O documento discute o sofrimento e as provas da vida. Aponta que os espíritos escolhem as próprias provas para progredir em sua jornada, e que a fé é o melhor remédio para os sofrimentos. Também destaca que os que sofrem com coragem e resignação receberão grandes recompensas de Deus.
4. Qual é a finalidade da encarnação dos
Espíritos?
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5. — Deus a impõe com o fim de
levá-los à perfeição: para uns, é
uma expiação; para outros, uma
missão. Mas, para chegar a essa
perfeição, eles devem sofrer todas
as vicissitudes da existência
corpórea; nisto é que está
a expiação.
6. A encarnação tem
ainda outra finalidade,
que é a de pôr o
Espírito em condições de
enfrentar a sua parte na
obra da Criação.
7. É para executá-la que ele
toma um aparelho em cada
mundo, em harmonia com a
matéria essencial do mesmo,
afim de nele cumprir, daquele
ponto de vista, as ordens de
Deus. E dessa maneira,
concorrendo para a obra geral,
também progredir.
8. Os Espíritos que, desde o princípio,
seguiram o caminho do bem têm
necessidade da encarnação?
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9. — Todos são criados
simples e ignorantes e se
instruem através das lutas e
atribulações da vida corporal.
Deus, que é justo, não podia
fazer feliz a uns, sem penas e
sem trabalhos, e por
conseguinte sem mérito.
10. Mas então de que serve aos Espíritos
seguirem o caminho do bem, se isso não os
isenta das penas da vida corporal?
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11. — Chegam mais depressa
ao alvo. Além disso, as penas
da vida são frequentemente a
consequência da imperfeição
do Espírito. Quanto menos
imperfeito ele for, menos
tormentos sofrerá.
12. Aquele que não for
invejoso,
nem ciumento,
nem avarento ou
ambicioso,
não passará pelos
tormentos que se
originam desses defeitos.
13. 18 – Quando Cristo disse:
“Bem-aventurados os aflitos,
porque deles é o Reino dos
Céus”, não se referia aos
sofredores em geral, porque
todos os que estão neste
mundo sofrem, quer estejam
num trono ou na miséria...
14. ...mas ah!, poucos sofrem
bem, poucos
compreendem que
somente as provas bem
suportadas podem
conduzir ao Reino de
Deus.
15. O desânimo é uma
falta; Deus vos nega
consolações, se não
tiverdes coragem.
16. A prece é um sustentáculo da
alma, mas não é suficiente por si
só: é necessário que se apoie
numa fé ardente na bondade de
Deus.
18. O fardo é proporcional às forças,
como a recompensa será proporcional
à resignação e à coragem.
19. A recompensa será tanto
mais esplendente, quanto
mais penosa tiver sido a
aflição.
Mas essa recompensa deve
ser merecida, e é por isso
que a vida está cheia de
tribulações.
20. No estado errante, antes de nova existência
corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do
que lhe vai acontecer durante a vida?
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21. — Ele mesmo
escolhe o gênero de
provas que deseja
sofrer; nisto consisteo
seu livre-arbítrio.
22. Não é Deus quem lhe impõe as
tribulações da vida, como castigo?
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23. — Nada acontece sem
a permissão de Deus,
porque foi ele quem
estabeleceu todas as leis
que regem, o Universo.
Perguntareis agora por
que ele fez tal lei em vez
de tal outra
24. Dando ao Espírito a
liberdade de escolha, deixa-
lhe toda a responsabilidade
dos seus atos e das suas
consequências; nada lhe
estorva o futuro; o caminho
do bem está à sua frente,
como o do mal.
25. Mas se sucumbir, ainda lhe resta
uma consolação, a de que nem
tudo se acabou para ele, pois
Deus, na sua bondade, permite-
lhe recomeçar o que foi malfeito.
É necessário distinguir o que é
obra da vontade de Deus e o
que é da vontade do homem.
26. Se um perigo vos ameaça,
não fostes vós que o criastes,
mas Deus; tivestes, porém, a
vontade de vos expordes a
ele, porque o considerastes
um meio de adiantamento; e
Deus o permitiu.
