SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 21
UFMG 2001
   Manoel Neves
O IDIOMA: VIVO OU MORTO?
O grande problema da língua pátria é que ela é viva e se renova a
cada dia. Problema não para a própria língua, mas para os puristas,
aqueles que fiscalizam o uso e o desuso do idioma. Quando Chico           LÍNGUA PORTUGUESA
Buarque de Hollanda criou na letra de “Pedro Pedreiro” o
neologismo “penseiro”, teve gente que chiou. Afinal, que palavra é       [viva, renova-se, coloquial]
essa? Não demorou muito, o Aurélio definiu a nova palavra no seu
                                                                       locutor defende língua coloquial
dicionário. Isso mostra o vigor da língua portuguesa. Nas próximas
edições dos melhores dicionários, não duvidem: provavelmente virá        locutor defende língua culta
pelo menos uma definição para a expressão “segura o tcham”. Enfim,
as gírias e expressões populares, por mais erradas ou absurdas que        presença de contradição
possam parecer, ajudam a manter a atualidade dos idiomas que se
prezam.
O papel de renovar e atualizar a língua cabe muito mais aos poetas e
ao povo do que propriamente aos gramáticos e dicionaristas de          RENOVADORES DA LÍNGUA
plantão. Nesse sentido, é no mínimo um absurdo ficar patrulhando os
criadores. Claro que os erros devem ser denunciados. Mas há uma                [poetas e povo]
diferença entre o “erro” propriamente dito e a renovação. O poeta é,          erro X renovação
portanto, aquele que provoca as grandes mudanças na língua.
Pena que o Brasil seja um país de analfabetos. E deve-se entender O “ERRO” E OS ANALFABETOS
como tal não apenas aqueles 60 milhões de “desletrados” que o censo
identifica, mas também aqueles que, mesmo sabendo o abecedário,         [defesa da língua culta]
raramente fazem uso desse conhecimento. Por isso, é comum ver nas crítica ao uso da língua coloquial
placas a expressão “vende-se à praso” em vez de “vende-se a prazo”;
ou “meio-dia e meio”, em vez de como é mesmo?                          presença de contradição

O português de Portugal nunca será como o nosso. No Brasil, o
idioma foi enriquecido por expressões de origem indígena e pelas      O PORTUGUÊS DO BRASIL
contribuições dos negros, europeus e orientais que para cá vieram.
Mesmo que documentalmente se utilize a mesma língua, no dia-a-dia [diferente do português de Portugal]
o idioma falado aqui nunca será completamente igual ao que se fala    defende renovação da língua
em Angola ou Macau, por exemplo.
Voltando à questão inicial, não é só o cidadão comum que atenta           locutor critica língua coloquial
contra a língua pátria. Os intelectuais também o fazem, por querer ou
                                                                         locutor defende língua coloquial
por mera ignorância. E também nós outros, jornalistas, afinal, herrar
é umano, ops, errare humanum est. Ou será oeste?                            presença de contradição

  SANTOS, Jorge Fernando dos. Estado de Minas, Belo Horizonte, 10 jun. 1996. (Texto adaptado)
UFMG-2001
                                  Compreensão Textual

                                           tema
qual o assunto abordado [um bloco de natureza nominal q designe especificamente de que trata o texto]?
                                        Língua Portuguesa

                                            tese
                   qual O intencionalidade usolocutor [por que ele escreveu texto]?
                        a locutor defende o do coloquial da Língua Portuguesa

                                        locutor
                      primeira ou terceira [maior ou menorterceira pessoa
                             focalização predominante em grau de objetividade]?

                                   linguagem
          Técnicas de exposição e ampliação;linguísticos utilizados no texto involuntamente
                         registros e efeitos o locutor incorre em contradição

                               tipo e gênero
                       tipo [expositivo-argumentativo] e gêneroe gênero textual
                         sequências textuais mais utilizadas [artigo de opinião]
QUESTÃO 01
                                  Compreensão Textual
Em todas as seguintes passagens, o autor deixa transparecer idéias que ele mesmo considera puristas,
EXCETO em
Claro que os erros devem ser denunciados. Mas há uma diferença entre o “erro” propriamente dito e
a renovação.
Não é só o cidadão comum que atenta contra a língua pátria.
Nesse sentido, é no mínimo um absurdo ficar patrulhando os criadores.
Pena que o Brasil seja um país de analfabetos. Por isso, é comum ver nas placas a expressão “vende-
se à praso”.
QUESTÃO 01
                                       Solução comentada
A noção de erro é típica da visão purista; se há erro, há uma língua pura que deve ser resguardada.
Atentar contra a língua pátria é errar, cometer uma infração contra aquilo que se considera correto,
padrão.
Os criadores são aqueles que renovam; defender a renovação é opor-se a um padrão formal, culto.
O fato de se achar uma pena q nem todos tenham acesso à língua culta, padrão, é purismo.
Assinale-se, pois a alternativa “c”.
QUESTÃO 02
                                   Compreensão Textual
Assinale a alternativa em que o autor, ao defender o dinamismo da língua, incorre em uma
contradição.
Não demorou muito, o Aurélio definiu a nova palavra no seu dicionário.
Enfim, as gírias e expressões populares [...] ajudam a manter a atualidade dos idiomas...
O papel de renovar e atualizar a língua cabe muito mais aos poetas e ao povo...
O poeta é, portanto, aquele que provoca as grandes mudanças na língua.
QUESTÃO 02
                                   Solução comentada
A contradição encontra-se na alternativa “d”, pois no segundo parágrafo afirma-se, de início, que o
poeta e povo renovam a língua; entretanto, ao final do parágrafo, enuncia-se que apenas o poeta
provoca mudanças na língua]
QUESTÃO 03
                                    Aspectos gramaticais
Assinale a alternativa em que o trecho destacado apresenta uma forma que é consagrada na oralidade
e que NÃO é aceita pelas regras da norma escrita culta.
E deve-se entender como tal não apenas aqueles 60 milhões de “desletrados” que o censo identifica...
E também nós outros, jornalistas, afinal, herrar é umano, ops, errare humanum est.
No Brasil, o idioma foi enriquecido [...] pelas contribuições dos negros, europeus e orientais que para
cá vieram.
Quando Chico Buarque de Hollanda criou [...] o neologismo .penseiro., teve gente que chiou.
QUESTÃO 03
                                   Solução comentada
Na alternativa “d”, o fragmento teve gente que chiou apresenta um desvio do padrão culto, na medida
em que o verbo ter significa possuir e foi usado no sentido existencial [equivalente a haver].
ERRAR É DIVINO
Pode um escritor, em nome de sua arte, contrariar as regras da            LÍNGUA PORTUGUESA
gramática? Essa é uma das principais questões levantadas pelo poeta
português Fernando Pessoa em A Língua Portuguesa.                   [polemiza-se uso do padrão coloquial

