SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 22
Os Lusíadas,
Luís de Camões
Profª Maria Rodrigues
Luís de Camões (1524-1580)
1524 – Nascimento provável em Lisboa.
1542-1545 – Ida para Lisboa onde
conquista fama de bom poeta.
1549 – Ida para Ceuta.
1551 – Regresso a Lisboa; prisão na Cadeia
do Tronco.
1552 – Ida para a Índia na armada de
Fernão Álvares Cabral.
1556 – Ida da Índia para Moçambique.
1569 – Ida de Moçambique para Lisboa.
1572- Publicação de Os Lusíadas.
10/06/1580 – Morte em Lisboa.
Luís de Camões
• era filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá ou Ana Macedo;
• membro de uma nobreza empobrecida, possuía um vasto
conhecimento no âmbito da cultura clássica e moderna, assim
como da filosofia;
VIDA
Luís de Camões
• Desconhece-se que tenha frequentado a universidade ou mesmo
estudos regulares, embora o seu tio tenha sido o primeiro prior-geral
da Universidade de Coimbra, o que pode ter contribuído para a sua
formação cultural;
• em Lisboa, tanto frequentava a Corte, rodeado das classes
privilegiadas e de belas damas a quem cortejou, como confraternizava
com fidalgos desordeiros, na boémia noturna – terá sido esta a razão
que o levou a partir, em 1547, numa expedição militar para o norte de
África, onde terá perdido o seu olho direito, mais precisamente, em
Ceuta;
VIDA
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• em 1552, envolveu-se numa contenda com um servidor do rei,
Gonçalo Borges, em defesa de dois amigos – foi, por isso,
encarcerado na prisão do Tronco, em Lisboa;
• o agredido nesta contenda escreveu uma carta perdão, que terá
levado o próprio rei, D. João III, a perdoar Camões, também
porque este decidiu servi-lo na Índia, em 1553, uma decisão para
provavelmente conseguir um perdão mais rápido no desterro, mas
também uma forma de se afastar dos vícios de Lisboa;
VIDA
Vida e obra de Luís de Camões
Camões na gruta de Macau (Desenne)
Luís de Camões
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• no Oriente, participou em diversas expedições militares,
nomeadamente em Macau, em 1556;
• de regresso à Índia, em 1558, naufragou no rio Mekong, tendo-se
salvo a nado com uma boa parte do manuscrito de Os Lusíadas –
neste naufrágio terá também perecido um dos seus grandes amores,
Dinamene, uma jovem china;
• em 1562 é novamente preso, pelas dívidas que contraiu, devido aos
seus parcos recursos económicos;
VIDA
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• em 1568/69, é encontrado em Moçambique por Diogo Couto,
encontrando-se na penúria – Diogo e outros amigos pagam-lhe a
viagem de volta a Lisboa, onde chegou por volta de 1570;
• pela obra Os Lusíadas, o rei D. Sebastião atribuiu-lhe uma tença
anual de 15 000 réis, assim como pelos seus serviços no Oriente;
• apesar da tença, Camões continuou a viver miseravelmente, pelo
facto de ser um boémio gastador, mas também porque a pensão
nem sempre era paga regularmente;
VIDA
Vida e obra de Luís de Camões
Túmulo de Camões, no
Mosteiro dos Jerónimos
Luís de Camões
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• dada a sua falta de recursos, foi sepultado em campa rasa, na
parte de fora do Mosteiro de Santa Ana, em Lisboa;
• mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou reservar-lhe sepultura
própria, com a seguinte inscrição: “Aqui jaz Luís de Camões,
príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e
assim morreu.”
VIDA
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• dada a sua falta de recursos, foi sepultado em campa rasa, na
parte de fora do Mosteiro de Santa Ana, em Lisboa;
• mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou reservar-lhe sepultura
própria, com a seguinte inscrição: “Aqui jaz Luís de Camões,
príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e
