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Recife, Outubro de 2016 - Ano II - nº 16
CH Notícias
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PRECE DA CRIANÇA QUE AINDA NÃO NASCEU
Emmanuel
Mãe querida!...
Sustenta-me agora para que eu te sustente depois.
Não me expulses, nem me desprezes.
Venho ao encontro de tuas esperanças.
Junto de ti, estou na condição de anseio de teu anseio e de
alma de tua alma.
Hoje, sou apenas flor, sonho, pensamento...
Amanhã, serei a tua própria realização.
Resguarda-me com amor para que a confiança não me
abandone.
Protege-me contra o desequilíbrio!
Cultiva as idéias positivas do bem para que não me falte
segurança contra o mal.
Guarda-me no colo, em nome de Deus, para que a luz da fé
em Deus se mantenha acesa dentro de mim.
Tenho tanta necessidade de ti, quanto a semente precisa da
terra para germinar e viver...
Dá-me a tua bondade e dar-te-ei a mim mesmo.
De ti depende que eu possa estar amanhã, entre os homens,
a fim de cooperar na construção do Mundo Melhor.
Me aceita, mãezinha!...
(Do livro Seara de Fé, psicografado por Francisco Cândido
Xavier)
MICROCEFALIA E ABORTO
Aline Etiene de Arruda Jordão
Mais uma vez volta à tona o assunto do aborto no Brasil. Desta vez, por causa do crescente número de crianças com
microcefalia em diversos estados.
Pelo Código Penal Brasileiro, só há duas hipóteses para que o aborto, praticado pelo médico, não seja punido: a) se
não há outro meio de salvar a vida da gestante; e b) se a gravidez resulta de estupro e há o consentimento da gestante
ou do seu representante legal. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente a ADPFi
54, liberando a
interrupção da gravidez de feto com má formação do cérebro (anencéfalo), cabendo à mulher decidir pela interrup-
ção ou não.
No Brasil a prática de aborto é crime previsto nos artigos 124 a 126 do Código Penal Brasileiroii
, inclusive o aborto de
feto com microcefalia, pois o direito à vida está amparado na Constituição Federal Brasileiraiii
Cabe esclarecer a diferença entre anencefalia e microcefalia: a anencefalia é a ausência do cérebro ou a falta de
uma parte dele, o que impossibilita a vida pós uterina. Geralmente o bebê não sobrevive após o parto (natimorto),
ou viverá apenas algumas horas. Já a microcefalia se caracteriza por ser uma doença em que a cabeça e o cérebro
das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento. O bebê terá vida pós
uterina, com muitas limitações e atrasos, mas sobreviverá ao parto e se desenvolverá.
Sabendo-se que o Brasil é um Estado laicoiv
, contudo, cabe uma reflexão sobre os fundamentos do aborto e suas
consequências, principalmente pelos espíritas, que acreditam na preexistência do espírito ao corpo, na reencarnação
e na Lei de causa e efeito.
A doutrina espírita ensina que a origem da inteligência e das emoções estão no espírito, e não no corpo. A mente
é espiritual, o cérebro é tão somente o órgão físico que a mente comanda. Desta forma, mesmo o anencéfalo, que
possui uma má formação do cérebro, possui mente.
Os espíritas sabem que a união entre a alma e o corpo começa com a concepção, mas se completa por ocasião do
nascimento , pois, no intervalo entre a concepção ao nascimentov
, não goza o Espírito de todas as suas faculdades.
Eles as possuem mais ou menos, conforme o ponto, em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não está encarnado,
mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o Espírito a ser tomado de perturbação, que cresce
de contínuo até ao nascimento. Nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o
sonovi
.
O feto não tem ainda uma alma, pois encontra-se ainda fora do corpo, apenas ligado a este por laços fluídicos. A
reencarnação está ainda em via de operar-se. Ocorrendo o aborto, como consequência, anula-se a chance do espírito
reencarnar e ele terá que recomeçar, passando por outro planejamento no plano espiritual.
Pergunta-se: apesar de ainda não estar completa sua ligação ao corpo em gestação haverá crime em interromper a
gravidez? Respondem os espíritos que “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que
seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma
_______________________________________________________________________________________________________
i
ADPF: Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, regulamentado pela Lei nº 9.882/1999. Tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito funda-
mental, resultante de ato do Poder Público. Cabe também quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
ii
Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848 de 07/12/1940):
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
iii
Constituição Federal Brasileira: Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)
iv
País neutro no campo religioso. Tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião.
v
Questão 344 de O Livro dos Espíritos
vi
Questão 351 de O Livro dos Espíritos
alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formandovii
”.
Voltando ao caso dos bebês com microcefalia. Os espíritas sabem que uma pessoa portadora de microce-
falia, que vem com inúmeras limitações físicas, está sofrendo, provavelmente, a divina Lei da semeadura e
da colheita, também chamada de Lei de causa e efeito.
Seja por provação, se solicitada, ou por expiação, quando imposta, a experiência corpórea é a oportuni-
dade dada por Deus de reparar as culpas pretéritas, mesmo aqueles cujo corpo possui limitações físicas ou
intelectuais.
É possível ainda que a prova ou a expiação também se estenda a um dos pais ou a ambos, que de algu-
ma forma contribuíram para os erros passados do espírito reencarnante. Por exemplo: supondo que uma
pessoa tenha cometido suicídio, jogando-se de um penhasco e teve sua cabeça esfacelada. Supondo ainda
que um dos pais, ou os dois, tenham concorrido para que essa pessoa tenha se suicidado noutra existência:
levando-o à ruína econômica, proibindo a união com o ser amado, etc. Todos esses envolvidos devem res-
gatar o cometimento do suicídio, que é contrário à Lei de Deus: tanto o suicida, como os responsáveis para
que o suicídio tenha ocorrido.
Se a reencarnação é a oportunidade de reparar os erros, o aborto anula essa oportunidade. Ainda que no
Brasil seja aprovada uma Lei ou haja uma Decisão Judicial permitindo o aborto de crianças com microcefa-
lia, cabe às mulheres (e homens) espíritas que tem consciência das Leis Divinas, Eternas e Imutáveis, não
fazer uso desse recurso. Da mesma forma, uma gestação de criança anencéfala não ocorre por acaso. A Lei
de causa e efeito está sendo aplicada aos pais ou ao bebê, ainda que este não sobreviva ao parto.
Voltando ao caso dos bebês com microcefalia. Os espíritas sabem que uma pessoa portadora de microce-
falia, que vem com inúmeras limitações físicas, está sofrendo, provavelmente, a divina Lei da semeadura e
da colheita, também chamada de Lei de causa e efeito.
Seja por provação, se solicitada, ou por expiação, quando imposta, a experiência corpórea é a oportunida-
de dada por Deus de reparar as culpas pretéritas, mesmo aqueles cujo corpo possui limitações físicas ou
intelectuais.
É muito justo termos piedade das crianças com microcefalia. É uma prova muito pesada para tais crianças
e para seus pais. Por isso muitos não aguentam e entregam as crianças para adoção. Ou, o que ocorre com
frequência, os pais se separam deixando com as mães a tarefa de criar sozinhas o filho. Por esse motivo,
a sociedade e o estado devem apoiar as famílias, sem preconceitos, recebendo essas crianças com muito
amor e respeito, e dando a elas oportunidade de se desenvolverem.
Aos pais que não suportarem a prova, não devemos julgá-los. A decisão cabe a cada um e às suas consci-
ências. Contudo, a entrega da criança ao poder público, possibilitando a adoção, é preferível ao aborto. O
aborto pode gerar posteriormente um grande remorso por parte de quem o faz e, não raro, ocasionar casos
graves de obsessão por parte do espírito que foi impedido de reencarnar.
É confortante saber que muitos pais e mães que recebem em suas vidas uma criança especial, seja ela
portadora de Síndrome de Down, Autismo ou Microcefalia, por exemplo, cujos cuidados requerem muita
paciência, muitas terapias e, além disso, enfrentam muito preconceito, amam muito seus filhos a ponto de
dizer: “Não sei o que seria da minha vida sem meu filho. Ele me ensina muito. Cresci muito convivendo com
ele”. Sei bem o que é isso. Sou mãe de uma criança autista. Fiquem com Deus.
______________________________________________________________________________________
vii
Questão 358 de O Livro dos Espíritos
PAX ET BONUM!
GIOVANNI DI PIETRO DI BERNARDONE, nasceu em Assis, na região da Umbria, pro-
víncia de Perugia na Itália, em 05 de julho de 1182. Era filho de Pietro di Bernadone
dei Moricone, rico e próspero comerciante de tecidos e de Pica Boutlemont, jovem e
bondosa senhora de família nobre da cidade de Provença (França). Faziam parte da
burguesia da cidade.
Recebeu, desde cedo por influência do pai, uma educação totalmente voltada para o comércio. Era inteli-
gente e manejava os negócios com determinação e dedicação. Era o sucessor que o pai esperava ver, em
breve, assumindo a loja.
Foi batizado com o nome de João (Giovanni), por escolha da mãe, em Santa Maria Maior, antiga Catedral de
São Rufino construída em homenagem ao mártir padroeiro de Assis (Rufino). Porém, seu pai, ao voltar de
uma viagem à França, mudou de ideia e passou a chamá-lo de Francisco (“francês” em italiano) como forma
de homenagem aquela cidade.
