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Celestina e o pinheirinho de Natal
— Oh, Ernesto, olha que pinheirinho tão
bonito!
— Está todo torto, Celestina. Aqui foi uma
plantação de pinheiros de Natal e deixaram ficar
esse porque não era bonito.
— Mas é por isso mesmo que eu gosto
dele, Ernesto!
Ernesto e Celestina fazem projetos para a festa de Natal.
— Celestina — diz — este ano podes escolher tudo o que quiseres para o Natal. Tudo. Uma festa
a sério com todos os teus amigos.
— Posso mesmo escolher, Ernesto?... O que quiser? Acho que já sei…
— Sim? Então?
— Gostava de ter um Natal na neve, junto do meu pinheirinho.
*
Na manhã seguinte, Ernesto tenta convencer Celestina.
— Mas… este ano tu podes escolher tudo o que quiseres, Celestina. Tudo!
— Eu sei!
— Celestina… Nós vamos outra vez dar aquele passeio, vamos ver outra vez o pinheirinho… Uma
festa a sério, Celestina, uma festa com todos os teus amigos, com prendas, íamos comprar daqueles
chapeuzinhos…
Mas Celestina não muda de ideias.
— Com bolas de Natal, com bolachas e tudo… Música. Mas... o que é que tens? Celestina!
Celestina?
— Estás dececionado comigo, Ernesto? Ernesto, eu queria ter um Natal
na neve a sério, contigo. Tu e eu, sozinhos, só nós dois. Acendíamos velinhas,
tínhamos estrelas a sério no céu… Diz que sim, Ernesto, diz que sim!
— Pronto, está bem. Vais ter o teu Natal na neve. Até podíamos comer lá fora! E fazer uma
fogueira!
— Oh, obrigada, Ernesto! E que mais? Diz lá!
— Eu também sonhei com um Natal na neve,
quando era pequeno.
— Conta, Ernesto, conta!
*
À noite, Ernesto está a escrever umas cartas
quando Celestina abre a porta da sala.
— Estava a chamar por ti, Ernesto. O que é
que estás a fazer?
— Estou a escrever umas cartas.
— Cartas? Cheira tão bem! Estás a fazer
bolos?
— Tens de ir dormir, Celestina…
Caro Vladimir:
Encontro no dia 24 pelas 10 horas. Eu e a Celestina estaremos no sítio onde cortaram os pinheiros de
Natal.
Bebemos qualquer coisa e, em seguida, festejamos o Natal em nossa casa com bolos, café e com os
amigos todos.
Ernesto
Caros amigos:
Venham com as crianças no dia 24 às 10 horas à clareira onde estavam os pinheirinhos de Natal.
Em seguida comemos bolos em casa.
Não digam nada à Celestina. É uma surpresa.
Ernesto
Caro Clemente
Vem com a tua mulher e com as crianças ao convívio no dia 24, pelas 10 horas na clareira do bosque.
Depois aquecemo-nos em minha casa.
Haverá bolos e café.
Não dizer nada à Celestina.
Ernesto
E foi a correr deitá-las no correio.
“Depressa! A Celestina não pode suspeitar de nada!”
— Ernesto! Onde é que estavas? Vamos mesmo fazer tudo o que disseste?
— Está prometido, Celestina.
— Só nós?
— Só nós. Vá, agora vai para a cama, Celestina.
No dia seguinte, Ernesto e Celestina vão ao bosque enfeitar o pinheirinho. Celestina põe-lhe fitas
coloridas e brilhantes e muitas bolinhas. Enquanto isso, Ernesto junta lenha para a fogueira.
Quando está tudo pronto, acendem o lume, duas velas e sentam-se no chão a comer e a admirar o
pinheiro. E nesse momento, começam a chegar mais pessoas.
— Oh! Ernesto, olha! Olha tanta gente que está a chegar! Não estamos sozinhos! Porque será?
Todos se cumprimentam, falam, cantam e dançam em volta do pinheirinho.
Quando chega a altura de ir embora, Celestina despede-se do seu pinheiro.
— Amanhã voltamos cá, mas só nós os dois, Celestina. Prometo.
— Então até amanhã, pinheirinho! O Ernesto prometeu-me que vimos!
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— Agora é a tua vez, Ernesto. Conta-nos os natais da tua infância!
— Quando eu era pequeno… na minha família, no dia de Nata, costumávamos…
*
Mais tarde…
— Celestina, as minhas mais belas recor-
dações de Natal são aqueles Natais que
passei contigo depois que chegaste.
Amanhã voltaremos ao teu pinheirinho…
nós os dois.
— Só nós dois?
— Só nós dois…
Bom Natal!
