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1	
ENEM	NOTA	1000	
Informação	e	criatividade	destacam	alunos	com	a	nota	1000	na	redação	do	ENEM	
“Folha	de	S.	Paulo”,	20/03/2016	
01)	“Dói,	um	tapinha	dói”,	de	Fábio	Lopes	Júnior	
A	Revolução	Francesa	foi	responsável	por	levar	ao	mundo	os	ideais	de	liberdade,	
igualdade	 e	 fraternidade.	 Desde	 lá,	 de	 fato,	 o	 movimento	 feminista	 busca	 a	
universalização	 dos	 direitos	 civis	 e	 sociais,	 promovida	 pela	 Revolução.	
Entretanto,	 é	 notório	 que	 os	 valores	 patriarcalistas,	 os	 quais	 consideram	 a	
mulher	inferior	ao	homem,	insistem	em	permear	as	diversas	instâncias	sociais	
brasileiras,	 inserindo	 a	 inverdade	 de	 um	 possível	 controle	 masculino	 sobre	 o	
corpo	da	mulher,	o	que	desemboca	em	crimes	de	violência	e	assédio	contra	elas.	
Nesse	sentido,	a	educação	familiar	e	escolar	oferecida	aos	meninos	difere,	ainda,	
da	 oferecida	 às	 meninas.	 Dessa	 maneira,	 é	 possível	 observar	 que	 desde	
pequenas,	as	crianças	recebem	valores	conservadores	que	separam	socialmente	
homens	 e	 mulheres	 por	 diferenças	 biológicas,	 oferecendo	 privilégios	 aos	
primeiros.	Assim,	quando	adultos,	os	indivíduos	ajudam	a	propagar	o	machismo,	
de	 modo	 que	 a	 superioridade	 idealizada	 pelo	 homem	 chega	 a	 passar	
despercebida	 pela	 sociedade	 civil,	 como	 a	 exemplo	 do	 sucesso	 obtido	 por	
músicas	que	incitam,	claramente,	a	violência	contra	as	mulheres.	
Ademais,	as	políticas	públicas	de	combate	à	violência	doméstica	e	ao	feminicídio,	
por	exemplo,	encontram	dificuldades	na	falta	de	denúncias.	Nesse	contexto,	os	
diversos	 assédios	 morais	 e	 físicos	 sofridos	 diariamente	 pelas	 mulheres	 não	
recebem	a	devida	punição.	Isso	pode	ser	ilustrado	pela	campanha	lançada	nas	
redes	 sociais,	 em	 outubro	 de	 2015,	 intitulada	 “#PrimeiroAssédio”,	 na	 qual	 as	
mulheres	traziam	à	tona	relatos	de	atos	de	violência	masculina	que	não	foram	
devidamente	punidos.	
Em	 suma,	 a	 violência	 é	 fruto	 de	 valores	 machistas	 persistentes	 na	 sociedade.	
Portanto,	 é	 necessário	 que	 a	 escola	 e	 as	 famílias,	 como	 agentes	 educadores,	
mostrem	aos	seus	filhos	que	as	diferenças	biológicas	entre	homens	e	mulheres	
não	 são	 fatores	 de	 superioridade	 e	 inferioridade,	 consoante	 o	 pensamento	 da	
filósofa	 ilumina	 Mary	 Wollstonecraft,	 “a	 mente	 não	 tem	 gênero”.	 Além	 disso,	
ONGs	de	defesa	da	mulheres	devem,	por	meio	das	redes	sociais,	apresentar	as	
diversas	formas	de	denúncia	e	os	direitos	garantidos	a	elas	pela	Constituição.	Por	
fim,	 é	 importante	 que	 as	 grandes	 mídias	 apresentem	 em	 suas	 novelas	 e	
programas	 exemplos	 de	 mulheres	 bem-sucedidas	 e	 independentes	 de	 uma	
presença	masculina,	de	modo	a	atenuar	o	machismo.	
02)	“Sem	título”,	de	Ana	Santana	Moioli	
Figuras	 como	 Simone	 de	 Beauvoir,	 pensadora	 francesa,	 revolucionaram	 a	
discussão	 sobre	 igualdade	 de	 gênero	 em	 escala	 global,	 dando	 grande	 força	 ao	
movimento	feminista	nas	últimas	décadas.	Inspirada	na	teoria	existencialista	de	
seu	parceiro	Sartre,	Simone	propôs	que	a	existência	precede	a	essência	em	todos	
os	seres	humanos,	homens	ou	mulheres,	de	modo	que	a	hierarquização	ligada	ao	
sexo	biológico	fosse	uma	completa	convenção	social.	Apesar	disso,	no	Brasil,	o	
gênero	 feminino	 ainda	 encontra	 grandes	 dificuldades	 a	 serem	 superadas,	 com	
ênfase	na	persistente	violência	contra	a	mulher.
2	
Embora	já	tenha	havido	notáveis	avanços	nessa	luta,	a	mulher	brasileira	ainda	é	
vítima	 de	 diversos	 tipos	 de	 agressões.	 A	 Lei	 Maria	 da	 Penha,	 que	 estabelece	
punições	 aos	 agressores,	 é	 um	 exemplo	 de	 conquista	 do	 movimento,	 tendo	
levado	à	justiça	mais	de	330	mil	casos	entre	setembro	de	2006	e	março	de	2011,	
segundo	 dados	 divulgados	 pela	 revista	 “IstoÉ”.	 Por	 outro	 lado,	 neste	 mês	 de	
outubro,	discute-se	no	poder	legislativo	a	ideia	de	tornar	novamente	proibido	o	
aborto	 em	 casos	 de	 estupro.	 Isto	 representa	 o	 risco	 de	 inúmeras	 mulheres	
(sobretudo	as	menos	favorecidas),	cuja	dignidade	já	foi	ferida	no	abuso	sexual,	
perderem	 suas	 vidas	 em	 abortos	 clandestinos.	 Desse	 modo,	 é	 importante	
reconhecer	que	já	houve,	sim,	vitórias,	mas	ainda	se	veem	fortes	resistências	à	
batalha	feminina.	
Algo	que	contribui	para	o	enraizamento	da	noção	de	inferioridade	da	mulher	na	
mente	 dos	 brasileiros	 e,	 portanto,	 para	 a	 persistência	 de	 tal	 violência	 é	 a	
representação	 feminina	 na	 mídia.	 Mesmo	 em	 2015,	 comerciais	 de	 cerveja,	 por	
exemplo,	reduzem	a	figura	das	brasileiras	a	objetos	sexuais,	cujo	único	objetivo	é	
servir	 os	 homens.	 Ao	 mesmo	 tempo,	 propagandas	 de	 produtos	 de	 limpeza	 a	
reproduzem	a	ainda	existente	relação	aparentemente	natural	entre	a	mulher	e	a	
cozinha,	sendo	o	marido	o	único	capaz	de	trabalhar	na	sociedade	e	sustentar	a	
família.	Assim,	a	diferenciação	entre	gêneros	torna-se	quase	inconsciente,	o	que	
acaba	servindo	como	justificativa	para	que	os	números	de	mulheres	agredidas	
não	sejam	levados	tão	a	sério.	