Como a mãe era francesa, suas primeiras palavras foram marcadas por esse idioma o que ficou gravado, pra
sempre, em seu coração. Segundo Tomás de Celanoi
“quando manifesta a sua alegria, canta na doce língua
dos trovadores da cavalheiresca Provença”.
Francisco era um adolescente muito alegre mas levava uma vida frívola, mundana, desregrada e cheia de
ostentação o que muito preocupava a mãe. Era boêmio e gostava de festas, de noitadas e diversão, de mú-
sicas e de cantar serenatas para as jovens da sua cidade. Tinha dinheiro para gastar sem preocupação. Era
muito popular e um líder nato entre os colegas.
Não se interessava pelos estudos e, muito menos, pelos negócios do pai. Era muito irrequieto para querer
se acomodar com coisas tão tediosas. Indisciplinado e extravagante só se preocupava com roupas da moda,
bebidas e aventuras.
Foi educado pelos padres de São Jorge, porém a formação cristã e o caráter cordato foram adquiridos atra-
vés dos ensinamentos da meiga mãe, católica praticante e totalmente dedicada à família.
Francisco, entretanto tinha uma grande paixão: Histórias de cavalarias. Era a época das Cruzadas. E, seu
sonho, era ganhar fama, tornar-se cavaleiro e herói. Queria bem mais do que a fortuna que já possuía. Am-
bicionava também por um título de nobreza.
Nessa época era comum ocorrerem guerras entre os senhores feudais (“maiores”) e as emergentes comu-
nas (“minores”). Era o início da passagem do sistema feudal para o sistema burguês. É assim que, aos vinte
anos de idade (1202), alista-se, então, como soldado, na guerra entre a comuna de Assis e os senhores feu-
dais de Peruggia - cidade vizinha e mais poderosa.
Em Collestrada, um lugarejo entre as duas cidades, os dois exércitos se enfrentam e Perugia vence em uma
tarde de inverno. Muitos do exército de Assis foram capturados e presos. Com eles estava Francisco que
ficou, por cerca de um ano, em um calabouço gélido, escuro e imundo, à espera de um resgate que só se
deu porque ele estava, tão gravemente doente, (provavelmente por ter adquirido tuberculose ou malária),
que poderia morrer muito brevemente.
Já liberto, mas enfraquecido pela doença, passa a ter febres constantes, durante todo o ano de 1204. Como
consequência, pelo resto da vida fica com sequelas na visão e no aparelho digestivo.
Ao voltar para Assis, retorna à antiga vida de festas, divertimentos e de trabalhos na loja do pai.
Apesar de tudo que passou e sofreu, Francisco não desistiu de seu ideal. Por convite do Conde Gentile de
Assis que estava organizando um exército para ajudar o Papa Inocêncio III na defesa dos interesses da Igreja;
pelo incentivo do pai, que viu aí a oportunidade tão ansiada de enobrecer a família, e, atendendo ao cha-
mado que lhe fora feito num sonho, volta a se alistar, em 1205, engajando-se na luta contra Frederico IIii
.
Nessa época havia uma eterna guerra de interesses entre a força civil do Sacro Império e o chefe espiritual.
A cidade de Assis tinha uma posição geográfica importante. Situada no entroncamento Alemanha-Roma
_____________________________________________________________________________________
i
Tomás de Celano foi um frade católico medieval da Ordem dos Franciscanos, um poeta e também um escritor, sendo autor de três obras de cariz biográfico
sobre São Francisco de Assis.
ii
Frederico II foi Imperador Romano-Germânico e Rei da Itália de 1220 até sua morte.
e sendo importante centro comercial, era muito ambicionada e estava, constantemente, mudando de lado.
Na sua fortaleza (Rocca Maggiore), às vezes tremulava a bandeira do papa e, outras vezes, a do Imperador.
No sonho que teve, alguém o chamava pelo nome e o levava a um palácio onde vivia uma donzela e que
estava repleto de armas e de diversos apetrechos de guerra. Quando pergunta, à voz, a quem pertenceria
àquelas armas e o palácio, esta lhe responde: “É tudo seu e de seus soldados”. Animado e na certeza da
vitória, parte confiante, para o combate.
Mas Deus tinha outros planos...
Antes de partir, entrega de presente, a um amigo, os trajes e a armadura que havia mandado preparar para
si.
Durante o trajeto, fizeram uma parada para descanso, na cidade de Espoleto. Aí, Francisco volta a ter febre
intensa impedindo-o de seguir viagem. É, quando então, tem outro sonho (ou visão). Desta feita a voz lhe
pergunta (segundo versão da Legenda trium sociorum): “Quem te pode ser de mais proveito? O senhor ou
o servo?” Francisco responde: “Servir ao Senhor, é claro”. A voz torna a lhe falar: “Então porque deixas o
senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo?”. Francisco questiona: “Que queres que eu faça?” A voz replica:
“Volta para tua terra, e ali te será dito o que haverás de fazer, pois deves entender de outro modo, a visão
que tiveste”.
Obediente, retorna para Assis e para sua vida de festas, alegrias e diversão.
Entretanto, desde o período que ficou preso, algo havia mudado e Francisco não era mais o mesmo. A hu-
milhação e o sofrimento que passou na prisão o levaram a pensar, a rezar e a meditar com mais frequência.
Ainda sonhava com a glória das armas dos campos de batalha e com a nobreza, mas já não sentia tanta
emoção nas farras passando a mostrar desinteresse pelas aventuras do antigo modo de vida.
Era o início da conversão.
Os amigos, estranhando aquela situação tentaram dissuadi-lo daquela estranha ideia elegendo-o, no meio
de um festejo folclórico típico o “rei da juventude”, mas, em vez de se alegrar e escolher uma jovem para
casar e constituir uma família retira-se, juntamente com um amigo, para uma caverna para meditar e tentar
descobrir o que realmente estava lhe acontecendo. Sentia-se diferente, vazio e insatisfeito. Não sabia o por-
quê e nem como deveria agir. Mas tinha uma certeza: algo o chamava e que seu futuro seria de mudanças.
Foi uma fase de hesitação com muitos pesadelos. Tinha arroubos de devoção, o desejo de obter o tesouro
da sabedoria e de iniciar na vida religiosa. Era mais uma vez o chamado Divino convidando-o ao serviço. Aos
poucos seu coração foi mudando e sentindo necessidade de vender seus bens e se desfazer de tudo que
possuía em prol dos pobres e necessitados. Desafiou a fúria do seu pai que não entendia e nem aceitava
aquele absurdo. Francisco nem assim esmoreceu dando prova do caráter e da vontade de servir a Deus.
Passou a percorrer os campos nos arredores a procura de lugares tranquilos para meditar e encontrar as
respostas para todas as suas dúvidas.
Certo dia, numa dessas caminhadas encontrou um leproso. Fazia muito frio e o leproso vestia apenas
trapos. Vencendo a repulsa, aproxima-se dele, cobre-o com o próprio manto, abraça-o e beija-o chorando
emocionadamente. A partir desse dia, passou a fazer visita aos doentes nos hospitais e aos pobres a quem
fazia doação de suas próprias roupas e do dinheiro que tivesse no bolso.
A família e os amigos continuavam preocupados achando que Francisco estaria ficando louco. Seu pai não
se conformava com o silêncio constante do filho forçando-o a trabalhar, cada vez mais, no seu estabeleci-
mento comercial. Francisco precisava reagir e voltar a ser o alegre jovem de antes.
No campo, fora das portas da cidade ficava a pequena e mal conservada Igreja de São Damião onde Fran-
cisco costumava ir para, em solidão, poder orar. Era seu lugar preferido para contemplação.
Certo dia, em 1206, com 25 anos de idade, ao rezar aos pés do crucifixo, sentiu que este falava com ele
repetindo, por três vezes: “Francisco, repara minha casa, pois olha que está em ruinas”. Sem hesitar foi para
casa, vendeu tudo o que tinha e, indo à loja do pai, pega alguns tecidos caros e os vende a baixos preços. O
dinheiro arrecadado é entregue ao padre da Igreja de São Damião para usá-lo na reforma. Francisco pede,
ainda, permissão para viver com ele. Queria sair de casa.
O pai, indignado e enfurecido, vai buscá-lo, leva-o para casa, lhe dá uma pisa e acorrenta-o pelos pés. Sua
mãe, entretanto, na ausência do marido, o liberta e ele, vai buscar refúgio e proteção junto ao Bispo.
Pedro Bernardone, o segue e o ameaça de que se não voltasse para casa seria deserdado. Entretanto, cien-
te de que não conseguiria mudar a situação e ter o filho de volta, numa última tentativa, recorre ao Bispo
instaurando um julgamento em plena praça comunal da cidade de Assis sob o olhar de todos aqueles que
o conheciam tão bem, amigos e familiares, acusando-o de dissipador de um dinheiro que não era dele e de
exigir pagamento pelos tecidos retirado, sem licença, de sua loja. Francisco corajosamente diz ao pai que
renuncia a tudo e, até a roupa que usava, ele tira e coloca aos pés de seu pai e exclamo: “Até agora chamei
de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro Pai, senão o Pai Celeste”. Seu pai o repudia e o de-
serda e ele parte assim, completamente nu, para a vida que escolhera. Com esse gesto obtém do Bispo, que
o cobre com seu manto, reconhecimento e proteção pelo resto da vida.
A partir de então, afastando-se dos familiares e dos amigos, fez votos de pobreza entregando-se a serviço
de Deus, dos necessitados e da reconstrução das capelas nas cercanias da cidade.
