2. • Movimento principalmente americano e britânico, sua
denominação foi empregada pela primeira vez em
1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para
designar os produtos da cultura popular da civilização
ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos
Estados Unidos. Com raízes no dadaísmo de Marcel
Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da
década de 1950, quando alguns artistas, após estudar
os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos
Estados Unidos,
3. • passaram a transformá-los em tema de suas
obras. Representavam, assim, os componentes
mais ostensivos da cultura popular, de poderosa
influência na vida cotidiana na segunda metade do
século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em
oposição ao expressionismo abstrato que dominava
a cena estética desde o final da segunda guerra.
Sua iconografia era a da televisão, da fotografia,
dos quadrinhos, do cinema e da publicidade.
4. • Uma das primeiras, e mais famosas, imagens
relacionadas ao que o crítico britânico Lawrence
Alloway (1926 - 1990) chamaria de arte pop é
a colagem de Richard Hamilton (1922), O que
Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes,
Tão Atraentes?, de 1956. Concebido como pôster e
ilustração para o catálogo da exposição This Is
Tomorrow [Este É o Amanhã] do Independent Group de
Londres, o quadro carrega temas e técnicas
dominantes da nova expressão artística.
5.
6. • A composição de uma cena doméstica é feita com o
auxílio de anúncios tirados de revistas de grande
circulação. Nela, um casal se exibe com (e como) os
atraentes objetos da vida moderna: televisão, aspirador
de pó, enlatados, produtos em embalagens vistosas
etc. Os anúncios são descolados de seus contextos e
transpostos para a obra de arte, mas guardam a
memória de seu locus original. Ao aproximar arte e
design comercial, o artista borra, propositadamente, as
fronteiras entre arte erudita e arte popular, ou entre
arte elevada e cultura de massa.
8. • Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento
da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava
com signos estéticos massificados da publicidade,
quadrinhos, ilustrações e designam, usando como
materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs,
usando como materiais, usando como materiais
principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com
cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo
objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente
grande, transformando o real em hiper-real.
10. • Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop
Art se apoiava e necessitava dos objetivos de
consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o
próprio aumento do consumo, como aconteceu por
exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol,
um dos principais artistas da Pop Art.
12. • Além disso, muito do que era considerado brega,
virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem
um determinado valor e significado conforme o
contexto histórico em que se realiza, a Pop Art
proporcionou a transformação do que era
considerado vulgar, em refinado, e aproximou a
arte das massas, desmitificando, já que se utilizava
de objetos próprios delas, a arte para poucos.
13. Principais Artistas:
• Robert Rauschenberg
• (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou
pretas reforçadas com jornal amassado do início da
década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas
"combinadas", com garrafas de Coca-Cola,
embalagens de produtos industrializados e
pássaros empalhados. Por volta de 1962,
14. • adotou a técnica de impressão em silk-screen para
aplicar imagens fotográficas a grandes extensões
da tela e unificava a composição por meio de
grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos
tiveram como temas episódios da história
americana moderna e da cultura popular.
15.
16. "Cena Rodopiante - Moleques" (2007), com
tranferência de pigmento sobre polilaminado
18. • Roy Lichtenstein
• (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em
quadrinhos como tema artístico começou
provavelmente com uma pintura do camundongo
Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus
quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as
características das histórias em quadrinhos e dos
anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com
fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por
exemplo, uma técnica pontilhista para simular os
pontos reticulados das historietas.
19. • Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por
um traço negro, contribuíam para o intenso impacto
visual. Com essas obras, o artista pretendia
oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as
formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do
contexto de uma história, aparecem como imagens
frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo
moderno. O resultado é a combinação de arte
comercial e abstração.
25. BMW Group 5 320i painted in 1977 by Roy
Lichtenstein
26. • Andy Warhol
• (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais
controvertida do pop art, Warhol mostrou sua
concepção da produção mecânica da imagem em
substituição ao trabalho manual numa série de retratos
de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis
Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as
personalidades públicas como figuras impessoais e
vazias, apesar da ascensão social e da celebridade.
27. • Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de
serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto
produzido em massa para o consumo, como
garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell,
automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e
discos de um grupo musical, incentivou o trabalho
de outros artistas e uma revista mensal.
39. Giant Three-Way Plug (Cube Tap) 1970 Claes
Oldenburg, American (born Sweden), born 1929
Cor-Ten steel, bronze 117 x 78 x 58 inches (297.2 x
198.1 x 147.3 cm) outside Philadelphia Museum of
Art
55. Public Projects
Mural
This mural (1986) on handball court at 128th Street and 2nd Avenue was
inspired by the crack epidemic and its effect on New York City. It was
created as a warning and was initially executed independently, without City
permission. The mural was immediately put under the protection and
jurisdiction of the City Department of Parks and still exists.
