Antologia Poetica Poesia Pau Brasil reune um conjunto de poetas brasileiros contemporâneos preocupados em contribuir para o aprofundamento da estetica pau brasil - oswaldiana - anti imperialista, anti colonialista, sem falsos patriotismos verdamarelistas, libertando a nossa linguagem literaria de quaisquer subserviencias aos estrangeirismos.
Poesia Pau Brasil celebra a resistência e diversidade da poesia brasileira
1.
2. Índice
Apresentação
Nossa Capa: Leandro Freire
Um brinde à Poesia Pau Brasil
Autores
A
Ângela Matos – MG
Antônia Vyrena – RS
Antonio Cabral Filho – RJ
Antônio de Pádua Elias de Souza – MG
Araci Barreto – RJ
Aurineide Alencar – MS
D
Dilercy Aragão Adler – MA
F
Fabiano Soares da Silva – RJ
Francisco Ferreira – MG
G
Gilberto Cardoso dos Santos – RN
J
Janaina da Cunha – RJ
José Carlos de Arruda – RJ
Júnio Liberato Luz – MG
L
Leandro Freire – RJ
Leomária Mendes Sobrinho – BA
P
Paulo Roberto de Oliveira Caruso – RJ
R
Rodrigo Bro – MG
4. Apresentação
Francisco Ferreira – MG
POESIA PAU BRASIL
A boa poesia é aquela que não dá nó na língua. Que entra nos saraus
eruditos pelas portas do fundo. Que é rabiscada nos muros cinzas e sem
vida da Paulicéia domada. Da Sampa violentada pelas mãos douradas de
um escroque servil. A boa poesia é pichada e fichada na polícia. É da
resistência. É ritmada no batuque das mãos e recitada nos becos.
A boa poesia é aquela que dá o nó na garganta. Que rasga a caatinga no
aboio. Desafia e é desafiada nos duetos de repentes. É cantada, contada e
recontada nas praças. Tem cheiro de estrume e suor. Tem gosto de
cachaça. Exala o perfume da negra nua sob a lua. Está na lágrima e no
riso. É xilografada e tatuada na alma sertaneja.
A boa poesia é aquela que se liberta no ponto do caboclo. Que exalta os
orixás. Que é acompanhada do berimbau. Bate cabeça no congá. Roda no
samba, na capoeira e na gira. Que é cantarolada no compasso das
caixinhas de fósforos. Batucada nos botecos. A poesia é brasileira, por
excelência, sim senhor!
A boa poesia não dá ponto sem vírgula e nem nó sem laçada. É bateiada,
lavada e apurada nas lavras das Gerais. Atravessa os pampas de bota e
bombacha. Corre nas vaquejadas de gibão e chapéu de couro. É irmã do
coco, xaxado, baião. Frevo, maracatu, xote e forró. Do lundu e do maxixe.
Está no frango com quiabo e angu, no chimarrão, no tereré. No pãozim de
queijo e no ora pro nóbis.
A boa poesia está na jabuticaba e na pitanga. No poetrix, no ecosys, na
aldravia, poema correio, poema processo, poema concreto, tropicalismo e
marginália. Na charqueada e cavalhadas. Na folia de reis e no carnaval. A
boa poesia não obedece fronteiras, não reconhece convenções, não é
blazé. A boa poesia não está na erudição e no rebuscar infatigável nos
baús da Flor do Lácio. Tem Sertão e Veredas. Riobaldo e Diadorim. É
Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Tião Carreiro.
5. A boa poesia é nobre como o Pau Brasil. É bela como a arara azul, arredia
como o mico leão dourada e melodiosa como o uirapuru. É forte como o
caboclo brasileiro. É resiliente como o negro brasileiro. É madeira de lei.
É Catulo e catira. É Paixão e Patativa. É cerarense e do Assaré. Corre nas
veias de Ariano, Oswald, Mário, Drummond, Manoel de Barros e Bandeira.
É Cabral, é Caruso, Angela, Vallias, Vyrena, Pádua Elias, Barreto, Dilercy,
SoaresdaSilva,Petrônio,Gilberto,Janaina,JCLacerda,SrLiberato,Leandro,
Leomária,Rodrigo, Tamirys, Vanda e Aurineide.
