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História da TV e Comunicação Digital

Professor: Júlio Rocha
Disciplina: Rádio e TV 2
4º Período de Publicidade e Propaganda
Outubro de 2013
Fases de desenvolvimento da TV no Brasil
Elitista – anos 50: televisor como luxo / teleteatro.
Populista – anos 60: programas de auditório e MPB.
Modernização – anos 70: padrão de qualidade.
Transição democrática – anos 80: popularização e narrativas juvenis.
TV em divergência – anos 90: pré-digitalização.
TV em convergência – anos 00: reality shows e transmídias.
Antecedentes: imaginação televisual
 Anúncios publicitários: rádio + cinema – para consumo coletivo
Utopia, futurismo e irrealidade
Fase 1: Estreia da TV Tupi
 Empreendedorismo e improvisos, desde 1946 – Chateaubriand.
 (18/setembro/1950) Hino da TV, discursos, publicidade, TV na Taba (Lima
Duarte, Mazzaropi, Hebe Camargo e Ivon Curi e outros). Sem programação
para o dia seguinte.
Anunciantes
 Importância na viabilização da TV
Assistir em grupo: eventos públicos
Anos 50: teleteatro
 Nomes do rádio: Walter Foster e Cassiano Gabus Mendes.
 E do teatro: Madalena Nicol, Procópio Ferreira, Maria Della Costa, Ziembinsky,
Cacilda Becker, Sérgio Britto, Paulo Autran, Fernanda Montenegro
 Primeiro programa: A vida por um fio (1950). Direção: CGM e Demerval Costa
Lima. Com Lima Duarte, Walter Foster e Lia de Aguiar, entre outros.
Anos 50: teleteatro
 Formato ao vivo e unitário (sem divisões em capítulos).
 Adaptações de clássicos: Shakespeare, Goethe,
Dostoiévski, Lorca, Nelson Rodrigues, Pirandello (TV de
Vanguarda, programa da Tupi).
Anos 50: telenovelas

 Primeira: Sua vida me pertence (1951), de
Walter Foster, com Vida Alves e o próprio.
Primeiro beijo na TV.
 Até 1963:
 Exibições 2 a 3 dias/semana, com uma
média de 20 capítulos.
 Poucos personagens: 6 a 10
 Sem horários reservados.
 O final de cada capítulo já incluía gancho
com suspense.
 Inspiração nas radionovelas – tradição
folhetinesca.
Anos 50: seriados
 Alô Doçura – 1954: visto como versão brasileira
de I Love Lucy. Com o casal John Hebert e Eva
Wilma.
 Vigilante Rodoviário: TV Tupi (1961-62), em
película.
Anos 60: programação para a família
 Faixas de programação de acordo com a
rotina da casa.
 Horários diários reservados a categorias de
programas.
 Domingo com programação especial.
 Fórmula da TV Globo: novelas intercaladas
por telejornal.
Anos 60: do público à audiência popular

 Tradição no rádio (modelo de produção
e estética).
 Cinema como inspiração audiovisual.
 IBOPE e patrocinadores.
Anos 60: MPB e Jovem Guarda
 TV Record: Fino da Bossa (maio de 1965) e Jovem Guarda (setembro de 1965).
Anos 60: era dos festivais
 Canais: Record, Excelsior, TV Rio, Globo.
 Consolidação da indústria cultural (fonográfica) no Brasil.
Anos 60: programas de auditório






Flavio Cavalcanti (TV Rio, Tupi, Excelsior).
Chacrihna (TV Rio, Excelsior, Bandeirantes, Globo...).
Programa Silvio Santos (TV Globo, 1968-76).
O Homem do Sapato Branco (TV Globo, 1968-69).
Dercy Popular (66-67) e Dercy de Verdade (67-70) – TV Globo.
Anos 70: modernização
 Censura do regime militar.
 Novos programas: tecnologia + linguagem:
Jornal Nacional (1969, o primeiro em rede
nacional).
 Novelas,
Casos
Especiais,
Globo-Shell
Especial, Vila Sésamo, Amaral Neto – O
Repórter.
 Substituição dos apresentadores populares.
 Fantástico, 1973: jornalismo e entretenimento.
 Globo Repórter, 1973 (Eduardo Coutinho, João
Batista de Andrade, Walter Lima Júnior e outros
cinemanovistas).
 1973: padrão (Globo) de qualidade (primazia
do videoteipe).
Anos 70: modernização na teledramaturgia
 Novos autores: Dias Gomes, Oduvaldo Vianna Filho, Janet Clair, Bráulio
Pedroso.
 Substituição parcial do folhetinesco pelas produções originais focadas no
universo urbano.
 Realismo: “qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas ou fatos
acontecidos terá sido mera coincidência”.
 Beto Rockfeller (Tupi, 68-69) e Véu de Noiva (Globo, 69).
Anos 70: modernização na teledramaturgia
 Janet Clair – Irmãos Coragem (1970): a primeira a contar com cidade
cenográfica. Selva de Pedra (1972) – pico de audiência.
Anos 70: modernização na teledramaturgia






