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Cultura de Massa e
níveis de cultura

Disciplina: Teorias da Comunicação
Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes
Cultura










Diferentes perspectivas

Toda a atividade humana, seu domínio
simbólico e suas relações estabelecidas.
Sociedade pré-capitalista
Cultura popular: lugares públicos (tabernas,
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baixa cultura



Gênese do estado moderno



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

Revoluções burguesas

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

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

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Mercantilização da cultura


Livro: símbolo da alta cultura seria um dos
primeiros objetos culturais a entrar no sistema de
produção e difusão cultural.



Teatro



Música



Pintura

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Espetáculos populares: organizados em moldes
empresariais (teatro, circo, etc.).
Mercado de Cultura






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Antes: as trocas se efetuavam ao ritmo das necessidades do
público.
Depois: a produção é ordenada por leis comerciais e a
circulação de bens culturais é determinada por critérios
econômicos e não culturais.

Cultura de massa - cultura de consumo - cultura
midiática ou indústrias de cultura: setor de produção,
reprodução e difusão de bens e serviços culturais em série,
regido por critérios prioritariamente econômicos.
Contraposição ao conceito de alta cultura, cultura
dominante ou cultura de elite, que por sua vez se opõe a
cultura popular, pequena tradição ou cultura tradicional.
Walter Benjamin






A obra de arte na era de sua
reprodutibilidade técnica (1935)
Pioneiro ao analisar a nova cultura
de massa

Aura: o aqui e agora da obra de
arte, sua tradição, sua unicidade e sua condição de
objeto cultuado. Uma obra a ser reproduzida em
série perde a sua aura.
Walter Benjamin


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Valor de culto (Arte pré-histórica e Arte sacra na Idade
Média)

Valor de exposição (fotografia e cinema que possibilitam
de forma ampla o valor da exposição)
Democratização da cultura
Walter Benjamin


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

Cinema: não se aplica o critério de autenticidade –
reprodutibilidade obrigatória - produto coletivo - reação
coletiva do público.

Nova percepção: qualquer
pessoa em posição de usar e
gozar a obra de arte. A cultura
de massa baseia-se na percepção
e no uso da obra reproduzida.
Benjamin foi capaz de ver na técnica e nas massas um modo
de emancipação da arte.
Cultura de massa (Umberto Eco)


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Civilização dos mass media

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subalternas
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Questionamento construtivo, não a crítica fácil, tendo
como parâmetro o passado (renascentista).
Crítica elitista, aristocrática, desprezo à cultura de
massas, mas que aponta para as massas.
Cultura de massa (Umberto Eco)








Classificação dos três níveis (Dwight
MacDonald): high, middle e lowbrow.
Arte de elite (literatura, teatro, músicas
clássicas, tradicionais, criativas, originais)

Cultura média (midcult): pequeno burguesa,
paródia da alta cultura para fins comerciais.
Cultura de massa (masscult): quadrinhos,
programas de competição na TV, músicas
industrializadas.
Apocalípticos e Integrados
(Umberto Eco)






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

Críticas à cultura de massa
Dirige-se a um público heterogêneo, utilizando-se das
“médias de gostos” evitando as soluções originais;

Destroem as características culturais próprias de cada
grupo étnico;
Tendência a provocar emoções intensas e não
mediatas;

Sujeitos à lei da oferta e da procura;
Quando difundem produtos da cultura superior,
difundem-nos nivelados e condensados;
Apocalípticos e Integrados
(Umberto Eco)




Críticas à cultura de massa
Apresenta os produtos da cultura superior de forma
nivelada com outros produtos de entretenimento;



Encoraja uma visão passiva e acrítica do mundo;



Informações sem contextualização histórica-social;



Busca o nível superficial da atenção;





Tendência a impor símbolos e mitos de fácil
universalidade;
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Apocalípticos e Integrados
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

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Defesa da cultura de massa
Não é típica de regime capitalista, mas de qualquer
sociedade de tipo industrial;
Não tomou o lugar da cultura superior, simplesmente se
difundiu junto a massas que antes não tinham acesso
aos bens culturais;
A grande quantidade de informação pode levar a uma
mudança qualitativa;

