1. Pregão da Academia Vimaranense do ano de 2012
Notas:
O Prólogo 1. O “Maria da Fonte”
era o nome dado ao
(É prudente avisar, já de começo, antigo relógio
Acordo Ortográfico? Não, Obrigado. municipal, que se
O Português que merece meu apreço encontrava na torre da
é Aquele que me foi bem ensinado. Igreja da Oliveira.
Atenção! Nada contra o do Brasil,
mas o nosso é, como dizem, “maneiro” 2. Igreja de Nossa
Senhora da Oliveira
querer mudá-lo é apenas útil
a quem os bolsos quer encher com dinheiro.)
3. Araduca, antigo
nome de (anterior a)
Guimarães (segundo
Marca a hora o “Maria da Fonte” 1 crença)
Badala o Sino na Velha Igreja2
Olho, Araduca3, o teu horizonte 4. O 1º Vogal da
vai principiar a grande peleja. Comissão, montado a
AO ALTO NOSSO ESTANDARTE,Ó VOGAL4 cavalo, é o porta
SEGURA-O COMO O DECEPADO5 estandarte no dia do
Pregão (também no dia
QUE, AO PERDER AS MÃOS6, POR PORTUGAL7,
1 de Novembro)
AINDA ASSIM O ERGUEU, EMBOCADO 8.
5. Duarte de Almeida,
A “Carta de intenções” figura heroica da
História de Portugal
Ó gente da Terra Vimarana
escuta agora este teu vassalo 6. Perdeu ambas as
que irá berrar com toda a gana mãos na Batalha de
assunto de poder levar ao estalo. Toro, em Castela.
Não serei (Oh não) lá muito cortês
7. Era ele o Alferes
a não ser com a delicada Dama,
Mor e porta estandarte
Tudo o que é mau e Português das tropas
ganhará assim, prometida fama. portuguesas.
8. Como lhe cortaram
9
Peço a nosso querido Santo as mãos, segurou o
medida força e temperança, estandarte com as mãos
que ninguém se deixe pelo pranto e, por fim, com a
levar, com tamanha desconfiança. boca. Prova eterna do
patriotismo/honra que
E à Musa da nossa Montanhia10
o movia.
irei clamar pela Inspiração,
que deste chão se erga já magia 9. São Nicolau
para iluminar este Pregão.
10. As musas de Santa
Catarina, da Montanha
da Penha
2. 11. Batalha de São
Mamede, origem da
Nação Portuguesa
Guimarães, adorada Cidade
é para Ti que agora canto 12. Antigo nome de
toma, se desejares, a liberdade Guimarães (lenda)
de te cobrires com nosso manto.
Idos Pregoeiros de Nicolau 13. Antigo nome de
venham, uma vez mais, escutar Guimarães (lenda)
o Texto, ora bom, basta vez mau
14. As tropas de
que irei, o melhor que souber, declamar.
Napoleão passearam-se
por Guimarães, numa
A Dedicatória das invasões a
Portugal (2ª).
Filhos de São Mamede11, de Columbina12 Guimarães foi a
ou Leobriga13, aí oiçam, na ameia primeira da sua região
tem esta Terra Vitória na Sina. a revoltar-se
Vergar? Nem Napoleão14, nem Patuleia15! verdadeiramente contra
os Franceses, que
Almeida, Caldas, Silva, Delfim e Falcão
acabaram expulsos.
Roriz, Meira, Costa, Simões e Graça16:
dedico este Apregoado Sermão 15. Guerra Civil
aos que, pelos tempos, lhe deram raça. Portuguesa no século
XIX
A Celebração
16. Nomes de antigos
Um ano, tão rápido, se há passado autores do Pregão, que
diz lá, Vimarano, com sinceridade, no fundo simbolizam
todos os que até aos
tinha já a saudade assolado
dias de hoje o
a muralha da Fundadora Cidade.
escreveram
Das novas do Escolástico Bando 17
creio sentida genuína falta 17. “Bando
e, uma vez mais, não serei brando, escolástico”,
mais uma vez, agitarei a malta! designação primitiva
do Pregão
De Guitarra na mão e olhar repleto 18. Manuel D’Oliveira,
subiu o Pregoeiro18 ao palanque19 Vimaranense, Nicolino,
com muita Alma e Real afecto20 Guitarrista, antigo
Pregoeiro da Academia
um dos nossos foi a dar o arranque21.
