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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
TOCANTINS
CAMPUS ARAGUATINS
LUCIANO RIBEIRO DA SILVA
A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA
PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO
ARAGUATINS
2014
LUCIANO RIBEIRO DA SILVA
A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA
PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO
ARAGUATINS
2014
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à
Coordenação do curso de Licenciatura em
Computação do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Tocantins – campus
Araguatins, para obtenção do grau de Licenciado
em Computação.
Orientador: Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo.
Silva, Luciano Ribeiro da
A utilização do pacote de escritório LibreOffice no auxílio da prática
pedagógica no Colégio Estadual Osvaldo Franco / Luciano Ribeiro da Silva. –
Palmas, 2014.
63 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em
Computação) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins
– Campus Araguatins, 2014.
Orientador(a): Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo.
1. Software Livre. 2. LibreOffice. 3. Educação. 4. REA. I. Título.
LUCIANO RIBEIRO DA SILVA
A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA
PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO
Aprovado em ____/____/______
BANCA AVALIADORA
_________________________________________________
Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo (Orientador)
IFTO – Campus Araguatins
_________________________________________________
Prof. Esp. Samuel da Silva Costa
IFTO – Campus Araguatins
_________________________________________________
Prof. Esp. Rogerio Pereira de Sousa
IFTO – Campus Araguatins
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à
Coordenação do curso de Licenciatura em
Computação do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Tocantins – campus
Araguatins, para obtenção do grau de Licenciado
em Computação.
Orientador: Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo.
À minha família serei eternamente grato e em especial a meu pai
Bernardino e a minha mãe Antônia que são exemplos de vida para mim.
AGRADECIMENTOS
À Deus por ter me dado força e coragem a cada dia na busca incessante para
alcançar minhas metas e objetivos.
À minha família, pelo apoio em todos os momentos, e agradecer de forma especial
aos meus pais (Bernardino e Antônia), por acreditarem em minha capacidade.
À minha amada Wislayne Aires pelo apoio, dedicação e carinho.
Ao meu professor orientador Ramásio Ferreira de Melo por ter tornado possível à
elaboração deste trabalho, orientando-me, principalmente, pela paciência, amizade,
dedicação e colaboração.
Ao professor Thiago Guimarães por ter aceitado a princípio orientar-me e por força
maior não ter concluído a minha orientação até o fim.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campus
Araguatins por tornar realidade um sonho.
Aos professores que participaram desta pesquisa, ao diretor do Colégio Estadual
Osvaldo Franco na pessoa do Josiel Carlos, pela dedicação de parte de seu tempo,
e pela cooperação na pesquisa realizada.
À todos os professores membros desta banca examinadora, que possibilitam a
avaliação do presente trabalho.
Aos meus colegas: o Sr. Wilson Pires Teixeira e Beijiumon da Silva Melo que
sempre me deram força e me ajudaram em tudo desde o início do curso, serei
eternamente grato. E por fim agradeço a todos os meus colegas por todos os
momentos vividos juntos.
À minha amiga Alessandra Melo e ao meu amigo Claudenor Pereira que me deram
algumas dicas de um modo geral.
A todos que contribuíram direto ou indiretamente para com a minha formação o meu
sincero muito obrigado.
É a partir do educador que temos que vamos
caminhar para o educador que queremos ter
[...]. A nova escola só pode nascer desta que aí
está.
Terezinha Azêredo Rios.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo de analisar os desafios da integração pacote
de escritório LibreOffice na prática pedagógica dos professores no Colégio Estadual
Osvaldo Franco (CEOF) como instrumento de ensino-aprendizagem. A escola onde
foi realizada a pesquisa é da rede pública de ensino na cidade de Araguatins-TO, a
mesma foi desenvolvida e direcionada para os professores. A metodologia utilizada
foi uma pesquisa de campo do tipo exploratória, qualitativa e quantitativa, sendo que
a coleta dos dados e informações foi a partir da aplicação de questionário eletrônico
auto administrado do tipo Survey, utilizando a ferramenta Google Docs, onde
procurou-se: Analisar os desafios da integração pacote de escritório LibreOffice na
prática pedagógica dos professores no CEOF como instrumento de ensino-
aprendizagem, usando a escala Likert para análise dos resultados. Para finalizar,
com os resultados obtidos através da pesquisa, que mostraram os desafios da
integração dos softwares livre, assim, como a utilização do pacote de escritório
LibreOffice no auxílio da prática pedagógica dos professores da escola, tanto no que
tange a capacitação adequada dos professores quanto ao planejamento e uso do
LibreOffice, assim, como uma metodologia que promovam a motivação tanto dos
professores como dos alunos de forma que venha dinamizar o processo ensino-
aprendizagem com o LibreOffice vinculados às realidades dos alunos da escola
CEOF.
Palavras-chave: Software Livre, LibreOffice, Educação, REA.
ABSTRACT
This present work aims to analyze the challenges of integration office suite
LibreOffice in pedagogical practice of teachers in State College Osvaldo Franco
(CEOF) as a tool for teaching and learning. The school where the research was
conducted is the public school network in the city of Araguatins-TO, it has been
developed and directed to teachers. The methodology used was a field survey of the
type exploratory, qualitative and quantitative, wherein and data collection and
information was from the application of self-administered electronic questionnaire
type survey, using the Google Docs tool, where we sought to investigate how
teachers use LibreOffice in their educational activities, which sought to: Analyze the
challenges of integration office suite LibreOffice in pedagogical practice of teachers
in CEOF as a tool for teaching and learning, using a Likert scale to analyze the
results. Finally, with the results from the survey, which showed the challenges of
integration of free software, as well as using the office suite LibreOffice aid in the
pedagogical practice of school teachers, both in terms adequate training teachers as
to regarding the planning and use of LibreOffice, as well as a methodology that
promotes the motivation of both teachers and students so that will dynamize the
teaching-learning process with LibreOffice linked to the realities of the studentes
CEOF school.
Keywords: Free Software, LibreOffice, Education, REA.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Símbolo do copyleft ................................................................................20
Figura 2: Símbolo do copyright .............................................................................20
Figura 3: Símbolo da Creative Commons .............................................................21
Figura 4: O surgimento e história do LibreOffice.................................................27
Figura 5: Logomarca do LibreOffice......................................................................28
Figura 6: Ícones dos aplicativos do LibreOffice (Writer, Calc, Impress, Draw,
Base, Math) ..............................................................................................................28
Figura 7: Tela de abertura da suíte de aplicativos do LibreOffice ......................30
Figura 8: Processador de textos LibreOffice Writer.............................................31
Figura 9: Planilha eletrônica de cálculo LibreOffice Calc....................................32
Figura 10: Editor de apresentação LibreOffice Impress ......................................33
Figura 11: Revista LibreOffice Magazine - 10ª Edição .........................................36
Figura 12: Controle Remoto de Apresentação LibreOffice Impress Remote.....37
Figura 13: Ciclo de vida REA (encontrar, criar, adaptar, usar e compartilhar)..39
Figura 14: Conhecimento do pacote Office utilizado na pratica docente ..........48
Figura 15: Capacitação ou Curso sobre a utilização dos pacotes de escritório48
Figura 16: Você já comprou alguma licença para usar software proprietário...49
Figura 17: Conhecimento dos professores sobre o pacote de escritório livre
LibreOffice ...............................................................................................................49
Figura 18: Fluência dos professores na utilização do pacote de escritório
LibreOffice ...............................................................................................................50
Figura 19: Dificuldade em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas
práticas docente......................................................................................................51
Figura 20: Você disponibilizaria o seu material didático como REA..................52
Figura 21: Importância do pacote de escritório livre LibreOffice na criação do
material didático como REA...................................................................................52
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Tipos de Licenças Creative Commons .................................................22
Tabela 2: Aplicações equivalentes entre as suítes de escritório........................33
Tabela 3: Formatos de arquivos do LibreOffice ...................................................34
LISTA DE SIGLAS
CEOF Colégio Estadual Osvaldo Franco
CA Código Aberto
CC Creative Commons
EJA Educação de Jovens e Adultos
FSF Free Software Foundation
FOS Free Open Source
FGV Fundação Getúlio Vargas
GNU Gnu’s Not Unix
GPL General Public License
IFTO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins.
JRE Java Runtime Enviroment
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC Ministério da Educação e Cultura
ODF Open Document Format
OSI Open Source Intiative
OS Open Source
OER Open Educational Resources
PROINFO Programa Nacional de Informática Educacional
PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
REA Recursos Educacionais Abertos
TDF The Document Foundation
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
TI Tecnologia de Informação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................15
2 PROBLEMÁTICA ..................................................................................................16
3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................16
4 OBJETIVOS...........................................................................................................17
4.1 Objetivo Geral....................................................................................................17
4.2 Objetivos Específicos .......................................................................................17
5 METODOLOGIA ....................................................................................................17
6 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................19
6.1 Licenças de softwares ......................................................................................19
6.2 Licenças Creative Commons ...........................................................................20
6.3 O Software Livre e a cultura do compartilhamento........................................23
6.4 O Software Proprietário e os obstáculos para a educação ...........................24
7 HISTÓRIA E SURGIMENTO DO LIBREOFFICE ..................................................25
7.1 O Pacote de escritório LibreOffice e sua aplicação na educação ................28
7.1.1 Processador de texto: LibreOffice Writer..........................................................30
7.1.2 Planilha eletrônica de cálculo: LibreOffice Calc................................................31
7.1.3 Editor de apresentação: LibreOffice Impress ...................................................32
7.2 A versão atual do LibreOffice...........................................................................34
7.3 Outros projetos paralelo do LibreOffice..........................................................35
7.3.1 A Revista digital LibreOffice Magazine.............................................................35
7.3.2 O Controle Remoto para LibreOffice: LibreOffice Impress Remote..................36
8 A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA) NA
EDUCAÇÃO..............................................................................................................37
9 FORMATOS ABERTOS E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO ..........40
10 O USO DO SOFTWARE LIVRE LIBREOFFICE NA PRODUÇÃO DE REA COM
A LICENÇA CREATIVE COMMONS........................................................................41
11 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE NA ESCOLA.......................................43
12 UNIVERSO DA PESQUISA.................................................................................46
13 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................47
13.1 Utilização, capacitação e licenças de softwares na Educação ...................47
13.2 Fluência no LibreOffice...................................................................................49
13.3 Integração do LibreOffice na educação ........................................................50
13.4 Criação e Compartilhamento de REA com LibreOffice................................51
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................53
REFERÊNCIAS.........................................................................................................54
APÊNDICE................................................................................................................60
APÊNDICE A – Termo de Autorização da pesquisa na escola............................61
APÊNDICE B – Questionário sobre utilização do LibreOffice no Colégio
Estadual Osvaldo Franco (CEOF) de Araguatins-TO. ..........................................62
15
1 INTRODUÇÃO
Com a globalização, surgiu na escola à necessidade de utilização de
novas tecnologias, destarte, como softwares livres no auxílio das práticas
pedagógicas. E com o intuito de quebrar os paradigmas da educação tradicionalista,
tendo em vista que teremos que repensar em uma nova escola com tecnologias
atuais e livres, as quais podem dinamizar o ensino, tornando, assim as aulas mais
objetivas e lúdicas, que pode ser alcançado através de ferramentas alternativas e de
baixo custo em substituição aos atuais Softwares Proprietários no ambiente
educacional. Porém, é preciso desenvolver fluência tecnológica dos professores
através da aquisição de habilidades operatórias das ferramentas tecnológicas
(ROCHA, 2006).
E um elemento muito importante no meio escolar para se chegar a um
modelo de ensino envolvente, tanto para o professor, quanto para o aluno é
desenvolver a fluência tecnológica dos mesmos para que possam fazer uso do
computador e seus respectivos softwares que as escolas têm disponíveis em seus
laboratórios, são peças que podem auxiliar o docente em suas práticas pedagógicas
diárias, e assim tornando-se uma alternativa que adequa-se perfeitamente para o
uso pedagógico no Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF).
Deste modo, o pacote de escritório livre LibreOffice mostra-se como um
excelente recurso pedagógico, explorando as suas múltiplas possibilidades de
subsidiar qualquer conteúdo e contribuindo para promover novos métodos de ensino
pelos professores em sala de aula, favorecendo o ensino-aprendizagem.
Para que esta tecnologia (em específico o pacote LibreOffice) fosse
usada como suporte no processo de ensino-aprendizagem, fez-se necessário que
docentes de todas as áreas estivessem preparados para usá-las em suas aulas e
assim, usando-a de forma pedagógica em sala, porém, nem sempre é o que
acontece atualmente. Pode-se observar durante o estágio supervisionado a
problemática no dia-a-dia dos professores, pois não fazem utilização dos softwares
livres que têm disponíveis nos laboratórios de informática e em seus computadores
como ferramenta pedagógica.
A ferramenta estudada dispõe de vários recursos que podem auxiliar os
professores de forma interdisciplinar, aplicando-se nas matérias de língua
portuguesa, matemática, ciências, geografia, história e artes, além de ser
16
independente do sistema operacional, oportunizando assim que o professor possa
utilizá-lo tanto no Microsoft Windows, Mac OS X e Linux.
2 PROBLEMÁTICA
Atualmente no Brasil e no mundo existem tecnologias educacionais livres
que podem auxiliar os professores em suas práticas pedagógicas. Pensando nesta
possibilidade é que surge o questionamento sobre “Quais os desafios da integração
dos softwares livre, assim, como a utilização do pacote de escritório LibreOffice no
auxílio da prática pedagógica no Colégio Estadual Osvaldo Franco”?
3 JUSTIFICATIVA
A escolha do tema foi feita diante da necessidade de utilização do pacote
de escritório LibreOffice de forma adequada (facilitando a aprendizagem) por parte
dos professores da escola CEOF, uma vez que os mesmos utilizam-no com
dificuldade, já que os docentes produzem o material didático de sua aula em
software proprietário em seus computadores, porém, nos computadores da escola,
como o sistema operacional é Linux Educacional e por padrão já vem instalado o
pacote de escritório livre LibreOffice, que é uma ótima alternativa a suíte de
escritório proprietária.
É notório que a utilização desta suíte de escritório livre de forma correta
possibilitará um grande avanço na educação da escola CEOF, já que o mesmo tem
todos os recursos que vem a contribuir no processo de ensino-aprendizagem e que
ainda possa agregar valores sociais, políticos, econômicos e culturais da realidade
brasileira e consequentemente para com a educação no município de Araguatins.
Uma forma de alcançar bons resultados na educação será os professores
desenvolver a fluência tecnológica e fazer sua utilização de forma pedagógica das
ferramentas livres disponíveis na escola.
Tendo em vista os fatos observados durante todo o estágio
supervisionado, podemos perceber que o pacote de escritório LibreOffice, um
software livre, não é utilizado de forma que venha a contribuir com o processo
pedagógico no dia-a-dia da escola. É inegável que com uma melhor utilização das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação pode vir a melhorar
os indicadores escolares do CEOF.
17
Pegando como referência as tecnologias livres disponíveis na escola, a
utilização do pacote de escritório LibreOffice venha proporcionar grandes mudanças
do sistema educacional, através da utilização adequado desta ferramenta, assim,
como a sua utilização didático-pedagógica no sistema de ensino pelos professores.
O pacote de escritório LibreOffice pode vir a ser um fator importante na
mudança desta realidade, sendo que pode-se trabalhar com suas ferramentas de
forma interdisciplinar as disciplinas básicas que são objetos de avaliação do
ministério da educação e cultura (MEC), como por exemplo: Português e
Matemática. Tornando se assim ferramenta pedagógica em sala de aula para os
professores.
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Analisar os desafios da integração pacote de escritório LibreOffice na
prática pedagógica dos professores no CEOF como instrumento de ensino-
aprendizagem.
4.2 Objetivos Específicos
a) Investigar se os professores utilizam o LibreOffice em suas atividades
pedagógica.
b) Identificar os desafios dos professores quanto a integração do LibreOffice
em suas práticas pedagógicas no seu dia-a-dia.
c) Investigar se os professores têm fluência na utilização do LibreOffice
integrando-o as suas práticas pedagógicas.
d) Analisar a importância da criação e utilização de REA a partir do software
livre LibreOffice pelos docentes na escola CEOF.
5 METODOLOGIA
A partir da análise do cenário investigativo e motivado pelos fatos com a
observação participante dos professores durante o estágio supervisionado e também
durante participação no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –
PIBID, da CAPES Brasil do curso de Licenciatura em Computação com os alunos,
pode-se observar as dificuldades encontradas pelos professores em integrar as
ferramentas da suíte de escritório LibreOffice em suas práticas pedagógicas.
18
A metodologia utilizada consiste em uma revisão de literatura alinhada
com uma pesquisa de campo do tipo exploratória qualitativa e quantitativa. A coleta
dos dados e informações foi realizada a partir da aplicação de questionário
eletrônico contando com um total de 9 questões auto administrado do tipo survey,
utilizando a ferramenta google docs e usando a escala Likert para análise dos
resultados.
A pesquisa foi desenvolvida e direcionada para os professores no Colégio
Estadual Osvaldo Franco (CEOF) e visa investigar se os mesmos integram o pacote
de escritório LibreOffice a sua prática pedagógica, como instrumento de ensino-
aprendizagem.
O estudo foi realizado na escola CEOF que é da rede pública de ensino
de Araguatins-TO, onde a pesquisa com o questionário eletrônico foi realizada
durante o período de duas semanas no inicio do mês de março de 2014. O número
de total de professores é de 28, distribuídos em todas as áreas de conhecimento da
educação básica, sendo que 12 deles são cedidos de outras instituições ou são
contratados. A pesquisa contou com a participação de todos os 16 professores
afetivos pertencentes ao Colégio Estadual Osvaldo Franco. Os professores que
participaram da pesquisa foram escolhidos de forma aleatória, em que pelo menos
um professor de cada série da escola seja entrevistado nesta coleta de dados.
A ferramenta utilizada para confeccionar a pesquisa é da empresa
mundialmente conhecida de tecnologia Google, o google docs que tem uma
interface intuitiva e muito simples de usar é uma aplicação livre sem custos e auto
administrável que gera gráficos e estatística do questionário com as respostas,
podendo ser salvo em todos os padrões de documentos da atualidade como o da
suíte de escritório proprietária (.docx, .xslx, .pptx) ou LibreOffice (.odt, .ods, .odp),
por esse motivo é muito difundida e usada no meio acadêmico e empresarial do
mundo para criar todo tipo de pesquisa, inclusive o tipo survey, que utilizado neste
trabalho.
A escolha de pesquisa tipo survey é por ela permite que o levantamento
de dados por amostragem, ou survey, assegura melhor representatividade e
permitem generalização para uma população mais ampla (GÜNTHER, 2003, p.1). E
conforme ainda é reafirmado:
O instrumento utilizado no survey, o questionário, pode ser definido como
“um conjunto de perguntas sobre um determinado tópico que não testa a
habilidade do respondente, mas mede sua opinião, seus interesses,
19
aspectos de personalidade e informação biográfica”. (GÜNTHER, 2003, p.1
apud YAREMKO, HARARI, HARRISON & LYNN, 1986, p. 186).
A pesquisa do tipo survey que é utilizada neste trabalho segundo Bonici e
Junior, 2011 Apud Tanur; Pinsonneault e Kraemer (1993) pode ser descrita como a
obtenção de dados ou informações sobre características, ações ou opiniões de
determinado grupo de pessoas, indicado como representante de uma população
alvo, por meio de um instrumento de pesquisa, normalmente um questionário.
A pesquisa com o questionário eletrônico foi realizada durante o período
de duas semanas, onde no primeiro dia enviamos o link do mesmo por e-mail aos
professores onde solicitamos as respostas, porém, não conseguimos alcançar um
número relativamente adequado para a pesquisa, foi ai que fez-se necessário adotar
outra estratégia para a coleta dos dados da pesquisa, onde levou-se o questionário
já aberto pronto para receber as respostas e abordando os professores para
respondê-lo, foi que conseguimos chegar a um número significativo de respostas.
E por fim, para fazer a análise dos dados da pesquisa, utilizou-se a escala
Likert, que segundo Alexandre et al:
Em geral são utilizadas na escala de Likert quatro ou cinco categorias
ordinais. Como ilustração podem ser citados, para quatro categorias, 0-
nada importante, 1- pouco importante, 2- importante e 3- muito importante,
e para cinco categorias, 0- muito baixo, 1- baixo, 2- médio, 3- alto e 4-
muito alto (2011, p.1).
A análise dos resultados da pesquisa, segundo Bonici e Junior (2011, p.7)
apud BACKER (2005), dizem que a escala Likert requer que os entrevistados
indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações relativas à
atitude que está sendo medida.
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 Licenças de softwares
A licença de software, de acordo com Silveira (2004) uma licença é um
contrato no qual o desenvolvedor do software permiti ao usuário o direito de instalar
e fazer uso da ferramenta. Deste modo, Arroyo, Merlo e Simões (2004) referem se a
licença todos os direitos de propriedade relacionados ao software. As empresas não
permitem que copiem, reproduzam, alterem, desmontem, recuperem informações ou
criem trabalhos baseados no software.
Há diversos tipos de licenças de softwares, contudo irá ser abordado
neste trabalho apenas as mais comuns, são as que seguem:
20
Copyleft: o usuário tem o direito de usar, alterar e redistribuir o software
ou software derivado do mesmo, desde que os termos de distribuição não sejam
alterados e que os usuários que detêm da licença de uso façam referência ao autor
da obra e usarem o mesmo licenciamento nas redistribuições dos originais, cópias e
as versões derivadas. A licença também é conhecida como Licença Pública Geral
(FREE SOFTWARE FOUNDATION, 2010);
Figura 1: Símbolo do copyleft
Fonte: Silva & Silva – UFMA (2009)
Copyright: como uma maneira de resguardar os autores de
documentação ou software de cópia não autorizada ou venda de seu trabalho.