27. O militar que não é enviado à
frente de batalha não fica
satisfeito, porque o repouso no
acampamento não lhe
proporciona nenhuma
promoção. Sede como o
militar, e não aspires a um
repouso que enfraqueceria o
vosso corpo e entorpeceria a
vossa alma.
28. Ficai satisfeitos, quando Deus
vos envia à luta. Essa luta não é o
fogo das batalhas, mas as
amarguras da vida, onde muitas
vezes necessitamos de mais
coragem que um combate
sangrento, pois aquele que
enfrenta firmemente o inimigo
poderá cair sob o impacto de um
sofrimento moral
29. O homem não recebe
nenhuma recompensa por
essa espécie de coragem, mas
Deus lhe reserva os seus louros
e um lugar glorioso.
Quando vos atingir um motivo
de dor ou de contrariedade,
tratai de elevar-vos acima das
circunstâncias.
30. ...Combati o bom combate,
terminei a minha carreira,
guardei a fé. (2Timóteo 4,6-8).
31. E quando chegardes a
dominar os impulsos da
impaciência, da cólera ou
do desespero, dizei, com
justa satisfação: “Eu fui o
mais forte”!
33. 19 – Vossa terra é por acaso um
lugar de alegrias, um paraíso de
delicias? A voz do profeta não soa
ainda aos vossos ouvidos? Não
clamou ele que haveria choro e
ranger de dentes para os que
nascessem neste vale de dores?
34. A terra se encontra na segunda categoria
de mundos – Mundo de expiação e
provas.
35. Se o Espírito escolhe o gênero de provas que
deve sofrer, todas as tribulações da vida
foram previstas e escolhidas por nós?
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36. — Todas, não, pois não se
pode dizer que escolhestes e
previstes tudo oque vos acontece
no mundo, até as menores coisas.
Escolhestes o gênero de provas; os
detalhes são consequências da
posição escolhida, e
frequentemente vossas próprias
ações.
37. Como desencarnados, quando
vagáveis no espaço, escolhestes as
vossas prova, porque vos
consideráveis bastantes fortes para
suportá-la. Por que murmurais
agora? Vós que pedistes a fortuna
e a glória, o fizestes para sustentar
a luta com a tentação e vencê-la.
39. Um só é infalível: a fé,
voltar os olhos para o céu.
Se, no auge de vossos mais cruéis
sofrimentos, cantardes em louvor
ao Senhor, o anjo de vossa guarda
vos mostrará o símbolo da
salvação e o lugar que devereis
ocupar um dia.
41. A fé é o remédio certo para
o sofrimento.
Ela aponta sempre os
horizontes do infinito, ante
os quais se esvaem os
poucos dias de sombras do
presente.
44. Não mais nos pergunteis,
portanto, qual o remédio
que curará tal úlcera ou
tal chaga, esta tentação
ou aquela prova.
45. Lembrai-vos de que aquele
que crê se fortalece com o
remédio da fé, e aquele que
duvida um segundo da sua
eficácia é punido, na mesma
hora, porque sente
imediatamente as angústias
pungentes da aflição.
47. “Respondeu o Senhor: Se tivésseis fé
como um grão de mostarda, diríeis a
esta amoreira: Desarraiga-te, e planta-
te no mar; e ela vos obedeceria.” – (Lucas
17.5,6)
48. Como um grão e não do
tamanho.
A responsabilidade de aumentar a fé
não era de Deus, mas deles mesmo!
E então ensina-os como faze-lo:
usando
a lei de semeadura e ceifa.
49. O Senhor pôs o seu selo em todos
os que creem nele.
Cristo vos disse que a fé transporta
montanhas.
Eu vos digo que aquele que sofre e
que tiver a fé como apoio, será
colocado sob a sua proteção e não
sofrerá mais.
50. Os momentos mais dolorosos serão
para ele como as primeiras notas de
alegria da eternidade. Sua alma se
desprenderá de tal maneira de seu
corpo, que, enquanto este se torcer
em convulsões, ela pairará nas regiões
celestes, cantando com os anjos os
hinos de reconhecimento e de glória
ao Senhor.
51. Felizes os que sofrem e
choram! Que suas almas se
alegrem, porque serão
atendidas por Deus.