Este documento discute a democracia e o papel do cristão na política. Ele defende que os cristãos devem estar envolvidos na política de forma integrada, defendendo valores democráticos como liberdade e direitos iguais. O autor também argumenta que fé e pátria não devem ser vistas como separadas, e que os cristãos devem lutar pela nação.
1. Capa
Página 1
A
DIMENSÃO
DA DEMOCRACIA
Artemiro Bósio
Página 2 APRESENTAÇÃO
Num abrir dos olhos damos conta de estar dentro do mundo, e num fechar dos
mesmos deixamos tudo para trás.
Caros leitores entre esses dois espaços temos uma vida.
Esta vida para ela ser vivida temos que valoriza-la, não só a minha e a sua, mas
as de todos e buscar no decorrer do tempo os ciclos e as fazes e colocar seus itens
aproximados dos sistemas variados a cada idade e constumes, as leis de uma
civilização e cultura que possa ser satisfatória para toda uma sociedade e município.
A pauta em questão que lhe estou apresentando é um sistema Democrático,
não o vigente este é bom, melhorá-lo não é pior, se voltarmos as suas origens e um
começar de novo. Em 503 antes de Cristo um cidadão Ateniense na Grécia, chamado
1
2. Cléstenes afrontou o sistema daquele Império. Derrubou o filho do seu sucessor Salom
Imperador de então, e implantou a Democracia por haver as divisões sociais de classe
e muitas injustiças sobre aquele povo com leis não apropriadas para em seguimento
humano.
Isto já faz 2.500 anos; Dali para cá houve muitos avanços, mas com muito
sangue, até os fins deste séculos 2.000 deixou-nos muito a desejar pela Democracia.
Nós para entrar no século 3.000 ou 3º século temos o dever e obrigação
através de criatividade remodelar o grande sistema Democrático principalmente o
Brasil que é um país novo. E se o velho mundo quer aprender conosco estamos as
ordens.
O tempo requer mudanças neste tipo de cultura. Se o tema é Democracia
pura? O que podemos entender com ela, 1º verdade, 2º liberdade, 3º direitos iguais
aqui esta os desafios e os questionamentos na regra para regela, embora muitos
atentos com boa vontade nem sempre atingiu os objetivos Almejados: 1º por ter o lado
oposto através dos partidos, 2º o mais importante, não sabem os porquês de estarmos
inseridos dentro do mundo mas de toda maneira devemos omitir o que herdamos dos
nossos antepassados não o individual, mas sim em coletividade, e pensar o que
transmitimos e deixamos para a nossas gerações futuras é analisar o grau de
responsabilidade conforme o posto que ocupamos em nossa missão, nos requisitos
políticos.
Aqui temos um questionamento de preparação da nossa juventude estudantil
brasileira.
Aceitar e encostar os ombros dos poderes políticos aos desafios que eles
encontram, na modernidade, na tecnologia e somar os turbilhões de conhecimento
da cultura, e os meios da sobrevivência.
Se nos somos racionai por isso temos o dever, a obrigação se somos líderes
capacitados de linear primas sob o regime democrático de forma uma nação
invejável perante o mundo.
É possível acreditar com coisas simples e fáceis que estou apresentando do
que complicadas e difíceis que estas traz a desagregação dos povos e
comprometimento da paz.
A minha preocupação é por ser uma proposta tão simples que os bem
empregados e os acomodados, não querem entender e não dão importância.
A razão do conteúdo, da Semente para um Gigante, chamada o Grande
opuscúlo, quer chegar a uma definição como interpretar, agir e concluir em ação
através do retrato ou símbolo do Aparelho circulatório do sangue.
Se praticar em os 5.565 ( cinco mil quinhentos e sessenta e cinco) municípios do
Brasil como determina a analogia, a harmonia com os Estados e os órgãos Federais. É
um ninar de Criança a ver o seu crescimento.
Veja, leia, entenda o que está na introdução na reflexão ao 1º verso do Hino a
Bandeira e no decorrer dos capítulos da leitura.
Os porque dos Heróis; as riquezas da vida, porque somos cegos, buscamos uma
coisa e o nosso Criador quer a realidade de nossa vida, porque está escrito ordem e
progresso; porque contemplamos o céu, porque o Cruzeiro do Sul em nossa Bandeira,
porque não lhe espira um sentimento do dever como as raízes, fora tudo isso ainda o
dever social cristão e patriótico.
Será que não está nascendo um crepúsculo que vai brilhar sobre a cada
brasileiro, um sol que dá luz e vigor, não é porque os nossos antepassados cruzaram os
braços o importante agora com todo este conhecimento e nós que não deixamos
cruza-los.
MATÉRIA QUE NÃO FOI LIDA EM JORNAIS
EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO
Em 1982, o Jornal semanário “A voz do Paraná” edição de 23 à 29 de outubro
do ano de 1982, trouxe um artigo que escreveu o Sr.Dr. Agostinho Bertoldi, com o título
“Eu Cristão Eleitor”. E um leitor do referido Jornal, Sr. Paulo A. Maluff, gostou do artigo
escreveu outro a respeito, com o título “Eu Cristão Candidato”no mesmo Jornal, edição
do dia 20 à 26 de novembro do mesmo ano.
Aplageou os pontos de vistas de Bertoldi, eram termos políticos e sociais. Eu era
assinante do mesmo Jornal e também gostei dos artigos, preparei uma matéria mas
não mandei, o titulo deste artigo é “EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO”, ao ler estes artigos
me deixaram campo aberto para escrever sobre seus pensamentos, EU CRISTÃO
2
3. DEMOCRÁTICO. Quero expor minha visão global sobre o homem democrático cristão
político e social e patriótico, assumindo estes dizeres o dia a dia defendendo a
própria existência e os nossos dependentes, as opções de nossas ações podem e
devem abrir um campo de ajuda ao nosso semelhante e não colocar pedras em
nossos caminhos.
Os termos de Dr. Agostinho, na minha interpretação, não foram tão claros,
talvez temeu ele, polemicas em torno do artigo, mas no entanto achei louvável,
porque assim posso fazer pensar os leitores que sempre os mesmos venham pensar
igual para edificar o EU CRISTÃO.