assim morreu.”
VIDA
Vida e obra de Luís de Camões
Capa de Os Lusíadas, edição de 1572
Luís de Camões
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• Em 1572, foram editados Os Lusíadas, que lhe garantiram uma
tença anual de 15 000 réis;
• as suas Rimas foram publicadas postumamente, mas nelas
depreendem-se vários aspetos da sua vida – nesta obra
encontram-se poesias da lírica tradicional (redondilhas) e da
corrente renascentista (sonetos, canções, sextinas, odes, éclogas,
elegias, entre outras);
OBRA
Vida e obra de Luís de Camões
Capa das Rimas, primeira edição,
de 1595
Luís de Camões
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
• Camões escreveu também três autos (ou comédias): Anfitriões,
El-Rei Seleuco (ambas em verso) e Filodemo (em prosa e em
verso).
OBRA
Vida e obra de Luís de Camões
Luís de Camões
Irás ao paço. Irás pedir que a tença
Seja paga na data combinada.
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce.
Em tua perdição se conjuraram
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou ser mais que a outra gente.
E aqueles que invocaste não te viram
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no seu rosto.
Irás ao paço irás pacientemente
Pois não te pedem canto mas paciência.
Este país te mata lentamente.
Sophia de Mello Breyner Andresen
CAMÕES E A TENÇA
EPOPEIA
• A epopeia consiste no mais elevado género literário cultivado pelos
poetas da Antiguidade Clássica.
• É uma narrativa escrita em verso, em que são contados os feitos de um
herói fora de série num estilo sublime e elevado.
• Os Lusíadas são um poema épico (texto narrativo em verso), que imita os
modelos da antiguidade greco-latina (Odisseia e Ilíada de Homero e
Eneida de Virgílio)
Os Lusíadas
ESTRUTURA
O género épico obedece a uma estrutura bem definida:
quer ao nível formal estrutura externa
quer em relação as partes que a constituem estrutura interna
OS LUSÍADAS
ESTRUTURA INTERNA
Obedecendo às regras do género épico, Os Lusíadas dividem-se em quatro partes:
Proposição O poeta apresenta o assunto e o herói do poema (Canto I, 1 - 3).
Invocação O poeta invoca as ninfas do Tejo, pedindo-lhes inspiração para
escrever o poema (Canto I, 4 - 5).
Dedicatória O poeta dedica o poema ao rei D. Sebastião (Canto I, 6 - 19).
Narração Narração da ação (Canto I, 19 - até ao final do poema);
inicia-se in medias res, ou seja, no meio da ação e engloba vários
planos narrativos.
ESTRUTURA EXTERNA
• 10 Cantos
Correspondem a 10 partes, do Canto I ao Canto X.
• Estrofes
A estrofe em Os Lusíadas recebe o nome de estância.
Os Lusíadas são compostos por 1102 estrofes.
Cada estrofe é uma oitava, isto é, tem oito versos.
• Versos
Cada verso tem dez sílabas métricas - decassílabos, predominando o
decassílabo heróico (acentos na 6.ª e 10.ª sílabas).
Ex.: As / ar /mas / e os / ba / rões / a / ssi / na / la / dos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
ESTRUTURA EXTERNA
• Rima
O esquema rimático é fixo.
A rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos:
As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
a
b
a
b
a
b
c
c
Rima cruzada
Rima emparelhada
PLANOS NARRATIVOS
A obra organiza-se em quatro planos:
• Plano da Viagem: onde se relata a viagem de Vasco da Gama à Índia;
constitui a ação central do poema; associado ao plano mitológico.
• Plano Mitológico: plano onde intervêm os deuses mitológicos.
• Plano da História de Portugal: plano onde se relatam os acontecimentos
da História de Portugal.
• Plano das Considerações do Poeta: momentos de reflexão do poeta, que
surgem sobretudo no final dos cantos.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Sebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de SousaSebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de SousaAntónio Aragão
 