A língua existe para servir o indivíduo, e não para escravizá-lo, pensa
o poeta. Sendo uma aventura intelectual, o ato de grafar não deveria         PADRÕES LINGÜÍSTICOS
submeter-se à vontade unificadora do Estado, assim como uma                [locutor defende o uso coloquial]
pessoa jamais deveria aceitar a imposição de uma religião que seu
espírito recusasse. Esse tipo de postura gerou um impasse. De um                [por parte dos artistas]
lado, ficam os gramáticos, impondo normas. De outro, os artistas,
                                                                                artistas X gramáticos
clamando por liberdade.
A resposta à questão inicial é simples. Os artistas da língua não
passam para a posteridade porque rompem com a norma, mas                   A RUPTURA BEM-SUCEDIDA
porque sabem tirar proveito da ruptura. A transgressão, para ser bem-      [locutor defende o uso coloquial]
sucedida, deve possuir função estrutural. Tanto no texto como no
comportamento. Ela pode dar impressão de firmeza, de precisão, de               [por parte dos artistas]
ambigüidade, de ironia ou sugerir diversas coisas ao mesmo tempo.
                                                                             a ruptura deve ser estrutural
Na maioria dos casos, indica novas propostas para o futuro.
Pela perspectiva dos artistas, os gramáticos não passam de meros          GRAMÁTICOS X ARTISTAS
guardiães de uma inutilidade consagrada pelo poder constituído. Para
eles, dominar a norma culta do idioma não excede, em valor, o                [gramáticos X artistas]
conhecimento do código de trânsito, por natureza convencional e [para os artistas, os gramáticos]
efêmero: num dia, certa rua dá mão; no outro, não dá; e, na próxima
semana, pode ser que a mesma rua não exista. Observa-se o mesmo [defendem uma regra q pode mudar]
nas normas da gramática, que variam conforme as convenções gerais
                                                                             [a qualquer momento]
de cada época. Acontece que os artistas pretendem escrever para as
gerações futuras.                                                    artistas escrevem p gerações futuras

          TEIXEIRA, Ivan. VEJA, São Paulo, p.148-149, 21 abr. 1999. (Texto adaptado)
UFMG-2001
                                   Compreensão Textual

                                            tema
qual o assunto abordado [um bloco de natureza nominal q designe especificamente de que trata o texto]?
                                        Língua Portuguesa

                                             tese
               O locutor defende o erro [uso coloquial da[por queque tenha função estética
                    qual a intencionalidade do locutor língua] ele escreveu texto]?

                                         locutor
                      primeira ou terceira [maior ou menorterceira pessoa
                             focalização predominante em grau de objetividade]?

                                    linguagem
                  Técnicas de exposição e ampliação; citação; confronto; texto
                         registros e efeitos linguísticos utilizados no fato-exemplo.

                                tipo e gênero
                       tipo [expositivo-argumentativo] e gêneroe gênero textual
                         sequências textuais mais utilizadas [artigo de opinião]
QUESTÃO 04
                                   Compreensão Textual
De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que:
a língua não oprime os artistas quando os submete à vontade do Estado.
os artistas revelam o caráter transitório da norma culta ao infringirem-na.
os escritores contrariam as regras gramaticais porque as desconhecem.
os gramáticos impõem normas para os artistas não as transgredirem.
QUESTÃO 04
                                        Solução comentada
A língua oprime sim, porque os artistas são obrigados a seguir uma regra imposta por outrem
arbitrariamente [segundo parágrafo].
Se as alterações ocorrem a partir das mudanças feitas pelos artistas, a norma culta revela-se
transitória, de acordo com o texto.
Não se fala do desconhecimento que os artistas têm da norma culta.
Não se fala que os gramáticos impõem normas para que os artistas não as transgridam.
Assinale-se, pois, a alternativa “b”.
QUESTÃO 05
                                    Compreensão Textual
De acordo com o texto, para Fernando Pessoa, a língua existe para servir o indivíduo, e não para escravizá-
lo. Todas as alternativas seguintes justificam esse pensamento do poeta, EXCETO:
Essa idéia aponta para a valorização do rompimento bem-sucedido com a norma culta.
Essa idéia exalta a liberdade de criação do escritor em sua aventura intelectual.
Essa idéia gera um impasse entre os gramáticos, de um lado, e os artistas, de outro.
Essa idéia promove a norma culta como essência da transgressão gramatical.
QUESTÃO 05
                                     Solução comentada
Esta alternativa refere-se apenas ao rompimento com a norma. Não se afirma se o rompimento é
“bom” ou “ruim”.
Se a língua deve servir o artista, há, certamente, liberdade de criação para o escritor.
O impasse se deve ao fato de os gramáticos defenderem a norma culta o tempo todo
A norma culta não pode ser considerada a essencia da transgressao, pois ela e a norma. A
transgressao esta associada a lingua coloquial. Marque-se, pois, a alternativa “d”.
QUESTÃO 06
                                     Coerência e coesão
Em todas as alternativas, o emprego do termo, ou expressão, destacado está corretamente explicado
pela frase entre parênteses, EXCETO em
Assim como uma pessoa jamais deveria aceitar a imposição de uma religião que seu espírito recusasse.
(INTRODUZ UMA COMPARAÇÃO).
Ela pode dar impressão de firmeza, [...] de ironia ou sugerir diversas coisas ao mesmo tempo. (REFERE-SE À
TRANSGRESSÃO DE FUNÇÃO ESTRUTURAL).
Para eles, dominar a norma culta do idioma não excede, em valor, o conhecimento do código de trânsito...
(REFERE-SE AOS GRAMÁTICOS, GUARDIÃES DA LÍNGUA).
Observa-se o mesmo nas normas da gramática, que variam conforme as convenções gerais de cada época.
(REMETE À EFEMERIDADE DO CONHECIMENTO DO CÓDIGO DE TRÂNSITO).
QUESTÃO 06
                                        Solução comentada
Articulador de natureza comparativa.
Pronome anafórico que realmente se refere à transgressão de função estrutural.
O pronome anafórico eles se refere aos artistas e não aos gramáticos.
Pronome anafórico que retoma a efemeridade do conhecimento do código de trânsito.
Assinale-se, pois, a alternativa “c”.
QUESTÃO 07
                                   Compreensão Textual
Pode um escritor, em nome de sua arte, contrariar as regras da gramática? Assinale a alternativa em que o
ponto de vista defendido no Texto 1 serve de argumento para se responder a essa questão, levantada
no Texto 2.