Nesse caso é requerido autorização para reprodução parcial ou total de alguma obra
(SEGNINI e ZAFALON, 2009).
Figura 2: Símbolo do copyright
Fonte: Silva & Silva – UFMA (2009)
6.2 Licenças Creative Commons
Neste trabalho será dada ênfase a licença Creative Commons (CC) e
suas variações, devido a sua importância para a educação e ao fato de ser usada
em diversas áreas e segundo Branco, S., & Britto, W. (2013), possuir mais de 500
milhões de obras licenciadas que possibilita a criação de Recursos Educacionais
Abertos (REA) para as escolas públicas sobre esta licença.
As licenças Creative Commons foram criadas por Lawrence Lessing,
quando era professor na Universidade de Stanford e que tinha como objetivo de
aumentar o número de obras criativas disponíveis ao público, permitindo criar outras
obras sobre elas e compartilha-las. O projeto Creative Commons foi lançado no
Brasil em 2003, organizado pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas
21
(FGV) em parceria com o Berkman Center de Harvard. A logomarca que foi criada e
representa a empresa Creative Commons e vista logo abaixo.
Figura 3: Símbolo da Creative Commons
Fonte: AFONSO (2014)
A concepção do projeto Creative Commons está em disponibilizar as
obras para livre distribuição e cópia em favor da coletividade, porém com a limitação
de proteger o conteúdo das mesmas a alterações não autorizadas pelo autor. Deste
modo, com o uso de licenças CC há uma aproximação dos autores com os usuários
das obras, isentando, assim, os intermediários, o que com o passar do tempo
tornaram-se arcaicos com a propagação da tecnologia.
A grande vantagem das licenças CC é de saber imediatamente os direitos
que estão conferidos as obras e em quais condições, isso em função da
padronização de suas cláusulas de criação, utilização, reformulação e
compartilhamento. Se não houvesse as licenças citadas, cada autor deveria criar e
publicar as suas próprias licenças, e isso não seria adequado. Com isso, há
economia de tempo e dinheiro com a exclusão dos intermediários (gravadoras,
editoras, produtoras e etc) e o autor ou artista tem mais tempo para criar. As licenças
CC surgiram no âmbito das licenças copyleft.
Para assegurar a manutenção do software livre, o instrumento é o
contrato jurídico denominado Licença Pública Geral GNU (LPG GNU). Essa licença
leva à formação de redes de contratos e aquele que detém da licença precisa
permitir o uso dos eventuais aprimoramentos e alterações.
As licenças CC são divididas em três níveis, que são:
 Máquina: a licença é reproduzida em linguagem de computador para que as
obras autorizadas no formato digital possam ser marcadas com os termos de
licença pelo computador, e que o mesmo reconheça os termos de uso para os
quais uma certa obra foi autorizada.
 Leigo: esse nível é para quem não tem conhecimentos jurídicos, explica no
que se baseia a licença e os direitos que o autor outorgando.
22
 Jurídico: a licença é transcrita com termos jurídicos, onde é válida ante um
determinado ordenamento jurídico. Escrita na linguagem e formato do texto que
os advogados conhecem.
As licenças CC são fundamentadas em duas perguntas-chave:
1. Autoriza o uso comercial de sua obra?
2. Autoriza alterações de sua obra?
As respostas às duas perguntas, quando acordadas, geram as seis
possíveis licenças, de acordo com o quadro abaixo:
Tabela 1: Tipos de Licenças Creative Commons
Licença Definição
Atribuição
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e/
ou criem obras derivadas, mesmo para fins comerciais, desde
que seja lhe concedam o crédito pela criação original. É a licença
menos restritiva de todas as disponíveis.
Atribuição Compartilhamento
pela mesma licença Esta licença permite que outros remixem, adaptem e/oi criem
obras derivadas, mesmo para fins comerciais, desde que lhe
concedam o devido crédito ao autor da obra e que as obras
sejam licenciadas sob os mesmos termos, ou seja, as obras
derivadas poderão ser usadas para fins comerciais. Esta licença
é comparada com as licenças de software livre.
Atribuição - Não a obras
derivadas
Esta licença permite a redistribuição das obras sem alterações e
completa e o uso das mesmas para fins comerciais ou não
comerciais, desde que os créditos sejam concedidos ao autor.
Atribuição - Não Comercial Esta permite que os outros remixem, adaptem e criem as obras
derivadas a partir da obra licenciada, porém seu uso para fins
comerciais é vedado. As obras derivadas devem conter os
créditos do autor e não podem ser usadas para fins comerciais,
contudo as mesmas não precisam ser licenciadas com os
mesmos termos desta licença.
Atribuição-Não
Comercial/Compartilhamento
pela mesma licença. Esta licença autoriza que os outros remixem, adaptem e criem
obras derivadas a partir de obra original, contanto que seja sem
fins comerciais e que conceda crédito ao autor e as novas obras
sejam licenciadas com os mesmos termos.
Atribuição - Não Comercial -
Não a obras derivadas Esta licença é menos flexível de todas. Ela autoriza que os outros
façam download das obras licenciadas e compartilhem as
mesmas, desde que o autor seja citado e não se pode alterar a
obra e nem utilizá-la para fins comerciais.
Fonte: Adaptado de Branco, S., & Britto, W. (2013)
23
Mas, afinal qual a ligação das licenças Creative Commons com Recursos
Educacionais Abertos? Para responder essa pergunta, segundo Branco, S., & Britto,
W. (2013):
Trata-se da utilização das licenças Creative Commons para tornar
amplamente disponíveis materiais didáticos em todos os níveis
educacionais e especialmente aqueles que tenham sido financiados com
recursos públicos. (2013, p. 17).
O projeto Creative Commons incentiva a utilização de software livre, a
criação, utilização e compartilhamento de REA para a educação pública, que vão
desde a educação básica até ao ensino superior. O compartilhamento rápido e fácil
de obras de conteúdo educativo e acadêmico enriquece o processo educacional
democratizando o conhecimento (BRANCO, S., & BRITTO, W., 2013).
6.3 O Software Livre e a cultura do compartilhamento
Software Livre (SL) como qualquer tipo de programa de computador que
não restrinja a cópia, redistribuição, estudo e alteração dos programas do
computador. Para um programa ser considerado SL deve possuir as quatro
liberdades a seguir (STALLMAN, 2002):
 Liberdade 0: a liberdade de executar o programa para qualquer finalidade;
 Liberdade 1: a liberdade de entender o funcionamento do programa e adaptá-
los as suas necessidades;
 Liberdade 2: liberdade de redistribuir cópias;
 Liberdade 3: liberdade de distribuir as cópias de versões modificadas a outras
pessoas.
Dessa forma, todos podem se beneficiar das mudanças realizadas nos
programas e, o acesso ao código aberto é um pré-requisito para que as mudanças
aconteçam. Para que um programa seja considerado livre, ele deve atender todas
essas liberdades.
Deste modo, DOS SANTOS JR (2010), aborda que software livre é
caracterizado como uma aplicação para computador com o código-fonte disponível
para inspeção, alteração e utilização por qualquer pessoa, física ou jurídica.
Há alguns autores que afirmam que SL e software de código aberto são a
mesma coisa (ARROYO; MERLO; SIMÕES, 2004). A definição não está
completamente errada, pois um software livre possui seu código fonte aberto. Mas é
possível que um software de código aberto não atenda as quatro liberdades do SL.
24
Destarte, a GNU GPL (General Public Licence) cita que quase todo
software de código aberto é software livre, porém possuem valores
fundamentalmente diferentes. De acordo com a Open Source Iniciative (OSI) para
que um software seja considerado aberto o código fonte deve estar disponível para
que possam estudá-lo, alterá-lo e compartilhá-lo. Apesar de o software livre ser um
software de código aberto, ele trata de questões éticas, das quais o software de
código aberto não aborda e, além do que permiti que seja cobrado algo pelo uso do
software.
Com isso, conclui-se que o software de código aberto é uma metodologia
de desenvolvimento e software livre é um movimento social. Outra visão errônea
sobre software livre é que eles são gratuitos. O software grátis é aquele é distribuído
sem nenhum custo, enquanto software livre permiti ler, modificar e compartilhar o
código fonte, porém isso não significa que os programadores e estudantes não
tenham interesses em cobrar algo pela distribuição do produto.
6.4 O Software Proprietário e os obstáculos para a educação
De acordo com Stallman (2002), software proprietário acarreta em uma
organização onde não é permitido o compartilhamento de conhecimento, o que
segundo o autor estimula a competitividade ao invés de cooperação. Isso acontece
por que os softwares proprietários são fechados, o que impedi as pessoas de
aperfeiçoar as suas funcionalidades e dessa forma atender as suas necessidades
específicas.
O desenvolvimento de software proprietário é algo inviável, pois é
necessário redesenvolver diversas tecnologias que já foram criadas, e as mesmas
são inacessíveis por não permitirem o acesso ao código fonte. Para o autor, uma vez
que o usuário pague pela licença de uso do software proprietário acontece uma
transferência de riquezas que pode trazer benefícios para ambas as partes. Apesar
disso, quando o usuário decide não utilizar o software devido à necessidade de
pagamento, estará havendo perda a uma das partes sem que ninguém seja
beneficiado. O prejuízo causado à sociedade pela limitação ao uso de um software é
muito maior que os ganhos individuais que o produtor possa ter, pois os
desenvolvedores de software proprietário impedem que a cooperação entre as
pessoas ocorra, através da criminalização das cópias.
25
O conceito de software proprietário refere-se ao software que é
desenvolvido e distribuído pelo fabricante e para utilizá-lo é necessário o pagamento
pela licença do software (KINA, 2009). Para Garcia et.al (2011), é necessário a
aquisição da licença de uso, chamada copyright. Esta licença tem seus direitos
autorais e comerciais preservados, ou seja, não é livre e nem gratuito. Ao usuário
não é permitido reproduzir, instalar várias vezes, alterar, ceder, revender ou
redistribuir sem autorização e é necessário o pagamento devido de sua licença.
Quando o usuário adquire o software proprietário, o usuário não sabe que na
verdade não comprou o produto, mas sim adquiriu a licença de uso. Dessa forma, o
software continua sendo propriedade da empresa que vendeu o mesmo.
Os autores Silva e Pereira (2009), afirmam que o formato de dados
proprietários defini um bloqueio de acesso à informação e os códigos fechados são
barreiras ao conhecimento. Com isso, conclui-se que os softwares proprietários têm
um modelo de desenvolvimento fechado, onde apenas uma empresa ou indivíduo
tem o domínio sobre as funcionalidades, às retificações e os aprimoramentos.
(SALEH, 2004).
O movimento de software livre luta pelo compartilhamento tecnológico. Já
o software proprietário é adepto a individualidade tecnológica. Enquanto o software
proprietário se norteia em benefício ao fabricante, o software livre se norteia em
benefício ao usuário.
Para uso do software proprietário é necessário o pagamento de licença
para ter acesso a seu código fonte. Já a cultura livre não há isto, já que o código é
aberto, o que possibilita a troca de informações, disponibilizando as alterações a
outros profissionais.
7 HISTÓRIA E SURGIMENTO DO LIBREOFFICE
O marco inicial do LibreOffice teve origem entre os anos de 1984 e 1990,
quando uma pequena empresa da Alemanha chamada StarDivison, ao qual criou o
código fonte e desenvolveu uma suíte de aplicativos para escritório denominada
StarOffice, que abrangia em seu conjunto: editor de textos, planilha eletrônica,
aplicativo para apresentação de slides, gerador de banco de dados, aplicativo para
desenhos e um construtor de fórmulas matemáticas, este pacote rapidamente se
popularizou em virtude da gratuidade de sua distribuição e da sua característica
26
multiplataforma, ou seja, o mesmo poderia ser instalado em diversos sistemas
operacionais.
Em 1999 a gigante companhia norte-americana de software Sun
Microsystems, motivada pela acirrada disputa no mercado de suítes para escritórios
compra a StarDivison absorvendo o trabalho da suíte, em meados de outubro de
2000 a Sun, divulgou que tinha interesse em criar uma comunidade Open Source
(OS) e resolveu distribuir o StarOffice como software livre e liberou o código-fonte à
comunidade software livre e chamou ele de OpenOffice.org, o que culminou em uma
grande evolução, disponibilizando o aplicativo para mais de 40 idiomas quando
lançou o pacote de escritório OpenOffice.org. A Sun mantinha um bom
relacionamento com a comunidade software livre, e desenvolvia alguns de seus
projetos com este tipo de licença de código aberto.
Alguns anos após, a Sun Microsystems é adquirida pela empresa Oracle,
referência no universo dos bancos de dados corporativos, e assim todos os
programas que eram desenvolvidos pela Sun passaram a ser de propriedade da
Oracle. Porém, a ela não mantinha um bom relacionamento com a comunidade
software livre e colocou algumas restrições quanto ao desenvolvimento e evolução
do projeto OpenOffice.org, e ameaçou descontinua-lo, então a comunidade software
livre não gostou das atitudes e decisões tomadas pela atual responsável do projeto
OpenOffice.org, a Oracle.
A solução adotada pela comunidade software livre para todo esse
impasse com a empresa Oracle deu-se pela criação de uma organização chamada
The Document Foundation (TDF), uma organização independente e aberta,
dedicada ao aperfeiçoamento e incorporação das melhores ideias para se ter uma
suíte produtiva e atualizada, logo em seguida a sua criação apanhou-se o código
fonte do OpenOffice.org antes da compra pela Oracle, já que o projeto se tratava de
um software livre e desenvolveu um similar “irmão gêmeo” sem as restrições
importas, surgindo assim o LibreOffice.
O projeto OpenOffice.org logo em seguida foi doado pela Oracle à
comunidade Apache, que desenvolve e mantém vários projetos Open Source, e o
então projeto passou a se chamar Apache OpenOffice.org e ser desenvolvido
paralelamente ao LibreOffice, só que por comunidades diferentes, sempre contando
com milhares de voluntários e contribuidores no mundo todo continuamente
dedicando seus esforços ao OpenOffice.org.
27
O surgimento do BrOffice.org se deu por meio da suíte OpenOffice.org,
originando-se assim o BrOffice.org, uma versão brasileira que mantém todas as
características originais do OpenOffice.org mantendo o mesmo espirito de liberdade
e colaboração.
Com a criação do projeto LibreOffice que é desenvolvido e mantido pela
comunidade TDF, já era traduzido para o português do Brasil e não haveria mais
necessidade da tradução do OpenOffice.org para o português. Sendo assim, o
BrOffice foi descontinuado e seus desenvolvedores passaram a participar da
comunidade orientada pela TDF que utiliza o padrão Open Document Format (ODF),
documentos com padrão abeto.
O projeto LibreOffice passou então a contar com os mais importantes e
renomados programadores do Brasil e do mundo, assim como das grandes
companhias para desenvolver o aplicativo e conceder maior visibilidade no mercado
ao mesmo, devido ao seu leque de possibilidades e ao vantajoso custo-benefício o
LibreOffice, tornou-se uma importante alternativa livre às grandes organizações
empresariais de suíte de escritório proprietário.
O resultado de tudo, é que a partir do OpenOffice.org foi criado uma nova
suíte de escritório com o código fonte antes da compra pela Oracle, denominada
LibreOffice e depois a Oracle doa o OpenOffice.org para a comunidade Apache que
desenvolve e mantém paralelamente ao LibreOffice o projeto OpenOffice.org com
um novo nome chamado de Apache OpenOffice.org, assim como mostra a figura
abaixo.
Figura 4: O surgimento e história do LibreOffice
Fonte: Henrique Santos (2013).
28
7.1 O Pacote de escritório LibreOffice e sua aplicação na educação
A suíte de escritório LibreOffice é um pacote de ferramentas eletrônicas
altamente funcional e livre, alternativa e de baixo custo para implementação no
ambiente pessoal, empresarial e educacional, é distribuído sob a Open Source
Initiative (OSI), aprovado e licenciado sobre a licença Lesser General Public License
(LGPL1), MANUAL DO USUÁRIO LIBREOFFICE 3.3 (2011), assim, sendo, este
pacote é composto por um poderoso processador de textos (LibreOffice Writer),
planilha eletrônica de cálculo (LibreOffice Calc), um editor de apresentações de
slides (LibreOffice Impress), editor de desenho vetorial (LibreOffice Draw), editor de
banco de dados (LibreOffice Base) e editor de fórmulas matemáticas (LibreOffice
Math).
A imagem abaixo mostra a logomarca do LibreOffice criada pela TDF e
representa o software.
Figura 5: Logomarca do LibreOffice
Fonte: LibreOffice (2014)
Os ícones que os representam os programas que compõe o pacote de
escritório LibreOffice estão na figura abaixo.
Figura 6: Ícones dos aplicativos do LibreOffice (Writer, Calc, Impress, Draw, Base, Math)
Fonte: Manual do Usuário LibreOffice 3.3 (2011)
Com todas essas ferramentas de produtividade alternativa aos softwares
de escritório proprietário, o pacote de escritório LibreOffice torna-se uma ótima
ferramenta pedagógica para os professores nos auxilio de suas práticas diárias,
sendo um de seu ponto forte é ser de baixo custo, ou seja, sem custo de
licenciamento podendo ser instalado em qualquer computador sem nenhuma
1 A licença LGPL está disponível no sitio: <http://www.documentfoundation.org/lgpl/>. Acesso em: 8
nov. 2013.
29
restrição de sua licença de uso, outro ponto forte do LibreOffice utiliza um padrão
aberto de seus documentos que se adequa perfeitamente ao ambiente educacional.
Segundo o GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013),
ele fala que:
O LibreOffice pode ser utilizado por qualquer empresa ou pessoa sem
custos de licenciamento. [...]. Além de permitir a abertura dos formatos de
arquivos mais comuns do Microsoft Office, o LibreOffice utiliza como padrão
a família de formatos de arquivo Open Document Format (ODF),
homologado pela ISO como padrão internacional para troca de documentos
sob o número ISO 26300. (2013, p.26)
E ainda, para o GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
(2013, p.26), diz que “A suíte de escritório LibreOffice é altamente compatível com as
demais suítes de escritório do mercado, um conjunto de aplicações destinada tanto
à utilização pessoal quanto profissional”.
O pacote de escritório LibreOffice possui os seguintes requisito mínimos
de sistema2, de acordo com o sistema operacional utilizado:
 Microsoft Windows 2000 (service pack 4 ou superior), XP, Vista ou 7.
 GNU/Linux versão do kernel 2.6.18 e versão glibc2 2.5 ou superior.
 Mac OS X 10.4 (Tiger) ou superior.
A suíte de escritório LibreOffice necessita ainda de forma não obrigatória
quando for ser usado de forma básica a máquina virtual Java Runtime Enviroment
(JRE) 1.6.x ou superior.
Segundo o documento de referência de migração para formatos abertos
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, elenca entre algumas
vantagens a criação do conhecimento e ainda diz que:
Por ser um software de código aberto, o LibreOffice pertence a uma
categoria de softwares com uma dinâmica diferenciada de mercado, que
prioriza os serviços e a criação de conhecimento em vez da venda de
licenciamento do software. O usuário tem a possibilidade de copiar, instalar
e distribuir livremente o LibreOffice. Ou seja, basta fazer o download e
instalá-lo, sem que seja necessário adquirir uma licença para isso. Pela sua
vantajosa relação custo-benefício, o LibreOffice passou a ser uma
alternativa interessante para as organizações que querem ampliar o seu
parque tecnológico mantendo a qualidade dos recursos computacionais e
direcionando os investimentos de forma inteligente. (2013, p.8).
A figura a seguir mostra a tela inicial do pacote de escritório LibreOffice
com todos os seus recursos já mencionados anteriormente e com a sua nova tela de
2
Os requisitos de sistema para a instalação do LibreOffice podem ser consultados por completo no
sitio: <http://pt-br.libreoffice.org/ajuda-on-line/sistemas/>. Acesso em: 14 dez. 2013.
30
abertura, totalmente redesenhada em relação a versão de produção anterior, de
forma que veio a facilitar a usabilidade em relação a criação e abertura de
documentos criados por este pacote de escritório.
Desta forma do lado esquerdo ficando os botões de todos os programas
que compõem o LibreOffice e do lado direito da tela uma pequena miniatura dos
documentos criados pelo pacote, porém, os documentos criados pelos softwares
proprietários não mostra uma pré-visualização do documento.
Figura 7: Tela de abertura da suíte de aplicativos do LibreOffice
Fonte: Autor.
7.1.1 Processador de texto: LibreOffice Writer
O aplicativo Writer é um processador de textos que apresenta uma
diversidade de dispositivos para elaboração de textos onde é possível formatar
facilmente documentos de forma rápida coerente e consistente, através do Writer é
possível desenvolver nos educandos as aptidões linguísticas e incentivar a
criatividade destes, podendo o mesmo ser incorporado por todas as disciplinas
curriculares. Assim como afirma Tajra:
Os editores de texto ajudam no desenvolvimento das habilidades
linguísticas. Com eles é possível elaborar atividades de criação de
relatórios, cartas poesias, músicas, entrevistas, caça-palavras, palavras
cruzadas, cartões, livros e jornais. A criatividade depende do professor.
(2008, p.62)
31
A utilização do Writer possibilita aos professores navegar por estruturas
textuais e manipular este ao seu bel prazer, editando e salvando este de acordo com
o formato desejado e o tipo de documento a ser trabalhado.
A Figura abaixo mostra a imagem do processador de texto Writer para a
edição de texto (mostrando a confecção deste trabalho de conclusão de curso).
Figura 8: Processador de textos LibreOffice Writer
Fonte: Autor.