Os	 apontamentos	 acima	 evidenciam	 a	 necessidade	 de	 que	 sejam	 tomadas	
medidas	 a	 fim	 de	 proteger	 a	 mulher	 brasileira.	 O	 Estado	 deve	 ampliar	 a	
legislação	 voltada	 para	 a	 publicidade	 que	 expõe	 a	 figura	 feminina.	 É	 também	
preciso	que	escolas	públicas	e	privadas	invistam	em	discussões	sobre	gêneros,	
visando	 desconstruir	 convenções	 sociais.	 A	 mídia,	 na	 mesma	 linha,	 em	 vez	 de	
reificar	a	mulher,	deveria	promover	programas	de	conscientização	sobre	o	tema.	
Por	fim,	cabe	à	sociedade	pressionar	o	governo	em	nome	da	regulamentação	da	
prática	do	aborto,	cuja	proibição	representa	a	falta	de	reconhecimento	de	uma	
violência	em	massa	contra	as	mulheres.	
03)	 “Desconstruindo	 ideologias:	 sob	 a	 égide	 da	 democracia”,	 de	 Amanda	
della	Togna	Torres	
O	preconceito	contra	o	sexo	feminino	é	um	problema	que	assola	o	cotidiano	pós-
moderno,	 sendo	 inúmeras	 as	 formas	 por	 meio	 das	 quais	 tal	 discriminação	 se	
apresenta.	Seja	por	meio	da	violência	física,	psicológica,	sexual	ou	patrimonial,	as	
mulheres	têm	sofrido	nas	mãos	de	agressores	que	veem	no	sexo	feminino	um	
elemento	 "frágil",	 ideologia	 que	 é	 a	 completa	 antítese	 das	 democracias	
contemporâneas,	 supostamente	 liberais	 e	 igualitárias.	 Nesse	 contexto,	 deve-se	
discutir	a	persistência	da	violência	contra	a	mulher	na	sociedade	brasileira.	
Desde	os	primórdios	da	civilização,	foi	criado	um	estereótipo	que	reservava	às	
mulheres	 apenas	 as	 funções	 domésticas	 e	 de	 procriação,	 excluindo	 a	
possibilidade	 de	 seu	 ingresso	 nas	 esferas	 da	 política	 ou	 mesmo	 do	 trabalho.	
Todavia,	 tal	 estereótipo	 vem	 sendo	 desconstruído,	 ao	 passo	 que	 as	 mulheres	
conquistam	mais	espaço	nas	relações	sociais,	políticas	e	econômicas	ao	redor	do	
mundo.	 Toma-se	 como	 exemplo	 as	 lideranças	 políticas	 alemã,	 argentina	 e,	
principalmente,	 brasileira:	 hoje,	 tais	 cargos	 são	 exercidos	 por	 mulheres,	
realidade	improvável	há	algumas	décadas.
3	
Todavia,	ideologias	preconceituosas	e	agressivas	ainda	são	inerentes	à	sociedade	
brasileira,	constituindo	um	entrave	ao	progresso	da	nação	como	um	todo.	Este	
quadro	se	torna	evidente	ao	serem	apresentados	dados	disponibilizados	no	site	
da	revista	"Istoé":	no	período	de	setembro	de	2006	a	março	de	2011,	mais	de	
330	 mil	 processos	 com	 base	 na	 Lei	 Maria	 da	 Penha	 foram	 instaurados	 nos	
juizados	e	varas	especializados.	É	no	mínimo	incoerente	que,	em	pleno	século	
XXI,	junto	a	um	cenário	pautado	pelas	ideias	de	igualdade	e	liberdade	como	base	
fundamental	 de	 toda	 e	 qualquer	 democracia,	 ainda	 existam	 milhares	 de	
mulheres	sofrendo	por	agressões	de	natureza	absolutamente	injustificável.	
Assim,	é	imprescindível	que	medidas	sejam	tomadas	para	a	compleição	de	uma	
democracia	justa	e	igualitária	em	sua	plenitude.	Desse	modo,	cabe	ao	Governo	
tornar	 mais	 rígida	 a	 legislação	 concernente	 ao	 bem-estar	 do	 sexo	 feminino,	
tomando	as	devidas	providências	quando	algo	estiver	em	desacordo	com	o	que	
prega	 a	 Lei;	 às	 escolas,	 cabe	 o	 dever	 de	 instruir	 as	 gerações	 futuras	 quanto	 à	
igualdade	entre	os	cidadãos	de	uma	democracia,	conscientizando-os	do	caráter	
absurdo	 presente	 em	 atos	 discriminatórios	 e	 agressivos.	 Por	 fim,	 lança-se	 um	
apelo	às	vítimas,	ressaltando-se	que	a	denúncia	é	a	forma	mais	eficiente	de	se	
combater	 o	 problema.	 Afinal,	 à	 guisa	 de	 Simone	 de	 Beauvoir,	 o	 opressor	 não	
seria	tão	forte	se	não	encontrasse	cúmplices	entre	os	próprios	oprimidos.	
04)	“Violação	à	dignidade	feminina”,	de	Cecília	Maria	Lima	
Historicamente,	 o	 papel	 feminino	 nas	 sociedades	 ocidentais	 foi	 subjugado	 aos	
interesses	masculinos	e	tal	paradigma	só	começou	a	ser	contestado	em	meados	
do	século	XX,	tendo	a	francesa	Simone	de	Beauvoir	como	um	dos	expoentes	do	
movimento	por	igualdade	de	gênero.	Conquanto	tenham	sido	obtidos	avanços	no	
que	 diz	 respeito	 aos	 direitos	 civis,	 a	 violência	 contra	 a	 mulher	 é	 uma	
problemática	persistente	no	Brasil,	uma	vez	que	ela	se	dá–na	maioria	das	vezes–	
no	âmbito	doméstico.	Esse	fato	se	deve	às	dificuldades	em	denunciar	o	agressor	
e	à	vergonha	de	se	expor	e	assumir	a	condição	de	vítima.	
Com	efeito,	ao	longo	das	últimas	décadas,	a	mulher	ganhou	notável	destaque	nas	
representações	políticas	e	no	mercado	de	trabalho.	As	relações	na	vida	privada,	
contudo,	 ainda	 obedecem	 a	 uma	 lógica	 machista	 em	 muitas	 famílias.	 Nesse	
contexto,	 a	 agressão	 parte	 de	 um	 pai,	 irmão,	 marido	 ou	 filho,	 condição	 de	
parentesco	 essa	 que	 desencoraja	 a	 vítima	 a	 prestar	 queixas,	 visto	 que	 há	 um	
vínculo	sanguíneo	e	afetivo	que	ela	teme	romper.	
