Este documento descreve os equipamentos necessários para um estaleiro de construção civil, incluindo equipamentos de elevação e transporte como guinchos, monta-cargas e gruas, bem como equipamentos para produção de concreto como betoneiras de diferentes tipos. Detalha os usos e características desses equipamentos para apoiar a execução eficiente da obra.
Operadores de Empilhadeira wel seg consultoria e treinamentos
Construção equipamentos estaleiro
1. Universidade Lúrio
Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico
Cadeira de Praticas Profissionais IV
II Semestre, III Ano
ESTALEIRO DE UMA CONSTRUÇÃO CIVIL -
EQUIPAMENTOS
Estudante: Lancer Castigo Preso
Docente: Arq. Amílcar Amargar
Nampula, Setembro de 2014
2. DEFINIÇÃO DE ESTALEIRO
• Conjunto de meios (humanos, materiais e equipamentos) para tornar possível a
execução de uma obra no prazo previsto e nas melhores condições técnicas e
económicas, assegurando um determinado nível de qualidade e de segurança e
minimizando o custo.
• Estaleiro também é conjunto do pessoal, das máquinas e equipamentos, das
instalações e dos serviços, organizados e estruturados de forma a permitir a
concretização do projecto com elevado nível técnico, em termos de economia, de
racionalidade de processos, de prazo e de segurança.
• É o espaço físico onde são implantadas as instalações fixas de apoio à execução
de obras, fixados os equipamentos auxiliares de apoio e instaladas as
infraestruturas provisórias (águas, esgotos, electricidade).
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3. No presente trabalho considera-se a definição que descreve estaleiro como sendo o
espaço físico e o conjunto de instalações e de equipamentos que aí serão
implantados e que darão apoio à concretização de uma obra. Os estaleiros podem
ser centrais ou locais:
• Central – é o estaleiro onde se localizam as instalações e os equipamentos de
utilização geral (que servem as diversas obras que a empresa realiza), tais como
centrais de fabrico de betão e oficinas especializadas de serralharia e de
carpintaria; normalmente localiza-se num terreno que é propriedade da empresa
de construção.
• Local – é o estaleiro que serve uma obra e nele se localizam os componentes
necessários à satisfação das exigências de execução da obra; o estaleiro da obra
localiza-se, geralmente, no terreno do dono da obra mas também pode ocupar
terrenos limítrofes públicos ou privados.
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4. EQUIPAMENTOS
Numa obra, podem-se considerar dois tipos de equipamentos: os equipamentos a
incorporar na obra e os equipamentos de estaleiro.
Os equipamentos a incorporar são fornecidos pelo empreiteiro de forma idêntica aos
materiais que ficarão integrados na obra, enquanto que os de estaleiro são utilizados
para apoiar a execução dos vários trabalhos da obra.
Equipamentos de Elevação e de Transporte
• Guinchos de piso
Consistem num tambor enrolador de cabo e um motor que podem libertar a
utilização de gruas, especialmente na fase de acabamentos quando o desempenho
das respectivas actividades já não justifica a utilização de equipamentos de custos
elevados. Para a sua montagem e funcionamento é necessário dispor de um ponto
fixo.
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5. Equipamentos de Elevação e de Transporte (cont.)
Os guinchos de piso são equipamentos de baixo custo, de fácil instalação e manobra
de elevação relativamente simples, de fácil instalação e manobra e utilizados para a
elevação de pequenas cargas ou para a introdução de materiais de acabamento em
pisos.
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6. Equipamentos de Elevação e de Transporte (cont.)
• Monta – Cargas
Funcionam através de um guincho que permite elevar plataformas ou baldes
especiais onde se transportam os materiais. As plataformas estão associadas a guias
laterais ou centrais que se fixam nos andaimes ou na estrutura da construção.
Os monta-cargas podem ser acoplados a betoneiras (podendo os baldes bascular
para despejar o conteúdo automaticamente) ou montado sobre chassis.
Nos monta-cargas correntes é possível elevar cargas com um peso até 600 Kg e a
sua velocidade média de elevação varia entre 20 e 40 metros/minuto.
Os monta-cargas são utilizados para o transporte vertical de tijolos, telhas, betão,
argamassas, etc
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7. Equipamentos de Elevação e de Transporte (cont.)
• Grua Simples
As gruas simples consistem num guincho dotado de uma torre e um braço
horizontal que no conjunto permitem um movimento de rotação.
O guincho não dispõe de movimento de translação ao longo da lança, não
permitindo transportar cargas entre a extremidade da lança e a torre, ou seja, apenas
descreve uma circunferência cujo centro é a torre vertical e o raio é igual ao
comprimento da lança.
