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Poemas 
de Alberto 
Caeiro
Fernando Pessoa 
Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 
13 de junho de 1888 em Lisboa. 
É considerado um dos maiores poetas da língua 
portuguesa e da literatura universal. 
Como poeta, era conhecido por suas múltiplas 
personalidades, os heterônimos, que eram e 
são até hoje objeto da maior parte dos estudos 
sobre sua vida e sua obra, sendo os principais 
Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto 
Caeiro.
Alberto Caeiro 
Antes de analisar sobre Alberto Caeiro é 
necessário saber um pouco sobre o 
poeta. Alberto da Silva, heterônimo criado 
por Fernando Pessoa, é considerado 
o Mestre Ingênuo dos restantes 
heterônimos e do próprio poeta.
 Mestre 
◦ Viver sem dor; 
◦ Envelhecer sem angústia e morrer sem desespero; 
◦ Não procurar encontrar sentido para a vida e para as 
coisas que o rodeiam; 
◦ Sentir sem pensar; 
◦ Ser um ser uno (não fragmentado). 
 Poeta do real objetivo. 
 Poeta da Natureza, a natureza é a única verdade 
 Temporalidade estática, vive no presente, não 
quer saber do passado ou do futuro. 
 Antimetafísico, pois deseja abolir a consciência 
dos seus próprios pensamentos (o vício de 
pensar). 
 A sua existência é o seu próprio significado.
Guardador de rebanho 
O Meu Olhar 
O meu olhar é nítido como um girassol. 
Tenho o costume de andar pelas estradas 
Olhando para a direita e para a esquerda, 
E de, vez em quando olhando para trás... 
E o que vejo a cada momento 
É aquilo que nunca antes eu tinha visto, 
E eu sei dar por isso muito bem... 
Sei ter o pasmo essencial 
Que tem uma criança se, ao nascer, 
Reparasse que nascera deveras... 
Sinto-me nascido a cada momento 
Para a eterna novidade do Mundo... 
Creio no mundo como num malmequer, 
Porque o vejo. Mas não penso nele 
Porque pensar é não compreender ... 
O Mundo não se fez para pensarmos nele 
(Pensar é estar doente dos olhos) 
Mas para olharmos para ele e estarmos de 
acordo... 
Eu não tenho filosofia: tenho 
sentidos... 
Se falo na Natureza não é porque 
saiba o que ela é, 
Mas porque a amo, e amo-a por isso, 
Porque quem ama nunca sabe o que 
ama 
Nem sabe por que ama, nem o que é 
amar ... 
Amar é a eterna inocência, 
E a única inocência não pensar...
Análise 
A primeira estrofe entende-se que ele observa a 
tudo sem se perder ou confundir. E a cada 
momento que ele observa a tudo, se surpreende 
com o mundo, como se tivesse acabado de 
nascer e começasse a descobri-lo. 
Já na segunda, diz que viver é não pensar,uma 
recusa do pensamento abstrato, já que era como 
o oposto do sentir, viver apenas das emoções. 
Na terceira afirma novamente o seu desgosto 
pela metafísica. Além de falar sobre a natureza, 
demonstrando seu amor por ela, no qual, amar é 
não pensar, mas não necessariamente precisa 
de uma resposta, não precisa muito menos saber 
o que é o amor. 
E conclui seu poema, afirmando que amar é não 
pensar.
Pastor amoroso 
O amor é uma companhia 
O amor é uma companhia. 
Já não sei andar só pelos caminhos, 
Porque já não posso andar só. 
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa 
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo 
tudo. 
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. 
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. 
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores 
altas. 
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na 
ausência dela. 
Todo eu sou qualquer força que me abandona. 
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a 
cara dela no meio.
Análise 
O eu-lírico diz que o amor é uma 
companhia, que não faz sentindo ele 
andar sozinho, pois ele deveria andar com 
o seu amor. 
Mesmo o seu amor ausente, ele sente a 
presença dela, ela é a sua força, mas 
também sua fraqueza, perde suas força 
sem ela. Ela é tudo para ele, mesmo 
ausente. 
Quando ele está com ela, ele perdi suas 
forças, elas o abandonam... E toda a sua 
realidade é uma flor, pois essa flor é o seu 
amor.
