SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 77
Arte Pop
Outros Nomes
Pop Art; Arte Popular
• Movimento principalmente americano e britânico, sua
denominação foi empregada pela primeira vez em
1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para
designar os produtos da cultura popular da civilização
ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos
Estados Unidos. Com raízes no dadaísmo de Marcel
Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da
década de 1950, quando alguns artistas, após estudar
os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos
Estados Unidos,
• passaram a transformá-los em tema de suas
obras. Representavam, assim, os componentes
mais ostensivos da cultura popular, de poderosa
influência na vida cotidiana na segunda metade do
século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em
oposição ao expressionismo abstrato que dominava
a cena estética desde o final da segunda guerra.
Sua iconografia era a da televisão, da fotografia,
dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.
• Uma das primeiras, e mais famosas, imagens
relacionadas ao que o crítico britânico Lawrence
Alloway (1926 - 1990) chamaria de arte pop é
a colagem de Richard Hamilton (1922), O que
Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes,
Tão Atraentes?, de 1956. Concebido como pôster e
ilustração para o catálogo da exposição This Is
Tomorrow [Este É o Amanhã] do Independent Group de
Londres, o quadro carrega temas e técnicas
dominantes da nova expressão artística.
• A composição de uma cena doméstica é feita com o
auxílio de anúncios tirados de revistas de grande
circulação. Nela, um casal se exibe com (e como) os
atraentes objetos da vida moderna: televisão, aspirador
de pó, enlatados, produtos em embalagens vistosas
etc. Os anúncios são descolados de seus contextos e
transpostos para a obra de arte, mas guardam a
memória de seu locus original. Ao aproximar arte e
design comercial, o artista borra, propositadamente, as
fronteiras entre arte erudita e arte popular, ou entre
arte elevada e cultura de massa.
Viki (1964) – Roy
Lichtenstein
• Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento
da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava
com signos estéticos massificados da publicidade,
quadrinhos, ilustrações e designam, usando como
materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs,
usando como materiais, usando como materiais
principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com
cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo
objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente
grande, transformando o real em hiper-real.
Bunk! collage series - I was a
Rich Man’s Plaything (1947) -
Eduardo Paolozzi
• Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop
Art se apoiava e necessitava dos objetivos de
consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o
próprio aumento do consumo, como aconteceu por
exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol,
um dos principais artistas da Pop Art.
Mick Jagger Suite of 10 (1975) – Andy Warhol
• Além disso, muito do que era considerado brega,
virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem
um determinado valor e significado conforme o
contexto histórico em que se realiza, a Pop Art
proporcionou a transformação do que era
considerado vulgar, em refinado, e aproximou a
arte das massas, desmitificando, já que se utilizava
de objetos próprios delas, a arte para poucos.
Principais Artistas:
• Robert Rauschenberg
• (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou
pretas reforçadas com jornal amassado do início da
década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas
"combinadas", com garrafas de Coca-Cola,
embalagens de produtos industrializados e
pássaros empalhados. Por volta de 1962,
• adotou a técnica de impressão em silk-screen para
aplicar imagens fotográficas a grandes extensões
da tela e unificava a composição por meio de
grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos
tiveram como temas episódios da história
americana moderna e da cultura popular.
"Cena Rodopiante - Moleques" (2007), com
tranferência de pigmento sobre polilaminado
"Retroativo 1" (1964), com inserção
de imagens retiradas do cotidiano
• Roy Lichtenstein
• (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em
quadrinhos como tema artístico começou
provavelmente com uma pintura do camundongo
Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus
quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as
características das histórias em quadrinhos e dos
anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com
fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por
exemplo, uma técnica pontilhista para simular os
pontos reticulados das historietas.
• Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por
um traço negro, contribuíam para o intenso impacto
visual. Com essas obras, o artista pretendia
oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as
formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do
contexto de uma história, aparecem como imagens
frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo
moderno. O resultado é a combinação de arte
comercial e abstração.
Drowning Girl (1963) – Roy Lichtenstein
Whaam! (1963) – Roy Lichtenstein
The melody hunts my reverie –
Roy Lichtenstein
Figures in Landscape (1977) – Roy Lichtenstein
BMW Group 5 320i painted in 1977 by Roy
Lichtenstein
• Andy Warhol
• (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais
controvertida do pop art, Warhol mostrou sua
concepção da produção mecânica da imagem em
substituição ao trabalho manual numa série de retratos
de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis
Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as
personalidades públicas como figuras impessoais e
vazias, apesar da ascensão social e da celebridade.
• Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de
serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto
produzido em massa para o consumo, como
garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell,
automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e
discos de um grupo musical, incentivou o trabalho
de outros artistas e uma revista mensal.
Campbell’s Soup (1968) – Andy Warhol
Outros artistas da arte pop
Spoonbridge and Cherry – Claes Oldenburg and
Coosje Van Bruggen
Giant Three-Way Plug (Cube Tap) 1970 Claes
Oldenburg, American (born Sweden), born 1929
Cor-Ten steel, bronze 117 x 78 x 58 inches (297.2 x
198.1 x 147.3 cm) outside Philadelphia Museum of
Art
Claes Oldenburg: "Free" Stampat Cleveland City
Hall
Photographed by Steve Cummings
Love – Robert Indiana
LOVE sculpture by Robert Indiana, on the corner of
6th Avenue and 55th Street in Manhattan, NY.
David Hockney, A
Bigger Splash,
1967, Tate Collection,
London. 325 × 326
Man Taking Shower in Beverly Hills
1964 (110 Kb); Acrylic on canvas, 167 x 167 cm (65
1/2 x 65 1/2 in); Tate Gallery, London
Place Furstenberg, Paris, August 7,8,9, 1985 #1
1985 (220 Kb); Photographic collage, 88.9 x 80 cm
(35 x 31 1/2 in); Collection of the artist
1995 BMW 850 CSi Art Car by David Hockney.
Keith Haring (American, 1958–1990). Self-Portrait with Glasses
Painted by Kenny Scharf, circa 1980. Polaroid photograph.
Collection Keith Haring Foundation. © Keith Haring Foundation
Keith Haring (American, 1958–1990). Still
from Painting Myself into a Corner, 1979. Video, 33
min. Collection Keith Haring Foundation. © Keith
Haring Foundation
Keith Haring (American, 1958–1990). Untitled, 1982.
Sumi ink on paper, 107 x 160 in. (271.8 x 406.4 cm).
Collection Keith Haring Foundation. © Keith Haring
Foundation
Public Projects
Mural
Haring's first major outdoor mural (1982), at Houston
Street & the Bowery. It no longer exists.
Drawing
Ink on Paper
41 x 52 inches
Painting
Acrylic on Muslin
94 x 94 inches
238.76 x 238.76 cm
Drawing
Chalk on paper
Painting
oil and acrylic on canvas