Outrossim,	é	válido	salientar	que	a	violência	de	gênero	está	presente	em	todas	as	
camadas	sociais.	Ela	se	revela	não	apenas	nas	marcas	físicas	de	um	assassinato	
ou	 estupro,	 mas	 também	 nos	 atos	 de	 misoginia	 e	 ridicularização	 da	 figura	
feminina	 em	 hábitos	 culturais	 como	 piadas	 e	 músicas	 populares.	 Essa	 é	 a	
opressão	 simbólica	 da	 qual	 trata	 o	 sociólogo	 Pierre	 Bourdieu:	 a	 violação	 aos	
Direitos	Humanos	não	consiste	somente	no	embate	físico,	ela	está,	sobretudo,	no	
ato	 de	 perpetuar	 preconceitos	 que	 atentam	 contra	 a	 dignidade	 de	 um	 grupo	
social.	
Destarte,	 o	 Brasil	 está	 alguns	 passos	 à	 frente	 de	 outros	 países	 em	 relação	 ao	
combate	à	violência	contra	mulheres,	tendo	em	vista,	por	exemplo,	a	Lei	Maria	da	
Penha.	 Entretanto,	 é	 necessário	 endurecer	 as	 penalidades	 para	 coibir	 essa	
prática.	 Assim,	 uma	 iniciativa	 plausível	 tomada	 pelo	 Congresso	 Nacional	 no	
intuito	de	tipificar	o	feminicídio	como	crime	de	ódio	e	hediondo	deve	fazer	com
4	
que	 agressores	 tenham	 penas	 maiores	 a	 cumprir.	 Em	 contrapartida,	 o	 Estado	
deve	 aumentar	 o	 número	 de	 delegacias	 de	 apoio	 à	 mulher	 com	 turnos	 de	 24	
horas	para	que	a	sociedade	também	colabore	denunciando.	O	debate	sobre	essa	
questão	 deve	 ser	 permanente	 nas	 escolas	 e	 no	 meio	 social,	 pois	 só	 assim	 é	
possível	transformar	maus	preconceitos	em	uma	cultura	de	paz.	
05)	“Sem	título”,	de	Isadora	Furtado	
A	 persistência	 da	 violência	 contra	 a	 mulher	 na	 sociedade	 brasileira	 é	 um	
problema	 muito	 presente.	 Isso	 deve	 ser	 enfrentado,	 uma	 vez	 que	 muitas	
mulheres	 sofrem	 diariamente	 com	 esta	 questão.	 Nesse	 sentido,	 dois	 aspectos	
fazem-se	relevantes:	o	legado	histórico-cultural	e	o	que	é	previsto	por	lei.	
Segundo	 a	 História,	 a	 mulher	 sempre	 foi	 vista	 como	 inferior	 e	 submissa	 ao	
homem.	 Prova	 disso	 é	 o	 fato	 de	 elas	 poderem	 exercer	 direitos	 políticos,	
ingressarem	no	mercado	de	trabalho	e	escolherem	suas	próprias	roupas	muito	
tempo	depois	do	gênero	oposto.	Esse	cenário,	juntamente	aos	inúmeros	casos	de	
violência	contra	as	mulheres,	corroboram	a	ideia	de	que	elas	são	vítimas	de	um	
legado	histórico-cultural.	Nesse	ínterim,	a	cultura	machista	foi	a	que	prevaleceu	
ao	longo	dos	anos	e	enraizou-se	na	sociedade	contemporânea,	mesmo	de	forma	
implícita	à	primeira	vista.	
Conforme	 previsto	 pela	 Constituição	 Brasileira,	 todos	 são	 iguais	 perante	 à	 lei,	
independente	de	cor,	raça	e	gênero,	sendo	a	isonomia	salarial,	aquela	que	prevê	
o	mesmo	salário	para	os	que	desempenham	a	mesma	função,	também	garantida	
por	 lei.	 No	 entanto,	 o	 que	 se	 observa	 em	 diversas	 partes	 do	 país	 é	 a	 gritante	
diferença	 entre	 os	 salários	 de	 homens	 e	 mulheres,	 principalmente	 se	 esta	 for	
negra.	 Esse	 fato	 causa	 extrema	 decepção	 e	 constrangimento	 a	 elas,	 as	 quais	
sentem-se	inseguras	e	sem	ter	a	quem	recorrer.	Desse	modo,	medidas	fazem-se	
necessárias	para	solucionar	a	problemática.	
Diante	dos	argumentos	supracitados,	é	dever	do	Estado	proteger	as	mulheres	da	
violência,	seja	física	ou	moral,	criando	leis	mais	rígidas	e	punições	mais	severas	
para	 aqueles	 que	 cometem	 agressões	 contra	 as	 mulheres.	 Some-se	 a	 isso	
investimentos	em	educação,	valorizando	e	capacitando	os	professores,	no	intuito	
de	formar	cidadãos	mais	comprometidos	com	o	bem-estar	de	todos.	
06)	“Sem	título”,	de	Luana	Natália	de	Sena	
Simone	 de	 Beauvoir,	 filósofa	 francesa	 e	 nome	 importante	 do	 feminismo	 do	
século	XX,	já	advertiu:	não	se	nasce	mulher,	torna-se.	Ou	seja,	não	há	nada	na	
biologia	 feminina	 que	 determine	 sua	 inferioridade	 frente	 aos	 homens.	 Essa	
submissão,	creditada	pelo	machismo	e	imposta	socialmente	às	garotas	desde	a	
tenra	 infância,	 faz	 da	 mulher	 objeto	 e,	 por	 isso,	 alvo	 de	 inúmeras	 atrocidades,	
como	 a	 violência.	 Tal	 pensamento	 arcaico	 de	 que	 mulheres	 são	 posses	 de	
terceiros	e	não	seres	autônomos	é	decisivo	para	a	existência	dessa	realidade.	É	
preciso	uma	união	entre	mulheres	cientes	de	seus	direitos	e	uma	sociedade	que	
preze	pelo	bem	estar	dos	seus	cidadãos	para	mudar	o	atual	quadro	brasileiro.	
Ditados	populares,	como	o	famoso	"em	briga	de	marido	e	mulher	ninguém	mete	
a	colher",	demonstram	a	falta	de	empatia	em	relação	às	mulheres	que	vivem	em	
relacionamentos	 abusivos,	 tidos	 por	 muitos	 como	 fato	 normal.	 Não	 raro	 a	
violência	chega	a	ser	romantizada,	principalmente	em	novelas:	se	bateu	é	porque	
ama.	 Toda	 essa	 alienação	 contribui	 para	 a	 existência	 de	 mulheres	 inseguras	 e
5	
assombradas,	 que	 não	 conseguem	 aproveitar	 plenamente	 sua	 liberdade	 com	
medo	de	represálias	de	um	parceiro.	