Passou a percorrer as ruas da cidade pedindo ajuda para que as pessoas contribuíssem com pedras e tra-
balho na reconstrução das “Casas de Deus”. Alguns contribuíam. Outros, entretanto além de nada darem,
zombavam dele e o chamavam de louco.
Francisco às vezes fraquejava, mas, seu ideal era mais forte e assim, saia vitorioso prosseguindo com sua
vocação.
Em 1204 fundou a “Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis” e se instala, junto com seus seguidores, em
cabanas nas montanhas em torno da Igrejinha de Porciúncula (conhecida também como Santa Maria dos
Anjos) passando a viver das doações que angariavam. Esta foi a última Igrejinha que ajudou a reconstruir e
que passou a ser o berço da Ordem.
Já pensava o que iria fazer a partir de então quando, ao ouvir o evangelho, du-
rante uma missa, compreendeu que sua real missão era a de restaurar a verda-
deira “Igreja de Deus”, abalada pelas heresias e pelas brigas de poder dos seus
líderes. Cheio de emoção passou a viver e pregar, até a sua morte, o Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 1209/1210, Francisco segue para Roma, juntamente com seus doze com-
panheiros, para falar com o Papa Inocêncio III e pedir aprovação pelo modo de
vida que adotara. Por providência Divina, também lá se encontrava o Bispo de
Assis, o mesmo que já o havia amparado, que novamente o auxilia, conseguin-
do que o Papa os atendesse.
O Papa fica maravilhado com as palavras e a determinação de Francisco. Re-
conhece nele a figura do homem que vira em sonho sustentando as colunas da
Igreja Latrãoiii
que estava ameaçada de ruir. Entende que foi o próprio Deus que inspirou Francisco a viver
radicalmente o evangelho trazendo vida nova para a Igreja tão desgastada e distanciada dos ensinamentos
de Jesus. Entretanto fica relutante com o rigor das regras mas é convencido e termina por abençoar Francis-
co e seus seguidores autorizando-os a pregar o Evangelho, com simplicidade, dentro e fora das Igrejas por
onde passassem.
Assim teve início a Ordem dos Frades Menores (OFM) tendo como sede a Capela de Porciúncula de Santa
Maria dos Anjos onde praticavam a penitência, meditação em estado constante de oração. Só Saiam para
fazer mendicância nas ruas de Assis.
Muitos foram se juntando a Francisco e logo um convento é aberto em Bologna.
Além dos muitos seguidores, já espalhados por diversas partes da Itália, Francisco também conquista a
jovem Clara, de 17 anos, filha de um conde que decide como os outros, abandonar tudo para seguir os
mesmos caminhos de seu “guia e pai espiritual” e do Evangelho de Jesus Cristo. Em 1212 fundaram, juntos
a primeira comunidade das Clarissasiv
ou “Ordem Segunda dos Franciscanos”, com base nas mesmas regras
de pobreza e penitência.
No ano de 1215, a “ordem dos Franciscanos” é reconhecida pelo Concílio de Latrão.
No ano de 1217 o movimento já era tão grande que se torna necessário a criação de províncias.
Em 1919 inicia uma peregrinação ao Oriente Médio para visitar a Terra Santa e tentar converter os “infiéis”
não obtendo nenhum sucesso.
_____________________________________________________________________________________
iii
Igreja de Latrão é a Igreja- mãe de todas as Igrejas do mundo
iv
Ver a Biografia de Santa Clara no CH Notícias Edição julho/2016
Ao retornar para a Itália apresenta, em 1221 uma versão revista das regras onde reiterava a pobreza, a hu-
mildade e a liberdade evangélica. Entretanto, o papa Honório III só aprova a regra de uma forma mais bran-
da para a Ordem. Triste, desgostoso e decepcionado, Francisco renuncia à liderança e entrega o governo da
Ordem a Frei Pedro Cattani e, junto com 03 discípulos, vai morar na floresta.
Entre 15 de agosto e 29 de setembro de 1224, foi com frei Leão e frei Rufino, para o Monte Alverne, na
Toscana, para se prepararem, com jejum e oração, para a festa de São Miguel Arcanjo. É nesse período que
lhe aparecem os estigmas, fenômeno no qual apareceram no seu corpo as cicatrizes correspondentes às
cinco chagas do Cristo Crucificado que permaneceram nele até a sua morte, causando-lhe, muitas dores e
fraqueza.
Muito debilitado e com o estado de saúde se agravando, em agosto de 1226, Francisco pede para ser leva-
do à Porciúncula. Ao chegar, lança sua bênção sobre Assis e dita o Testamentov
.
Morreu na tarde de sábado do dia 03 de outubro de 1226, na Porciúncula com menos de 45 anos. No
dia seguinte, domingo, é enterrado na Igreja de São Jorge, passando, antes, o cortejo, pelo Mosteiro das
Clarissas. Após dois anos foi transportado, secretamente para a grande basílica, hoje denominada, de São
Francisco de Assis.
Em 16 de julho de 1228, foi canonizado pelo papa Gregório IX e, em 1979, foi proclamado o patrono dos
ecologistas pelo Papa João Paulo II. Seu dia é comemorando a cada 04 de outubro.
“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará
fazendo o impossível”
São Francisco de Assis
Notícia da coluna Notas Espíritas publicada no Jornal A MANHÃ (Rio de Janeiro) em 06/10/1949
Fonte: http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/
No domigo de nove de outubro de 2016, a turma da evangelização foi ao Parque Santana para comemorar
o Dia do Idoso e o Dia das Crianças. Vários voluntários trabalharam para que o evento fosse realizado e a
todos eles a equipe CH deixa registrado o seu agradecimento.
Comemoração do Dia do Idoso e do Dia das Crianças da Casa dos Humildes, realizada no
Parque de Santana
“A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela”.
“Não existe criança – nem uma só - que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento”.
“Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de
consolidar-se”.
“A criança é um capítulo especial no livro do seu dia-a-dia”.
(Frases extraídas do Livro SINAL VERDE, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier)
Necrópole [do grego nekrópolis] O mesmo que Cemitério.
Simonia [do latim simonia]
1. Comércio do que é sagrado ou espiritual. 2. Ato de cobrar pela
prática mediúnica. Não acontece no Espiritismo, em que os adep-
tos seguem a norma crística do “dar de graça o que de graça re-
cebe”.
Transcomunicação [do latim trans +
comunicatione]
Comunicação com desencarnados, realizada através de aparelhos
como mesas girantes, e de instrumentais eletrônicos como grava-
dor, rádio, televisão, computador.
Volitação [do latim volitare + -ção]
1. Esvoaçar; voejar; flutuar. 2. Capacidade de se deslocar, sob im-
pulso de sua própria vontade, que o Espírito desencarnado ou
desdobrado, com certo nível de adiantamento, possui.
Reencarnação e infância
A doutrina dos espíritos nos trouxe a certeza que estamos em constante evolução, eis a necessidade da
reencarnação, proporcionar a possibilidade de recomeçar, equiparando-nos a uma tábula rasa, tal qual a
proposição do filósofo John Locke. Cabendo aos pais a grande responsabilidade de guiar e educar a crian-
ça – um espírito imortal. Ressaltando-se que ao reencarnar, não perdemos o aprendizado das experiências
passadas, contudo o mesmo pode ficar adormecido no subconsciente, para que velhos padrões de compor-
tamento errôneos sejam substituídos por condutas corretas.
Por isso a infância tem papel crucial no desenvolvimento do espírito reencarnante, por ser um período de
ajustes, há uma facilidade maior de redirecionamento das más tendências. Desse modo, ao se chegar na
adolescência e o espírito despertar definitivamente em sua nova encarnação, poderá confrontar o aprendi-
zado de sua primeira infância com as tais más tendências que podem aflorar.
Daí a necessidade de empenho dos pais, afinal, sabendo-se que aquele pequenino ser que lhe está sob a
tutela tem uma bagagem - a qual pode envolver inclusive os pais, existe a possibilidade de já terem havido
desentendimentos, mágoas e rancores. Assim sendo, é preciso que o amor prepondere acima de qualquer
antipatia, permitindo que se construa uma educação baseada nos preceitos do evangelho do Cristo, pro-
porcionando o melhor recomeço àquele irmão que está se reunindo àquela família, buscando, do mesmo
modo que nós, superar-se e elevar-se. Que nossas crianças, nossos irmãos de caminhada encontrem o am-
paro necessário e que sejamos capazes de amá-los como a nós mesmos, almejando um dia conhecermos o
significado da expressão ‘amor incondicional’.
Umbral [do espanhol umbral] - 1. Limiar, entrada. 2. Conforme informa-
ção do Espírito André Luiz, uma das regiões inferiores do Mundo Espiri-
tual em que se agregam por sintonia mentes ainda em descompasso com
o bem.
É uma dimensão paralela, invisível aos nossos olhos que vai do solo ter-
restre até determinada região da atmosfera. É um espaço divisor entre o
plano terrestre e o plano mais evoluído.
Sua atmosfera é densa, pesada, e escura. Possui cavernas lúgubres e muitos abismos profundos onde, se
vislumbra espíritos com formas grosseiras que vivem presos a formas mentais violentamente deformadas.
A grande maioria vive chorando e se lastimando.
A pouca luz que ainda entra em determinados locais permite que sejam vistos a se arrastar, enlameados,
mal cheirosos, cobertos com roupas maltrapilhas e, em geral cheios de feridas e chagas que sangram con-
tinuamente.