(1995)
Tanto e tão bom tem sido o Recital
19.Palco
Contigo sempre à devida altura 20.Espectáculo “Os
Está-te na seiva seres Capital Nossos Afectos”
ontem, de Portugal, hoje, da Cultura. 21. Cerimónia de
Abertura de Guimarães
2012, Capital Europeia
da Cultura
22. D.Afonso Henriques
23. Gil Vicente
3. Terra de Grande e Valente Gente
onde Um só vale por um cento, 24.Abade de Tagilde
Berço de Afonso22e de Vicente23
do Abade24, de Dâmaso25, de Sarmento26. 25.DâmasoI, Papa,
Do Molarinho27e do Engenhoso28 segundo a crença,
dos Sampaios29e também do Galvão30, natural de Guimarães
Teu Passado, sabe-se Venturoso
26.Martins Sarmento
O Presente, floresce-te na mão.
27.Gravador Molarinho,
artesão
Uma leve música veio sussurrar
agora mesmo ao meu ouvido 28.João Gonçalves,
Terão os Guises31voltado para tocar inventor e gravador de
na ínclita terra32 onde hão nascido? moedas para a Casa
Abre-se a Porta33 ao Turista Real, ao tempo de
que em catadupa aparece, D.Sebastião
não só vem conhecer o artista
29.Alberto e José
pois Guimarães, de beleza, não carece.
Sampaio
(Cucusio34, bem toma este conselho 30.Paio Galvão, mestre
só o proferirei uma única vez: escola de Guimarães
exercita, só em frente ao espelho
a tua tendência para a nudez. 31.A Banda dos Guises,
Que pensará o bom do estrangeiro formada em 1903
se com tal visão for confrontado?
Antes de o mostrares, pensa primeiro: 32.Guimarães
“Será que o cu tenho bem lavado?”)
33.referência às
antigas portas da Vila
O Reparo
34. João Cucusio vivia
Senhor Chefe do Município na Rua Nova, onde
permita-me um pouco de ousadia faleceu no dia 1 de
prometo-lhe, só de princípio, Agosto de 1825.
não pretendo tomar-lhe o dia. Costumava ser
Tanta Obra, quanta inauguração visitado, no dia 5 de
perdoe-me mas, não acha ser demais? Dezembro de cada ano,
pelos estudantes,
Terão todas elas ocupação,
quando andavam “às
ou serão só poiso para os pardais?
posses”, que lhe
faziam à porta uma
Não quero, por favor, que leve a mal, grande gritaria: "ó
a minha ignorância não confunda Cucusio mostra o cu"
com insulto ou coisa outra banal, ao que ele sempre
não tanto me apraz qualquer barafunda. acabava por
O trânsito, isso sim, aborrece satisfazer, “vindo à
para não dizer que chega a irritar janela mostrar-lhes o
penso no centro e logo arrefece olho do cu
a vontade de no carro pegar.
4. A Saudade
35. Liceu de Guimarães
A nosso Cátedro edifício35 (Escola Secundária
chegou também a crua modernice, Martins Sarmento)
da nova era é estranho vício
que dá, não raras vezes, em parvoíce. 36. Prometeu, figura
da Mitologia Grega,
Tenha esta casa, que o Fogo guarda
foi um defensor
a Zeus roubado por Prometeu36,
da Humanidade,
esse Tudo, achado no Nada, conhecido pela sua
a Sempre Viv’Alma do Velho Liceu. astuta inteligência,
responsável por roubar
O Aviso o fogo (Sabedoria)
de Zeus e dá-lo
Os anos passam e não há fruto37 aos mortais.
quem escutará, de vez, nosso clamor?
37. Não há decisão
Quando aprovarão o estatuto,38
definitiva
Acha que ainda demora, Director?
