Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 33-34
Ordem cronológica e personagens
1.
2. Segundo a ordem cronológica dos
acontecimentos (que não é,
obrigatoriamente, a do livro), a série
correta é
a) Ramalhete, Benfica, Santa Olávia.
b) Santa Olávia, Benfica, Ramalhete.
c) Benfica, Ramalhete, Santa Olávia.
d) Benfica, Santa Olávia, Ramalhete.
3. A série de espaços ‘Vila Balzac,
Ramalhete, Paços de Celas’ pode
corresponder, pela mesma ordem, à
série de personagens
a) Maria Monforte, Pedro da Maia, Carlos.
b) Raquel Cohen, Afonso, Carlos.
c) João da Ega, Maria Eduarda, Alencar.
d) Tancredo, Carlos da Maia, João da
Ega.
4. A série de espaços ‘Santa Olávia, Paris,
Rossio’ pode corresponder, pela
mesma ordem, à série de personagens
a) Carlos da Maia, Pedro da Maia, Maria
Eduarda Runa.
b) Brown, Maria Eduarda, Carlos da Maia.
c) Eusébio, Maria Monforte, Mãe de Ega.
d) Carlos da Maia, Eusébio, João da Ega.
5. A série de espaços ‘Arroios, Santa Olávia,
Celorico’ pode corresponder, pela
mesma ordem, a
a) Maria Monforte, João da Ega,
Eusebiozinho.
b) Pedro da Maia, Afonso da Maia, João da
Ega.
c) Maria Eduarda, Carlos da Maia, Alencar.
d) Tancredo, Teresinha, Carlos da Maia.
6. À série ‘Jacob Cohen, Taveira, Vilaça’
correspondem as profissões
a) banqueiro, procurador, funcionário
público.
b) banqueiro, funcionário público,
procurador.
c) ministro, maestro, procurador.
d) ministro, maestro, funcionário público.
7. A alínea que tem alcunhas ou
hipocorísticos que não são
mencionados nos Maias é
a) Negreira, Pedrinho, Silveirinha.
b) Barbatanas, Eusebiozinho, Teresinha.
c) Alemão, Bá, Toureiro.
d) Tista, Alencar d’Alenquer, Fuas.
8. O «papá Monforte» era
a) pai de Pedro da Maia.
b) tio de Pedro da Maia.
c) pai de Eduarda Runa.
d) sogro de Pedro da Maia.
9. O Padre Vasques está para Pedro como
Brown está para
a) Ega.
b) Carlos.
c) Afonso.
d) Maria Eduarda.
10. O Reverendo Bonifácio era
a) Bonifácio Silva.
b) um gato.
c) um padre.
d) Bonifácio de Souselas.
12. Quem conhecera bem Pedro da Maia fora
a) João da Ega.
b) Dâmaso Salcede.
c) Tomás de Alencar.
d) Jacob Cohen.
13. Os Paços de Celas eram
a) a quinta de Santa Olávia.
b) a residência de Carlos em Coimbra.
c) o Ramalhete.
d) a casa de Benfica.
14. Charlie era filho dos
a) Cohen.
b) Gouvarinho.
c) Silveiras.
d) Castro Gomes.
15. A fala que não foi proferida por Ega é
a) — Bem. Venho-te impingir prosa... Um
bocado do «Átomo»... Senta-te aí. Ouve
lá.
b) — Vai-te daí, Mefistófeles de Celorico!
[dita por Carlos a Ega]
c) — Bem-vindo, meu príncipe, ao
humilde tugúrio do filósofo!
d) — Terça-feira vou-te buscar ao
Ramalhete, e vamo-nos «gouvarinhar».
16. A fala que não foi proferida por Alencar é
a) — E deixemo-nos já de excelências! que eu
vi-te nascer, meu rapaz! Trouxe-te muito ao
colo. Sujaste-me muita calça.
b) — O Ega não entende nada. Mesmo em
Lisboa, não se pode chamar ao que eu tenho
uma coleção. É um bricabraque de acaso... De
que, de resto, me vou desfazer! [Craft]
c) — Rapazes, não se mencione o
«excremento».
d) — Caramba, filhos, sinto uma luz cá dentro!