Poemas inconjuntos 
Criança desconhecida 
Criança desconhecida e suja brincando à minha porta, 
Não te pergunto se me trazes um recado dos símbolos. 
Acho-te graça por nunca te ter visto antes, 
E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança, 
Nem aqui vinhas. 
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Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez 
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Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez, 
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criança pobre a brincar frente à sua porta 
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Poemas de Alberto Caeiro

  • 2. Fernando Pessoa Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. Como poeta, era conhecido por suas múltiplas personalidades, os heterônimos, que eram e são até hoje objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra, sendo os principais Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
  • 3. Alberto Caeiro Antes de analisar sobre Alberto Caeiro é necessário saber um pouco sobre o poeta. Alberto da Silva, heterônimo criado por Fernando Pessoa, é considerado o Mestre Ingênuo dos restantes heterônimos e do próprio poeta.
  • 4.  Mestre ◦ Viver sem dor; ◦ Envelhecer sem angústia e morrer sem desespero; ◦ Não procurar encontrar sentido para a vida e para as coisas que o rodeiam; ◦ Sentir sem pensar; ◦ Ser um ser uno (não fragmentado).  Poeta do real objetivo.  Poeta da Natureza, a natureza é a única verdade  Temporalidade estática, vive no presente, não quer saber do passado ou do futuro.  Antimetafísico, pois deseja abolir a consciência dos seus próprios pensamentos (o vício de pensar).  A sua existência é o seu próprio significado.
  • 5. Guardador de rebanho O Meu Olhar O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de, vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo... Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender ... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar...
  • 6. Análise A primeira estrofe entende-se que ele observa a tudo sem se perder ou confundir. E a cada momento que ele observa a tudo, se surpreende com o mundo, como se tivesse acabado de nascer e começasse a descobri-lo. Já na segunda, diz que viver é não pensar,uma recusa do pensamento abstrato, já que era como o oposto do sentir, viver apenas das emoções. Na terceira afirma novamente o seu desgosto pela metafísica. Além de falar sobre a natureza, demonstrando seu amor por ela, no qual, amar é não pensar, mas não necessariamente precisa de uma resposta, não precisa muito menos saber o que é o amor. E conclui seu poema, afirmando que amar é não pensar.
  • 7. Pastor amoroso O amor é uma companhia O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
  • 8.
  • 9. Análise O eu-lírico diz que o amor é uma companhia, que não faz sentindo ele andar sozinho, pois ele deveria andar com o seu amor. Mesmo o seu amor ausente, ele sente a presença dela, ela é a sua força, mas também sua fraqueza, perde suas força sem ela. Ela é tudo para ele, mesmo ausente. Quando ele está com ela, ele perdi suas forças, elas o abandonam... E toda a sua realidade é uma flor, pois essa flor é o seu amor.
  • 10. Poemas inconjuntos Criança desconhecida Criança desconhecida e suja brincando à minha porta, Não te pergunto se me trazes um recado dos símbolos. Acho-te graça por nunca te ter visto antes, E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança, Nem aqui vinhas. Brinca na poeira, brinca! Aprecio a tua presença só com os olhos. Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez que conhecê-la, Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez, E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar. O modo como esta criança está suja é diferente do modo como as outras estão sujas. Brinca! Pegando numa pedra que te cabe na mão, Sabes que te cabe na mão. Qual é a filosofia que chega a uma certeza maior? Nenhuma, e nenhuma pode vir brincar nunca à minha porta.
  • 11. Analise O eu - lírico conta como observa uma criança pobre a brincar frente à sua porta e a admira, sujeito à sua simplicidade. Ele não questiona a presença da criança e entende que não há nada mais que isso, e é exatamente isso que faz a situação especial. Explica que só assiste a criança brincando, e que vê-la vale muito mais que conhecê-la. Conta como a criança é diferente por ser como é, desconhecida e suja, e que brinca com pedras sem filosofia; se tivesse filosofia não brincaria frente à sua porta.
  • 12. Professora Claudia Literatura 2°A Grupo: Amanda Garcia n°2 Amanda Lira n°3 Leonardo Arinelli n°19