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UNIVERSIDADE LUTERANIA DO BRASIL – ULBRA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM FOTOGRAFIA 
LOBORATÓRIO PRETRO E BRANCO – RESUMO : A CÓPIA 
LUANA ALFLEN 
PROFESSOR: FERNANDO PIRES 
CANOAS, 2014
VISUALIZAÇÃO E TONS DE IMAGEM 
O fotografo tem o recurso da visualização, um dos primeiros passos, um 
processo que consiste a imagem final é projetada mentalmente. . É 
possível uma cópia fotográfica reproduzir a amplitude de brilho da maioria dos 
objetos, então uma cópia fotográfica é uma interpretação dos tons do objeto. O 
primeiro passo em direção a visualização é a interpretação expressiva, é 
tornar-se consciente do mundo ao redor em termos de imagem fotográfica. 
Aprender a enxergar um objeto colorido em termos de tons de branco e preto 
requer esforço do fotógrafo, que aprende a identificar os tons da imagem assim 
como o músico aprende a reconhecer o tom da musica e o pintor, as relações 
sutis entre as cores.
LUZ E FILME 
A luz é o tipo de radiação eletromagnética à qual o olho humano é sensível. 
Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da 
luz, ondas de rádio, de radar, raios X, raios gama e outras formas de energia 
radiante. Quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida, 
absorvida ou refletida. Na maior parte das fotografias registramos a luz refletida 
do objeto e não aquela que incide sobre ele. O fotômetro de luz incidente omite 
totalmente a medição da luz refletida que forma a imagem no filme, e portanto, 
limita a oportunidade de avaliar áreas específicas do objeto e aplicar métodos 
de controle para chegar à imagem criativa visualizada. 
A luz branca é composta por uma combinação de todas as cores do espectro, 
embora nossos olhos possam perceber misturas muito diferentes como 
brancas. 
A fotografia depende basicamente da redução química do metal prata a partir 
do haletos de prata que são expostos à luz. Na exposição, a luz produz uma 
imagem latente invisível, composta dos cristais que vão formar a imagem de 
prata depois de revelados, mas que ainda não passaram por nenhuma 
mudança visível. Na revelação, porções do filme expostas a grande quantidade 
de luz produzem um considerável depósito de prata reduzida, conhecido como 
densidade mais alta; as áreas do filme expostas a menos luz produzem menos 
prata, ou tem menos densidade. Assim, a imagem no filme é negativa, e as 
áreas escuras correspondem às áreas brilhantes do objeto. 
Como filmes fotográficos se deterioram com o tempo, as condições de 
armazenamento são extremamente importantes. O filme virgem é vendido em 
embalagens que o protegem contra a umidade. A temperatura também é 
importante: o filme nunca deve estar exposto em altas temperaturas, sendo no 
máximo de 22ºC. Outro fator que determina a deterioração dos filmes são as 
substancias químicas ativas no meio ambiente, como certos plásticos, laca, 
tintas e gases.
EXPOSIÇÃO 
O negativo perfeito é aquele que após exposto e revelado, persegue com os 
tons visualizados na cópia funcional. Mesmo quando o fotógrafo acha que a 
cópia não rendeu o resultado esperado, se a exposição e revelação do filme 
foram normais, o negativo está perfeito. No processo de exposição utiliza-se 
como auxílio o fotômetro, mesmo que sua luz incidente seja limitada apenas à 
luz sobre o objeto a ser fotografado e não na totalidade da iluminação do 
ambiente. O número resultante do fotômetro é calculado e indica a abertura e a 
velocidade necessárias para melhor resultado na foto. Pode-se melhorar a 
precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena – uma 
superfície de luminância uniforme a meio caminho entre as áreas mais claras e 
as mais escuras da cena. Existe um cinza-médio calibrado no cartão cinza 
padrão a 18% de refletância – é esse o tom com que o fotômetro foi calibrado 
para registrar na cópia final. Para fazer a média das altas e baixas luzes, 
examina-se o objeto procurando a área mais escura e a mais clara que se 
deseja registrar na fotografia; após, ajusta-se o fotômetro no meio dessas duas 
áreas. Ainda sobre a exposição da luz, temos a alternativa de super e 
subexposição do filme, sendo a primeira uma imagem mais clara e a última, 
mais escura.
O SISTEMA DE ZONAS 
O Sistema de zonas nos permite relacionar varias luminâncias de um objeto 
com o cinza, o branco e o preto que visualizamos, para representar cada 
luminância na imagem final. O Sistema de Zonas baseia-se nos procedimentos 
da fotografia convencional, trabalhando primeiro o negativo para obter as 
informações necessárias para a imagem final desejada através do controle de 
copias do negativo em papel fotográfico.Uma vez que os controles de 
exposição de uma câmera são determinados pela decisão de ajustar 
determinada luminância uma certa zona, a escolha deve ser feita com cuidado. 
O maior erro que pode acontecer nos ajustes, é a subexposição, pois perde-se 
os detalhes não sendo possível recuperá-los. Para evitar a subexposição, se 
faz o ajuste inicial com base nas áreas mais escuras.
FOTOGRAFIA COM LUZ NATURAL 
A luz natural vem especialmente de cima para baixo, ocasionalmente, vem 
dos lados, como o pôr e o nascer do sol. Na fotografia de paisagem, não 
devemos subestimar a importância subjetiva do espectro luminancia. Quanto 
mais claro o dia, mais intensa a luz do sol e menos intensa a luz do céu, sendo 
maior a diferença entre áreas com iluminadas e com sombras. 
