SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 17
Manoel Neves
provas do vestibular resolvidas e comentadas
UFOP-2009/1
AONDE FOI PARAR A BOA E VELHA DESORDEM BRASILEIRA?
O avião decolou do Rio de Janeiro e embicou para Belém num céu
de brigadeiro. Praticamente não havia nuvens entre as janelas dos
passageiros e o mundo lá embaixo. E o vôo, com três horas de
duração e praticamente sem serviço de bordo, era um convite
irrecusável a aproveitar a estiagem para ver, ao vivo, o que não
passava de um mapa colorido de verde nas aulas de geografia, do
tempo em que as escolas tinham aula de geografia.
assunto: viagem [narra-se o início da]
locutor: terceira pessoa
início de narrativa
A rota percorria a linha imaginária daquilo que o Brasil sempre
chamou de sertão, uma autêntica Tordesilhas do interior
supostamente impenetrável. Mas cadê o sertão? Com a estiagem
amarelando a serra do Espinhaço, na primeira hora de viagem o
mar de morros descascados foi logo avisando que tudo o que havia
a conquistar o País já conquistou. Dali, a mais de dez mil metros de
altitude, não se via uma nesga de terra sem a marca da grande
marcha para o oeste, que levou a civilização brasileira a bater nos
contrafortes dos Andes.
assunto: prossegue a viagem
subtemas
[alteração na paisagem natural brasileira]
[o processo civilizatório destruiu a natureza]
“É uma paisagem cicatrizada pelo trabalho humano”, dizia o
historiador Warren Dean, de um jato como esse, logo no primeiro
parágrafo de A ferro e fogo, o réquiem da Mata Atlântica. Ele
inventariou seus resultados há mais de 13 anos, pelas “voçorocas
alaranjadas e gredosas, incisões talhadas por séculos de
mineração, a agricultura e pecuária imprevidentes” na “colcha de
retalhos”, onde as estradas parecem “abertas por formigas
cortadeiras”.
assunto: destruição da natureza
técnica + subtemas
[citação de autoridade]
[o processo civilizatório destruiu a natureza]
Mas ele não viu, embora adivinhasse, o que viria depois. Faltou-lhe
o cerrado Brasil adentro, onde a topografia se acalma e o sertão vai
ficando cada vez mais geométrico, como se fosse desenhado a
régua e compasso. Em fins de agosto, a seca acentuava os círculos
exatos dos campos verdes, irrigados pela chuva artificial de longos
braços pivotantes. A seu redor, as cercas repartiam os pastos com
traços retos. As máquinas agrícolas acabavam de pentear o solo em
sulcos uniformes. E, onde alguém se lembrou de fingir que cumpre
os requisitos da reserva legal, os tufos de vegetação mais ou menos
nativa pareciam ainda mais artificiais do que as áreas cultivadas,
com seus recortes triangulares, quadrados, trapezoidais, no meio da
ganância generalizada.
assunto: destruição da natureza
tese: os latifúndios são os responsáveis
linguagem
conotação + focalização
[secas repartiam pastos com traços retos]
[alguém se lembrou de fingir de que cumpre]
Nesse ritmo, entrou-se na Amazônia sem perceber. O Brasil só
voltaria a ser ele mesmo, em sua esfuziante bagunça primordial,
pouco antes do pouso, quando o avião contornou, em longa curva,
as matas encharcadas das várzeas que cercam Belém. Mas aí era
tarde. A maior parte do País já tinha ficado para trás, quase
irreconhecível nesta época do ano, selvagem de menos, organizada
de mais. Nesta terra onde se reclama tanto da desordem urbana,
mal se fala do excesso de ordem agrícola no campo, onde a
desordem original faz tanta falta.
assunto: destruição da natureza