Agostinho não foi claro também em misturar a política com o cristão, pátria
com a fé, sociedade e família, dentro de tudo isto em separado forma um paredão de
ideais subalternos que não coincidem os ideais de crença cristã, porque o cristão
íntegro coincidem com a democracia porque é libertação, quando ela é pura.
O que estou escrevendo sobre o “EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO” é interpretação
da sagrada escritura, penso eu que é de integração e libertação total de promover o
homem em todas as dimensões, o que deve ficar claro é que as nações não são dos
homens, mas sim de Deus. A nação é confiada a viver os ciclos de vida na terra e dar
continuidade a espécie, e o dono Deus preocupa-se com a espécie que colocou
sobre a terra sob a sua guarda baseado no salmo “32” “Bem aventurada a nação que
tem o Senhor por seu Deus o povo que ele escolheu para a sua herança. O Senhor
olhou do céu viu todos os filhos dos homens, da morada que ele preparou para si olhou
todos os que habitam na terra.
Foi ele que formou o coração de cada um deles é ele que conhece todas as
suas obras.
São Paulo apóstolo, na 1ª carta a Timóteo “c.2 de 7-8” – apóstolo, digo a
verdade e não minto, doutor das gentes, na fé e na verdade, quero pois que os
homens em todo o lugar levantando as mãos puras, sem ira e sem contendas.
Na 2ª carta o Apóstolo faz outra referência “c.2 de 4-7”
Ninguém que alistou na milícia de Deus se embaraça com negócios do século
a fim de agradar aquele que o alistou.
Efetivamente, também o que combate nos jogos públicos não é coroado
senão depois que combateu segundo as regras, é necessário que o lavrador trabalhe
primeiro para colher frutos. Reflete no que te digo, porque o Senhor te dará a
inteligência em todas as coisas”.
Feita a menção bíblica, agora cada um tem direito de fazer a sua reflexão; na
minha atingiu-me em cheio, porque pelo batismo fomos alistados na milícia de Deus.
Como diz o Apóstolo Paulo e no salmo “32” fala de uma nação bem aventurada
quando que os seus escolhidos lutam por ela. Essas palavras foram as que me atingiram
como “EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO”. O ponto alto da reflexão: o alistado deve se fundir
com a pátria e lutar por ela, pelas causas justas da verdade.
Ali o político, como fui eu na penúltima eleição, percebe-se que não tem
divisão entre fé e pátria, entre Deus e pátria, Igreja e pátria, e Jesus Cristo e pátria (
pátria ou nação).
As criancinhas de escola sabem que pátria é um território que nascemos e
vivemos dentro dele, este divisório, como devemos escolher a vivência, e pela
democracia através de votos nós outorgamos opções através de candidatos com os
programas apresentados e o poder que possuem, quando no Congresso mudam as
propostas e programas é que se nota as divisões.
Então eu pergunto: Onde está os ensinamentos do berço e tradições da nação
de ver a cruz, do “EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO?”. E quem vê Eu patriota Democrático?
Se a causa política é o bem estar dos homens no “plural” e não do homem no
“singular”.
Paulo A. Maluff, no seu artigo no jornal de então, pintou com letras um quadro
que transpareceu as penumbras a respeito da Igreja e da política. Penumbra quer dizer
não bem claro. O que vejo muita clareza é a filosofia de Cristo. E a igreja com seus
critérios é luz e ponderações tem um respaldo para todos sempre a caminho dos povos
para a paz e o bem estar comuns, de um modo global, com seus garimpeiros da pedra
de Pedro, pelo seu lapidar formam a coroa da verdadeira civilização, que são os
alicerces da paz entre as nações qual seria o intelectual que nega o trabalho do Papa
João Paulo II em prol do mundo, João Paulo II está lapidando as pedras para as bases;
muitas que se julga Rubins de sua Pátria não deixou tirar o pó do seu batismo, para
brilhar como podemos alcançar a coroa da verdadeira civilização. Os séculos
passados podíamos por em referência, pois é o livro aberto para as decisões presentes.
Dr. Agostinho descreveu uma radiografia dos nossos tempos atuais, eu digo, será que
podemos tolerar um museu de caveiras ocas de um mundo passado e também no
3
4. presente? Frutos amargos que estamos colhendo, e o futuro, como vai ficar?
Estamos as vésperas de uma eleição para Presidente do Brasil. Paulo A. Maluff,
dizia naquele artigo Eu cristão candidato. Surge então um momento no qual
chamamos a agir por inteiro dentro do cristianismo, qual seja este momento político em
que todo o país se põe a espreita e se preocupa a se angustia e nós engajamos a ele.
Passou seis anos de modo geral piorando. Vale a pena cristianismo e o
cristianismo puro do Cristo.
Se as coisas vão de mal a pior porque nosso Brasil não se compromete os cem
milhões dos “EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO” é o momento propício na eleição do
mandante supremo da nação, questionando este cristão por inteiro participar na
integração nacional que não somos divididos os cristão estão sob a mesma bandeira o
símbolo que traz em sua estampa o cruzeiro do Sul. Para nós brasileiros será que este
sinal gravado no infinito, copiado e trazido para símbolo de nossa bandeira não foi feito
por mãos de homens? Se está gravado em nossa bandeira são metas do “EU CRISTÃO
e você, patriota, é dividido em dois? Somos e devemos ser íntegros coesos e uma só
flecha indicadora para um só caminho se sou democrático que sirvo a pátria estou
servindo a Deus porque a pátria é dele e o futuro também, é nosso o presente e se o
presente não é bom é porque os antepassados não pensavam assim.
Um funcionário público não achou bom que eu dissesse que eu era mais
patriota do que ele, ele me disse, como me provas que és mais patriota do que eu?