Uma fonte de luz ampla produz altas-luzes suaves e uma fonte de luz pontual 
produz altas-luzes nítidas. À medida que a luz do sol é suavizada por nuvens 
ou névoas, as bordas das sombras e as altas-luzes nítidas se tornam mais 
difusas. A análise do efeito da luz do sol sobre vários objetos demonstra a 
importância do ângulo de iluminação na revelação de formas, planos e textura. 
Na sombra, em um dia nublado e à luz do sol, a escala de luminancias de um 
objeto costuma ser bastante curta, o que gera a necessidade de expandir os 
tons durante o processamento. A luz difusa lança sombras amplas, difusas e 
bonitas, deixando todo o objeto iluminado e qualquer núncia de sombra é 
pequena e nítida. 
Nada revela de forma tão definida a diferença entre a reprodução fotográfica 
de tons e nossa percepção visual deles como as fotos de folhagens feitas em 
filme pancromático. Quando a folhagem esta sob luz suave e difusa ou 
totalmente na sombra, os filtros causam menos contraste do q sob o sol direto, 
mas as tonalidades da folhagem sobem quando filtros amarelos, verdes ou 
amarelo-esverdeados são empregados. 
A rica opalescência das nuvens depende do controle de tons, se tivermos 
que fotografar nuvens e paisagens ao mesmo tempo, o problema se torna mais 
complicado. Exceto em cenas ao ar livre, iluminadas com luz difusa, você 
encontrara uma escala completa, que não conseguira reproduzir totalmente. 
As fotografias de inverno são difíceis, não por causa dos problemas de brilho 
e contraste, mas porque a interpretação subjetiva da neve envolve tonalidades 
muito sutis. Nas cenas de neve ensolarada você encontra uma sensação de luz 
envolvente; os contrastes podem ser severos, mas a sensação geral é de brilho 
resplandecente. O controle de uma cena que contenha áreas de neve
ensolaradas e sombreadas é particularmente difícil. Quando esta na sombra, a 
neve, dependendo de sua exposição ao céu aberto, possui no Maximo, um 
quarto do brilho que tem quando esta diretamente sobre o sol. A neve, a 
sombra transmite uma sensação envolvente de luz, na copia, a relação entre a 
neve à sobre e a neve ao sol deve ser mais próxima do que é na natureza se 
quisermos preservar esta atmosfera. 
O polarizador reduz os reflexos do sol na neve no melhor ângulo de 
polarização, mas o resultado nem sempre é muito feliz. As cintilações dos 
cristais de neve são em grande parte responsáveis ela sensação de 
substancia, e quando elas são eliminadas o efeito pode ser uma aparência de 
“farinha”. A polarização parcial pode ser preferível. 
Considerações estéticas de lado, as cores do oceano são percebidas 
principalmente em termos de reflexões do céu. Se o céu for de um azul intenso 
e límpido, a cor da água será um azul modificado, dependendo, de sua pureza, 
da profundidade e do nível de turbulência. Quando o céu esta nublado, o 
oceano costuma ficar de um cinza esverdeado escuro ou, às vezes totalmente 
sem cor. O azul do mar responde aos filtros amarelo laranja e vermelho, quase 
do mesmo modo que o céu. Já aprendemos a aceitar céus de tonalidades 
bastante profundas em fotografias em preto e branco, mas é difícil tolerar tons 
excessivamente escuros no oceano. 
A percepção da forma e dos detalhes é uma questão tátil e visual. Ao fazer 
retratos sobre luz natural, você pode clarear o modelo e modificar a ênfase por 
meio da orientação cuidadosa da luz. Os filtros alteram os tons de pele, mas 
dependendo do modelo existe a possibilidade de ele criar um tom de pele 
leitoso ou pastoso e lábios pálidos se utilizado com um filme pancromático. 
Uma luz extremamente bonita para retratos é a que vem de um sol difuso, que 
ocorre quando os rios de sol são parcialmente difundidos por nuvens altas ou 
nevoas. Essa luz é mais dirigida que aquela de um céu nublado e por isso 
modela melhor o rosto, sem produzir os auto-contrastes da luz direta do sol. No 
entanto, pode haver rápidas variações nos níveis de luz, e você deve verificar o 
fotômetro imediatamente antes d exposição. Sob luz natural difusa, a 
reprodução dos tons de pele exige muito cuidado. Sem as sombras da luz 
dirigida, o rosto pode se tornar sem cor e nem tonalidade; embora esse efeito
possa ser atraente aos nossos olhos, o filme tende areproduzir peles 
iluminadas desse jeito num tom rebaixado, semelhante ao da massa de 
vidraceiro. 
A exposição e a revelação normalmente recomendadas para os filmes 
infravermelhos, são baseadas num resultado de contraste bastante extremo, 
informativo, mas visualmente desagradável. O filme infravermelho é capaz de 
reproduzir imagens magníficas. Em geral é melhor evitar que amplas áreas de 
céu e água apareçam no campo de visão, pois ficam invariavelmente escuras 
na copia. Entretanto, quando você esta fotografando ao sol, a região do céu 
próxima do horizonte pode permanecer bem clara.
FOTOGRAFIA COM LUZ ARTIFICIAL 
Luz é luz, e a imagem é composta dos efeitos de luz refletida, seja ela natural 
ou “artificial”. Na natureza, a luz é utilizada na forma que é encontrada, com 
poucas exceções, num processo essencialmente analítico. 
As lâmpadas de tungstênio, muito usadas, são a luz de estúdio mais barata. 
As lâmpadas photoflood estão disponíveis em duas potencias: a numero um 
tem 275 watts e a numero dois tem 500 watts. Cada uma tem temperatura de 
cor de 3400K e vem de fabrica na forma de um bulbo convencional para 
refletores de 8 ou 12 polegadas, ou com o refletor embutido. Entre os outros 
tipos de luz artificial estão a luz ambiente, todos os tipos de lâmpadas comuns 
e fluorescentes e ate mesmo as velas. Na fotografia em preto e branco, a luz 
dessas fontes pode ser medida e utilizada sem que precisemos nos preocupar 
com as variações em sua cor, mas na execução de fotos coloridas é preciso 
levar em conta a temperatura de cor da luz. 
