1. LUTO
Liliana Lobato
Psicóloga Clínica
Departamento de Psiquiatria
e Saúde Mental
C.H.C.B.
2. LUTO
Luto
Dores emocionais e/ou perturbações que
surgem quando alguém sofre uma perda ou
existe um acontecimento de perda iminente
(luto antecipado).
As respostas as estas situações são formas
de adaptação a que chamamos luto.
Liliana Lobato
3. LUTO
4 FASES DO LUTO
O que acontece psicologicamente quando se verifica
uma perda?
O sujeito atravessa um processo de luto,
composto por uma série de alterações
emocionais específicas, ou FASES
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5. LUTO
Choque/Incredulidade
Choque. O sujeito recusa-se a acreditar
na perda
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6. LUTO
Raiva
O sujeito culpabiliza os outros pela sua
perda. Podem verificar-se sentimentos de
cólera, dirigidos normalmente aos médicos, a
Deus ou outro alvo responsável. (Ex.: O Dr.
devia ter mandado fazer análises mais cedo)
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7. LUTO
Preocupação/Depressão
O sujeito entristece.
Trata-se de uma fase intermédia que envolve
preocupação com a pessoa e/ou coisa perdida.
Surgem sintomas como: choro incontrolável,
humor deprimido, evitamento social e outros
sintomas somáticos semelhantes aos da Depressão.
Pode surgir a voz e/ou imagem da pessoa/coisa
perdida, mas não de forma alucinatória, mas sim na
forma “como se …”.
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8. LUTO
Aceitação/Resolução
Aceitação do acontecimento. O sujeito resigna-se
e começa a aceitar a perda com o passar do tempo.
Os sintomas atenuam-se e a vida começa
progressivamente a chegar ao normal.
Podem decorrer vários meses até esta fase
começar e alguns mais até que esteja completa.
Nos aniversários é comum haver recorrência do
luto.
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10. LUTO
1 Luto Ausente e Luto Diferido
Quando não há sinais externos de luto, apesar da
ocorrência de um acontecimento com dimensão que o
justifique. Estamos perante um Luto Ausente.
Quando o luto começa algumas semanas mais
tarde, dizemos que se trata de um Luto Diferido.
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11. LUTO
2 Luto Prolongado
Quando os sintomas persistem 6 a 12 meses
mais tarde.
É de considerar uma perturbação depressiva.
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12. LUTO
3 Luto Excessivo
Intensidade excessivamente grave dos
sintomas de luto.
Pode reflectir-se sobretudo em pessoas com
personalidade mais vulnerável ou mais próximas do
falecido.
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13. LUTO
LUTO E DEPRESSÃO
A Depressão ocorre num terço das pessoas
em luto e em 20% dos casos é grave.
Nem sempre é fácil decidir quando se
atravessa o limiar entre o Luto e a
Depressão.
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14. LUTO
COMPARAÇÃO DEPRESSÃO/LUTO
Ideação suicida
- Comum na Depressão (comandada pelo humor
deprimido).
- Transitória no Luto (comandada pelo desejo de
estar junto do/a falecido/a).
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15. LUTO
Culpabilização pela situação
- Culpabilidade dirigida ao próprio, na
Depressão.
- Culpabilidade dirigida aos outros e ao destino,
no Luto.
Lentificação psicomotora
- Verifica-se na Depressão.
- Não se verifica no Luto.
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16. LUTO
Sintomatologia psicótica
- Pode ocorrer em casos graves e é congruente
com o humor.
- Não ocorre no Luto, embora se possa imaginar
ouvir/ver o falecido.
Evolução dos sintomas
- Persistente na Depressão (mais de 2 meses).
- Flutuante no Luto (remitem em 2 meses).
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17. LUTO
PERDA DE UM DOS PAIS
Fase de protesto
A criança sente grande desejo de estar com o
progenitor falecido.
Fase de desespero
A criança experimenta falta de esperança,
retraimento e apatia.
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18. LUTO
Fase de distanciamento
A criança abandona o apego emocional com o
progenitor falecido.
A criança transfere a falta do progenitor para
um ou mais adultos.
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19. LUTO
PERDA DE UM FILHO
Pode ser mais intensa;
Podem surgir sentimentos de culpa e
impotência;
Choque, negação, raiva;
Manifestações de pesar para toda a vida;
50% dos casamentos onde morre um filho
culminam em divórcio.
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20. LUTO
TRATAMENTO DO LUTO
Aconselhamento/apoio úteis no Luto Normal.
Nota: neste caso não se fala em Perturbação; o Luto
deve ser considerado como um processo normal, embora
doloroso.
Quando surgem sintomas de Luto Patológico ou de
Perturbação Depressiva, pode ser necessário persuadir a
pessoa de que o seu sofrimento exige um plano terapêutico:
- Antidepressivos e Benzodiazepinas )para problemas de
sono);
- Terapia cognitivo-comportamental.
Liliana Lobato