Respondi, muito simples, pois eu vivo pela pátria e você vive da pátria. Nem por isso
não é identificação, pelos frutos vós o conhecerá. Quis Ter uma experiência
democrática na eleição de 1982, candidatei-me a vereador para tirar de dentro de
mim e por em prática o Eu cristão Democrático, com uma filosofia nova. O PMDB de
então, pregava uma mudança, mas eu estava convicto que primeiro tinha que mudar
o caráter do homem, em conseqüência naturalmente haveria a mudança política.
Com isso agora ganhei coragem para transmitir ao Paraná e ao Brasil uma
nova opção ideológica para uma nova Democracia, ou melhor dizer uma analogia de
Democracia.
Mandei na constituinte, foi aceita pelo Senador do Paraná Álvaro Dias, hoje
nosso governador. Se foi tomada em conta nas redações não apareceu.
A inspiração ou pensamento que eu prego lega o título “SEMENTE PARA UM
GIGANTE”, que escreverei em seqüência do EU CRISTÃO DEMOCRÁTICO.
América; a origem da palavra pelo que tenho conhecimento é grandes
riquezas, fartura, bonança, etc.
O Brasil é uma parte da América, desde o seu descobrimento, não tinha na
mentalidade os condutores da nação uma bagagem intelectual de controlar as
densidades demográficas ao correr dos anos para não chegar a certa citação. Só
olhava a parte das riquezas o desenvolvimento controlado pelo outro lado do mundo.
Por exemplo os imigrantes ou as imigrações, uma parte vinha fugida do ócio e as
explorações dos países do outro lado. Aumentando no decorrer dos séculos as
populações, precisando de desenvolvimento; vindo o capital de fora, mas ainda com
o interesse de sugar as riquezas nacionais, a parte humana, ficou de lado.
Para os brasileiros de formação cristã, nunca é tarde a começar, não com
choques nem com guerras, nem a curto prazo e com um plano de sabedoria. Por
exemplo: O apóstolo Paulo descreve na 1ª carta aos Coríntios no Capítulo 12, fazendo
uma analogia com os membros do corpo, para edificar a Igreja. Assim eu também
através do corpo apresento a analogia para edificar uma nação, não com os
membros, mas com o aparelho circulatório do sangue. Do pensamento “A SEMENTE
PARA UM GIGANTE”. O apóstolo Paulo não diferencia os membros em maior que outros,
assim é o símbolo da democracia. Através do aparelho circulatório um glóbulo por
sensível que seja não pode ser diferente do outro.
É bom que todo o brasileiro saiba em uma opção ideológica para uma nova
democracia.
Selecionar, discernir para uma fusão do sistema político, com critérios e
ponderações, para grandes conclusões e maiores soluções.
Já disse edificar o homem, ao desenvolvimento sócio econômico, a Paz entre o
governo e os governados, a prioridade de levar a termo os objetivos do homem, quase
sempre distorcidos, fora de outras tantas lutas, e causas, mas a prioridades pelas quais
formos criados.
Levar em conta os critérios para as metas da missão de cada um, na luta pela
sobrevivência, de cair em si o “Eu Cristão Democrático” e dar conta a cada um de
seus atos e responsabilidades. Tudo o que gira em torno do homem para ele e com ele
e dele. Neste sentido que sonhamos com a integridade e fundir ou seja, aderir ao
sistema democrático verdadeiro que foi criado, nação, sociedade, economia, nestas
4
5. revanches é que se forma o plasma da democracia, para que ela seja um substantivo
concreto porque é pessoa; sangue de brasilidade, cristão porque é portador do espírito
de Deus, na estampa da figura humana. As duas reportagens do “Eu Cristão Eleitor”, e
candidato, democrático fortifica os pensamentos para as soluções que todos esperam
dar de si o Eu Cristão não precisa medo da cruz, basta lutar em massa com critério de
paz e de amor, esperança e fé, para alcançar os objetivos almejados em questão não
mais filmar nos museus de caveiras ocas do passado. Não precisa viver essas
experiências, com exceção aos heróis, esperar esta vez os frutos doces e catequizando
para o futuro.
Conhecer a semente para um Gigante plantar e cultivar e muito simples, isto é
remédio e solução. Veja como cultivar e edificar o Brasil, pelo sistema democrático
puro, nós somos de terra, não de macacos, somos o corpo deixemo-nos cultivar com o
brilho e a luz da verdade.
Cada um tem o denominador Eu Cristão, isto é, o principal fator que possuímos
dentro de nós, temos o mapa para estudar um desenho para seguir um retrato para
ver, um símbolo para respeitar um concreto de substantivo para acreditar. Eu, um
sistema natural como diz o filósofo Baruk Spinosa antes de morrer: “A democracia deve
ser tirada do natural, natureza de Deus para entender”.
O aparelho circulatório do sangue isto que devíamos analisar cientificamente,
como edificar o corpo e transpor ou transportá-lo para a ciência política. Como o
Apóstolo Paulo, apresentou os membros para dar a conhecer como funciona a Igreja.
Deve ser estudado porque o modo de conduzir uma nação através da democracia,
cada um brasileiro é uma pessoa que a compôs.
Igual o sangue que trabalha dentro dos vasos sangüíneos , que é denominado
glóbulo, pode ver são dois partidos apenas, os vermelhos e os brancos dentro de uma
ordem pacífica e perfeita. Agora vamos analisar quando um cidadão da um voto. Ele
esta dando, todo o seu trabalho que são três impostos, municipais, estaduais e federais,
ainda a chave do cofre e a espada. A ciência humana não pode ser magoada, eles
sabem separar os germes do sangue que impede o crescimento ou sustentação do
corpo. A ciência política ainda está na era da pedra.
Nas minhas locuções políticas convidava os estudantes do município a aderir
aos pensamentos para garantir os seus futuros do Município do Estado e da Nação.
Agora que o jovem pode votar não é partido que pode salvar mas sim uma ideologia,
num partido que apoie o sistema a Semente Para Um Gigante. Eu dizia aos jovens,
vocês que são embriões que estão ao seio da mãe para viver para ela que é a mãe
Pátria, a terra, que é a Segunda mãe que dá as nossas vidas e preciso amá-la, a
democracia está dentro de vocês e é para vocês mas com vocês e de vocês. Vocês
são sementes, devemos criar idéias próprias para uma pacificação e o
desenvolvimento a favor da humanidade de toda a Pátria.