A Educação nos Maias
A Educação nos MaiasA Educação nos Maias
A Educação nos Maiasmauro dinis
 
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os LusíadasA Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadassin3stesia
 
A poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camõesA poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camõesma.no.el.ne.ves
 
Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gond
Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gondTeste frei luís de sousa 11º ano profissional gond
Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gondfatimamendonca64
 
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCanto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCatarina Sousa
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasclaudiarmarques
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoCatarina Castro
 
10ºano Luís de Camões parte B
10ºano Luís de Camões parte B10ºano Luís de Camões parte B
10ºano Luís de Camões parte BLurdes Augusto
 
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A TradeOs Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A TradeOxana Marian
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106nanasimao
 

La actualidad más candente (20)

Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Amor De PerdiçãO
Amor De PerdiçãOAmor De PerdiçãO
Amor De PerdiçãO
 
Sebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de SousaSebastianismo - Frei Luís de Sousa
Sebastianismo - Frei Luís de Sousa
 
Canto v 92_100
Canto v 92_100Canto v 92_100
Canto v 92_100
 
A Educação nos Maias
A Educação nos MaiasA Educação nos Maias
A Educação nos Maias
 
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os LusíadasA Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
 
Lusiadas Figurasdeestilo
Lusiadas FigurasdeestiloLusiadas Figurasdeestilo
Lusiadas Figurasdeestilo
 
A poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camõesA poesia lírica de luís vaz de camões
A poesia lírica de luís vaz de camões
 
Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gond
Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gondTeste frei luís de sousa 11º ano profissional gond
Teste frei luís de sousa 11º ano profissional gond
 
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCanto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
 
Educação n' os maias
Educação n' os maiasEducação n' os maias
Educação n' os maias
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - Sermão
 
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
 
10ºano Luís de Camões parte B
10ºano Luís de Camões parte B10ºano Luís de Camões parte B
10ºano Luís de Camões parte B
 
Os Lusíadas - a estrutura
Os Lusíadas - a estruturaOs Lusíadas - a estrutura
Os Lusíadas - a estrutura
 
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A TradeOs Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Camões lírico 2017
Camões lírico 2017Camões lírico 2017
Camões lírico 2017
 
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
Os lusíadas - Canto I Estâncias 105 e 106
 

Destacado

Poetas do séc.xx Sophia de Mello Breyner
Poetas do séc.xx  Sophia de Mello BreynerPoetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner
Poetas do séc.xx Sophia de Mello BreynerRosário Cunha
 
Apresentação de Sofia de Mello Breyner Andresen
Apresentação  de  Sofia de Mello Breyner AndresenApresentação  de  Sofia de Mello Breyner Andresen
Apresentação de Sofia de Mello Breyner AndresenMaria Costa
 
Biografia de sophia de mello breyner andresen
Biografia de sophia de mello breyner andresenBiografia de sophia de mello breyner andresen
Biografia de sophia de mello breyner andresenLurdes
 
Sophia de Mello Breyner
Sophia de Mello BreynerSophia de Mello Breyner
Sophia de Mello BreynerDina Baptista
 
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAnalise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAngela Silva
 
Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"Inês Moreira
 

Destacado (6)

Poetas do séc.xx Sophia de Mello Breyner
Poetas do séc.xx  Sophia de Mello BreynerPoetas do séc.xx  Sophia de Mello Breyner
Poetas do séc.xx Sophia de Mello Breyner
 
Apresentação de Sofia de Mello Breyner Andresen
Apresentação  de  Sofia de Mello Breyner AndresenApresentação  de  Sofia de Mello Breyner Andresen
Apresentação de Sofia de Mello Breyner Andresen
 
Biografia de sophia de mello breyner andresen
Biografia de sophia de mello breyner andresenBiografia de sophia de mello breyner andresen
Biografia de sophia de mello breyner andresen
 
Sophia de Mello Breyner
Sophia de Mello BreynerSophia de Mello Breyner
Sophia de Mello Breyner
 
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentaçãoAnalise dos poemas de camoes ... apresentação
Analise dos poemas de camoes ... apresentação
 
Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"Análise do episódio "Consílio dos deuses"
Análise do episódio "Consílio dos deuses"
 

Similar a Camões e os lusíadas

Trabalho de português vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...
Trabalho de português   vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...Trabalho de português   vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...
Trabalho de português vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...AndreVerissimoFonseca
 
