Este documento resume as principais personagens do romance "Os Maias". A intriga principal gira em torno do amor proibido entre Carlos da Maia e sua prima Maria Eduarda. Outras personagens importantes incluem Afonso da Maia, avô de Carlos, Pedro da Maia, pai de Carlos, e Maria Monforte, mãe de Carlos.
4. AFONSO DA MAIA
Afonso era baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes. A
sua cara larga, o nariz aquilino e a pele corada. O cabelo era
branco, muito curto e a barba branca e comprida.
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6. É um homem de carácter culto e requintado nos gostos e
tem altos e firmes princípios morais. Enquanto jovem adere aos
ideais do Liberalismo e é obrigado, pelo seu pai, a sair de
casa. Instala-se em Inglaterra mas, falecido o pai, regressa a
Lisboa para casar com Maria Eduarda Runa.
7. Dedica a sua vida ao neto Carlos. Já velho passa o tempo
em conversas com os amigos, opinando sobre a necessidade
de renovação do país. É generoso para com os amigos e os
necessitados.
Morre de uma apoplexia, quando descobre os amores
incestuosos dos seus netos.
8. MARIA EDUARDA RUNA
Maria é referida como uma linda morena e mimosa.
É uma personagem bastante fraca e religiosa.
Insiste em dar uma educação típica Portuguesa ao seu
filho, Pedro da Maia, e Afonso da Maia, seu marido, não
concorda mas acaba por ceder.
9. PEDRO DA MAIA
Pedro é filho único de Afonso da Maia e Maria Eduarda Runa.
Ele tinha uma face oval dum trigueiro cálido, dois olhos
maravilhosos e irresistíveis e fazia lembrar um belo árabe, também
é caracterizado como pequenino e nervoso como a sua mãe, tendo
pouca da raça, da força dos Maias, sendo débil e fraco.
Ele teve uma educação tradicional portuguesa. O seu único
sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe.
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11. MARIA MONFORTE
Maria é extremamente bela e sensual.
É vítima da literatura romântica e daqui deriva o seu carácter
pobre, excêntrico e excessivo. Costumavam chamar-lhe a “negreira”
porque o seu pai levara, noutros tempos, cargas de negros para o
Brasil.
Apaixonou-se por Pedro e casou com ele. Desse casamento nasceram
dois filhos.
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13. Mais tarde foge com o napolitano, Tancredo, levando
consigo a filha, Maria Eduarda, e abandonando o marido e o
filho, Carlos Eduardo.
Leviana e imoral, é, em parte, a culpada de todas as
desgraças da família Maia. Fê-lo por amor, não por maldade.
Morto Tancredo, num duelo, leva uma vida dissipada e morre
quase na miséria.
15. CARLOS DA MAIA
Carlos era um belo e magnífico rapaz. Era alto, bem
constituído, de ombros largos, olhos negros, pele branca,
cabelos negros e ondulados. Tinha barba fina, castanha
escura, pequena e aguçada no queixo. O bigode era
arqueado aos cantos da boca.
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17. Carlos era culto, bem educado, de gostos requintados.
Ao contrário do seu pai, é fruto de uma educação à
Inglesa. É corajoso e frontal. Amigo do seu amigo e
generoso. Destaca-se na sua personalidade o
cosmopolitismo, a sensualidade e o gosto pelo luxo.
18. MARIA EDUARDA
Maria Eduarda era uma bela mulher, alta, de cabelos
castanhos, espessos e ondeando ligeiramente sobre a testa bem
feita, sensual e delicada, era caracterizada como um passo
soberano de deusa, era bastante simples na maneira de vestir,
divinamente bela, quase sempre de escuro, com um curto
decote onde resplandecia o incomparável esplendor do seu colo.
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20. Maria Eduarda nunca foi criticada, pois é uma
personagem delineada em poucos traços, o seu passado é
quase desconhecido o que contribui para o aumento e
encanto que a envolve.
21. JOÃO DA EGA
Ega usava "um vidro entalado no olho", tinha o pescoço
esganiçado, punhos tísicos, pernas de cegonha. Era o autêntico
retracto de Eça de Queiroz.
João da Ega é a projecção literária de Eça de Queirós. É um
personagem contraditório. Por um lado, romântico e sentimental,
por outro, progressista e crítico, sarcástico do Portugal
Constitucional.
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23. Amigo íntimo de Carlos desde os tempos de Coimbra, onde
se formara em Direito. A mãe era uma rica viúva e beata que
vivia ao pé de Celorico de Bastos, com a filha.
Boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, anarquista sem
Deus e sem moral. É leal com os amigos. Sofre também de
diletantismo. Terminado o curso, vem viver para Lisboa e torna-
se amigo inseparável de Carlos.