A boa poesia é sincretismo, é improviso, é Brasil. Poesia Pau Brasil.
6. Nossa Capa
Leandro Freire é nosso capista.
Além do mais é designer, videomaker, compositor, poeta, nasceu no
Rio de Janeiro em 25 de abril, é técnico ambiental e blogueiro.
Editor do blog O Incrível Mundo das Idéias -
http://oincrivelmundodasideias.blogspot.com.br/
7. Um Brinde à Poesia Pau Brasil
“Paródia do Hino Nacional
Ouviram da Picanha as carnes flácidas
De um Peito heróico o brado retumbante,
O Acém da liberdade, em Paios fúlgidos,
Brilhou no céu da Alcatra nesse instante.
Se o Cupim dessa igualdade
Conseguimos conquistar com Bucho forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o Coxão Duro a própria morte!
Alcatra amada,
E bem grelhada,
Salve! Salve!
Pernil, um sonho intenso, um Paio vívido,
De amor e de esperança à grelha desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Braseiro resplandece.
Churrasco pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido Pescoço,
E o teu futuro espeta essa grandeza.
Grelha adorada
Entre outras mil
És tu, Pernil,
Alcatra amada!
Dos filhos deste solo
És mãe Pernil,
Alcatra amada,
Brasil!
Fincado eternamente em espeto esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, Filé da América,
Ponta de Agulha ao sol do Novo Mundo!
8. Do que a Grelha mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais carne,
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais churrasco”.
Alcatra amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Pernil, de amor eterno seja símbolo
O Fígado que ostentas estrelado,
E diga o Coxão Mole dessa flâmula
- Gás no futuro e brasa no passado.
Mas se ergues da Lingüiça a clava forte,
Verás que um Filé teu não foge à luta,
Nem Tender, quem te adora, a própria morte.
Grelha adorada
Entre outras mil
És tu, Pernil,
Alcatra amada,
Brasil!
Dos Filés deste solo
És mãe Pernil,
Alcatra amada,
Brasil!
* Francisco Manuel da Silva
Joaquim Osório Duque Estrada & André Vallias”
9. Ângela Matos – MG
MiniBio
Ângela Matos é mineira de Jampruca, professora, com Licenciatura
Português/Inglês, 12 anos de atuação na EJA e 16 no ensino médio,
artesã e poeta. Tem dois livros publicados: Camuflagens do Amor e
Devaneios. Foi casada por 7 anos e ficou viúva. Hoje, numa nova
relação, é casada há 25 anos, tem 2 filhos casados e sem netos. É
amante da natureza e de tudo que amplia o AMOR. WhatsApp
(33)84163038. Confira https://www.facebook.com/angela.matos.39948
10. Ser jovem
Viver o novo e despertar para a alegria;
de bem com a vida!
Juventude que transborda
Dentro d'alma salta
O amor pelo transcender das limitações.
Cura ,
Alivia,
Desabrocha...
Flamejante como vulcão.
Não existe o tempo.
Não existe a idade.
Importa viver com alegria.
Momentos que não mais tornam; voam...
Envelhecer com ternura.
Amante de tudo que sublima...
De tudo que transforma e exalta!
A estima vai ao topo!
E o amor?
Define tudo!
Ângela Matos – MG
11. Antonia Nery Vanti ( Vyrena ) – RS
MiniBio
Vyrena – Antonia Neri Vanti, gaucha de Santiago nascida em 16 de
fevereiro, casada, mãe de um casal de filhos e avó de um casal de netos.
Confira https://aneryv.orgfree.com
12. Amanhecer
Abro a janela
o ar fresco da madrugada
bate em meu rosto
amarrotado
pela noite de sono.
Meus olhos
ainda entorpecidos,
por entre as pálpebras,
semi fechadas,
espiam o sol
que mal vem despontando,
do outro lado do rio.
O horizonte está rubro
como que iluminado
por mil tochas
que se multiplicam
ao se refletirem
no espelho das águas.
Sorrio, encantada,
com essa beleza sem par.
O ar fresco
dá-me calafrios,
faz-me estremecer.