Os fotógrafos de estúdio costumam utilizar o fotômetro de luz incidente 
porque seus objetos são pequenos demais para serem medidos por um 
fotômetro de luz refletida e porque esse é um meio de medir fontes separadas 
de luz. O fotômetro de luz incidente vem sendo substituído pelo fotômetro do 
tipo spot, pois este oferece mais precisão no controle do contrate e das 
luminancias do objeto. 
A utilização de superfícies braças para rebater a luz sobre o objeto pode ser 
muito útil. Um simples papel-cartão branco, ou se o objeto for maior, uma 
parede branca, atrás do objeto do ponto de vista da fonte de luz principal 
propicia uma luz de compensação suave para as áreas se sombra. A luz 
refletida também pode ser empregada como iluminação principal, pois gera 
sombras suaves e modela as feições, sendo, portanto muito usada nos 
retratos. Os guarda-chuvas de estúdio se tornam muito comuns como refletores 
de luz porque são bastante eficientes e dobráveis. 
As lâmpadas de flash e as unidades eletrônicas de flash fornecem “luz sob 
medida” em tamanhos que variam de pequenas unidades portáteis a grandes 
sistemas de flash para estúdio. Há lâmpadas de flash transparentes,
apropriadas para filmes coloridos balanceados para luz de tungstênio e outras 
com um revestimento filtrante azul, que proporciona uma iluminação 
semelhante a da luz natural. Flash eletrônico também apresenta 
balanceamento de cor muito próximo da luz natural. Entre as características 
importantes das unidades de flash estão sua duração e a sincronizaçãocom o 
obturador, que garante que a luz seja usada com eficiência. Com lâmpadas de 
flash convencionais, cuja queima, é relativamente lenta, uma alteração na 
velocidade do obturador afeta a quantidade de luz que chega ao filme. Por isso, 
diferentes velocidades de obturador exigem diferentes números-guias. Com o 
flash eletrônico não é preciso alterar o numero-guia, pois seu pulso total de luz 
é utilizado com qualquer velocidade de obturador ate o valor Maximo que 
sincroniza com flash eletrônico. 
A luz do flash costuma ser rebatida em paredes e tetos para evitar efeitos 
desarmoniosos. No entanto, sem flash meter e difícil calcular a exposição 
correta. Podemos fazer uma estimativa grosseira medindo a distancia entre o 
flash, o refletor e o objeto e utilizando-a no calculo do numero-guia, 
acrescetando um ou dois pontos dependendo da refletância da superfície. É 
preciso experiência para determinar a exposição com flash rebatido. Com o 
flash múltiplo o obturador é aberto primeiro com o objeto no escuro; então o 
flash é disparado uma ou mais vezes para expor o filme. Esse procedimento 
destina-se principalmente a objetos estáticos. A unidade de flash pode ser 
disparada de diferentes posições, pra criar o efeito de varias fontes de luz, ou 
de uma única posição, tantas vezes quanto necessário, para se conseguir o 
nível apropriado de iluminação. 
O flash costuma ser usado em fotos ao ar livre com o objetivo de fornecer 
iluminação de enchimento adicional para um objeto iluminado, pelos lados ou 
por trás. O flash eletrônico é ideal para a luz de enchimento porque com ele é 
relativamente fácil calcular a exposição. 
A pintura com a luz implica o deslocamento da fonte de luz enquanto o 
obturador permanece aberto, um procedimento que faz a iluminação parecer 
ampla e não dirigida. A pintura com a luz mostra-se eficiente em estúdio, com 
objeto pequeno. Permite ao fotografo banhar todas as partes da cena com o
volume desejado de luz e acrescentar tanta luz quanto for necessária quando 
for acentuar áreas especificas. 
OS PROCEDIMENTOS NO LABORATORIO 
Inicia-se quando a luz atinge a emulsão sensível à luz e altera a carga 
elétrica dos cristais de haleto de prata, fazendo-os reagir ao revelador. Após a 
exposição, o negativo passa a carregar uma imagem latente invisível composta 
destes alterados, que serão reduzidos a prata metálica pelo revelador. Essa 
reação ocorre em todo o negativo, de acordo com a proporção de luz que 
incide em cada local. A temperatura do revelador também é extremamente 
importante, a melhor temperatura para se trabalhar é 20ºC, evitando as 
oscilações. Depois da revelação, o filme é transferido para um banho 
interruptor, que neutraliza o revelador que sobrou uma emulsão, e depois vai 
para um banho de fixador ácido. A principal função do fixador é a remoção dos 
haletos de prata não reduzidos que permaneceram na emulsão. Quando o 
fixador cumpre sua tarefa essencial, todos os resíduos devem ser eliminados 
por um processo de lavagem em água filtrada e corrente. 
O revelador contém vários ingredientes além do agente revelador. 
Revelador: tem a capacidade de reduzir os haletos de prata expostos a prata 
metálica, o metol, a fenidona, a hidroquina, o amidol, o pirogalol e a glicina são 
os mais comuns, a maioria dos reveladores para finalidades gerais possui uma 
combinação de metol e hidroquinona, o metol proporciona bons detalhes ao 
negativo, e a hidroquinona aumenta o contraste e produz densidade maior nas 
altas-luzes. 
Compensador: são os que revelam todos os detalhes das sombras e dos 
meios-tons e limitam o grau de revelação das altas-luzes. 
Conservantes: é usado para prolongar a vida útil e pra prevenir o 
aparecimento de manchas no negativo e nas cópias. 