7.1.2 Planilha eletrônica de cálculo: LibreOffice Calc
O Calc é uma poderosa planilha eletrônica de cálculo matemático, que
torna possível a realização de cálculos complexos de forma fácil e rápida, podem-se
manipular os mais variados tipos de dados numéricos para a obtenção de um
determinado resultado. Tajra diz que:
Um exemplo de atividade que pode ser realizada com as planilhas
eletrônicas é o ensinamento de controles financeiros, a partir das quatro
operações matemáticas, além de cálculos de percentuais. O professor pode
simular as entradas de dinheiro dos alunos a partir de suas mesadas, e as
despesas, a partir dos gastos que eles têm com lanches, revistas, cinemas
etc. (2008, p.64)
A planilha eletrônica de cálculo matemático Calc pode auxilia-los nas
práticas pedagógicas do dia-a-dia dos professores de matemática, química e física
facilitando, assim, o processo de ensino-aprendizagem da disciplina em questão de
forma bem prática com o auxílio deste ótimo recurso pedagógico que é a planilha
32
eletrônica de cálculo Calc. Por meio deste recurso torna-se possível trabalhar
fórmulas e funções especificas em tabelas numéricas com diversas finalidades,
estimulando habilidades lógico-matemáticas e de interpretação gráfica dependendo
do conteúdo abordado. De acordo com Moran:
O professor é um pesquisador em serviço. Aprende com a prática e a
pesquisa e ensina a partir do que aprende. Realiza-se aprendendo-
pesquisando-ensinando-aprendendo. O seu papel é fundamentalmente o de
um orientador/mediador. (2000, p. 30)
Os educadores fazem uso do recurso tecnológico para alcançar o fim
primordial da prática pedagógica, que é a assimilação consistente e proveitosa do
assunto abordado. A Figura a seguir mostra a poderosa planilha eletrônica de
cálculos matemáticos que compõe a suíte de escritório LibreOffice.
Figura 9: Planilha eletrônica de cálculo LibreOffice Calc
Fonte: Autor
7.1.3 Editor de apresentação: LibreOffice Impress
O Impress é um aplicativo para apresentações bastante utilizado para
realização de palestras e aulas, onde pode-se disponibilizar os conteúdos na forma
de slides que podem ser compostos de diferentes elementos. Tajra (2008, p.67)
ainda afirma que: “Os softwares de apresentação são bem aceitos pelos alunos, pois
eles podem exibir seus trabalhos em forma de apresentação no próprio computador,
diferentemente de entregar textos impressos”.
33
A próxima figura nos mostra a imagem do editor de apresentação de
slides, que, assim, como os outro supracitados, compõe a suíte de escritório
LibreOffice.
Figura 10: Editor de apresentação LibreOffice Impress
Fonte: Autor.
Há ainda a existência de outros aplicativos que compõem o pacote de
escritório LibreOffice que não serão abordados neste trabalho por serem menos
utilizado na educação (LibreOffice Math, LibreOffice Draw e o LibreOffice Base), por
isso a abordagem apenas dos mais frequentemente utilizados pelos docentes em
sala de aula.
A tabela a seguir mostra a equivalência dos aplicativos da suíte de
escritório Livre LibreOffice com o seu principal concorrente, a suíte de escritório
proprietária.
Tabela 2: Aplicações equivalentes entre as suítes de escritório
Aplicações equivalentes
Microsoft Office LibreOffice
Word Writer
Excel Calc
PowerPoint Impress
Equation Editor Math
Access Base
Draw
Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013).
34
A fim de esclarecer melhor o padrão de arquivos que são salvos (padrão
aberto) do LibreOffice é que a tabela a seguir mostra o formato de arquivo (extensão
padrão de cada aplicação), sendo que todos começam a as letras iniciais do formato
Open Document (OD) e a letra final representa a aplicação que a criadora daquele
formato.
Tabela 3: Formatos de arquivos do LibreOffice
Formatos de arquivos
Writer (Textos) .ODT
Calc (Planilhas) .ODS
Impress (Apresentações) .ODP
Draw(Gráficos) .ODG
Base (Bancos de dados) .ODB
Math (Equações matemáticas) .ODF
Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013).
7.2 A versão atual do LibreOffice
A TDF que é a comunidade responsável pelo desenvolvimento,
manutenção e atualização do pacote LibreOffice, como já foi mencionado
anteriormente quando falamos da história e surgimento do mesmo, a TDF mantém,
por padrão o desenvolvimento de duas versões do pacote: uma versão estável para
produção destinada para empresas e usuários finais (o atual LibreOffice 4.1.6),
lançada em 29 de abril de 2014, que contém os seus recursos bem mais estáveis e
sem bugs3. Assim como afirma Hallot (2014b) em “para Windows, Mac OS e Linux,
o sexto lançamento da família LibreOffice 4.1 destinado a grandes instalações da
melhor suíte Office livre”. E outra versão destinada para usuários avançados e
programadores, que serve como uma espécie de “versão de testes” com novas
funcionalidades para correção de possíveis problemas (atual LibreOffice 4.2.4)
lançada aqui no Brasil foi no Fórum Internacional Software Livre (FISL154) em Porto
Alegre – Rio Grande do Sul, que aconteceu entre os dias 07 e 10 de maio de 2014
no centro de eventos da PUCRS, porém a versão foi anunciada meses antes de ser
lançada oficialmente, no dia 30 de janeiro deste ano.
3
Erros ou falhas na execução de um programa, prejudicando ou inviabilizando seu funcionamento.
Disponível em <http://www.infopedia.pt>. Acessado em: 17 abr. 2014.
4
Fórum Internacional Software Livre: O evento é feito por centenas de voluntários que oferecem sua
inteligência e sua força de trabalho para colaborar na produção, na comunicação, na logística, e
mesmo na divulgação do evento e das bandeiras do Software Livre pela rede, de suas próprias
casas. Disponível em <http://softwarelivre.org/fisl15/o-evento/o-fisl>. Acessado em: 17 abr. 2014.
35
No FISL15 contou com palestras, oficinas, casos de uso e cursos sobre a
suíte de escritório LibreOffice. E a sua adoção pelas instituições públicas em
especial as universidades, foi destaque tanto no fórum com na 10ª edição revista do
projeto.
O desenvolvimento do pacote de escritório LibreOffice dá prioridade para
a interoperabilidade5 entre o LibreOffice e o pacote office proprietário que tem o
formato fechado, como por exemplo os padrões (.docx e xlsx), mantendo assim o
padrão de formatação entre as duas suítes de escritório.
Podemos citar como uma das principais mudanças anunciadas pela TDF,
foi em relação ao visual da atual versão 4.2, está na tela de abertura, que o usuário
tem a opção de ver e abrir documentos recentemente abertos pelo usuário -
semelhante a suíte de escritório proprietária (Word) - mudança essa que agradou a
muitos usuários do LibreOffice.
As principais diferenças e recomendações do pacote entre as duas
versões já citadas:
O LibreOffice 4.2.4 “Novo” – a versão mais rica em recursos do software, é
o quarto lançamento da família LibreOffice 4.2, e é adequado para usuários
experientes que querem aproveitar os recursos inovadores. Para
instalações em empresas e para usuários conservadores, a The Document
Foundation sugere o ramo LibreOffice 4.1.6, “estável”. (HALLOT, 2014a)
7.3 Outros projetos paralelo do LibreOffice
7.3.1 A Revista digital LibreOffice Magazine
A comunidade brasileira ainda desenvolvi outro projeto, além da tradução
do LibreOffice para o português do Brasil junto à comunidade mundial e do
desenvolvimento de extensões que aumenta as possibilidades do LibreOffice, uma
revista6 eletrônica que tem o foco em mostrar os recursos, atualizações e dicas do
pacote de escritório LibreOffice, que é confeccionada com o próprio pacote (com o
LibreOffice Draw). Esta revista tem uma qualidade e aceitação muito grande e com
um número de download muito grande a cada lançamento da revista. Hoje a revista
está na sua 10º edição7, que veio intitulada “LibreOffice nas Universidades: UFRJ e
5
É a capacidade de diferentes sistemas comunicar e compartilhar informações entre si de forma
transparente. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/>. Acessado em: 22 abr. 2014.
6 Anuncio do lançamento da 10ª edição da revista LibreOffice Magazine foi feito no blog Oficial o
LibreOffice Brasil Blog. Disponível em: <http://blog.pt-br.libreoffice.org/2014/04/23/libreoffice-
magazine-10-e-lancada/>. Acessado em: 28 abr. 2014.
7 A 10ª edição da revista pode ser baixada em: <https://pt-br.libreoffice.org/assets/Uploads/PT-
BR_imagens/Magazine/LM-ED10.pdf>>. Acessado em: 28 abr. 2014.
36
ARAPOTI”, que vem mostrando como o pacote LibreOffice está sendo adotado
pelas universidades, assim, como cita Cavalcante (2014) “ele está sendo levado
para dentro de universidades por pessoas que conhecem e reconhecem a
capacidade da suíte de escritórios. E está encontrando a porta aberta para se
instalar”. Desta forma a figura abaixo ilustra a edição atual da revista eletrônica do
projeto já citada.
Figura 11: Revista LibreOffice Magazine - 10ª Edição
Fonte: Revista LibreOffice Magazine (2014).
Todas as edições anteriores e inclusive a atual e futuras edições podem
ser encontrada na página oficial8 da revista.
7.3.2 O Controle Remoto para LibreOffice: LibreOffice Impress Remote
A The Document Foundation (TDF) criou recentemente um aplicativo
indispensável e essencial para professores e palestrantes, um controle remoto de
apresentação de slides exclusivo para dispositivos móveis com os sistemas Android
2.3 ou superior, e também iPhone da Apple e Windows fone, o aplicativo tem o
tamanho de 1.018k está na versão 2.1.1 e está disponível a partir da versão do
LibreOffice 4.0.1. O número de instalações do aplicativo está entre 50.000 - 100.000,
somente no dispositivo com Android, sem contar as instalações nos demais
dispositivos móveis.
O aplicativo conta com numero total de slides e o slide atual, um
simulador de laser para dar foco na apresentação e ainda com cronômetro para o
8 Página oficial da revista LibreOffice Magazine: <http://pt-br.libreoffice.org/projetos/revista/>. Acesso
em: 15 mar. 2014.
37
tempo da apresentação e um espaço para ver as anotações. É importante salientar
que esta ferramenta só funciona com o pacote de escritório LibreOffice
especificamente com o LibreOffice Impress. O logo do aplicativo pode ser visto na
imagem abaixo.
Figura 12: Controle Remoto de Apresentação LibreOffice Impress Remote
Fonte: Google Play (2014)
O aplicativo está disponível no Google Play9 para celulares Android, tem
uma instalação muito simplificada e intuitiva, assim como a sua configuração,
funciona com rede sem fio Wi-Fi e com Bluetooth.
A página da wiki da TDF conta com informações sobre o controle remoto
de apresentações LibreOffice Impress Remote, como instalação, configuração e
vídeo demonstrando como instalá-lo e usá-lo, está na página oficial10 da TDF. Desta
forma como comprovação das possibilidades de uso do LibreOffice para fins
educativos, a apresentação deste que será usado para apresentação o LibreOffice
Impress com o passador de slides LibreOffice Impress Remote.
8 A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA) NA
EDUCAÇÃO
Os recursos educacionais abertos (REA) ou ainda em inglês conhecido
como OER (Open Educational Resources), de acordo com a definição estabelecida
por Mizutani, (2012, p.1), são recursos voltados para o ensino e aprendizagem,
disponibilizados de forma livre e aberta para qualquer interessado ao redor do
mundo. Este conceito é reafirmado ainda pela Unesco/Commonwealth of Learning,
em 2011, são:
9 Sitio do Google Play (LibreOffice impress remote). Disponível em:
<https://play.google.com/store/apps/details?id=org.libreoffice.impressremote&hl=pt_BR>. Acesso em
28 jun. 2014.
10 Página oficial do LibreOffice Impress Remote. Disponível
em:<https://wiki.documentfoundation.org/Documentation/HowTo/Impress_Remote_%28Android%29/p
t-br>. Acesso em 28 jun. 2014.
38
Materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia,
que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta,
permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de
formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos
publicados digitalmente. Recursos educacionais abertos podem incluir
cursos completos, partes de cursos, módulos livros didáticos, artigos de
pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou
técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento. (Apud STAROBINAS,
2012, p.122)
A ação didática que vislumbramos hoje, tem buscado romper com a
padronização e as amarras tradicionais vigentes a muitos anos em nosso modelo
educacional que colocou o livro didático como recurso único de máxima excelência
para o aprendizado, fazendo do professor um mero executor de ideias pré-
estabelecidas e do educando um passivo repetidor destas.
A modificação deste cenário auto repetitivo, passa pela adoção de uma
nova visão educativa que esteja atrelada a incorporação de novas formas de ensino,
que contemplem a colaboração estratégica de meios que incentivem a
interdisciplinaridade à diversidade de matérias e a colaboração mutua entre os
alunos. “Professores diferentes, livros variados, múltiplas estratégias didáticas: são
infinitas as combinações entre esses componentes, assim como são infinitas as
formas de ensinar e aprender”. (STAROBINAS, 2012, p.122).
Segundo Gonsales (2012), em seu artigo sobre aberturas e rupturas na
formação de professores do livro REA, ela afirma que para que ocorra uma
renovação significativa no processo de ensino-aprendizagem:
É preciso estimular que professores sejam autores de seu próprio processo
de formação, procurando usar REA para também produzir e compartilhar
suas produções, seus projetos pedagógicos, suas sequencias didáticas,
possibilitando que outros educadores possam aproveitar e remixar essas
iniciativas de acordo com as características culturais de sua região.
(GONSALES, 2012, p. 143)
Com base nestas afirmativas, podemos compreender que o REA é um
fator fundamental para renovação e desenvolvimento do atual quadro educativo na
medida em que o “REA é, mais que tudo, um movimento para que pessoas tenham
consciência crítica sobre o seu papel em uma sociedade cada vez mais mediada por
recursos digitais”. (EDUCAÇÃO ABERTA, 2011, p. 01)
E para que possamos ter esta consciência temos inicialmente que
entender com clareza o que é o REA, como é constituído e qual a sua abrangência.
Segundo EDUCAÇÃO ABERTA (2011) que faz a seguinte definição:
REA são “materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte
ou mídia, que estão sob domínio público, ou que estão licenciados de
39
maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros.
O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos
recursos publicados digitalmente”. (2011, p. 4)
Pode-se observar, portanto que o domínio e a forma da licença aberta são
os fatores característicos principais que definem e delimitam a existência dos REAs,
assim como também a promoção do compartilhamento e transparência das
informações fomentando formas flexíveis e variadas de ensino-aprendizagem.
Segundo Moraes, Ribeiro e Amiel (2011), citado ainda por Mizutani (2012,
p.5) dizem que o conceito de REA é mais que um recurso básico, é um compromisso
com os recursos didáticos, com foco em encontrar, criar, adaptar, usar e
compartilhar, definindo cada item como:
1. Encontrar: através da rede mundial de computadores e de seus próprios
materiais procura-se recursos capazes de atender a sua necessidade.
2. Criar: criar o recurso necessário do inicio ou combinar recursos para
montar um novo.
3. Adaptar: fazer adaptação no material encontrado a fim de se adequar ao
contexto.
4. Usar: usá-lo em sala de aula, em reuniões pedagógicas e na internet.
5. Compartilhar: disponibilizar cópias do recurso original, das alterações e
junções com outros recursos dentro e fora do ambiente escolar, para que
possa ser reutilizado e dar sequência ao recurso. (MIZUTANI, 2012, p.5,
grifo nosso)
Figura 13: Ciclo de vida REA (encontrar, criar, adaptar, usar e compartilhar)
Fonte: EDUCAÇÃO ABERTA (2011)
As mídias livres do REA possuem grande relevância na medida em que
apoiam e incentivam a inovação pedagógica, investigação, criatividade e a reflexão
de educadores e educandos em torno dos conteúdos então trabalhados de acordo
com a diversidade, a adequação e a conveniência do assunto em questão.
Por fim, Mizutani (2012) diz que:
O acesso aos recursos educacionais é essencial para o desenvolvimento de
configurações mais flexíveis de ensino e aprendizado. E tratar o chamado
“material didático” como Recursos Educacionais Abertos (REA) pode
auxiliar um sistema de modificação muito assertivo para aprendizagem
escolar. (MIZUTANI, 2012, p.4).
40
Como podemos perceber que o REA pode proporcionar ambientes mais
favoráveis ao ensino e aprendizagem, modificando o ambiente escolar.
9 FORMATOS ABERTOS E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO
Entende-se por formatos as definições para o armazenamento de dados
digitais, convertendo os mesmos em linguagem binária acessível ao computador, o
que evidencia uma total dependência da comunicação digital em relação aos
formatos delimitando o que pode ser armazenado. “Formato é um modo específico
de codificar a informação para o seu armazenamento e recuperação em um arquivo
de computador. Formatos são implementados por softwares”. (SILVEIRA, 2012,
p.112)
No mundo atual coexistem uma grande variedade de formatos de
arquivos que são incompatíveis entre si que servem as mais diversas formas de
informação Silveira (2012). Os formatos são classificados em dois tipos: abertos ou
fechados.
Os formatos abertos são disponibilizados através de softwares livres, o
que permite aos seus usuários a interoperabilidade e compatibilidade de produções
textuais realizadas por meio de diferentes aplicativos, pois estes fazem uso do Open
Document Format (ODF), que possibilita independência e autonomia com relação à
empresa desenvolvedora da solução que permitiu salvar o arquivo então criado, “o
ODF é aberto e pode ser aplicado por todo e qualquer software de escritório para
armazenar textos, planilhas, bases de dados, desenhos e apresentações.”
(SILVEIRA, 2012, p.116).
Em contramão aos formatos abertos encontra-se os formatos fechados,
também chamados de proprietários, oriundos dos softwares proprietários, que criam
dependência aos usuários que os utilizam justamente por assegurar que apenas um
ou alguns determinados programas possam abrir ou ler um arquivo que possua uma
extensão criada sob seu direito de propriedade.
Um educador que faça uso de formatos proprietários encontra-se sem
autonomia sobre sua própria criação, uma vez que somente consegue expor seu
trabalho através do aplicativo em que foi criado, não permitindo a intercalação com
informações de extensões diferentes ou a utilização de sistema operacional de
empresa concorrente.
41
A adoção da utilização de recursos educacionais abertos por professores
garante o intercâmbio e ampliação a variados materiais de referências
desenvolvidas em programas cujas extensões são divergentes.
E diante deste contexto a importância de uso dos softwares livres na
produção de material didático e acadêmico pelos professores tem se tornado grande
aliado da educação, pois os mesmos que por padrão já salva-os no formato aberto e
estes sendo produzidos sob a licença Creative Commons e suas atribuições legais,
possibilitando a sua futura remixagem por outros professores, evitando, assim a
incompatibilidade que é conhecida tecnicamente com interoperabilidade dos
formatos abertos e fechados, que tanto assusta os professores na formatação de
seus trabalhos.
Todas essas possíveis ações na escola, por parte principalmente dos
educadores, pode vir a revolucionar a educação pública brasileira, principalmente
com conteúdo trabalhado (confeccionado) por várias pessoas no processo de sua
criação do material didático adaptando o conteúdo a realidade de cada aluno/
acadêmico tendo esse material didático o formato padrão aberto, para que assim
possa alcançar o maior número possível de pessoas dispostas a contribuir.
10 O USO DO SOFTWARE LIVRE LIBREOFFICE NA PRODUÇÃO DE REA COM
A LICENÇA CREATIVE COMMONS
Os softwares livres proporcionam aos seus usuários a capacidade de criar
de forma ilimitada conteúdos culturais, baseados em uma ampla diversidade de
informações o que torna a suíte de escritório LibreOffice a ferramenta ideal para
produção de recursos educacionais abertos (REA), permitindo a esses conteúdos
serem editados, adaptados ou remixado de forma fácil, graças ao seu padrão de
arquivos, o “formato aberto”, justamente porque se faz uso dos direitos autorais para
fomentar o compartilhamento de materiais educativos por meio da licença Creative
Commons (CC).
Conforme diz Mizutani (2012, p.1) “possibilita a troca de materiais de alta
qualidade de forma simples e rápida, o que traz melhorias para o processo
educacional” e fala ainda que “a produção, publicação e distribuição de materiais
didáticos digitais crescem a cada dia e ganham inovações e taxonomias”
(MIZUTANI, 2012, p.1) e com base nisso o LibreOffice e mostra o seu valor como
um excelente software capaz de criar diversos tipos de REA, uma vez que declara-
42
se também explicitamente como um recurso educacional aberto no auxílio da
educação publica.
Segundo o caderno EDUCAÇÃO ABERTA (2011), fala que:
O Creative Commons é uma organização não-governamental que tem como
foco a elaboração e manutenção de licenças livres que auxiliam na cultura
de criação e compartilhamento com a que tomou força com a expansão
mundial da internet. (2011, p. 24).
Assim, o Creative Commons não faz uso de uma única licença, mas de
diferentes tipos de licença de acordo com a vontade do autor como já visto
anteriormente, que define por meio de uma imagem especifica o que deseja torna
disponível de sua criação, assim não há qualquer tipo de infração à lei.
A licença é definida através do site11 da organização, onde o autor
interessado só precisa responder a duas perguntas básicas quando for definir o seu
recurso: se será permitido a utilização comercial, ao passo que a outra determina o
desejo da existência de obras derivadas. Este passo é de suma importância para o
autor definir os seus recursos como REA, assim, como cita o livro digital Recursos
Educacionais Abertos – Um caderno para professores, quando fala que “É essencial
estabelecer e colocar de forma clara junto ao recurso educacional a licença que
regulamenta seu uso. Sem esse importante passo, seu recurso não será REA”.
(EDUCAÇÃO ABERTA, 2011, p. 25).