Nem assim,
da janela me afasto.
O olhar cativo
fica preso
a esse espetáculo ímpar,
com que a natureza
o está presenteando!
Antonia Nery Vanti (Vyrena)
Direitos autorais reservados®
Antonia Nery Vanti – Vyrena – RS
13. Antonio Cabral Filho – RJ
MiniBio
ACF é mineiro de Jampruca, ex distrito do município de Frei
Inocêncio, nascido em 13 de agosto de 1953, técnico em contabilidade,
agente publicitário, produtor cultural, 15 livros autorais, 75 coletivos,
antologista, poeta, promove o concurso Antologias 100 já na quarta
edição com o tema rapariga.
Confira https://antologiabrasilliterario.blogspot.com.br
14. SOMBRA
Se eu me movo e caminho ou não
O mundo se move comigo
E junto segue outra pessoa
Em forma de sombra.
Aonde eu vou ela me segue
À frente, atrás, aos lados,
Mas me segue, incontinente,
Alheia à minha vontade
E livre do que diz a metafísica.
É a sombra
Que não me deixa em momento algum,
Mais do que possa minha vã curiosidade
Imaginar como isso tudo se dá.
E o mais interessante entre nós
É que vivemos pacificamente
Em relação ao espaço
E nenhum de nós quer saber
Quem tem prioridade,
Quem ocupa mais ou menos latitude,
Quem chega ou quem parte primeiro,
Se estamos convictos
De que só existimos juntos.
Antonio Cabral Filho – RJ
15. Antonio de Pádua Elias de Sousa – MG
MiniBio
Antonio de Pádua Elias de Sousa –
Formiga – MG,
Membro da Academia Formiguense de Letras – AFL,
formado em administração, blogueiro, casado,
três filhos, poeta e trovador, milita na imprensa
literária local e nacional, participa de concursos
e integra várias antologias nacionais, soma 58 anos.
Pau – Brasil
16. Cientificamente, Paubrasilia enchinata,
bela madeira de lei,
na Mata Atlântica a origem nata,
que outrora, da floresta, era rei.
Sua flor amarela e vermelha
com fruto em vagem entre espinhos.
Este ao Ipê se assemelha,
que no comércio estrangeiro, abriram caminhos.
Estiveram próximo da extinção,
num desmatamento desenfreado.
Vindo de um imperador a conscientização,
qual reprimiu a demanda do mercado.
Nossa árvore símbolo, hoje em dia,
ela, ao país, o nome emprestou.
Aos preservacionistas, é motivo de alegria.
e ao mundo, suas belezas, divulgou.
És madeira de enorme robustez,
não sendo por pragas, atacada,
por isso a nossa lucidez,
em fazê-la representar a pátria amada.
31/03/2017
Antonio de Pádua Elias de Sousa – MG
Araci Barreto – RJ
17. MiniBio
Araci Barreto nasceu no Rio de Janeiro – Rj em 1942, escritora, poeta,
promotora cultural, é fundadora e dirigente do Postal Clube, através
do qual editou 16 Antologias nestes 27 anos de atuação, além de ter
editado O Jornalzinho, órgão que veiculava a produção dos associados.
Confira www.postalclube.com.br
Brasil – 517 Anos Nossa terra tem palmeiras,
18. Cajueiros, bananeiras,
“em se plantando, tudo dá.
Terra rica, Terra santa...
Pelas ruas, a criança,
Não tem escola nem lar.
Os índios são maltratados,
Os velhos, abandonados...
Salário mínimo é esmola...
E toda a riqueza da Terra,
Ha quinhentos anos navega
Para as terras de alem-mar.
Nesta terra Brasileira,
Tão bonita e hospitaleira,
“gringo” é bem recebido...
- transações comerciais! –
Nos palácios atapetados,
Conversas, encontros velados
E ... Lá se vão as estatais!
Mas nossa Terra tem também,
Rede Globo, Jornal Nacional,
E ali fica tudo acertado:
Um Prefeito foi cassado,
Prenderam um marginal”.
Assiste-se, logo depois, a novela
E vamos dormir. Amanhã será outro dia,
Quinhentos anos de Terra
Bela, rica e generosa,
Fazendo a felicidade
De uma “gang” poderosa.