36 inch diameter
91.4 cm diameter
Public Projects
Mural
This mural (1986) on handball court at 128th Street and 2nd Avenue was
inspired by the crack epidemic and its effect on New York City. It was
created as a warning and was initially executed independently, without City
permission. The mural was immediately put under the protection and
jurisdiction of the City Department of Parks and still exists.
Ignorance = Fear, 1989
Poster
24 x 43 1/4 inches
61 x 110 centimeters
Untitled acrylic and mixed media on
canvas by Jean-Michel Basquiat,
1984, 333 × 400 cm
Untitled acrylic, oilstick and
spray paint on canvas painting
by Jean-Michel Basquiat,
1981, 359 × 385
• NO BRASIL
• A década de 60 foi de grande efervescência para as
artes plásticas no pais. Os artistas brasileiros também
assimilaram os expedientes da pop art como o uso das
impressões em silkscreen e as referências aos gibis.
Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli,
Fajardo, Nasser, Resende, De Tozzi, Aguilar, Antonio
Dias e Henrique Amaral.
Lee, Wesley Duke
O Guardião; a Guardiã; as Circunstâncias (Tríptico) , 1966
técnica-mista
197 x 107 cm; 150 x 56 cm; 136 x 60 cm
Lee, Wesley Duke
Hoje É Sempre Ontem , dia e mês desconhecidos 1972
Série Da Formação de um Povo IV
colagem, c.i.d.
31 x 24 cm
Baravelli, Luiz Paulo
Novo em Folha , 1981
acrílica sobre tela
180 x 130 cm
Baravelli, Luiz Paulo
Povo da Floresta , 1985
acrílica sobre tela
151 x 306 cm
Fajardo, Carlos
Três Horas/Diferentes Pessoas/Em Santos/Fora de Casa , 1977
acrílica sobre tela
200 x 350 cm
Fajardo, Carlos
Sem Título , 1969
fórmica
70 x 220 cm
Resende, José
Bibelô: A Secção da Montanha , 1967
madeira revestida de laminado, acrílico e terra
116,3 x 30 x 72,4 cm
Resende, José
Marco dos 100 Milhões de Toneladas , 1997
aço corten
600 cm x 1.500 cm x 150 cm
Tozzi, Claudio
Usa e Abusa , 1966
tinta em massa e acrílica sobre madeira
33 x 52 cm
Tozzi, Claudio
Bandido da Luz Vermelha , 1967
liquitex sobre hardboard
95 x 95 cm Tozzi, Claudio
Tirando a Roupa , 1967 - 1980
serigrafia sobre papel - tríptico
48 x 66 cm (cada uma)
Tozzi, Claudio
Guevara, Vivo ou Morto , 1967
tinta em massa e acrílica sobre aglomerado
175 x 300 cm
Aguilar, José Roberto
Série do Futebol I , 1966
esmalte sintético a aerosol sobre tela
113,8 x 146,5 cm
Aguilar, José Roberto
Mad in São Paulo , 1980
óleo e acrílico sobre tela
160 x 180 cm
Dias, Antônio
Fumaça do Prisioneiro , 1964
óleo e látex sobre madeira com relevo
120,6 x 93,3 x 6,8 cm
Dias, Antônio
The American Death: Bamboo!
(Tríptico) , 1967
vinil acrílico sobre tela
97 x 190 cm
Dias, Antonio
Coração para Amassar , 1966
acrílico sobre tecido estofado, lâmpadas coloridas
97 x 107 cm
Dias, Antonio
Movimento do Vento , 1968
bronze e cimento
26 x 26 x 2 cm
Amaral, Antonio Henrique
Passatempo, Século XX , 1967
xilogravura
70 x 45 cm
Amaral, Antonio Henrique
Incomunicação , 1967
óleo sobre tela, c.i.d.
120 x 90 cm
Amaral, Antonio Henrique
Um + Um = Dois ? , 1967
Do álbum O Meu e o Seu - Impressões de Nosso
Tempo
xilogravura
32,2 x 42,5 cm
Amaral, Antonio Henrique
Consensus , 1968
xilogravura
45,3 x 63,9 cm [mancha]
61,5 x 96,2 cm [papel]
Amaral, Antonio Henrique
Bananas , 1970
óleo sobre tela, c.i.e.
170 x 128 cm
Amaral, Antonio Henrique
Brasiliana , 1971
óleo sobre tela
70 x 100 cm
“República das Bananas é um termo pejorativo que faz referência a um Estado, geralmente
latino-americano, politicamente instável, dependente de uma economia primária, comandado por
um governo rico, corrupto, elitista e oligárquico. Enfim, é um termo que vem sendo utilizado desde
o início do século XX para caracterizar países em situações caóticas em matéria econômica ou
social. ”
• A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica
da cultura de massa. No Brasil, seu espírito foi
subvertido, pois, nosso pop usou da mesma
linguagem, mas transformou-a em instrumento de
denúncia política e social.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (20)

Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Ensino Médio - pop art- andy warhol - -23 slides-
Ensino Médio -  pop art-   andy warhol -     -23 slides-Ensino Médio -  pop art-   andy warhol -     -23 slides-
Ensino Médio - pop art- andy warhol - -23 slides-
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Arte pop
Arte popArte pop
Arte pop
 
Pop Art em Resumo
Pop Art em ResumoPop Art em Resumo
Pop Art em Resumo
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Pop art trabalho
Pop art   trabalhoPop art   trabalho
Pop art trabalho
 
Pop Art - Trabalho
Pop Art - TrabalhoPop Art - Trabalho
Pop Art - Trabalho
 
MOVIMENTO POP ART
MOVIMENTO POP ARTMOVIMENTO POP ART
MOVIMENTO POP ART
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Aula 11 Pop Art Op Art
Aula 11  Pop Art Op Art Aula 11  Pop Art Op Art
Aula 11 Pop Art Op Art
 
Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Andy warhol
Andy warholAndy warhol
Andy warhol
 
Art Pop
Art PopArt Pop
Art Pop
 
Pop Art - 9º ano!
Pop Art - 9º ano!Pop Art - 9º ano!
Pop Art - 9º ano!
 
Coca cola
Coca colaCoca cola
Coca cola
 
Pop art lele
Pop art   lelePop art   lele
Pop art lele
 

Destacado (11)

Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Andy Warhol
Andy WarholAndy Warhol
Andy Warhol
 
Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Arte pop
Arte popArte pop
Arte pop
 
Andy warhol y el Popt art
Andy warhol y el Popt art Andy warhol y el Popt art
Andy warhol y el Popt art
 
Pop Art
Pop Art Pop Art
Pop Art
 
Pop Art Slideshow
Pop Art SlideshowPop Art Slideshow
Pop Art Slideshow
 
Pop Art Powerpoint
Pop Art Powerpoint  Pop Art Powerpoint
Pop Art Powerpoint
 
Pop Art
Pop  ArtPop  Art
Pop Art
 
pop art powerpoint
pop art powerpointpop art powerpoint
pop art powerpoint
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 

Similar a Arte pop (20)

Pop Arte
Pop ArtePop Arte
Pop Arte
 
Apresentação trabalho estética
Apresentação   trabalho estéticaApresentação   trabalho estética
Apresentação trabalho estética
 
Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
pop art.pptx
pop art.pptxpop art.pptx
pop art.pptx
 
Pop Art
Pop ArtPop Art
Pop Art
 
Pop art 2017
Pop art 2017Pop art 2017
Pop art 2017
 
Op art, Pop art e outras artes
Op art, Pop art e outras artesOp art, Pop art e outras artes
Op art, Pop art e outras artes
 
Ensino Médio- A segunda metade do século XX - (3o. bimestre)
Ensino Médio- A segunda metade do século XX - (3o. bimestre)Ensino Médio- A segunda metade do século XX - (3o. bimestre)
Ensino Médio- A segunda metade do século XX - (3o. bimestre)
 
Sabixão andywarhol1
Sabixão andywarhol1Sabixão andywarhol1
Sabixão andywarhol1
 
OP - ART e POP - ART
OP - ART e POP - ARTOP - ART e POP - ART
OP - ART e POP - ART
 
24 pop art 2020
24 pop art 202024 pop art 2020
24 pop art 2020
 
Pop art
Pop artPop art
Pop art
 
Arte contemporânea
Arte contemporânea Arte contemporânea
Arte contemporânea
 
Aula 10 Expressionismo Abstrato
Aula 10  Expressionismo AbstratoAula 10  Expressionismo Abstrato
Aula 10 Expressionismo Abstrato
 
4.pesquisas visualidade
4.pesquisas visualidade4.pesquisas visualidade
4.pesquisas visualidade
 
Roy Lichtenstein
Roy LichtensteinRoy Lichtenstein
Roy Lichtenstein
 
Roy Lichtenstein
Roy LichtensteinRoy Lichtenstein
Roy Lichtenstein
 
A Arte ContemporâNea
A   Arte ContemporâNeaA   Arte ContemporâNea
A Arte ContemporâNea
 
A Arte ContemporâNea
A   Arte ContemporâNeaA   Arte ContemporâNea
A Arte ContemporâNea
 
A Arte Contemporânea
A   Arte ContemporâneaA   Arte Contemporânea
A Arte Contemporânea
 

