18. Com efeito, antes consideravam-se bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam, e os tratavam com o devido respeito.
19. E os bons filhos eram as crianças educadas, que obedeciam aos seus pais... ...mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos se foram desvanecendo...
20. ...acontece que hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que os seus filhos os amem, ainda que nem sempre os respeitem.
21. E são os filhos quem, agora, espera respeito de seus pais, pretendendo que atendam às suas idéias, aos seus gostos, ás suas preferências e á sua forma de agir e de viver.
22. E que, além disso, patrocinem tudo o que for necessário para tal...
23. Quer dizer, os papéis inverteram-se! Agora são os pais que têm que agradar aos seus filhos para os “conquistar” e não o inverso, como no passado.
24. Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães de hoje para serem os “melhores amigos” e darem tudo aos seus filhos.
25. Dizem que os extremos se atraem. ..... Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de “medo” dos seus pais... .
26. ...a permissividade do presente preenche-os de outro tipo de medo... aos verem os pais tão débeis e perdidos como eles!
27. Os filhos precisam de perceber que, durante a infância, os pais estão à frente das suas vidas, como um comandante está à frente de um navio.
29. É assim que se evita que as novas gerações se afoguem no descontrolo e no tédio em que se está a afundar uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros, nem destino .
30. Se o autoritarismo sufoca, o permissivismo abandona!
31. Apenas uma atitude firme, mas respeitadora lhes permitirá confiar nos pais, para governarem as suas vidas enquanto forem menores...
32. Temos de ir à frente, conduzindo-os. e não atrás, “carregando-os”, rendidos às suas vontades.. .
33. Os limites abrigam o ser humano. Com amor ilimitado e um profundo respeito .