Araci Barreto – RJ
Aurineide Alencar – MS
19. MiniBio
Aurineide Alencar
Formada em Letras e pós-graduada em Metodologias do Ensino Superior e em Ciências da
Educação. Mestranda em Ciência da Educação. Autora dos livros: Nas veredas do cordel e Vida
em Verso. 70 folhetos de cordéis publicados. Participação em mais de 20 Antologias. Vários
prêmios Literários, constando em alguns, 1º, 2º e 3º lugar.
O Trem – 19/02/2016
20. A vida é um trem,
Que mesmo andando devagar
Nunca para no meio da estrada!
As fazes da vida são as estações,
Onde o trem para tão rapidamente,
Que sequer dá tempo para escolher
Se irá ficar ou seguir.
O trem da vida passa por caminhos
Tortuosos e assombradores.
Porém passa por montanhas
E vales encantadores,
Onde o sol nasce todos os dias
Trazendo alento e esperanças.
Passa por jardins e bosques
Cheios de espinhos e provações,
Mas cheios de rosas coloridas
Da perseverança!
A criança é a estação de partida.
Ao sair o trem,
O toc toc dos trilhos do coração,
Só tem uma certeza,
Que ao passar por cada estação
Estará chegando mais e mais
Próximo do desembarque final,
Que é a estação da morte.
Para quem tem Deus como maquinista,
Sabe que escolheu o melhor vagão,
Pertinho de Jesus,
A caminho da salvação!
Aurineide Alencar – MS
Dilercy Adler – MA
21. MiniBio
Maranhense de São Vicente Férrer, nascida em 07/07/1950. Doutora
em Ciências Pedagógicas, especializada em pesquisas nas áreas de
psicologia e sociologia. Tem 12 livros publicados, organizou 12
antologias e integra mais de cem antologias nacionais e internacionais.
Fundou e preside a Academia Ludovicense de Letras – ALL e integra
muitas outras entidades litero-culturais, tendo conquistado até agora
inúmeras premiações literárias.
Homem-natureza
22. Homem- natureza
Natureza- homem
relação intensa
relação de vida
às vezes tranquila
às vezes insana ...
homem- natureza
natureza humana
homem sobre a natureza
dominando-a
exibindo a sua força
a sua inteligência...
a natureza se subordina
às vezes se abandona
aos caprichos do homem
e adormece embevecidamente...
como se ouvisse uma canção de amor...
mas às vezes acorda
levanta-se enfurecida
mostra a sua força
e se revela
na sua essência - cavalo selvagem-
indubitavelmente indomável!...
Dilercy Adler –MA
Fabiano Soares da Silva – RJ
23. MiniBio
Cidadão fluminense nascido em São João de Meriti, crescido em
Belfort Roxo, poeta, professor e produtor audiovisual. Tem 15 livros
publicados, edita a Folha Cultural Pataxó e o blog
https://fcpataxo.blogspot.com.br
precede o dia dos mortos
24. Ele estava morto
Sem mesmo saber.
Já estava traído pelas
Mulheres que amou.
Perseguidos pelos inimigos que ajudou
Ou compreendeu.
Com o bumerangue que lançou
Feriu-se a cabeça
Ao dar às costas a seu feito.
Seus filhos se abortaram
Diante da vida dura e premeditada
Que já haviam preparado.
Suas mulheres tão inspiradas por ti
Mesmos as confusas, as distraídas,
As comprometidas, as loucas, as desejosas.
Descobriram-se em uma noite
E deleitaram-se mutualmente em êxtase
Tão belo e simplesmente dançaram
O canto de suas próprias vidas.
Já estava morto
Mas não sabia.
25. Enquanto se fingia de coitado,
Julgava as mulheres
Com quem já havia se deitado.
Morrera com seu próprio vinho,
Com seu próprio orgulho,
Seu próprio caminho
Feito sob medida
Para passos indigestos
E possivelmente esperados.