Luiz Vaz de Camoes - Vida-e-Obra .ppt
Luiz  Vaz  de  Camoes - Vida-e-Obra .pptLuiz  Vaz  de  Camoes - Vida-e-Obra .ppt
Luiz Vaz de Camoes - Vida-e-Obra .pptMarlene Cunhada
 
Luis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.ppt
Luis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.pptLuis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.ppt
Luis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.pptMarlene Cunhada
 
Os lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoOs lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoElsa Maximiano
 
Autobiografia de Luís de Camões
Autobiografia de Luís de CamõesAutobiografia de Luís de Camões
Autobiografia de Luís de CamõesLetceO
 
Luís Vaz de Camões Vida e Obras
Luís Vaz de Camões Vida e Obras Luís Vaz de Camões Vida e Obras
Luís Vaz de Camões Vida e Obras Alvaro Gomes
 
Vida e Obra de Luís Vaz de Camões
Vida e Obra de Luís Vaz de CamõesVida e Obra de Luís Vaz de Camões
Vida e Obra de Luís Vaz de CamõesLarissa Barreis
 
Camoes
CamoesCamoes
Camoesutario
 
Camoes
CamoesCamoes
Camoesutario
 
Português - Renascimento ou Classicismo
Português - Renascimento ou ClassicismoPortuguês - Renascimento ou Classicismo
Português - Renascimento ou ClassicismoLuana D'Luna
 
Os Lusíadas, de Camões
Os Lusíadas, de CamõesOs Lusíadas, de Camões
Os Lusíadas, de CamõesCrisBiagio
 
Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões Tatiana Raquel
 

Similar a Camões e os lusíadas (20)

Camoes vida-e-obra
Camoes vida-e-obraCamoes vida-e-obra
Camoes vida-e-obra
 
Trabalho de português vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...
Trabalho de português   vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...Trabalho de português   vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...
Trabalho de português vida e obra de luís vaz de camões - andré fonseca nº1...
 
Luiz Vaz de Camoes - Vida-e-Obra .ppt
Luiz  Vaz  de  Camoes - Vida-e-Obra .pptLuiz  Vaz  de  Camoes - Vida-e-Obra .ppt
Luiz Vaz de Camoes - Vida-e-Obra .ppt
 
Luis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.ppt
Luis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.pptLuis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.ppt
Luis - Vaz - de - Camoes-Vida-e-Obra.ppt
 
Vida de camões epopeia
Vida de camões epopeiaVida de camões epopeia
Vida de camões epopeia
 
Os lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoOs lusiadas introdução
Os lusiadas introdução
 
Camões e a epopeia
Camões e a epopeiaCamões e a epopeia
Camões e a epopeia
 
Autobiografia de Luís de Camões
Autobiografia de Luís de CamõesAutobiografia de Luís de Camões
Autobiografia de Luís de Camões
 
Luís Vaz de Camões Vida e Obras
Luís Vaz de Camões Vida e Obras Luís Vaz de Camões Vida e Obras
Luís Vaz de Camões Vida e Obras
 
Vida e Obra de Luís Vaz de Camões
Vida e Obra de Luís Vaz de CamõesVida e Obra de Luís Vaz de Camões
Vida e Obra de Luís Vaz de Camões
 
Vida de camões
Vida de camõesVida de camões
Vida de camões
 
Camoes
CamoesCamoes
Camoes
 
Camoes
CamoesCamoes
Camoes
 
Português - Renascimento ou Classicismo
Português - Renascimento ou ClassicismoPortuguês - Renascimento ou Classicismo
Português - Renascimento ou Classicismo
 
Os Lusíadas, de Camões
Os Lusíadas, de CamõesOs Lusíadas, de Camões
Os Lusíadas, de Camões
 
Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Oslusiadas modificado
Oslusiadas modificadoOslusiadas modificado
Oslusiadas modificado
 
