O documento discute os desafios da educação no Brasil, destacando que 800 mil jovens são analfabetos e que o país caiu no ranking educacional. Além disso, a qualidade da educação precisa melhorar, com alunos da 8a série tendo dificuldades em leitura e escrita. Investimentos de R$19 bilhões são necessários para aumentar o número de professores e melhorar a alfabetização.
3. Há no país 800 mil jovens analfabetos. Os índices de analfabetismo são maiores em estados como Alagoas (8,2%), Piauí (7%) e Maranhão (6,6%). O Nordeste fica em primeiro lugar no topo da lista. A justificativa da maioria dos pais é que a família não possui renda suficiente e, por isso, é obrigada a recorrer à ajuda dos filhos menores de idade para garantir o sustento diário. Se melhoramos na quantidade, pioramos na qualidade. Há alunos da 8ª série que não sabem localizar no mapa a França e o Japão; lêem um conto de Machado de Assis sem entender; escrevem um simples bilhete com graves erros de sintaxe e concordância.
4. Muitas famílias consideram a educação um favor e não um direito. Assim, deixam de pressionar o poder público quanto ao aumento de vagas e de qualidade nas escolas. Aceitam o clientelismo político, abrindo mão da democracia participativa. O direito à educação será tão mais efetivo quanto melhor for o sistema de ensino. Por isso, o “Todos Pela Educação” defende que todas as crianças e jovens estejam na escola; todos sejam alfabetizados até os oito anos de idade; aprendam o que é adequado a cada etapa de ensino; e concluam a educação básica até os 19 anos. O “Compromisso Todos Pela Educação” pretende que esses objetivos sejam efetivados até 2022 — bicentenário da Independência do Brasil.