Fabiano Soares da Silva – RJ
Francisco Ferreira – MG
26. MiniBio
Poeta, trovador, delegado da UBT de Conceição do Mato Dentro –
MG, dicionarista, promotor cultural, detentor de vários prêmios
literários, funcionário público, contista e editor do blog
Impalpável Poeira das Palavras -
https://impalpavelpoeiradaspalavras.blogspot.com.br/
27. Seleta de Poetrix
Suicida
De tantas mágoas revestida
que, ressentida,
despiu-se da vida.
*
Filme Barato
Em todas as manhãs
reprisa o espelho
um flash back de mim.
*
Oxelfer
Ao ver-me no espelho
espanta-me o espectro
de espantalho.
*
Caçada
Acuada e ferida
vocifera
a fera.
*
Manifesto
República à revelia,
a recusa aos recursos
resulta em revolta
Francisco Ferreira – MG
Gilberto Cardoso dos Santos – RN
28. MiniBio
Cordelista, trovador, poeta, promotor cultural, radialista, professor e
blogueiro.
Acesse Blog do Gil - http://bloggcarsantos.blogspot.com.br/ e Blog da
APOESC - http://apoesc.blogspot.com.br/
Poesia
29. Poesia é Tom suave
Águas de março em abril
Jangada, bolha na trave
É pedra, é pau-brasil
Trovas
Caímos em grande ardil
Por causa do homem mau
Tínhamos o Pau Brasil
E agora o Brasil no pau.
Que o congresso defira
Este meu desejo crítico:
Seja o Dia da Mentira
Também dia do Político.
Congresso
Belo pelo fino trato,
Tentava impressionar;
Com discurso caricato,
Falava em modernizar;
Apesar do aparato,
Era feio e sem recato,
Do dólar e não do lar.
Gilberto Cardoso dos Santos – RN
Janaina da Cunha – RJ
30. MiniBio
Escritora, produtora multimídia, assessora cultural, jornalista, poeta,
atriz, autora do livro Entrega – a essência da mulher, pela Editora
NITPRESS, dirige os projetos Identidade Cultural e Movimento
Culturista, ambos voltados para a valorização da cultural popular.
Acesse Santos e Profanos - http://janainadacunha7.blogspot.com.br/ e
seu Perfil Facebook https://www.facebook.com/Janainadacunha , mas
é acima de tudo bisneta de Euclides da Cunha.
CANTO
31. (Aos Guerreiros e Guerreiras Servidores Públicos Estaduais do ERJ
que defendem com coragem seus Direitos como cidadãos e lutam
bravamente contra um governo Corrupto, Desumano e Criminoso)
Como dizia Martin Luther King,
"Não tenho medo do grito dos maus. Tenho medo do silêncio dos
bons".
Por isso eu Canto.
Canto promessas insanas ao vento sem saber onde vão cair.
Canto dores sombrias,
almas sem rostos
e sentimentos que nunca senti.
Canto no canto do silêncio de quem não tem voz
infinitas palavras para quem não deseja ouvir.
Canto nos quatro cantos
o canto melancólico dos desgraçados,
as faces camufladas
do preconceito
e a maldade escondida
por trás das máscaras.
Ignoro a todo instante
os apelos vãos
de quem clama por
minha sensatez
e me rebelo diante
da imagem distorcida
que vejo diante do espelho.
Quem sou eu?
Quem são vocês?
Não concordo com o canto de quem se engana
que a destruição do mundo
é culpa dos canalhas
e corruptos.
32. Mentira... mentira!
A culpa é da omissão
de quem se cega,
da surdez de quem
finge não escutar
e da boca covarde
que se cala
diante da indignação.
Levanto minha voz
contra a hipocrisia
e o comodismo dos
que me cercam e canto!
Sim... eu me atrevo e canto!
Canto as lágrimas
dos inocentes,
a angústia da mãe que reza
e o pai que volta para
a casa de mãos vazias.
Canto a fome
dos miseráveis,
os pesadelos de quem dorme na impunidade
e os demônios deitados
em camas ricas de uma consciência sem lei.
Eu canto mesmo
sem saber cantar
porque a pimenta
que arde na sua língua
é a Poesia Viva
que queima em mim!
