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Prof. Teixeira




 Arcadismo ou
Neoclassicismo
Tomás Antônio Gonzaga
(Porto, 1744 --- Moçambique 1810?)

 Passou a infância na Bahia, onde
    estudou com os jesuítas.
   Formou-se em Cânones em
    Coimbra.
   Escreveu o livro Tratado de Direito
    Natural em homenagem ao Marquês
    de Pombal.
   Em 1782 passa a viver em Vila Rica, onde
    conhece Maria Joaquina Dorotéia de Seixas.
   Com a Inconfidência Mineira é preso e após 3
    anos é degredado para Moçambique.
Casa de Tomás Antônio Gonzaga em
           Ouro Preto
Marília de Dirceu
Marília de Dirceu - Lira I

                             obra publicada em duas partes: em 1792 e em 1799

                             Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
                             Que viva de guardar alheio gado;
                             De tosco trato, de expressões grosseiro,
                             Dos frios gelos e dos sóis queimado.
                             Tenho próprio casal e nele assisto;
                             Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
                             Das brancas ovelhinhas tiro o leite
                             E mais as finas lãs, de que me visto.
                                   Graças, Marília bela,
                                   Graças à minha estrela! casal: sítio, pequena
                                                                    propriedade rural
Marília de Dirceu - Lira II



                              Os seus compridos cabelos,
                              Que sobre as costas ondeiam,
                              São que os de Apolo mais belos,
                              Mas de loura cor não são.
                              Têm a cor da negra noite;
                              E com o branco do rosto
                              Fazem, Marília, um composto
                              Da mais formosa união.
Marília de Dirceu - Lira I



                             Os teus olhos espalham luz divina,
                             A quem a luz do Sol em vão se atreve;
                             Papoula ou rosa delicada e fina
                             Te cobre as faces, que são cor da neve.
                             Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
                             Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Cláudio Manuel da Costa
          (1729-1789)

 Pseudônimo pastoral: Glauceste
  Satúrnio.
 Nasceu em Mariana-MG. Estudou no
  Brasil com os jesuítas e
  posteriormente na Universidade de
  Coimbra.
 Em 1768 publicou Obras poéticas.
 Membro da Inconfidência Mineira,
  esteve preso na Casa dos Contos,
  em Ouro Preto, onde foi encontrado
  morto.
Casa de Cláudio Manuel da Costa em
            Ouro Preto
Casa dos Contos em Ouro Preto
Texto para as questões 12 e 13 - Enem 2008
        Soneto de Cláudio Manuel da Costa

Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.     outeiros: terrenos
                                       gabões: trajes, capotes
                                       Almendro e Corino:
                                       pastores da Arcádia Grega
                                       desatino: errância
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.


Cláudio Manuel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos
   inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
Questão 12 - Considerando o soneto de Cláudio
 Manoel da Costa e os elementos constitutivos do
 Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta
 acerca da relação entre o poema e o momento
 histórico de sua produção.


a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na
  primeira estrofe, são imagens relacionadas
  à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o
  poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole,
  como núcleo do poema, revela uma
  contradição vivenciada pelo poeta, dividido
  entre a civilidade do mundo urbano da
  Metrópole e a rusticidade da terra da
  Colônia.

c) O bucolismo presente nas imagens do
  poema é elemento estético do Arcadismo
  que evidencia a preocupação do poeta
  árcade em realizar uma representação
  literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da “choupana”
  sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é
  formulação literária que reproduz a
  condição histórica paradoxalmente
  vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.

e) A realidade de atraso social, político e
  econômico do Brasil Colônia está
  representada esteticamente no poema pela
  referência, na última estrofe, à
  transformação do pranto em alegria.
GABARITO:
LETRA B
Questão 13

 Assinale a opção que apresenta um
 verso do soneto de Cláudio Manuel da
 Costa em que o poeta se dirige ao seu
 interlocutor.
a) “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1)

b) “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v.5)

c) “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v.6)

d) “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v.7)

e) “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,” (v.11)
GABARITO:
LETRA A
Soneto de Cláudio Manuel da Costa
Não vês, Nise, este vento desabrido,
Que arranca os duros troncos? Não vês. esta,
Que vem cobrindo o Céu, sombra funesta,
Entre o horror de um relâmpago incendido?