Ademais,	além	da	violência	física	por	parte	de	cônjuges,	a	mulher	é	passível	de	
outros	tipos	de	violência	no	momento	em	que	sai	às	ruas,	haja	vista	a	cultura	do	
estupro	e	do	assédio	que	vigora	no	país.	Apesar	de	relatar	o	contexto	de	outra	
nação	 latino-americana,	 Isabel	 Allende,	 em	 "A	 Casa	 dos	 Espíritos",	 demonstra	
que,	devido	ao	mesmo	passado	colonial,	o	Brasil	assemelha-se	bastante	aos	seus	
vizinhos,	visto	que	o	livro	é	palco	de	variados	casos	de	estupros	cometidos	por	
um	patrão	que	pensa	ser	dono	de	suas	empregadas.	
A	violência	contra	a	mulher	persiste	no	país,	portanto,	devido	ao	sexismo	e	ao	
machismo	de	suas	instituições.	Para	reverter	essa	cruel	realidade,	é	possível	que	
as	universidades	criem	cursos	de	extensão	junto	às	áreas	de	Psicologia,	Serviço	
Social	 e	 Filosofia	 destinados	 à	 realização	 de	 palestras	 que	 versem	 sobre	 as	
consequências	do	feminicídio	na	sociedade.	Também,	cabe	ao	governo	melhorar	
o	serviço	das	delegacias	destinadas	à	mulher,	a	fim	de	que	a	vítima	seja	acolhida	
por	 profissionais	 preparados.	 Por	 fim,	 o	 movimento	 feminista,	 aliado	 à	 mídia,	
deve	 promover	 campanhas	 destinadas	 a	 empoderar	 cada	 vez	 mais	 mulheres,	
para	que	elas	não	sejam	silenciadas	como	foram	suas	avós.	
07)	“Sem	título”,	de	Paula	Vitória	Macedo	
Há	algumas	décadas,	era	comum	que	a	mulher	estivesse	associada	apenas	aos	
papéis	de	mãe,	esposa	e	dona	de	casa.	Através	dos	movimentos	sociais	ocorridos	
entre	as	décadas	de	1970	e	1980,	essa	situação	mudou:	a	mulher	conquistou	seu	
espaço	no	mercado	de	trabalho	e	na	sociedade,	passando	a	ter	direitos	políticos,	
por	exemplo.	Entretanto,	apesar	das	conquistas,	entre	elas	a	Lei	Maria	da	Penha,	
a	 mulher	 continua	 a	 sofrer	 diversos	 tipos	 de	 violência,	 decorrentes	 do	
pensamento	 machista	 e	 patriarcal	 que	 ainda	 são	 perpetuados	 na	 sociedade	
brasileira.	
Ainda	que	a	violência	física	e	sexual	sejam	as	mais	óbvias,	são	várias	as	formas	
como	 se	 pratica	 a	 violência	 contra	 a	 mulher.	 Um	 dessas	 formas	 é	 a	 violência	
psicológica,	 praticada	 através	 dos	 ideais	 de	 beleza	 impostos	 pela	 mídia	 e	 pela	
sociedade,	 os	 quais	 reificam	 o	 corpo	 feminino.	 Prova	 disso	 é	 que	 as	 mulheres	
ainda	são	utilizadas	como	objetos	para	a	satisfação	e	admiração	masculina	em	
propagandas	 de	 cerveja,	 por	 exemplo.	 Outra	 forma	 de	 violência	 é	 a	 moral:	
mulheres	continuam	sendo	assediadas	no	trabalho,	nas	ruas	e	nos	transportes	
coletivos.	Somada	ao	assédio	no	trabalho,	está	ainda	a	disparidade	de	salários	
entre	homens	e	mulheres:	dados	do	IBGE	apontam	que	o	salário	da	mulher	pode	
chegar	 a	 ser	 30%	 inferior	 ao	 de	 homens	 que	 ocupam	 o	 mesmo	 cargo.	 Já	 a	
violência	sexual	é	justificada	socialmente	através	da	cultura	de	estupro,	por	meio	
da	qual	a	culpa	é	atribuída	a	vítima.	Dessa	maneira,	mulheres	continuam	sendo	
privadas	de	sua	liberdade	para	vestir	sair	ou	ser	o	que	quiserem.	
Sendo	assim,	essas	formas	de	violência,	que	muitas	vezes	passam	despercebidas	
pela	 sociedade,	 são	 frutos	 de	 uma	 cultura	 machista	 que	 ainda	 prevalece	 no	
Brasil.	Afinal,	apesar	de	todas	as	conquistas	que	a	mulher	obteve	e	das	leis	que	a	
protege,	 não	 houve	 quaisquer	 reformas	 que	 possibilitassem	 a	 quebra	 das	
estruturas	 que	 sustentam	 e	 justificam	 essas	 violências.	 Dessa	 forma,	 meninos	
continuam	 sendo	 educados	 para	 comandar	 a	 mulher	 enquanto	 meninas	
continuam	sendo	educadas	para	serem	donas	de	casa.	Esse	modelo	binário	de
6	
educação	de	gênero	é	o	principal	fator	que	permite	a	persistência	da	violência	
contra	a	mulher.	
Nesse	 contexto,	 faz-se	 necessário	 mudar	 o	 pensamento	 machista	 sob	 o	 qual	 a	
violência	 se	 sustenta.	 Assim,	 em	 primeiro	 lugar,	 o	 Estado	 deve	 regular	 as	
propagandas	 que	 reificam	 o	 corpo	 feminino.	 Somado	 a	 isso,	 deve	 promover	 a	
igualdade	entre	os	salários	bem	como	deve	garantir	segurança	das	mulheres	nos	
transportes	coletivos	e	nas	ruas,	através	de	investimentos	em	segurança	pública.	
Em	 segundo	 lugar,	 deve-se	 implementar	 nas	 escolas	 e	 universidades	 uma	
educação	 de	 gênero	 por	 meio	 da	 qual	 se	 desconstrua,	 paulatinamente	 o	
pensamento	patriarcal.	
08)	“Equilíbrio	aristotélico”,	de	Raphael	Luan	Carvalho	de	Souza	
Ao	longo	do	processo	de	formação	do	Estado	brasileiro,	do	século	XVI	ao	XXI,	o	
pensamento	machista	consolidou-se	e	permaneceu	forte.	A	mulher	era	vista,	de	
maneira	mais	intensa	na	transição	entre	a	Idade	Moderna	e	a	Contemporânea,	
como	 inferior	 ao	 homem,	 tendo	 seu	 direito	 ao	 voto	 conquistado	 apenas	 na	
década	de	1930,	com	a	chegada	da	Era	Vargas.	Com	isso,	surge	a	problemática	da	
violência	de	gênero	dessa	lógica	excludente	que	persiste	intrinsecamente	ligada	
à	 realidade	 do	 país,	 seja	 pela	 insuficiência	 de	 leis,	 seja	 pela	 lenta	 mudança	 de	
mentalidade	social.	