Quando Deus criou o homem é o engenho perfeito de corpo e alma, matéria e
espírito o poder da massa encefálica, o cérebro.
Isto é uma antena ligada permanentemente ao autor do engenho que é Deus,
para um alinhamento e uma determinação na medida do esforço de cada um, com
matérias específicas que é a felicidade que todos buscam inconsoláveis e nem sempre
são encontradas; É uma função inigualável, atuante e envolvente nas nossas forças,
com qualidades volúveis de captar e transmitir mensagens de reger a espécie com
firmeza a exemplo dos profetas. E depois o Cristo Jesus o maior desafio da História
humana um só elemento da espécie, um modelo, abrangente e fascinante com poder
de autoridades e no mesmo tempo com humildade inteligente e coragem.
Todas essas virtudes deixou para aquele que quer buscá-las, fora disso as
buscas são o caos.
O sistema Democrático Cristão derrubou impérios, reinos e ditaduras; o passado
nos contou. Se não respeitar-mos este símbolo que está aqui, e agora , dentro de nós, o
sangue com seus aparelhos que é a democracia perfeita e pura.
Atenção: Não se pode usar o nome da democracia ou seja em nome dela se
não interpretarmos “A Semente para um Gigante”.
Por isso devemos enumerar-nos e aderir ao Eu Cristão Democrático e modelar
uma sociedade que seja pacífica principalmente a classe trabalhadora que é as suas
mãos que edifica, e os regentes com poderes administrativos e econômicos que
analisem o equilíbrio desta sociedade que busca melhoras num encontro de pulsação
que não seja desigual, uns com a energia e a força e outros com a sabedoria e
inteligência.
Um exemplo perfeito formando o plasma recebendo as pulsações normais
para a nossa edificação e darmos vigor a essa nossa mãe pátria e ela que nos dá o seu
aconchego, o calor, o pão de cada dia o prazer da vida, a felicidade a paz, e fica em
5
6. seu seio a minha mensagem.
Sempre se puder, aprender mais, e ter menos a ensinar.
Página 3
Página 4
Página 5 SEMENTE PARA UM GIGANTE
ARTEMIRO BÓSIO
INTRODUÇÃO
“Contemplando teu vulto sagrado , compreendemos o nosso dever , e o Brasil,
por seus filhos, amado, poderoso e feliz há de ser”.
Olavo Bilac.
Ó Bandeira! Fitar os olhos em ti, num pulsar de c oração, faz-nos lembrar e
sentir nas veias o passar do sangue, as lutas de nossos heróis e faz-nos chorar.
Mas, o voltar esses olhos aos horizontes, faz-nos sorrir, ao contemplarmos as
matas verdejantes, mostrando o vigor que nos orgulha; apontamos e dizemos:
Página 6 - Veja! Onde estão as nossas vidas?
Mantendo os olhos sobre esses mares silvestres, nos mais longínquos horizontes
que os ligam ao céu, vemos o pôr- do-sol num fosco amarelado que a terra liga
ao céu. O seu esplendor e reflexo cegam as nossas vistas. E faz-nos baixar a
cabeça como se fôssemos réus perante o Criador. Ali imaginamos nas lindas
cores, aquilo que as representa em nosso emblema.
6
7. E, num esfregar de olhos para recuperar a lucidez, tornam-se em ouro as letras
quando lemos: “Ordem e Progresso”. E de súbito meditamos sobre os cérebros
iluminados que conferem os melhores atos e as melhores obras.
E ai erguemos a cabeça, com a visão clara, desta vez contemplando o céu azul.
Neste céu vemos cintilar as estrelas que representam os nossos
Página 7 Estados. E, entre eles, outras que brilham como pérolas e diamantes –é um
símbolo mais significativo: como o Cruzeiro do Sul.
Então se nos irradia na alma, através das altas esferas do infinito, um
sentimento de dever, dever como o que tem as raízes de penetrar na terra em
busca de humus para trazer a seiva, engrandecer a árvore, e dar bons frutos.
Assim, lembrando sempre esse Brasil gigante e cheio de tradições, buscando
com as sementinhas das palavras edificá-las em obras e trazer um convívio de
harmonia pacífica que é a beleza de viver o cumprimento do dever, dever social,
dever cristão e dever cívico.
Página 8
Página 9
Página 10 CAPÍTULO I
UM RETRATO E O SENTIDO FIGURADO DA DEMOCRACIA
O SANGUE: os Municípios
AS VEIAS: os Estados
7
8. O CORAÇÃO: o Governo Federal
Esse retrato deve ser meditado, analisado e interpretado: O organismo
do homem comparado com a organização política de uma nação! Não se deve
entretanto, discutir de onde e para que veio o homem, mas para onde vai; da
mesma forma que para um país é mais importante discutir o seu futuro que o
seu passado.
O homem “material” é um engenho de perfeição inigualável, guiado
pela sua massa encefálica, que é o aparelho receptor,
Página 11 processador e transmissor das informações necessárias ao funcionamento dos
demais aparelhos e órgãos. O autor desse engrenho é Deus.
Isso tudo será melhor compreendido no decorrer dos tempos. Por ora,
convém analisar esse retrato comparativo entre o corpo humano e uma nação.
Constata-se então que ambos são formados por células com funções específicas.
E isso é que iremos chamar de “Sistema Funcional Democrático”.
Como observados, o sangue é o responsável pelo desenvolvimento e é
representado pelos municípios; as veias e vasos representam os Estados e
ligam-se ao coração, que representa o Governo Central. O coração é o órgão
principal; pulsa e dá vida a todo esse organismo.
Página 12 A sanidade desse “corpo político” deve ser mantida com a destruição do
germes, virus e outros elementos nocivos ao sistema. E, como no corpo
humano, em que cada pequena célula age no sentido de não permitir que um
mal se instale, também numa nação, cada pessoa tem sua responsabilidade, no
sentido de não permitir que através desses elementos as funções dos órgãos
sejam prejudicados.