A difusão de produtos de entretenimentos considerados
negativos não é sinal de decadência dos costumes, pois
sempre a humanidade sentiu-se atraída pelo circo;
Apocalípticos e Integrados
(Umberto Eco)




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

Defesa da cultura de massa
A homogeneização do gosto contribuiria para
eliminar as diferenças sociais e nacionais;
A difusão de bens culturais intensiva embota as
capacidades receptivas, mas este fenômeno é
comum a todas as épocas.
As informações fornecidas tornam o ser humano
contemporâneo mais sensível e ativo na sociedade;

Por constituir um conjunto de novas linguagens,
introduz também inovações estilísticas,
influenciando a cultura superior.
Conclusões


A cultura de massa não tem como fugir da lei da
oferta e da procura.



A cultura acompanha a lógica industrial da sociedade
moderna.



Lógica econômica: grupos econômicos que visam
lucros e realizada por executivos especializados em
fornecer ao consumidor o que julgam mais vendável.



Os níveis culturais não correspondem a uma
nivelação classista;



Não representam graus de complexidade;



Não correspondem com níveis de validade estética;
Conclusões








Relação de fruição: a diferença de nível entre os
vários produtos não constitui a priori uma diferença de
valor, mas uma diferença da relação fruitiva, na qual
cada um de nós alternadamente se coloca. Não existe
diferença de classe social ou de nível intelectual.
Os vários níveis são complementares e todos
consumíveis pela mesma comunidade de
consumidores.
Questão social e política: nível de escolaridade e
tempo livre.

Um cultura de entretenimento jamais poderá escapar
de submeter-se a certas leis da oferta e da procura.
Bibliografia
ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados.
São Paulo: Perspectiva, 1987.
GONÇALVES, Gisela. Questionamento à volta
de três noções: grande cultura, cultura
popular e cultura de massas. Lisboa: BOCC,
1998. Disponível em www.bocc.ubi.pt..

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Cultura de massa - teorias da comunicação