É	 indubitável	 que	 a	 questão	 constitucional	 e	 sua	 aplicação	 estejam	 entre	 as	
causas	do	problema.	De	acordo	com	Aristóteles,	a	política	deve	ser	utilizada	de	
modo	 que,	 por	 meio	 da	 justiça,	 o	 equilíbrio	 seja	 alcançado	 na	 sociedade.	 De	
maneira	análoga,	é	possível	perceber	que,	no	Brasil,	a	agressão	contra	a	mulher	
rompe	essa	harmonia,	haja	vista	que,	embora	a	Lei	Maria	da	Penha	tenha	sido	um	
grande	progresso	em	relação	à	proteção	feminina,	há	brechas	que	permitem	a	
ocorrência	 dos	 crimes,	 como	 as	 muitas	 vítimas	 que	 deixam	 de	 efetivar	 a	
denúncia	 por	 serem	 intimidadas.	 Desse	 modo,	 evidencia-se	 a	 importância	 do	
reforço	da	prática	da	regulamentação	como	forma	de	combate	à	problemática.	
Outrossim,	 destaca-se	 o	 machismo	 como	 impulsionador	 da	 violência	 contra	 a	
mulher.	 Segundo	 Durkheim,	 o	 fato	 social	 é	 uma	 maneira	 coletiva	 de	 agir	 e	 de	
pensar,	 dotada	 de	 exterioridade,	 generalidade	 e	 coercitividade.	 Seguindo	 essa	
linha	 de	 pensamento,	 observa-se	 que	 o	 preconceito	 de	 gênero	 pode	 ser	
encaixado	 na	 teoria	 do	 sociólogo,	 uma	 vez	 que,	 se	 uma	 criança	 vive	 em	 uma	
família	com	esse	comportamento,	tende	a	adotá-lo	também	por	conta	da	vivência	
em	 grupo.	 Assim,	 o	 fortalecimento	 do	 pensamento	 da	 exclusão	 feminina,	
transmitido	 de	 geração	 a	 geração,	 funciona	 como	 forte	 base	 dessa	 forma	 de	
agressão,	agravando	o	problema	no	Brasil.	
Entende-se,	 portanto,	 que	 a	 continuidade	 da	 violência	 contra	 a	 mulher	 na	
contemporaneidade	é	fruto	da	ainda	fraca	eficácia	das	leis	e	da	permanência	do	
machismo	 como	 intenso	 fato	 social.	 A	 fim	 de	 atenuar	 o	 problema,	 o	 Governo	
Federal	 deve	 elaborar	 um	 plano	 de	 implementação	 de	 novas	 delegacias	
especializadas	nessa	forma	de	agressão,	aliado	à	esfera	estadual	e	municipal	do	
poder,	 principalmente	 nas	 áreas	 que	 mais	 necessitem,	 além	 de	 aplicar	
campanhas	 de	 abrangência	 nacional	 junto	 às	 emissoras	 abertas	 de	 televisão	
como	 forma	 de	 estímulo	 à	 denúncia	 desses	 crimes.	 Dessa	 forma,	 com	 base	 no	
equilíbrio	 proposto	 por	 Aristóteles,	 esse	 fato	 social	 será	 gradativamente	
minimizado	no	país.
7	
09)	“Sem	título”,	de	Valéria	Alves	
A	submissão	da	mulher	em	uma	sociedade	patriarcalista	como	a	brasileira	é	um	
fato	que	tem	origens	históricas.	Por	todo	o	mundo,	a	figura	feminina	teve	seus	
direitos	cerceados	e	a	liberdade	limitada	devido	ao	fato	de	ser	considerada	mais	
"frágil"	ou	"sensível",	ainda	que	isso	não	pudesse	ser	provado	cientificamente.	
Tal	pensamento	deu	margem	a	uma	maior	subjugação	da	mulher	e	abriu	portas	a	
atos	de	violência	a	ela	direcionados.	
Nessa	perspectiva,	a	sociedade	brasileira	é	pautada	por	uma	visão	machista.	A	
liberdade	 feminina	 chega	 a	 ser	 tão	 limitada	 ao	 ponto	 que	 as	 mulheres	 que	 se	
vestem	 de	 acordo	 com	 as	 próprias	 vontades,	 expondo	 partes	 do	 corpo	
consideradas	 irreverentes,	 correm	 o	 risco	 de	 serem	 violentadas	 sob	 a	
justificativa	 de	 que	 "estavam	 pedindo	 por	 isso".	 Esse	 pensamento	 perdura	 no	
meio	social,	ainda	que	muitas	conquistas	de	movimentos	feministas	–pautados	
no	 existencialismo	 da	 filósofa	 Simone	 de	 Beauvoir	 -	 tenham	 contribuído	 para	
diminuir	essa	percepção	arcaica	da	mulher	como	objeto.	
Diante	disso,	as	famílias	brasileiras	com	acesso	restrito	à	informação	globalizada	
ou	desavisadas	a	respeito	dos	Direitos	Humanos	continuam	a	pôr	em	prática	atos	
atrozes	 em	 direção	 àquela	 que	 deveria	 ser	 o	 centro	 de	 gravitação	 do	 Lar.	 A	
violência	doméstica,	em	especial	física	e	psicológica,	é	praticada	por	homens	com	
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álcool)	e	faz	milhares	de	vítimas	diariamente	no	país.	Nesse	sentido,	a	criação	de	
leis	como	a	do	feminicídio	e	Maria	da	Penha	foram	essenciais	para	apaziguar	os	
conflitos	e	dar	suporte	a	esse	grupo	antes	marginalizado.	
Paralelo	 a	 isso,	 o	 exemplo	 dado	 pelo	 pai	 ao	 violentar	 mulher	 tem	 como	
consequência	a	solidificação	de	tal	prática	no	psicológico	dos	filhos.	As	crianças,	
dotadas	 de	 pouca	 capacidade	 de	 discernimento,	 sofrem	 ao	 ver	 a	 mãe	 sendo	
violentada	e	tem	grandes	chances	de	se	tornarem	adultos	violentos,	contribuindo	
para	 a	 manutenção	 das	 práticas	 abusivas	 nas	 gerações	 em	 desenvolvimento	 e	
dificultando	a	extinção	desse	comportamento	na	sociedade.	
Desde	 os	 primórdios,	 nas	 primeiras	 sociedades	 formadas	 da	 Antiguidade	 até	
hoje,	a	mulher	luta	por	liberdade,	representatividade	e	respeito.	O	Estado	pode	
contribuir	 nessa	 conquista	 ao	 investir	 em	 ONGs	 voltadas	 à	 defesa	 de	 direitos	
femininos	 e	 ao	 mobilizar	 campanhas	 e	 palestras	 públicas	 em	 escolas,	
comunidades	 e	 na	 mídia,	 objetivando	 a	 exposição	 da	 problemática	 e	 o	 debate	
acerca	do	respeito	aos	direitos	femininos.	É	importante	também	a	criação	de	um	
projeto	 de	 distribuição	 de	 histórias	 em	 quadrinhos	 e	 livros	 nas	 escolas,	
conscientizando	 as	 crianças	 e	 jovens	 sobre	 igualdade	 de	 gênero	 de	 forma	
divertida	e	interativa.	