38. Estatuto do
Faltamos à aula, é verdade, Nicolino
mas em defesa da Suprema Tradição 39 39. As Festas
deixe-nos recuperar, mas mais tarde Nicolinas
que agora é tempo de perdição. 40. Nomes dados aos
não-estudantes
41. O chafariz/fonte
Ó casquilho, ginja, taful, caixeirinho 40 quinhentista onde é
já reparaste no que voltou ao Toural 41? tradicionalmente
eleita a comissão
À memória traz-te o mergulhinho42
42. Era nessa fonte
que, de tão dado, se fez habitual?
onde eram
Cuidado, ó manhoso futrica43 “mergulhados” aqueles
não venhas à nossa festa fiado não-estudantes que se
senão acabas metido na bica, aventuravam a
o teu fado é andar molhado! participar nas festas
Nicolinas
43. “Futrica”, outra
designação para os
(E tu, desgraçado martinete44 não-estudantes, esta
de origem coimbrã.
do que desdenhas, de que tanto te ris?
44.Bando procedente de
Some-te, Ichacorvo45 de barrete,
S.Martinho de Tibães,
Indigno do chão pisado pelo D’Avis46!) rival dos
“Nicoleistas”(séc
XVI).Os Nicoleistas
seriam uma espécie de
antepassados dos
Nicolinos.
45.Clérigo burlão
46.D.JoãoI, que veio
em promessa a
Guimarães, descalço
5. O Ópio
47. Antiga glória do
Ora desgostoso, ora colérico Vitória, da ida década
assim me vai oscilando o humor de 60, conhecido pelo
Ó Deuses do aclamado esférico seu “pé-canhão”
porque conspiram contra nosso Amor?
48. Famoso elemento de
Como parava nossa cidade…
uma das mais célebres
como se espalhava tamanha chama equipa do Vitória, na
como me invade a Saudade década de 80. Os
dos “tiros” do Mendes47e do N’Kama48. remates eram a sua
imagem de marca.
Só o Eterno guardião da Baliza 49. António Jesus,
pode deter remate trapaceiro saudoso guarda-redes
o grande clube dele precisa da Selecção Nacional e
do Vitória.
como no símbolo, do Rei Primeiro.
Valer-lhe, Ó Jesus49, será que podes?
50.Emílio Macedo, ex
(Nem o filho de Deus, nem o da Luz) presidente do VSC
Por lá anda um outro “Herodes”
que ao Afonso quer meter o capuz. 51.Excerto do hino do
Vitória, da autoria de
Dino Freitas
Que fazes, Milo50, a nosso coração?
O que nos queres cravar no Peito? 52. D.Sebastião
Não queiras arrastar-nos na lama do chão e o mito
sebastianista do
ou há-de a lama servir-te de leito.
“Desejado” que virá
Ergue-te, Amado Vitória
salvar Portugal
“Vai em frente e atrás não fiques
tens no teu emblema a Glória 53. Corda posta ao
e a espada de Afonso Henriques.”51 pescoço daqueles que
eram enforcados
A Invocação 54. O Nevoeiro, alusão
ao dia em que o
(Por onde te guias, Ó Encoberto 52? “Desejado” voltará.
Vem libertar-nos do louco baraço53
55.Zeca Afonso, cantor
que pescoço nosso mantém em aperto
56. Luis Góis, cantor
e nos vai já trocando o passo.
Anda, que era o Ontem tardio 57. Carlos Paredes,
e surge o Amanhã ameaçado, guitarrista
contigo traz o espesso manto frio 54
para o Hoje esconder no Passado. 58.alusão às
declarações escabrosas
de Miguel Macedo,
Ministro da Admn.
Interna
6. Faz-te acompanhar de banda sonora
que nos inspire à Liberdade: 59.D.Afonso Henriques
o Zeca55 e o Góis56(Ave Canora)
Vozes de Eterna Portugalidade. 60.Padre João Lombela.
O Paredes57, na lusa guitarra O padre João Lombela,
dedilhando, com fervor, o Infinito: natural de São
o Futuro, melodia de “Cigarra”58, Torcato, abandonou o
sacerdócio para se
da “Formiga”58 é audível grito!)
dedicar ao ofício de
gatuno.
A Infâmia
61.O Papa-Açúcar era
um famoso assaltante
O medo e a mentira, de mão dada de Guimarães, no
no escuro atacaram, ao de leve século XIX.
fazem-no agora à descarada,
a hora do saque já não vai breve. 62.O presidente da
Eterno Rei da Terra Portuguesa 59 república declarou aos
quanta volta já deste na tumba tua… jornalistas que não
A teu Povo roubam o que há na mesa sabia se iria ter
dinheiro para as suas
quererão pô-lo a viver de rua?
despesas.