tese: crítica à destruição da natureza
brasileira levada a cabo p/ latifúndio agrícola
linguagem
conotação + focalização
Aonde foi parar a natureza exuberante e caótica, que fez o escrivão
Pero Vaz de Caminha confessar ao rei dom Manuel que era
impossível descrever este pedaço de novo mundo, porque aqui só
se viam árvores por todos os lados na baía do descobrimento?
Talvez na gravura em que, 200 anos atrás, o diplomata Claude
François Fortier, Conde de Clarac, às portas do Rio de Janeiro,
reproduziu folha a folha sua espantosa profusão de formas. Ela é o
modelo clássico da floresta tropical nos museus europeus. E
começa a fazer falta nas cartilhas escolares, para que os brasileiros
cresçam conhecendo o lugar em que nasceram.
assunto: destruição da natureza
tese: crítica à destruição da natureza
brasileira levada a cabo p/ latifúndio agrícola
linguagem
conotação + focalização + pergunta retórica
CORRÊA, M. S. Isto É, 2027, p. 122, 10 set. 2008
UFOP 2009/1
“Aonde foi parar a boa e velha desordem brasileira?”
tema
destruição da natureza brasileira [particularmente do Cerrado]
tese
o latifúndio irresponsável é o responsável pela destruição da natureza
locutor
apesar de se articular em terceira pessoa, o locutor externa muito claramente seu ponto de vista
linguagem
uso de conotação, citação de autoridade, focalização, modalização e pergunta retórica
tipo e gênero
tipo [expositivo-argumentativo-narrativo] e gênero [artigo de opinião]
UFOP 2009/1
questão 01
Assinale a alternativa que apresenta a proposta central do texto.
O Brasil deve voltar a ser uma bagunça.
O Brasil não deve reclamar da ordem agrícola.
O Brasil só apresenta bagunça na Amazônia.
O Brasil precisa aprender com a desordem natural.
SOLUÇÃO COMENTADA
questão 01
A desordem e a bagunça referidas pelo locutor [no título e no sexto parágrafo do texto] têm como
referentes exclusivos a exuberância e a grandiosidade da natureza brasileira. A elas se opõem a
civilização, aludida no texto através da metáfora matemática da geometrização. Na medida em que
se criticam as ações do latifúndio, pode-se afirmar que o locutor defende a força [não racional] da
natureza. Ou, de outra maneira, defende-se a desordem natural. Marque-se, pois, a alternativa “d”.
UFOP 2009/1
questão 02
Assinale a expressão que, de acordo com o sentido global do texto, não denota um
ponto de vista negativo.
desordem original
ganância generalizada
paisagem cicatrizada
agricultura e pecuária imprevidentes
SOLUÇÃO COMENTADA
questão 02
O texto “Aonde foi parar a boa e velha desordem brasileira?”, desde o título, caracteriza a palavra
desordem positivamente, na medida em que seu oposto – o ordenamento geométrico: círculos,
triângulos, quadrados, trapézios – aparece associado à destruição da natureza. Por isso, deve-se
assinalar a alternativa “a”. Em tempo, as palavras ganância, cicatrizadas e imprevidentes aparecem, no
texto, com conotações negativas.
UFOP 2009/1
questão 03
De acordo com o contexto, nas expressões “Aonde foi parar a boa e velha desordem
brasileira?” e “Faltou-lhe o cerrado Brasil adentro, onde a topografia se acalma [...]”, os
termos aonde e onde significam, respectivamente:
a que lugar / que
por onde / no qual
por onde / que
em que lugar / no qual
SOLUÇÃO COMENTADA
questão 03
O pronome onde indica lugar físico. No título, o pronome interrogativo [de valor adverbial] aonde tem
por significado “em que lugar”. Desse modo, temos: Em que lugar foi parar a boa e velha desordem