Acelerador: proporciona o ambiente alcalino necessário à maioria dos 
agentes reveladores, o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio costumam 
ser usados como aceleradores. 
Retardador: aumenta o contraste inibindo a redução de prata em áreas pouco
expostas, por isso, produz densidades mais baixas nas áreas de sombra o 
negativo. 
A maior parte dos reveladores se mantém bem conservada sob boas 
condições de armazenamento o que depende da pureza da água usada nas 
soluções,mas todos perdem a força com a medida em que o tempo vai 
passando. 
Depende também do recipiente onde são armazenados, pois como a luz 
acelera a oxidação, os reveladores devem ser guardados em recipientes de 
aço inoxidável ou vidro marrom-escuro, alguns plásticos permitem a passagem 
de moléculas de oxigênio que interfere na solução. Também é importante não 
permitir que o revelador seja contaminado por outros químicos durante o 
processamento do negativo. 
Após a revelação o negativo é transferido para o banho interruptor que 
neutraliza os resíduos alcalinos do revelador que ficaram na emulsão. 
Seguindo, passa para o fixador que remove os restos de haleto de prata não 
reduzidos na revelação. Uma vez fixados, os negativos são enxaguados e 
colocados em uma solução hipoclareadora para maior permanência.
O LABORATÓRIO 
O laboratório deve ser pensado de forma que as áreas “molhadas” e as 
“secas” se mantenham separadas. É melhor usar um lado do laboratório para a 
pia e a manipulação de soluções e manter o lado oposto seco. Às vezes, as 
circunstancias exigem que a mesa de trabalho e pia sejam projetadas em 
seqüência, é fundamental manter o laboratório limpo, e a construção deve ser 
planejada de modo que todas as superfícies sejam laváveis e impermeáveis. 
Vede a junção entre as paredes e o piso e a parte superior de trabalho e da 
pia. Os tanques para processamento de filme em rolo podem ser de plástico ou 
de ácido inoxidável. Quase todos os pertences ao tipo “luz natural”, o que 
permite que todas as etapas do processamento sejam realizadas sob a luz 
normal, uma vez que os filmes tenham sido enrolados em aspirais e 
mergulhados no tanque. 
Equipamento de processamento de filme plano. A bandeja garante uma 
revelação mais homogênea do que a do tanque, desde que ela seja grande o 
suficiente para permitir movimentos amplos durante a agitação. 
Tanques de lavagem. O filme pode ser lavado em um tanque comum ou em um 
tanque de lavagem especial. Esses tanques são projetados para que a água 
escorra continuamente sobre os negativos de um lado para o outro ou de cima 
para baixo. 
No laboratório, um termômetro preciso é fundamental para processar os 
negativos de maneira uniforme e previsível. 
É preciso adquirir recipientes graduados de vários tamanhos, são resistentes a 
ácidos. O tamanho e o tipo dos recipientes para produtos químicos líquido são 
determinados pelo volume de trabalho e pelo tempo de armazenamento 
previsto.
Todos os processos químicos são sensíveis a temperatura em alguma 
medida. Na maioria dos processos em preto e branco, a temperatura de 20ºC 
foi adotada como padrão. 
O modo mais pratica de manter a temperatura da solução durante o 
processamento é utilizar banho Maria para os tanques ou bandejas. 
À medida que o revelador reduz os haletos de prata na emulsão, o revelador na 
interface se esgota e deve ser substituído por revelador novo por meio da 
agitação. A revelação começa quando filme entra em contato com a solução 
reveladora, e a agitação é importante nessa etapa para garantir que o 
revelador penetre uniformemente na emulsão.
CONTROLE DE TONS 
A visualização pode ter como objetivo a interpretação realista ou 
afastamentos intencionais da realidade, e para isso lançamos mão de controles 
que incluem a exposição do negativo e a revelação correspondente. É 
importante trabalhar a partir de um entendimento completo das características 
dos materiais atuais e dos padrões de processamento “normal”. 
A expansão e a contração são elementos importantes da visualização 
quando observamos um objeto e visualizamos a tonalidade da copia, primeiro 
consideramos os tons das sombras e observamos onde caem as altas-luzes. 
Um revelador do tipo compensados ou semi compensados age mais nas 
baixas deis idades do que nas altas. Desta forma, ela proporciona revelação e 
separação completas nas sombras sem produzir densidadeexcessiva nas 
altas-luzes. Um revelador altamente diluído agira como o mesmo revelador em 
diluição normal, se o tempo de revelação for ampliado suficientemente e des de 
que a quantidade normal do revelador estoque esteja presente na solução 
diluída e agitação seja normal. Mas, se a agitação for menos freqüente e o 
filme ficar “parado” em contato com a solução altamente diluída, pode ocorrer 
um certo efeito compensatório. Para entender esse efeito, pense na interface 
que liga o revelador a emulsão. 
A revelação com banho de água e com duas soluções são procedimentos 
consagrados pelo uso para reduzir o contraste total e ao mesmo tempo, 
conservar as densidades das sombras de uma maneira semelhante a do 
método d revelador diluído. O principio consiste em mergulhar a emulsão no 
revelador e então transferir o negativo para um banho de água ou álcali suave, 
no qual ela possa ficar em repouso sem ser agitada. O revelador se esgota 
rapidamente nas áreas de altas-luzes do negativo, ao passo que continua a
agir nas áreas de baixas-luses. Esse ciclo pode ser repetido uma ou mais 
vezes, se necessário para fixar a variação de densidade desejada. 
Os reveladores patenteado disponíveis atualmente mais do que satisfazem 
as necessidades na fotografia em geral. No entanto, existem algunsagentes e 
certas formulas de revelação que possuem características especiais que são 
muito úteis em algumas situações. 