17. A fala que não foi proferida por Carlos é
a) — Não inspira nenhum respeito pela minha
ciência... Eu estou com ideias de alterar tudo, pôr
aqui um crocodilo empalhado, corujas, retortas,
um esqueleto, pilhas de in-fólios...
b) — Sem contar que o pequeno está muito
atrasado. A não ser um bocado de inglês, não
sabe nada... Não tem prenda nenhuma! [sobre
Carlos enquanto criança]
c) — Passando a outro assunto, Baptista. Vamos a
saber, há quanto tempo não escrevo eu a
Madame Rughel?
d) — John, onde estás tu?
18. A fala que não foi proferida por Dâmaso é
a) — Que te parece? Chique a valer!...
b) — Vim aqui há quinze dias, no «Orenoque».
Vim de Paris... Que eu em podendo é lá que
me pilham. Esta gente conheci-a em
Bordéus.
c) — Olha quem aqui me aparece! A Susana! A
minha Susana!
d) — Tinha-me esquecido dizer-te, vou publicar
o meu livro. [Ega]
19. O trecho que não pertence a Os Maias é
a) Mas o menino, molengão e tristinho, não se
descolava das saias da titi: teve ela de o pôr de
pé, ampará-lo, para que o tenro prodígio não
aluísse sobre as perninhas flácidas.
b) Ocupava-se então mais do laboratório, que
decidira instalar no armazém às Necessidades.
c) — Nada mach!... Você hoje ‘stá têrrívêl! — dizia
o diplomata, no seu português fluente, mas de
acento bárbaro.
d) — Vá beijando sempre — disse-me o prudente
historiógrafo dos Herodes — Não se lhe pega
nada, e agrada à senhora sua tia. [A relíquia]
20. O trecho que não pertence a Os Maias é
a) Qual clássicos! O primeiro dever do homem é viver... E
para isso é necessário ser são, e ser forte. Toda a
educação sensata consiste nisto: criar a saúde, a força e
os seus hábitos, desenvolver exclusivamente o animal,
armá-lo de uma grande superioridade física.
b) Quando sentia na casa a voz das rezas, fugia, ia para o
fundo da quinta, sob as trepadeiras do mirante, ler o seu
Voltaire: ou então partia a desabafar com o seu velho
amigo, o coronel Sequeira, que vivia numa quinta a
Queluz.
c) Sempre fora invejosa; com a idade aquele sentimento
exagerou-se de um modo áspero. Invejava tudo na casa:
as sobremesas que os amos comiam, a roupa branca que
vestiam. [O primo Basílio]
d) Um desastre estúpido!... Ao saltar um barranco, a
espingarda disparara-se-lhe, e a carga, zás, vai cravar-se
21. O trecho que não pertence a Os Maias é
a) Chegara ao fim da Rua do Alecrim quando viu
o conde de Steinbroken, que se dirigia ao
Aterro, a pé, seguido da sua vitória a passo.
b) — Estas bestas! Estas bestas destes
jornalistas! Leste? «Lágrimas em todos os
olhos da numerosa e estimável colónia
hebraica!». Faz cair a coisa em ridículo...
c) À porta da cozinha, sacudindo um sobrescrito
já amarrotado, Gonçalo ralhava com a Rosa
cozinheira. [A ilustre casa de Ramires]
d) — Então que lhe ensinava você, abade, se eu
lhe entregasse o rapaz?
24. 1.1
O texto B — «Cinismos» — pode ser
entendido como a expressão de um sen-
timento de vingança por parte do sujeito
poético, decorrente da descrição e da
atuação da mulher conforme apresen-
tada no texto A — «Vaidosa» — que pro-
vocam no sujeito poético o desejo de
poder retribuir-lhe do mesmo modo.
27. b. Texto B:
«hei de lhe falar» (v. 1);
«Hei de expor-lhe» (v. 4);
«Hei de abrir-lhe» (v. 7);
«Hei de mostrar» (v. 10);
«hei de olhá-la» (v. 12);
«há de chorar» (v. 15).