No umbral também é possível encontrar verdadeiras cidades onde grupos de espíritos brutos (que em
geral criam uma hierarquia) dominam os mais fracos tornando-os escravos de seus exércitos na busca da
prática do mal. Agem como justiceiros e são bastante violentos e perversos. E mesmo que existam grupos
de espíritos que trabalhem para os chefes e se julguem livres, na verdade, estão tão escravos quanto aos
que supervisionam à mando dos chefes.
É preciso se ter em mente que o umbral não é um lugar de punições, para onde são enviados àqueles que
praticaram o mal, o que existe é a sintonia , ao se vibrar em uma sintonia de desajuste, de desequilíbrio
e de maldade durante a passagem pela matéria, ao se desprender da mesma, é lógico que se vá a um lugar
onde tais emanações predominem.
Segundo o Livro dos Espíritosi
, questão 1011: “Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e
ao gozo dos espíritos? Já respondemos a essa questão. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfei-
ção dos Espíritos. Cada um possui em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade, e como
eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito, nem fechado, não está destinado a um, antes que
a outro. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes, conforme o mundo que
eles habitem, mais ou menos avançado”. Ou seja, somos responsáveis pelos nossos atos e também pelas
nossas emanações mentais, permitindo a misericórida do Senhor que o livre arbítrio dirija nossos passos
para regiões felizes ou infelizes, a depender de nossa sintonia vibratória.
Entendendo-se então, a região umbralina, como uma região onde irá haver o esgotamento de resíduos
mentais deletérios, podendo-se citar como exemplo a vingança, o ódio, o orgulho, a soberba, a raiva, den-
tre outros que não condizem com o evangelho do Cristo. E como tudo que existe no plano espiritual é plas-
mado pelas mentes dos espíritos encarnados e desencarnados, pode-se depreender que várias mentes, ao
desejarem as mesmas coisas juntas têm uma maior capacidade de criarem uma paisagem, e a depender
dos pensamentos, tal paisagem será desoladora ou edificante.
Portanto, pode-se dizer a grosso modo que o umbral é reflexo dos pensamentos, desejos e vontades de
irmãos que optam por permanecer na ausência da luz, afinal o mal nada mais é que ausência da luz. E per-
manece-se nele até que haja o despertar do espírito para a necessidade de mudança.
Quando esse despertar ocorre, esses irmãos tornam-se susceptíveis de serem auxiliados pelas equipes de
Samaritanos, que são trabalhadores de equipes socorristas, sendo então acolhidos, alimentados, realizam
seu asseio e recebem então a orientação desses trabalha-
dores da luz. Existindo postos de recuperação próximos à
essas zonas de sofrimento, tal qual foi relatado no livro
Obreiros da Vida Eterna.
Quanto ao tratamento de recuperação desses irmãos
pode durar dias, ou meses, salientando-se que esses ir-
mãos continuarão dotados de seu livre arbítrio, ou seja,
caso desejem, podem retornar ao umbral, ou seguirem
para uma Colônia.
Assim sendo, ao se estudar consegue-se entender que
cada qual cria seu paraíso, ou o seu inferno particular,
logo, para poder manter-se elevado o homem deve buscar
orar e vigiar, para poder ser inspirado pelos bons espíri-
tos que assistem a humanidade. Trazendo para nós a res-
ponsabilidade na construção de lugares como o umbral, e
relembrando a urgência da reforma íntima e do constan-
te estado de prece, lembrando-nos de também orar por
esses irmãos que se encontram temporariamente afastados do caminho da luz, para que tal qual o filho
pródigo, retornem logo aos braços do Criador.
___________________________________________________________________
i
Livro dos Espíritos - 87ª edição.
Vista da cidade de Assis Capelinha de Nossa Senhora dos Anjos, no interior da Porciúncula
Castelo Rocca Maggiori
Igreja de São Damião (acima) e cruz de
São Damião (abaixo)
Interior da Igreja de São Damião
Mapa da região da Peruggia Monte Alverne
Hábito de São Francisco
Casa de Francisco
Cripta de São Franciso
Basílica de São Francisco de Assis (acima) e
seu interior (abaixo)
Arquibasílica Papal de São João de Latrão
Bibliografia do Pentateuco
05 livros fundamentais na Doutrina Espírita
Por Allan Kardec
De Mauricio de Sousa, Luis Hu Rivas, Ala Mitchell e Emy T. Y. Acosta.
Editora Boa Nova.
Será possível que tenhamos vivido em outras épocas? Nossos gos-
tos e medos teriam origem em outras vidas?
E os nossos amores... poderiam ter começado no passado?
Imagine como seria legal descobrir todos esses mistérios e saber
que tudo no universo tem um início, uma causa.
Magali em Outras Vidas traz uma narrativa romântica e muito en-
graçada.
Uma viagem pelo tempo, mostrando que o amor é a maior força
do universo.
De Etna Lacerda. Da FEB Editora.
Livro indicado para aulas com a temática de Francisco de Assis e de Fran-
cisco Cândido Xavier.
Este livro conta a estória de um Francisco que nasceu na Itália e de um
Francisco que nasceu no Brasil.
Os dois Franciscos tinham muito amor, bondade e paciência e se revela-
ram fiéis seguidores dos ensinos de Jesus.
Associação Espírita Casa dos Humildes
www.casadoshumildes.com
Bruno Tavares Expositor Espírita
www.blogdobrunotavares.wordpress.com
http://www.portalkardec.com.br/
http://www.franciscanos.org.br/?page_id=1137
http://radioboanova.com.br/editorial/o-verdadeiro-significado-umbral/
www.verdadeluz.com.br/umbral-existe-sob-a-visao-espirita/
www.pingosdeluz.com.br/estudos/umbral.asp
www.vidaaposamorte.com.br/o-que-e-o-umbral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Umbral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis
www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/a-vida-no-umbral
http://blog.meulivroespirita.com.br/
http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-francisco-de-assis/139/102/#c
http://www.franciscanos.org.br/?page_id=1137
http://pensador.uol.com.br/autor/sao_francisco_de_assis/biografia/
www.angelfire.com/ar2/jcarthur/sfco.htm
http://escolafranciscanademeditacao.blogspot.com.br/2013/08/a-prisao-do-jovem-francisco-quandojovem.html
http://www.treccani.it/enciclopedia/legenda-trium-sociorum/
http://paletar.blogspot.com.br/2014/12/assis-italia.html
http://capuchinhosprsc.org.br/santos-capuchinhos-2/santa-maria-dos-anjos-da-porciuncula-02
http://www.ceismael.com.br/tema/cinquenta-perguntas-nosso-lar.htm
CONTATO
Rua Henrique Machado, nº 110
Casa Forte - Recife/PE
(81) 3268-3954
casadoshumildes.com
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chnoticias@yahoo.com.br
EXPEDIENTE
CH Notícias
Nº 16 – Circulação mensal
Distribuição on-line
Recife-PE, 12/Outubro/2016
Presidente: Albonize de França.
Vice-Presidente: Rosa Carneiro.
Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares.
Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho.
Edição: Bruno Tavares, Julio Rêgo,
	 Mônica Porto e Aline Jordão.	
Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti.
ATIVIDADES
ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA
Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. 1º e 3º Domingo de cada mês – 8 h.
Evangelização Infanto-Juvenil
Habilidades na área de educação e de ativi-
dades lúdicas. Boa interação com crianças
e jovens.
Domingo – 16 h.
Passes e vibração Ter feito o curso de passes.
Segundas antes das reuniões
públicas;
Terças, Quartas e Sextas após as reuniões;
Domingos antes e depois das reuniões.
Recepção e atendimento fraterno
Ter feito o curso de passes e ser doutrina-
dor.
Segunda e Quarta – 19 h;
Domingo – 16 h.
Assistência a gestantes
Querer compartilhar saberes e acolher o
próximo.
Quarta – 13 h 30 min e
Um Domingo no mês.
Trabalho mediúnico e doutrinário
Ter feito todos os cursos
básicos e o de passes.
Segunda e Quarta – 19 h 45 min;
Domingo – 16 h
Instrutor e dirigente de reunião
Ter feito os cursos básicos e de passes. Para
instrutor, experiência e comunicação.
Nos dias de curso e de reunião no auditó-
rio.
Assistência às vovozinhas da Casa
dos Humildes
Formação na área da saúde. Para lazer,
nenhum requisito.
De acordo com a disponibilidade.
Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas.
TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.
CURSOS
Segunda-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Curso de Passe
Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM
Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade
Terça-feira
(a cada 15 dias)
19 h 45 min
EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
Quarta-feira 19 h 45 min
Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo
Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação
Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação
REUNIÕES PÚBLICAS
Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual.
Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”.
Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais.
Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão.
Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa.
Sexta-feira
19 h 30
Reunião Pública de Estudos Espíritas:
1ª Sexta do mês: André Luiz > Estudando também Chico Xavier;
2ª Sexta: Emmanuel > Estudando também Amélia Rodrigues;
3ª sexta: Joanna de Ângelis > Estudando também Divaldo Franco;
4ª sexta: Bezerra de Menezes > Estudando também Herculano Pires.
Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita.