Disponível	 em:	 http://temas.folha.uol.com.br/enem-nota-mil/redacoes-nota-
mil/volta-aos-estudos-apos-quatro-anos.shtml.	Acesso	em:	20	mar.	2016.

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Redações nota 1000 no enem 2015 por Manoel Neves

  • 1. 1 ENEM NOTA 1000 Informação e criatividade destacam alunos com a nota 1000 na redação do ENEM “Folha de S. Paulo”, 20/03/2016 01) “Dói, um tapinha dói”, de Fábio Lopes Júnior A Revolução Francesa foi responsável por levar ao mundo os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Desde lá, de fato, o movimento feminista busca a universalização dos direitos civis e sociais, promovida pela Revolução. Entretanto, é notório que os valores patriarcalistas, os quais consideram a mulher inferior ao homem, insistem em permear as diversas instâncias sociais brasileiras, inserindo a inverdade de um possível controle masculino sobre o corpo da mulher, o que desemboca em crimes de violência e assédio contra elas. Nesse sentido, a educação familiar e escolar oferecida aos meninos difere, ainda, da oferecida às meninas. Dessa maneira, é possível observar que desde pequenas, as crianças recebem valores conservadores que separam socialmente homens e mulheres por diferenças biológicas, oferecendo privilégios aos primeiros. Assim, quando adultos, os indivíduos ajudam a propagar o machismo, de modo que a superioridade idealizada pelo homem chega a passar despercebida pela sociedade civil, como a exemplo do sucesso obtido por músicas que incitam, claramente, a violência contra as mulheres. Ademais, as políticas públicas de combate à violência doméstica e ao feminicídio, por exemplo, encontram dificuldades na falta de denúncias. Nesse contexto, os diversos assédios morais e físicos sofridos diariamente pelas mulheres não recebem a devida punição. Isso pode ser ilustrado pela campanha lançada nas redes sociais, em outubro de 2015, intitulada “#PrimeiroAssédio”, na qual as mulheres traziam à tona relatos de atos de violência masculina que não foram devidamente punidos. Em suma, a violência é fruto de valores machistas persistentes na sociedade. Portanto, é necessário que a escola e as famílias, como agentes educadores, mostrem aos seus filhos que as diferenças biológicas entre homens e mulheres não são fatores de superioridade e inferioridade, consoante o pensamento da filósofa ilumina Mary Wollstonecraft, “a mente não tem gênero”. Além disso, ONGs de defesa da mulheres devem, por meio das redes sociais, apresentar as diversas formas de denúncia e os direitos garantidos a elas pela Constituição. Por fim, é importante que as grandes mídias apresentem em suas novelas e programas exemplos de mulheres bem-sucedidas e independentes de uma presença masculina, de modo a atenuar o machismo. 02) “Sem título”, de Ana Santana Moioli Figuras como Simone de Beauvoir, pensadora francesa, revolucionaram a discussão sobre igualdade de gênero em escala global, dando grande força ao movimento feminista nas últimas décadas. Inspirada na teoria existencialista de seu parceiro Sartre, Simone propôs que a existência precede a essência em todos os seres humanos, homens ou mulheres, de modo que a hierarquização ligada ao sexo biológico fosse uma completa convenção social. Apesar disso, no Brasil, o gênero feminino ainda encontra grandes dificuldades a serem superadas, com ênfase na persistente violência contra a mulher.
  • 2. 2 Embora já tenha havido notáveis avanços nessa luta, a mulher brasileira ainda é vítima de diversos tipos de agressões. A Lei Maria da Penha, que estabelece punições aos agressores, é um exemplo de conquista do movimento, tendo levado à justiça mais de 330 mil casos entre setembro de 2006 e março de 2011, segundo dados divulgados pela revista “IstoÉ”. Por outro lado, neste mês de outubro, discute-se no poder legislativo a ideia de tornar novamente proibido o aborto em casos de estupro. Isto representa o risco de inúmeras mulheres (sobretudo as menos favorecidas), cuja dignidade já foi ferida no abuso sexual, perderem suas vidas em abortos clandestinos. Desse modo, é importante reconhecer que já houve, sim, vitórias, mas ainda se veem fortes resistências à batalha feminina. Algo que contribui para o enraizamento da noção de inferioridade da mulher na mente dos brasileiros e, portanto, para a persistência de tal violência é a representação feminina na mídia. Mesmo em 2015, comerciais de cerveja, por exemplo, reduzem a figura das brasileiras a objetos sexuais, cujo único objetivo é servir os homens. Ao mesmo tempo, propagandas de produtos de limpeza a reproduzem a ainda existente relação aparentemente natural entre a mulher e a cozinha, sendo o marido o único capaz de trabalhar na sociedade e sustentar a família. Assim, a diferenciação entre gêneros torna-se quase inconsciente, o que acaba servindo como justificativa para que os números de mulheres agredidas não sejam levados tão a sério. Os apontamentos acima evidenciam a necessidade de que sejam tomadas medidas a fim de proteger a mulher brasileira. O Estado deve ampliar a legislação voltada para a publicidade que expõe a figura feminina. É também preciso que escolas públicas e privadas invistam em discussões sobre gêneros, visando desconstruir convenções sociais. A mídia, na mesma linha, em vez de reificar a mulher, deveria promover programas de conscientização sobre o tema. Por fim, cabe à sociedade pressionar o governo em nome da regulamentação da prática do aborto, cuja proibição representa a falta de reconhecimento de uma violência em massa contra as mulheres. 03) “Desconstruindo ideologias: sob a égide da democracia”, de Amanda della Togna Torres O preconceito contra o sexo feminino é um problema que assola o cotidiano pós- moderno, sendo inúmeras as formas por meio das quais tal discriminação se apresenta. Seja por meio da violência física, psicológica, sexual ou patrimonial, as mulheres têm sofrido nas mãos de agressores que veem no sexo feminino um elemento "frágil", ideologia que é a completa antítese das democracias contemporâneas, supostamente liberais e igualitárias. Nesse contexto, deve-se discutir a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. Desde os primórdios da civilização, foi criado um estereótipo que reservava às mulheres apenas as funções domésticas e de procriação, excluindo a possibilidade de seu ingresso nas esferas da política ou mesmo do trabalho. Todavia, tal estereótipo vem sendo desconstruído, ao passo que as mulheres conquistam mais espaço nas relações sociais, políticas e econômicas ao redor do mundo. Toma-se como exemplo as lideranças políticas alemã, argentina e, principalmente, brasileira: hoje, tais cargos são exercidos por mulheres, realidade improvável há algumas décadas.