Camões
CamõesCamões
Camões
 
Camões
CamõesCamões
Camões
 

Último

Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 

Camões e os lusíadas

  • 1. Os Lusíadas, Luís de Camões Profª Maria Rodrigues
  • 2. Luís de Camões (1524-1580) 1524 – Nascimento provável em Lisboa. 1542-1545 – Ida para Lisboa onde conquista fama de bom poeta. 1549 – Ida para Ceuta. 1551 – Regresso a Lisboa; prisão na Cadeia do Tronco. 1552 – Ida para a Índia na armada de Fernão Álvares Cabral. 1556 – Ida da Índia para Moçambique. 1569 – Ida de Moçambique para Lisboa. 1572- Publicação de Os Lusíadas. 10/06/1580 – Morte em Lisboa.
  • 3. Luís de Camões • era filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá ou Ana Macedo; • membro de uma nobreza empobrecida, possuía um vasto conhecimento no âmbito da cultura clássica e moderna, assim como da filosofia; VIDA
  • 4. Luís de Camões • Desconhece-se que tenha frequentado a universidade ou mesmo estudos regulares, embora o seu tio tenha sido o primeiro prior-geral da Universidade de Coimbra, o que pode ter contribuído para a sua formação cultural; • em Lisboa, tanto frequentava a Corte, rodeado das classes privilegiadas e de belas damas a quem cortejou, como confraternizava com fidalgos desordeiros, na boémia noturna – terá sido esta a razão que o levou a partir, em 1547, numa expedição militar para o norte de África, onde terá perdido o seu olho direito, mais precisamente, em Ceuta; VIDA Vida e obra de Luís de Camões
  • 5. Luís de Camões • em 1552, envolveu-se numa contenda com um servidor do rei, Gonçalo Borges, em defesa de dois amigos – foi, por isso, encarcerado na prisão do Tronco, em Lisboa; • o agredido nesta contenda escreveu uma carta perdão, que terá levado o próprio rei, D. João III, a perdoar Camões, também porque este decidiu servi-lo na Índia, em 1553, uma decisão para provavelmente conseguir um perdão mais rápido no desterro, mas também uma forma de se afastar dos vícios de Lisboa; VIDA Vida e obra de Luís de Camões
  • 6. Camões na gruta de Macau (Desenne) Luís de Camões Vida e obra de Luís de Camões
  • 7. Luís de Camões • no Oriente, participou em diversas expedições militares, nomeadamente em Macau, em 1556; • de regresso à Índia, em 1558, naufragou no rio Mekong, tendo-se salvo a nado com uma boa parte do manuscrito de Os Lusíadas – neste naufrágio terá também perecido um dos seus grandes amores, Dinamene, uma jovem china; • em 1562 é novamente preso, pelas dívidas que contraiu, devido aos seus parcos recursos económicos; VIDA Vida e obra de Luís de Camões
  • 8. Luís de Camões • em 1568/69, é encontrado em Moçambique por Diogo Couto, encontrando-se na penúria – Diogo e outros amigos pagam-lhe a viagem de volta a Lisboa, onde chegou por volta de 1570; • pela obra Os Lusíadas, o rei D. Sebastião atribuiu-lhe uma tença anual de 15 000 réis, assim como pelos seus serviços no Oriente; • apesar da tença, Camões continuou a viver miseravelmente, pelo facto de ser um boémio gastador, mas também porque a pensão nem sempre era paga regularmente; VIDA Vida e obra de Luís de Camões
  • 9. Túmulo de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos Luís de Camões Vida e obra de Luís de Camões
  • 10. Luís de Camões • dada a sua falta de recursos, foi sepultado em campa rasa, na parte de fora do Mosteiro de Santa Ana, em Lisboa; • mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou reservar-lhe sepultura própria, com a seguinte inscrição: “Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.” VIDA Vida e obra de Luís de Camões
  • 11. Luís de Camões • dada a sua falta de recursos, foi sepultado em campa rasa, na parte de fora do Mosteiro de Santa Ana, em Lisboa; • mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou reservar-lhe sepultura própria, com a seguinte inscrição: “Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.” VIDA Vida e obra de Luís de Camões
