Este documento apresenta uma coletânea de poemas e prosas poéticas divididas em seções temáticas. A introdução fornece detalhes sobre a inspiração e processo criativo do autor. As seções incluem poemas sobre o Brasil, prosa poética minimalista, vozes que clamam por liberdade e fim do capitalismo, além de poemas peculiares sobre saudade e divagações. Um apêndice oferece notas explicativas sobre as poesias minimalistas.
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Table of Contents
Direitos Autorais
De Passagem ...
Prefácio
Poesia do Séc. XXI
* BRASIL
Minha Terra
De Favela e malandros ...
Ode à Djavan
*PROSA POÉTICA
PARA NÃO PENSAR
Análise Do Ego
*MINIMALISTAS
Apelo AO Pássaro Genuíno
O Homem Afixado
Para Chegar Lá
Peixada
* VOZ DO QUE CLAMA
Liberdade
Comum aparencia
Fim Ao Capitalismo
Ditadura Familiar I
Ditadura Familiar II
* PECULIAR
Saudade
Divagação
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5. De Passagem...
A Verdade é uma. Para ela existem vários pontos de vista que são
caminhos para alcançá-la e, concomitantemente, várias interpretações
dela concebe-se. Quanto ao ponto de vista, necessário faz-se ter um,
contudo, em relação à interpretação é preciso tomar cuidado, pois a
verdade não pode ser denegrida!
Soli Deo Gloria!
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6. Prefácio
Tenho certeza de que estes poemas possam tocar profundamente os
sentimentos de quem os ler. E meu objetivo não é fazer com que o
maior número de pessoas leia-os. São poesias, muitas vezes
minimalistas e prosas poéticas.
Os escrevi em momentos esparsos com insights de inspiração e muitas
vezes um esforço para estruturar. Geralmente eles são inspirações de
reflexões, outras inspirações de livros e também inspirações de estudos,
principalmente da língua portuguesa. Claro, não que eu seja um
estudioso da nossa língua, mas como todos precisamos aprendê-la,
exatamente nesses momentos de aprendizagem busquei dissertar
poeticamente sobre o que estudava. Minhas preocupações são com a
sociedade, a família, a alma humana embora não em tentar decifrá-las,
acho que o poeta não faz isso, a todo o momento dizer, mesmo que
abstratamente tudo o que gritava em mim. Sim! Gritava, rangia, urrava.
Pense somente que sou uma pessoa muito quieta, introvertida, solitária
embora acompanhada, inexpressiva até quando muito emocionada,
pense que sou sozinho e que tenho prazer na solidão, por mais que eu
saiba que ela muitas vezes me dá dor de cabeça. Ora! Restou-me a
escrita.
Pense num rapaz fogoso, inquieto na mente e sem achar um rumo que
pudesse fazer que se entregasse de vez ao mundo. Este fui eu e ainda
conservo parte deste rapaz. Já deve ter percebido que sou sagitariano.
Realmente um amante do meu signo.
Ah, se gostar compartilhe nas redes sociais. Este e-book é gratuito, mas
não livre de direitos autorais, hein!
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7. Poesia do Séc. XXI
A poesia do séc. XXI não tem rima
Tem padrão, padrão rebeldia
É abreviada
Neologista sem ser gíria
Não tem inspiração, tem sentimento
Age sem pensar, pensa sem agir
É curta e grossa
Abre as portas para o novo
Não tem fronteira, cultura ou religião
Idolatra o eu
Xinga, pune, revolta-se
É o retrato de si mesma
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11. Minha Terra
Chuva que cai depois dum calor escaldante
Refresca a terra e o ar abafado
Que deixa o plantio mais verdejante
E o animal ma floresta mais amuado
Terra brasileira, país tropical
Nação estrangeira inveja minha terra
Segue o teu riso ó Brasil real
E deixe o outro seguir sua serra
Aproveite a beleza da chuva e do sol
Enquanto és vivo para aproveitar
Quando faleceres deixarás o paiol
E não terás mais vida para analisar
Renasça esperança no meu interior
De ver os filhos desta terra mais felizes
Rompida a fome e crueldade exterior
Castigado o horror e desfeita as cicatrizes
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12. De Favela e malandros do Brasil
Até onde vão essas putarias?!
Quando esse bando de malandros ignominiosos
Vão arrumar seus trapos de bagagens
Práticas imorais de homens ociosos
Cheios de velharias
E traquinagens?
Por quanto tempo os urubus do funk vão sobreviver?
Até quando conseguirão
Arrastar os idiotas para o pancadão
Achando que dar, cheirar, chupar é viver?
