A professora universitária defende a simplificação da linguagem em clássicos literários brasileiros para tornar o acesso à leitura mais amplo. Ela argumenta que a educação no Brasil é deficiente e que simplificar a linguagem traria benefícios sociais ao reduzir o analfabetismo funcional. Profissionais leigos em educação e linguagem não devem influenciar esta discussão, pois suas opiniões são irrelevantes. A adaptação da linguagem é possível sem perder a essência da obra, incluindo autores como Graciliano Ramos e Machado de
A essência da literatura na vida cultural e acadêmica
1. A essência da literatura na vida cultural e acadêmica
Caros leitores deste renomado jornal. Sou professora universitária de
literatura na Unicamp há dezoito anos. Fui convidada por este meio de
comunicação para tratar de um assunto, o qual foi a base da minha tese de
doutorado. Minha linha de raciocínio é contrária a maioria das opiniões
fundamentadas no senso comum. Portanto, sou a favor da simplificação da
linguagem em um clássico literário.
A educação no Brasil é medíocre, visto que essa não recebe a atenção e
investimento necessário. Assim, muitas pessoas crescem sem oportunidade de
ler clássicos literários brasileiros que são primordiais para a formação cultural
e acadêmica do indivíduo. Desta forma, simplificar a linguagem de uma obra
trará benefícios sociais e impactará energicamente na população, uma vez que
o acesso à leitura será ampla e consequentemente, o índice de analfabetismo
funcional reduzirá. Somado a isso, opiniões contra a simplificação da linguagem
em clássicos literários são equivocadas.
Profissionais leigos na área de educação e linguagem são despreparados
social e culturalmente, e suas opiniões são irrelevantes. A adaptação da
linguagem nas obras sem que se perca a sua essência é claramente possível
incluído clássicos como os de Graciliano Ramos e de Machado de Assis.
Entretanto, para que a adaptação seja de qualidade, pessoas como esses
profissionais incompetentes não devem estar inclusos nesse ramo da escrita.
Além disso, sabemos que Machado de Assis, que foi morador do Moro do
Livramento e somente com o ensino primário, foi autodidata, sendo capaz de
compreender e se tornar um dos mestres da literatura. Contudo ele foi uma
exceção e por isso não deve servir de exemplo para que a adaptação
simplificada da linguagem não ocorra em suas obras.
Portanto, prezados leitores não se deixem influenciar por esses profissionais
com opiniões e argumentos débeis. O meu ponto de vista com base na minha
experiência é o correto. Então, divulguem minha tese através das redes sociais.
E juntem-se a mim e assim, proporcionaremos oportunidades de leitura à
jovens e adultos que anseiam por aquisição de cultura.
Mariana Venâncio