  • 1. Cultura de Massa e níveis de cultura Disciplina: Teorias da Comunicação Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes
  • 2. Cultura      Diferentes perspectivas Toda a atividade humana, seu domínio simbólico e suas relações estabelecidas. Sociedade pré-capitalista Cultura popular: lugares públicos (tabernas, praças, mercados, igrejas) Cultura da elite: locais específicos como escolas, universidades, bibliotecas.
  • 3. Contexto histórico-social  Condiciona a questão da interdependência da alta e baixa cultura  Gênese do estado moderno  Desenvolvimento de uma "civilização de corte”  Revoluções burguesas  Movimento romântico  Industrialização  Avanço da técnica
  • 4. Mercantilização da cultura  Livro: símbolo da alta cultura seria um dos primeiros objetos culturais a entrar no sistema de produção e difusão cultural.  Teatro  Música  Pintura  Espetáculos populares: organizados em moldes empresariais (teatro, circo, etc.).
  • 5. Mercado de Cultura     Antes: as trocas se efetuavam ao ritmo das necessidades do público. Depois: a produção é ordenada por leis comerciais e a circulação de bens culturais é determinada por critérios econômicos e não culturais. Cultura de massa - cultura de consumo - cultura midiática ou indústrias de cultura: setor de produção, reprodução e difusão de bens e serviços culturais em série, regido por critérios prioritariamente econômicos. Contraposição ao conceito de alta cultura, cultura dominante ou cultura de elite, que por sua vez se opõe a cultura popular, pequena tradição ou cultura tradicional.
  • 6. Walter Benjamin    A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (1935) Pioneiro ao analisar a nova cultura de massa Aura: o aqui e agora da obra de arte, sua tradição, sua unicidade e sua condição de objeto cultuado. Uma obra a ser reproduzida em série perde a sua aura.
  • 7. Walter Benjamin    Valor de culto (Arte pré-histórica e Arte sacra na Idade Média) Valor de exposição (fotografia e cinema que possibilitam de forma ampla o valor da exposição) Democratização da cultura
  • 8. Walter Benjamin    Cinema: não se aplica o critério de autenticidade – reprodutibilidade obrigatória - produto coletivo - reação coletiva do público. Nova percepção: qualquer pessoa em posição de usar e gozar a obra de arte. A cultura de massa baseia-se na percepção e no uso da obra reproduzida. Benjamin foi capaz de ver na técnica e nas massas um modo de emancipação da arte.
  • 9. Cultura de massa (Umberto Eco)      Civilização dos mass media Advento da era industrial e o acesso das classes subalternas Novos modelos de avaliação da cultura Questionamento construtivo, não a crítica fácil, tendo como parâmetro o passado (renascentista). Crítica elitista, aristocrática, desprezo à cultura de massas, mas que aponta para as massas.
  • 10. Cultura de massa (Umberto Eco)     Classificação dos três níveis (Dwight MacDonald): high, middle e lowbrow. Arte de elite (literatura, teatro, músicas clássicas, tradicionais, criativas, originais) Cultura média (midcult): pequeno burguesa, paródia da alta cultura para fins comerciais. Cultura de massa (masscult): quadrinhos, programas de competição na TV, músicas industrializadas.
  • 11. Apocalípticos e Integrados (Umberto Eco)       Críticas à cultura de massa Dirige-se a um público heterogêneo, utilizando-se das “médias de gostos” evitando as soluções originais; Destroem as características culturais próprias de cada grupo étnico; Tendência a provocar emoções intensas e não mediatas; Sujeitos à lei da oferta e da procura; Quando difundem produtos da cultura superior, difundem-nos nivelados e condensados;
  • 12. Apocalípticos e Integrados (Umberto Eco)   Críticas à cultura de massa Apresenta os produtos da cultura superior de forma nivelada com outros produtos de entretenimento;  Encoraja uma visão passiva e acrítica do mundo;  Informações sem contextualização histórica-social;  Busca o nível superficial da atenção;   Tendência a impor símbolos e mitos de fácil universalidade; Favorecem conceitos do status quo.
  • 13. Apocalípticos e Integrados (Umberto Eco)      Defesa da cultura de massa Não é típica de regime capitalista, mas de qualquer sociedade de tipo industrial; Não tomou o lugar da cultura superior, simplesmente se difundiu junto a massas que antes não tinham acesso aos bens culturais; A grande quantidade de informação pode levar a uma mudança qualitativa; A difusão de produtos de entretenimentos considerados negativos não é sinal de decadência dos costumes, pois sempre a humanidade sentiu-se atraída pelo circo;
  • 14. Apocalípticos e Integrados (Umberto Eco)      Defesa da cultura de massa A homogeneização do gosto contribuiria para eliminar as diferenças sociais e nacionais; A difusão de bens culturais intensiva embota as capacidades receptivas, mas este fenômeno é comum a todas as épocas. As informações fornecidas tornam o ser humano contemporâneo mais sensível e ativo na sociedade; Por constituir um conjunto de novas linguagens, introduz também inovações estilísticas, influenciando a cultura superior.
  • 15. Conclusões  A cultura de massa não tem como fugir da lei da oferta e da procura.  A cultura acompanha a lógica industrial da sociedade moderna.  Lógica econômica: grupos econômicos que visam lucros e realizada por executivos especializados em fornecer ao consumidor o que julgam mais vendável.  Os níveis culturais não correspondem a uma nivelação classista;  Não representam graus de complexidade;  Não correspondem com níveis de validade estética;
  • 16. Conclusões     Relação de fruição: a diferença de nível entre os vários produtos não constitui a priori uma diferença de valor, mas uma diferença da relação fruitiva, na qual cada um de nós alternadamente se coloca. Não existe diferença de classe social ou de nível intelectual. Os vários níveis são complementares e todos consumíveis pela mesma comunidade de consumidores. Questão social e política: nível de escolaridade e tempo livre. Um cultura de entretenimento jamais poderá escapar de submeter-se a certas leis da oferta e da procura.
  • 17. Bibliografia ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 1987. GONÇALVES, Gisela. Questionamento à volta de três noções: grande cultura, cultura popular e cultura de massas. Lisboa: BOCC, 1998. Disponível em www.bocc.ubi.pt..