Não vês a cada instante o ar partido
Dessas linhas de fogo? Tudo cresta,
Tudo consome, tudo arrasa e infesta
O raio a cada instante despedido.      desabrido: violento
                                       funesta: mortal
                                       crestar: queimar
Ah! não temas o estrago que ameaça
A tormenta fatal, que o Céu destina.
Vejas mais feia, mais cruel desgraça;

Rasga o meu peito, já que és tão ferina;
Verás a tempestade, que em mim passa;
Conhecerás, então, o que é ruína.



                                 tormenta: a tempestade
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03. arcadismo pre

  • 1. Prof. Teixeira Arcadismo ou Neoclassicismo
  • 2. Tomás Antônio Gonzaga (Porto, 1744 --- Moçambique 1810?)  Passou a infância na Bahia, onde estudou com os jesuítas.  Formou-se em Cânones em Coimbra.  Escreveu o livro Tratado de Direito Natural em homenagem ao Marquês de Pombal.  Em 1782 passa a viver em Vila Rica, onde conhece Maria Joaquina Dorotéia de Seixas.  Com a Inconfidência Mineira é preso e após 3 anos é degredado para Moçambique.
  • 3. Casa de Tomás Antônio Gonzaga em Ouro Preto
  • 4. Marília de Dirceu Marília de Dirceu - Lira I obra publicada em duas partes: em 1792 e em 1799 Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, de expressões grosseiro, Dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha estrela! casal: sítio, pequena propriedade rural
  • 5. Marília de Dirceu - Lira II Os seus compridos cabelos, Que sobre as costas ondeiam, São que os de Apolo mais belos, Mas de loura cor não são. Têm a cor da negra noite; E com o branco do rosto Fazem, Marília, um composto Da mais formosa união.
  • 6. Marília de Dirceu - Lira I Os teus olhos espalham luz divina, A quem a luz do Sol em vão se atreve; Papoula ou rosa delicada e fina Te cobre as faces, que são cor da neve. Os teus cabelos são uns fios d’ouro; Teu lindo corpo bálsamos vapora.
  • 7. Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)  Pseudônimo pastoral: Glauceste Satúrnio.  Nasceu em Mariana-MG. Estudou no Brasil com os jesuítas e posteriormente na Universidade de Coimbra.  Em 1768 publicou Obras poéticas.  Membro da Inconfidência Mineira, esteve preso na Casa dos Contos, em Ouro Preto, onde foi encontrado morto.
  • 8. Casa de Cláudio Manuel da Costa em Ouro Preto
  • 9. Casa dos Contos em Ouro Preto
  • 10. Texto para as questões 12 e 13 - Enem 2008 Soneto de Cláudio Manuel da Costa Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino. Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino. outeiros: terrenos gabões: trajes, capotes Almendro e Corino: pastores da Arcádia Grega desatino: errância
  • 11. Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto, Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria. Cláudio Manuel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
  • 12. Questão 12 - Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção. a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
  • 13. b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia. c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
  • 14. d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole. e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.
  • 16. Questão 13  Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manuel da Costa em que o poeta se dirige ao seu interlocutor.
  • 17. a) “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1) b) “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v.5) c) “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v.6) d) “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v.7) e) “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,” (v.11)
  • 19. Soneto de Cláudio Manuel da Costa Não vês, Nise, este vento desabrido, Que arranca os duros troncos? Não vês. esta, Que vem cobrindo o Céu, sombra funesta, Entre o horror de um relâmpago incendido? Não vês a cada instante o ar partido Dessas linhas de fogo? Tudo cresta, Tudo consome, tudo arrasa e infesta O raio a cada instante despedido. desabrido: violento funesta: mortal crestar: queimar
  • 20. Ah! não temas o estrago que ameaça A tormenta fatal, que o Céu destina. Vejas mais feia, mais cruel desgraça; Rasga o meu peito, já que és tão ferina; Verás a tempestade, que em mim passa; Conhecerás, então, o que é ruína. tormenta: a tempestade