Domingo 16h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

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Espiritismo - Edição n. 16 do CH Noticias - Outubro/2016

  • 1. Recife, Outubro de 2016 - Ano II - nº 16 CH Notícias Recife, Outubro de 2016 - Ano II - nº 16 CH Notícias Leia todas as edições do CH Notícias no Blog: blogchnoticias.blogspot.com.br PRECE DA CRIANÇA QUE AINDA NÃO NASCEU Emmanuel Mãe querida!... Sustenta-me agora para que eu te sustente depois. Não me expulses, nem me desprezes. Venho ao encontro de tuas esperanças. Junto de ti, estou na condição de anseio de teu anseio e de alma de tua alma. Hoje, sou apenas flor, sonho, pensamento... Amanhã, serei a tua própria realização. Resguarda-me com amor para que a confiança não me abandone. Protege-me contra o desequilíbrio! Cultiva as idéias positivas do bem para que não me falte segurança contra o mal. Guarda-me no colo, em nome de Deus, para que a luz da fé em Deus se mantenha acesa dentro de mim. Tenho tanta necessidade de ti, quanto a semente precisa da terra para germinar e viver... Dá-me a tua bondade e dar-te-ei a mim mesmo. De ti depende que eu possa estar amanhã, entre os homens, a fim de cooperar na construção do Mundo Melhor. Me aceita, mãezinha!... (Do livro Seara de Fé, psicografado por Francisco Cândido Xavier)
  • 2. MICROCEFALIA E ABORTO Aline Etiene de Arruda Jordão Mais uma vez volta à tona o assunto do aborto no Brasil. Desta vez, por causa do crescente número de crianças com microcefalia em diversos estados. Pelo Código Penal Brasileiro, só há duas hipóteses para que o aborto, praticado pelo médico, não seja punido: a) se não há outro meio de salvar a vida da gestante; e b) se a gravidez resulta de estupro e há o consentimento da gestante ou do seu representante legal. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente a ADPFi 54, liberando a interrupção da gravidez de feto com má formação do cérebro (anencéfalo), cabendo à mulher decidir pela interrup- ção ou não. No Brasil a prática de aborto é crime previsto nos artigos 124 a 126 do Código Penal Brasileiroii , inclusive o aborto de feto com microcefalia, pois o direito à vida está amparado na Constituição Federal Brasileiraiii Cabe esclarecer a diferença entre anencefalia e microcefalia: a anencefalia é a ausência do cérebro ou a falta de uma parte dele, o que impossibilita a vida pós uterina. Geralmente o bebê não sobrevive após o parto (natimorto), ou viverá apenas algumas horas. Já a microcefalia se caracteriza por ser uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento. O bebê terá vida pós uterina, com muitas limitações e atrasos, mas sobreviverá ao parto e se desenvolverá. Sabendo-se que o Brasil é um Estado laicoiv , contudo, cabe uma reflexão sobre os fundamentos do aborto e suas consequências, principalmente pelos espíritas, que acreditam na preexistência do espírito ao corpo, na reencarnação e na Lei de causa e efeito. A doutrina espírita ensina que a origem da inteligência e das emoções estão no espírito, e não no corpo. A mente é espiritual, o cérebro é tão somente o órgão físico que a mente comanda. Desta forma, mesmo o anencéfalo, que possui uma má formação do cérebro, possui mente. Os espíritas sabem que a união entre a alma e o corpo começa com a concepção, mas se completa por ocasião do nascimento , pois, no intervalo entre a concepção ao nascimentov , não goza o Espírito de todas as suas faculdades. Eles as possuem mais ou menos, conforme o ponto, em que se ache, dessa fase, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, começa o Espírito a ser tomado de perturbação, que cresce de contínuo até ao nascimento. Nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado durante o sonovi . O feto não tem ainda uma alma, pois encontra-se ainda fora do corpo, apenas ligado a este por laços fluídicos. A reencarnação está ainda em via de operar-se. Ocorrendo o aborto, como consequência, anula-se a chance do espírito reencarnar e ele terá que recomeçar, passando por outro planejamento no plano espiritual. Pergunta-se: apesar de ainda não estar completa sua ligação ao corpo em gestação haverá crime em interromper a gravidez? Respondem os espíritos que “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma _______________________________________________________________________________________________________ i ADPF: Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, regulamentado pela Lei nº 9.882/1999. Tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito funda- mental, resultante de ato do Poder Público. Cabe também quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. ii Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848 de 07/12/1940): Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos. Aborto provocado por terceiro Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos. Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de um a quatro anos. iii Constituição Federal Brasileira: Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) iv País neutro no campo religioso. Tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião. v Questão 344 de O Livro dos Espíritos vi Questão 351 de O Livro dos Espíritos
  • 3. alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formandovii ”. Voltando ao caso dos bebês com microcefalia. Os espíritas sabem que uma pessoa portadora de microce- falia, que vem com inúmeras limitações físicas, está sofrendo, provavelmente, a divina Lei da semeadura e da colheita, também chamada de Lei de causa e efeito. Seja por provação, se solicitada, ou por expiação, quando imposta, a experiência corpórea é a oportuni- dade dada por Deus de reparar as culpas pretéritas, mesmo aqueles cujo corpo possui limitações físicas ou intelectuais. É possível ainda que a prova ou a expiação também se estenda a um dos pais ou a ambos, que de algu- ma forma contribuíram para os erros passados do espírito reencarnante. Por exemplo: supondo que uma pessoa tenha cometido suicídio, jogando-se de um penhasco e teve sua cabeça esfacelada. Supondo ainda que um dos pais, ou os dois, tenham concorrido para que essa pessoa tenha se suicidado noutra existência: levando-o à ruína econômica, proibindo a união com o ser amado, etc. Todos esses envolvidos devem res- gatar o cometimento do suicídio, que é contrário à Lei de Deus: tanto o suicida, como os responsáveis para que o suicídio tenha ocorrido. Se a reencarnação é a oportunidade de reparar os erros, o aborto anula essa oportunidade. Ainda que no Brasil seja aprovada uma Lei ou haja uma Decisão Judicial permitindo o aborto de crianças com microcefa- lia, cabe às mulheres (e homens) espíritas que tem consciência das Leis Divinas, Eternas e Imutáveis, não fazer uso desse recurso. Da mesma forma, uma gestação de criança anencéfala não ocorre por acaso. A Lei de causa e efeito está sendo aplicada aos pais ou ao bebê, ainda que este não sobreviva ao parto. Voltando ao caso dos bebês com microcefalia. Os espíritas sabem que uma pessoa portadora de microce- falia, que vem com inúmeras limitações físicas, está sofrendo, provavelmente, a divina Lei da semeadura e da colheita, também chamada de Lei de causa e efeito. Seja por provação, se solicitada, ou por expiação, quando imposta, a experiência corpórea é a oportunida- de dada por Deus de reparar as culpas pretéritas, mesmo aqueles cujo corpo possui limitações físicas ou intelectuais. É muito justo termos piedade das crianças com microcefalia. É uma prova muito pesada para tais crianças e para seus pais. Por isso muitos não aguentam e entregam as crianças para adoção. Ou, o que ocorre com frequência, os pais se separam deixando com as mães a tarefa de criar sozinhas o filho. Por esse motivo, a sociedade e o estado devem apoiar as famílias, sem preconceitos, recebendo essas crianças com muito amor e respeito, e dando a elas oportunidade de se desenvolverem. Aos pais que não suportarem a prova, não devemos julgá-los. A decisão cabe a cada um e às suas consci- ências. Contudo, a entrega da criança ao poder público, possibilitando a adoção, é preferível ao aborto. O aborto pode gerar posteriormente um grande remorso por parte de quem o faz e, não raro, ocasionar casos graves de obsessão por parte do espírito que foi impedido de reencarnar. É confortante saber que muitos pais e mães que recebem em suas vidas uma criança especial, seja ela portadora de Síndrome de Down, Autismo ou Microcefalia, por exemplo, cujos cuidados requerem muita paciência, muitas terapias e, além disso, enfrentam muito preconceito, amam muito seus filhos a ponto de dizer: “Não sei o que seria da minha vida sem meu filho. Ele me ensina muito. Cresci muito convivendo com ele”. Sei bem o que é isso. Sou mãe de uma criança autista. Fiquem com Deus. ______________________________________________________________________________________ vii Questão 358 de O Livro dos Espíritos
  • 4. PAX ET BONUM! GIOVANNI DI PIETRO DI BERNARDONE, nasceu em Assis, na região da Umbria, pro- víncia de Perugia na Itália, em 05 de julho de 1182. Era filho de Pietro di Bernadone dei Moricone, rico e próspero comerciante de tecidos e de Pica Boutlemont, jovem e bondosa senhora de família nobre da cidade de Provença (França). Faziam parte da burguesia da cidade. Recebeu, desde cedo por influência do pai, uma educação totalmente voltada para o comércio. Era inteli- gente e manejava os negócios com determinação e dedicação. Era o sucessor que o pai esperava ver, em breve, assumindo a loja. Foi batizado com o nome de João (Giovanni), por escolha da mãe, em Santa Maria Maior, antiga Catedral de São Rufino construída em homenagem ao mártir padroeiro de Assis (Rufino). Porém, seu pai, ao voltar de uma viagem à França, mudou de ideia e passou a chamá-lo de Francisco (“francês” em italiano) como forma de homenagem aquela cidade. Como a mãe era francesa, suas primeiras palavras foram marcadas por esse idioma o que ficou gravado, pra sempre, em seu coração. Segundo Tomás de Celanoi “quando manifesta a sua alegria, canta na doce língua dos trovadores da cavalheiresca Provença”. Francisco era um adolescente muito alegre mas levava uma vida frívola, mundana, desregrada e cheia de ostentação o que muito preocupava a mãe. Era boêmio e gostava de festas, de noitadas e diversão, de mú- sicas e de cantar serenatas para as jovens da sua cidade. Tinha dinheiro para gastar sem preocupação. Era muito popular e um líder nato entre os colegas. Não se interessava pelos estudos e, muito menos, pelos negócios do pai. Era muito irrequieto para querer se acomodar com coisas tão tediosas. Indisciplinado e extravagante só se preocupava