Janaína da Cunha – RJ
José Carlos de Arruda – RJ
33. MiniBio
Rio de Janeiro, 1957, professor, escritor, dirige dois blogs: um de
literatura e outro de português. Integras as Antologias DelSecchi vol
XXVI, Antologia Marcelo O.Souza São Paulo – SP e Antologia Café
com Poemas, Salvador – BA.
Confira: Facebook https://www.facebook.com/josecarlos.dearruda
Momentos
34. Em todas as partes do mundo, há o inesperado momento capital.
Que causa espanto quando chega,
Entra sem bater, como um selvagem e faminto animal.
Não é bom, é quase sempre diferente da mão que aconchega.
Estar ou não estar preparado, para isso não importa.
Haverá na maioria das vezes decepções e amarguras,
Que por mais que você lute contra, o seu coração não comporta,
Nem que o mesmo seja amplo, será corroído por coisas impuras.
Aos poucos você sente que é hora de optar.
No amanhã a solução de agora, esbarrando hoje, lembrando ontem.
Com os pensamentos dilacerados, acha que melhor é parar.
Para você é difícil, para os outros é fácil, pois que cantem.
A todos competem, vem de encontro, isso não se pode negar.
Que ninguém se preocupe, e que a todos encantem.
José Carlos Lacerda – BA
Júnio Liberato Luz – MG
35. MiniBio
Poeta, músico, vidiomaker, compositor, autor do CD Poesias do Corpo
e da Alma, lavrador, performer, mineiro, natural de Taquaruçu, vinte
anos.
Sites
Recanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/autores/srliberato
Youtube
https://youtube.com/channel/UCvcHTIQyoxsmeAUqVflC35g
Nossa Juventude
36. Hoje é dia mundial da juventude,
Mas, a nossa juventude está morrendo!
Veja só que loucura,
Nesta realidade tão dura!
Nossa juventude está "simplesmente" desaparecendo!
Assim como a poeira da estrada,
Que logo se apaga,
Assim, como a névoa da manhã!
Que logo se espalha!
Está sim se acabando!
Tal como a natureza,
Ano após ano...
Meu Deus, mas que tristeza!
Num país de tanta riqueza,
A juventude não está vigorando!
A maioria dela está perdida!
Tomam uma estrada sem volta,
Pondo fim em suas vidas...
A juventude está desconhecendo a fé,
E assim ela não se mantém de pé!
Nossa juventude está padecendo nas drogas,
E assim, tão cedo ela vai embora!
Nossa juventude está cada vez mais violenta!
É dada a sentença!
Milhares de jovens morrem todos os dias!
Meu Deus! Quanta violência!
Nesta sociedade primata,
A segurança é cada vez mais fraca,
E quem perde, é o pacato cidadão!
Júnio Liberato Luz – MG
Leandro Freire – RJ
37. MiniBio
Designer, videomaker, compositor, poeta,
nasceu no Rio de Janeiro em 25 de abril,
é técnico ambiental e blogueiro.
Editor do blog O Incrível Mundo das Idéias -
http://oincrivelmundodasideias.blogspot.com.br/
A Lenda do Guerreiro Crítico
38. A minha língua é minha arma!
É minha sina, é meu carma.
É minha espada flamejante.
É meu ultimato altissonante.
Lutar contra a ganância,
O exército da ignorância.
Degolar o ego do egoísmo,
Vencer com luz o abismo!
Sim!
A minha língua é minha arma!
E a palavra é minha farpa.
E é meu mundo, e é meu tudo.
E meu coração é meu escudo!
Não me calar no mar dos mudos.
Não afogar entre os sisudos.
Ouvir por entre os surdos.
Não paralizar nos absurdos.
E hei de lutar mais vã luta!
E hei de vencer a besta enxuta!
Eu, em minha própria ala!
Eu, e minha espada que fala...
Leandro Freire – RJ
Leomária Mendes Sobrinho – BA
39. MiniBio
Nasceu em 13/11/1962, Salvador – BA,
educadora, escritora e poeta com vários livros publicados.
Edita o blog Academia Virtual da Poesia
http://academiavirtualdapoesia022016.blogspot.com.br/
Pau Brasil
40. Paubrasília echinata é o gênero da árvore,
Onde a madeira é de tonalidade vermelha e escura,
Em nossas vidas virou folclore
Com seus quinze metros de altura.