Estilos diferentes para cada horário:
18h – adaptação de obras literárias – Escrava Isaura (1976).
19h - temas leves, cômicos e contemporâneos – Estúpido Cúpido.
20h – grandes temas e romantismo – Pecado Capital (1975).
22h – produções experimentais – Bem Amado (1973) e Saramandaia (1976) –
burlesco, satírico e grotesco.
Anos 70: Glauber Rocha no Abertura
 1979: câmera ágil, temas antes proibidos, favelados e retirantes ao lado de
políticos.
 Inspiração para produtores de vídeo dos anos 80.
 Interatividade, diálogo com meios impressos, desconstrução.
 Nacionalismo, antropofagia, Tropicalismo.
Anos 80: transição democrática





SBT, 1981: o moderno e o popular.
Origem no Programa Silvio Santos dos anos 60.
Necessidade de rede para o Baú da Felicidade.
Jogos e competições: Domingo no Parque e Qual é a Música?.
Anos 80: transição democrática





Modernização do popular: o brega.
Crises inicias: exibição de enlatados.
Silvio Santos, Viva a Noite, Bozo.
1986: nova programação – Hebe e A Praça é Nossa.
Anos 80: a volta do mundo cão





O Povo na TV.
Aqui e Agora.
Novelas mexicanas:
Carrossel (1991-92).
Anos 80: programação juvenil






Armação Ilimitada (1985), Globo.
Fábrica do Som (1983), TV Cultura.
TV Mix (1988), TV Gazeta.
TV Pirata (1988), Globo.
Que Rei Sou Eu? (89) e Guerra dos Sexos (83).
Anos 90: TV em divergência
 Segmentação, canais pagos, videocassete e primeiras experiências de
interatividade.
 Popularização e produções mexicanas no SBT.
 Qualidade na Manchete: Pantanal.
 Globo ameaçada: Linha Direta e Você Decide.
Anos 2000: TV em convergência
 Início da digitalização.
 Programação segue em sites, blogs, redes sociais e celulares – transmídia.
 Reality Shows.
Anos 2000: TV em convergência
Cinema e TV em associação.
DOC TV – TV Pública.
Guel Arraes – TV Globo.
Novelas na TV e na web.
Referências
M
 ATTOS, Sérgio. História da televisão brasileira: uma visão econômica, social e política.
2a ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.
R
IBEIRO, Ana Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor; ROXO, Marco (org.). História da
televisão no Brasil: do início aos dias de hoje. São Paulo: Editora Contexto, 2010.