A intensificação e a redução são importantes para alterar as densidades de 
um negativo após a revelação. 
Os redutores removem a densidade de um negativo revelado. Existem três 
tipos comuns: 
-Os redutores de baixa-luz afetam primeiro os tons baixos; assim, são úteis 
para eliminar a veladura de negativos. O efeito é o de aumentar o contraste 
geral do negativo. 
-Os redutores proporcionais diminuem a densidade em todo o negativo como 
se este tivesse sido menos revelado. 
-Os redutores super proporcionais afetam mais as densidades mais elevadas 
do negativo do que as mais baixas, como se este tivesse recebido menos 
revelação. Esse é um processo duvidoso, com resultados incertos.

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O negativo luana alflen

  • 1. UNIVERSIDADE LUTERANIA DO BRASIL – ULBRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM FOTOGRAFIA LOBORATÓRIO PRETRO E BRANCO – RESUMO : A CÓPIA LUANA ALFLEN PROFESSOR: FERNANDO PIRES CANOAS, 2014
  • 2. VISUALIZAÇÃO E TONS DE IMAGEM O fotografo tem o recurso da visualização, um dos primeiros passos, um processo que consiste a imagem final é projetada mentalmente. . É possível uma cópia fotográfica reproduzir a amplitude de brilho da maioria dos objetos, então uma cópia fotográfica é uma interpretação dos tons do objeto. O primeiro passo em direção a visualização é a interpretação expressiva, é tornar-se consciente do mundo ao redor em termos de imagem fotográfica. Aprender a enxergar um objeto colorido em termos de tons de branco e preto requer esforço do fotógrafo, que aprende a identificar os tons da imagem assim como o músico aprende a reconhecer o tom da musica e o pintor, as relações sutis entre as cores.
  • 3. LUZ E FILME A luz é o tipo de radiação eletromagnética à qual o olho humano é sensível. Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da luz, ondas de rádio, de radar, raios X, raios gama e outras formas de energia radiante. Quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida, absorvida ou refletida. Na maior parte das fotografias registramos a luz refletida do objeto e não aquela que incide sobre ele. O fotômetro de luz incidente omite totalmente a medição da luz refletida que forma a imagem no filme, e portanto, limita a oportunidade de avaliar áreas específicas do objeto e aplicar métodos de controle para chegar à imagem criativa visualizada. A luz branca é composta por uma combinação de todas as cores do espectro, embora nossos olhos possam perceber misturas muito diferentes como brancas. A fotografia depende basicamente da redução química do metal prata a partir do haletos de prata que são expostos à luz. Na exposição, a luz produz uma imagem latente invisível, composta dos cristais que vão formar a imagem de prata depois de revelados, mas que ainda não passaram por nenhuma mudança visível. Na revelação, porções do filme expostas a grande quantidade de luz produzem um considerável depósito de prata reduzida, conhecido como densidade mais alta; as áreas do filme expostas a menos luz produzem menos prata, ou tem menos densidade. Assim, a imagem no filme é negativa, e as áreas escuras correspondem às áreas brilhantes do objeto. Como filmes fotográficos se deterioram com o tempo, as condições de armazenamento são extremamente importantes. O filme virgem é vendido em embalagens que o protegem contra a umidade. A temperatura também é importante: o filme nunca deve estar exposto em altas temperaturas, sendo no máximo de 22ºC. Outro fator que determina a deterioração dos filmes são as substancias químicas ativas no meio ambiente, como certos plásticos, laca, tintas e gases.
  • 4. EXPOSIÇÃO O negativo perfeito é aquele que após exposto e revelado, persegue com os tons visualizados na cópia funcional. Mesmo quando o fotógrafo acha que a cópia não rendeu o resultado esperado, se a exposição e revelação do filme foram normais, o negativo está perfeito. No processo de exposição utiliza-se como auxílio o fotômetro, mesmo que sua luz incidente seja limitada apenas à luz sobre o objeto a ser fotografado e não na totalidade da iluminação do ambiente. O número resultante do fotômetro é calculado e indica a abertura e a velocidade necessárias para melhor resultado na foto. Pode-se melhorar a precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena – uma superfície de luminância uniforme a meio caminho entre as áreas mais claras e as mais escuras da cena. Existe um cinza-médio calibrado no cartão cinza padrão a 18% de refletância – é esse o tom com que o fotômetro foi calibrado para registrar na cópia final. Para fazer a média das altas e baixas luzes, examina-se o objeto procurando a área mais escura e a mais clara que se deseja registrar na fotografia; após, ajusta-se o fotômetro no meio dessas duas áreas. Ainda sobre a exposição da luz, temos a alternativa de super e subexposição do filme, sendo a primeira uma imagem mais clara e a última, mais escura.
  • 5. O SISTEMA DE ZONAS O Sistema de zonas nos permite relacionar varias luminâncias de um objeto com o cinza, o branco e o preto que visualizamos, para representar cada luminância na imagem final. O Sistema de Zonas baseia-se nos procedimentos da fotografia convencional, trabalhando primeiro o negativo para obter as informações necessárias para a imagem final desejada através do controle de copias do negativo em papel fotográfico.Uma vez que os controles de exposição de uma câmera são determinados pela decisão de ajustar determinada luminância uma certa zona, a escolha deve ser feita com cuidado. O maior erro que pode acontecer nos ajustes, é a subexposição, pois perde-se os detalhes não sendo possível recuperá-los. Para evitar a subexposição, se faz o ajuste inicial com base nas áreas mais escuras.
