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ECOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
E ICONOFAGIA
Ms. Laércio Torres de Góes
Ecologia da comunicação
 Onipresença dos aparelhos eletrônicos de
comunicação na vida dos seres humanos (ROMANO,
2004).
 Ciência da interação entre as diferentes espécies
(comunicação) no interior de um dado domínio (MOLES,
1982).
 Capilaridade da comunicação.
Ecologia da comunicação
 Quatro capilaridades:
 Comunicação presencial
 Alfabética
 Elétrica
 Eólica.
Ecologia da comunicação
 Presencial: designa o
corpo como base de
toda e qualquer
comunicação;
 Alfabética: se relaciona
com o mundo da
percepção mediado pela
escrita alfabética,
levando em
consideração o tempo
lento da escrita e da
leitura.
Ecologia da comunicação
 Elétrica: inclui toda tecnologia para
transmissão de voz e imagem que inaugurou
uma nova relação entre espaço e tempo para
os seres humanos.
 Eólica: amplia as anteriores, entendendo que
o universo está repleto de ondas
eletromagnéticas capazes de transmitir
informação 24 horas por dia (“ventos da
mídia”).
Categorias da comunicação humana
 Comunicação primária:
 A mídia primária é a primeira mídia do ser
humano, o corpo.
 “A comunicação começa no corpo e nele
termina” (PROSS, 1972).
 Haverá sempre uma mensagem para ser lida
por um corpo vivo diante de outro corpo.
 A mídia primária, ou seja, o corpo, é o
principal meio de comunicação do ser
humano.
Categorias da comunicação humana
 Comunicação secundária:
 A escrita, a reprodução por imagens e diversas
outras tecnologias
 Informação registrada em um suporte por um
corpo e lida, mais tarde, por um outro corpo.
 Registros rupestres, toda forma de escrita, toda
variedade de impressões de jornais, revistas
etc..
 A mídia secundária é a primária com um
amplificador.
Categorias da comunicação humana
 Comunicação terciária:
 A mídia terciária requer um aparato do
emissor e um aparato do receptor.
 Pressupõe que ambos os corpos que
pretendem se comunicar possuam um
aparelho capaz de codificar e decodificar
mensagens, como o telefone, o rádio, a
televisão, o e-mail etc.
 A terciária é a primária com dois
amplificadores.
Iconofagia e redes sociais
 Era das imagens
 Do latim imago
 Imagem, em sua
origem, é a ausência de
uma presença, a
segunda existência de
um momento.
Iconofagia e redes sociais
 Baitello Jr. (2005) qualifica os usuários
crônicos de tecnologia da imagem como
zumbis contemporâneos.
 As imagens se formam, em primeiro lugar,
na mídia primária, no corpo do espectador,
por mecanismos de percepção que são
enviados do mundo para os sentidos
humanos.
 Traduções de nós mesmos para o mundo.
(imagens endógenas).
Iconofagia e redes sociais
 As imagens vão seguindo o curso da
autorreferência.
 Elas representam outras imagens.
 Mídia terciária: não há tempo para o
exercício lento da contemplação e da
decifração das imagens.
 Iconofagia: devorar e ser devorado por
imagens na contemporaneidade.
Iconofagia e redes sociais
 Proliferação das redes sociais: Facebook,
Snapchat, Instagram.
 Obrigatoriedade de transformar tudo em
imagem.
Iconofagia e redes sociais
 Os jovens perdem as funcionalidades da mídia
primária (corpo) e existem apenas por meio de telas.
 O corpo está perdendo vida própria e passa a existir
em função das representações de si mesmo.
Fontes
LOURENÇO, Denise. Teorias da
comunicação. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional, 2016.

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Ecologia da comunicação e iconofagia

  • 1. ECOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E ICONOFAGIA Ms. Laércio Torres de Góes
  • 2. Ecologia da comunicação  Onipresença dos aparelhos eletrônicos de comunicação na vida dos seres humanos (ROMANO, 2004).  Ciência da interação entre as diferentes espécies (comunicação) no interior de um dado domínio (MOLES, 1982).  Capilaridade da comunicação.
  • 3. Ecologia da comunicação  Quatro capilaridades:  Comunicação presencial  Alfabética  Elétrica  Eólica.
  • 4. Ecologia da comunicação  Presencial: designa o corpo como base de toda e qualquer comunicação;  Alfabética: se relaciona com o mundo da percepção mediado pela escrita alfabética, levando em consideração o tempo lento da escrita e da leitura.
  • 5. Ecologia da comunicação  Elétrica: inclui toda tecnologia para transmissão de voz e imagem que inaugurou uma nova relação entre espaço e tempo para os seres humanos.  Eólica: amplia as anteriores, entendendo que o universo está repleto de ondas eletromagnéticas capazes de transmitir informação 24 horas por dia (“ventos da mídia”).
  • 6. Categorias da comunicação humana  Comunicação primária:  A mídia primária é a primeira mídia do ser humano, o corpo.  “A comunicação começa no corpo e nele termina” (PROSS, 1972).  Haverá sempre uma mensagem para ser lida por um corpo vivo diante de outro corpo.  A mídia primária, ou seja, o corpo, é o principal meio de comunicação do ser humano.
  • 7. Categorias da comunicação humana  Comunicação secundária:  A escrita, a reprodução por imagens e diversas outras tecnologias  Informação registrada em um suporte por um corpo e lida, mais tarde, por um outro corpo.  Registros rupestres, toda forma de escrita, toda variedade de impressões de jornais, revistas etc..  A mídia secundária é a primária com um amplificador.
  • 8. Categorias da comunicação humana  Comunicação terciária:  A mídia terciária requer um aparato do emissor e um aparato do receptor.  Pressupõe que ambos os corpos que pretendem se comunicar possuam um aparelho capaz de codificar e decodificar mensagens, como o telefone, o rádio, a televisão, o e-mail etc.  A terciária é a primária com dois amplificadores.
  • 9. Iconofagia e redes sociais  Era das imagens  Do latim imago  Imagem, em sua origem, é a ausência de uma presença, a segunda existência de um momento.
  • 10. Iconofagia e redes sociais  Baitello Jr. (2005) qualifica os usuários crônicos de tecnologia da imagem como zumbis contemporâneos.  As imagens se formam, em primeiro lugar, na mídia primária, no corpo do espectador, por mecanismos de percepção que são enviados do mundo para os sentidos humanos.  Traduções de nós mesmos para o mundo. (imagens endógenas).
  • 11. Iconofagia e redes sociais  As imagens vão seguindo o curso da autorreferência.  Elas representam outras imagens.  Mídia terciária: não há tempo para o exercício lento da contemplação e da decifração das imagens.  Iconofagia: devorar e ser devorado por imagens na contemporaneidade.
  • 12. Iconofagia e redes sociais  Proliferação das redes sociais: Facebook, Snapchat, Instagram.  Obrigatoriedade de transformar tudo em imagem.
  • 13. Iconofagia e redes sociais  Os jovens perdem as funcionalidades da mídia primária (corpo) e existem apenas por meio de telas.  O corpo está perdendo vida própria e passa a existir em função das representações de si mesmo.
  • 14. Fontes LOURENÇO, Denise. Teorias da comunicação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2016.