56. Ignorance = Fear, 1989
Poster
24 x 43 1/4 inches
61 x 110 centimeters
57.
58.
59.
60. Untitled acrylic and mixed media on
canvas by Jean-Michel Basquiat,
1984, 333 × 400 cm
63. • NO BRASIL
• A década de 60 foi de grande efervescência para as
artes plásticas no pais. Os artistas brasileiros também
assimilaram os expedientes da pop art como o uso das
impressões em silkscreen e as referências aos gibis.
Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli,
Fajardo, Nasser, Resende, De Tozzi, Aguilar, Antonio
Dias e Henrique Amaral.
64. Lee, Wesley Duke
O Guardião; a Guardiã; as Circunstâncias (Tríptico) , 1966
técnica-mista
197 x 107 cm; 150 x 56 cm; 136 x 60 cm
Lee, Wesley Duke
Hoje É Sempre Ontem , dia e mês desconhecidos 1972
Série Da Formação de um Povo IV
colagem, c.i.d.
31 x 24 cm
65. Baravelli, Luiz Paulo
Novo em Folha , 1981
acrílica sobre tela
180 x 130 cm
Baravelli, Luiz Paulo
Povo da Floresta , 1985
acrílica sobre tela
151 x 306 cm
66. Fajardo, Carlos
Três Horas/Diferentes Pessoas/Em Santos/Fora de Casa , 1977
acrílica sobre tela
200 x 350 cm
Fajardo, Carlos
Sem Título , 1969
fórmica
70 x 220 cm
67. Resende, José
Bibelô: A Secção da Montanha , 1967
madeira revestida de laminado, acrílico e terra
116,3 x 30 x 72,4 cm
Resende, José
Marco dos 100 Milhões de Toneladas , 1997
aço corten
600 cm x 1.500 cm x 150 cm
68. Tozzi, Claudio
Usa e Abusa , 1966
tinta em massa e acrílica sobre madeira
33 x 52 cm
69. Tozzi, Claudio
Bandido da Luz Vermelha , 1967
liquitex sobre hardboard
95 x 95 cm Tozzi, Claudio
Tirando a Roupa , 1967 - 1980
serigrafia sobre papel - tríptico
48 x 66 cm (cada uma)
71. Aguilar, José Roberto
Série do Futebol I , 1966
esmalte sintético a aerosol sobre tela
113,8 x 146,5 cm
Aguilar, José Roberto
Mad in São Paulo , 1980
óleo e acrílico sobre tela
160 x 180 cm
72. Dias, Antônio
Fumaça do Prisioneiro , 1964
óleo e látex sobre madeira com relevo
120,6 x 93,3 x 6,8 cm
Dias, Antônio
The American Death: Bamboo!
(Tríptico) , 1967
vinil acrílico sobre tela
97 x 190 cm
73. Dias, Antonio
Coração para Amassar , 1966
acrílico sobre tecido estofado, lâmpadas coloridas
97 x 107 cm
Dias, Antonio
Movimento do Vento , 1968
bronze e cimento
26 x 26 x 2 cm
74. Amaral, Antonio Henrique
Passatempo, Século XX , 1967
xilogravura
70 x 45 cm
Amaral, Antonio Henrique
Incomunicação , 1967
óleo sobre tela, c.i.d.
120 x 90 cm
75. Amaral, Antonio Henrique
Um + Um = Dois ? , 1967
Do álbum O Meu e o Seu - Impressões de Nosso
Tempo
xilogravura
32,2 x 42,5 cm
Amaral, Antonio Henrique
Consensus , 1968
xilogravura
45,3 x 63,9 cm [mancha]
61,5 x 96,2 cm [papel]
76. Amaral, Antonio Henrique
Bananas , 1970
óleo sobre tela, c.i.e.
170 x 128 cm
Amaral, Antonio Henrique
Brasiliana , 1971
óleo sobre tela
70 x 100 cm
“República das Bananas é um termo pejorativo que faz referência a um Estado, geralmente
latino-americano, politicamente instável, dependente de uma economia primária, comandado por
um governo rico, corrupto, elitista e oligárquico. Enfim, é um termo que vem sendo utilizado desde
o início do século XX para caracterizar países em situações caóticas em matéria econômica ou
social. ”
77. • A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica
da cultura de massa. No Brasil, seu espírito foi
subvertido, pois, nosso pop usou da mesma
linguagem, mas transformou-a em instrumento de
denúncia política e social.