Pode, porque há cidadãos “alfabetizados” que não fazem uso das normas gramaticais.
Pode, porque há uma diferença entre o “erro” propriamente dito e a renovação.
Pode, porque os puristas fiscalizam o uso do idioma e o poeta provoca mudanças.
Pode, porque os que atentam contra o idioma o fazem intencionalmente ou por ignorância.
QUESTÃO 07
                                   Solução comentada
Assinale-se a alternativa “b”, pois nela encontra-se uma ideia que responde à pergunta formulada no
texto 01.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Enem 2013, aspectos gramaticais
Enem 2013, aspectos gramaticaisEnem 2013, aspectos gramaticais
Enem 2013, aspectos gramaticaisma.no.el.ne.ves
 
Portugues 1EM 1BIM
Portugues 1EM 1BIM Portugues 1EM 1BIM
Portugues 1EM 1BIM Alice MLK
 
Simulado assistente-em-administr aca-o-ufpe
Simulado assistente-em-administr aca-o-ufpeSimulado assistente-em-administr aca-o-ufpe
Simulado assistente-em-administr aca-o-ufpeMarly Lima
 
Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010
Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010
Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010ma.no.el.ne.ves
 
Contribuições lexicais no enem
Contribuições lexicais no enemContribuições lexicais no enem
Contribuições lexicais no enemma.no.el.ne.ves
 
A prova de linguagens do enem
A prova de linguagens do enemA prova de linguagens do enem
A prova de linguagens do enemma.no.el.ne.ves
 
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano cNivea Neves
 
SEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANO
SEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANOSEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANO
SEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANOPaulo Alexandre
 
APOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETO
APOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETOAPOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETO
APOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETOAntônio Fernandes
 
Prova segundo ano 2009
Prova   segundo ano 2009Prova   segundo ano 2009
Prova segundo ano 2009Wilson Freire
 
Aula 2 coesao textual articulacoes sintaticas
Aula 2 coesao textual   articulacoes sintaticasAula 2 coesao textual   articulacoes sintaticas
Aula 2 coesao textual articulacoes sintaticasLeo Rodrigues
 
Intertextualidade e a importância da leitura valdice
Intertextualidade e a importância da leitura valdiceIntertextualidade e a importância da leitura valdice
Intertextualidade e a importância da leitura valdiceEdilson A. Souza
 
Prova concurso ufpe - programador de computador
Prova concurso   ufpe - programador de computadorProva concurso   ufpe - programador de computador
Prova concurso ufpe - programador de computadorJ M
 

La actualidad más candente (20)

Denotação x conotação fwae3
Denotação x conotação fwae3Denotação x conotação fwae3
Denotação x conotação fwae3
 
Enem 2013, aspectos gramaticais
Enem 2013, aspectos gramaticaisEnem 2013, aspectos gramaticais
Enem 2013, aspectos gramaticais
 
Portugues 1EM 1BIM
Portugues 1EM 1BIM Portugues 1EM 1BIM
Portugues 1EM 1BIM
 
Simulado assistente-em-administr aca-o-ufpe
Simulado assistente-em-administr aca-o-ufpeSimulado assistente-em-administr aca-o-ufpe
Simulado assistente-em-administr aca-o-ufpe
 
Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010
Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010
Prova discursiva de língua portuguesa e literatura da ufes 2010
 
Contribuições lexicais no enem
Contribuições lexicais no enemContribuições lexicais no enem
Contribuições lexicais no enem
 
Aula ocaderno2ano
Aula ocaderno2anoAula ocaderno2ano
Aula ocaderno2ano
 
Propaganda
PropagandaPropaganda
Propaganda
 
Tga
TgaTga
Tga
 
AULÃO - SEGUNDO ANO
AULÃO - SEGUNDO ANOAULÃO - SEGUNDO ANO
AULÃO - SEGUNDO ANO
 
2011 português 2
2011 português 22011 português 2
2011 português 2
 
A prova de linguagens do enem
A prova de linguagens do enemA prova de linguagens do enem
A prova de linguagens do enem
 
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c07  2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
07 2º bimestre - bloco 02 - 14_06_21 a 08_07_21 - 5º ano c
 
SEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANO
SEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANOSEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANO
SEMANA DO FERA 2014 - SEGUNDO ANO
 
APOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETO
APOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETOAPOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETO
APOSTILA PARA OFICINA MÓDULO II COM PROF. ANTÔNIO FERNANDES NETO
 
Prova segundo ano 2009
Prova   segundo ano 2009Prova   segundo ano 2009
Prova segundo ano 2009
 
Aula 2 coesao textual articulacoes sintaticas
Aula 2 coesao textual   articulacoes sintaticasAula 2 coesao textual   articulacoes sintaticas
Aula 2 coesao textual articulacoes sintaticas
 
Interpretacao de textos(1)97
Interpretacao de textos(1)97Interpretacao de textos(1)97
Interpretacao de textos(1)97
 
Intertextualidade e a importância da leitura valdice
Intertextualidade e a importância da leitura valdiceIntertextualidade e a importância da leitura valdice
Intertextualidade e a importância da leitura valdice
 
Prova concurso ufpe - programador de computador
Prova concurso   ufpe - programador de computadorProva concurso   ufpe - programador de computador
Prova concurso ufpe - programador de computador
 

Destacado

Prova de redação da UFMG-2001
Prova de redação da UFMG-2001Prova de redação da UFMG-2001
Prova de redação da UFMG-2001ma.no.el.ne.ves
 
Crônica no vestibular UFMG-1999
Crônica no vestibular UFMG-1999Crônica no vestibular UFMG-1999
Crônica no vestibular UFMG-1999ma.no.el.ne.ves
 
A notícia no vestibular ufmg 2007
A notícia no vestibular ufmg 2007A notícia no vestibular ufmg 2007
A notícia no vestibular ufmg 2007ma.no.el.ne.ves
 
Diário no vestibular UFMG-2005
Diário no vestibular UFMG-2005Diário no vestibular UFMG-2005
Diário no vestibular UFMG-2005ma.no.el.ne.ves
 
Carta no vestibular ufmg 2005
Carta no vestibular ufmg 2005Carta no vestibular ufmg 2005
Carta no vestibular ufmg 2005ma.no.el.ne.ves
 
Proposta de manifesto, UFMG-2006
Proposta de manifesto, UFMG-2006Proposta de manifesto, UFMG-2006
Proposta de manifesto, UFMG-2006ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2004
Prova de redação da UFMG-2004Prova de redação da UFMG-2004
Prova de redação da UFMG-2004ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2005
Prova de redação da UFMG-2005Prova de redação da UFMG-2005
Prova de redação da UFMG-2005ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2002
Prova de redação da UFMG-2002Prova de redação da UFMG-2002
Prova de redação da UFMG-2002ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2003
Prova de redação da UFMG-2003Prova de redação da UFMG-2003
Prova de redação da UFMG-2003ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação: UFMG-1999
Prova de redação: UFMG-1999Prova de redação: UFMG-1999
Prova de redação: UFMG-1999ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2008
Prova de redação da UFMG-2008Prova de redação da UFMG-2008
Prova de redação da UFMG-2008ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2009
Prova de redação da UFMG-2009Prova de redação da UFMG-2009
Prova de redação da UFMG-2009ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2007
Prova de redação da UFMG-2007Prova de redação da UFMG-2007
Prova de redação da UFMG-2007ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2006
Prova de redação da UFMG-2006Prova de redação da UFMG-2006
Prova de redação da UFMG-2006ma.no.el.ne.ves
 
Prova de redação da UFMG-2010
Prova de redação da UFMG-2010Prova de redação da UFMG-2010
Prova de redação da UFMG-2010ma.no.el.ne.ves
 
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiroPsicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiroRoseParre
 

Destacado (20)

Prova de redação da UFMG-2001
Prova de redação da UFMG-2001Prova de redação da UFMG-2001
Prova de redação da UFMG-2001
 
Crônica no vestibular UFMG-1999
Crônica no vestibular UFMG-1999Crônica no vestibular UFMG-1999
Crônica no vestibular UFMG-1999
 
Ufmg 2007
Ufmg 2007Ufmg 2007
Ufmg 2007
 
A notícia no vestibular ufmg 2007
A notícia no vestibular ufmg 2007A notícia no vestibular ufmg 2007
A notícia no vestibular ufmg 2007
 
Diário no vestibular UFMG-2005
Diário no vestibular UFMG-2005Diário no vestibular UFMG-2005
Diário no vestibular UFMG-2005
 
Carta no vestibular ufmg 2005
Carta no vestibular ufmg 2005Carta no vestibular ufmg 2005
Carta no vestibular ufmg 2005
 
Proposta de manifesto, UFMG-2006
Proposta de manifesto, UFMG-2006Proposta de manifesto, UFMG-2006
Proposta de manifesto, UFMG-2006
 
Prova de redação da UFMG-2004
Prova de redação da UFMG-2004Prova de redação da UFMG-2004
Prova de redação da UFMG-2004
 
Prova de redação da UFMG-2005
Prova de redação da UFMG-2005Prova de redação da UFMG-2005
Prova de redação da UFMG-2005
 
Prova de redação da UFMG-2002
Prova de redação da UFMG-2002Prova de redação da UFMG-2002
Prova de redação da UFMG-2002
 
Prova de redação da UFMG-2003
Prova de redação da UFMG-2003Prova de redação da UFMG-2003
Prova de redação da UFMG-2003
 
Ufmg 2008
Ufmg 2008Ufmg 2008
Ufmg 2008
 
Prova de redação: UFMG-1999
Prova de redação: UFMG-1999Prova de redação: UFMG-1999
Prova de redação: UFMG-1999
 
Prova de redação da UFMG-2008
Prova de redação da UFMG-2008Prova de redação da UFMG-2008
Prova de redação da UFMG-2008
 
UFMG-2000
UFMG-2000UFMG-2000
UFMG-2000
 
Prova de redação da UFMG-2009
Prova de redação da UFMG-2009Prova de redação da UFMG-2009
Prova de redação da UFMG-2009
 
