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A Liturgia da Paixão do Senhor não tem a celebração
da Eucaristia, mas apenas a distribuição da comunhão.
   Além de uma introdução e conclusão silenciosa,
       a Liturgia tem quatro momentos distintos:
1. A Liturgia da Palavra
  nos apresenta uma síntese da vida e da ação de Jesus:
- Ele é o Servo que carrega os pecados da humanidade (1ª Leitura)
- O Rei Universal que dá a vida (Evangelho)
- O Único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade (2ª Leitura).
2. A Oração universal:
    exprime a abertura
universal da comunidade,
    consciente de que
a Salvação de Cristo
            é oferecida
   a todos os homens.

3. Adoração da Cruz:

     Jesus celebrou
      a sua Páscoa,
   "passando" através
      de uma morte
dolorosa e humilhante,
    para chegar
                    à
  Ressurreição gloriosa.
Honrando a Cruz,
adoramos e agradecemos
4. Rito da Comunhão:
  Hoje não há oferendas
a apresentar ao Pai.
  Não é renovado no Altar
o Sacrifício da Cruz,
  mas se faz a Comunhão
com o pão eucarístico
consagrado na véspera.
A Paixão segundo João
introduz no mistério pascal.
 Jesus morre no momento
     em que, no templo,
   se imolam os cordeiros
  destinados à celebração
         da Páscoa;
a sua imolação
          é uma imolação
"real",        um Sacrifício
  realizado   uma vez por
           todas .
O objetivo de João
não é redigir
uma crônica
detalhada dos fatos,
  mas alimentar
a fé dos discípulos
  e iluminá-los
sobre o sentido
misterioso
do que aconteceu.
  Jesus era a "Luz",
   mas os homens
amaram mais
       as trevas
              do que a
        "Luz",
 por isso o rejeitaram
   e condenaram.
Características
  dessa narrativa:
1. Oposição entre

   a luz e as trevas.
Jesus aparece
decidido, resoluto,
ciente de tudo;
 não fala da agonia,
da luta interior.
    Os maus agem na
          "escuridão
2. O velho Anás
da noite".
encaminha
o processo de Jesus.
Ele controlava toda
a atividade no templo.
Personifica quem ama
as trevas e não suporta a "Luz",
 que expulsa os vendilhões do Templo.
3. Diante de Pilatos, algumas cenas significativas:
- Os judeus estão fora; Jesus está dentro; Pilatos no meio...
- Indicações de tempo:
   Terminada a noite iniciada com Judas ao sair do cenáculo
                    desperta um novo dia...
    Ao meio dia: quando o sol brilha com mais intensidade,
     Pilatos proclama solene a Realeza: "Eis o vosso Rei".
      Jesus em silêncio, aguarda a escolha de cada um...
4. A Crucificação e Morte:
- A Caminhada para o Calvário é breve...
- Dá realce à Inscrição sobre a cruz:
       É a confirmação solene e oficial da realeza de Jesus,
           pela autoridade, em várias línguas: Universal.
- As Vestes: A túnica inteiriça é dividida em 4 partes:
  A roupa representa a pessoa; 4 representa os pontos cardeais:

     O Sacrifício de Cristo tem um valor universal.
- A Mãe
 confiada ao Discípulo:
 Jesus convida
essa mulher a acolher
como filho todo discípulo
 que tem a coragem
de seguir o Mestre
até a Cruz e
convida a Comunidade
 a considerar-se filha
do Povo de Israel
do qual Cristo nasceu.

- A Morte de Jesus:
Suave e serena,
sem fenômenos...
 Cai o véu que impedia
que o homem visse
o rosto de Deus.
Agora contemplamos
Jesus na cruz, pobre, fraco,
que se entrega totalmente
ao homem.

- "Tenho sede" : Palavras
  exclusivas em João.
  Lembram a água viva
  prometida à Samaritana.