É importante salientar que o simples fato de se ter confeccionado um
recurso educacional com software livre (como exemplo o LibreOffice) e
disponibilizando-os com uma licença Creative Commons não significa que se tem
um REA, devido a sua grande diversidade de tipos de licenças desta, que vão desde
a menos restritiva a mais restritiva, pois é de fundamental importância que o autor do
recurso declare sua licença de forma pública, e se defenda o compartilhamento
deste recurso educativo.
Segundo Lemos (2005), que defende todas estas iniciativas, diz que o
objetivo é estimular, através de licenças do tipo Creative Commons, e a remixagem
criativa de obras, como uma iniciativa válida para a educação brasileira. E sabendo
disso é que Mizutani fala:
Sabendo a melhor maneira de produzir REA, consegue-se desenvolver
materiais adequados às necessidades de todos, facilitando a produção, o
compartilhamento, a adaptação e reutilização dos mesmos. (MIZUTANI,
2012, p.2).
11 Disponível em <http://creativecommons.org/choose/?lang=pt>. Acesso em 15 de março de 2014
43
O autor reforça a importância do uso dos softwares livres como o
LibreOffice, sendo usado como REA é um ponto forte, disponibilizando-os com a
licença CC pública.
11 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE NA ESCOLA
A tecnologia é uma realidade que não podemos deixar de lado no
ambiente educacional, ela tem grande relevância para a formação de pessoas para
a nova realidade em que vivenciamos, tornando-se pessoas multifuncionais e
polivalentes e os softwares livres em especial podem ser uma boa opção para este
fim. Para Almeida (2014, p.5) do site dicas-L, afirma que “para o setor educacional,
muitas vezes carente de recursos, o software livre é uma alternativa viável e que
deve ser considerada seriamente”. Desta forma ele ainda afirma que:
O emprego de software livre na educação é uma alternativa imprescindível
a qualquer projeto educacional, tanto no setor público como privado.
Fatores tais como liberdade, custo, flexibilidade são estratégicos para a
condução bem sucedida de projetos educacionais mediados por
computador. (ALMEIDA, 2014, p.5)
Os softwares educacionais são desenvolvidos com a finalidade educativa,
porém, existem ainda os softwares que não são desenvolvidos para o ambiente
educacional, mas que tem perfeitamente as tais características e assim mostrando o
avanço que a tecnologia pode trazer para o ambiente educacional.
Almeida (2014) ao falar sobre o uso e sucesso dos softwares livres na
educação, ele afirma que:
O software livre, embora não seja uma solução universal, pode contribuir
significativamente para a disseminação e uso em larga escala de soluções
eficientes e de baixo custo para a educação, a distância e mediada por
computador. A quantidade de relatos do uso bem sucedido do software livre
em escolas e universidades são prova da viabilidade desta alternativa.
Apesar do preconceito em geral contra o emprego de soluções baseadas
em software livre para a educação em geral, os casos de sucesso são
numerosos e representam uma prova eloquente de sua viabilidade.
(ALMEIDA, 2014, p.1)
E com a atual dinâmica do uso de recursos tecnológicos disponíveis
livres, pode-se criar uma interdisciplinaridade para a resolução de problemas das
mais variadas disciplinas. É preciso que se tenha em mente os objetivos da aula e
da utilização dos recursos. Estes devem trazer consigo os objetivos explicitados em
cada conteúdo. Assim como diz Piletti (2008, p.154), “Ao se selecionar um recurso
de ensino deve-se ter em vista os objetivos a serem alcançados. Nunca se deve
utilizar um recurso de ensino só porque está na moda”.
44
Ainda, é reafirmado por Masetto sobre o uso correto das TICs na
educação como recurso de ensino pelo professor:
As técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende com
que os alunos aprendam. Como o processo de aprendizagem abrange o
desenvolvimento intelectual, afetivo, o desenvolvimento de competências e
de atitudes, pode-se deduzir que a tecnologia a ser usada deverá ser
variada e adequada a esses objetivos. [...] (MASETTO, 2000, p.143)
Os profissionais da educação devem estar preparados para fazer o uso
correto dessas tecnologias e a preparação destes profissionais é de suma
importância para a qualidade da educação. O Ministério da Educação e Cultura
(MEC) tem como foco a qualidade da educação brasileira, e a utilização das TICs é
uma forma de alcança-la, quando diz que:
Na Educação, a Informática é vista como uma nova e promissora área a ser
explorada e com grande potencial para ajudar nas mudanças dos sistemas
educacionais. Daí a importância de que se revise a preparação de
profissionais no domínio dessas tecnologias, para que se tornem capazes
de pensar e de participar ativamente desse processo de mudança. (MEC,
2010, p. 9).
Ainda, segundo Souza (2010), ao falar sobre a qualidade na educação,
cita que:
A educação brasileira deve ter e manter um padrão de qualidade, que
corrobora com o Artigo 3, inciso IX da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB12), ao definir que o ensino deve ser ministrado
com base em alguns princípios, tais como a garantia de padrão de
qualidade(SOUZA, 2010, p. 17).
A escola deve sempre estar aberta as novas tendências tecnológicas para
o auxílio da aprendizagem e formação de pessoas que saibam utiliza-la e o papel do
professor tem grande valia, assim como cita Almeida & Almeida.
[...], o professor cria ambientes de aprendizagem interdisciplinares, propõe
desafios e explorações que possam conduzir a descobertas e promover a
construção do conhecimento utilizando o computador e seus programas
(softwares) para problematizar e implementar projetos (1998, p.52).
E o LibreOffice oferece um ambiente de escritório completo, para o
ambiente educacional e favorece a construção do conhecimento:
O LibreOffice é uma suíte de aplicações de escritório destinada tanto à
utilização pessoal quanto profissional, altamente compatível com as demais
suítes de escritório do mercado. É composta pelos aplicativos mais
utilizados pelos usuários corporativos: editor de textos, planilha, editor de
apresentações e editor de desenhos e um editor de formulas matemática.
Além das funções mais tradicionais, o LibreOffice conta com recursos
adicionais como exportação para PDF, editor de fórmulas
12
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional.
45
científicas, extensões, etc... (GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL, 2013, p.26).
Quando nos referimos apenas ao pacote de aplicativos LibreOffice, aplica-
se também ao mesmo tempo ao BrOffice.org (projeto descontinuado), assim como
também ao Apache OpenOffice.org que deu origem ao LibreOffice, que é a versão
atual da variação do OpenOffice.org.
O discente capacitado para trabalhar com o LibreOffice, tem a
oportunidade de planejar as suas aulas conforme a proposta educacional,
diminuindo a exclusão digital. Conforme diz Manzano:
O BrOffice.org contribui para a diminuição da exclusão digital e o combate à
pirataria de software (programas de computador) no Brasil, pois seus
usuários não têm obrigação de gastar absolutamente nada com a aquisição
de licenças de propriedade e uso. (2010, p.16)
Como podemos perceber LibreOffice tem todos os recursos que os da
suíte de escritório proprietária, porém o professor/aluno desta ferramenta não terá
problemas de licença de uso, diminuindo assim os problemas de pirataria e
contribuído com o ensino.
Concorda-se com Freire quando ressalta que:
Estamos prestes a receber a geração Net chegando às instituições de
Ensino Superior do Brasil (hoje, com mais duas mil instituições,
aproximadamente 25% públicas e 75% particulares), os nascidos nos anos
noventa do século passado chegando aos anos 20 do século XXI. Educar a
geração Internet será um privilégio e um desafio. Hoje, e principalmente no
futuro, o professor deverá estar preparado para atender uma geração que
tem a sensibilidade audiovisual extremamente desenvolvida. Esta geração
não consegue prestar atenção, motivar-se e aprender em uma aula
expositiva, mas prefere aprender experimentando, explorando, trabalhando
em equipe, pesquisando na Internet. (2006, p. 1).
Atualmente a escola é um ambiente onde ainda predominam o uso dos
softwares proprietário, tornando assim um ambiente meio fechado para as
mudanças. Em contrapartida, uso do software livre no espaço escolar ainda é pouco
utilizado, porém o seu potencial é de acordo com Moran:
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos
e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores
qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de
caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam,
avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm
de famílias abertas, que apoiam as mudanças, que estimulam afetivamente
os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, aprendem mais
rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais
produtivas. (2000, p.17-18).
46
Os professores devem instigar a curiosidade de seus alunos através da
adoção e utilização dos softwares livres em suas aulas para que ocorram as
mudanças no ambiente educacional favorecendo a aprendizagem.
12 UNIVERSO DA PESQUISA
A unidade escolar onde foi desenvolvida a pesquisa está situada à Rua
Siqueira Campos, S/N, Centro, no município de Araguatins estado do Tocantins, o
Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF) que foi inaugurara em 1968, funciona nos
períodos diurno e noturno. Atualmente conta com 474 alunos do 6º ao 9º anos do
Ensino Fundamental e 289 alunos na EJA – Educação de Jovens e Adultos – 3º
segmento.
O quadro atual de funcionários é constituído de 59 servidores, admitidos
através de concurso público e nomeação, sendo 31 administrativos e 28 servidores
na área da docência, distribuídos em todas as áreas de conhecimento, sendo que
destes, apenas 16 são professores exclusivos do CEOF e os demais são cedidos
por outras instituições de ensino do município e o atual diretor é o professor Josiel
Carlos da Silva. A estrutura física do Colégio estadual Osvaldo Franco, possui uma
área total de 3.696,00m2, sendo construída 3.044.425m2, ficando uma área livre de
651.575m2.
O CEOF tem como missão “Afirmar um ensino de qualidade, procurando
garantir o acesso e a permanência dos alunos aos estudos, no intento de formar
cidadãos críticos, capazes de agir na transformação da sociedade em que vivemos”.
A escola tem um laboratório de informática com 35 computadores
conectados à Internet, todos são instalados softwares livre, desde o sistema
operacional que é o Linux Educacional 4.0, que já vem por padrão com o pacote de
escritório livre LibreOffice, é usado com frequência pelos alunos que fazem parte do
projeto PIBID de computação. Porém, no prédio administrativo da escola temos um
ambiente bem misto utilizando sistema operacional proprietário, com exceção da
sala de planejamento tem uma máquina com Linux Educacional e LibreOffice. A
escola ainda possui um computador do tipo projetor multimídia com o Linux
Educacional 4.0 e LibreOffice instalado por padrão que é utilizado pelos professores
em suas aulas.
47
13 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Antes da análise dos resultados desta pesquisa há necessidade de
conhecer um pouco sobre a formação, as áreas de atuações, anos e turmas dos
docentes que participaram desta pesquisa.
As áreas de formação e atuação dos professores que participaram desta
pesquisa teve abrangência em todas as áreas, que vai desde o professor de letras
com pós-graduação em avaliação escolar e língua portuguesa, história, ciências,
educação física, letras e pedagogia, história e geografia, licenciatura plena em
ciências com habilitação em matemática, pós-graduação em ciências biológicas,
matemática, letras, licenciatura plena em química, graduação em física.
Sendo que os mesmos lecionam nas turmas do 6º ao 9º ano do ensino
fundamental, ensino médio e EJA.
13.1 Utilização, capacitação e licenças de softwares na Educação
Na pesquisa realizada com professores do CEOF, questionou-se quais
dos pacotes de escritório os professores têm conhecimento e utiliza em suas
práticas docentes.
Como opção dada, os itens do pacote de escritório proprietário (Word,
Excel, PowerPoint) e o pacote de escritório livre LibreOffice (Writer, Calc, Impress)
que são os aplicativos utilizados com maior frequência por eles. Com isso, conclui-
se que 75% dos professores responderam ter conhecimento no pacote de escritório
e sistema operacional proprietários.
Isso se deve ao fato de terem o pensamento equivocado de que o
LibreOffice é somente para o sistema operacional Linux, e 19% disseram ter
conhecimento tanto no pacote de escritório proprietário como no pacote de
escritório livre, e outros 6% responderam não ter conhecimento em nenhum pacote
de escritório, o que é algo preocupante quando se trata de professor como
promotor da integração das tecnologias ao ensino. Na figura abaixo pode ser
visualizado o que foi elucidado acima.
48
Figura 14: Conhecimento do pacote Office utilizado na pratica docente
Fonte: Autor
Também foi questionado aos professores se já tiveram alguma
capacitação sobre pacotes de escritório livres ou proprietários e os principais
aplicativos utilizados por eles. Os resultados apontaram que 63% dos professores
disseram ter capacitação na suíte de escritório proprietária da empresa Microsoft.
Analisando os dados da figura abaixo, pode se observar que todos os
docentes não foram capacitados sobre a utilização da suíte de escritório livre
LibreOffice, o que comprova a dificuldades dos professores observados durante o
estágio supervisionado. E mais importante ainda é que 38% dos professores não
têm capacitação para integrar as tecnologias educacionais livres.
Figura 15: Capacitação ou Curso sobre a utilização dos pacotes de escritório
Fonte: Autor
Outra questão abordada foi em relação à compra das licenças de uso
tanto do sistema operacional quanto da suíte de escritório proprietário e teve como
base os resultados das perguntas anteriores (Figura 14 e Figura 15). O resultado
desta pesquisa mostra que 94% dos professores que têm estes softwares instalados
em seus computadores afirmaram nunca ter comprado licença de uso dos softwares
49
proprietários que utilizam para ministrar e planejar suas aulas, apenas pagaram um
técnico para instalar os softwares em seus computadores, sem se preocupar com as
leis de proteção aos softwares e direitos de propriedade intelectual. Sendo que
apenas 6% dos professores disseram ter comprado a licença para usá-los, conforme
a figura abaixo.
Figura 16: Você já comprou alguma licença para usar software proprietário
Fonte: Autor
13.2 Fluência no LibreOffice
A seguir foi perguntado aos professores como eles avaliam o
conhecimento que possuem em relação ao pacote de escritório livre LibreOffice. A
grande maioria, o que equivale a 69% afirmam ter o conhecimento básico, 19%
disseram não ter conhecimento nenhum sobre a suíte de escritório livre, ainda 6%,
se dizem que seu conhecimento é intermediário, e outros 6% dos professores
responderam ter um conhecimento avançado, portanto sendo muito baixo com este
percentual de resposta. Esses dados são exibidos na figura.
Figura 17: Conhecimento dos professores sobre o pacote de escritório livre LibreOffice
Fonte: Autor
Outro ponto abordado foi no tocante a fluência dos professores na
integração a prática docente do pacote de escritório LibreOffice. O resultado mostra
que 69% responderam que detém apenas um conhecimento básico e por
50
conseguinte, limitado das tecnologias educacionais livres que utilizam, sendo que
19% responderam não ter fluência na integração do LibreOffice, e outros 13% dos
professores afirmam deter de conhecimento intermediário em se tratando da suíte
de escritório livre LibreOffice. Com estas respostas ressalta-se que nenhum dos
professores pesquisados se consideram fluentes na integração da suíte de
escritório LibreOffice a sua pratica pedagógica. A figura 17 mostra os dados
supracitados.
Figura 18: Fluência dos professores na utilização do pacote de escritório LibreOffice
Fonte: Autor
13.3 Integração do LibreOffice na educação
Também foi indagado aos professores quanto a dificuldade que eles têm
em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas docentes.
Com base na coleta de dados, 81% dos professores afirmam que têm
dificuldades em integrar o LibreOffice nas suas práticas pedagógicas,
demonstrando com isso, um desafio do professor em apropriar-se das tecnologias
livres e dificuldade em apropriar-se do software didaticamente em suas aulas.
E, ainda com um percentual de 19% dos professores discordam em ter
dificuldade em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas
docentes, mostrando-se ter uma maior intimidade com os aplicativos do
LibreOffice. Os resultados dessa pesquisa são mostrados abaixo.
51
Figura 19: Dificuldade em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas docente
Fonte: Autor
Com base na análise do questionamento anterior, foi feito um
questionamento livre, aberto, visando identificar, na percepção dos professores, os
principais desafios de integrar o software livre LibreOffice ao ensino?
O resultado deste questionamento evidenciou que, de forma geral,
podemos perceber que a maioria dos professores afirmam que a falta de
capacitação é o maior problema encontrado pelos docentes do CEOF para a
integração do LibreOffice em suas aulas.
Conforme discurso do Professor A quando diz que o maior desafio da
integração ao ensino é: “Não tenho curso de capacitação, assim sinto um pouco de
dificuldade ao trabalhar com LibreOffice”
Este relato, corrobora com a afirmação do professor B, quando relata a
“Falta de habilidades com os programas e ausência de capacitação adequada”.
O ponto mais importante das respostas é que muitos professores são
condizentes em afirmar que os principais desafios de integrar o software livre
LibreOffice ao ensino é falta de, “uma formação para facilitar meu trabalho em sala
de aula e em minha vida profissional”, utilizando tecnologias educacionais livres.
13.4 Criação e Compartilhamento de REA com LibreOffice
Foi questionado aos professores se os mesmos disponibilizariam o seu
material didático como Recurso Educacional Aberto (REA), para que possa ser
utilizado por outros professores/alunos. O resultado mostrou que 94% deles
concordam plenamente na disponibilização do seu material didático como REA
para outros professores e/ou alunos de outras escolas, ainda, 6% dos professores
52
discordaram em disponibilizarem do seu material didático como REA para que
possa ser utilizado por terceiros. Os gráficos com os dados coletados são exibidos
abaixo.
Figura 20: Você disponibilizaria o seu material didático como REA
Fonte: Autor
Dentro da mesma temática anterior também foi questionado se o
professor considera importante ter o LibreOffice (software livre) para confecção de
seu material didático e disponibilizá-lo a outros professores/aluno como Recurso
Educacional Aberto (REA). A maioria dos professores, 94% afirmam que é muito
importante ter o pacote de escritório LibreOffice para facilitar na criação do material
didático como REA, pois o mesmo facilita no seu compartilhamento no padrão
aberto que é o LibreOffice. E apenas 6% responderam que é pouco importante a
utilização do LibreOffice na confecção do seu material didático como REA. A figura
21 mostra o que foi explicitado.
Figura 21: Importância do pacote de escritório livre LibreOffice na criação do material didático como
REA
Fonte: Autor
53
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos nesta pesquisa revelaram que a maioria dos
professores utilizam em suas práticas pedagógicas o pacote de escritório
proprietário, assim, como o sistema operacional proprietário e detém apenas
conhecimento limitado das tecnologias livres.
Conclui-se que os docentes não utilizam o LibreOffice por não terem
conhecimento da ferramenta. Isso se dá, devido os docentes nunca terem feito curso
ou capacitação sobre a utilização do pacote de escritório livre, o mesmo não ocorre
com a suíte de escritório proprietária. Por mais que façam uso dos softwares
proprietários, a maioria nunca comprou um software proprietário, simplesmente
pirateando-os.
Do ponto de vista de conhecimento de utilização da suíte de escritório
LibreOffice, a maior parte dos professores não se consideram fluentes no libre office.
Com isso há várias dificuldades na integração do LibreOffice em suas práticas
pedagógicas preparação formal de educação para integrar tecnologias educacionais
livres
Quanto a utilização do software livre LibreOffice para criação do material
didático como um Recurso Educacional Aberto, apesar de considerarem relevante,
mostraram que eles ainda não têm a cultura do compartilhamento de seu material de
seu material didático na forma de REA.
Por fim, pretende-se a partir dos resultados desta pesquisa que os
trabalhos futuros possam vir a contribuir com produção cientifica relevante sobre a
temática aqui abordada.
Com base na pesquisa, conclui-se que há uma carência de políticas e
iniciativas que promovam a inserção das tecnologias educacionais livres e faz-se
necessário oferta de cursos de capacitação para os professores do Colégio
Estadual Osvaldo Franco sobre a utilização e integração do software livre
LibreOffice de forma didático-pedagógica ao ensino para os docentes, contribuindo
com o processo de ensino-aprendizagem dos seus discentes e a melhoria da
qualidade do ensino da escola.
54
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DIREITOS AUTORAIS EM REFORMA. Escola de Direito do Rio de Janeiro da
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Direito Rio, 2011. 122 p.
EDUCAÇÃO ABERTA. Recursos Educacionais Abertos (REA): Um caderno para
professores. Campinas, SP: Educação Aberta, 2011. Disponível em:
<http://www.educacaoaberta.org/pub/caderno_rea_grande.pdf>. Acesso em: 28 abr.
2014.
FREIRE, Paulo., Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do
oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
FERNANDES, J. O que é um Programa (Software)? Disponível em:
<http://www.cic.unb.br/~jhcf/MyBooks/iess/Software/oquehsoftware.html>. Acesso
em 24 fev. 2014.
FERREIRA, L. Software Livre, freeware, shareware, copyleft: entenda as
licenças de software. Disponível em:
<http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/07/12.htm>. Acesso em: 18 mar. 2014.
GARCIA, Mauro Neves et al. SOFTWARE LIVRE EM RELAÇÃO AO SOFTWARE
PROPRIETÁRIO: ASPECTOS FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS PERCEBIDOS
POR ESPECIALISTAS. Gestão & Regionalidade, v. 26, n. 78, 2011. Disponível em:
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TCC LUCIANO RIBEIRO DA SILVA: A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO.

  • 1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS CAMPUS ARAGUATINS LUCIANO RIBEIRO DA SILVA A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO ARAGUATINS 2014
  • 2. LUCIANO RIBEIRO DA SILVA A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO ARAGUATINS 2014 Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Coordenação do curso de Licenciatura em Computação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – campus Araguatins, para obtenção do grau de Licenciado em Computação. Orientador: Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo.
  • 3. Silva, Luciano Ribeiro da A utilização do pacote de escritório LibreOffice no auxílio da prática pedagógica no Colégio Estadual Osvaldo Franco / Luciano Ribeiro da Silva. – Palmas, 2014. 63 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Computação) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campus Araguatins, 2014. Orientador(a): Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo. 1. Software Livre. 2. LibreOffice. 3. Educação. 4. REA. I. Título.
