O poema compara o amor e a amizade a um laço, que pode se enrolar e unir as pessoas, mas também se desfazer facilmente sem deixar marcas, da mesma forma que um laço se desmancha sem partir os fios. A autora reflete que as relações não devem prender ou sufocar, mas sim permitir que as pessoas sigam seus próprios caminhos.
1. Eu nunca tinha reparado como é
curioso
um laço… Uma fita… Dando
voltas.
Enrosca-se, mas não se embola.
Vira, revira, circula e pronto:
está dado o laço.
31-10-2013
Luzia
2. Eu nunca tinha reparado
como é curioso
um laço… Uma fita… Dando
voltas.
Enrosca-se, mas não se
embola.
Vira, revira, circula e pronto:
está dado o laço.
3. É assim que é o abraço: coração
com coração,
tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no
presente,
no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
4. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando…
Devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
, na fita, que curioso,
não faltou nem um pedaço.
5. Ah, então, é assim o amor, a
amizade.
Tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um
pouquinho,
mas pode se desfazer a
qualquer hora,
6. E quando alguém briga, então
se diz:
romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual
meus pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.
7. Então o amor e a amizade
são isso…
Não prendem, não
escravizam,
não apertam, não
sufocam.
Porque quando vira
nó, já deixou de ser um
laço!
8. FORMATAÇÃO: LUZIA GABRIELE
POESIA: MÁRIO QUINTANA
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
IMAGENS: INTERNET
MÚSICA: LUZES DA RIBALTA
DATA: 31 DE OUTUBRO DE 2013
Aqueles a quem oferecemos o
coração, poderão se distanciar, buscar outros
caminhos, atravessar outras fronteiras.
Eles têm o direito de assim proceder, se o
desejarem. De nossa parte, lembremos da
leveza do laço e cuidemos para que não se
transforme em nó, que prende e retém.