com roupas da moda, bebidas e aventuras. Foi educado pelos padres de São Jorge, porém a formação cristã e o caráter cordato foram adquiridos atra- vés dos ensinamentos da meiga mãe, católica praticante e totalmente dedicada à família. Francisco, entretanto tinha uma grande paixão: Histórias de cavalarias. Era a época das Cruzadas. E, seu sonho, era ganhar fama, tornar-se cavaleiro e herói. Queria bem mais do que a fortuna que já possuía. Am- bicionava também por um título de nobreza. Nessa época era comum ocorrerem guerras entre os senhores feudais (“maiores”) e as emergentes comu- nas (“minores”). Era o início da passagem do sistema feudal para o sistema burguês. É assim que, aos vinte anos de idade (1202), alista-se, então, como soldado, na guerra entre a comuna de Assis e os senhores feu- dais de Peruggia - cidade vizinha e mais poderosa. Em Collestrada, um lugarejo entre as duas cidades, os dois exércitos se enfrentam e Perugia vence em uma tarde de inverno. Muitos do exército de Assis foram capturados e presos. Com eles estava Francisco que ficou, por cerca de um ano, em um calabouço gélido, escuro e imundo, à espera de um resgate que só se deu porque ele estava, tão gravemente doente, (provavelmente por ter adquirido tuberculose ou malária), que poderia morrer muito brevemente. Já liberto, mas enfraquecido pela doença, passa a ter febres constantes, durante todo o ano de 1204. Como consequência, pelo resto da vida fica com sequelas na visão e no aparelho digestivo. Ao voltar para Assis, retorna à antiga vida de festas, divertimentos e de trabalhos na loja do pai. Apesar de tudo que passou e sofreu, Francisco não desistiu de seu ideal. Por convite do Conde Gentile de Assis que estava organizando um exército para ajudar o Papa Inocêncio III na defesa dos interesses da Igreja; pelo incentivo do pai, que viu aí a oportunidade tão ansiada de enobrecer a família, e, atendendo ao cha- mado que lhe fora feito num sonho, volta a se alistar, em 1205, engajando-se na luta contra Frederico IIii . Nessa época havia uma eterna guerra de interesses entre a força civil do Sacro Império e o chefe espiritual. A cidade de Assis tinha uma posição geográfica importante. Situada no entroncamento Alemanha-Roma _____________________________________________________________________________________ i Tomás de Celano foi um frade católico medieval da Ordem dos Franciscanos, um poeta e também um escritor, sendo autor de três obras de cariz biográfico sobre São Francisco de Assis. ii Frederico II foi Imperador Romano-Germânico e Rei da Itália de 1220 até sua morte.
  • 5. e sendo importante centro comercial, era muito ambicionada e estava, constantemente, mudando de lado. Na sua fortaleza (Rocca Maggiore), às vezes tremulava a bandeira do papa e, outras vezes, a do Imperador. No sonho que teve, alguém o chamava pelo nome e o levava a um palácio onde vivia uma donzela e que estava repleto de armas e de diversos apetrechos de guerra. Quando pergunta, à voz, a quem pertenceria àquelas armas e o palácio, esta lhe responde: “É tudo seu e de seus soldados”. Animado e na certeza da vitória, parte confiante, para o combate. Mas Deus tinha outros planos... Antes de partir, entrega de presente, a um amigo, os trajes e a armadura que havia mandado preparar para si. Durante o trajeto, fizeram uma parada para descanso, na cidade de Espoleto. Aí, Francisco volta a ter febre intensa impedindo-o de seguir viagem. É, quando então, tem outro sonho (ou visão). Desta feita a voz lhe pergunta (segundo versão da Legenda trium sociorum): “Quem te pode ser de mais proveito? O senhor ou o servo?” Francisco responde: “Servir ao Senhor, é claro”. A voz torna a lhe falar: “Então porque deixas o senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo?”. Francisco questiona: “Que queres que eu faça?” A voz replica: “Volta para tua terra, e ali te será dito o que haverás de fazer, pois deves entender de outro modo, a visão que tiveste”. Obediente, retorna para Assis e para sua vida de festas, alegrias e diversão. Entretanto, desde o período que ficou preso, algo havia mudado e Francisco não era mais o mesmo. A hu- milhação e o sofrimento que passou na prisão o levaram a pensar, a rezar e a meditar com mais frequência. Ainda sonhava com a glória das armas dos campos de batalha e com a nobreza, mas já não sentia tanta emoção nas farras passando a mostrar desinteresse pelas aventuras do antigo modo de vida. Era o início da conversão. Os amigos, estranhando aquela situação tentaram dissuadi-lo daquela estranha ideia elegendo-o, no meio de um festejo folclórico típico o “rei da juventude”, mas, em vez de se alegrar e escolher uma jovem para casar e constituir uma família retira-se, juntamente com um amigo, para uma caverna para meditar e tentar descobrir o que realmente estava lhe acontecendo. Sentia-se diferente, vazio e insatisfeito. Não sabia o por- quê e nem como deveria agir. Mas tinha uma certeza: algo o chamava e que seu futuro seria de mudanças. Foi uma fase de hesitação com muitos pesadelos. Tinha arroubos de devoção, o desejo de obter o tesouro da sabedoria e de iniciar na vida religiosa. Era mais uma vez o chamado Divino convidando-o ao serviço. Aos poucos seu coração foi mudando e sentindo necessidade de vender seus bens e se desfazer de tudo que possuía em prol dos pobres e necessitados. Desafiou a fúria do seu pai que não entendia e nem aceitava aquele absurdo. Francisco nem assim esmoreceu dando prova do caráter e da vontade de servir a Deus. Passou a percorrer os campos nos arredores a procura de lugares tranquilos para meditar e encontrar as respostas para todas as suas dúvidas. Certo dia, numa dessas caminhadas encontrou um leproso. Fazia muito frio e o leproso vestia apenas trapos. Vencendo a repulsa, aproxima-se dele, cobre-o com o próprio manto, abraça-o e beija-o chorando emocionadamente. A partir desse dia, passou a fazer visita aos doentes nos hospitais e aos pobres a quem fazia doação de suas próprias roupas e do dinheiro que tivesse no bolso. A família e os amigos continuavam preocupados achando que Francisco estaria ficando louco. Seu pai não se conformava com o silêncio constante do filho forçando-o a trabalhar, cada vez mais, no seu estabeleci- mento comercial. Francisco precisava reagir e voltar a ser o alegre jovem de antes. No campo, fora das portas da cidade ficava a pequena e mal conservada Igreja de São Damião onde Fran- cisco costumava ir para, em solidão, poder orar. Era seu lugar preferido para contemplação. Certo dia, em 1206, com 25 anos de idade, ao rezar aos pés do crucifixo, sentiu que este falava com ele repetindo, por três vezes: “Francisco, repara minha casa, pois olha que está em ruinas”. Sem hesitar foi para casa, vendeu tudo o que tinha e, indo à loja do pai, pega alguns tecidos caros e os vende a baixos preços. O dinheiro arrecadado é entregue ao padre da Igreja de São Damião para usá-lo na reforma. Francisco pede, ainda, permissão para viver com ele. Queria sair de casa. O pai, indignado e enfurecido, vai buscá-lo, leva-o para casa, lhe dá uma pisa e acorrenta-o pelos pés. Sua mãe, entretanto, na ausência do marido, o liberta e ele, vai buscar refúgio e proteção junto ao Bispo. Pedro Bernardone, o segue e o ameaça de que se não voltasse para casa seria deserdado. Entretanto, cien- te de que não conseguiria mudar a situação e ter o filho de volta, numa última tentativa, recorre ao Bispo
  • 6. instaurando um julgamento em plena praça comunal da cidade de Assis sob o olhar de todos aqueles que o conheciam tão bem, amigos e familiares, acusando-o de dissipador de um dinheiro que não era dele e de exigir pagamento pelos tecidos retirado, sem licença, de sua loja. Francisco corajosamente diz ao pai que renuncia a tudo e, até a roupa que usava, ele tira e coloca aos pés de seu pai e exclamo: “Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro Pai, senão o Pai Celeste”. Seu pai o repudia e o de- serda e ele parte assim, completamente nu, para a vida que escolhera. Com esse gesto obtém do Bispo, que o cobre com seu manto, reconhecimento e proteção pelo resto da vida. A partir de então, afastando-se dos familiares e dos amigos, fez votos de pobreza entregando-se a serviço de Deus, dos necessitados e da reconstrução das capelas nas cercanias da cidade. Passou a percorrer as ruas da cidade pedindo ajuda para que as pessoas contribuíssem com pedras e tra- balho na reconstrução das “Casas de Deus”. Alguns contribuíam. Outros, entretanto além de nada darem, zombavam dele e o chamavam de louco. Francisco às vezes fraquejava, mas, seu ideal era mais forte e assim, saia vitorioso prosseguindo com sua vocação. Em 1204 fundou a “Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis” e se instala, junto com seus seguidores, em cabanas nas montanhas em torno da Igrejinha de Porciúncula (conhecida também como Santa Maria dos Anjos) passando a viver das doações que angariavam. Esta foi a última Igrejinha que ajudou a reconstruir e que passou a ser o berço da Ordem. Já pensava o que iria fazer a partir de então quando, ao ouvir o evangelho, du- rante uma missa, compreendeu que sua real missão era a de restaurar a verda- deira “Igreja de Deus”, abalada pelas heresias e pelas brigas de poder dos seus líderes. Cheio de emoção passou a viver e pregar, até a sua morte, o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1209/1210, Francisco segue para Roma, juntamente com seus doze com- panheiros, para falar com o Papa Inocêncio III e pedir aprovação pelo modo de vida que adotara. Por providência Divina, também lá se encontrava o Bispo de Assis, o mesmo que já o havia amparado, que novamente o auxilia, conseguin- do que o Papa os atendesse. O Papa fica maravilhado com as palavras e a determinação de Francisco. Re- conhece nele a figura do homem que vira em sonho sustentando as colunas da Igreja Latrãoiii que estava ameaçada de ruir. Entende que foi o próprio Deus que inspirou Francisco a viver radicalmente o evangelho trazendo vida nova para a Igreja tão desgastada e distanciada dos ensinamentos de Jesus. Entretanto fica relutante com o rigor das regras mas é convencido e termina por abençoar Francis- co e seus seguidores autorizando-os a pregar o Evangelho, com simplicidade, dentro e fora das Igrejas por onde passassem. Assim teve início a Ordem dos Frades Menores (OFM) tendo como sede a Capela de Porciúncula de Santa Maria dos Anjos onde praticavam a penitência, meditação em estado constante de oração. Só Saiam para fazer mendicância nas ruas de Assis. Muitos foram se juntando a Francisco e logo um convento é aberto em Bologna. Além dos muitos seguidores, já espalhados por diversas partes da Itália, Francisco também conquista a jovem Clara, de 17 anos, filha de um conde que decide como os outros, abandonar tudo para seguir os mesmos caminhos de seu “guia e pai espiritual” e do Evangelho de Jesus Cristo. Em 1212 fundaram, juntos a primeira comunidade das Clarissasiv ou “Ordem Segunda dos Franciscanos”, com base nas mesmas regras de pobreza e penitência. No ano de 1215, a “ordem dos Franciscanos” é reconhecida pelo Concílio de Latrão. No ano de 1217 o movimento já era tão grande que se torna necessário a criação de províncias. Em 1919 inicia uma peregrinação ao Oriente Médio para visitar a Terra Santa e tentar converter os “infiéis” não obtendo nenhum sucesso. _____________________________________________________________________________________ iii Igreja de Latrão é a Igreja- mãe de todas as Igrejas do mundo iv Ver a Biografia de Santa Clara no CH Notícias Edição julho/2016