  • 6. FOTOGRAFIA COM LUZ NATURAL A luz natural vem especialmente de cima para baixo, ocasionalmente, vem dos lados, como o pôr e o nascer do sol. Na fotografia de paisagem, não devemos subestimar a importância subjetiva do espectro luminancia. Quanto mais claro o dia, mais intensa a luz do sol e menos intensa a luz do céu, sendo maior a diferença entre áreas com iluminadas e com sombras. Uma fonte de luz ampla produz altas-luzes suaves e uma fonte de luz pontual produz altas-luzes nítidas. À medida que a luz do sol é suavizada por nuvens ou névoas, as bordas das sombras e as altas-luzes nítidas se tornam mais difusas. A análise do efeito da luz do sol sobre vários objetos demonstra a importância do ângulo de iluminação na revelação de formas, planos e textura. Na sombra, em um dia nublado e à luz do sol, a escala de luminancias de um objeto costuma ser bastante curta, o que gera a necessidade de expandir os tons durante o processamento. A luz difusa lança sombras amplas, difusas e bonitas, deixando todo o objeto iluminado e qualquer núncia de sombra é pequena e nítida. Nada revela de forma tão definida a diferença entre a reprodução fotográfica de tons e nossa percepção visual deles como as fotos de folhagens feitas em filme pancromático. Quando a folhagem esta sob luz suave e difusa ou totalmente na sombra, os filtros causam menos contraste do q sob o sol direto, mas as tonalidades da folhagem sobem quando filtros amarelos, verdes ou amarelo-esverdeados são empregados. A rica opalescência das nuvens depende do controle de tons, se tivermos que fotografar nuvens e paisagens ao mesmo tempo, o problema se torna mais complicado. Exceto em cenas ao ar livre, iluminadas com luz difusa, você encontrara uma escala completa, que não conseguira reproduzir totalmente. As fotografias de inverno são difíceis, não por causa dos problemas de brilho e contraste, mas porque a interpretação subjetiva da neve envolve tonalidades muito sutis. Nas cenas de neve ensolarada você encontra uma sensação de luz envolvente; os contrastes podem ser severos, mas a sensação geral é de brilho resplandecente. O controle de uma cena que contenha áreas de neve
  • 7. ensolaradas e sombreadas é particularmente difícil. Quando esta na sombra, a neve, dependendo de sua exposição ao céu aberto, possui no Maximo, um quarto do brilho que tem quando esta diretamente sobre o sol. A neve, a sombra transmite uma sensação envolvente de luz, na copia, a relação entre a neve à sobre e a neve ao sol deve ser mais próxima do que é na natureza se quisermos preservar esta atmosfera. O polarizador reduz os reflexos do sol na neve no melhor ângulo de polarização, mas o resultado nem sempre é muito feliz. As cintilações dos cristais de neve são em grande parte responsáveis ela sensação de substancia, e quando elas são eliminadas o efeito pode ser uma aparência de “farinha”. A polarização parcial pode ser preferível. Considerações estéticas de lado, as cores do oceano são percebidas principalmente em termos de reflexões do céu. Se o céu for de um azul intenso e límpido, a cor da água será um azul modificado, dependendo, de sua pureza, da profundidade e do nível de turbulência. Quando o céu esta nublado, o oceano costuma ficar de um cinza esverdeado escuro ou, às vezes totalmente sem cor. O azul do mar responde aos filtros amarelo laranja e vermelho, quase do mesmo modo que o céu. Já aprendemos a aceitar céus de tonalidades bastante profundas em fotografias em preto e branco, mas é difícil tolerar tons excessivamente escuros no oceano. A percepção da forma e dos detalhes é uma questão tátil e visual. Ao fazer retratos sobre luz natural, você pode clarear o modelo e modificar a ênfase por meio da orientação cuidadosa da luz. Os filtros alteram os tons de pele, mas dependendo do modelo existe a possibilidade de ele criar um tom de pele leitoso ou pastoso e lábios pálidos se utilizado com um filme pancromático. Uma luz extremamente bonita para retratos é a que vem de um sol difuso, que ocorre quando os rios de sol são parcialmente difundidos por nuvens altas ou nevoas. Essa luz é mais dirigida que aquela de um céu nublado e por isso modela melhor o rosto, sem produzir os auto-contrastes da luz direta do sol. No entanto, pode haver rápidas variações nos níveis de luz, e você deve verificar o fotômetro imediatamente antes d exposição. Sob luz natural difusa, a reprodução dos tons de pele exige muito cuidado. Sem as sombras da luz dirigida, o rosto pode se tornar sem cor e nem tonalidade; embora esse efeito
  • 8. possa ser atraente aos nossos olhos, o filme tende areproduzir peles iluminadas desse jeito num tom rebaixado, semelhante ao da massa de vidraceiro. A exposição e a revelação normalmente recomendadas para os filmes infravermelhos, são baseadas num resultado de contraste bastante extremo, informativo, mas visualmente desagradável. O filme infravermelho é capaz de reproduzir imagens magníficas. Em geral é melhor evitar que amplas áreas de céu e água apareçam no campo de visão, pois ficam invariavelmente escuras na copia. Entretanto, quando você esta fotografando ao sol, a região do céu próxima do horizonte pode permanecer bem clara.