  • 4. LUCIANO RIBEIRO DA SILVA A UTILIZAÇÃO DO PACOTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE NO AUXÍLIO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO COLÉGIO ESTADUAL OSVALDO FRANCO Aprovado em ____/____/______ BANCA AVALIADORA _________________________________________________ Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo (Orientador) IFTO – Campus Araguatins _________________________________________________ Prof. Esp. Samuel da Silva Costa IFTO – Campus Araguatins _________________________________________________ Prof. Esp. Rogerio Pereira de Sousa IFTO – Campus Araguatins Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Coordenação do curso de Licenciatura em Computação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – campus Araguatins, para obtenção do grau de Licenciado em Computação. Orientador: Prof. Esp. Ramásio Ferreira de Melo.
  • 5. À minha família serei eternamente grato e em especial a meu pai Bernardino e a minha mãe Antônia que são exemplos de vida para mim.
  • 6. AGRADECIMENTOS À Deus por ter me dado força e coragem a cada dia na busca incessante para alcançar minhas metas e objetivos. À minha família, pelo apoio em todos os momentos, e agradecer de forma especial aos meus pais (Bernardino e Antônia), por acreditarem em minha capacidade. À minha amada Wislayne Aires pelo apoio, dedicação e carinho. Ao meu professor orientador Ramásio Ferreira de Melo por ter tornado possível à elaboração deste trabalho, orientando-me, principalmente, pela paciência, amizade, dedicação e colaboração. Ao professor Thiago Guimarães por ter aceitado a princípio orientar-me e por força maior não ter concluído a minha orientação até o fim. Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campus Araguatins por tornar realidade um sonho. Aos professores que participaram desta pesquisa, ao diretor do Colégio Estadual Osvaldo Franco na pessoa do Josiel Carlos, pela dedicação de parte de seu tempo, e pela cooperação na pesquisa realizada. À todos os professores membros desta banca examinadora, que possibilitam a avaliação do presente trabalho. Aos meus colegas: o Sr. Wilson Pires Teixeira e Beijiumon da Silva Melo que sempre me deram força e me ajudaram em tudo desde o início do curso, serei eternamente grato. E por fim agradeço a todos os meus colegas por todos os momentos vividos juntos. À minha amiga Alessandra Melo e ao meu amigo Claudenor Pereira que me deram algumas dicas de um modo geral. A todos que contribuíram direto ou indiretamente para com a minha formação o meu sincero muito obrigado.
  • 7. É a partir do educador que temos que vamos caminhar para o educador que queremos ter [...]. A nova escola só pode nascer desta que aí está. Terezinha Azêredo Rios.
  • 8. RESUMO O presente trabalho tem como objetivo de analisar os desafios da integração pacote de escritório LibreOffice na prática pedagógica dos professores no Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF) como instrumento de ensino-aprendizagem. A escola onde foi realizada a pesquisa é da rede pública de ensino na cidade de Araguatins-TO, a mesma foi desenvolvida e direcionada para os professores. A metodologia utilizada foi uma pesquisa de campo do tipo exploratória, qualitativa e quantitativa, sendo que a coleta dos dados e informações foi a partir da aplicação de questionário eletrônico auto administrado do tipo Survey, utilizando a ferramenta Google Docs, onde procurou-se: Analisar os desafios da integração pacote de escritório LibreOffice na prática pedagógica dos professores no CEOF como instrumento de ensino- aprendizagem, usando a escala Likert para análise dos resultados. Para finalizar, com os resultados obtidos através da pesquisa, que mostraram os desafios da integração dos softwares livre, assim, como a utilização do pacote de escritório LibreOffice no auxílio da prática pedagógica dos professores da escola, tanto no que tange a capacitação adequada dos professores quanto ao planejamento e uso do LibreOffice, assim, como uma metodologia que promovam a motivação tanto dos professores como dos alunos de forma que venha dinamizar o processo ensino- aprendizagem com o LibreOffice vinculados às realidades dos alunos da escola CEOF. Palavras-chave: Software Livre, LibreOffice, Educação, REA.
  • 9. ABSTRACT This present work aims to analyze the challenges of integration office suite LibreOffice in pedagogical practice of teachers in State College Osvaldo Franco (CEOF) as a tool for teaching and learning. The school where the research was conducted is the public school network in the city of Araguatins-TO, it has been developed and directed to teachers. The methodology used was a field survey of the type exploratory, qualitative and quantitative, wherein and data collection and information was from the application of self-administered electronic questionnaire type survey, using the Google Docs tool, where we sought to investigate how teachers use LibreOffice in their educational activities, which sought to: Analyze the challenges of integration office suite LibreOffice in pedagogical practice of teachers in CEOF as a tool for teaching and learning, using a Likert scale to analyze the results. Finally, with the results from the survey, which showed the challenges of integration of free software, as well as using the office suite LibreOffice aid in the pedagogical practice of school teachers, both in terms adequate training teachers as to regarding the planning and use of LibreOffice, as well as a methodology that promotes the motivation of both teachers and students so that will dynamize the teaching-learning process with LibreOffice linked to the realities of the studentes CEOF school. Keywords: Free Software, LibreOffice, Education, REA.
  • 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Símbolo do copyleft ................................................................................20 Figura 2: Símbolo do copyright .............................................................................20 Figura 3: Símbolo da Creative Commons .............................................................21 Figura 4: O surgimento e história do LibreOffice.................................................27 Figura 5: Logomarca do LibreOffice......................................................................28 Figura 6: Ícones dos aplicativos do LibreOffice (Writer, Calc, Impress, Draw, Base, Math) ..............................................................................................................28 Figura 7: Tela de abertura da suíte de aplicativos do LibreOffice ......................30 Figura 8: Processador de textos LibreOffice Writer.............................................31 Figura 9: Planilha eletrônica de cálculo LibreOffice Calc....................................32 Figura 10: Editor de apresentação LibreOffice Impress ......................................33 Figura 11: Revista LibreOffice Magazine - 10ª Edição .........................................36 Figura 12: Controle Remoto de Apresentação LibreOffice Impress Remote.....37 Figura 13: Ciclo de vida REA (encontrar, criar, adaptar, usar e compartilhar)..39 Figura 14: Conhecimento do pacote Office utilizado na pratica docente ..........48 Figura 15: Capacitação ou Curso sobre a utilização dos pacotes de escritório48 Figura 16: Você já comprou alguma licença para usar software proprietário...49 Figura 17: Conhecimento dos professores sobre o pacote de escritório livre LibreOffice ...............................................................................................................49 Figura 18: Fluência dos professores na utilização do pacote de escritório LibreOffice ...............................................................................................................50 Figura 19: Dificuldade em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas docente......................................................................................................51 Figura 20: Você disponibilizaria o seu material didático como REA..................52 Figura 21: Importância do pacote de escritório livre LibreOffice na criação do material didático como REA...................................................................................52
  • 11. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Tipos de Licenças Creative Commons .................................................22 Tabela 2: Aplicações equivalentes entre as suítes de escritório........................33 Tabela 3: Formatos de arquivos do LibreOffice ...................................................34
  • 12. LISTA DE SIGLAS CEOF Colégio Estadual Osvaldo Franco CA Código Aberto CC Creative Commons EJA Educação de Jovens e Adultos FSF Free Software Foundation FOS Free Open Source FGV Fundação Getúlio Vargas GNU Gnu’s Not Unix GPL General Public License IFTO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins. JRE Java Runtime Enviroment LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MEC Ministério da Educação e Cultura ODF Open Document Format OSI Open Source Intiative OS Open Source OER Open Educational Resources PROINFO Programa Nacional de Informática Educacional PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência REA Recursos Educacionais Abertos TDF The Document Foundation TIC Tecnologias de Informação e Comunicação TI Tecnologia de Informação
  • 13. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................15 2 PROBLEMÁTICA ..................................................................................................16 3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................16 4 OBJETIVOS...........................................................................................................17 4.1 Objetivo Geral....................................................................................................17 4.2 Objetivos Específicos .......................................................................................17 5 METODOLOGIA ....................................................................................................17 6 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................19 6.1 Licenças de softwares ......................................................................................19 6.2 Licenças Creative Commons ...........................................................................20 6.3 O Software Livre e a cultura do compartilhamento........................................23 6.4 O Software Proprietário e os obstáculos para a educação ...........................24 7 HISTÓRIA E SURGIMENTO DO LIBREOFFICE ..................................................25 7.1 O Pacote de escritório LibreOffice e sua aplicação na educação ................28 7.1.1 Processador de texto: LibreOffice Writer..........................................................30 7.1.2 Planilha eletrônica de cálculo: LibreOffice Calc................................................31 7.1.3 Editor de apresentação: LibreOffice Impress ...................................................32 7.2 A versão atual do LibreOffice...........................................................................34 7.3 Outros projetos paralelo do LibreOffice..........................................................35 7.3.1 A Revista digital LibreOffice Magazine.............................................................35 7.3.2 O Controle Remoto para LibreOffice: LibreOffice Impress Remote..................36 8 A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA) NA EDUCAÇÃO..............................................................................................................37 9 FORMATOS ABERTOS E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO ..........40 10 O USO DO SOFTWARE LIVRE LIBREOFFICE NA PRODUÇÃO DE REA COM A LICENÇA CREATIVE COMMONS........................................................................41 11 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE NA ESCOLA.......................................43 12 UNIVERSO DA PESQUISA.................................................................................46 13 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................47 13.1 Utilização, capacitação e licenças de softwares na Educação ...................47 13.2 Fluência no LibreOffice...................................................................................49
  • 14. 13.3 Integração do LibreOffice na educação ........................................................50 13.4 Criação e Compartilhamento de REA com LibreOffice................................51 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................53 REFERÊNCIAS.........................................................................................................54 APÊNDICE................................................................................................................60 APÊNDICE A – Termo de Autorização da pesquisa na escola............................61 APÊNDICE B – Questionário sobre utilização do LibreOffice no Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF) de Araguatins-TO. ..........................................62
  • 15. 15 1 INTRODUÇÃO Com a globalização, surgiu na escola à necessidade de utilização de novas tecnologias, destarte, como softwares livres no auxílio das práticas pedagógicas. E com o intuito de quebrar os paradigmas da educação tradicionalista, tendo em vista que teremos que repensar em uma nova escola com tecnologias atuais e livres, as quais podem dinamizar o ensino, tornando, assim as aulas mais objetivas e lúdicas, que pode ser alcançado através de ferramentas alternativas e de baixo custo em substituição aos atuais Softwares Proprietários no ambiente educacional. Porém, é preciso desenvolver fluência tecnológica dos professores através da aquisição de habilidades operatórias das ferramentas tecnológicas (ROCHA, 2006). E um elemento muito importante no meio escolar para se chegar a um modelo de ensino envolvente, tanto para o professor, quanto para o aluno é desenvolver a fluência tecnológica dos mesmos para que possam fazer uso do computador e seus respectivos softwares que as escolas têm disponíveis em seus laboratórios, são peças que podem auxiliar o docente em suas práticas pedagógicas diárias, e assim tornando-se uma alternativa que adequa-se perfeitamente para o uso pedagógico no Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF). Deste modo, o pacote de escritório livre LibreOffice mostra-se como um excelente recurso pedagógico, explorando as suas múltiplas possibilidades de subsidiar qualquer conteúdo e contribuindo para promover novos métodos de ensino pelos professores em sala de aula, favorecendo o ensino-aprendizagem. Para que esta tecnologia (em específico o pacote LibreOffice) fosse usada como suporte no processo de ensino-aprendizagem, fez-se necessário que docentes de todas as áreas estivessem preparados para usá-las em suas aulas e assim, usando-a de forma pedagógica em sala, porém, nem sempre é o que acontece atualmente. Pode-se observar durante o estágio supervisionado a problemática no dia-a-dia dos professores, pois não fazem utilização dos softwares livres que têm disponíveis nos laboratórios de informática e em seus computadores como ferramenta pedagógica. A ferramenta estudada dispõe de vários recursos que podem auxiliar os professores de forma interdisciplinar, aplicando-se nas matérias de língua portuguesa, matemática, ciências, geografia, história e artes, além de ser
  • 16. 16 independente do sistema operacional, oportunizando assim que o professor possa utilizá-lo tanto no Microsoft Windows, Mac OS X e Linux. 2 PROBLEMÁTICA Atualmente no Brasil e no mundo existem tecnologias educacionais livres que podem auxiliar os professores em suas práticas pedagógicas. Pensando nesta possibilidade é que surge o questionamento sobre “Quais os desafios da integração dos softwares livre, assim, como a utilização do pacote de escritório LibreOffice no auxílio da prática pedagógica no Colégio Estadual Osvaldo Franco”? 3 JUSTIFICATIVA A escolha do tema foi feita diante da necessidade de utilização do pacote de escritório LibreOffice de forma adequada (facilitando a aprendizagem) por parte dos professores da escola CEOF, uma vez que os mesmos utilizam-no com dificuldade, já que os docentes produzem o material didático de sua aula em software proprietário em seus computadores, porém, nos computadores da escola, como o sistema operacional é Linux Educacional e por padrão já vem instalado o pacote de escritório livre LibreOffice, que é uma ótima alternativa a suíte de escritório proprietária. É notório que a utilização desta suíte de escritório livre de forma correta possibilitará um grande avanço na educação da escola CEOF, já que o mesmo tem todos os recursos que vem a contribuir no processo de ensino-aprendizagem e que ainda possa agregar valores sociais, políticos, econômicos e culturais da realidade brasileira e consequentemente para com a educação no município de Araguatins. Uma forma de alcançar bons resultados na educação será os professores desenvolver a fluência tecnológica e fazer sua utilização de forma pedagógica das ferramentas livres disponíveis na escola. Tendo em vista os fatos observados durante todo o estágio supervisionado, podemos perceber que o pacote de escritório LibreOffice, um software livre, não é utilizado de forma que venha a contribuir com o processo pedagógico no dia-a-dia da escola. É inegável que com uma melhor utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação pode vir a melhorar os indicadores escolares do CEOF.
  • 17. 17 Pegando como referência as tecnologias livres disponíveis na escola, a utilização do pacote de escritório LibreOffice venha proporcionar grandes mudanças do sistema educacional, através da utilização adequado desta ferramenta, assim, como a sua utilização didático-pedagógica no sistema de ensino pelos professores. O pacote de escritório LibreOffice pode vir a ser um fator importante na mudança desta realidade, sendo que pode-se trabalhar com suas ferramentas de forma interdisciplinar as disciplinas básicas que são objetos de avaliação do ministério da educação e cultura (MEC), como por exemplo: Português e Matemática. Tornando se assim ferramenta pedagógica em sala de aula para os professores. 4 OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral Analisar os desafios da integração pacote de escritório LibreOffice na prática pedagógica dos professores no CEOF como instrumento de ensino- aprendizagem. 4.2 Objetivos Específicos a) Investigar se os professores utilizam o LibreOffice em suas atividades pedagógica. b) Identificar os desafios dos professores quanto a integração do LibreOffice em suas práticas pedagógicas no seu dia-a-dia. c) Investigar se os professores têm fluência na utilização do LibreOffice integrando-o as suas práticas pedagógicas. d) Analisar a importância da criação e utilização de REA a partir do software livre LibreOffice pelos docentes na escola CEOF. 5 METODOLOGIA A partir da análise do cenário investigativo e motivado pelos fatos com a observação participante dos professores durante o estágio supervisionado e também durante participação no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES Brasil do curso de Licenciatura em Computação com os alunos, pode-se observar as dificuldades encontradas pelos professores em integrar as ferramentas da suíte de escritório LibreOffice em suas práticas pedagógicas.
  • 18. 18 A metodologia utilizada consiste em uma revisão de literatura alinhada com uma pesquisa de campo do tipo exploratória qualitativa e quantitativa. A coleta dos dados e informações foi realizada a partir da aplicação de questionário eletrônico contando com um total de 9 questões auto administrado do tipo survey, utilizando a ferramenta google docs e usando a escala Likert para análise dos resultados. A pesquisa foi desenvolvida e direcionada para os professores no Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF) e visa investigar se os mesmos integram o pacote de escritório LibreOffice a sua prática pedagógica, como instrumento de ensino- aprendizagem. O estudo foi realizado na escola CEOF que é da rede pública de ensino de Araguatins-TO, onde a pesquisa com o questionário eletrônico foi realizada durante o período de duas semanas no inicio do mês de março de 2014. O número de total de professores é de 28, distribuídos em todas as áreas de conhecimento da educação básica, sendo que 12 deles são cedidos de outras instituições ou são contratados. A pesquisa contou com a participação de todos os 16 professores afetivos pertencentes ao Colégio Estadual Osvaldo Franco. Os professores que participaram da pesquisa foram escolhidos de forma aleatória, em que pelo menos um professor de cada série da escola seja entrevistado nesta coleta de dados. A ferramenta utilizada para confeccionar a pesquisa é da empresa mundialmente conhecida de tecnologia Google, o google docs que tem uma interface intuitiva e muito simples de usar é uma aplicação livre sem custos e auto administrável que gera gráficos e estatística do questionário com as respostas, podendo ser salvo em todos os padrões de documentos da atualidade como o da suíte de escritório proprietária (.docx, .xslx, .pptx) ou LibreOffice (.odt, .ods, .odp), por esse motivo é muito difundida e usada no meio acadêmico e empresarial do mundo para criar todo tipo de pesquisa, inclusive o tipo survey, que utilizado neste trabalho. A escolha de pesquisa tipo survey é por ela permite que o levantamento de dados por amostragem, ou survey, assegura melhor representatividade e permitem generalização para uma população mais ampla (GÜNTHER, 2003, p.1). E conforme ainda é reafirmado: O instrumento utilizado no survey, o questionário, pode ser definido como “um conjunto de perguntas sobre um determinado tópico que não testa a habilidade do respondente, mas mede sua opinião, seus interesses,
  • 19. 19 aspectos de personalidade e informação biográfica”. (GÜNTHER, 2003, p.1 apud YAREMKO, HARARI, HARRISON & LYNN, 1986, p. 186). A pesquisa do tipo survey que é utilizada neste trabalho segundo Bonici e Junior, 2011 Apud Tanur; Pinsonneault e Kraemer (1993) pode ser descrita como a obtenção de dados ou informações sobre características, ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas, indicado como representante de uma população alvo, por meio de um instrumento de pesquisa, normalmente um questionário. A pesquisa com o questionário eletrônico foi realizada durante o período de duas semanas, onde no primeiro dia enviamos o link do mesmo por e-mail aos professores onde solicitamos as respostas, porém, não conseguimos alcançar um número relativamente adequado para a pesquisa, foi ai que fez-se necessário adotar outra estratégia para a coleta dos dados da pesquisa, onde levou-se o questionário já aberto pronto para receber as respostas e abordando os professores para respondê-lo, foi que conseguimos chegar a um número significativo de respostas. E por fim, para fazer a análise dos dados da pesquisa, utilizou-se a escala Likert, que segundo Alexandre et al: Em geral são utilizadas na escala de Likert quatro ou cinco categorias ordinais. Como ilustração podem ser citados, para quatro categorias, 0- nada importante, 1- pouco importante, 2- importante e 3- muito importante, e para cinco categorias, 0- muito baixo, 1- baixo, 2- médio, 3- alto e 4- muito alto (2011, p.1). A análise dos resultados da pesquisa, segundo Bonici e Junior (2011, p.7) apud BACKER (2005), dizem que a escala Likert requer que os entrevistados indiquem seu grau de concordância ou discordância com declarações relativas à atitude que está sendo medida. 6 REFERENCIAL TEÓRICO 6.1 Licenças de softwares A licença de software, de acordo com Silveira (2004) uma licença é um contrato no qual o desenvolvedor do software permiti ao usuário o direito de instalar e fazer uso da ferramenta. Deste modo, Arroyo, Merlo e Simões (2004) referem se a licença todos os direitos de propriedade relacionados ao software. As empresas não permitem que copiem, reproduzam, alterem, desmontem, recuperem informações ou criem trabalhos baseados no software. Há diversos tipos de licenças de softwares, contudo irá ser abordado neste trabalho apenas as mais comuns, são as que seguem:
  • 20. 20 Copyleft: o usuário tem o direito de usar, alterar e redistribuir o software ou software derivado do mesmo, desde que os termos de distribuição não sejam alterados e que os usuários que detêm da licença de uso façam referência ao autor da obra e usarem o mesmo licenciamento nas redistribuições dos originais, cópias e as versões derivadas. A licença também é conhecida como Licença Pública Geral (FREE SOFTWARE FOUNDATION, 2010); Figura 1: Símbolo do copyleft Fonte: Silva & Silva – UFMA (2009) Copyright: como uma maneira de resguardar os autores de documentação ou software de cópia não autorizada ou venda de seu trabalho. Nesse caso é requerido autorização para reprodução parcial ou total de alguma obra (SEGNINI e ZAFALON, 2009). Figura 2: Símbolo do copyright Fonte: Silva & Silva – UFMA (2009) 6.2 Licenças Creative Commons Neste trabalho será dada ênfase a licença Creative Commons (CC) e suas variações, devido a sua importância para a educação e ao fato de ser usada em diversas áreas e segundo Branco, S., & Britto, W. (2013), possuir mais de 500 milhões de obras licenciadas que possibilita a criação de Recursos Educacionais Abertos (REA) para as escolas públicas sobre esta licença. As licenças Creative Commons foram criadas por Lawrence Lessing, quando era professor na Universidade de Stanford e que tinha como objetivo de aumentar o número de obras criativas disponíveis ao público, permitindo criar outras obras sobre elas e compartilha-las. O projeto Creative Commons foi lançado no Brasil em 2003, organizado pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas
  • 21. 21 (FGV) em parceria com o Berkman Center de Harvard. A logomarca que foi criada e representa a empresa Creative Commons e vista logo abaixo. Figura 3: Símbolo da Creative Commons Fonte: AFONSO (2014) A concepção do projeto Creative Commons está em disponibilizar as obras para livre distribuição e cópia em favor da coletividade, porém com a limitação de proteger o conteúdo das mesmas a alterações não autorizadas pelo autor. Deste modo, com o uso de licenças CC há uma aproximação dos autores com os usuários das obras, isentando, assim, os intermediários, o que com o passar do tempo tornaram-se arcaicos com a propagação da tecnologia. A grande vantagem das licenças CC é de saber imediatamente os direitos que estão conferidos as obras e em quais condições, isso em função da padronização de suas cláusulas de criação, utilização, reformulação e compartilhamento. Se não houvesse as licenças citadas, cada autor deveria criar e publicar as suas próprias licenças, e isso não seria adequado. Com isso, há economia de tempo e dinheiro com a exclusão dos intermediários (gravadoras, editoras, produtoras e etc) e o autor ou artista tem mais tempo para criar. As licenças CC surgiram no âmbito das licenças copyleft. Para assegurar a manutenção do software livre, o instrumento é o contrato jurídico denominado Licença Pública Geral GNU (LPG GNU). Essa licença leva à formação de redes de contratos e aquele que detém da licença precisa permitir o uso dos eventuais aprimoramentos e alterações. As licenças CC são divididas em três níveis, que são:  Máquina: a licença é reproduzida em linguagem de computador para que as obras autorizadas no formato digital possam ser marcadas com os termos de licença pelo computador, e que o mesmo reconheça os termos de uso para os quais uma certa obra foi autorizada.  Leigo: esse nível é para quem não tem conhecimentos jurídicos, explica no que se baseia a licença e os direitos que o autor outorgando.