Prova de redação da UFMG-2007
Prova de redação da UFMG-2007Prova de redação da UFMG-2007
Prova de redação da UFMG-2007
 
Prova de redação da UFMG-2006
Prova de redação da UFMG-2006Prova de redação da UFMG-2006
Prova de redação da UFMG-2006
 
Prova de redação da UFMG-2010
Prova de redação da UFMG-2010Prova de redação da UFMG-2010
Prova de redação da UFMG-2010
 
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiroPsicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
Psicogênese da língua escrita segundo maria emilia ferreiro
 

Similar a Ufmg 2001

Aspectos gramaticais no enem 2010
Aspectos gramaticais no enem 2010Aspectos gramaticais no enem 2010
Aspectos gramaticais no enem 2010ma.no.el.ne.ves
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eThiago Soares
 
Exercícios variações linguísticas
Exercícios variações linguísticasExercícios variações linguísticas
Exercícios variações linguísticasAndriane Cursino
 
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdfSimulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdfedsonhenrique44
 
Faraco por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1
Faraco  por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1Faraco  por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1
Faraco por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1odilane santana SANTOS
 
Variedades linguísticas- exercício
Variedades linguísticas-  exercícioVariedades linguísticas-  exercício
Variedades linguísticas- exercícioCláudia Heloísa
 
Breve história da língua portuguesa
Breve história da língua portuguesaBreve história da língua portuguesa
Breve história da língua portuguesaFabiana Pinto
 
Apostila de língua portuguesa profa. ilka mota
Apostila de língua portuguesa profa. ilka motaApostila de língua portuguesa profa. ilka mota
Apostila de língua portuguesa profa. ilka motaJowandreo Paixão
 
Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia)
Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia) Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia)
Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia) Isaquel Silva
 
Provas do primeiro dia do Vestibular UPE
Provas do primeiro dia do Vestibular UPEProvas do primeiro dia do Vestibular UPE
Provas do primeiro dia do Vestibular UPELuiza Freitas
 
Apostila tecnica de redacao
Apostila tecnica de redacaoApostila tecnica de redacao
Apostila tecnica de redacaoJeffter Vieira
 
O senso comum sobre a língua
O senso comum sobre a línguaO senso comum sobre a língua
O senso comum sobre a línguaSuellen87
 
Ed#3 novo acordo ortographico
Ed#3  novo acordo ortographicoEd#3  novo acordo ortographico
Ed#3 novo acordo ortographicoautoresalertas
 
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010Marcos Gimenes Salun
 
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...Letras12013
 

Similar a Ufmg 2001 (20)

Aspectos gramaticais no enem 2010
Aspectos gramaticais no enem 2010Aspectos gramaticais no enem 2010
Aspectos gramaticais no enem 2010
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
 
Exercícios variações linguísticas
Exercícios variações linguísticasExercícios variações linguísticas
Exercícios variações linguísticas
 
Ipt resumo
Ipt   resumoIpt   resumo
Ipt resumo
 
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdfSimulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
Simulado da PM-PE_ConcurseiroMossoroense.pdf
 
Faraco por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1
Faraco  por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1Faraco  por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1
Faraco por-uma_pedagogia_da_variacao_linguistica1
 
Variedades linguísticas- exercício
Variedades linguísticas-  exercícioVariedades linguísticas-  exercício
Variedades linguísticas- exercício
 
Breve história da língua portuguesa
Breve história da língua portuguesaBreve história da língua portuguesa
Breve história da língua portuguesa
 
Apostila de língua portuguesa profa. ilka mota
Apostila de língua portuguesa profa. ilka motaApostila de língua portuguesa profa. ilka mota
Apostila de língua portuguesa profa. ilka mota
 
Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia)
Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia) Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia)
Vestibular 2015 da UPE (Provas do 1º dia)
 
Vestibular 2015 1-dia
Vestibular 2015 1-diaVestibular 2015 1-dia
Vestibular 2015 1-dia
 
Provas do primeiro dia do Vestibular UPE
Provas do primeiro dia do Vestibular UPEProvas do primeiro dia do Vestibular UPE
Provas do primeiro dia do Vestibular UPE
 
Apostila de técnica de redação
Apostila de técnica de redaçãoApostila de técnica de redação
Apostila de técnica de redação
 
Apostila de técnica de redação
Apostila de técnica de redaçãoApostila de técnica de redação
Apostila de técnica de redação
 
Apostila tecnica de redacao
Apostila tecnica de redacaoApostila tecnica de redacao
Apostila tecnica de redacao
 
O senso comum sobre a língua
O senso comum sobre a línguaO senso comum sobre a língua
O senso comum sobre a língua
 
Ed#3 novo acordo ortographico
Ed#3  novo acordo ortographicoEd#3  novo acordo ortographico
Ed#3 novo acordo ortographico
 
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
 
LINGUAGEM CULTA X COLOQUIAL
LINGUAGEM CULTA X COLOQUIALLINGUAGEM CULTA X COLOQUIAL
LINGUAGEM CULTA X COLOQUIAL
 
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
The importancy of the literary text in the teaching of English as an Internat...
 