brasileira?. Já o pronome relativo onde [da segunda frase em destaque nesta questão], retoma o
sintagma nominal “o cerrado”, podendo, pois, ser substituído por “no qual” [Faltou-lhe o cerrado Brasil
adentro, no qual a topografia se acalma]. Assinale-se, pois, a alternativa “d”.
UFOP 2009/1
questão 04
Talvez na gravura em que, 200 anos atrás, o diplomata Claude François Fortier, Conde
de Clarac, às portas do Rio de Janeiro, reproduziu folha a folha sua espantosa profusão
de formas.
Para se compreender o período transcrito acima, é necessário identificar a relação de
referência entre o pronome sua e:
o escrivão Pero Vaz de Caminha.
a natureza exuberante.
as cartilhas escolares.
a ordem urbana.
SOLUÇÃO COMENTADA
questão 04
O pronome possessivo sua tem por referente, na conclusão, o sintagma natureza exuberante e
caótica. Senão, vejamos: Aonde foi parar a natureza exuberante e caótica, que fez o escrivão Pero Vaz de
Caminha confessar ao rei dom Manuel que era impossível descrever este pedaço de novo mundo, porque aqui só se
viam árvores por todos os lados na baía do descobrimento? Talvez na gravura em que, 200 anos atrás, o diplomata
Claude François Fortier, Conde de Clarac, às portas do Rio de Janeiro, reproduziu folha a folha sua espantosa
profusão de formas. Assinale-se, pois, a alternativa “b”.
UFOP 2009/1
questão 05
Faltou-lhe o cerrado Brasil adentro, onde a topografia se acalma e o sertão vai ficando
cada vez mais geométrico, como se fosse desenhado a régua e compasso. No trecho
em destaque, é correto afirmar sobre o a antes de “régua”:
É apenas um artigo definido, por isso não leva o acento indicativo de crase.
É somente uma preposição, por isso não leva o acento indicativo de crase.
Representa artigo e preposição, por isso deveria levar o acento indicativo de crase.
Combina com o e antes de compasso, por isso deveria levar o acento indicativo de crase.
SOLUÇÃO COMENTADA
questão 05
O a que está anteposto a “régua” e a “compasso” introduz uma expressão adverbial, que indica [o
modo] como seria desenhado o traçado geométrico. Como as locuções adverbiais são introduzidas
por preposição, deve-se assinalar a alternativa “b”. Apesar de “régua” ser um substantivo feminino,
não se usa crase porque o substantivo “compasso” não aparece determinado por artigo. Caso o
referido substantivo viesse determinado por artigo, haveria crase em “a régua”. Assinale-se, pois, a
alternativa “b”.
UFOP 2009/1
questão 06
As alternativas que se seguem apresentam reescritas do trecho As máquinas agrícolas
acabavam de pentear o solo em sulcos uniformes. Assinale a opção em que NÃO há
alteração de sentido.
As máquinas agrícolas acabavam de arar a terra.
As máquinas agrícolas acabavam de fazer colheitas.
As máquinas agrícolas acabavam de dividir terrenos.
As máquinas agrícolas acabavam de pulverizar as lavouras.
SOLUÇÃO COMENTADA
questão 06
Trata-se de uma questão que envolve sinonímia e compreensão de linguagem figurada. Arar,
segundo definição do dicionário Caldas Aulete é: Revolver (o solo) com arado, preparando para o
plantio. A alternativa que mais se aproxima do sentido dicionarizado é a letra “a”.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 rApresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 r
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 rApresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 r
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150
luisprista
 