  • 9. FOTOGRAFIA COM LUZ ARTIFICIAL Luz é luz, e a imagem é composta dos efeitos de luz refletida, seja ela natural ou “artificial”. Na natureza, a luz é utilizada na forma que é encontrada, com poucas exceções, num processo essencialmente analítico. As lâmpadas de tungstênio, muito usadas, são a luz de estúdio mais barata. As lâmpadas photoflood estão disponíveis em duas potencias: a numero um tem 275 watts e a numero dois tem 500 watts. Cada uma tem temperatura de cor de 3400K e vem de fabrica na forma de um bulbo convencional para refletores de 8 ou 12 polegadas, ou com o refletor embutido. Entre os outros tipos de luz artificial estão a luz ambiente, todos os tipos de lâmpadas comuns e fluorescentes e ate mesmo as velas. Na fotografia em preto e branco, a luz dessas fontes pode ser medida e utilizada sem que precisemos nos preocupar com as variações em sua cor, mas na execução de fotos coloridas é preciso levar em conta a temperatura de cor da luz. Os fotógrafos de estúdio costumam utilizar o fotômetro de luz incidente porque seus objetos são pequenos demais para serem medidos por um fotômetro de luz refletida e porque esse é um meio de medir fontes separadas de luz. O fotômetro de luz incidente vem sendo substituído pelo fotômetro do tipo spot, pois este oferece mais precisão no controle do contrate e das luminancias do objeto. A utilização de superfícies braças para rebater a luz sobre o objeto pode ser muito útil. Um simples papel-cartão branco, ou se o objeto for maior, uma parede branca, atrás do objeto do ponto de vista da fonte de luz principal propicia uma luz de compensação suave para as áreas se sombra. A luz refletida também pode ser empregada como iluminação principal, pois gera sombras suaves e modela as feições, sendo, portanto muito usada nos retratos. Os guarda-chuvas de estúdio se tornam muito comuns como refletores de luz porque são bastante eficientes e dobráveis. As lâmpadas de flash e as unidades eletrônicas de flash fornecem “luz sob medida” em tamanhos que variam de pequenas unidades portáteis a grandes sistemas de flash para estúdio. Há lâmpadas de flash transparentes,
  • 10. apropriadas para filmes coloridos balanceados para luz de tungstênio e outras com um revestimento filtrante azul, que proporciona uma iluminação semelhante a da luz natural. Flash eletrônico também apresenta balanceamento de cor muito próximo da luz natural. Entre as características importantes das unidades de flash estão sua duração e a sincronizaçãocom o obturador, que garante que a luz seja usada com eficiência. Com lâmpadas de flash convencionais, cuja queima, é relativamente lenta, uma alteração na velocidade do obturador afeta a quantidade de luz que chega ao filme. Por isso, diferentes velocidades de obturador exigem diferentes números-guias. Com o flash eletrônico não é preciso alterar o numero-guia, pois seu pulso total de luz é utilizado com qualquer velocidade de obturador ate o valor Maximo que sincroniza com flash eletrônico. A luz do flash costuma ser rebatida em paredes e tetos para evitar efeitos desarmoniosos. No entanto, sem flash meter e difícil calcular a exposição correta. Podemos fazer uma estimativa grosseira medindo a distancia entre o flash, o refletor e o objeto e utilizando-a no calculo do numero-guia, acrescetando um ou dois pontos dependendo da refletância da superfície. É preciso experiência para determinar a exposição com flash rebatido. Com o flash múltiplo o obturador é aberto primeiro com o objeto no escuro; então o flash é disparado uma ou mais vezes para expor o filme. Esse procedimento destina-se principalmente a objetos estáticos. A unidade de flash pode ser disparada de diferentes posições, pra criar o efeito de varias fontes de luz, ou de uma única posição, tantas vezes quanto necessário, para se conseguir o nível apropriado de iluminação. O flash costuma ser usado em fotos ao ar livre com o objetivo de fornecer iluminação de enchimento adicional para um objeto iluminado, pelos lados ou por trás. O flash eletrônico é ideal para a luz de enchimento porque com ele é relativamente fácil calcular a exposição. A pintura com a luz implica o deslocamento da fonte de luz enquanto o obturador permanece aberto, um procedimento que faz a iluminação parecer ampla e não dirigida. A pintura com a luz mostra-se eficiente em estúdio, com objeto pequeno. Permite ao fotografo banhar todas as partes da cena com o
  • 11. volume desejado de luz e acrescentar tanta luz quanto for necessária quando for acentuar áreas especificas. OS PROCEDIMENTOS NO LABORATORIO Inicia-se quando a luz atinge a emulsão sensível à luz e altera a carga elétrica dos cristais de haleto de prata, fazendo-os reagir ao revelador. Após a exposição, o negativo passa a carregar uma imagem latente invisível composta destes alterados, que serão reduzidos a prata metálica pelo revelador. Essa reação ocorre em todo o negativo, de acordo com a proporção de luz que incide em cada local. A temperatura do revelador também é extremamente importante, a melhor temperatura para se trabalhar é 20ºC, evitando as oscilações. Depois da revelação, o filme é transferido para um banho interruptor, que neutraliza o revelador que sobrou uma emulsão, e depois vai para um banho de fixador ácido. A principal função do fixador é a remoção dos haletos de prata não reduzidos que permaneceram na emulsão. Quando o fixador cumpre sua tarefa essencial, todos os resíduos devem ser eliminados por um processo de lavagem em água filtrada e corrente. O revelador contém vários ingredientes além do agente revelador. Revelador: tem a capacidade de reduzir os haletos de prata expostos a prata metálica, o metol, a fenidona, a hidroquina, o amidol, o pirogalol e a glicina são os mais comuns, a maioria dos reveladores para finalidades gerais possui uma combinação de metol e hidroquinona, o metol proporciona bons detalhes ao negativo, e a hidroquinona aumenta o contraste e produz densidade maior nas altas-luzes. Compensador: são os que revelam todos os detalhes das sombras e dos meios-tons e limitam o grau de revelação das altas-luzes. Conservantes: é usado para prolongar a vida útil e pra prevenir o aparecimento de manchas no negativo e nas cópias. Acelerador: proporciona o ambiente alcalino necessário à maioria dos agentes reveladores, o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio costumam ser usados como aceleradores. Retardador: aumenta o contraste inibindo a redução de prata em áreas pouco
  • 12. expostas, por isso, produz densidades mais baixas nas áreas de sombra o negativo. A maior parte dos reveladores se mantém bem conservada sob boas condições de armazenamento o que depende da pureza da água usada nas soluções,mas todos perdem a força com a medida em que o tempo vai passando. Depende também do recipiente onde são armazenados, pois como a luz acelera a oxidação, os reveladores devem ser guardados em recipientes de aço inoxidável ou vidro marrom-escuro, alguns plásticos permitem a passagem de moléculas de oxigênio que interfere na solução. Também é importante não permitir que o revelador seja contaminado por outros químicos durante o processamento do negativo. Após a revelação o negativo é transferido para o banho interruptor que neutraliza os resíduos alcalinos do revelador que ficaram na emulsão. Seguindo, passa para o fixador que remove os restos de haleto de prata não reduzidos na revelação. Uma vez fixados, os negativos são enxaguados e colocados em uma solução hipoclareadora para maior permanência.