  • 3. 3 Todavia, ideologias preconceituosas e agressivas ainda são inerentes à sociedade brasileira, constituindo um entrave ao progresso da nação como um todo. Este quadro se torna evidente ao serem apresentados dados disponibilizados no site da revista "Istoé": no período de setembro de 2006 a março de 2011, mais de 330 mil processos com base na Lei Maria da Penha foram instaurados nos juizados e varas especializados. É no mínimo incoerente que, em pleno século XXI, junto a um cenário pautado pelas ideias de igualdade e liberdade como base fundamental de toda e qualquer democracia, ainda existam milhares de mulheres sofrendo por agressões de natureza absolutamente injustificável. Assim, é imprescindível que medidas sejam tomadas para a compleição de uma democracia justa e igualitária em sua plenitude. Desse modo, cabe ao Governo tornar mais rígida a legislação concernente ao bem-estar do sexo feminino, tomando as devidas providências quando algo estiver em desacordo com o que prega a Lei; às escolas, cabe o dever de instruir as gerações futuras quanto à igualdade entre os cidadãos de uma democracia, conscientizando-os do caráter absurdo presente em atos discriminatórios e agressivos. Por fim, lança-se um apelo às vítimas, ressaltando-se que a denúncia é a forma mais eficiente de se combater o problema. Afinal, à guisa de Simone de Beauvoir, o opressor não seria tão forte se não encontrasse cúmplices entre os próprios oprimidos. 04) “Violação à dignidade feminina”, de Cecília Maria Lima Historicamente, o papel feminino nas sociedades ocidentais foi subjugado aos interesses masculinos e tal paradigma só começou a ser contestado em meados do século XX, tendo a francesa Simone de Beauvoir como um dos expoentes do movimento por igualdade de gênero. Conquanto tenham sido obtidos avanços no que diz respeito aos direitos civis, a violência contra a mulher é uma problemática persistente no Brasil, uma vez que ela se dá–na maioria das vezes– no âmbito doméstico. Esse fato se deve às dificuldades em denunciar o agressor e à vergonha de se expor e assumir a condição de vítima. Com efeito, ao longo das últimas décadas, a mulher ganhou notável destaque nas representações políticas e no mercado de trabalho. As relações na vida privada, contudo, ainda obedecem a uma lógica machista em muitas famílias. Nesse contexto, a agressão parte de um pai, irmão, marido ou filho, condição de parentesco essa que desencoraja a vítima a prestar queixas, visto que há um vínculo sanguíneo e afetivo que ela teme romper. Outrossim, é válido salientar que a violência de gênero está presente em todas as camadas sociais. Ela se revela não apenas nas marcas físicas de um assassinato ou estupro, mas também nos atos de misoginia e ridicularização da figura feminina em hábitos culturais como piadas e músicas populares. Essa é a opressão simbólica da qual trata o sociólogo Pierre Bourdieu: a violação aos Direitos Humanos não consiste somente no embate físico, ela está, sobretudo, no ato de perpetuar preconceitos que atentam contra a dignidade de um grupo social. Destarte, o Brasil está alguns passos à frente de outros países em relação ao combate à violência contra mulheres, tendo em vista, por exemplo, a Lei Maria da Penha. Entretanto, é necessário endurecer as penalidades para coibir essa prática. Assim, uma iniciativa plausível tomada pelo Congresso Nacional no intuito de tipificar o feminicídio como crime de ódio e hediondo deve fazer com
  • 4. 4 que agressores tenham penas maiores a cumprir. Em contrapartida, o Estado deve aumentar o número de delegacias de apoio à mulher com turnos de 24 horas para que a sociedade também colabore denunciando. O debate sobre essa questão deve ser permanente nas escolas e no meio social, pois só assim é possível transformar maus preconceitos em uma cultura de paz. 05) “Sem título”, de Isadora Furtado A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira é um problema muito presente. Isso deve ser enfrentado, uma vez que muitas mulheres sofrem diariamente com esta questão. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico-cultural e o que é previsto por lei. Segundo a História, a mulher sempre foi vista como inferior e submissa ao homem. Prova disso é o fato de elas poderem exercer direitos políticos, ingressarem no mercado de trabalho e escolherem suas próprias roupas muito tempo depois do gênero oposto. Esse cenário, juntamente aos inúmeros casos de violência contra as mulheres, corroboram a ideia de que elas são vítimas de um legado histórico-cultural. Nesse ínterim, a cultura machista foi a que prevaleceu ao longo dos anos e enraizou-se na sociedade contemporânea, mesmo de forma implícita à primeira vista. Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos são iguais perante à lei, independente de cor, raça e gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê o mesmo salário para os que desempenham a mesma função, também garantida por lei. No entanto, o que se observa em diversas partes do país é a gritante diferença entre os salários de homens e mulheres, principalmente se esta for negra. Esse fato causa extrema decepção e constrangimento a elas, as quais sentem-se inseguras e sem ter a quem recorrer. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para solucionar a problemática. Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado proteger as mulheres da violência, seja física ou moral, criando leis mais rígidas e punições mais severas para aqueles que cometem agressões contra as mulheres. Some-se a isso investimentos em educação, valorizando e capacitando os professores, no intuito de formar cidadãos mais comprometidos com o bem-estar de todos. 06) “Sem título”, de Luana Natália de Sena Simone de Beauvoir, filósofa francesa e nome importante do feminismo do século XX, já advertiu: não se nasce mulher, torna-se. Ou seja, não há nada na biologia feminina que determine sua inferioridade frente aos homens. Essa submissão, creditada pelo machismo e imposta socialmente às garotas desde a tenra infância, faz da mulher objeto e, por isso, alvo de inúmeras atrocidades, como a violência. Tal pensamento arcaico de que mulheres são posses de terceiros e não seres autônomos é decisivo para a existência dessa realidade. É preciso uma união entre mulheres cientes de seus direitos e uma sociedade que preze pelo bem estar dos seus cidadãos para mudar o atual quadro brasileiro. Ditados populares, como o famoso "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher", demonstram a falta de empatia em relação às mulheres que vivem em relacionamentos abusivos, tidos por muitos como fato normal. Não raro a violência chega a ser romantizada, principalmente em novelas: se bateu é porque ama. Toda essa alienação contribui para a existência de mulheres inseguras e