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
ProfEduardo34
 
Treinamento de questões abertas de literatura, 05
Treinamento de questões abertas de literatura, 05Treinamento de questões abertas de literatura, 05
Treinamento de questões abertas de literatura, 05
ma.no.el.ne.ves
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137
luisprista
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)
luisprista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127
luisprista
 

La actualidad más candente (20)

Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 140
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 143-144
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 rApresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 113-113 r
 
Teste de preparação correção
Teste de preparação   correçãoTeste de preparação   correção
Teste de preparação correção
 
Teste de preparação
Teste de preparaçãoTeste de preparação
Teste de preparação
 
Teste de preparação 1 correção
Teste de preparação 1   correçãoTeste de preparação 1   correção
Teste de preparação 1 correção
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 rApresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 148-148 r
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 149-150
 
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
Materialdeapoioextensivo literatura-exercicios-vidas-secas-d3ffed258ad9288b93...
 
Ficha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativaFicha de avaliação formativa
Ficha de avaliação formativa
 
Treinamento de questões abertas de literatura, 05
Treinamento de questões abertas de literatura, 05Treinamento de questões abertas de literatura, 05
Treinamento de questões abertas de literatura, 05
 
Teste de preparação 1
Teste de preparação 1Teste de preparação 1
Teste de preparação 1
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 152
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 136-137
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 127-128
 
Alargamento Vocabular
Alargamento VocabularAlargamento Vocabular
Alargamento Vocabular
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 69-70
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 81 (e 81 r)
 
Prova3358
Prova3358Prova3358
Prova3358
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 126-127
 

Similar a Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1

Manuel lopes ecocrítica
Manuel lopes ecocríticaManuel lopes ecocrítica
Manuel lopes ecocrítica
Fabiana Miranda
 
Marcia feitosa
Marcia feitosaMarcia feitosa
Marcia feitosa
literafro
 
Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3
Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3
Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3
Cristina Tomé
 
Segunda aplicação do enem 2013: Literatura
Segunda aplicação do enem 2013: LiteraturaSegunda aplicação do enem 2013: Literatura
Segunda aplicação do enem 2013: Literatura
ma.no.el.ne.ves
 
Exercícios sobre metalinguagem
Exercícios sobre metalinguagemExercícios sobre metalinguagem
Exercícios sobre metalinguagem
ma.no.el.ne.ves
 
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaBanco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
otsciepalexandrecarvalho
 
E anac cargo-06_area_1_cad_o
E   anac cargo-06_area_1_cad_oE   anac cargo-06_area_1_cad_o
E anac cargo-06_area_1_cad_o
Igornoliveira
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22
luisprista
 
Lp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiraLp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileira
cavip
 
Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1
Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1
Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1
ma.no.el.ne.ves
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98
luisprista
 

Similar a Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1 (20)

Manuel lopes ecocrítica
Manuel lopes ecocríticaManuel lopes ecocrítica
Manuel lopes ecocrítica
 
Magter
MagterMagter
Magter
 
Marcia feitosa
Marcia feitosaMarcia feitosa
Marcia feitosa
 
Vidas secas 1
Vidas secas 1Vidas secas 1
Vidas secas 1
 
Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3
Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3
Santillana port12 unidade_1_ficha_avaliacaoformativa3
 
Segunda aplicação do enem 2013: Literatura
Segunda aplicação do enem 2013: LiteraturaSegunda aplicação do enem 2013: Literatura
Segunda aplicação do enem 2013: Literatura
 
Exercícios sobre metalinguagem
Exercícios sobre metalinguagemExercícios sobre metalinguagem
Exercícios sobre metalinguagem
 
Magtertexto
MagtertextoMagtertexto
Magtertexto
 
Magnetismo terrestre
Magnetismo terrestreMagnetismo terrestre
Magnetismo terrestre
 
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaBanco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
 
Lingua Portuguesa
Lingua PortuguesaLingua Portuguesa
Lingua Portuguesa
 
E anac cargo-06_area_1_cad_o
E   anac cargo-06_area_1_cad_oE   anac cargo-06_area_1_cad_o
E anac cargo-06_area_1_cad_o
 
R3
R3R3
R3
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 22
 
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revistoTeste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
 
Lp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileiraLp e literatura brasileira
Lp e literatura brasileira
 
Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1
Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1
Prova aberta de literatura brasileira ufmg 2012-1
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 97-98
 
Magnetismoterrestre2
Magnetismoterrestre2Magnetismoterrestre2
Magnetismoterrestre2
 
Magnetismoterrestre2
Magnetismoterrestre2Magnetismoterrestre2
Magnetismoterrestre2
 

Más de ma.no.el.ne.ves

Más de ma.no.el.ne.ves (20)

Segunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
Segunda aplicação do ENEM-2019: LiteraturaSegunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
Segunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologiasSegunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileirasSegunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação FísicaSegunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textualSegunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticaisSegunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Artes
Segunda aplicação do ENEM-2019: ArtesSegunda aplicação do ENEM-2019: Artes
Segunda aplicação do ENEM-2019: Artes
 
ENEM-2019: Literatura
ENEM-2019: LiteraturaENEM-2019: Literatura
ENEM-2019: Literatura
 