  • 13. O LABORATÓRIO O laboratório deve ser pensado de forma que as áreas “molhadas” e as “secas” se mantenham separadas. É melhor usar um lado do laboratório para a pia e a manipulação de soluções e manter o lado oposto seco. Às vezes, as circunstancias exigem que a mesa de trabalho e pia sejam projetadas em seqüência, é fundamental manter o laboratório limpo, e a construção deve ser planejada de modo que todas as superfícies sejam laváveis e impermeáveis. Vede a junção entre as paredes e o piso e a parte superior de trabalho e da pia. Os tanques para processamento de filme em rolo podem ser de plástico ou de ácido inoxidável. Quase todos os pertences ao tipo “luz natural”, o que permite que todas as etapas do processamento sejam realizadas sob a luz normal, uma vez que os filmes tenham sido enrolados em aspirais e mergulhados no tanque. Equipamento de processamento de filme plano. A bandeja garante uma revelação mais homogênea do que a do tanque, desde que ela seja grande o suficiente para permitir movimentos amplos durante a agitação. Tanques de lavagem. O filme pode ser lavado em um tanque comum ou em um tanque de lavagem especial. Esses tanques são projetados para que a água escorra continuamente sobre os negativos de um lado para o outro ou de cima para baixo. No laboratório, um termômetro preciso é fundamental para processar os negativos de maneira uniforme e previsível. É preciso adquirir recipientes graduados de vários tamanhos, são resistentes a ácidos. O tamanho e o tipo dos recipientes para produtos químicos líquido são determinados pelo volume de trabalho e pelo tempo de armazenamento previsto.
  • 14. Todos os processos químicos são sensíveis a temperatura em alguma medida. Na maioria dos processos em preto e branco, a temperatura de 20ºC foi adotada como padrão. O modo mais pratica de manter a temperatura da solução durante o processamento é utilizar banho Maria para os tanques ou bandejas. À medida que o revelador reduz os haletos de prata na emulsão, o revelador na interface se esgota e deve ser substituído por revelador novo por meio da agitação. A revelação começa quando filme entra em contato com a solução reveladora, e a agitação é importante nessa etapa para garantir que o revelador penetre uniformemente na emulsão.
  • 15. CONTROLE DE TONS A visualização pode ter como objetivo a interpretação realista ou afastamentos intencionais da realidade, e para isso lançamos mão de controles que incluem a exposição do negativo e a revelação correspondente. É importante trabalhar a partir de um entendimento completo das características dos materiais atuais e dos padrões de processamento “normal”. A expansão e a contração são elementos importantes da visualização quando observamos um objeto e visualizamos a tonalidade da copia, primeiro consideramos os tons das sombras e observamos onde caem as altas-luzes. Um revelador do tipo compensados ou semi compensados age mais nas baixas deis idades do que nas altas. Desta forma, ela proporciona revelação e separação completas nas sombras sem produzir densidadeexcessiva nas altas-luzes. Um revelador altamente diluído agira como o mesmo revelador em diluição normal, se o tempo de revelação for ampliado suficientemente e des de que a quantidade normal do revelador estoque esteja presente na solução diluída e agitação seja normal. Mas, se a agitação for menos freqüente e o filme ficar “parado” em contato com a solução altamente diluída, pode ocorrer um certo efeito compensatório. Para entender esse efeito, pense na interface que liga o revelador a emulsão. A revelação com banho de água e com duas soluções são procedimentos consagrados pelo uso para reduzir o contraste total e ao mesmo tempo, conservar as densidades das sombras de uma maneira semelhante a do método d revelador diluído. O principio consiste em mergulhar a emulsão no revelador e então transferir o negativo para um banho de água ou álcali suave, no qual ela possa ficar em repouso sem ser agitada. O revelador se esgota rapidamente nas áreas de altas-luzes do negativo, ao passo que continua a
  • 16. agir nas áreas de baixas-luses. Esse ciclo pode ser repetido uma ou mais vezes, se necessário para fixar a variação de densidade desejada. Os reveladores patenteado disponíveis atualmente mais do que satisfazem as necessidades na fotografia em geral. No entanto, existem algunsagentes e certas formulas de revelação que possuem características especiais que são muito úteis em algumas situações. A intensificação e a redução são importantes para alterar as densidades de um negativo após a revelação. Os redutores removem a densidade de um negativo revelado. Existem três tipos comuns: -Os redutores de baixa-luz afetam primeiro os tons baixos; assim, são úteis para eliminar a veladura de negativos. O efeito é o de aumentar o contraste geral do negativo. -Os redutores proporcionais diminuem a densidade em todo o negativo como se este tivesse sido menos revelado. -Os redutores super proporcionais afetam mais as densidades mais elevadas do negativo do que as mais baixas, como se este tivesse recebido menos revelação. Esse é um processo duvidoso, com resultados incertos.