  • 7. Ao retornar para a Itália apresenta, em 1221 uma versão revista das regras onde reiterava a pobreza, a hu- mildade e a liberdade evangélica. Entretanto, o papa Honório III só aprova a regra de uma forma mais bran- da para a Ordem. Triste, desgostoso e decepcionado, Francisco renuncia à liderança e entrega o governo da Ordem a Frei Pedro Cattani e, junto com 03 discípulos, vai morar na floresta. Entre 15 de agosto e 29 de setembro de 1224, foi com frei Leão e frei Rufino, para o Monte Alverne, na Toscana, para se prepararem, com jejum e oração, para a festa de São Miguel Arcanjo. É nesse período que lhe aparecem os estigmas, fenômeno no qual apareceram no seu corpo as cicatrizes correspondentes às cinco chagas do Cristo Crucificado que permaneceram nele até a sua morte, causando-lhe, muitas dores e fraqueza. Muito debilitado e com o estado de saúde se agravando, em agosto de 1226, Francisco pede para ser leva- do à Porciúncula. Ao chegar, lança sua bênção sobre Assis e dita o Testamentov . Morreu na tarde de sábado do dia 03 de outubro de 1226, na Porciúncula com menos de 45 anos. No dia seguinte, domingo, é enterrado na Igreja de São Jorge, passando, antes, o cortejo, pelo Mosteiro das Clarissas. Após dois anos foi transportado, secretamente para a grande basílica, hoje denominada, de São Francisco de Assis. Em 16 de julho de 1228, foi canonizado pelo papa Gregório IX e, em 1979, foi proclamado o patrono dos ecologistas pelo Papa João Paulo II. Seu dia é comemorando a cada 04 de outubro. “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível” São Francisco de Assis
  • 8. Notícia da coluna Notas Espíritas publicada no Jornal A MANHÃ (Rio de Janeiro) em 06/10/1949 Fonte: http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/
  • 9. No domigo de nove de outubro de 2016, a turma da evangelização foi ao Parque Santana para comemorar o Dia do Idoso e o Dia das Crianças. Vários voluntários trabalharam para que o evento fosse realizado e a todos eles a equipe CH deixa registrado o seu agradecimento. Comemoração do Dia do Idoso e do Dia das Crianças da Casa dos Humildes, realizada no Parque de Santana
  • 10. “A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela”. “Não existe criança – nem uma só - que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento”. “Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno a fim de consolidar-se”. “A criança é um capítulo especial no livro do seu dia-a-dia”. (Frases extraídas do Livro SINAL VERDE, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier)
  • 11. Necrópole [do grego nekrópolis] O mesmo que Cemitério. Simonia [do latim simonia] 1. Comércio do que é sagrado ou espiritual. 2. Ato de cobrar pela prática mediúnica. Não acontece no Espiritismo, em que os adep- tos seguem a norma crística do “dar de graça o que de graça re- cebe”. Transcomunicação [do latim trans + comunicatione] Comunicação com desencarnados, realizada através de aparelhos como mesas girantes, e de instrumentais eletrônicos como grava- dor, rádio, televisão, computador. Volitação [do latim volitare + -ção] 1. Esvoaçar; voejar; flutuar. 2. Capacidade de se deslocar, sob im- pulso de sua própria vontade, que o Espírito desencarnado ou desdobrado, com certo nível de adiantamento, possui.
  • 12. Reencarnação e infância A doutrina dos espíritos nos trouxe a certeza que estamos em constante evolução, eis a necessidade da reencarnação, proporcionar a possibilidade de recomeçar, equiparando-nos a uma tábula rasa, tal qual a proposição do filósofo John Locke. Cabendo aos pais a grande responsabilidade de guiar e educar a crian- ça – um espírito imortal. Ressaltando-se que ao reencarnar, não perdemos o aprendizado das experiências passadas, contudo o mesmo pode ficar adormecido no subconsciente, para que velhos padrões de compor- tamento errôneos sejam substituídos por condutas corretas. Por isso a infância tem papel crucial no desenvolvimento do espírito reencarnante, por ser um período de ajustes, há uma facilidade maior de redirecionamento das más tendências. Desse modo, ao se chegar na adolescência e o espírito despertar definitivamente em sua nova encarnação, poderá confrontar o aprendi- zado de sua primeira infância com as tais más tendências que podem aflorar. Daí a necessidade de empenho dos pais, afinal, sabendo-se que aquele pequenino ser que lhe está sob a tutela tem uma bagagem - a qual pode envolver inclusive os pais, existe a possibilidade de já terem havido desentendimentos, mágoas e rancores. Assim sendo, é preciso que o amor prepondere acima de qualquer antipatia, permitindo que se construa uma educação baseada nos preceitos do evangelho do Cristo, pro- porcionando o melhor recomeço àquele irmão que está se reunindo àquela família, buscando, do mesmo modo que nós, superar-se e elevar-se. Que nossas crianças, nossos irmãos de caminhada encontrem o am- paro necessário e que sejamos capazes de amá-los como a nós mesmos, almejando um dia conhecermos o significado da expressão ‘amor incondicional’. Umbral [do espanhol umbral] - 1. Limiar, entrada. 2. Conforme informa- ção do Espírito André Luiz, uma das regiões inferiores do Mundo Espiri- tual em que se agregam por sintonia mentes ainda em descompasso com o bem. É uma dimensão paralela, invisível aos nossos olhos que vai do solo ter- restre até determinada região da atmosfera. É um espaço divisor entre o plano terrestre e o plano mais evoluído. Sua atmosfera é densa, pesada, e escura. Possui cavernas lúgubres e muitos abismos profundos onde, se vislumbra espíritos com formas grosseiras que vivem presos a formas mentais violentamente deformadas. A grande maioria vive chorando e se lastimando. A pouca luz que ainda entra em determinados locais permite que sejam vistos a se arrastar, enlameados, mal cheirosos, cobertos com roupas maltrapilhas e, em geral cheios de feridas e chagas que sangram con- tinuamente. No umbral também é possível encontrar verdadeiras cidades onde grupos de espíritos brutos (que em geral criam uma hierarquia) dominam os mais fracos tornando-os escravos de seus exércitos na busca da prática do mal. Agem como justiceiros e são bastante violentos e perversos. E mesmo que existam grupos de espíritos que trabalhem para os chefes e se julguem livres, na verdade, estão tão escravos quanto aos que supervisionam à mando dos chefes. É preciso se ter em mente que o umbral não é um lugar de punições, para onde são enviados àqueles que praticaram o mal, o que existe é a sintonia , ao se vibrar em uma sintonia de desajuste, de desequilíbrio
  • 13. e de maldade durante a passagem pela matéria, ao se desprender da mesma, é lógico que se vá a um lugar onde tais emanações predominem. Segundo o Livro dos Espíritosi , questão 1011: “Um lugar circunscrito no Universo está destinado às penas e ao gozo dos espíritos? Já respondemos a essa questão. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfei- ção dos Espíritos. Cada um possui em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade, e como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito, nem fechado, não está destinado a um, antes que a outro. Quanto aos Espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes, conforme o mundo que eles habitem, mais ou menos avançado”. Ou seja, somos responsáveis pelos nossos atos e também pelas nossas emanações mentais, permitindo a misericórida do Senhor que o livre arbítrio dirija nossos passos para regiões felizes ou infelizes, a depender de nossa sintonia vibratória. Entendendo-se então, a região umbralina, como uma região onde irá haver o esgotamento de resíduos mentais deletérios, podendo-se citar como exemplo a vingança, o ódio, o orgulho, a soberba, a raiva, den- tre outros que não condizem com o evangelho do Cristo. E como tudo que existe no plano espiritual é plas- mado pelas mentes dos espíritos encarnados e desencarnados, pode-se depreender que várias mentes, ao desejarem as mesmas coisas juntas têm uma maior capacidade de criarem uma paisagem, e a depender dos pensamentos, tal paisagem será desoladora ou edificante. Portanto, pode-se dizer a grosso modo que o umbral é reflexo dos pensamentos, desejos e vontades de irmãos que optam por permanecer na ausência da luz, afinal o mal nada mais é que ausência da luz. E per- manece-se nele até que haja o despertar do espírito para a necessidade de mudança. Quando esse despertar ocorre, esses irmãos tornam-se susceptíveis de serem auxiliados pelas equipes de Samaritanos, que são trabalhadores de equipes socorristas, sendo então acolhidos, alimentados, realizam seu asseio e recebem então a orientação desses trabalha- dores da luz. Existindo postos de recuperação próximos à essas zonas de sofrimento, tal qual foi relatado no livro Obreiros da Vida Eterna. Quanto ao tratamento de recuperação desses irmãos pode durar dias, ou meses, salientando-se que esses ir- mãos continuarão dotados de seu livre arbítrio, ou seja, caso desejem, podem retornar ao umbral, ou seguirem para uma Colônia. Assim sendo, ao se estudar consegue-se entender que cada qual cria seu paraíso, ou o seu inferno particular, logo, para poder manter-se elevado o homem deve buscar orar e vigiar, para poder ser inspirado pelos bons espíri- tos que assistem a humanidade. Trazendo para nós a res- ponsabilidade na construção de lugares como o umbral, e relembrando a urgência da reforma íntima e do constan- te estado de prece, lembrando-nos de também orar por esses irmãos que se encontram temporariamente afastados do caminho da luz, para que tal qual o filho pródigo, retornem logo aos braços do Criador. ___________________________________________________________________ i Livro dos Espíritos - 87ª edição.