Ao mesmo tempo, as ações benéficas ao corpo social devem ser
estimuladas e apoiadas, como ocorre no corpo humano. Assim, os
representantes do povo devem trabalhar para o bem-estar de todos, procurando
melhorar a vida de todos, possibilitando uma boa alimentação, habitação, saúde,
educação, vestuário e lazer.
Página 13 Isso pode ocorrer nos três níveis de poderes, que detêm autoridade para
redistribuir, de maneira justa, a parte que cabe a cada célula pelo vigor corpo
como um todo.
Página 14 PERCEPÇÃO
No ano de 1974 a 1975, época em que foi tirada a foto desta ilustração,
eu era tomado pela depressão em função da opressão. Esta está sempre nos
envolvendo, assumindo a nossa condição humana natural. O visual externo, o
nada. Inclinando-me ao sobrenatural, o interno. Reverenciando o autor do
engenho humano, o maior invento sobre a terra, sinto-me na obrigação, pelos
meus conhecimentos que me foram dados, de fazer algo para resgatar os demais
engenhos, os intelectos.
Página 15
8
9. Página 16 CAPÍTULO II
PERCEPÇÃO DE ESPÍRITO
E ESTUDOS
Alguns fatores levam-nos a pensar seriamente sobre mandatários e
regimes: o amor à Pátria e o bem-estar de nossos filhos e gerações futuras.
Pela estreita janelinha pela qual um cidadão comum pode enxergar,
procura-se no horizonte uma solução, ao menos para mostrar que no coração se
tem pelos menos uma partícula de amor. A percepção de espírito de cada um e a
ajuda de grandes pensadores como Kant e Spinoza podem colocar um pouco de
luz sobre as inquietações de muita gente. Kant diz que o espírito é o órgão
indispensável para a percepção
Página 17 do diálogo. A função do espírito e da filosofia é descobrir as variedades do
diálogo. A ética recomenda unificá-los junto ao caráter e à conduta.
A ética da política é, portanto, unificar os indivíduos em Estados.
A semente para um gigante seria a fusão de Estado, qualificando os
indivíduos de forma a abranger políticas cívicas, cristãs e sociais. Quando ela é
cívica, não deixa de ser social e cristã, e vice-versa. Praticar uma, não implica
em dispensar outra. Nem um ateu tem a dispensa de cumpri-las porque deve ser
patriota.
A semente para um gigante quer mostrar o lado positivo no sentido
democrático, não para resolver definitivamente, mas para remediar, porque os
problemas políticos, sociais
Página 18 e econômicos já existiam antes de Platão e continuam até nossos dias.
Despertando através de Cristo, formamos a fusão do Estado e chegaremos a
uma solução para os problemas.
Fazemos referência à Introdução deste livro: Erguemos a cabeça a
contemplar o céu estrelado onde vemos o Cruzeiro do Sul, que está
representado em nossa bandeira. Este é o maior sinal de sustentação de uma
nação. O Brasil de Vera Cruz sente o que quer dizer essa Cruz, se não, é a
ideologia de seguir o Cristo Jesus. O homem que deu origem do estandarte
desta cruz apontou o céu para um exemplo de civilização. O Brasil tem tudo
para entrar nessa experiência
Página 19 de moldar um exemplo para o chamado primeiro mundo. Digo isso porque os
povos, para cultivar em sua civilização, entram em contradição. Entre os povos
primitivos, por exemplo, o metal ouro era a principal riqueza, mas este “homem
do lenho da Cruz” descartou tudo isso em troca da espiritualidade e da
sabedoria de Deus.
Na referência à Oração à Bandeira (na introdução) ao “pôr-do-sol”,
vemos um fosco amarelado que da terra se liga ao céu; nós temos ali, em nossa
Bandeira o amarelado entre o verde e o azul do céu. E, porque não interpretar
essas cores como sendo a riqueza da espiritualidade do homem a quem Deus,
9
10. em seu plano criador, deus o projeto de vida para gerar a plena
Página 20 e única riqueza do amarelo que liga ao céu para a eternidade?
O homem deve se deixar, de que a busca da riqueza só desta parte
terrena não se realiza. Na evolução dos tempos, como disse o filósofo Kant, a
função do espírito é a filosofia, e descobrir as variedades de diálogo que
subsistem. Dialogar traz a semente para um gigante, que jazendo (sic) em meio
à terra e, de um modo simples necessitando de explicações para viver a
democracia.
Página 21
Página 22 CAPÍTULO III
O CÉREBRO
No ano de 1672, o filósofo Baruk Spinoza dizia: “A democracia é a
forma mais razoável dos sistemas de governo”.
Meditamos pois, quanto a forma o ideal democrático tem: derrubou
reinos, impérios e ditaduras, depois disso nada mais ficou daquela tese de
adestrar cavalos e cavaleiros para marchar sobre as cabeças dos povos. Isso
poderá voltar a ocorrer, se não se encontrar uma fórmula de conscientizar o
brasileiro de que a democracia está presente no interior de cada um.
Spinoza disse ainda: “a democracia deve se basear na ordem natural e na ordem
moral: antes e depois
Página 23
das sociedades organizadas”.
Em relação a ordem natural, antes das sociedades organizadas, apresento
10
11. dois itens como representativos da democracia: 1º o cérebro antes da sociedade
organizada, 2º o aparelho circulatório depois da sociedade organizada. O
cérebro é inigualável, por ter a capacidade de ser o receptor e transmissor das
mensagens do seu autor, que é Deus. Exemplos daqueles que o utilizaram
integralmente para a pregação divina: os profetas Isaías, Daniel e Moisés; e
depois o próprio Jesus Cristo.
Para chegar a esse ponto, todavia, é necessário observar o manual do
autor (Deus). Isso feito, o caminho é correto, desde que haja diálogo entre os
indivíduos, o que acaba de formar politicamente um Estado.