Más de ma.no.el.ne.ves

Segunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
Segunda aplicação do ENEM-2019: LiteraturaSegunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
Segunda aplicação do ENEM-2019: Literaturama.no.el.ne.ves
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologiasSegunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologiasma.no.el.ne.ves
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileirasSegunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileirasma.no.el.ne.ves
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação FísicaSegunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação Físicama.no.el.ne.ves
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textualSegunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textualma.no.el.ne.ves
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticaisSegunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticaisma.no.el.ne.ves
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Artes
Segunda aplicação do ENEM-2019: ArtesSegunda aplicação do ENEM-2019: Artes
Segunda aplicação do ENEM-2019: Artesma.no.el.ne.ves
 
ENEM-2019: Internet e Tecnologias
ENEM-2019: Internet e TecnologiasENEM-2019: Internet e Tecnologias
ENEM-2019: Internet e Tecnologiasma.no.el.ne.ves
 
ENEM-2019: Identidades brasileiras
ENEM-2019: Identidades brasileirasENEM-2019: Identidades brasileiras
ENEM-2019: Identidades brasileirasma.no.el.ne.ves
 
ENEM-2019: Aspectos Gramaticais
ENEM-2019: Aspectos GramaticaisENEM-2019: Aspectos Gramaticais
ENEM-2019: Aspectos Gramaticaisma.no.el.ne.ves
 
ENEM-2019: Educação Física
ENEM-2019: Educação FísicaENEM-2019: Educação Física
ENEM-2019: Educação Físicama.no.el.ne.ves
 
ENEM-2019: Compreensão Textual
ENEM-2019: Compreensão TextualENEM-2019: Compreensão Textual
ENEM-2019: Compreensão Textualma.no.el.ne.ves
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e InternetTerceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internetma.no.el.ne.ves
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
Terceira aplicação do ENEM-2017: LiteraturaTerceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
Terceira aplicação do ENEM-2017: Literaturama.no.el.ne.ves
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação FísicaTerceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação Físicama.no.el.ne.ves
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão TextualTerceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textualma.no.el.ne.ves
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Artes
Terceira aplicação do ENEM-2017: ArtesTerceira aplicação do ENEM-2017: Artes
Terceira aplicação do ENEM-2017: Artesma.no.el.ne.ves
 
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010ma.no.el.ne.ves
 

Más de ma.no.el.ne.ves (20)

Segunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
Segunda aplicação do ENEM-2019: LiteraturaSegunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
Segunda aplicação do ENEM-2019: Literatura
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologiasSegunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
Segunda aplicação do ENEM-2019: Internet e tecnologias
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileirasSegunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
Segunda aplicação do ENEM-2019: Identidades brasileiras
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação FísicaSegunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
Segunda aplicação do ENEM-2019: Educação Física
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textualSegunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
Segunda aplicação do ENEM-2019: Compreensão textual
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticaisSegunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
Segunda aplicação do ENEM-2019: Aspectos gramaticais
 
Segunda aplicação do ENEM-2019: Artes
Segunda aplicação do ENEM-2019: ArtesSegunda aplicação do ENEM-2019: Artes
Segunda aplicação do ENEM-2019: Artes
 
ENEM-2019: Literatura
ENEM-2019: LiteraturaENEM-2019: Literatura
ENEM-2019: Literatura
 
ENEM-2019: Internet e Tecnologias
ENEM-2019: Internet e TecnologiasENEM-2019: Internet e Tecnologias
ENEM-2019: Internet e Tecnologias
 
ENEM-2019: Identidades brasileiras
ENEM-2019: Identidades brasileirasENEM-2019: Identidades brasileiras
ENEM-2019: Identidades brasileiras
 
ENEM-2019: Aspectos Gramaticais
ENEM-2019: Aspectos GramaticaisENEM-2019: Aspectos Gramaticais
ENEM-2019: Aspectos Gramaticais
 
ENEM-2019: Educação Física
ENEM-2019: Educação FísicaENEM-2019: Educação Física
ENEM-2019: Educação Física
 
ENEM-2019: Compreensão Textual
ENEM-2019: Compreensão TextualENEM-2019: Compreensão Textual
ENEM-2019: Compreensão Textual
 
ENEM-2019: Artes
ENEM-2019: ArtesENEM-2019: Artes
ENEM-2019: Artes
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e InternetTerceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
Terceira aplicação do ENEM-2017: Tecnologias e Internet
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
Terceira aplicação do ENEM-2017: LiteraturaTerceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
Terceira aplicação do ENEM-2017: Literatura
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação FísicaTerceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
Terceira aplicação do ENEM-2017: Educação Física
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão TextualTerceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
Terceira aplicação do ENEM-2017: Compreensão Textual
 
Terceira aplicação do ENEM-2017: Artes
Terceira aplicação do ENEM-2017: ArtesTerceira aplicação do ENEM-2017: Artes
Terceira aplicação do ENEM-2017: Artes
 
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
Análise da Prova de Redação da UERJ-2010
 