29. d. Texto A:
«pura como um lírio» (v. 1);
«mais fria e insensível que o granito» (v. 2);
«a bela imperatriz das fátuas» (v. 9);
«és um molde alabastrino» (v. 11);
«não tens coração como as estátuas» (v. 12);
«é monótono o teu peito como o bater
cadente dum relógio» (vv. 15-16);
«como um ópio me matas, me desvairas e
adormeces» (vv. 17-18).
31. f. Texto A:
«E possuis muito amor... muito amor
próprio» (v. 20).
32.
33. Lá fora há raparigas | que fazem trinta por uma
linha.
Subordinante | Subordinada adjetiva
relativa restritiva
34. Não sei | se isso é verdade.
Subordinante | Subordinada substantiva completiva
35. Foi-me dito por malta | que conhece o mundo
Subordinante | Subordinada adjetiva
relativa restritiva
36. Se tiveres lábia, | dás-lhes a volta.
Subordinada adverbial condicional | Subordinante
37. Dava-te a mão, | até ficares com a palma toda suada.
Subordinante | Subordinada adverbial
temporal não finita (infinitiva)
38. O gajo diz-me | que há raparigas | que fazem
trinta por
uma linha.
Subordinante |Subordinada substantiva completiva|
| Subordinante | Subordinada
adjetiva
relativa
restritiva
39. Para comentar isto, | não me contactem.
Subordinada adverbial final | Subordinante
não finita (infinitiva)
40. Se tiveres lábia, | dás-lhes a volta | e estão ali
contigo de
mão dada!
Subordinada condicional | Subordinante |
Coordenada | Coordenada
copulativa
41.
42. Falar-te-ei
•sobre o André
•sobre o primeiro-ministro
•sobre o último disco da Shakira
•sobre o almanaque Borda d'Água
•sobre o Meireles
Modificador do grupo verbal
48. O que é que tu / eu
•estou a fazer aqui
•comi ao pequeno-almoço
•quero de presente de anos
•achas
Predicado
49. Que achas
•a propósito da Magda
•a propósito do alargamento da União Europeia
•a propósito da falta de consistência da defesa
da selecção
•a propósito da maneira de ser do Meireles
Complemento oblíquo [?]
50.
51. Narrador heterodiegético (3.ª
pessoa). Creio que omnisciente e, se bem
me lembro, ocasionalmente com
focalização interna na personagem
Calvin (e, por essa via, indiretamente,
talvez próximo do autor).
52. Sujeito poético (1.ª pessoa), com
aparentes semelhanças com autor
(contratempos com publicação dos seus
versos, doença, deambulações por
Lisboa); mas talvez também disseme-
lhanças (não sei se veríamos Cesário
Verde num piquenique como o que relata o
«eu» de «De tarde»; e o emprego a que se
alude em «Num bairro moderno» não
parece ser o da casa de ferragens da
família).
53. Calvin (personagem que parece
inspirada na realidade, isto é, no autor,
que aliás promete alterar-lhe o nome, para
desfazer essa identidade) e Ruby (que não
resulta de inspiração em alguém real
preexistente, mas, ao contrário, vem criar
uma nova pessoa na realidade exterior à
narrativa).
54. Engomadeira, Burguesa (o «tu» de
«De tarde»), Vendedeira podem decorrer
de inspiração na realidade observada
pelo escritor no seu quotidiano real, mas
não temos a certeza disso.
55. Autor pode conformar a intriga da
narrativa que cria e, portanto, também a
caracterização da protagonista. Só que,
neste caso, como a personagem Ruby
invade a realidade exterior ao romance, o
autor acaba por moldar também a própria
vida, na medida em que interage, na vida
real, com o reflexo da Ruby ficcionada.
Resume a situação o neologismo
«mentalcesto», uma amálgama de
«mental(idade)» + «incesto».
56. À medida que descreve as mulheres
que observa — do povo ou,
eventualmente, da pequena burguesia —,
o sujeito poético fica influenciado por
essas visões, que nele se refletem.
Esses retratos de mulheres pacificam-no
(«Contrariedades»), dão-lhe energia
(«Num bairro moderno»), embevecem-no
(«De tarde»).
57. TPC — Faz ponto 1/escrita da p. 315,
embora em menos palavras do que as aí
pedidas.