidadãos conscientes, que consigam atender às exigências prementes de si mesmos, da sociedade e do Ambiente. O resultado deste sistema é a crise multidimensional, cuja crise ecológica é a sua manifestação mais evidente. Esta crise é uma ameaça que coloca no fio da navalha o futuro da Humanidade, assim como de muitas outras formas de vida que coabitam connosco no nosso planeta. A dimensão da crise ainda se manifesta na iniquidade e na injustiça social – que explora uns, facilitando outros; e na depressão – um desespero interior que emana do desfasamento do indivíduo aos seus mais profundos propósitos de vida. A própria arquitetura e localização das escolas, confinadas a cabines fechadas sem contacto direto com a Natureza, e onde a transmissão de conhecimentos é virtual e alienada de uma ética abrangente, afasta ainda mais os alunos e, por consequência, as sociedades da Natureza e do mundo real. O conhecimento chega fragmentado em componentes científicas, sendo muitas vezes projetado abstratamente numa tela. Isto quer dizer que os Foto: Jorge Moreira BI281_Libro.indb 81 25/9/19 13:21
  • 3. 8282 DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | OPINIÃO conteúdos são aprendidos na maior parte das vezes fora do seu contexto, e.g., a abordagem de um rio na sala de aula não for- nece a dimensão das particularidades que entram pelos sentidos, emoções, estética e holismo, que a sua presença real transmite. Paralelamente, fragmentar o conhecimento em matérias, pro- gramas, cursos, lições e objetivos não fornece uma visão global dos problemas da sociedade, nem do Ambiente. A par disto, o ensino convencional passa uma narrativa técnico-científica do mundo, que nem sempre se encontra de acordo com a dinâmica da vida, e por esse motivo, é uma narrativa incompleta, e até mui- tas das vezes errada, que o educando absorve. A visão sistémica que marca os elos entre os seres vivos e estes com os aspetos abióticos, a ligação espiritual que liga tudo a tudo, a intuição, a estética, o valor das emoções e a importância com o contacto com a Natureza encontram-se normalmente ausentes na escola e isto põe em causa a essência da própria humanidade e reflete as fragilidades e as lacunas do ensino. Uma Educação com uma visão fragmentada, onde predomina um Homem à-parte e acima da Foto: Alcide Gonçalves. Natureza e vocacionada para repercutir modelos competitivos, que potencia indivíduos ego e antropocentrados, alguns deles, futuros quadros de grandes empresas ou líderes políticos, vai continuar a promover a insustentabilidade e a indiferença perante as outras formas de vida ou a vida como um todo. Precisamos de uma nova Educação capaz de solucionar a crise multidimensional que nos abala. Dúvidas não se colocam quanto aos inputs trazidos pelo conhe- cimento científico aos próprios campos da ciência que todos aprendemos nos manuais da escola e os contributos que veio trazer e.g. à mudança de pensamento ao longo das épocas e também, a transformação à vida de todos os dias através das múl- tiplas aplicações tecnológicas. Mas, constata-se, em simultâneo, a existência de um desfasamento entre a atual visão do mundo e as práticas e valores adotados na nossa sociedade moderna o que pode colocar em causa a sobrevivência da nossa espécie. Um ensino apoiado só na ciência e no desenvolvimento do pensamento racional poderá não ser suficiente para cons- truir identidades ricas, onde se privilegiam os talentos de cada individuo e onde possam ser desenvolvidos os vários fatores formadores de identidades como a disciplina interior ou fatores fomentadores de solidariedade, compaixão ou outros. É neces- sário não esquecer que os processos de ensino e de educação intelectual de jovens, ao visarem a sua formação geral e integral, devem acrescentar a essa parte intelectual, a formação sócio- -afectiva e moral. No ponto 2 da Declaração de Veneza (UNESCO, 1986) é referido que o conhecimento científico, devido a seu próprio movimento interno, chegou aos limites onde pode começar o diálogo com outras formas de conhecimento. Neste sentido, reconhecendo as diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição, cons- tatamos não a sua oposição mas a sua complementaridade. O encontro inesperado e enriquecedor entre a ciência e as diferen- tes tradições do mundo permite pensar no aparecimento de uma nova visão da humanidade, até mesmo num novo racionalismo, que poderia levar a uma nova perspetiva metafísica. É importante abandonar o estudo linear dos conhecimentos que conduzem à visão fragmentada do mundo e ir em busca de novos métodos de educação que aprofundem os nossos laços com a Natureza e possam abrir as nossas mentes para um pensamento mais próximo da complexidade da vida no seu todo. • A visão sistémica que marca os elos entre os seres vivos e estes com os aspetos abióticos, a ligação espiritual que liga tudo a tudo, a intuição, a estética, o valor das emoções e a importância com o contacto com a Natureza encontram-se normalmente ausentes na escola e isto põe em causa a essência da própria humanidade e reflete as fragilidades e as lacunas do ensino BI281_Libro.indb 82 25/9/19 13:21