ENEM-2019: Internet e Tecnologias
ENEM-2019: Internet e TecnologiasENEM-2019: Internet e Tecnologias
ENEM-2019: Internet e Tecnologias
 
ENEM-2019: Identidades brasileiras
ENEM-2019: Identidades brasileirasENEM-2019: Identidades brasileiras
ENEM-2019: Identidades brasileiras
 
ENEM-2019: Aspectos Gramaticais
ENEM-2019: Aspectos GramaticaisENEM-2019: Aspectos Gramaticais
ENEM-2019: Aspectos Gramaticais
 
ENEM-2019: Educação Física
ENEM-2019: Educação FísicaENEM-2019: Educação Física
ENEM-2019: Educação Física
 
ENEM-2019: Compreensão Textual
ENEM-2019: Compreensão TextualENEM-2019: Compreensão Textual
ENEM-2019: Compreensão Textual
 
ENEM-2019: Artes
ENEM-2019: ArtesENEM-2019: Artes
ENEM-2019: Artes
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e InternetTerceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
Terceira aplicação do ENEM-2017: LiteraturaTerceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
Terceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação FísicaTerceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão TextualTerceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Artes
Terceira aplicação do ENEM-2017: ArtesTerceira aplicação do ENEM-2017: Artes
Terceira aplicação do ENEM-2017: Artes
 
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
 

Último

Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 

Último (20)

Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 

Prova de Língua Portuguesa UFOP-2009/1

  • 1. Manoel Neves provas do vestibular resolvidas e comentadas UFOP-2009/1
  • 2. AONDE FOI PARAR A BOA E VELHA DESORDEM BRASILEIRA? O avião decolou do Rio de Janeiro e embicou para Belém num céu de brigadeiro. Praticamente não havia nuvens entre as janelas dos passageiros e o mundo lá embaixo. E o vôo, com três horas de duração e praticamente sem serviço de bordo, era um convite irrecusável a aproveitar a estiagem para ver, ao vivo, o que não passava de um mapa colorido de verde nas aulas de geografia, do tempo em que as escolas tinham aula de geografia. assunto: viagem [narra-se o início da] locutor: terceira pessoa início de narrativa A rota percorria a linha imaginária daquilo que o Brasil sempre chamou de sertão, uma autêntica Tordesilhas do interior supostamente impenetrável. Mas cadê o sertão? Com a estiagem amarelando a serra do Espinhaço, na primeira hora de viagem o mar de morros descascados foi logo avisando que tudo o que havia a conquistar o País já conquistou. Dali, a mais de dez mil metros de altitude, não se via uma nesga de terra sem a marca da grande marcha para o oeste, que levou a civilização brasileira a bater nos contrafortes dos Andes. assunto: prossegue a viagem subtemas [alteração na paisagem natural brasileira] [o processo civilizatório destruiu a natureza]
  • 3. “É uma paisagem cicatrizada pelo trabalho humano”, dizia o historiador Warren Dean, de um jato como esse, logo no primeiro parágrafo de A ferro e fogo, o réquiem da Mata Atlântica. Ele inventariou seus resultados há mais de 13 anos, pelas “voçorocas alaranjadas e gredosas, incisões talhadas por séculos de mineração, a agricultura e pecuária imprevidentes” na “colcha de retalhos”, onde as estradas parecem “abertas por formigas cortadeiras”. assunto: destruição da natureza técnica + subtemas [citação de autoridade] [o processo civilizatório destruiu a natureza] Mas ele não viu, embora adivinhasse, o que viria depois. Faltou-lhe o cerrado Brasil adentro, onde a topografia se acalma e o sertão vai ficando cada vez mais geométrico, como se fosse desenhado a régua e compasso. Em fins de agosto, a seca acentuava os círculos exatos dos campos verdes, irrigados pela chuva artificial de longos braços pivotantes. A seu redor, as cercas repartiam os pastos com traços retos. As máquinas agrícolas acabavam de pentear o solo em sulcos uniformes. E, onde alguém se lembrou de fingir que cumpre os requisitos da reserva legal, os tufos de vegetação mais ou menos nativa pareciam ainda mais artificiais do que as áreas cultivadas, com seus recortes triangulares, quadrados, trapezoidais, no meio da ganância generalizada. assunto: destruição da natureza tese: os latifúndios são os responsáveis linguagem conotação + focalização [secas repartiam pastos com traços retos] [alguém se lembrou de fingir de que cumpre]
  • 4. Nesse ritmo, entrou-se na Amazônia sem perceber. O Brasil só voltaria a ser ele mesmo, em sua esfuziante bagunça primordial, pouco antes do pouso, quando o avião contornou, em longa curva, as matas encharcadas das várzeas que cercam Belém. Mas aí era tarde. A maior parte do País já tinha ficado para trás, quase irreconhecível nesta época do ano, selvagem de menos, organizada de mais. Nesta terra onde se reclama tanto da desordem urbana, mal se fala do excesso de ordem agrícola no campo, onde a desordem original faz tanta falta. assunto: destruição da natureza tese: crítica à destruição da natureza brasileira levada a cabo p/ latifúndio agrícola linguagem conotação + focalização Aonde foi parar a natureza exuberante e caótica, que fez o escrivão Pero Vaz de Caminha confessar ao rei dom Manuel que era impossível descrever este pedaço de novo mundo, porque aqui só se viam árvores por todos os lados na baía do descobrimento? Talvez na gravura em que, 200 anos atrás, o diplomata Claude François Fortier, Conde de Clarac, às portas do Rio de Janeiro, reproduziu folha a folha sua espantosa profusão de formas. Ela é o modelo clássico da floresta tropical nos museus europeus. E começa a fazer falta nas cartilhas escolares, para que os brasileiros cresçam conhecendo o lugar em que nasceram. assunto: destruição da natureza tese: crítica à destruição da natureza brasileira levada a cabo p/ latifúndio agrícola linguagem conotação + focalização + pergunta retórica CORRÊA, M. S. Isto É, 2027, p. 122, 10 set. 2008
  • 5. UFOP 2009/1 “Aonde foi parar a boa e velha desordem brasileira?” tema destruição da natureza brasileira [particularmente do Cerrado] tese o latifúndio irresponsável é o responsável pela destruição da natureza locutor apesar de se articular em terceira pessoa, o locutor externa muito claramente seu ponto de vista linguagem uso de conotação, citação de autoridade, focalização, modalização e pergunta retórica tipo e gênero tipo [expositivo-argumentativo-narrativo] e gênero [artigo de opinião]
  • 6. UFOP 2009/1 questão 01 Assinale a alternativa que apresenta a proposta central do texto. O Brasil deve voltar a ser uma bagunça. O Brasil não deve reclamar da ordem agrícola. O Brasil só apresenta bagunça na Amazônia. O Brasil precisa aprender com a desordem natural.