Página 24
Página 25
Página 26 CAPÍTULO IV
O APARELHO CIRCULATÓRIO
Esse item vem demonstrar, como diz Spinoza, que antes da sociedade
organizada a democracia é o próprio homem. É um fato natural que o homem
venha formar a democracia, e não o governo, que já é a conseqüência. O que
acaba por mandar são os requisitos qualitativos em conjunto, para formar o
regime. Igual estrutura que ocorre no cristianismo, em que o regime é a própria
Igreja.
Para simplificar os órgãos e suas funções poderiam ser exemplificadas
por letras: “A” seria o coração, representando os órgãos federais (Presidência da
República e Ministérios, Câmara e Senado, Supremo Tribunal).
11
12. Página 27
“B” seriam os vasos sangüíneos, representando os órgãos estaduais, em
seus três poderes. Finalmente “C” seria o sangue, representando os municípios,
suas administrações e seu povo.
Sempre em harmonia com o cérebro, a pulsação do coração, através dos
movimentos de sístole e diástole, faz com que toda essa estrutura funcione. O
movimento de “A” para “B” (e vice-versa) faz com que cada “ser” se coloque
diante de si as leis que regem a democracia, os seus atos, seu trabalho; e sua
inteligência faz funcionar o regime da época, a democracia.
Para que o leitor receba a luz do entendimento, a analogia que se faz nos
tópicos anteriores é bastante simplificada; lá se faz menção à
Página 28 movimentação demonstrativa a respeito da pulsação, que movimenta o sangue,
glóbulos vermelhos e brancos em que nos representamos para nos explicarmos
e, ao mesmo tempo, vem a movimentação para o desenvolvimento de uma
nação. A letra “C”, que somos nós, os municípios que movem com seus deveres
e direitos, que é a verdadeira democracia, que tecem a malha administrativa,
com células e fibras, não para nós governarmos, mas para nos representarmos e
todos sabem disso. 1: Sistema: o voto, 2: Pela nossa participação, nos impostos,
e 3: Pela produção, interna e externa que são divisas que se podem qualificar de
vigor.
O “B”, representa vasos e veias que são órgãos estaduais ou sistema de
Página 29 controle dos setores da nação, para possibilitar a administração: é o elo que liga
os municípios. O vai-e-vem com a letra “A”, que representa o órgão federal, na
perfeita harmonia de um pulsar como o coração que está dentro de nós, com os
mesmos efeitos de um vigor eterno, é o direito que cabe a cada cidadão. Por
exemplo: um médico especialista neste campo circulatório pode refletir e
testemunhar a eficácia da analogia transportada à execução da democracia.
Página 30
Página 31
12
13. Página 32
CAPITULO V
O QUE É A DEMOCRACIA
Em geral, o indivíduo luta primeiro para seu próprio bem-estar e depois
para o bem comum. Cada um toma sobre si as responsabilidades e procura
conhecer como se deve comparar para gozar com justiça de todas as liberdades
que são de certa forma restritas, como dentro de um conduto como as veias.
Mas o que é democracia? É um órgão instituído de fiéis (ou de homens
fiéis) com suas leis que regem o funcionamento do próprio órgão. Um exemplo
está dentro do próprio homem, o aparelho circulatório do sangue. Assim como o
corpo humano, na sociedade também a democracia pro
Página 33 duz, com harmonia e ordem, o efeito almejado de justiça e segurança para todas
as camadas sociais.
Democracia: a palavra democracia, em si, é um substantivo concreto
pela consistência luminosa do seu símbolo, o aparelho circulatório do sangue
que está dentro de nós. A exemplo de uma criança, desde seu nascimento
tratada com amor, com todos os requisitos que um pai e uma mãe sabem
proporcionar. O seu crescimento acontece pelo Sistema Orgânico,
principalmente pelo Aparelho Circulatório do Sangue. E por que chamamos de
Nação? Porque nasceu. Depois que é adulto, passa pela educação; se o ambiente
lhe der oportunidade, adquire os sentimentos patrióticos, conscientes, pois a
terra em que nasce é a segunda
Página 34 mãe; é um filho adotivo, mas legítimo, porque é a terra que o alimenta. Ela tem
a obrigação sagrada de amar o seu torrão, o seu pedaço de território em que
nasceu tornando-se um pedestal que porta a palavra e é um sustentáculo dado
pelo maior político já existente entre os homens, Jesus Cristo.
A democracia pura deve ser cultivada dentro de uma analogia espiritual
13
14. vindo do Cristo e a humana, pelo modo do seu crescimento individual e
coletivo, até chegar a forma de Nação. Também pelo seu meio de administrá-la.
Não adianta, por interesse próprio, comentar que não se deve misturar a ética
política com filosofia da Igreja. O Criador da humanidade, a seu tempo, sempre
foi presente no sentido da paz e do bem,
Página 35 através do sistema cérebro e espírito; espírito de origem o mistério que não veio
de nós.
Cérebro e espírito são uma demonstração da grandeza da sua criação
para direcionar as espécies e viver na terra.
A base é seu povo, à medida de condições de comportamento e
merecimento geram felicidade. Ninguém sabe a dimensão dessa palavra, e
quanto custa para aquinhoá-la. Por isso os povos precisam acordar e se preparar
para tê-la. A política é o caminho. A pesquisa para essa matéria se fundamenta
em homens sábios. Se cito o homem Jesus Cristo é porque ele tem duas
condições: uma divina e outra humana. Por isso outro homem seja qualquer for
o seu poder, tem que se inclinar, porque temos que pôr
Página 36 em conta os mistérios humanos e sua história.
Embora possamos não acreditar, Jesus é político e rei de toda a espécie
humana atuante em toda hora pelo espírito da Trindade. Ele vai julgar todos os
políticos que se sobrepõem ao povo. Eles também serão chamados a prestar
contas. Como disse anteriormente, devemos pôr atenção na história e nos
mistérios humanos para descobrir que Jesus Cristo o único que mostrou ao
mundo que a Palavra se fez carne, e nos foi transmitida, e por ela consolidou
Ele, toda as coisas de bem, como a Igreja. Um exemplo do corpo, através de
seu Espírito foi-nos dados pelo apóstolo Paulo na primeira Carta aos Coríntios,
capítulo 12. Jesus, a cabeça e o povo da Igreja, os membros; e mencionou-se
que um não é maior que
Página 37 outro.