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Historia da tv brasileira

  • 1. História da TV e Comunicação Digital Professor: Júlio Rocha Disciplina: Rádio e TV 2 4º Período de Publicidade e Propaganda Outubro de 2013
  • 2. Fases de desenvolvimento da TV no Brasil Elitista – anos 50: televisor como luxo / teleteatro. Populista – anos 60: programas de auditório e MPB. Modernização – anos 70: padrão de qualidade. Transição democrática – anos 80: popularização e narrativas juvenis. TV em divergência – anos 90: pré-digitalização. TV em convergência – anos 00: reality shows e transmídias.
  • 3. Antecedentes: imaginação televisual  Anúncios publicitários: rádio + cinema – para consumo coletivo
  • 4. Utopia, futurismo e irrealidade
  • 5. Fase 1: Estreia da TV Tupi  Empreendedorismo e improvisos, desde 1946 – Chateaubriand.  (18/setembro/1950) Hino da TV, discursos, publicidade, TV na Taba (Lima Duarte, Mazzaropi, Hebe Camargo e Ivon Curi e outros). Sem programação para o dia seguinte.
  • 6. Anunciantes  Importância na viabilização da TV
  • 7. Assistir em grupo: eventos públicos
  • 8. Anos 50: teleteatro  Nomes do rádio: Walter Foster e Cassiano Gabus Mendes.  E do teatro: Madalena Nicol, Procópio Ferreira, Maria Della Costa, Ziembinsky, Cacilda Becker, Sérgio Britto, Paulo Autran, Fernanda Montenegro  Primeiro programa: A vida por um fio (1950). Direção: CGM e Demerval Costa Lima. Com Lima Duarte, Walter Foster e Lia de Aguiar, entre outros.
  • 9. Anos 50: teleteatro  Formato ao vivo e unitário (sem divisões em capítulos).  Adaptações de clássicos: Shakespeare, Goethe, Dostoiévski, Lorca, Nelson Rodrigues, Pirandello (TV de Vanguarda, programa da Tupi).
  • 10. Anos 50: telenovelas  Primeira: Sua vida me pertence (1951), de Walter Foster, com Vida Alves e o próprio. Primeiro beijo na TV.  Até 1963:  Exibições 2 a 3 dias/semana, com uma média de 20 capítulos.  Poucos personagens: 6 a 10  Sem horários reservados.  O final de cada capítulo já incluía gancho com suspense.  Inspiração nas radionovelas – tradição folhetinesca.
  • 11. Anos 50: seriados  Alô Doçura – 1954: visto como versão brasileira de I Love Lucy. Com o casal John Hebert e Eva Wilma.  Vigilante Rodoviário: TV Tupi (1961-62), em película.
  • 12. Anos 60: programação para a família  Faixas de programação de acordo com a rotina da casa.  Horários diários reservados a categorias de programas.  Domingo com programação especial.  Fórmula da TV Globo: novelas intercaladas por telejornal.
  • 13. Anos 60: do público à audiência popular  Tradição no rádio (modelo de produção e estética).  Cinema como inspiração audiovisual.  IBOPE e patrocinadores.
  • 14. Anos 60: MPB e Jovem Guarda  TV Record: Fino da Bossa (maio de 1965) e Jovem Guarda (setembro de 1965).
  • 15. Anos 60: era dos festivais  Canais: Record, Excelsior, TV Rio, Globo.  Consolidação da indústria cultural (fonográfica) no Brasil.
  • 16. Anos 60: programas de auditório      Flavio Cavalcanti (TV Rio, Tupi, Excelsior). Chacrihna (TV Rio, Excelsior, Bandeirantes, Globo...). Programa Silvio Santos (TV Globo, 1968-76). O Homem do Sapato Branco (TV Globo, 1968-69). Dercy Popular (66-67) e Dercy de Verdade (67-70) – TV Globo.
  • 17. Anos 70: modernização  Censura do regime militar.  Novos programas: tecnologia + linguagem: Jornal Nacional (1969, o primeiro em rede nacional).  Novelas, Casos Especiais, Globo-Shell Especial, Vila Sésamo, Amaral Neto – O Repórter.  Substituição dos apresentadores populares.  Fantástico, 1973: jornalismo e entretenimento.  Globo Repórter, 1973 (Eduardo Coutinho, João Batista de Andrade, Walter Lima Júnior e outros cinemanovistas).  1973: padrão (Globo) de qualidade (primazia do videoteipe).
  • 18. Anos 70: modernização na teledramaturgia  Novos autores: Dias Gomes, Oduvaldo Vianna Filho, Janet Clair, Bráulio Pedroso.  Substituição parcial do folhetinesco pelas produções originais focadas no universo urbano.  Realismo: “qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas ou fatos acontecidos terá sido mera coincidência”.  Beto Rockfeller (Tupi, 68-69) e Véu de Noiva (Globo, 69).
  • 19. Anos 70: modernização na teledramaturgia  Janet Clair – Irmãos Coragem (1970): a primeira a contar com cidade cenográfica. Selva de Pedra (1972) – pico de audiência.
  • 20. Anos 70: modernização na teledramaturgia      Estilos diferentes para cada horário: 18h – adaptação de obras literárias – Escrava Isaura (1976). 19h - temas leves, cômicos e contemporâneos – Estúpido Cúpido. 20h – grandes temas e romantismo – Pecado Capital (1975). 22h – produções experimentais – Bem Amado (1973) e Saramandaia (1976) – burlesco, satírico e grotesco.
  • 21. Anos 70: Glauber Rocha no Abertura  1979: câmera ágil, temas antes proibidos, favelados e retirantes ao lado de políticos.  Inspiração para produtores de vídeo dos anos 80.  Interatividade, diálogo com meios impressos, desconstrução.  Nacionalismo, antropofagia, Tropicalismo.
  • 22. Anos 80: transição democrática     SBT, 1981: o moderno e o popular. Origem no Programa Silvio Santos dos anos 60. Necessidade de rede para o Baú da Felicidade. Jogos e competições: Domingo no Parque e Qual é a Música?.
  • 23. Anos 80: transição democrática     Modernização do popular: o brega. Crises inicias: exibição de enlatados. Silvio Santos, Viva a Noite, Bozo. 1986: nova programação – Hebe e A Praça é Nossa.
  • 24. Anos 80: a volta do mundo cão     O Povo na TV. Aqui e Agora. Novelas mexicanas: Carrossel (1991-92).
  • 25. Anos 80: programação juvenil      Armação Ilimitada (1985), Globo. Fábrica do Som (1983), TV Cultura. TV Mix (1988), TV Gazeta. TV Pirata (1988), Globo. Que Rei Sou Eu? (89) e Guerra dos Sexos (83).
  • 26. Anos 90: TV em divergência  Segmentação, canais pagos, videocassete e primeiras experiências de interatividade.  Popularização e produções mexicanas no SBT.  Qualidade na Manchete: Pantanal.  Globo ameaçada: Linha Direta e Você Decide.
  • 27. Anos 2000: TV em convergência  Início da digitalização.  Programação segue em sites, blogs, redes sociais e celulares – transmídia.  Reality Shows.
  • 28. Anos 2000: TV em convergência Cinema e TV em associação. DOC TV – TV Pública. Guel Arraes – TV Globo. Novelas na TV e na web.
  • 29. Referências M  ATTOS, Sérgio. História da televisão brasileira: uma visão econômica, social e política. 2a ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. R IBEIRO, Ana Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor; ROXO, Marco (org.). História da televisão no Brasil: do início aos dias de hoje. São Paulo: Editora Contexto, 2010.