De início, ocorreu-me a questão: 63.José Sócrates
“Terá o Lombela60 ao Mundo voltado
trazendo o Papa-Açúcar61 pela mão?” 64.Geppetto era o pai
Longe não estava de tal cozinhado. de Pinóquio, o boneco
A Bicho entregue? Bicho não ordena mentiroso a quem
outra “espécie” é, paranoica crescia o nariz.
aos teus, Rei, sentencia, como pena
alimentar a farta gula da Troika. 65.A arte de mentir
66. Passos Coelho
Em Belém está, o pobrezinho,62
diz suas contas não conseguir pagar 67.Vítor Gaspar
é da parca reforma, coitadinho
não sabe como fazê-la esticar.
Alegórica, triste figura
impávida assiste ao desvario
como resiste o Povo à secura
de quem fomenta o compadrio?
E o parente63 do velho Geppetto?64
Estuda, contaram-me, na bela Paris.
Mas na arte de “enfiar o espeto”65
parece cá ter deixado aprendiz: 66
Fala sim, mas dele não é a voz
pensa, mas ele não é, a pensar
sabeis como digo (só cá entre nós)?
Ó RELVAS, MALANDRO,VAI MAS É ESTUDAR!
7. 68.roubo através de
Declara o ministro financeiro67 impostos e taxas
ao País querer com trabalho pagar 69.o primeiro ministro
a soma investida, em dinheiro (alusão ao sobrenome
que Portugal gastou para o educar. “coelho”)
Mas…tão “douta educação”, onde está? 70.alusão ao ministro
Paulo Portas e à
Só tem (claro) capital na mira.
compra dos submarinos,
Trabalho algum pagar conseguirá
bem como do seu gosto
quando ao Povo o trabalho se tira. por feiras, agora
abandonado.
71.dizem uma coisa e
Segue na Lusa Terra a “pilhagem”68 fazem outra, mentem,
e pilhado, claro, é o do costume não são sinceros
mas sente-se já o cheiro na aragem 72.Recorrer à mentira
de quem irá cozer em brando lume.69
E o Mundo, por seu Todo, se sacode 73.No acto de
investidura do
com tanta e tão variada Manif.
Governador de
É o Povo, irado, que não mais pode
Ceuta,Pedro de
com o farto roubo de tanto patife Meneses, D. João I
entregou-lhe o pau a
(É grande, de facto, a chatice que então se abordava,
mas encontra-se ainda por inventar por estar ferido numa
forma que permita a espertice perna, o ALÉU, e o
de, de submarino, poder-se ir “feirar”)70 depois conde jurou
defender, só com
aquele aléu, de todo o
Perigosa gente de dupla cara71
poder dos mouros, a
necessita urgente de terapeuta
praça que acabava de
sofre de enfermidade não rara… 72 lhe ser confiada e o
curar-se-á com o Pau de Ceuta?73 seu aléu ainda hoje se
O Aléu73 mostra-lhe, ó Meneses74 encontra na imagem de
não ameaces, fá-lo mesmo estalar Santa Maria de África,
naquelas costas, quantas mil vezes que se venera naquela
até a maldita se conseguir curar. cidade.
73.O Pau
A (réstia de) Esperança
74.Pedro de Meneses,
Governador de Ceuta
Com gente desta, de tacanha visão
Negro será, Capas Negras75, o futuro 75.Estudantes
mas, cabeça usem, com imaginação 76. Passos coelho
embrulhar não se deixem, pelo apuro. aconselhou os jovens a
Longe nos querem, e emigradas76 emigrarem
afastadas do berço espiritual77 77. Portugal
Peço-vos: fiquemos, de mãos bem dadas,
REERGUEREMOS O GRANDE PORTUGAL!
8. 78. Comissão das
O Encanto
festas Nicolinas
Cesso agora o relato imundo 79. “O Magriço e os
volto ao prometido tom de altivez doze de Inglaterra” é
assim obriga o assunto, profundo o nome atribuído a
regra de cavalheiro que se diz cortês. uma história semi-
lendária/semi-
Nesta tropa tua78, Distinto Nicolau,
factual que é contada
Magriço e os Doze79 queremos lembrar
por Luís Vaz de
Por terra, por Mar, à montada e de Nau,
Camões, no canto VI
a Dama Inglesa foram honrar80.