  • 12. Capa de Os Lusíadas, edição de 1572 Luís de Camões Vida e obra de Luís de Camões
  • 13. Luís de Camões • Em 1572, foram editados Os Lusíadas, que lhe garantiram uma tença anual de 15 000 réis; • as suas Rimas foram publicadas postumamente, mas nelas depreendem-se vários aspetos da sua vida – nesta obra encontram-se poesias da lírica tradicional (redondilhas) e da corrente renascentista (sonetos, canções, sextinas, odes, éclogas, elegias, entre outras); OBRA Vida e obra de Luís de Camões
  • 14. Capa das Rimas, primeira edição, de 1595 Luís de Camões Vida e obra de Luís de Camões
  • 15. Luís de Camões • Camões escreveu também três autos (ou comédias): Anfitriões, El-Rei Seleuco (ambas em verso) e Filodemo (em prosa e em verso). OBRA Vida e obra de Luís de Camões
  • 16. Luís de Camões Irás ao paço. Irás pedir que a tença Seja paga na data combinada. Este país te mata lentamente País que tu chamaste e não responde País que tu nomeias e não nasce. Em tua perdição se conjuraram Calúnias desamor inveja ardente E sempre os inimigos sobejaram A quem ousou ser mais que a outra gente. E aqueles que invocaste não te viram Porque estavam curvados e dobrados Pela paciência cuja mão de cinza Tinha apagado os olhos no seu rosto. Irás ao paço irás pacientemente Pois não te pedem canto mas paciência. Este país te mata lentamente. Sophia de Mello Breyner Andresen CAMÕES E A TENÇA
  • 17. EPOPEIA • A epopeia consiste no mais elevado género literário cultivado pelos poetas da Antiguidade Clássica. • É uma narrativa escrita em verso, em que são contados os feitos de um herói fora de série num estilo sublime e elevado. • Os Lusíadas são um poema épico (texto narrativo em verso), que imita os modelos da antiguidade greco-latina (Odisseia e Ilíada de Homero e Eneida de Virgílio) Os Lusíadas
  • 18. ESTRUTURA O género épico obedece a uma estrutura bem definida: quer ao nível formal estrutura externa quer em relação as partes que a constituem estrutura interna OS LUSÍADAS
  • 19. ESTRUTURA INTERNA Obedecendo às regras do género épico, Os Lusíadas dividem-se em quatro partes: Proposição O poeta apresenta o assunto e o herói do poema (Canto I, 1 - 3). Invocação O poeta invoca as ninfas do Tejo, pedindo-lhes inspiração para escrever o poema (Canto I, 4 - 5). Dedicatória O poeta dedica o poema ao rei D. Sebastião (Canto I, 6 - 19). Narração Narração da ação (Canto I, 19 - até ao final do poema); inicia-se in medias res, ou seja, no meio da ação e engloba vários planos narrativos.
  • 20. ESTRUTURA EXTERNA • 10 Cantos Correspondem a 10 partes, do Canto I ao Canto X. • Estrofes A estrofe em Os Lusíadas recebe o nome de estância. Os Lusíadas são compostos por 1102 estrofes. Cada estrofe é uma oitava, isto é, tem oito versos. • Versos Cada verso tem dez sílabas métricas - decassílabos, predominando o decassílabo heróico (acentos na 6.ª e 10.ª sílabas). Ex.: As / ar /mas / e os / ba / rões / a / ssi / na / la / dos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
  • 21. ESTRUTURA EXTERNA • Rima O esquema rimático é fixo. A rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos: As armas e os barões assinalados Que, da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; a b a b a b c c Rima cruzada Rima emparelhada
  • 22. PLANOS NARRATIVOS A obra organiza-se em quatro planos: • Plano da Viagem: onde se relata a viagem de Vasco da Gama à Índia; constitui a ação central do poema; associado ao plano mitológico. • Plano Mitológico: plano onde intervêm os deuses mitológicos. • Plano da História de Portugal: plano onde se relatam os acontecimentos da História de Portugal. • Plano das Considerações do Poeta: momentos de reflexão do poeta, que surgem sobretudo no final dos cantos.