  • 22. 22  Jurídico: a licença é transcrita com termos jurídicos, onde é válida ante um determinado ordenamento jurídico. Escrita na linguagem e formato do texto que os advogados conhecem. As licenças CC são fundamentadas em duas perguntas-chave: 1. Autoriza o uso comercial de sua obra? 2. Autoriza alterações de sua obra? As respostas às duas perguntas, quando acordadas, geram as seis possíveis licenças, de acordo com o quadro abaixo: Tabela 1: Tipos de Licenças Creative Commons Licença Definição Atribuição Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e/ ou criem obras derivadas, mesmo para fins comerciais, desde que seja lhe concedam o crédito pela criação original. É a licença menos restritiva de todas as disponíveis. Atribuição Compartilhamento pela mesma licença Esta licença permite que outros remixem, adaptem e/oi criem obras derivadas, mesmo para fins comerciais, desde que lhe concedam o devido crédito ao autor da obra e que as obras sejam licenciadas sob os mesmos termos, ou seja, as obras derivadas poderão ser usadas para fins comerciais. Esta licença é comparada com as licenças de software livre. Atribuição - Não a obras derivadas Esta licença permite a redistribuição das obras sem alterações e completa e o uso das mesmas para fins comerciais ou não comerciais, desde que os créditos sejam concedidos ao autor. Atribuição - Não Comercial Esta permite que os outros remixem, adaptem e criem as obras derivadas a partir da obra licenciada, porém seu uso para fins comerciais é vedado. As obras derivadas devem conter os créditos do autor e não podem ser usadas para fins comerciais, contudo as mesmas não precisam ser licenciadas com os mesmos termos desta licença. Atribuição-Não Comercial/Compartilhamento pela mesma licença. Esta licença autoriza que os outros remixem, adaptem e criem obras derivadas a partir de obra original, contanto que seja sem fins comerciais e que conceda crédito ao autor e as novas obras sejam licenciadas com os mesmos termos. Atribuição - Não Comercial - Não a obras derivadas Esta licença é menos flexível de todas. Ela autoriza que os outros façam download das obras licenciadas e compartilhem as mesmas, desde que o autor seja citado e não se pode alterar a obra e nem utilizá-la para fins comerciais. Fonte: Adaptado de Branco, S., & Britto, W. (2013)
  • 23. 23 Mas, afinal qual a ligação das licenças Creative Commons com Recursos Educacionais Abertos? Para responder essa pergunta, segundo Branco, S., & Britto, W. (2013): Trata-se da utilização das licenças Creative Commons para tornar amplamente disponíveis materiais didáticos em todos os níveis educacionais e especialmente aqueles que tenham sido financiados com recursos públicos. (2013, p. 17). O projeto Creative Commons incentiva a utilização de software livre, a criação, utilização e compartilhamento de REA para a educação pública, que vão desde a educação básica até ao ensino superior. O compartilhamento rápido e fácil de obras de conteúdo educativo e acadêmico enriquece o processo educacional democratizando o conhecimento (BRANCO, S., & BRITTO, W., 2013). 6.3 O Software Livre e a cultura do compartilhamento Software Livre (SL) como qualquer tipo de programa de computador que não restrinja a cópia, redistribuição, estudo e alteração dos programas do computador. Para um programa ser considerado SL deve possuir as quatro liberdades a seguir (STALLMAN, 2002):  Liberdade 0: a liberdade de executar o programa para qualquer finalidade;  Liberdade 1: a liberdade de entender o funcionamento do programa e adaptá- los as suas necessidades;  Liberdade 2: liberdade de redistribuir cópias;  Liberdade 3: liberdade de distribuir as cópias de versões modificadas a outras pessoas. Dessa forma, todos podem se beneficiar das mudanças realizadas nos programas e, o acesso ao código aberto é um pré-requisito para que as mudanças aconteçam. Para que um programa seja considerado livre, ele deve atender todas essas liberdades. Deste modo, DOS SANTOS JR (2010), aborda que software livre é caracterizado como uma aplicação para computador com o código-fonte disponível para inspeção, alteração e utilização por qualquer pessoa, física ou jurídica. Há alguns autores que afirmam que SL e software de código aberto são a mesma coisa (ARROYO; MERLO; SIMÕES, 2004). A definição não está completamente errada, pois um software livre possui seu código fonte aberto. Mas é possível que um software de código aberto não atenda as quatro liberdades do SL.
  • 24. 24 Destarte, a GNU GPL (General Public Licence) cita que quase todo software de código aberto é software livre, porém possuem valores fundamentalmente diferentes. De acordo com a Open Source Iniciative (OSI) para que um software seja considerado aberto o código fonte deve estar disponível para que possam estudá-lo, alterá-lo e compartilhá-lo. Apesar de o software livre ser um software de código aberto, ele trata de questões éticas, das quais o software de código aberto não aborda e, além do que permiti que seja cobrado algo pelo uso do software. Com isso, conclui-se que o software de código aberto é uma metodologia de desenvolvimento e software livre é um movimento social. Outra visão errônea sobre software livre é que eles são gratuitos. O software grátis é aquele é distribuído sem nenhum custo, enquanto software livre permiti ler, modificar e compartilhar o código fonte, porém isso não significa que os programadores e estudantes não tenham interesses em cobrar algo pela distribuição do produto. 6.4 O Software Proprietário e os obstáculos para a educação De acordo com Stallman (2002), software proprietário acarreta em uma organização onde não é permitido o compartilhamento de conhecimento, o que segundo o autor estimula a competitividade ao invés de cooperação. Isso acontece por que os softwares proprietários são fechados, o que impedi as pessoas de aperfeiçoar as suas funcionalidades e dessa forma atender as suas necessidades específicas. O desenvolvimento de software proprietário é algo inviável, pois é necessário redesenvolver diversas tecnologias que já foram criadas, e as mesmas são inacessíveis por não permitirem o acesso ao código fonte. Para o autor, uma vez que o usuário pague pela licença de uso do software proprietário acontece uma transferência de riquezas que pode trazer benefícios para ambas as partes. Apesar disso, quando o usuário decide não utilizar o software devido à necessidade de pagamento, estará havendo perda a uma das partes sem que ninguém seja beneficiado. O prejuízo causado à sociedade pela limitação ao uso de um software é muito maior que os ganhos individuais que o produtor possa ter, pois os desenvolvedores de software proprietário impedem que a cooperação entre as pessoas ocorra, através da criminalização das cópias.
  • 25. 25 O conceito de software proprietário refere-se ao software que é desenvolvido e distribuído pelo fabricante e para utilizá-lo é necessário o pagamento pela licença do software (KINA, 2009). Para Garcia et.al (2011), é necessário a aquisição da licença de uso, chamada copyright. Esta licença tem seus direitos autorais e comerciais preservados, ou seja, não é livre e nem gratuito. Ao usuário não é permitido reproduzir, instalar várias vezes, alterar, ceder, revender ou redistribuir sem autorização e é necessário o pagamento devido de sua licença. Quando o usuário adquire o software proprietário, o usuário não sabe que na verdade não comprou o produto, mas sim adquiriu a licença de uso. Dessa forma, o software continua sendo propriedade da empresa que vendeu o mesmo. Os autores Silva e Pereira (2009), afirmam que o formato de dados proprietários defini um bloqueio de acesso à informação e os códigos fechados são barreiras ao conhecimento. Com isso, conclui-se que os softwares proprietários têm um modelo de desenvolvimento fechado, onde apenas uma empresa ou indivíduo tem o domínio sobre as funcionalidades, às retificações e os aprimoramentos. (SALEH, 2004). O movimento de software livre luta pelo compartilhamento tecnológico. Já o software proprietário é adepto a individualidade tecnológica. Enquanto o software proprietário se norteia em benefício ao fabricante, o software livre se norteia em benefício ao usuário. Para uso do software proprietário é necessário o pagamento de licença para ter acesso a seu código fonte. Já a cultura livre não há isto, já que o código é aberto, o que possibilita a troca de informações, disponibilizando as alterações a outros profissionais. 7 HISTÓRIA E SURGIMENTO DO LIBREOFFICE O marco inicial do LibreOffice teve origem entre os anos de 1984 e 1990, quando uma pequena empresa da Alemanha chamada StarDivison, ao qual criou o código fonte e desenvolveu uma suíte de aplicativos para escritório denominada StarOffice, que abrangia em seu conjunto: editor de textos, planilha eletrônica, aplicativo para apresentação de slides, gerador de banco de dados, aplicativo para desenhos e um construtor de fórmulas matemáticas, este pacote rapidamente se popularizou em virtude da gratuidade de sua distribuição e da sua característica
  • 26. 26 multiplataforma, ou seja, o mesmo poderia ser instalado em diversos sistemas operacionais. Em 1999 a gigante companhia norte-americana de software Sun Microsystems, motivada pela acirrada disputa no mercado de suítes para escritórios compra a StarDivison absorvendo o trabalho da suíte, em meados de outubro de 2000 a Sun, divulgou que tinha interesse em criar uma comunidade Open Source (OS) e resolveu distribuir o StarOffice como software livre e liberou o código-fonte à comunidade software livre e chamou ele de OpenOffice.org, o que culminou em uma grande evolução, disponibilizando o aplicativo para mais de 40 idiomas quando lançou o pacote de escritório OpenOffice.org. A Sun mantinha um bom relacionamento com a comunidade software livre, e desenvolvia alguns de seus projetos com este tipo de licença de código aberto. Alguns anos após, a Sun Microsystems é adquirida pela empresa Oracle, referência no universo dos bancos de dados corporativos, e assim todos os programas que eram desenvolvidos pela Sun passaram a ser de propriedade da Oracle. Porém, a ela não mantinha um bom relacionamento com a comunidade software livre e colocou algumas restrições quanto ao desenvolvimento e evolução do projeto OpenOffice.org, e ameaçou descontinua-lo, então a comunidade software livre não gostou das atitudes e decisões tomadas pela atual responsável do projeto OpenOffice.org, a Oracle. A solução adotada pela comunidade software livre para todo esse impasse com a empresa Oracle deu-se pela criação de uma organização chamada The Document Foundation (TDF), uma organização independente e aberta, dedicada ao aperfeiçoamento e incorporação das melhores ideias para se ter uma suíte produtiva e atualizada, logo em seguida a sua criação apanhou-se o código fonte do OpenOffice.org antes da compra pela Oracle, já que o projeto se tratava de um software livre e desenvolveu um similar “irmão gêmeo” sem as restrições importas, surgindo assim o LibreOffice. O projeto OpenOffice.org logo em seguida foi doado pela Oracle à comunidade Apache, que desenvolve e mantém vários projetos Open Source, e o então projeto passou a se chamar Apache OpenOffice.org e ser desenvolvido paralelamente ao LibreOffice, só que por comunidades diferentes, sempre contando com milhares de voluntários e contribuidores no mundo todo continuamente dedicando seus esforços ao OpenOffice.org.
  • 27. 27 O surgimento do BrOffice.org se deu por meio da suíte OpenOffice.org, originando-se assim o BrOffice.org, uma versão brasileira que mantém todas as características originais do OpenOffice.org mantendo o mesmo espirito de liberdade e colaboração. Com a criação do projeto LibreOffice que é desenvolvido e mantido pela comunidade TDF, já era traduzido para o português do Brasil e não haveria mais necessidade da tradução do OpenOffice.org para o português. Sendo assim, o BrOffice foi descontinuado e seus desenvolvedores passaram a participar da comunidade orientada pela TDF que utiliza o padrão Open Document Format (ODF), documentos com padrão abeto. O projeto LibreOffice passou então a contar com os mais importantes e renomados programadores do Brasil e do mundo, assim como das grandes companhias para desenvolver o aplicativo e conceder maior visibilidade no mercado ao mesmo, devido ao seu leque de possibilidades e ao vantajoso custo-benefício o LibreOffice, tornou-se uma importante alternativa livre às grandes organizações empresariais de suíte de escritório proprietário. O resultado de tudo, é que a partir do OpenOffice.org foi criado uma nova suíte de escritório com o código fonte antes da compra pela Oracle, denominada LibreOffice e depois a Oracle doa o OpenOffice.org para a comunidade Apache que desenvolve e mantém paralelamente ao LibreOffice o projeto OpenOffice.org com um novo nome chamado de Apache OpenOffice.org, assim como mostra a figura abaixo. Figura 4: O surgimento e história do LibreOffice Fonte: Henrique Santos (2013).
  • 28. 28 7.1 O Pacote de escritório LibreOffice e sua aplicação na educação A suíte de escritório LibreOffice é um pacote de ferramentas eletrônicas altamente funcional e livre, alternativa e de baixo custo para implementação no ambiente pessoal, empresarial e educacional, é distribuído sob a Open Source Initiative (OSI), aprovado e licenciado sobre a licença Lesser General Public License (LGPL1), MANUAL DO USUÁRIO LIBREOFFICE 3.3 (2011), assim, sendo, este pacote é composto por um poderoso processador de textos (LibreOffice Writer), planilha eletrônica de cálculo (LibreOffice Calc), um editor de apresentações de slides (LibreOffice Impress), editor de desenho vetorial (LibreOffice Draw), editor de banco de dados (LibreOffice Base) e editor de fórmulas matemáticas (LibreOffice Math). A imagem abaixo mostra a logomarca do LibreOffice criada pela TDF e representa o software. Figura 5: Logomarca do LibreOffice Fonte: LibreOffice (2014) Os ícones que os representam os programas que compõe o pacote de escritório LibreOffice estão na figura abaixo. Figura 6: Ícones dos aplicativos do LibreOffice (Writer, Calc, Impress, Draw, Base, Math) Fonte: Manual do Usuário LibreOffice 3.3 (2011) Com todas essas ferramentas de produtividade alternativa aos softwares de escritório proprietário, o pacote de escritório LibreOffice torna-se uma ótima ferramenta pedagógica para os professores nos auxilio de suas práticas diárias, sendo um de seu ponto forte é ser de baixo custo, ou seja, sem custo de licenciamento podendo ser instalado em qualquer computador sem nenhuma 1 A licença LGPL está disponível no sitio: <http://www.documentfoundation.org/lgpl/>. Acesso em: 8 nov. 2013.
  • 29. 29 restrição de sua licença de uso, outro ponto forte do LibreOffice utiliza um padrão aberto de seus documentos que se adequa perfeitamente ao ambiente educacional. Segundo o GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013), ele fala que: O LibreOffice pode ser utilizado por qualquer empresa ou pessoa sem custos de licenciamento. [...]. Além de permitir a abertura dos formatos de arquivos mais comuns do Microsoft Office, o LibreOffice utiliza como padrão a família de formatos de arquivo Open Document Format (ODF), homologado pela ISO como padrão internacional para troca de documentos sob o número ISO 26300. (2013, p.26) E ainda, para o GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013, p.26), diz que “A suíte de escritório LibreOffice é altamente compatível com as demais suítes de escritório do mercado, um conjunto de aplicações destinada tanto à utilização pessoal quanto profissional”. O pacote de escritório LibreOffice possui os seguintes requisito mínimos de sistema2, de acordo com o sistema operacional utilizado:  Microsoft Windows 2000 (service pack 4 ou superior), XP, Vista ou 7.  GNU/Linux versão do kernel 2.6.18 e versão glibc2 2.5 ou superior.  Mac OS X 10.4 (Tiger) ou superior. A suíte de escritório LibreOffice necessita ainda de forma não obrigatória quando for ser usado de forma básica a máquina virtual Java Runtime Enviroment (JRE) 1.6.x ou superior. Segundo o documento de referência de migração para formatos abertos GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, elenca entre algumas vantagens a criação do conhecimento e ainda diz que: Por ser um software de código aberto, o LibreOffice pertence a uma categoria de softwares com uma dinâmica diferenciada de mercado, que prioriza os serviços e a criação de conhecimento em vez da venda de licenciamento do software. O usuário tem a possibilidade de copiar, instalar e distribuir livremente o LibreOffice. Ou seja, basta fazer o download e instalá-lo, sem que seja necessário adquirir uma licença para isso. Pela sua vantajosa relação custo-benefício, o LibreOffice passou a ser uma alternativa interessante para as organizações que querem ampliar o seu parque tecnológico mantendo a qualidade dos recursos computacionais e direcionando os investimentos de forma inteligente. (2013, p.8). A figura a seguir mostra a tela inicial do pacote de escritório LibreOffice com todos os seus recursos já mencionados anteriormente e com a sua nova tela de 2 Os requisitos de sistema para a instalação do LibreOffice podem ser consultados por completo no sitio: <http://pt-br.libreoffice.org/ajuda-on-line/sistemas/>. Acesso em: 14 dez. 2013.
  • 30. 30 abertura, totalmente redesenhada em relação a versão de produção anterior, de forma que veio a facilitar a usabilidade em relação a criação e abertura de documentos criados por este pacote de escritório. Desta forma do lado esquerdo ficando os botões de todos os programas que compõem o LibreOffice e do lado direito da tela uma pequena miniatura dos documentos criados pelo pacote, porém, os documentos criados pelos softwares proprietários não mostra uma pré-visualização do documento. Figura 7: Tela de abertura da suíte de aplicativos do LibreOffice Fonte: Autor. 7.1.1 Processador de texto: LibreOffice Writer O aplicativo Writer é um processador de textos que apresenta uma diversidade de dispositivos para elaboração de textos onde é possível formatar facilmente documentos de forma rápida coerente e consistente, através do Writer é possível desenvolver nos educandos as aptidões linguísticas e incentivar a criatividade destes, podendo o mesmo ser incorporado por todas as disciplinas curriculares. Assim como afirma Tajra: Os editores de texto ajudam no desenvolvimento das habilidades linguísticas. Com eles é possível elaborar atividades de criação de relatórios, cartas poesias, músicas, entrevistas, caça-palavras, palavras cruzadas, cartões, livros e jornais. A criatividade depende do professor. (2008, p.62)
  • 31. 31 A utilização do Writer possibilita aos professores navegar por estruturas textuais e manipular este ao seu bel prazer, editando e salvando este de acordo com o formato desejado e o tipo de documento a ser trabalhado. A Figura abaixo mostra a imagem do processador de texto Writer para a edição de texto (mostrando a confecção deste trabalho de conclusão de curso). Figura 8: Processador de textos LibreOffice Writer Fonte: Autor. 7.1.2 Planilha eletrônica de cálculo: LibreOffice Calc O Calc é uma poderosa planilha eletrônica de cálculo matemático, que torna possível a realização de cálculos complexos de forma fácil e rápida, podem-se manipular os mais variados tipos de dados numéricos para a obtenção de um determinado resultado. Tajra diz que: Um exemplo de atividade que pode ser realizada com as planilhas eletrônicas é o ensinamento de controles financeiros, a partir das quatro operações matemáticas, além de cálculos de percentuais. O professor pode simular as entradas de dinheiro dos alunos a partir de suas mesadas, e as despesas, a partir dos gastos que eles têm com lanches, revistas, cinemas etc. (2008, p.64) A planilha eletrônica de cálculo matemático Calc pode auxilia-los nas práticas pedagógicas do dia-a-dia dos professores de matemática, química e física facilitando, assim, o processo de ensino-aprendizagem da disciplina em questão de forma bem prática com o auxílio deste ótimo recurso pedagógico que é a planilha
  • 32. 32 eletrônica de cálculo Calc. Por meio deste recurso torna-se possível trabalhar fórmulas e funções especificas em tabelas numéricas com diversas finalidades, estimulando habilidades lógico-matemáticas e de interpretação gráfica dependendo do conteúdo abordado. De acordo com Moran: O professor é um pesquisador em serviço. Aprende com a prática e a pesquisa e ensina a partir do que aprende. Realiza-se aprendendo- pesquisando-ensinando-aprendendo. O seu papel é fundamentalmente o de um orientador/mediador. (2000, p. 30) Os educadores fazem uso do recurso tecnológico para alcançar o fim primordial da prática pedagógica, que é a assimilação consistente e proveitosa do assunto abordado. A Figura a seguir mostra a poderosa planilha eletrônica de cálculos matemáticos que compõe a suíte de escritório LibreOffice. Figura 9: Planilha eletrônica de cálculo LibreOffice Calc Fonte: Autor 7.1.3 Editor de apresentação: LibreOffice Impress O Impress é um aplicativo para apresentações bastante utilizado para realização de palestras e aulas, onde pode-se disponibilizar os conteúdos na forma de slides que podem ser compostos de diferentes elementos. Tajra (2008, p.67) ainda afirma que: “Os softwares de apresentação são bem aceitos pelos alunos, pois eles podem exibir seus trabalhos em forma de apresentação no próprio computador, diferentemente de entregar textos impressos”.