  • 7. SOLUÇÃO COMENTADA questão 01 A desordem e a bagunça referidas pelo locutor [no título e no sexto parágrafo do texto] têm como referentes exclusivos a exuberância e a grandiosidade da natureza brasileira. A elas se opõem a civilização, aludida no texto através da metáfora matemática da geometrização. Na medida em que se criticam as ações do latifúndio, pode-se afirmar que o locutor defende a força [não racional] da natureza. Ou, de outra maneira, defende-se a desordem natural. Marque-se, pois, a alternativa “d”.
  • 8. UFOP 2009/1 questão 02 Assinale a expressão que, de acordo com o sentido global do texto, não denota um ponto de vista negativo. desordem original ganância generalizada paisagem cicatrizada agricultura e pecuária imprevidentes
  • 9. SOLUÇÃO COMENTADA questão 02 O texto “Aonde foi parar a boa e velha desordem brasileira?”, desde o título, caracteriza a palavra desordem positivamente, na medida em que seu oposto – o ordenamento geométrico: círculos, triângulos, quadrados, trapézios – aparece associado à destruição da natureza. Por isso, deve-se assinalar a alternativa “a”. Em tempo, as palavras ganância, cicatrizadas e imprevidentes aparecem, no texto, com conotações negativas.
  • 10. UFOP 2009/1 questão 03 De acordo com o contexto, nas expressões “Aonde foi parar a boa e velha desordem brasileira?” e “Faltou-lhe o cerrado Brasil adentro, onde a topografia se acalma [...]”, os termos aonde e onde significam, respectivamente: a que lugar / que por onde / no qual por onde / que em que lugar / no qual
  • 11. SOLUÇÃO COMENTADA questão 03 O pronome onde indica lugar físico. No título, o pronome interrogativo [de valor adverbial] aonde tem por significado “em que lugar”. Desse modo, temos: Em que lugar foi parar a boa e velha desordem brasileira?. Já o pronome relativo onde [da segunda frase em destaque nesta questão], retoma o sintagma nominal “o cerrado”, podendo, pois, ser substituído por “no qual” [Faltou-lhe o cerrado Brasil adentro, no qual a topografia se acalma]. Assinale-se, pois, a alternativa “d”.
  • 12. UFOP 2009/1 questão 04 Talvez na gravura em que, 200 anos atrás, o diplomata Claude François Fortier, Conde de Clarac, às portas do Rio de Janeiro, reproduziu folha a folha sua espantosa profusão de formas. Para se compreender o período transcrito acima, é necessário identificar a relação de referência entre o pronome sua e: o escrivão Pero Vaz de Caminha. a natureza exuberante. as cartilhas escolares. a ordem urbana.
  • 13. SOLUÇÃO COMENTADA questão 04 O pronome possessivo sua tem por referente, na conclusão, o sintagma natureza exuberante e caótica. Senão, vejamos: Aonde foi parar a natureza exuberante e caótica, que fez o escrivão Pero Vaz de Caminha confessar ao rei dom Manuel que era impossível descrever este pedaço de novo mundo, porque aqui só se viam árvores por todos os lados na baía do descobrimento? Talvez na gravura em que, 200 anos atrás, o diplomata Claude François Fortier, Conde de Clarac, às portas do Rio de Janeiro, reproduziu folha a folha sua espantosa profusão de formas. Assinale-se, pois, a alternativa “b”.
  • 14. UFOP 2009/1 questão 05 Faltou-lhe o cerrado Brasil adentro, onde a topografia se acalma e o sertão vai ficando cada vez mais geométrico, como se fosse desenhado a régua e compasso. No trecho em destaque, é correto afirmar sobre o a antes de “régua”: É apenas um artigo definido, por isso não leva o acento indicativo de crase. É somente uma preposição, por isso não leva o acento indicativo de crase. Representa artigo e preposição, por isso deveria levar o acento indicativo de crase. Combina com o e antes de compasso, por isso deveria levar o acento indicativo de crase.
  • 15. SOLUÇÃO COMENTADA questão 05 O a que está anteposto a “régua” e a “compasso” introduz uma expressão adverbial, que indica [o modo] como seria desenhado o traçado geométrico. Como as locuções adverbiais são introduzidas por preposição, deve-se assinalar a alternativa “b”. Apesar de “régua” ser um substantivo feminino, não se usa crase porque o substantivo “compasso” não aparece determinado por artigo. Caso o referido substantivo viesse determinado por artigo, haveria crase em “a régua”. Assinale-se, pois, a alternativa “b”.
  • 16. UFOP 2009/1 questão 06 As alternativas que se seguem apresentam reescritas do trecho As máquinas agrícolas acabavam de pentear o solo em sulcos uniformes. Assinale a opção em que NÃO há alteração de sentido. As máquinas agrícolas acabavam de arar a terra. As máquinas agrícolas acabavam de fazer colheitas. As máquinas agrícolas acabavam de dividir terrenos. As máquinas agrícolas acabavam de pulverizar as lavouras.
  • 17. SOLUÇÃO COMENTADA questão 06 Trata-se de uma questão que envolve sinonímia e compreensão de linguagem figurada. Arar, segundo definição do dicionário Caldas Aulete é: Revolver (o solo) com arado, preparando para o plantio. A alternativa que mais se aproxima do sentido dicionarizado é a letra “a”.