O documento discute a importância do autoamor e como desenvolvê-lo. O autoamor requer: 1) conhecer-se a si mesmo, incluindo seus sentimentos e intenções; 2) tratar-se com respeito e responsabilidade; 3) integrar-se em projetos de ajuda aos outros.
2. “O amor é de
essência divina e
todos vós, do
primeiro ao último,
tendes, no fundo
do coração, a
centelha do fogo
sagrado”. – Fénelon. (Bordéus,
1861). O Evangelho Segundo o Espiritismo –
capítulo XI – item 9.
3. O auto amor
O mais ingênuo ato de amor a
si consiste na laboriosa tarefa
de fazer brilhar a luz que há
em nós. Permitir o fulgor da
criatura cósmica que se
encontra nos bastidores das
máscaras e ilusões. Somente
assim, escutando a voz de
nosso guia interior, nos
esquivaremos das falácias do
ego que nos inclina para as
atitudes insanas da arrogância.
4. Quando não nos
amamos, queremos
agradar mais aos
outros que a nós,
mendigamos o amor
alheio, já que nos
julgamos insuficientes
ou incapazes de nos
querer bem.
O auto amor
5. O resgate de si mesmo há de se
tornar meta prioritária das
sociedades sintonizadas com o
progresso.
O bem-estar do homem, no seu
mais amplo sentido, se tornará o
centro das cogitações da ciência,
da religião e de todas as
organizações humanas.
O auto amor
6. O auto amor
Trabalhar pela felicidade do homem deve ser
o objetivo maior das agremiações
doutrinárias orientadas pela mensagem de
amor do Evangelho.
Não podemos ignorar fatores de ordem
educacional e social que estimulam vivências
íntimas da criatura em sua caminhada de
aprendizado.
Outro fator, mais grave ainda, são as crenças
alicerçadas em sucessivas vidas
reencarnatórias que constituem sólida
argamassa psicológica e emocional, agindo e
reagindo, continuamente, contra os anseios
de crescimento íntimo. O complexo de
inferioridade é a condição cármica criada
pelo homem em seu próprio desfavor.
7. O auto amor
Paulo, o apóstolo de
Tarso, asseverou:
“Porque não faço o
bem que quero, mas o
mal que não quero
esse faço”. (Romanos, 7:19).
8. O auto amor
O auto amor é um aprendizado
de longa duração.
Conectar seu conceito a
fórmulas comportamentais para
aquisição de felicidade
instantânea é uma
atitude própria de quantos se
exasperam com a procura do
imediatismo.
Amar é uma lição para a
eternidade.
9. O auto amor
Que técnicas e métodos nos serão úteis para
incentivar a alegria e a espontaneidade
afetiva?
Como implementar escolas do sentimento em
nossos grupos doutrinários de estudo
sistematizados?
Que temas enfocar na melhor compreensão
das manifestações profundas da alma?
10. O auto amor
Que habilidades emocionais temos que desenvolver
para o auto amor?
Que cuidados adotar para aprendermos uma relação
de amorosidade conosco?
Como alcançar a condição de núcleos avançados
para desenvolvimento dos valores da alma?
Que iniciativas tomar para que as casas espíritas
sejam redutos de aprimoramento de nossos
sentimentos e escolas eficientes de criatividade para
superação de nossas dores?
11. O auto amor
De fato, uma das habilidades que
carecemos aperfeiçoar nas
relações interpessoais é a arte de
ouvir. Mas, da mesma forma que
guardamos limitações para ouvir
o outro, também não sabemos
ouvir a nós mesmos.
Que técnicas adotar para
estimular nossa habilidade de
ser um bom ouvinte?
12. O auto amor
Ouvir a alma é aprender a discernir entre sentimen-
tos e o conjunto variado de manifestações íntimas
do ser, sedimentadas na longa trajetória evolutiva,
tais como instintos, tendências, hábitos, complexos,
traumas, crenças, desejos, interesses e emoções.
Escutar a alma é aprender a discernir o que quere-
mos da vida, nossa intenção-básica.
A intenção do Espírito é a força que impulsiona o
progresso através do leque dos sentimentos.
13. O auto amor
A intenção genuína da alma reflete na
experiência da afetividade humana,
construindo a vastidão das vivências do
coração – a metamorfose da sensibilidade.
A conquista de si mesmo consiste em saber
interpretar com fidelidade o que buscamos no
ato de existir, a intenção magnânima que
brota das profundezas da alma em profusão
de sentimentos.
14. O auto amor
Amar-se não significa laborar por privilégios e
vantagens pessoais, mas o modo como convivemos
conosco. Resume-se, basicamente, como tratamos a
nós próprios.
A relação que estabelecemos como nosso mundo
íntimo. Sobretudo, o respeito que exercemos àquilo
que sentimos.
A autoestima surge quando temos atitude cristã
com nossos sentimentos.
15. O auto amor
Responsabilidade – Somos os únicos responsáveis pelos
nossos sentimentos.
Consciência – O sentimento é o espelho da vida
profunda do ser e expressa os recados da consciência.
Nossos sentimentos são a porta que se abre para esse
mundo glorioso que se encontra “oculto”,
desconhecido.
- Ética para conosco – Somos tratados como nos
tratamos. Como sermos merecedores de amor do
outro, se não recebemos nem o nosso próprio?
16. O auto amor
- Juízo de valor – Não existem sentimentos certos
ou errados.
- Automatismos e complexos – O sentimento pode
ser sustentado por mecanismos alheios à
vontade e à intenção.
- Auto amor é um aprendizado – Construir um novo
olhar sobre si, desenvolver sentimentos elevados
em relação a nós, constitui um longo caminho de
experiências nas fieiras da educação.
17. O auto amor
Domínio de si – Educar sentimentos é tomar posse
de nós próprios.
- Aceitação – Só existe amor a si através de uma
relação pacífica com a sombra.
- Renovação do sistema de crenças – Superar os
preconceitos.
Julgamentos formulados a partir do sistema de
crenças desenvolvidas com base na opinião alheia
desde a infância.
18. O auto amor
- Ação no bem – Integração em projetos solidários.
A aquisição de valor pessoal e convivência com a
dor alheia trazem gratidão, estima pelas vivências
pessoais.
Cuidando bem de nós próprios, somos, simultanea-
mente, levados a estender ao próximo o tratamento
que aplicamos a nós, independente de sermos
amados, passamos a experimentar mais alegria em
amar.
A ética de amor a si deve estar afinada com o amor
ao próximo.
19. O auto amor
-Assertividade – Diálogo interno. Uma negociação
íntima para zelar pelos limites do interesse pessoal.
-Florescer a singularidade – O maior sinal de
maturidade. Estamos muito afastados do que
verdadeiramente somos.
Ter as rédeas de si mesmo – Para muitos o persona-
lismo surge nesse ato de gerir a vida pessoal com
independência. Pelo simples fato de não saberem
como manifestar seus desejos e suas intenções,
abdicam do controle íntimo e submetem-se ao
controle externo de pessoas e normas.
20. O auto amor
-Construção da autonomia – Autonomia é capaci-
dade de sustentar sentimentos nobres acerca de nós
próprios.
- Identificação das intenções – aprender a reconhe-
cer o que queremos, qual nossa busca na vida.
Quase sempre somos treinados a saber o que não
queremos.
Sentir-se bem consigo é sinônimo de felicidade,
acesso à liberdade. É permitir que a centelha
sagrada de Deus se acenda em nós.
Conhecer a arte de manejar caracteres.