  • 33. 33 A próxima figura nos mostra a imagem do editor de apresentação de slides, que, assim, como os outro supracitados, compõe a suíte de escritório LibreOffice. Figura 10: Editor de apresentação LibreOffice Impress Fonte: Autor. Há ainda a existência de outros aplicativos que compõem o pacote de escritório LibreOffice que não serão abordados neste trabalho por serem menos utilizado na educação (LibreOffice Math, LibreOffice Draw e o LibreOffice Base), por isso a abordagem apenas dos mais frequentemente utilizados pelos docentes em sala de aula. A tabela a seguir mostra a equivalência dos aplicativos da suíte de escritório Livre LibreOffice com o seu principal concorrente, a suíte de escritório proprietária. Tabela 2: Aplicações equivalentes entre as suítes de escritório Aplicações equivalentes Microsoft Office LibreOffice Word Writer Excel Calc PowerPoint Impress Equation Editor Math Access Base Draw Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013).
  • 34. 34 A fim de esclarecer melhor o padrão de arquivos que são salvos (padrão aberto) do LibreOffice é que a tabela a seguir mostra o formato de arquivo (extensão padrão de cada aplicação), sendo que todos começam a as letras iniciais do formato Open Document (OD) e a letra final representa a aplicação que a criadora daquele formato. Tabela 3: Formatos de arquivos do LibreOffice Formatos de arquivos Writer (Textos) .ODT Calc (Planilhas) .ODS Impress (Apresentações) .ODP Draw(Gráficos) .ODG Base (Bancos de dados) .ODB Math (Equações matemáticas) .ODF Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (2013). 7.2 A versão atual do LibreOffice A TDF que é a comunidade responsável pelo desenvolvimento, manutenção e atualização do pacote LibreOffice, como já foi mencionado anteriormente quando falamos da história e surgimento do mesmo, a TDF mantém, por padrão o desenvolvimento de duas versões do pacote: uma versão estável para produção destinada para empresas e usuários finais (o atual LibreOffice 4.1.6), lançada em 29 de abril de 2014, que contém os seus recursos bem mais estáveis e sem bugs3. Assim como afirma Hallot (2014b) em “para Windows, Mac OS e Linux, o sexto lançamento da família LibreOffice 4.1 destinado a grandes instalações da melhor suíte Office livre”. E outra versão destinada para usuários avançados e programadores, que serve como uma espécie de “versão de testes” com novas funcionalidades para correção de possíveis problemas (atual LibreOffice 4.2.4) lançada aqui no Brasil foi no Fórum Internacional Software Livre (FISL154) em Porto Alegre – Rio Grande do Sul, que aconteceu entre os dias 07 e 10 de maio de 2014 no centro de eventos da PUCRS, porém a versão foi anunciada meses antes de ser lançada oficialmente, no dia 30 de janeiro deste ano. 3 Erros ou falhas na execução de um programa, prejudicando ou inviabilizando seu funcionamento. Disponível em <http://www.infopedia.pt>. Acessado em: 17 abr. 2014. 4 Fórum Internacional Software Livre: O evento é feito por centenas de voluntários que oferecem sua inteligência e sua força de trabalho para colaborar na produção, na comunicação, na logística, e mesmo na divulgação do evento e das bandeiras do Software Livre pela rede, de suas próprias casas. Disponível em <http://softwarelivre.org/fisl15/o-evento/o-fisl>. Acessado em: 17 abr. 2014.
  • 35. 35 No FISL15 contou com palestras, oficinas, casos de uso e cursos sobre a suíte de escritório LibreOffice. E a sua adoção pelas instituições públicas em especial as universidades, foi destaque tanto no fórum com na 10ª edição revista do projeto. O desenvolvimento do pacote de escritório LibreOffice dá prioridade para a interoperabilidade5 entre o LibreOffice e o pacote office proprietário que tem o formato fechado, como por exemplo os padrões (.docx e xlsx), mantendo assim o padrão de formatação entre as duas suítes de escritório. Podemos citar como uma das principais mudanças anunciadas pela TDF, foi em relação ao visual da atual versão 4.2, está na tela de abertura, que o usuário tem a opção de ver e abrir documentos recentemente abertos pelo usuário - semelhante a suíte de escritório proprietária (Word) - mudança essa que agradou a muitos usuários do LibreOffice. As principais diferenças e recomendações do pacote entre as duas versões já citadas: O LibreOffice 4.2.4 “Novo” – a versão mais rica em recursos do software, é o quarto lançamento da família LibreOffice 4.2, e é adequado para usuários experientes que querem aproveitar os recursos inovadores. Para instalações em empresas e para usuários conservadores, a The Document Foundation sugere o ramo LibreOffice 4.1.6, “estável”. (HALLOT, 2014a) 7.3 Outros projetos paralelo do LibreOffice 7.3.1 A Revista digital LibreOffice Magazine A comunidade brasileira ainda desenvolvi outro projeto, além da tradução do LibreOffice para o português do Brasil junto à comunidade mundial e do desenvolvimento de extensões que aumenta as possibilidades do LibreOffice, uma revista6 eletrônica que tem o foco em mostrar os recursos, atualizações e dicas do pacote de escritório LibreOffice, que é confeccionada com o próprio pacote (com o LibreOffice Draw). Esta revista tem uma qualidade e aceitação muito grande e com um número de download muito grande a cada lançamento da revista. Hoje a revista está na sua 10º edição7, que veio intitulada “LibreOffice nas Universidades: UFRJ e 5 É a capacidade de diferentes sistemas comunicar e compartilhar informações entre si de forma transparente. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/>. Acessado em: 22 abr. 2014. 6 Anuncio do lançamento da 10ª edição da revista LibreOffice Magazine foi feito no blog Oficial o LibreOffice Brasil Blog. Disponível em: <http://blog.pt-br.libreoffice.org/2014/04/23/libreoffice- magazine-10-e-lancada/>. Acessado em: 28 abr. 2014. 7 A 10ª edição da revista pode ser baixada em: <https://pt-br.libreoffice.org/assets/Uploads/PT- BR_imagens/Magazine/LM-ED10.pdf>>. Acessado em: 28 abr. 2014.
  • 36. 36 ARAPOTI”, que vem mostrando como o pacote LibreOffice está sendo adotado pelas universidades, assim, como cita Cavalcante (2014) “ele está sendo levado para dentro de universidades por pessoas que conhecem e reconhecem a capacidade da suíte de escritórios. E está encontrando a porta aberta para se instalar”. Desta forma a figura abaixo ilustra a edição atual da revista eletrônica do projeto já citada. Figura 11: Revista LibreOffice Magazine - 10ª Edição Fonte: Revista LibreOffice Magazine (2014). Todas as edições anteriores e inclusive a atual e futuras edições podem ser encontrada na página oficial8 da revista. 7.3.2 O Controle Remoto para LibreOffice: LibreOffice Impress Remote A The Document Foundation (TDF) criou recentemente um aplicativo indispensável e essencial para professores e palestrantes, um controle remoto de apresentação de slides exclusivo para dispositivos móveis com os sistemas Android 2.3 ou superior, e também iPhone da Apple e Windows fone, o aplicativo tem o tamanho de 1.018k está na versão 2.1.1 e está disponível a partir da versão do LibreOffice 4.0.1. O número de instalações do aplicativo está entre 50.000 - 100.000, somente no dispositivo com Android, sem contar as instalações nos demais dispositivos móveis. O aplicativo conta com numero total de slides e o slide atual, um simulador de laser para dar foco na apresentação e ainda com cronômetro para o 8 Página oficial da revista LibreOffice Magazine: <http://pt-br.libreoffice.org/projetos/revista/>. Acesso em: 15 mar. 2014.
  • 37. 37 tempo da apresentação e um espaço para ver as anotações. É importante salientar que esta ferramenta só funciona com o pacote de escritório LibreOffice especificamente com o LibreOffice Impress. O logo do aplicativo pode ser visto na imagem abaixo. Figura 12: Controle Remoto de Apresentação LibreOffice Impress Remote Fonte: Google Play (2014) O aplicativo está disponível no Google Play9 para celulares Android, tem uma instalação muito simplificada e intuitiva, assim como a sua configuração, funciona com rede sem fio Wi-Fi e com Bluetooth. A página da wiki da TDF conta com informações sobre o controle remoto de apresentações LibreOffice Impress Remote, como instalação, configuração e vídeo demonstrando como instalá-lo e usá-lo, está na página oficial10 da TDF. Desta forma como comprovação das possibilidades de uso do LibreOffice para fins educativos, a apresentação deste que será usado para apresentação o LibreOffice Impress com o passador de slides LibreOffice Impress Remote. 8 A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA) NA EDUCAÇÃO Os recursos educacionais abertos (REA) ou ainda em inglês conhecido como OER (Open Educational Resources), de acordo com a definição estabelecida por Mizutani, (2012, p.1), são recursos voltados para o ensino e aprendizagem, disponibilizados de forma livre e aberta para qualquer interessado ao redor do mundo. Este conceito é reafirmado ainda pela Unesco/Commonwealth of Learning, em 2011, são: 9 Sitio do Google Play (LibreOffice impress remote). Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=org.libreoffice.impressremote&hl=pt_BR>. Acesso em 28 jun. 2014. 10 Página oficial do LibreOffice Impress Remote. Disponível em:<https://wiki.documentfoundation.org/Documentation/HowTo/Impress_Remote_%28Android%29/p t-br>. Acesso em 28 jun. 2014.
  • 38. 38 Materiais de ensino, aprendizado, e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos educacionais abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento. (Apud STAROBINAS, 2012, p.122) A ação didática que vislumbramos hoje, tem buscado romper com a padronização e as amarras tradicionais vigentes a muitos anos em nosso modelo educacional que colocou o livro didático como recurso único de máxima excelência para o aprendizado, fazendo do professor um mero executor de ideias pré- estabelecidas e do educando um passivo repetidor destas. A modificação deste cenário auto repetitivo, passa pela adoção de uma nova visão educativa que esteja atrelada a incorporação de novas formas de ensino, que contemplem a colaboração estratégica de meios que incentivem a interdisciplinaridade à diversidade de matérias e a colaboração mutua entre os alunos. “Professores diferentes, livros variados, múltiplas estratégias didáticas: são infinitas as combinações entre esses componentes, assim como são infinitas as formas de ensinar e aprender”. (STAROBINAS, 2012, p.122). Segundo Gonsales (2012), em seu artigo sobre aberturas e rupturas na formação de professores do livro REA, ela afirma que para que ocorra uma renovação significativa no processo de ensino-aprendizagem: É preciso estimular que professores sejam autores de seu próprio processo de formação, procurando usar REA para também produzir e compartilhar suas produções, seus projetos pedagógicos, suas sequencias didáticas, possibilitando que outros educadores possam aproveitar e remixar essas iniciativas de acordo com as características culturais de sua região. (GONSALES, 2012, p. 143) Com base nestas afirmativas, podemos compreender que o REA é um fator fundamental para renovação e desenvolvimento do atual quadro educativo na medida em que o “REA é, mais que tudo, um movimento para que pessoas tenham consciência crítica sobre o seu papel em uma sociedade cada vez mais mediada por recursos digitais”. (EDUCAÇÃO ABERTA, 2011, p. 01) E para que possamos ter esta consciência temos inicialmente que entender com clareza o que é o REA, como é constituído e qual a sua abrangência. Segundo EDUCAÇÃO ABERTA (2011) que faz a seguinte definição: REA são “materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou que estão licenciados de
  • 39. 39 maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente”. (2011, p. 4) Pode-se observar, portanto que o domínio e a forma da licença aberta são os fatores característicos principais que definem e delimitam a existência dos REAs, assim como também a promoção do compartilhamento e transparência das informações fomentando formas flexíveis e variadas de ensino-aprendizagem. Segundo Moraes, Ribeiro e Amiel (2011), citado ainda por Mizutani (2012, p.5) dizem que o conceito de REA é mais que um recurso básico, é um compromisso com os recursos didáticos, com foco em encontrar, criar, adaptar, usar e compartilhar, definindo cada item como: 1. Encontrar: através da rede mundial de computadores e de seus próprios materiais procura-se recursos capazes de atender a sua necessidade. 2. Criar: criar o recurso necessário do inicio ou combinar recursos para montar um novo. 3. Adaptar: fazer adaptação no material encontrado a fim de se adequar ao contexto. 4. Usar: usá-lo em sala de aula, em reuniões pedagógicas e na internet. 5. Compartilhar: disponibilizar cópias do recurso original, das alterações e junções com outros recursos dentro e fora do ambiente escolar, para que possa ser reutilizado e dar sequência ao recurso. (MIZUTANI, 2012, p.5, grifo nosso) Figura 13: Ciclo de vida REA (encontrar, criar, adaptar, usar e compartilhar) Fonte: EDUCAÇÃO ABERTA (2011) As mídias livres do REA possuem grande relevância na medida em que apoiam e incentivam a inovação pedagógica, investigação, criatividade e a reflexão de educadores e educandos em torno dos conteúdos então trabalhados de acordo com a diversidade, a adequação e a conveniência do assunto em questão. Por fim, Mizutani (2012) diz que: O acesso aos recursos educacionais é essencial para o desenvolvimento de configurações mais flexíveis de ensino e aprendizado. E tratar o chamado “material didático” como Recursos Educacionais Abertos (REA) pode auxiliar um sistema de modificação muito assertivo para aprendizagem escolar. (MIZUTANI, 2012, p.4).
  • 40. 40 Como podemos perceber que o REA pode proporcionar ambientes mais favoráveis ao ensino e aprendizagem, modificando o ambiente escolar. 9 FORMATOS ABERTOS E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO Entende-se por formatos as definições para o armazenamento de dados digitais, convertendo os mesmos em linguagem binária acessível ao computador, o que evidencia uma total dependência da comunicação digital em relação aos formatos delimitando o que pode ser armazenado. “Formato é um modo específico de codificar a informação para o seu armazenamento e recuperação em um arquivo de computador. Formatos são implementados por softwares”. (SILVEIRA, 2012, p.112) No mundo atual coexistem uma grande variedade de formatos de arquivos que são incompatíveis entre si que servem as mais diversas formas de informação Silveira (2012). Os formatos são classificados em dois tipos: abertos ou fechados. Os formatos abertos são disponibilizados através de softwares livres, o que permite aos seus usuários a interoperabilidade e compatibilidade de produções textuais realizadas por meio de diferentes aplicativos, pois estes fazem uso do Open Document Format (ODF), que possibilita independência e autonomia com relação à empresa desenvolvedora da solução que permitiu salvar o arquivo então criado, “o ODF é aberto e pode ser aplicado por todo e qualquer software de escritório para armazenar textos, planilhas, bases de dados, desenhos e apresentações.” (SILVEIRA, 2012, p.116). Em contramão aos formatos abertos encontra-se os formatos fechados, também chamados de proprietários, oriundos dos softwares proprietários, que criam dependência aos usuários que os utilizam justamente por assegurar que apenas um ou alguns determinados programas possam abrir ou ler um arquivo que possua uma extensão criada sob seu direito de propriedade. Um educador que faça uso de formatos proprietários encontra-se sem autonomia sobre sua própria criação, uma vez que somente consegue expor seu trabalho através do aplicativo em que foi criado, não permitindo a intercalação com informações de extensões diferentes ou a utilização de sistema operacional de empresa concorrente.
  • 41. 41 A adoção da utilização de recursos educacionais abertos por professores garante o intercâmbio e ampliação a variados materiais de referências desenvolvidas em programas cujas extensões são divergentes. E diante deste contexto a importância de uso dos softwares livres na produção de material didático e acadêmico pelos professores tem se tornado grande aliado da educação, pois os mesmos que por padrão já salva-os no formato aberto e estes sendo produzidos sob a licença Creative Commons e suas atribuições legais, possibilitando a sua futura remixagem por outros professores, evitando, assim a incompatibilidade que é conhecida tecnicamente com interoperabilidade dos formatos abertos e fechados, que tanto assusta os professores na formatação de seus trabalhos. Todas essas possíveis ações na escola, por parte principalmente dos educadores, pode vir a revolucionar a educação pública brasileira, principalmente com conteúdo trabalhado (confeccionado) por várias pessoas no processo de sua criação do material didático adaptando o conteúdo a realidade de cada aluno/ acadêmico tendo esse material didático o formato padrão aberto, para que assim possa alcançar o maior número possível de pessoas dispostas a contribuir. 10 O USO DO SOFTWARE LIVRE LIBREOFFICE NA PRODUÇÃO DE REA COM A LICENÇA CREATIVE COMMONS Os softwares livres proporcionam aos seus usuários a capacidade de criar de forma ilimitada conteúdos culturais, baseados em uma ampla diversidade de informações o que torna a suíte de escritório LibreOffice a ferramenta ideal para produção de recursos educacionais abertos (REA), permitindo a esses conteúdos serem editados, adaptados ou remixado de forma fácil, graças ao seu padrão de arquivos, o “formato aberto”, justamente porque se faz uso dos direitos autorais para fomentar o compartilhamento de materiais educativos por meio da licença Creative Commons (CC). Conforme diz Mizutani (2012, p.1) “possibilita a troca de materiais de alta qualidade de forma simples e rápida, o que traz melhorias para o processo educacional” e fala ainda que “a produção, publicação e distribuição de materiais didáticos digitais crescem a cada dia e ganham inovações e taxonomias” (MIZUTANI, 2012, p.1) e com base nisso o LibreOffice e mostra o seu valor como um excelente software capaz de criar diversos tipos de REA, uma vez que declara-
  • 42. 42 se também explicitamente como um recurso educacional aberto no auxílio da educação publica. Segundo o caderno EDUCAÇÃO ABERTA (2011), fala que: O Creative Commons é uma organização não-governamental que tem como foco a elaboração e manutenção de licenças livres que auxiliam na cultura de criação e compartilhamento com a que tomou força com a expansão mundial da internet. (2011, p. 24). Assim, o Creative Commons não faz uso de uma única licença, mas de diferentes tipos de licença de acordo com a vontade do autor como já visto anteriormente, que define por meio de uma imagem especifica o que deseja torna disponível de sua criação, assim não há qualquer tipo de infração à lei. A licença é definida através do site11 da organização, onde o autor interessado só precisa responder a duas perguntas básicas quando for definir o seu recurso: se será permitido a utilização comercial, ao passo que a outra determina o desejo da existência de obras derivadas. Este passo é de suma importância para o autor definir os seus recursos como REA, assim, como cita o livro digital Recursos Educacionais Abertos – Um caderno para professores, quando fala que “É essencial estabelecer e colocar de forma clara junto ao recurso educacional a licença que regulamenta seu uso. Sem esse importante passo, seu recurso não será REA”. (EDUCAÇÃO ABERTA, 2011, p. 25). É importante salientar que o simples fato de se ter confeccionado um recurso educacional com software livre (como exemplo o LibreOffice) e disponibilizando-os com uma licença Creative Commons não significa que se tem um REA, devido a sua grande diversidade de tipos de licenças desta, que vão desde a menos restritiva a mais restritiva, pois é de fundamental importância que o autor do recurso declare sua licença de forma pública, e se defenda o compartilhamento deste recurso educativo. Segundo Lemos (2005), que defende todas estas iniciativas, diz que o objetivo é estimular, através de licenças do tipo Creative Commons, e a remixagem criativa de obras, como uma iniciativa válida para a educação brasileira. E sabendo disso é que Mizutani fala: Sabendo a melhor maneira de produzir REA, consegue-se desenvolver materiais adequados às necessidades de todos, facilitando a produção, o compartilhamento, a adaptação e reutilização dos mesmos. (MIZUTANI, 2012, p.2). 11 Disponível em <http://creativecommons.org/choose/?lang=pt>. Acesso em 15 de março de 2014
  • 43. 43 O autor reforça a importância do uso dos softwares livres como o LibreOffice, sendo usado como REA é um ponto forte, disponibilizando-os com a licença CC pública. 11 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE NA ESCOLA A tecnologia é uma realidade que não podemos deixar de lado no ambiente educacional, ela tem grande relevância para a formação de pessoas para a nova realidade em que vivenciamos, tornando-se pessoas multifuncionais e polivalentes e os softwares livres em especial podem ser uma boa opção para este fim. Para Almeida (2014, p.5) do site dicas-L, afirma que “para o setor educacional, muitas vezes carente de recursos, o software livre é uma alternativa viável e que deve ser considerada seriamente”. Desta forma ele ainda afirma que: O emprego de software livre na educação é uma alternativa imprescindível a qualquer projeto educacional, tanto no setor público como privado. Fatores tais como liberdade, custo, flexibilidade são estratégicos para a condução bem sucedida de projetos educacionais mediados por computador. (ALMEIDA, 2014, p.5) Os softwares educacionais são desenvolvidos com a finalidade educativa, porém, existem ainda os softwares que não são desenvolvidos para o ambiente educacional, mas que tem perfeitamente as tais características e assim mostrando o avanço que a tecnologia pode trazer para o ambiente educacional. Almeida (2014) ao falar sobre o uso e sucesso dos softwares livres na educação, ele afirma que: O software livre, embora não seja uma solução universal, pode contribuir significativamente para a disseminação e uso em larga escala de soluções eficientes e de baixo custo para a educação, a distância e mediada por computador. A quantidade de relatos do uso bem sucedido do software livre em escolas e universidades são prova da viabilidade desta alternativa. Apesar do preconceito em geral contra o emprego de soluções baseadas em software livre para a educação em geral, os casos de sucesso são numerosos e representam uma prova eloquente de sua viabilidade. (ALMEIDA, 2014, p.1) E com a atual dinâmica do uso de recursos tecnológicos disponíveis livres, pode-se criar uma interdisciplinaridade para a resolução de problemas das mais variadas disciplinas. É preciso que se tenha em mente os objetivos da aula e da utilização dos recursos. Estes devem trazer consigo os objetivos explicitados em cada conteúdo. Assim como diz Piletti (2008, p.154), “Ao se selecionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objetivos a serem alcançados. Nunca se deve utilizar um recurso de ensino só porque está na moda”.