Ufmg 2001

  • 1. UFMG 2001 Manoel Neves
  • 2. O IDIOMA: VIVO OU MORTO? O grande problema da língua pátria é que ela é viva e se renova a cada dia. Problema não para a própria língua, mas para os puristas, aqueles que fiscalizam o uso e o desuso do idioma. Quando Chico LÍNGUA PORTUGUESA Buarque de Hollanda criou na letra de “Pedro Pedreiro” o neologismo “penseiro”, teve gente que chiou. Afinal, que palavra é [viva, renova-se, coloquial] essa? Não demorou muito, o Aurélio definiu a nova palavra no seu locutor defende língua coloquial dicionário. Isso mostra o vigor da língua portuguesa. Nas próximas edições dos melhores dicionários, não duvidem: provavelmente virá locutor defende língua culta pelo menos uma definição para a expressão “segura o tcham”. Enfim, as gírias e expressões populares, por mais erradas ou absurdas que presença de contradição possam parecer, ajudam a manter a atualidade dos idiomas que se prezam. O papel de renovar e atualizar a língua cabe muito mais aos poetas e ao povo do que propriamente aos gramáticos e dicionaristas de RENOVADORES DA LÍNGUA plantão. Nesse sentido, é no mínimo um absurdo ficar patrulhando os criadores. Claro que os erros devem ser denunciados. Mas há uma [poetas e povo] diferença entre o “erro” propriamente dito e a renovação. O poeta é, erro X renovação portanto, aquele que provoca as grandes mudanças na língua.
  • 3. Pena que o Brasil seja um país de analfabetos. E deve-se entender O “ERRO” E OS ANALFABETOS como tal não apenas aqueles 60 milhões de “desletrados” que o censo identifica, mas também aqueles que, mesmo sabendo o abecedário, [defesa da língua culta] raramente fazem uso desse conhecimento. Por isso, é comum ver nas crítica ao uso da língua coloquial placas a expressão “vende-se à praso” em vez de “vende-se a prazo”; ou “meio-dia e meio”, em vez de como é mesmo? presença de contradição O português de Portugal nunca será como o nosso. No Brasil, o idioma foi enriquecido por expressões de origem indígena e pelas O PORTUGUÊS DO BRASIL contribuições dos negros, europeus e orientais que para cá vieram. Mesmo que documentalmente se utilize a mesma língua, no dia-a-dia [diferente do português de Portugal] o idioma falado aqui nunca será completamente igual ao que se fala defende renovação da língua em Angola ou Macau, por exemplo. Voltando à questão inicial, não é só o cidadão comum que atenta locutor critica língua coloquial contra a língua pátria. Os intelectuais também o fazem, por querer ou locutor defende língua coloquial por mera ignorância. E também nós outros, jornalistas, afinal, herrar é umano, ops, errare humanum est. Ou será oeste? presença de contradição SANTOS, Jorge Fernando dos. Estado de Minas, Belo Horizonte, 10 jun. 1996. (Texto adaptado)
  • 4. UFMG-2001 Compreensão Textual tema qual o assunto abordado [um bloco de natureza nominal q designe especificamente de que trata o texto]? Língua Portuguesa tese qual O intencionalidade usolocutor [por que ele escreveu texto]? a locutor defende o do coloquial da Língua Portuguesa locutor primeira ou terceira [maior ou menorterceira pessoa focalização predominante em grau de objetividade]? linguagem Técnicas de exposição e ampliação;linguísticos utilizados no texto involuntamente registros e efeitos o locutor incorre em contradição tipo e gênero tipo [expositivo-argumentativo] e gêneroe gênero textual sequências textuais mais utilizadas [artigo de opinião]
  • 5. QUESTÃO 01 Compreensão Textual Em todas as seguintes passagens, o autor deixa transparecer idéias que ele mesmo considera puristas, EXCETO em Claro que os erros devem ser denunciados. Mas há uma diferença entre o “erro” propriamente dito e a renovação. Não é só o cidadão comum que atenta contra a língua pátria. Nesse sentido, é no mínimo um absurdo ficar patrulhando os criadores. Pena que o Brasil seja um país de analfabetos. Por isso, é comum ver nas placas a expressão “vende- se à praso”.
  • 6. QUESTÃO 01 Solução comentada A noção de erro é típica da visão purista; se há erro, há uma língua pura que deve ser resguardada. Atentar contra a língua pátria é errar, cometer uma infração contra aquilo que se considera correto, padrão. Os criadores são aqueles que renovam; defender a renovação é opor-se a um padrão formal, culto. O fato de se achar uma pena q nem todos tenham acesso à língua culta, padrão, é purismo. Assinale-se, pois a alternativa “c”.
  • 7. QUESTÃO 02 Compreensão Textual Assinale a alternativa em que o autor, ao defender o dinamismo da língua, incorre em uma contradição. Não demorou muito, o Aurélio definiu a nova palavra no seu dicionário. Enfim, as gírias e expressões populares [...] ajudam a manter a atualidade dos idiomas... O papel de renovar e atualizar a língua cabe muito mais aos poetas e ao povo... O poeta é, portanto, aquele que provoca as grandes mudanças na língua.
  • 8. QUESTÃO 02 Solução comentada A contradição encontra-se na alternativa “d”, pois no segundo parágrafo afirma-se, de início, que o poeta e povo renovam a língua; entretanto, ao final do parágrafo, enuncia-se que apenas o poeta provoca mudanças na língua]
  • 9. QUESTÃO 03 Aspectos gramaticais Assinale a alternativa em que o trecho destacado apresenta uma forma que é consagrada na oralidade e que NÃO é aceita pelas regras da norma escrita culta. E deve-se entender como tal não apenas aqueles 60 milhões de “desletrados” que o censo identifica... E também nós outros, jornalistas, afinal, herrar é umano, ops, errare humanum est. No Brasil, o idioma foi enriquecido [...] pelas contribuições dos negros, europeus e orientais que para cá vieram. Quando Chico Buarque de Hollanda criou [...] o neologismo .penseiro., teve gente que chiou.
  • 10. QUESTÃO 03 Solução comentada Na alternativa “d”, o fragmento teve gente que chiou apresenta um desvio do padrão culto, na medida em que o verbo ter significa possuir e foi usado no sentido existencial [equivalente a haver].