Assim é a democracia das três dimensões. Sangue, veias e o coração.
Um não é maior que outro. Temos a mesma função de edificar a Pátria; assim se
deve o maior respeito e consideração às lideranças que assumem a
responsabilidade para dirigir ou governar na grande organização democrática. A
função da Igreja é preparar o povo a crer. É a fé na conquista da estabilidade
social, pela ação política que se dá à corporação o vigor do homem e o grande
desenvolvimento a toda espécie de cultura e o bem-estar comum, e uma paz
duradoura entre os homens.
Ao se chegar a entender que Deus é um substantivo concreto, entender-
se-á porque a democracia já o é: porque em si é o homem.
A democracia começou em
Página 38 Atenas, na Grécia, em 1503 AC com Clístenes e Sólon, são 2500 anos de
caminhada a procurar meios ou regimes para administrá-la. Na era de então,
Sólon tinha três divisões da sociedade: o nobre, o médio e a plebe (os pobres).
Quando Sólon morreu sucedeu o seu filho. Este, em vez que governar, deu-se à
orgia. Clístenes preparou um golpe e o derrubou, começando seu modo
democrático de governar. Mas, até hoje, nenhum país conseguiu trilhar
verdadeiramente a democracia para todos. Spinoza (1632 a 1677) optava pela
democracia, mas tinha que ser aos moldes da natureza. Não pôde escrever sobre
14
15. o seu modo de ser, porque a morte o tolheu. Como ateu, negando a Deus, foi
excomungado pela Igreja.
Página 39 Foi impedido de publicar escritos em que diziam que Deus era matéria.
Por falta de fé, não teve a graça de analisar os mistérios humanos. Tinha,
porém, sentimento de um direcionamento positivo patriótico. No Brasil, quase
todos os batizados acreditam em uma força maior, porque não conseguem viver
seriamente à altura do interesse de todos.
Eu não precisaria buscar testemunhas concretas, alongando-me nos
escritos; mas, muitos não sabem deduzir ou analisar a importância que tem a
função do sangue sobre o corpo humano. É só transportar a analogia à forma
política democrática, e pronto. Se cada um deduz a seu modo, difícil é chegar ao
que o povo almeja.
Vejam jornais e revis
Página 40 tas mostrando que no Brasil diminuem as estruturas morais e econômicas, e
chamando à colaboração o povo, para que se organize, que se mova. Aí está a
semente para um gigante “Brasil”; o direcionamento para melhorar. Só que é
preciso imprensa sadia, em primeiro lugar, e o povo apoiando a analogia.
Quantas idéias, pensamentos mirabolantes (de cabeças ocas que não levam a
lugar nenhum) são badalados! Por exemplo, o Plebiscito. Não adianta mudar o
Regime, seja Monarquia ou Parlamentarismo ou mesmo Presidencialismo. O
povo não deve criar colesterol na cúpula ou no coração, na esfera
governamental através do voto, formamos Câmara Federal e Senado. Estas
devem fazer a mudança, ou melhor, a cirurgia do coração que não pulsa no
normal democrático. Agora observando os vasos sangüíneos dos
Página 41 Estados para os Municípios: por essa organização com maior autonomia aos
municípios, podem se aumentar os quilômetros quadrados do Brasil, quando
pessoas de Norte a Sul, Leste a Oeste, competentes, honestas e sinceras que
usarem a verdade, e só a verdade. É o que pode conservar o Brasil.
É esse “homem-pedestal”, que porta a palavra, em fusão de matéria e
espírito, como disse Pedro um homem igual a nós, de carne e osso, um Baluarte
da Igreja.
Assim também Jesus mesmo nos deu as maiores e mais preciosas
promessas a fim de que por Elas nos tornemos participantes da natureza
divina, fugindo da corrupção e da concupiscência que há no mundo (2ª
epístola de São Pedro, 1-4). Democracia consiste em resumo, em edificar o
homem em
Página 42 todas as dimensões para as quais foi criado.
Página 43
15
16. Página 44 CONCLUSÃO
Devem-se conscientizar as pessoas de que não só o Governo é
responsável por uma Nação, mas cada um de nós tem sua parcela de
responsabilidade na condução dos destinos da Pátria.
QUEM TEM BOCA QUE OUÇA
QUEM OUVIDO QUE FALE
QUEM TEM PERNAS QUE PENSE
QUEM CABEÇA QUE ANDE
QUEM TEM MÃOS QUE VEJA
QUEM TEM OLHOS QUE PONHA MÃOS À OBRA.
Usar a ética é pegar as bagagens dos sábios, juntá-la ao caráter e à
conduta, unir os indivíduos e semear a semente para este gigante Brasil
desmantelar
Página 45 as trilhas daqueles círculos viciosos, para não ter que andar sob as máscaras de
uma Pseudo-Democracia. Com muita responsabilidade e rigor, encarando o
lado certo e defendendo-o onde estivermos, com qualquer profissão que
exerçamos em um só devotamento, formamos coordenação de atos e valores,
com diálogos e ações. Essa é a mensagem a todos aqueles que têm a obrigação
de trilhar os caminhos de uma Democracia verdadeira.
Página 46
Página 47 BIOGRAFIA
Nascido em 18 de março de 1928, de uma família vinda do Rio Grande
do Sul, em uma Vila chamada Concórdia (quando ainda era sertão) pertencente
ao município de Joaçaba, Santa Catarina.
Pai: José Bósio e a mãe Maria Pancotto Bósio; sou o 5º (quinto) filho de
uma prole de 10.
No lugar, 5 quilômetros distante da vila, a família recém-estabelecida
permaneceu 6 meses, sem se comunicar com as outras pessoas que não fossem
os da casa. Na ocasião da mudança, até a mãe carregou uma roda de carroça nas
costas.
16
17. Assim se criaram os 10 filhos, trabalhando sobre a fertilidade da terra,
onde mais tarde se formou uma comuni
Página 48 dade chamada Guarani que fundou uma escola onde conheci as primeiras letras.