Gabrielle Vincent
Ernest et Célestine – Le sapin de Noël
Paris, Casterman, 2003
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Celestina e o pinheirinho de Natal

  • 1. Celestina e o pinheirinho de Natal
  • 2. — Oh, Ernesto, olha que pinheirinho tão bonito! — Está todo torto, Celestina. Aqui foi uma plantação de pinheiros de Natal e deixaram ficar esse porque não era bonito. — Mas é por isso mesmo que eu gosto dele, Ernesto!
  • 3. Ernesto e Celestina fazem projetos para a festa de Natal. — Celestina — diz — este ano podes escolher tudo o que quiseres para o Natal. Tudo. Uma festa
  • 4. a sério com todos os teus amigos. — Posso mesmo escolher, Ernesto?... O que quiser? Acho que já sei… — Sim? Então? — Gostava de ter um Natal na neve, junto do meu pinheirinho. * Na manhã seguinte, Ernesto tenta convencer Celestina. — Mas… este ano tu podes escolher tudo o que quiseres, Celestina. Tudo! — Eu sei!
  • 5. — Celestina… Nós vamos outra vez dar aquele passeio, vamos ver outra vez o pinheirinho… Uma festa a sério, Celestina, uma festa com todos os teus amigos, com prendas, íamos comprar daqueles chapeuzinhos… Mas Celestina não muda de ideias. — Com bolas de Natal, com bolachas e tudo… Música. Mas... o que é que tens? Celestina! Celestina? — Estás dececionado comigo, Ernesto? Ernesto, eu queria ter um Natal na neve a sério, contigo. Tu e eu, sozinhos, só nós dois. Acendíamos velinhas, tínhamos estrelas a sério no céu… Diz que sim, Ernesto, diz que sim!
  • 6. — Pronto, está bem. Vais ter o teu Natal na neve. Até podíamos comer lá fora! E fazer uma fogueira! — Oh, obrigada, Ernesto! E que mais? Diz lá! — Eu também sonhei com um Natal na neve, quando era pequeno. — Conta, Ernesto, conta! * À noite, Ernesto está a escrever umas cartas quando Celestina abre a porta da sala. — Estava a chamar por ti, Ernesto. O que é que estás a fazer? — Estou a escrever umas cartas. — Cartas? Cheira tão bem! Estás a fazer bolos? — Tens de ir dormir, Celestina…
  • 7.
  • 8. Caro Vladimir: Encontro no dia 24 pelas 10 horas. Eu e a Celestina estaremos no sítio onde cortaram os pinheiros de Natal. Bebemos qualquer coisa e, em seguida, festejamos o Natal em nossa casa com bolos, café e com os amigos todos. Ernesto Caros amigos: Venham com as crianças no dia 24 às 10 horas à clareira onde estavam os pinheirinhos de Natal. Em seguida comemos bolos em casa. Não digam nada à Celestina. É uma surpresa. Ernesto
  • 9. Caro Clemente Vem com a tua mulher e com as crianças ao convívio no dia 24, pelas 10 horas na clareira do bosque. Depois aquecemo-nos em minha casa. Haverá bolos e café. Não dizer nada à Celestina. Ernesto E foi a correr deitá-las no correio. “Depressa! A Celestina não pode suspeitar de nada!”
  • 10. — Ernesto! Onde é que estavas? Vamos mesmo fazer tudo o que disseste? — Está prometido, Celestina.
  • 11. — Só nós? — Só nós. Vá, agora vai para a cama, Celestina. No dia seguinte, Ernesto e Celestina vão ao bosque enfeitar o pinheirinho. Celestina põe-lhe fitas coloridas e brilhantes e muitas bolinhas. Enquanto isso, Ernesto junta lenha para a fogueira.
  • 12. Quando está tudo pronto, acendem o lume, duas velas e sentam-se no chão a comer e a admirar o pinheiro. E nesse momento, começam a chegar mais pessoas. — Oh! Ernesto, olha! Olha tanta gente que está a chegar! Não estamos sozinhos! Porque será? Todos se cumprimentam, falam, cantam e dançam em volta do pinheirinho.
  • 13. Quando chega a altura de ir embora, Celestina despede-se do seu pinheiro. — Amanhã voltamos cá, mas só nós os dois, Celestina. Prometo. — Então até amanhã, pinheirinho! O Ernesto prometeu-me que vimos! O convívio com os amigos continua em casa. Ri-se, contam-se histórias… — Agora é a tua vez, Ernesto. Conta-nos os natais da tua infância!
  • 14. — Quando eu era pequeno… na minha família, no dia de Nata, costumávamos… *
  • 15. Mais tarde… — Celestina, as minhas mais belas recor- dações de Natal são aqueles Natais que passei contigo depois que chegaste. Amanhã voltaremos ao teu pinheirinho… nós os dois. — Só nós dois? — Só nós dois… Bom Natal! Gabrielle Vincent Ernest et Célestine – Le sapin de Noël Paris, Casterman, 2003 Texto adaptado