  • 11. ERRAR É DIVINO Pode um escritor, em nome de sua arte, contrariar as regras da LÍNGUA PORTUGUESA gramática? Essa é uma das principais questões levantadas pelo poeta português Fernando Pessoa em A Língua Portuguesa. [polemiza-se uso do padrão coloquial A língua existe para servir o indivíduo, e não para escravizá-lo, pensa o poeta. Sendo uma aventura intelectual, o ato de grafar não deveria PADRÕES LINGÜÍSTICOS submeter-se à vontade unificadora do Estado, assim como uma [locutor defende o uso coloquial] pessoa jamais deveria aceitar a imposição de uma religião que seu espírito recusasse. Esse tipo de postura gerou um impasse. De um [por parte dos artistas] lado, ficam os gramáticos, impondo normas. De outro, os artistas, artistas X gramáticos clamando por liberdade. A resposta à questão inicial é simples. Os artistas da língua não passam para a posteridade porque rompem com a norma, mas A RUPTURA BEM-SUCEDIDA porque sabem tirar proveito da ruptura. A transgressão, para ser bem- [locutor defende o uso coloquial] sucedida, deve possuir função estrutural. Tanto no texto como no comportamento. Ela pode dar impressão de firmeza, de precisão, de [por parte dos artistas] ambigüidade, de ironia ou sugerir diversas coisas ao mesmo tempo. a ruptura deve ser estrutural Na maioria dos casos, indica novas propostas para o futuro.
  • 12. Pela perspectiva dos artistas, os gramáticos não passam de meros GRAMÁTICOS X ARTISTAS guardiães de uma inutilidade consagrada pelo poder constituído. Para eles, dominar a norma culta do idioma não excede, em valor, o [gramáticos X artistas] conhecimento do código de trânsito, por natureza convencional e [para os artistas, os gramáticos] efêmero: num dia, certa rua dá mão; no outro, não dá; e, na próxima semana, pode ser que a mesma rua não exista. Observa-se o mesmo [defendem uma regra q pode mudar] nas normas da gramática, que variam conforme as convenções gerais [a qualquer momento] de cada época. Acontece que os artistas pretendem escrever para as gerações futuras. artistas escrevem p gerações futuras TEIXEIRA, Ivan. VEJA, São Paulo, p.148-149, 21 abr. 1999. (Texto adaptado)
  • 13. UFMG-2001 Compreensão Textual tema qual o assunto abordado [um bloco de natureza nominal q designe especificamente de que trata o texto]? Língua Portuguesa tese O locutor defende o erro [uso coloquial da[por queque tenha função estética qual a intencionalidade do locutor língua] ele escreveu texto]? locutor primeira ou terceira [maior ou menorterceira pessoa focalização predominante em grau de objetividade]? linguagem Técnicas de exposição e ampliação; citação; confronto; texto registros e efeitos linguísticos utilizados no fato-exemplo. tipo e gênero tipo [expositivo-argumentativo] e gêneroe gênero textual sequências textuais mais utilizadas [artigo de opinião]
  • 14. QUESTÃO 04 Compreensão Textual De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que: a língua não oprime os artistas quando os submete à vontade do Estado. os artistas revelam o caráter transitório da norma culta ao infringirem-na. os escritores contrariam as regras gramaticais porque as desconhecem. os gramáticos impõem normas para os artistas não as transgredirem.
  • 15. QUESTÃO 04 Solução comentada A língua oprime sim, porque os artistas são obrigados a seguir uma regra imposta por outrem arbitrariamente [segundo parágrafo]. Se as alterações ocorrem a partir das mudanças feitas pelos artistas, a norma culta revela-se transitória, de acordo com o texto. Não se fala do desconhecimento que os artistas têm da norma culta. Não se fala que os gramáticos impõem normas para que os artistas não as transgridam. Assinale-se, pois, a alternativa “b”.
  • 16. QUESTÃO 05 Compreensão Textual De acordo com o texto, para Fernando Pessoa, a língua existe para servir o indivíduo, e não para escravizá- lo. Todas as alternativas seguintes justificam esse pensamento do poeta, EXCETO: Essa idéia aponta para a valorização do rompimento bem-sucedido com a norma culta. Essa idéia exalta a liberdade de criação do escritor em sua aventura intelectual. Essa idéia gera um impasse entre os gramáticos, de um lado, e os artistas, de outro. Essa idéia promove a norma culta como essência da transgressão gramatical.
  • 17. QUESTÃO 05 Solução comentada Esta alternativa refere-se apenas ao rompimento com a norma. Não se afirma se o rompimento é “bom” ou “ruim”. Se a língua deve servir o artista, há, certamente, liberdade de criação para o escritor. O impasse se deve ao fato de os gramáticos defenderem a norma culta o tempo todo A norma culta não pode ser considerada a essencia da transgressao, pois ela e a norma. A transgressao esta associada a lingua coloquial. Marque-se, pois, a alternativa “d”.
  • 18. QUESTÃO 06 Coerência e coesão Em todas as alternativas, o emprego do termo, ou expressão, destacado está corretamente explicado pela frase entre parênteses, EXCETO em Assim como uma pessoa jamais deveria aceitar a imposição de uma religião que seu espírito recusasse. (INTRODUZ UMA COMPARAÇÃO). Ela pode dar impressão de firmeza, [...] de ironia ou sugerir diversas coisas ao mesmo tempo. (REFERE-SE À TRANSGRESSÃO DE FUNÇÃO ESTRUTURAL). Para eles, dominar a norma culta do idioma não excede, em valor, o conhecimento do código de trânsito... (REFERE-SE AOS GRAMÁTICOS, GUARDIÃES DA LÍNGUA). Observa-se o mesmo nas normas da gramática, que variam conforme as convenções gerais de cada época. (REMETE À EFEMERIDADE DO CONHECIMENTO DO CÓDIGO DE TRÂNSITO).
  • 19. QUESTÃO 06 Solução comentada Articulador de natureza comparativa. Pronome anafórico que realmente se refere à transgressão de função estrutural. O pronome anafórico eles se refere aos artistas e não aos gramáticos. Pronome anafórico que retoma a efemeridade do conhecimento do código de trânsito. Assinale-se, pois, a alternativa “c”.
  • 20. QUESTÃO 07 Compreensão Textual Pode um escritor, em nome de sua arte, contrariar as regras da gramática? Assinale a alternativa em que o ponto de vista defendido no Texto 1 serve de argumento para se responder a essa questão, levantada no Texto 2. Pode, porque há cidadãos “alfabetizados” que não fazem uso das normas gramaticais. Pode, porque há uma diferença entre o “erro” propriamente dito e a renovação. Pode, porque os puristas fiscalizam o uso do idioma e o poeta provoca mudanças. Pode, porque os que atentam contra o idioma o fazem intencionalmente ou por ignorância.
  • 21. QUESTÃO 07 Solução comentada Assinale-se a alternativa “b”, pois nela encontra-se uma ideia que responde à pergunta formulada no texto 01.