(1) O documento descreve uma situação de agitação popular em torno do palácio real, com rumores sobre a morte do Mestre;
(2) O Mestre aparece à janela para acalmar o povo, que se alegra em vê-lo vivo;
(3) O Mestre dirige-se então à casa do Almirante, sendo saudado calorosamente pelo povo ao longo do caminho.
2. Trabalhos de casa mais recentes
Aula 23-24 — Lembro-me que…
Aula 31-32 — «Definição pessoal» com certos
tempos/pessoas de verbos
Aula 33-34 — Flexão (completa + verbete) de
verbo curioso
Aula 35-36 — Cronologia/Biografia à maneira da
de Fernão Lopes (ainda foi começado na aula)
3.
4. • Resumo (≠ Síntese)
• Num resumo, mantêm-se os tempos dos
verbos, o sistema de enunciação (pessoa),
a ordem dos segmentos, o número de
parágrafos (ficam é mais pequenos);
muitas palavras originais podem ser
aproveitadas (embora, neste caso, se deva
usar termos atuais)
• Não havendo outra indicação, reduz-se
para 1/3 (nos parágrafos mais pequenos,
será razoável para ½)
8. Ouviam-se gritos variadíssimos: ora
se assegurava que o Mestre estava morto,
ora se sugeria que entrassem à força.
Pedia-se combustível para incendiar o
paço, pediam-se escadas para se poder
entrar, havia grande confusão em volta.
Insultava-se a rainha.
9. Do paço, muitos asseguravam que o
Mestre estava vivo e o conde Andeiro
morto. Mas ninguém acreditava:
— Mostrai-no-lo!
Então, os companheiros do Mestre
pediram-lhe que se mostrasse àquelas
gentes, para que não ficasse a situação
fora de controlo.
10. Ouviam-se gritos variadíssimos: ora se
assegurava que o Mestre estava morto, ora se
sugeria que entrassem à força.
Pedia-se combustível para incendiar o paço,
pediam-se escadas para se poder entrar, havia
grande confusão em volta. Insultava-se a rainha.
Do paço, muitos asseguravam que o Mestre
estava vivo e o conde Andeiro morto. Mas
ninguém acreditava:
— Mostrai-no-lo!
Então, os companheiros do Mestre pediram-
lhe que se mostrasse àquelas gentes, para que
não ficasse a situação fora de controlo.
11.
12. O Mestre apareceu à janela,
mostrando-se ao povo:
— Acalmai-vos, que estou vivo e são.
A ansiedade era tanta, que havia
quem asseverasse que o Mestre tinha sido
morto, mas, ao verem-no, alegravam-se e
lamentavam:
— Tendo matado o conde, devia ter
aproveitado para matar também a maldosa
da rainha (que já nos matou o rei). Mas ela
não perde pela demora!
13. — Tendo matado o conde, devia ter
aproveitado para matar também a maldosa da
rainha (que já nos matou o rei). Mas ela não
perde pela demora!
Se tivessem entrado, nem a rainha
nem os do seu lado teriam escapado.
Todos se dirigiam ao Mestre (à
janela):
— Ainda bem que escapastes desse
traidor! Vinde connosco!
E muitos choravam por o verem vivo.
14. Se tivessem entrado, nem a rainha
nem os do seu lado teriam escapado.
Todos se dirigiam ao Mestre (à
janela):
— Ainda bem que escapastes desse
traidor! Vinde connosco!
E muitos choravam por o verem vivo.
15. Se tivessem entrado, nem a rainha nem os do seu
lado teriam escapado.
Todos se dirigiam ao Mestre (à janela):
— Ainda bem que escapastes desse traidor!
Vinde connosco!
E muitos choravam por o verem vivo.
Percebendo não haver perigo, o
Mestre reuniu-se aos que o aclamavam,
que, alegres, perguntavam:
— Que quereis que façamos?
E, embora mal o pudessem ouvir, agra-
deceu e disse que já não precisava deles.
16. Percebendo não haver perigo, o
Mestre reuniu-se aos que o aclamavam,
que, alegres, perguntavam:
— Que quereis que façamos?
E, embora mal o pudessem ouvir, agra-
deceu e disse que já não precisava deles.
17.
18. E assim encaminhou pera os paços do
Almirante, onde pousava o conde D. João
Afonso, irmão da rainha, com quem havia de
comer.
As donas da cidade, pela rua per onde ele
ia, saíam todas às janelas com prazer, dizendo
altas vozes:
— Mantenha-vos Deus, senhor! Bento seja
Deus, que vos guardou de tamanha traiçom
qual vos tinham bastecida! (Ca nenhum, por es-
tonce, podia outra cousa cuidar.)
19. E indo assi atá entrada do Rossio, o
conde vinha com tôdolos seus e outros
bons da cidade, que o aguardavam [...]. E
quando viu o Mestre ir daquela guisa,
foio abraçar com prazer e disse:
— Mantenhavos Deus, senhor! Sei
que nos tirastes de grande cuidado, mas
vós merecíeis esta honra melhor que
nós. Andai, vamos logo comer.
E assi foram pera os paços onde
pousava o conde.
20.
21. TPC — (i) Não te esqueças de enviar a
gravação (até dia 8 inclusivé — a partir daí,
começo a «descontar», embora seja sempre
melhor enviarem o trabalho do que não o
fazerem);
(ii) Vai revendo gramática que demos ao
longo do período, e, especialmente, os tópicos
mais recentes: verbo (flexão, algumas
classificações); preposição (e contrações);
adjetivo; colocação do pronome átono;
processos irregulares de formação de palavras;
empréstimo vs. estrangeirismo; verbete; étimo;
características das cantigas de amor e das
cantigas de escárnio e maldizer; refrão,
estrofes; etc.;
22. (iii) Vai tendo folhas arrumadas em dossiê e
consultáveis (vou pedirte que as tragas para a
última aula do período e preferia que não
estivessem perdidas, desirmanadas, nem em
plásticos que não permitem que as consultes
verdadeiramente;
(iv) Repito o tepecê da última aula: estuda
os processos irregulares de formação de
palavras em Gaveta de Nuvens (em ‘Processos
irregulares de formação de palavras’); e, no
Caderno de Atividades, podes estudar a ficha 5
(pp. 910; soluções nas pp. 9394), que também
copio no blogue (link no sumáriotepecê).