  • 14. Vista da cidade de Assis Capelinha de Nossa Senhora dos Anjos, no interior da Porciúncula Castelo Rocca Maggiori Igreja de São Damião (acima) e cruz de São Damião (abaixo) Interior da Igreja de São Damião
  • 15. Mapa da região da Peruggia Monte Alverne Hábito de São Francisco Casa de Francisco Cripta de São Franciso Basílica de São Francisco de Assis (acima) e seu interior (abaixo) Arquibasílica Papal de São João de Latrão
  • 16. Bibliografia do Pentateuco 05 livros fundamentais na Doutrina Espírita Por Allan Kardec De Mauricio de Sousa, Luis Hu Rivas, Ala Mitchell e Emy T. Y. Acosta. Editora Boa Nova. Será possível que tenhamos vivido em outras épocas? Nossos gos- tos e medos teriam origem em outras vidas? E os nossos amores... poderiam ter começado no passado? Imagine como seria legal descobrir todos esses mistérios e saber que tudo no universo tem um início, uma causa. Magali em Outras Vidas traz uma narrativa romântica e muito en- graçada. Uma viagem pelo tempo, mostrando que o amor é a maior força do universo. De Etna Lacerda. Da FEB Editora. Livro indicado para aulas com a temática de Francisco de Assis e de Fran- cisco Cândido Xavier. Este livro conta a estória de um Francisco que nasceu na Itália e de um Francisco que nasceu no Brasil. Os dois Franciscos tinham muito amor, bondade e paciência e se revela- ram fiéis seguidores dos ensinos de Jesus.
  • 17. Associação Espírita Casa dos Humildes www.casadoshumildes.com Bruno Tavares Expositor Espírita www.blogdobrunotavares.wordpress.com http://www.portalkardec.com.br/ http://www.franciscanos.org.br/?page_id=1137 http://radioboanova.com.br/editorial/o-verdadeiro-significado-umbral/ www.verdadeluz.com.br/umbral-existe-sob-a-visao-espirita/ www.pingosdeluz.com.br/estudos/umbral.asp www.vidaaposamorte.com.br/o-que-e-o-umbral https://pt.wikipedia.org/wiki/Umbral https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/a-vida-no-umbral http://blog.meulivroespirita.com.br/ http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-francisco-de-assis/139/102/#c http://www.franciscanos.org.br/?page_id=1137 http://pensador.uol.com.br/autor/sao_francisco_de_assis/biografia/ www.angelfire.com/ar2/jcarthur/sfco.htm http://escolafranciscanademeditacao.blogspot.com.br/2013/08/a-prisao-do-jovem-francisco-quandojovem.html http://www.treccani.it/enciclopedia/legenda-trium-sociorum/ http://paletar.blogspot.com.br/2014/12/assis-italia.html http://capuchinhosprsc.org.br/santos-capuchinhos-2/santa-maria-dos-anjos-da-porciuncula-02 http://www.ceismael.com.br/tema/cinquenta-perguntas-nosso-lar.htm CONTATO Rua Henrique Machado, nº 110 Casa Forte - Recife/PE (81) 3268-3954 casadoshumildes.com blogchnoticias.blogspot.com.br chnoticias@yahoo.com.br EXPEDIENTE CH Notícias Nº 16 – Circulação mensal Distribuição on-line Recife-PE, 12/Outubro/2016 Presidente: Albonize de França. Vice-Presidente: Rosa Carneiro. Deptº de Divulgação Doutrinária: Bruno Tavares. Deptº de Mediúnico: Amaro Carvalho. Edição: Bruno Tavares, Julio Rêgo, Mônica Porto e Aline Jordão. Projeto Gráfico: Ingrid Cavalcanti. ATIVIDADES ATIVIDADES REQUISITOS DIA/HORA Campanha do Quilo Boa vontade e tolerância. 1º e 3º Domingo de cada mês – 8 h. Evangelização Infanto-Juvenil Habilidades na área de educação e de ativi- dades lúdicas. Boa interação com crianças e jovens. Domingo – 16 h. Passes e vibração Ter feito o curso de passes. Segundas antes das reuniões públicas; Terças, Quartas e Sextas após as reuniões; Domingos antes e depois das reuniões. Recepção e atendimento fraterno Ter feito o curso de passes e ser doutrina- dor. Segunda e Quarta – 19 h; Domingo – 16 h. Assistência a gestantes Querer compartilhar saberes e acolher o próximo. Quarta – 13 h 30 min e Um Domingo no mês. Trabalho mediúnico e doutrinário Ter feito todos os cursos básicos e o de passes. Segunda e Quarta – 19 h 45 min; Domingo – 16 h Instrutor e dirigente de reunião Ter feito os cursos básicos e de passes. Para instrutor, experiência e comunicação. Nos dias de curso e de reunião no auditó- rio. Assistência às vovozinhas da Casa dos Humildes Formação na área da saúde. Para lazer, nenhum requisito. De acordo com a disponibilidade. Biblioteca e Livraria Ser trabalhador da Casa Antes das reuniões públicas. TI e eletroeletrônicos, manutenção Habilidade na área e vontade de aprender. Antes das reuniões públicas.
  • 18. CURSOS Segunda-feira 19 h 45 min Sala 1 – Curso de Passe Sala 2 – Curso Trabalhadores: ESTEM Sala 3 – Iniciantes Curso de Mediunidade Terça-feira (a cada 15 dias) 19 h 45 min EADE – Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita ESDE – Estudo Sistemático da Doutrina Espírita Quarta-feira 19 h 45 min Sala 1 – Iniciantes Básico do Espiritismo Sala 2 – Curso Trabalhadores: Doutrinação Sala 3 – Iniciantes Curso de Doutrinação REUNIÕES PÚBLICAS Segunda-feira 19 h 45 min Reunião de Consulta espiritual. Terça-feira 20 h Reunião Pública de Estudo de “O Livro dos Espíritos”. Terça-feira 20 h Reunião de Vibrações Espirituais. Quarta-feira 19 h 45 min Reunião Pública de Desobsessão. Quinta-feira (apenas a 1ª do mês) 19 h 45 min Desobsessão dos Trabalhadores da Casa. Sexta-feira 19 h 30 Reunião Pública de Estudos Espíritas: 1ª Sexta do mês: André Luiz > Estudando também Chico Xavier; 2ª Sexta: Emmanuel > Estudando também Amélia Rodrigues; 3ª sexta: Joanna de Ângelis > Estudando também Divaldo Franco; 4ª sexta: Bezerra de Menezes > Estudando também Herculano Pires. Domingo 16 h Evangelização Infantil e Reunião da Juventude Espírita. Domingo 16h Reunião Pública de Estudo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.