Feito o primário, o meu objetivo era sair para continuar os estudos, mas
as escolas, em sua maioria, eram particulares, havendo ainda o problema da
distância.
Meu pai, que sabia apenas assinar seu nome e fazer algumas contas,
havia me proporcionado muito. Pensou ainda nos outros filhos; ou todos
estudariam ou nenhum.
Continuamos trabalhando a terra, produzindo muito, com muito pouco
retorno; eu percebia que podia ser diferente, mas o que fazer?
Era um menino forte, mas logo cedo minha professora notou deficiência
visual; meu pai procurou oculista, tomei remédios e injeções, não notando
Página 49 melhora. Uma doutora, vinda da Alemanha, diagnosticou miopia, receitando-me
óculos e resolvendo parte do problema, mas a medicação em excesso atingiu-
me os rins. A solução, na época, seria um transplante. Resultado: não pude mais
trabalhar na lavoura. Tinha agora que pensar em algo para ganhar a vida.
Pedi a Deus que me poupasse a vida; em troca iria dizer fazer algo de
bom para o crescimento de seu reino.
Fui para a cidade grande. Aprendi a profissão de barbeiro; o salão em
que atuava foi minha faculdade: tive contato com pessoas de todos os níveis
culturais, lia jornais, revistas, ouvia rádio. Adquiri gosto pela leitura,
conhecendo a idéia de grandes filósofos.
Mudei-me para o Paraná à procura de novo campo de trabalho.
Página 50 Casei-me com Nair Gallon e tivemos 8 filhos, sendo um de criação. Quando
nasceu meu quarto filho, estava cursando a 7ª série.
Não sendo possível prosseguir os estudos, parei por ali, mas não perdi o
interesse pelos livros. Então procurei repassar os estudos aos filhos; eles
colaboraram. Hoje são todos formados: dois se tornaram padres; eu, lutando no
comércio, sem êxito, como outros milhares de pessoas, não por serem paradas,
mas por o sistema social e político ser inadequado para o tempo presente.
Página 51 BIBLIOGRAFIA
Para uma nova partida, me inspirei para escrever SEMENTE PARA UM
GIGANTE:
1º- Baseado na vida, observando desde criança o comportamento das
crianças na escola. Eu chamava sua atenção dizendo que quando crescessem
como homens com tais comportamento iriam sofrer; cresci, mergulhei no
mundo dos homens; então me senti perdido: trabalhar para viver e, no mesmo
tempo, combater as mentiras, opressões e explorações, fazer afronta ao que, a
17
18. meu ver, não era direito.
2º- As leituras de livros da história da filosofia, vida e idéias dos grandes
filósofos, tirados do original norte americano Will Durant, tradução de
Página 52 Godofredo Rangel e Monteiro de Lobato, da 11ª edição, 1962,
Companhia Editora Nacional. Não tendo tempo para leitura, fui resumindo nos
tópicos de Baruk Spinoza e Emanuel Kant.
3ª- História Universal, gráfica da Revista dos Tribunais para a Livraria
Martins Editora, 1962.
Inspirei-me também nas crônicas de Raquel de Queiroz, da qual guardei
o seguinte: “Não adianta livros e livros, bibliotecas e quartos cheios de livros,
se não guardamos os textos no coração”.
Lembrei-me de Jesus Cristo que atingia direto o coração com suas
palavras, passadas ao papel pelos receptores.
O apóstolo Paulo, aos Coríntios, na primeira Carta, capítulo 12-A: Grande orga
Página 53 nização da Igreja da qual Jesus Cristo é a cabeça; nós somos os
membros. Isto que me tocou muito: a base da organização.
Na democracia, nós somos o sangue, os glóbulos vermelhos ou brancos,
o plasma da Comunidade Municipal que gera a energia e o sustentáculo da
Nação.
E ainda, o que me tocou mais, o Hino à Bandeira, que está no começo do
livro como introdução, juntamente com a oração de minha autoria: Ó Bandeira
– versos de Olavo Bilac.
O livro SEMENTE PARA UM GIGANTE é pequeno, mas traduz esta
vontade ferrenha de deixar marcadas frase por frase uma semente lançada na
terra que por si só cresceu e se transformou numa árvore e sua sombra está ali.
Aquele que ama o mundo, sabe que este impulso não veio de mim: só doei as
minha mãos, e o coração.
Página 54
Página 55 SEJA UM
MISSIONÁRIO
DA PATRIA
A analogia que se apresenta neste conteúdo é inspirada por Deus. Se
você quer ser um povo feliz, ajude-nos a divulgar SEMENTE PARA UM
GIGANTE, um modo simples e positivo para entender a Democracia.
ARTEMIRO BÓSIO (IN MEMORIUM)
Capitão Leônidas Marques-PR
Página 56
Página 57 HOMENAGEM
18
19. Quero prestar uma homenagem a minha professora Rosa Giordani
Bósio, natural de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Lecionou por trinta
anos na Linha Guarani, Município de Concórdia, Santa Catarina.
Fui um dos primeiros alunos, quando da fundação da escola local e ela a
primeira professora.
Fundamos o Clube Agrícola, eu como Presidente, também um dos
primeiros no Estado de Santa Catarina, em escola isolada; lá está a marca de um
civismo imposto pela ordem vigente. Ela faleceu com 86 anos no dia 27 de abril
de 1993.
Os meus sinceros agradecimentos por ter recebido de minha professora
os quilates de Brasileiro, embora de origem italiana.
Artemiro Bósio – natural de Linha Guarani, Concórdia, Santa Catarina.
Página 58 OPINIÃO DE UM MÉDICO
Ao analisarmos sua obra, notamos interessante relação entre o corpo
humano e o sentido da Democracia, representando o funcionamento do
indivíduo analogamente ao Sistema Administrativo atual, em que todos têm seu
papel importante, desde as células até o coração, interagindo cada um com suas
funções e com um comando superior, o cérebro, que deveria ser o desejo
popular dominante, a reger todos os outros órgãos e organizações.
Foto ass. de um médico
Página 59
Página 60
19