Arte pop

  • 1. Arte Pop Outros Nomes Pop Art; Arte Popular
  • 2. • Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos. Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos,
  • 3. • passaram a transformá-los em tema de suas obras. Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.
  • 4. • Uma das primeiras, e mais famosas, imagens relacionadas ao que o crítico britânico Lawrence Alloway (1926 - 1990) chamaria de arte pop é a colagem de Richard Hamilton (1922), O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?, de 1956. Concebido como pôster e ilustração para o catálogo da exposição This Is Tomorrow [Este É o Amanhã] do Independent Group de Londres, o quadro carrega temas e técnicas dominantes da nova expressão artística.
  • 5.
  • 6. • A composição de uma cena doméstica é feita com o auxílio de anúncios tirados de revistas de grande circulação. Nela, um casal se exibe com (e como) os atraentes objetos da vida moderna: televisão, aspirador de pó, enlatados, produtos em embalagens vistosas etc. Os anúncios são descolados de seus contextos e transpostos para a obra de arte, mas guardam a memória de seu locus original. Ao aproximar arte e design comercial, o artista borra, propositadamente, as fronteiras entre arte erudita e arte popular, ou entre arte elevada e cultura de massa.
  • 7. Viki (1964) – Roy Lichtenstein
  • 8. • Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real.
  • 9. Bunk! collage series - I was a Rich Man’s Plaything (1947) - Eduardo Paolozzi
  • 10. • Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art.
  • 11. Mick Jagger Suite of 10 (1975) – Andy Warhol
  • 12. • Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.
  • 13. Principais Artistas: • Robert Rauschenberg • (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados. Por volta de 1962,
  • 14. • adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular.
  • 15.
  • 16. "Cena Rodopiante - Moleques" (2007), com tranferência de pigmento sobre polilaminado
  • 17. "Retroativo 1" (1964), com inserção de imagens retiradas do cotidiano
  • 18. • Roy Lichtenstein • (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas.
  • 19. • Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.
  • 20.
  • 21. Drowning Girl (1963) – Roy Lichtenstein
  • 22. Whaam! (1963) – Roy Lichtenstein
  • 23. The melody hunts my reverie – Roy Lichtenstein
  • 24. Figures in Landscape (1977) – Roy Lichtenstein
  • 25. BMW Group 5 320i painted in 1977 by Roy Lichtenstein
  • 26. • Andy Warhol • (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade.
  • 27. • Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. Campbell’s Soup (1968) – Andy Warhol
  • 35.
  • 36.
  • 37. Outros artistas da arte pop
  • 38. Spoonbridge and Cherry – Claes Oldenburg and Coosje Van Bruggen
  • 39. Giant Three-Way Plug (Cube Tap) 1970 Claes Oldenburg, American (born Sweden), born 1929 Cor-Ten steel, bronze 117 x 78 x 58 inches (297.2 x 198.1 x 147.3 cm) outside Philadelphia Museum of Art
  • 40. Claes Oldenburg: "Free" Stampat Cleveland City Hall Photographed by Steve Cummings
  • 41. Love – Robert Indiana
  • 42. LOVE sculpture by Robert Indiana, on the corner of 6th Avenue and 55th Street in Manhattan, NY.
  • 43. David Hockney, A Bigger Splash, 1967, Tate Collection, London. 325 × 326
  • 44. Man Taking Shower in Beverly Hills 1964 (110 Kb); Acrylic on canvas, 167 x 167 cm (65 1/2 x 65 1/2 in); Tate Gallery, London
  • 45. Place Furstenberg, Paris, August 7,8,9, 1985 #1 1985 (220 Kb); Photographic collage, 88.9 x 80 cm (35 x 31 1/2 in); Collection of the artist
  • 46. 1995 BMW 850 CSi Art Car by David Hockney.
  • 47. Keith Haring (American, 1958–1990). Self-Portrait with Glasses Painted by Kenny Scharf, circa 1980. Polaroid photograph. Collection Keith Haring Foundation. © Keith Haring Foundation
  • 48. Keith Haring (American, 1958–1990). Still from Painting Myself into a Corner, 1979. Video, 33 min. Collection Keith Haring Foundation. © Keith Haring Foundation
  • 49. Keith Haring (American, 1958–1990). Untitled, 1982. Sumi ink on paper, 107 x 160 in. (271.8 x 406.4 cm). Collection Keith Haring Foundation. © Keith Haring Foundation
  • 50. Public Projects Mural Haring's first major outdoor mural (1982), at Houston Street & the Bowery. It no longer exists.