dos Lusíadas, que terá
acontecido no reinado
Ó Senhoras, donas de encantos mil, de D. João I de
desta urbe o mais belo tesouro, Portugal e de Eduardo
Sois Beleza, não capricho fútil, III de Inglaterra. É
Flores do ancião sítio do Touro 81. uma história
Que mais podem nossos olhos pedir cavalheiresca passada
do que vossa excelsa presença? na Europa medieval,
que conta que
Sois razão do nosso sincero sorrir
doze damas
que, de tão puro, não guarda ofensa.
inglesas foram
ofendidas por
Amanhã será um novo dia doze nobres, também
ver-vos quero por toda a varanda82 ingleses que alegavam
e, quando da lança, acharem o guia, que elas não eram
logo perceberão sua demanda. dignas do nome
Real e muito forte, é o desejo “damas”. As damas em
de um beijo vos poder reclamar, questão viram-se na
se ousado credes tal ensejo necessidade de pedir
ajuda a amigos e
restar-me-á vossa vontade respeitar.
parentes, tendo todos
eles recusado a ajuda.
(de novo) A Saudade
Já não sabendo mais o
que fazer decidiram
pedir ajuda e conselho
Deste improvisado cantante
ao Duque de
surge agora lembrança do Coração,
Lencastre, João de
Ela foi, para o pobre Estudante
Gante, que tinha
a Isabel que não de Aragão83.
combatido
Ó Doce Aninhas, Eterna Madrinha 84
pelos portugueses cont
de Rei algum amada consorte,
ra o reino de
da nossa Causa, sempre serás Raínha,
Castela e conhecia bem
em nosso Peito, jamais terás morte!
os portugueses. Assim
este indicou-lhe doze
Cavaleiros lusitanos c
apazes de defender a
honra das referidas
Damas.
29. O Magriço, Álvaro
Gonçalves Coutinho,
seguiu por terra, os
restantes 12, por mar.
9. A Ode
80. O Magriço, Álvaro
Ó Cidade, semente jogada, Gonçalves Coutinho,
do verdadeiro Portugal, Raiz85, seguiu por terra, os
de Teus filhos única Amada, restantes 12, por mar.
és Origem, Desenho e País.
Ergue-te, estende-te e mostra 81. Toural
o Sangue que em tuas veias ferve,
quem agora diante ti se Prostra
é este mesmo que sempre te serve. 82. Maçãzinhas
O Anúncio do Fim
83. Alusão à Raínha
Já ouço a trombeta Nicolina Santa Isabel, que era
piedosa e amiga dos
em fundo, sinal é de retirada
pobres. Como é sabido,
por ora vou-me, Estudantina
também a Aninhas
espera-me já a maçã lançada. ajudava os estudantes,
Esta rouca voz de ti se despede muitos deles de longe
outra há-de, para o ano, cá voltar e com parcos recursos.
Estremece, Muralha de Mamede86
a vera batida vai principiar
84. A sempre Madrinha
A Apoteose dos Estudantes
LANÇA A BAQUETA, SACODE A PELE
85.Origem de Portugal
NEM DE TI TENHAS, SEQUER, PIEDADE
É ESSE, RECORDA SEMPRE, O PAPEL
DE QUEM NO PEITO TRAZ ESTA CIDADE. 86. Castelo de
QUERO SENTIR TROVOADA TAMANHA Guimarães, ou Castelo
CAPAZ DE ABANAR O OLÍMPICO MONTE 87 de São Mamede
ESTARÁS DISPOSTO A TAL FAÇANHA
OU QUERES JÁ LAVAR O SANGUE NA FONTE 88?
87. Monte Olimpo, a
morada dos Deuses
Põe tua Alma em cada investida
mostra tua cepa e do que é feita
és de Guimarães, a terra escolhida 88. Alusão ao toque
tal honra supera qualquer maleita. nas caixas e nos
bombos, que quando
Faça-se já barulho furibundo
dado com fervor,
Ó ZIRRANTE89, REPICA TEU SINO
provoca feridas e
que saibam todos: ENQUANTO HOUVER MUNDO sangue
HÁ-DE SOAR O GRITO NICOLINO!
(FINIS LAUS DEO) 89. O Zirrante era um
antigo sineiro da
Igreja do Carmo, em
Guimarães.
Pelo Antigo aluno do muy nobre Liceu de
Guimarães,
Paulo César Gonçalves