Vejo de minha janela
Uma cambada de moleques nas esquinas
Que já não estudam, me parece
O que falam é tudo vão
Coisa de favela:
Drogas, msn, proibidão, moto, meninas
Coisas fúteis, fúteis de quem carece
De ser mais são
O português correto negligenciam
Atropelam as palavras, falam gírias
Desrespeitam as leis e os policiais
Pensam ser perigosos e donos da comunidade
Mesmo os menores em idade
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13. Gostam das putarias
Vivem intensamente os carnavais
E, se lessem isto - "Vai se foder" - Falar-me-iam
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14. Ode à Djavan
Entre pétalas de flores
De todas as cores
Um elo artesanal
Em verdes do campo
Onde acampo
Em noite de lua escultural
Uma Flor de Lis eu vi
E cantada em CD ouvi
Entendi . . .
Percebi . . .
Que aquela voz colossal
Que canta amores
Em suas dores
É voz de amor fidalgal
É rosa branca
Sobre a manta
Do alvo canto florestal
Por Djavan estendida
Que canta sem medida
Sua música genial
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17. PARA NÃO PENSAR
Seria melhor não pensar?
Descansar
das perguntas que fazemos à mente?
Qual o melhor bem estar?
Não crer ou acreditar
piamente?
Todavia, penso sem deixar
de pensar:
Quem pode com a mente
deixar de estar
a pensar
monotonamente?
O pensar sempre acaba por vagar
Naquilo que queremos negar
Infelizmente
Quaisquer tentativas de deixar
o andar
da gente
nesse imenso universo de acreditar e desacreditar
serão falhas, sem errar
E falhar
conscientemente
é desacreditar
de tudo o que um dia por tanto pensar
se acreditou fortemente
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18. Análise Do Ego
Vivo lutando constantemente contra meu Ego
E nesse apego
Fico imaginando
Será que se eu fizer
Tudo o que meu Ego quer
Esquecerei daqueles que estão precisando
Num instante eu paro e penso
A chegar num consenso
E percebo que ele é vão
Pois, enquanto a vida dura
O Ego nem bate, nem fura
A pedra do coração
Antes a endurece ainda mais
Sem deixar jamais
O próprio amor
No entanto, ajuda a conquistar
Um bem estar
Aplacando a dor
Mas, isso é para aqueles que querem pela conquista
Fugir de sua desgraça malvista
Por si mesmo somente
E é pela conquista, aplauso, fama
Que o Ego torna egocêntrico quem ama
Embora dê simplesmente
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19. O que deseja o ser
Por prazer
Verá então o ser que tudo o que o Ego buscou
Para se livrar de suas mazelas
Meras bagatelas
Só serviu pra crer que se enganou
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22. Apelo ao Pássaro Genuíno
Escafedeu-se
Sumiu-me a criatividade
Voou as asas da Inspiração
Voou o Pássaro
"Os poemas são pássaros"
disse Mario Quintana
Não! Os poemas são ideias de Pássaros diversos
Que vêm e vão embora do poeta que escreve
Volta Pássaro!
Volta, por favor!
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23. O Homem Afixado
Amor feliz
De Mário Leal
Solapado foi, de entristecer
Para ela felizmente
Deslealdade infeliz
Da garota ideal
Que o deixou no entardecer
Chorando intensamente
# Acrescenta-se de notas elucidativas no Apêndice desta obra.
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24. Para Chegar Lá
Partiu em viagem de táxi
[automóvel]
Chegou ao primeiro destino
[aeroporto]
Cumpriu com a obrigação
[burocracia]
Logo estaria no
[sambódromo]
# Acrescenta-se de notas elucidativas no Apêndice desta obra.
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29. Liberdade
Liberdade inexistente
Liberdade irreal
Vida sem liberdade
Morte sem liberdade
Ateísmo sem liberdade
Cristianismo sem liberdade
Liberdade inexistente
Liberdade irreal
Liberdade não existe
Liberdade é vontade
Vontade é ser
Segundo sua própria vontade
A lei é ser
A vontade é liberdade
Liberdade não existe
Liberdade é irreal
Liberdade é conquista
O bem maior da dignidade humana
E ainda é irreal
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30. Comum Aparência
Conquista = Alguém pisando no próximo
Alguém pisando no próximo = Crueldade
Crueldade = Audiência
Revolta = Consequência da audiência
Consequência da audiência = Dó e indignação
Dó e indignação = Hipocrisia
Hipocrisia = Aparência
Aparência = Ausência do Eu
Está cada dia mais difícil
Ser
Sincero
E
Verdadeiro
Num mundo cheio de aparências
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31. Fim Ao Capitalismo
O pobre como eu chora
Chora com o capitalismo
Sonha com a economia ideal
República ideal
Anarco-Comunismo
Governo sem poder
Sem soberania
Governo de equidade
Governo da gente
Parlamento do povo
Democracia do povo
O povo . . .