• Grua Distribuidora
As gruas distribuidoras são constituídas por uma torre, uma cabine (onde opera um
manobrador), uma lança e uma contra-lança que equilibra a lança.
A cabine situa-se na parte móvel da torre, abaixo da lança para permitir a
observação, pelo operador, da movimentação das cargas.
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8. Equipamentos de Elevação e de Transporte (cont.)
• Grua Distribuidora (cont.)
Estas gruas podem-se deslocar sobre carris que têm que ser montados sobre um
leito de balastro rigorosamente drenado e nivelado e travessas de madeira. A
montagem (e a desmontagem) deste tipo de gruas é geralmente demorada, podendo
demorar entre uma e 3 semanas.
Os fabricantes das gruas fornecem as indicações necessárias à montagem da via, do
tipo de carril, da bitola da via, do tipo de travessas e do seu afastamento.
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9. Equipamentos de Elevação e de Transporte (cont.)
• Grua Torre
Consiste num sistema de peças desmontáveis cuja montagem se faz com o recurso a
uma grua telescópica. É constituída por uma torre, uma lança que dispõe de um
charriot (carro distribuidor) com um sistema de roldanas e cabos que visam elevar e
deslocar as cargas e uma contra-lança. A rotação da grua é realizada ao nível do topo
da torre e a estabilização do conjunto é efectuada na sua base.
A sua montagem é realizada em 3 fases:
--primeiro é montada a lança, seguidamente inserem-se alguns troços de montagem
para que a lança seja progressivamente içada até à altura pretendida.
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10. Equipamentos de Elevação e de Transporte (cont.)
• Grua de Lança Inclinada
Consiste num mecanismo giratório dotado de uma cabine de comando na base tendo
a vantagem de ser facilmente montada e deslocada mesmo sobre terrenos
acidentados.
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11. Equipamentos de Produção de Betão e de Argamassas
Os equipamentos de fabrico de betões e de argamassas devem ser seleccionados em
função do tipo de obra a construir e das características do estaleiro. Se a construção
exigir grandes quantidades de betão durante longos períodos, dever-se-á optar por
instalações automatizadas enquanto que para pequenos estaleiros com consumos
moderados de betão se deverá optar por um tipo de betoneira que garanta o volume
de produção na situação de ponta.
Classificação de Betoneiras:
• Tambor rotativo basculante de eixo inclinado
• Tambor rotativo de eixo horizontal, vertical ou inclinado
• Tambor fixo com pás misturadoras interiores e descarga pelo fundo
• Betoneiras de produção contínua
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12. Equipamentos de Produção de Betão e de Argamassas (cont.)
• Betoneiras de tambor rotativo basculante
As betoneiras de tambor rotativo basculante são utilizadas para o fabrico de
pequenas quantidades de betão porque exigem um tempo elevado de mistura e a
descarga do betão fabricado processa-se por despejo directo do tambor.
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13. Equipamentos de Produção de Betão e de Argamassas (cont.)
• Tambor rotativo de eixo horizontal
Nas betoneiras de tambor rotativo horizontal, a mistura é feita por pás fixas e a
descarga é realizada através de uma comporta que se abre no fundo do tambor em
zona fixa.
Nas betoneiras de produção contínua, os materiais entram por um lado e saem pelo
outro e a amassadura é conseguida através do progresso da argamassa através de um
parafuso sem fim; estas betoneiras são usadas em estaleiros cujas construções exijam
volumes elevados de betão e têm a desvantagem de não manterem a uniformidade
durante longo tempo por serem alimentadas por mecanismos sem fim que
apresentam desgastes distintos.
O rendimento, ou seja, o número de amassaduras por hora de uma betoneira,
depende da capacidade do seu tambor bem como da eficiência dos seus dispositivos
internos.
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14. Equipamentos de Produção de Betão e de Argamassas (cont.)
No entanto verifica-se que, mesmo com uma organização cuidada do estaleiro, os
valores teóricos não coincidem com os valores efectivos, o que pode ser atribuído às
seguintes situações:
• A preparação do trabalho não garantir que os trabalhos, que antecedem e que
sucedem a amassadura da argamassa, estejam sincronizados (por exemplo, o
doseamento de agregados e o enchimento do carregador no escoamento do
betão);
• O não aproveitamento dos materiais nas quantidades adequadas e no momento
conveniente;
• O incorrecto funcionamento dos meios de escoamento e de aplicação do betão
(por exemplo: os meios de transporte devem ser calculados em função da sua
capacidade, da distância a percorrer, das condições do pavimento e das condições
de descarga para que se garanta um escoamento contínuo e uniforme do betão).
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