  • 51. Drawing Ink on Paper 41 x 52 inches
  • 52. Painting Acrylic on Muslin 94 x 94 inches 238.76 x 238.76 cm
  • 54. Painting oil and acrylic on canvas 36 inch diameter 91.4 cm diameter
  • 55. Public Projects Mural This mural (1986) on handball court at 128th Street and 2nd Avenue was inspired by the crack epidemic and its effect on New York City. It was created as a warning and was initially executed independently, without City permission. The mural was immediately put under the protection and jurisdiction of the City Department of Parks and still exists.
  • 56. Ignorance = Fear, 1989 Poster 24 x 43 1/4 inches 61 x 110 centimeters
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60. Untitled acrylic and mixed media on canvas by Jean-Michel Basquiat, 1984, 333 × 400 cm
  • 61. Untitled acrylic, oilstick and spray paint on canvas painting by Jean-Michel Basquiat, 1981, 359 × 385
  • 62.
  • 63. • NO BRASIL • A década de 60 foi de grande efervescência para as artes plásticas no pais. Os artistas brasileiros também assimilaram os expedientes da pop art como o uso das impressões em silkscreen e as referências aos gibis. Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli, Fajardo, Nasser, Resende, De Tozzi, Aguilar, Antonio Dias e Henrique Amaral.
  • 64. Lee, Wesley Duke O Guardião; a Guardiã; as Circunstâncias (Tríptico) , 1966 técnica-mista 197 x 107 cm; 150 x 56 cm; 136 x 60 cm Lee, Wesley Duke Hoje É Sempre Ontem , dia e mês desconhecidos 1972 Série Da Formação de um Povo IV colagem, c.i.d. 31 x 24 cm
  • 65. Baravelli, Luiz Paulo Novo em Folha , 1981 acrílica sobre tela 180 x 130 cm Baravelli, Luiz Paulo Povo da Floresta , 1985 acrílica sobre tela 151 x 306 cm
  • 66. Fajardo, Carlos Três Horas/Diferentes Pessoas/Em Santos/Fora de Casa , 1977 acrílica sobre tela 200 x 350 cm Fajardo, Carlos Sem Título , 1969 fórmica 70 x 220 cm
  • 67. Resende, José Bibelô: A Secção da Montanha , 1967 madeira revestida de laminado, acrílico e terra 116,3 x 30 x 72,4 cm Resende, José Marco dos 100 Milhões de Toneladas , 1997 aço corten 600 cm x 1.500 cm x 150 cm
  • 68. Tozzi, Claudio Usa e Abusa , 1966 tinta em massa e acrílica sobre madeira 33 x 52 cm
  • 69. Tozzi, Claudio Bandido da Luz Vermelha , 1967 liquitex sobre hardboard 95 x 95 cm Tozzi, Claudio Tirando a Roupa , 1967 - 1980 serigrafia sobre papel - tríptico 48 x 66 cm (cada uma)
  • 70. Tozzi, Claudio Guevara, Vivo ou Morto , 1967 tinta em massa e acrílica sobre aglomerado 175 x 300 cm
  • 71. Aguilar, José Roberto Série do Futebol I , 1966 esmalte sintético a aerosol sobre tela 113,8 x 146,5 cm Aguilar, José Roberto Mad in São Paulo , 1980 óleo e acrílico sobre tela 160 x 180 cm
  • 72. Dias, Antônio Fumaça do Prisioneiro , 1964 óleo e látex sobre madeira com relevo 120,6 x 93,3 x 6,8 cm Dias, Antônio The American Death: Bamboo! (Tríptico) , 1967 vinil acrílico sobre tela 97 x 190 cm
  • 73. Dias, Antonio Coração para Amassar , 1966 acrílico sobre tecido estofado, lâmpadas coloridas 97 x 107 cm Dias, Antonio Movimento do Vento , 1968 bronze e cimento 26 x 26 x 2 cm
  • 74. Amaral, Antonio Henrique Passatempo, Século XX , 1967 xilogravura 70 x 45 cm Amaral, Antonio Henrique Incomunicação , 1967 óleo sobre tela, c.i.d. 120 x 90 cm
  • 75. Amaral, Antonio Henrique Um + Um = Dois ? , 1967 Do álbum O Meu e o Seu - Impressões de Nosso Tempo xilogravura 32,2 x 42,5 cm Amaral, Antonio Henrique Consensus , 1968 xilogravura 45,3 x 63,9 cm [mancha] 61,5 x 96,2 cm [papel]
  • 76. Amaral, Antonio Henrique Bananas , 1970 óleo sobre tela, c.i.e. 170 x 128 cm Amaral, Antonio Henrique Brasiliana , 1971 óleo sobre tela 70 x 100 cm “República das Bananas é um termo pejorativo que faz referência a um Estado, geralmente latino-americano, politicamente instável, dependente de uma economia primária, comandado por um governo rico, corrupto, elitista e oligárquico. Enfim, é um termo que vem sendo utilizado desde o início do século XX para caracterizar países em situações caóticas em matéria econômica ou social. ”
  • 77. • A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica da cultura de massa. No Brasil, seu espírito foi subvertido, pois, nosso pop usou da mesma linguagem, mas transformou-a em instrumento de denúncia política e social.