Hum!!!
O povo sonha com o fim da politicagem
Com a ascensão da política
Com o fim dos partidos
O povo sonha com um Estado
Que seja realmente seu
O povo quer governar
O povo só opina, fala
Não fala; grita, protesta, chora
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32. O povo é pobre!!!
O povo é louco!!!
O povo endoideceu!!!
A soberania, os bancos, o capitalismo
Endoideceu o povo!!!
O povo é pobre e infeliz
O povo pede Fim ao Capitalismo
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33. Ditadura Familiar I
Sofrer calado
Angustiar-me friamente
Sem poder estar alegre
Arrasado! Arrasado!
Anseio expressar-me
Não posso me conter
Querem me deter
Não consigor aplacar-me
Enfim, preciso me apaziguar
Não é essa a única tensão
Tudo, em suma, é prisão
Quero gritar, gritar . . .
Que merda essa vida desventurada!
Para quê Deus concede a liberdade?
Para pelos homens ser disseminada?
Tédio infernal o nervoso que sinto!
Chega! Chega! Quero me libertar!
Estou afogado, assolado!
Não, não é militar
É princípio de Ditadura Familiar
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34. Ditadura Familiar II
Não me rendo
Não mudo
[transformação]
Só mudo
[tácito]
Imponham regras!
Ditem minhas atitudes!
Falem!
Não conseguirão
Tomar meu tesouro
Roubar minha riqueza
Mudar meu pensamento
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37. Saudade
Sinto saudade de meus primeiros anos
a saudade de ser puro
sem malícia
sem ressentimento e impudências
sem ódio, avareza
pecado ou perfídias
A saudade de antes de ir à escola
tomar mamadeira,
deitado no sofá,
com a mão na orelha,
assistindo Barney
A saudade de mamar no peito de mamãe,
deitar no colo de mamãe,
dormir na cama de mamãe
com medo do bicho
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38. Divagação
Perco-me . . .
Em mares nunca dantes navegados
Em céus nunca antes viajados
A madrugada . . .
Faz de sua vítimas
Capachos seus
Para não pestanejarem
Como os pensamentos meus
Também vítimas
Viajarem
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39. Meu Deus
Está aqui no agora
Parte de mim
No eterno espaço-tempo
Sem limites
Força motriz
Energia Universal
Consciência Cósmica
Estou aqui
Parte de si
No eterno espaço-tempo
Sem limites
Força motriz
Energia Universal
Consciência Cósmica
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40. Apêndice
Explicação às poesias minimalistas:
Foram redigidas tendo um caráter gramático, são elas que, no momento
em que estudava a nossa língua busquei inspiração para dissertar
conforme o que estava pesquisando. É uma maneira que encontrei de
fixar meus estudos e não deixar com eles se perdessem no tempo
esvaindo-me da memória.
#OHomemAfixado: Não é difícil entender esse poema minimalista. Estou
usando palavras cheias de afixos, sufixos para construir uma poesia
simples, sem rodeios. Essa foi a pura intenção, fazer um poema com
afixos e sufixos. Ex.: en, er, mente.
#ParaChegarLá: Outra poesia minimalista que uso mais uma vez do
estudo da gramática portuguesa para minha inspiração. Aqui se trata de
um poema com "hibridismo" (composição numa palavra com morfemas
de língua estrangeira). As palavras híbridas são as que estão em
colchetes. É um fenômeno da filologia, está em todas as línguas.
#Peixada: Aqui, uma gama de substantivos, começando pelo "Peixe" que
é um substantivo comum, seguido por "Peixinho" e "Peixão", os dois, é
claro, se referem ao substantivo principal do texto que é "Peixe". O
primeiro é diminutivo, o segundo aumentativo, e ambos são sintéticos,
pois não precisam de uma outra palavra para dar a impressão de
aumento ou diminuição, bastando, simplesmente, o sufixo. O
aumentativo e diminutivo analítico que é o contrário do sintético segue-
se logo depois no texto, "Peixe grande" e "Peixe pequeno". Logo depois
encontramos ainda outro substantivo em relação ao peixe que é
"cardume", substantivo coletivo. Note-se ainda a brincadeira em usar
"Peixão" invertido no sentido vertical, intenção de trazer ao texto uma
quebra de paradigma.
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41. Posfácio
E aí gostou? Espero que sim. Você foi muito importante pra mim por ter
chegado até aqui. Meus cumprimentos e saudações.
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kL
20 de fevereiro de 2014
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