Na zona da mata pernambucana,
Á época do Brasil colônia,
Local de maior incidência, onde já era soberana.
Seu museu é no município de Glória da Goitá, que ironia.
Árvore de flores amarelas e espinhos.
“Arabutã”, “Ibirapitanga”, “Ibirapiranga”e “Ibiratá”.
“Orabutã” e tem tantos outros carinhos,
Motivos para nossa festa.
Árvore símbolo do Brasil.
Representa uma distinta e única linhagem
Evolucionária.
Que lhe conferiu o direito de ter um gênero próprio
Por ser responsável pelo País ter o nome que tem,
É extraordinária!
O seu valor é um grande acessório.
Este é o Pau-Brasil!
Leomária Mendes Sobrinho – BA
Paulo Roberto Oliveira Caruso – RJ
41. MiniBio
Poeta, contista, cronista, carioca residente em Niterói,
advogado,administrador, servidor público, nascido em 19/07/1975,
membro de dezenas de entidades literárias, preside a Academia
Brasileira de Trova e promove concursos literários através do site
Reino dos Concursos -
http://www.reinodosconcursos.com.br/index.php
Vera Amada Minha
42. Tu não trazes litanias
A meu ser acostumado
A Perjúrio e Perfídia,
O casal sempre na mídia
E no mundo inebriado
Destes nossos falsos dias.
Os dois fazem rebentos
Como pútridas sementes
Em intenso farfalhar...
Tu trazes-me momentos
Que transformam os repentes
Em beleza a borbulhar.
Paulo Roberto de Oliveira Caruso – RJ
Rodrigo Bro – MG
43. MiniBio
É poeta, artista plástico, professor, mineiro, reside em Belo
Horizonte. Edita o blog Ofertório de Prazeres –
http://ofertoriodeprazeres.blogspot.com.br
O Amor Me Devora
44. Fez-se oceano
O rio da minha infância
Onde para que o amor me devore
O desejo me lança.
Deixo-me devorar
Pois de que vale o eterno
Sem as fugazes delícias do existir?
Com boca caprichosa de veneno
O amor me devora
E sei bem dos rios
Que choram de encanto
Por serem linhas do manto
Que tecem as ondas do mar.
Com abstinente boca
O mar me afaga
Afoga
Deflora
Com sal
Saliva e carícia
O amor me devora.
Rodrigo Bro – MG
Tamirys Morais – MG
45. MiniBio
É natural de Conceição do Mato Dentro (MG), nascida em 11/9/1997, está
finalizando o curso de Professora em Educação Infantil, gosta de escrever
sobre o amor e seus reflexos. Começou a escrever recentemente e
apresentada à trova, se apaixonou pelo estilo.
Trovas Sobre o Amor
46. Do momento em que te olhei,
meu coração se alegrou,
senti que me apaixonei,
e nosso amor prosperou.
Hoje admito que mudei,
esperava este momento,
pois desde quando te olhei,
não me sai do pensamento.
Se brilham tanto ao me ver,
são olhos de apaixonado,
meu pensamento a querer,
ter você sempre ao meu lado.
A saudade é engraçada,
por mais que nós a matemos,
não perece, a desgraçada,
com mais vida ainda a temos.
E só o calor de meus braços
pra esquentar seu coração
e dar fim, com meus abraços,
em tamanha solidão.
Tamirys Morais – MG
Vanda Salles – RJ
47. MiniBio
Fluminense de Italva, reside em São Gonçalo, professora aposentada,
poeta, escritora, artista plástica, graduada em letras e arteterapia pela
UERJ, edita o blog Museu Pos Moderno de Educação -
http://wwwmuseuposmodernodeeducacao.blogspot.com.br/ e promove
eventos culturais como I Encontro Estudantil de Arte Contemporânea,
realizado entre os dias 25 e 27 de maio de 2017.
BREVE
48. Rapariga, não me diga
nem de leve, ninguém se atreve?
Como? Gomo? Aprumo e sigo
Remando contra a corrente.
Chego. Breve. Breve!
@ Vanda Lúcia da Costa Salles – RJ 2/4/2017