  • 44. 44 Ainda, é reafirmado por Masetto sobre o uso correto das TICs na educação como recurso de ensino pelo professor: As técnicas precisam ser escolhidas de acordo com o que se pretende com que os alunos aprendam. Como o processo de aprendizagem abrange o desenvolvimento intelectual, afetivo, o desenvolvimento de competências e de atitudes, pode-se deduzir que a tecnologia a ser usada deverá ser variada e adequada a esses objetivos. [...] (MASETTO, 2000, p.143) Os profissionais da educação devem estar preparados para fazer o uso correto dessas tecnologias e a preparação destes profissionais é de suma importância para a qualidade da educação. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem como foco a qualidade da educação brasileira, e a utilização das TICs é uma forma de alcança-la, quando diz que: Na Educação, a Informática é vista como uma nova e promissora área a ser explorada e com grande potencial para ajudar nas mudanças dos sistemas educacionais. Daí a importância de que se revise a preparação de profissionais no domínio dessas tecnologias, para que se tornem capazes de pensar e de participar ativamente desse processo de mudança. (MEC, 2010, p. 9). Ainda, segundo Souza (2010), ao falar sobre a qualidade na educação, cita que: A educação brasileira deve ter e manter um padrão de qualidade, que corrobora com o Artigo 3, inciso IX da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB12), ao definir que o ensino deve ser ministrado com base em alguns princípios, tais como a garantia de padrão de qualidade(SOUZA, 2010, p. 17). A escola deve sempre estar aberta as novas tendências tecnológicas para o auxílio da aprendizagem e formação de pessoas que saibam utiliza-la e o papel do professor tem grande valia, assim como cita Almeida & Almeida. [...], o professor cria ambientes de aprendizagem interdisciplinares, propõe desafios e explorações que possam conduzir a descobertas e promover a construção do conhecimento utilizando o computador e seus programas (softwares) para problematizar e implementar projetos (1998, p.52). E o LibreOffice oferece um ambiente de escritório completo, para o ambiente educacional e favorece a construção do conhecimento: O LibreOffice é uma suíte de aplicações de escritório destinada tanto à utilização pessoal quanto profissional, altamente compatível com as demais suítes de escritório do mercado. É composta pelos aplicativos mais utilizados pelos usuários corporativos: editor de textos, planilha, editor de apresentações e editor de desenhos e um editor de formulas matemática. Além das funções mais tradicionais, o LibreOffice conta com recursos adicionais como exportação para PDF, editor de fórmulas 12 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
  • 45. 45 científicas, extensões, etc... (GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2013, p.26). Quando nos referimos apenas ao pacote de aplicativos LibreOffice, aplica- se também ao mesmo tempo ao BrOffice.org (projeto descontinuado), assim como também ao Apache OpenOffice.org que deu origem ao LibreOffice, que é a versão atual da variação do OpenOffice.org. O discente capacitado para trabalhar com o LibreOffice, tem a oportunidade de planejar as suas aulas conforme a proposta educacional, diminuindo a exclusão digital. Conforme diz Manzano: O BrOffice.org contribui para a diminuição da exclusão digital e o combate à pirataria de software (programas de computador) no Brasil, pois seus usuários não têm obrigação de gastar absolutamente nada com a aquisição de licenças de propriedade e uso. (2010, p.16) Como podemos perceber LibreOffice tem todos os recursos que os da suíte de escritório proprietária, porém o professor/aluno desta ferramenta não terá problemas de licença de uso, diminuindo assim os problemas de pirataria e contribuído com o ensino. Concorda-se com Freire quando ressalta que: Estamos prestes a receber a geração Net chegando às instituições de Ensino Superior do Brasil (hoje, com mais duas mil instituições, aproximadamente 25% públicas e 75% particulares), os nascidos nos anos noventa do século passado chegando aos anos 20 do século XXI. Educar a geração Internet será um privilégio e um desafio. Hoje, e principalmente no futuro, o professor deverá estar preparado para atender uma geração que tem a sensibilidade audiovisual extremamente desenvolvida. Esta geração não consegue prestar atenção, motivar-se e aprender em uma aula expositiva, mas prefere aprender experimentando, explorando, trabalhando em equipe, pesquisando na Internet. (2006, p. 1). Atualmente a escola é um ambiente onde ainda predominam o uso dos softwares proprietário, tornando assim um ambiente meio fechado para as mudanças. Em contrapartida, uso do software livre no espaço escolar ainda é pouco utilizado, porém o seu potencial é de acordo com Moran: As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apoiam as mudanças, que estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, aprendem mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais produtivas. (2000, p.17-18).
  • 46. 46 Os professores devem instigar a curiosidade de seus alunos através da adoção e utilização dos softwares livres em suas aulas para que ocorram as mudanças no ambiente educacional favorecendo a aprendizagem. 12 UNIVERSO DA PESQUISA A unidade escolar onde foi desenvolvida a pesquisa está situada à Rua Siqueira Campos, S/N, Centro, no município de Araguatins estado do Tocantins, o Colégio Estadual Osvaldo Franco (CEOF) que foi inaugurara em 1968, funciona nos períodos diurno e noturno. Atualmente conta com 474 alunos do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental e 289 alunos na EJA – Educação de Jovens e Adultos – 3º segmento. O quadro atual de funcionários é constituído de 59 servidores, admitidos através de concurso público e nomeação, sendo 31 administrativos e 28 servidores na área da docência, distribuídos em todas as áreas de conhecimento, sendo que destes, apenas 16 são professores exclusivos do CEOF e os demais são cedidos por outras instituições de ensino do município e o atual diretor é o professor Josiel Carlos da Silva. A estrutura física do Colégio estadual Osvaldo Franco, possui uma área total de 3.696,00m2, sendo construída 3.044.425m2, ficando uma área livre de 651.575m2. O CEOF tem como missão “Afirmar um ensino de qualidade, procurando garantir o acesso e a permanência dos alunos aos estudos, no intento de formar cidadãos críticos, capazes de agir na transformação da sociedade em que vivemos”. A escola tem um laboratório de informática com 35 computadores conectados à Internet, todos são instalados softwares livre, desde o sistema operacional que é o Linux Educacional 4.0, que já vem por padrão com o pacote de escritório livre LibreOffice, é usado com frequência pelos alunos que fazem parte do projeto PIBID de computação. Porém, no prédio administrativo da escola temos um ambiente bem misto utilizando sistema operacional proprietário, com exceção da sala de planejamento tem uma máquina com Linux Educacional e LibreOffice. A escola ainda possui um computador do tipo projetor multimídia com o Linux Educacional 4.0 e LibreOffice instalado por padrão que é utilizado pelos professores em suas aulas.
  • 47. 47 13 RESULTADOS E DISCUSSÕES Antes da análise dos resultados desta pesquisa há necessidade de conhecer um pouco sobre a formação, as áreas de atuações, anos e turmas dos docentes que participaram desta pesquisa. As áreas de formação e atuação dos professores que participaram desta pesquisa teve abrangência em todas as áreas, que vai desde o professor de letras com pós-graduação em avaliação escolar e língua portuguesa, história, ciências, educação física, letras e pedagogia, história e geografia, licenciatura plena em ciências com habilitação em matemática, pós-graduação em ciências biológicas, matemática, letras, licenciatura plena em química, graduação em física. Sendo que os mesmos lecionam nas turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, ensino médio e EJA. 13.1 Utilização, capacitação e licenças de softwares na Educação Na pesquisa realizada com professores do CEOF, questionou-se quais dos pacotes de escritório os professores têm conhecimento e utiliza em suas práticas docentes. Como opção dada, os itens do pacote de escritório proprietário (Word, Excel, PowerPoint) e o pacote de escritório livre LibreOffice (Writer, Calc, Impress) que são os aplicativos utilizados com maior frequência por eles. Com isso, conclui- se que 75% dos professores responderam ter conhecimento no pacote de escritório e sistema operacional proprietários. Isso se deve ao fato de terem o pensamento equivocado de que o LibreOffice é somente para o sistema operacional Linux, e 19% disseram ter conhecimento tanto no pacote de escritório proprietário como no pacote de escritório livre, e outros 6% responderam não ter conhecimento em nenhum pacote de escritório, o que é algo preocupante quando se trata de professor como promotor da integração das tecnologias ao ensino. Na figura abaixo pode ser visualizado o que foi elucidado acima.
  • 48. 48 Figura 14: Conhecimento do pacote Office utilizado na pratica docente Fonte: Autor Também foi questionado aos professores se já tiveram alguma capacitação sobre pacotes de escritório livres ou proprietários e os principais aplicativos utilizados por eles. Os resultados apontaram que 63% dos professores disseram ter capacitação na suíte de escritório proprietária da empresa Microsoft. Analisando os dados da figura abaixo, pode se observar que todos os docentes não foram capacitados sobre a utilização da suíte de escritório livre LibreOffice, o que comprova a dificuldades dos professores observados durante o estágio supervisionado. E mais importante ainda é que 38% dos professores não têm capacitação para integrar as tecnologias educacionais livres. Figura 15: Capacitação ou Curso sobre a utilização dos pacotes de escritório Fonte: Autor Outra questão abordada foi em relação à compra das licenças de uso tanto do sistema operacional quanto da suíte de escritório proprietário e teve como base os resultados das perguntas anteriores (Figura 14 e Figura 15). O resultado desta pesquisa mostra que 94% dos professores que têm estes softwares instalados em seus computadores afirmaram nunca ter comprado licença de uso dos softwares
  • 49. 49 proprietários que utilizam para ministrar e planejar suas aulas, apenas pagaram um técnico para instalar os softwares em seus computadores, sem se preocupar com as leis de proteção aos softwares e direitos de propriedade intelectual. Sendo que apenas 6% dos professores disseram ter comprado a licença para usá-los, conforme a figura abaixo. Figura 16: Você já comprou alguma licença para usar software proprietário Fonte: Autor 13.2 Fluência no LibreOffice A seguir foi perguntado aos professores como eles avaliam o conhecimento que possuem em relação ao pacote de escritório livre LibreOffice. A grande maioria, o que equivale a 69% afirmam ter o conhecimento básico, 19% disseram não ter conhecimento nenhum sobre a suíte de escritório livre, ainda 6%, se dizem que seu conhecimento é intermediário, e outros 6% dos professores responderam ter um conhecimento avançado, portanto sendo muito baixo com este percentual de resposta. Esses dados são exibidos na figura. Figura 17: Conhecimento dos professores sobre o pacote de escritório livre LibreOffice Fonte: Autor Outro ponto abordado foi no tocante a fluência dos professores na integração a prática docente do pacote de escritório LibreOffice. O resultado mostra que 69% responderam que detém apenas um conhecimento básico e por
  • 50. 50 conseguinte, limitado das tecnologias educacionais livres que utilizam, sendo que 19% responderam não ter fluência na integração do LibreOffice, e outros 13% dos professores afirmam deter de conhecimento intermediário em se tratando da suíte de escritório livre LibreOffice. Com estas respostas ressalta-se que nenhum dos professores pesquisados se consideram fluentes na integração da suíte de escritório LibreOffice a sua pratica pedagógica. A figura 17 mostra os dados supracitados. Figura 18: Fluência dos professores na utilização do pacote de escritório LibreOffice Fonte: Autor 13.3 Integração do LibreOffice na educação Também foi indagado aos professores quanto a dificuldade que eles têm em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas docentes. Com base na coleta de dados, 81% dos professores afirmam que têm dificuldades em integrar o LibreOffice nas suas práticas pedagógicas, demonstrando com isso, um desafio do professor em apropriar-se das tecnologias livres e dificuldade em apropriar-se do software didaticamente em suas aulas. E, ainda com um percentual de 19% dos professores discordam em ter dificuldade em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas docentes, mostrando-se ter uma maior intimidade com os aplicativos do LibreOffice. Os resultados dessa pesquisa são mostrados abaixo.
  • 51. 51 Figura 19: Dificuldade em integrar o pacote de escritório LibreOffice em suas práticas docente Fonte: Autor Com base na análise do questionamento anterior, foi feito um questionamento livre, aberto, visando identificar, na percepção dos professores, os principais desafios de integrar o software livre LibreOffice ao ensino? O resultado deste questionamento evidenciou que, de forma geral, podemos perceber que a maioria dos professores afirmam que a falta de capacitação é o maior problema encontrado pelos docentes do CEOF para a integração do LibreOffice em suas aulas. Conforme discurso do Professor A quando diz que o maior desafio da integração ao ensino é: “Não tenho curso de capacitação, assim sinto um pouco de dificuldade ao trabalhar com LibreOffice” Este relato, corrobora com a afirmação do professor B, quando relata a “Falta de habilidades com os programas e ausência de capacitação adequada”. O ponto mais importante das respostas é que muitos professores são condizentes em afirmar que os principais desafios de integrar o software livre LibreOffice ao ensino é falta de, “uma formação para facilitar meu trabalho em sala de aula e em minha vida profissional”, utilizando tecnologias educacionais livres. 13.4 Criação e Compartilhamento de REA com LibreOffice Foi questionado aos professores se os mesmos disponibilizariam o seu material didático como Recurso Educacional Aberto (REA), para que possa ser utilizado por outros professores/alunos. O resultado mostrou que 94% deles concordam plenamente na disponibilização do seu material didático como REA para outros professores e/ou alunos de outras escolas, ainda, 6% dos professores
  • 52. 52 discordaram em disponibilizarem do seu material didático como REA para que possa ser utilizado por terceiros. Os gráficos com os dados coletados são exibidos abaixo. Figura 20: Você disponibilizaria o seu material didático como REA Fonte: Autor Dentro da mesma temática anterior também foi questionado se o professor considera importante ter o LibreOffice (software livre) para confecção de seu material didático e disponibilizá-lo a outros professores/aluno como Recurso Educacional Aberto (REA). A maioria dos professores, 94% afirmam que é muito importante ter o pacote de escritório LibreOffice para facilitar na criação do material didático como REA, pois o mesmo facilita no seu compartilhamento no padrão aberto que é o LibreOffice. E apenas 6% responderam que é pouco importante a utilização do LibreOffice na confecção do seu material didático como REA. A figura 21 mostra o que foi explicitado. Figura 21: Importância do pacote de escritório livre LibreOffice na criação do material didático como REA Fonte: Autor
  • 53. 53 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos nesta pesquisa revelaram que a maioria dos professores utilizam em suas práticas pedagógicas o pacote de escritório proprietário, assim, como o sistema operacional proprietário e detém apenas conhecimento limitado das tecnologias livres. Conclui-se que os docentes não utilizam o LibreOffice por não terem conhecimento da ferramenta. Isso se dá, devido os docentes nunca terem feito curso ou capacitação sobre a utilização do pacote de escritório livre, o mesmo não ocorre com a suíte de escritório proprietária. Por mais que façam uso dos softwares proprietários, a maioria nunca comprou um software proprietário, simplesmente pirateando-os. Do ponto de vista de conhecimento de utilização da suíte de escritório LibreOffice, a maior parte dos professores não se consideram fluentes no libre office. Com isso há várias dificuldades na integração do LibreOffice em suas práticas pedagógicas preparação formal de educação para integrar tecnologias educacionais livres Quanto a utilização do software livre LibreOffice para criação do material didático como um Recurso Educacional Aberto, apesar de considerarem relevante, mostraram que eles ainda não têm a cultura do compartilhamento de seu material de seu material didático na forma de REA. Por fim, pretende-se a partir dos resultados desta pesquisa que os trabalhos futuros possam vir a contribuir com produção cientifica relevante sobre a temática aqui abordada. Com base na pesquisa, conclui-se que há uma carência de políticas e iniciativas que promovam a inserção das tecnologias educacionais livres e faz-se necessário oferta de cursos de capacitação para os professores do Colégio Estadual Osvaldo Franco sobre a utilização e integração do software livre LibreOffice de forma didático-pedagógica ao ensino para os docentes, contribuindo com o processo de ensino-aprendizagem dos seus discentes e a melhoria da qualidade do ensino da escola.
  • 54. 54 REFERÊNCIAS AFONSO, Adriano et al. Manual Aberto de TIC e LibreOffice. ISCTE–Instituto Universitário de Lisboa, 2014. Disponível em: <https://wiki.documentfoundation.org/images/5/59/Manual-TIC_LibreOffice.pdf>. Acesso em 09 mar. 2014. ALMEIDA, Rubens Q. Software Livre na Educação. Disponível em: <http://www.dicas-l.com.br/dicas-l/20000205.php>. Acesso em: 28 jan. 2014. ALMEIDA, Maria E. B de; ALMEIDA, Fernando José de. Uma zona de conflitos e muitos interesses. Salto para o Futuro: TV e Informática na Educação/Secretaria de Educação à Distância. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, SEED, 1998. AGUIAR, V. M. (Org.).Software livre, cultura hacker e o ecossistema da colaboração. São Paulo: Momento Editorial, 2009. AGUADO, Alexandre Garcia. O movimento do software livre e suas contribuições para a formação de redes de colaboração na educação. 2012. 139p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Tecnologia da Universidade Estadual de Campinas - São Paulo. AMIEL, T. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos educacionais. In Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas (Vol. 1, p. 17–34). São Paulo - SP; Salvador - BA. Disponível em: <http://livrorea.net.br/livroREA-1edicao-mai2012.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2014. ARROYO, Cristiane Sônia; MERLO, Edgard Monforte; SIMÕES, André Xavier. A economia do software de fonte aberta: razões que levam os desenvolvedores de software a participar das comunidades de fonte aberta. Revista de Administração Mackenzie, v. 5, n. 1, 2008. Disponível em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/RAM/article/view/48>. Acesso em: 10 out. 2013. BACIC, Nícolas Michel. O software livre como alternativa ao aprisionamento tecnológico imposto pelo software proprietário. 2003. BONICI, Rosângela M. C.; JUNIOR, Carlos F. de A.. Medindo a satisfação dos estudantes em relação a disciplina On-Line de probabilidade e estatística. São Paulo – SP - Abril/2011. BARRETO, M. D. Software Livre no Banco do Brasil. Disponível em: <http://www.softwarelivre.gov.br/casos/Apresentacao_BB_CISL2008.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2014. BRANCO, Sérgio; BRITTO, Walter. O que é Creative Commons?: novos modelos de direito autoral em um mundo mais criativo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013. 176 p. (Coleção FGV de bolso. Direito & Sociedade). Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/11461>Acesso em: 13 ago. 2013
  • 55. 55 BRANCO, Sérgio. O domínio publico no direito autoral brasileiro: Uma obra em domínio publico. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/9137>. Acesso em: 13 ago. 2013 CAMPOS, Augusto. O que é software livre. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006. Disponível em <http://br-linux.org/linux/faq-softwarelivre>. Consultado em 23 fev. 2014. CAVALCANTE, Vera. Libreoffice Brasil Blog. LibreOffice Magazine 10 é lançada, abr. 2014. Disponível em: <http://blog.pt-br.libreoffice.org/2014/04/23/libreoffice- magazine-10-e-lancada/>. Acesso em: 28 abr. 2014. CASSIA SEGNINI, R. de.; ZAFALON,Z.R. Copyright e copyleft: estudo dos direitos de acesso à Informação e do direito do leitor.XVII Congresso de Iniciação Científica, São Carlos - SP - Brasil, 2009. Disponível em: <http://www.gapcongressos.com.br/eventos/z0070/trabalhos/final_389.pdf.> Acesso em 02 abr. 2014. DIPOLD, Rafael Draghetti. Potencialidade Econômica do Software Livre. Toledo, 2005. Monografia (Bacharelado em Ciências Econômicas) – Centro de Ciências Sociais, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Toledo, 2005. DOS SANTOS JR, Carlos Denner. Atratividade de projetos de software livre: importância teórica e estratégias para administração. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 50, n. 4, p. 424-438, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v50n4/07.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2014. DIREITOS AUTORAIS EM REFORMA. Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas, Centro de Tecnologia e Sociedade. - Rio de Janeiro: FGV Direito Rio, 2011. 122 p. EDUCAÇÃO ABERTA. Recursos Educacionais Abertos (REA): Um caderno para professores. Campinas, SP: Educação Aberta, 2011. Disponível em: <http://www.educacaoaberta.org/pub/caderno_rea_grande.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2014. FREIRE, Paulo., Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. FERNANDES, J. O que é um Programa (Software)? Disponível em: <http://www.cic.unb.br/~jhcf/MyBooks/iess/Software/oquehsoftware.html>. Acesso em 24 fev. 2014. FERREIRA, L. Software Livre, freeware, shareware, copyleft: entenda as licenças de software. Disponível em: <http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/07/12.htm>. Acesso em: 18 mar. 2014. GARCIA, Mauro Neves et al. SOFTWARE LIVRE EM RELAÇÃO AO SOFTWARE PROPRIETÁRIO: ASPECTOS FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS PERCEBIDOS POR ESPECIALISTAS. Gestão & Regionalidade, v. 26, n. 78, 2011. Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/view/1061>. Acesso em: 28 abr. 2014