  • 5. 5 assombradas, que não conseguem aproveitar plenamente sua liberdade com medo de represálias de um parceiro. Ademais, além da violência física por parte de cônjuges, a mulher é passível de outros tipos de violência no momento em que sai às ruas, haja vista a cultura do estupro e do assédio que vigora no país. Apesar de relatar o contexto de outra nação latino-americana, Isabel Allende, em "A Casa dos Espíritos", demonstra que, devido ao mesmo passado colonial, o Brasil assemelha-se bastante aos seus vizinhos, visto que o livro é palco de variados casos de estupros cometidos por um patrão que pensa ser dono de suas empregadas. A violência contra a mulher persiste no país, portanto, devido ao sexismo e ao machismo de suas instituições. Para reverter essa cruel realidade, é possível que as universidades criem cursos de extensão junto às áreas de Psicologia, Serviço Social e Filosofia destinados à realização de palestras que versem sobre as consequências do feminicídio na sociedade. Também, cabe ao governo melhorar o serviço das delegacias destinadas à mulher, a fim de que a vítima seja acolhida por profissionais preparados. Por fim, o movimento feminista, aliado à mídia, deve promover campanhas destinadas a empoderar cada vez mais mulheres, para que elas não sejam silenciadas como foram suas avós. 07) “Sem título”, de Paula Vitória Macedo Há algumas décadas, era comum que a mulher estivesse associada apenas aos papéis de mãe, esposa e dona de casa. Através dos movimentos sociais ocorridos entre as décadas de 1970 e 1980, essa situação mudou: a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho e na sociedade, passando a ter direitos políticos, por exemplo. Entretanto, apesar das conquistas, entre elas a Lei Maria da Penha, a mulher continua a sofrer diversos tipos de violência, decorrentes do pensamento machista e patriarcal que ainda são perpetuados na sociedade brasileira. Ainda que a violência física e sexual sejam as mais óbvias, são várias as formas como se pratica a violência contra a mulher. Um dessas formas é a violência psicológica, praticada através dos ideais de beleza impostos pela mídia e pela sociedade, os quais reificam o corpo feminino. Prova disso é que as mulheres ainda são utilizadas como objetos para a satisfação e admiração masculina em propagandas de cerveja, por exemplo. Outra forma de violência é a moral: mulheres continuam sendo assediadas no trabalho, nas ruas e nos transportes coletivos. Somada ao assédio no trabalho, está ainda a disparidade de salários entre homens e mulheres: dados do IBGE apontam que o salário da mulher pode chegar a ser 30% inferior ao de homens que ocupam o mesmo cargo. Já a violência sexual é justificada socialmente através da cultura de estupro, por meio da qual a culpa é atribuída a vítima. Dessa maneira, mulheres continuam sendo privadas de sua liberdade para vestir sair ou ser o que quiserem. Sendo assim, essas formas de violência, que muitas vezes passam despercebidas pela sociedade, são frutos de uma cultura machista que ainda prevalece no Brasil. Afinal, apesar de todas as conquistas que a mulher obteve e das leis que a protege, não houve quaisquer reformas que possibilitassem a quebra das estruturas que sustentam e justificam essas violências. Dessa forma, meninos continuam sendo educados para comandar a mulher enquanto meninas continuam sendo educadas para serem donas de casa. Esse modelo binário de
  • 6. 6 educação de gênero é o principal fator que permite a persistência da violência contra a mulher. Nesse contexto, faz-se necessário mudar o pensamento machista sob o qual a violência se sustenta. Assim, em primeiro lugar, o Estado deve regular as propagandas que reificam o corpo feminino. Somado a isso, deve promover a igualdade entre os salários bem como deve garantir segurança das mulheres nos transportes coletivos e nas ruas, através de investimentos em segurança pública. Em segundo lugar, deve-se implementar nas escolas e universidades uma educação de gênero por meio da qual se desconstrua, paulatinamente o pensamento patriarcal. 08) “Equilíbrio aristotélico”, de Raphael Luan Carvalho de Souza Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, do século XVI ao XXI, o pensamento machista consolidou-se e permaneceu forte. A mulher era vista, de maneira mais intensa na transição entre a Idade Moderna e a Contemporânea, como inferior ao homem, tendo seu direito ao voto conquistado apenas na década de 1930, com a chegada da Era Vargas. Com isso, surge a problemática da violência de gênero dessa lógica excludente que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a agressão contra a mulher rompe essa harmonia, haja vista que, embora a Lei Maria da Penha tenha sido um grande progresso em relação à proteção feminina, há brechas que permitem a ocorrência dos crimes, como as muitas vítimas que deixam de efetivar a denúncia por serem intimidadas. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da prática da regulamentação como forma de combate à problemática. Outrossim, destaca-se o machismo como impulsionador da violência contra a mulher. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o preconceito de gênero pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, o fortalecimento do pensamento da exclusão feminina, transmitido de geração a geração, funciona como forte base dessa forma de agressão, agravando o problema no Brasil. Entende-se, portanto, que a continuidade da violência contra a mulher na contemporaneidade é fruto da ainda fraca eficácia das leis e da permanência do machismo como intenso fato social. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano de implementação de novas delegacias especializadas nessa forma de agressão, aliado à esfera estadual e municipal do poder, principalmente nas áreas que mais necessitem, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de estímulo à denúncia desses crimes. Dessa forma, com base no equilíbrio proposto por Aristóteles, esse fato social será gradativamente minimizado no país.
  • 7. 7 09) “Sem título”, de Valéria Alves A submissão da mulher em uma sociedade patriarcalista como a brasileira é um fato que tem origens históricas. Por todo o mundo, a figura feminina teve seus direitos cerceados e a liberdade limitada devido ao fato de ser considerada mais "frágil" ou "sensível", ainda que isso não pudesse ser provado cientificamente. Tal pensamento deu margem a uma maior subjugação da mulher e abriu portas a atos de violência a ela direcionados. Nessa perspectiva, a sociedade brasileira é pautada por uma visão machista. A liberdade feminina chega a ser tão limitada ao ponto que as mulheres que se vestem de acordo com as próprias vontades, expondo partes do corpo consideradas irreverentes, correm o risco de serem violentadas sob a justificativa de que "estavam pedindo por isso". Esse pensamento perdura no meio social, ainda que muitas conquistas de movimentos feministas –pautados no existencialismo da filósofa Simone de Beauvoir - tenham contribuído para diminuir essa percepção arcaica da mulher como objeto. Diante disso, as famílias brasileiras com acesso restrito à informação globalizada ou desavisadas a respeito dos Direitos Humanos continuam a pôr em prática atos atrozes em direção àquela que deveria ser o centro de gravitação do Lar. A violência doméstica, em especial física e psicológica, é praticada por homens com necessidade de autoafirmação ou dependentes de drogas (com destaque para o álcool) e faz milhares de vítimas diariamente no país. Nesse sentido, a criação de leis como a do feminicídio e Maria da Penha foram essenciais para apaziguar os conflitos e dar suporte a esse grupo antes marginalizado. Paralelo a isso, o exemplo dado pelo pai ao violentar mulher tem como consequência a solidificação de tal prática no psicológico dos filhos. As crianças, dotadas de pouca capacidade de discernimento, sofrem ao ver a mãe sendo violentada e tem grandes chances de se tornarem adultos violentos, contribuindo para a manutenção das práticas abusivas nas gerações em desenvolvimento e dificultando a extinção desse comportamento na sociedade. Desde os primórdios, nas primeiras sociedades formadas da Antiguidade até hoje, a mulher luta por liberdade, representatividade e respeito. O Estado pode contribuir nessa conquista ao investir em ONGs voltadas à defesa de direitos femininos e ao mobilizar campanhas e palestras públicas em escolas, comunidades e na mídia, objetivando a exposição da problemática e o debate acerca do respeito aos direitos femininos. É importante também a criação de um projeto de distribuição de histórias em quadrinhos e livros nas escolas, conscientizando as crianças e jovens sobre igualdade de gênero de forma divertida e interativa. Disponível em: http://temas.folha.uol.com.br/enem-nota-mil/redacoes-nota- mil/volta-aos-estudos-apos-quatro-anos.shtml. Acesso em: 20 mar. 2016.