- Depois da Morte:
  O Espírito foi entregue...
  Explicita a relação
  entre o "Espírito" e
  do dom da água viva.
       Do lado aberto,
       "manarão rios
       de água viva".
5. Sepultura:
José de Arimatéia:
aquele que fora de "noite"
ter com Jesus
   traz perfumes usados
            para as festas
nupciais...
Não descreve
      um sepultamento,
         mas a preparação
do leito
sobre o qual está para
   ser acomodado o
esposo.
Concluindo:
Na apresentação da Paixão
de Jesus, no passado,
se insistiu muito
nos detalhes dramáticos
do suplício da cruz,
Os evangelistas
e sobretudo João
      não pretendem
        comover os
cristãos
mediante a descrição
   dos tormentos atrozes
infligidos a Jesus,
mas procura de todas
     as maneiras fazer
entender a imensidade
do seu amor.
         A Imagem
     com que conclui
      a sua narrativa
é a da festa das núpcias:
 a comunidade abraça
  seu esposo e mostra
  ter entendido quanto
    foi amado por ele.
Começa assim no Calvário a festa das núpcias
     que terá sua realização plena no céu.
  Esta será a conclusão da história de amor
 entre Deus e o homem.
                 Marília - 22.04.2011

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A Liturgia da Paixão: a celebração da morte e amor de Cristo

  • 1.
  • 2. A Liturgia da Paixão do Senhor não tem a celebração da Eucaristia, mas apenas a distribuição da comunhão. Além de uma introdução e conclusão silenciosa, a Liturgia tem quatro momentos distintos:
  • 3. 1. A Liturgia da Palavra nos apresenta uma síntese da vida e da ação de Jesus: - Ele é o Servo que carrega os pecados da humanidade (1ª Leitura) - O Rei Universal que dá a vida (Evangelho) - O Único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade (2ª Leitura).
  • 4. 2. A Oração universal: exprime a abertura universal da comunidade, consciente de que a Salvação de Cristo é oferecida a todos os homens. 3. Adoração da Cruz: Jesus celebrou a sua Páscoa, "passando" através de uma morte dolorosa e humilhante, para chegar à Ressurreição gloriosa. Honrando a Cruz, adoramos e agradecemos
  • 5. 4. Rito da Comunhão: Hoje não há oferendas a apresentar ao Pai. Não é renovado no Altar o Sacrifício da Cruz, mas se faz a Comunhão com o pão eucarístico consagrado na véspera. A Paixão segundo João introduz no mistério pascal. Jesus morre no momento em que, no templo, se imolam os cordeiros destinados à celebração da Páscoa; a sua imolação é uma imolação "real", um Sacrifício realizado uma vez por todas .
  • 6. O objetivo de João não é redigir uma crônica detalhada dos fatos, mas alimentar a fé dos discípulos e iluminá-los sobre o sentido misterioso do que aconteceu. Jesus era a "Luz", mas os homens amaram mais as trevas do que a "Luz", por isso o rejeitaram e condenaram.
  • 7. Características dessa narrativa: 1. Oposição entre a luz e as trevas. Jesus aparece decidido, resoluto, ciente de tudo; não fala da agonia, da luta interior. Os maus agem na "escuridão 2. O velho Anás da noite". encaminha o processo de Jesus. Ele controlava toda a atividade no templo. Personifica quem ama as trevas e não suporta a "Luz", que expulsa os vendilhões do Templo.
  • 8. 3. Diante de Pilatos, algumas cenas significativas: - Os judeus estão fora; Jesus está dentro; Pilatos no meio... - Indicações de tempo: Terminada a noite iniciada com Judas ao sair do cenáculo desperta um novo dia... Ao meio dia: quando o sol brilha com mais intensidade, Pilatos proclama solene a Realeza: "Eis o vosso Rei". Jesus em silêncio, aguarda a escolha de cada um...
  • 9. 4. A Crucificação e Morte: - A Caminhada para o Calvário é breve... - Dá realce à Inscrição sobre a cruz: É a confirmação solene e oficial da realeza de Jesus, pela autoridade, em várias línguas: Universal. - As Vestes: A túnica inteiriça é dividida em 4 partes: A roupa representa a pessoa; 4 representa os pontos cardeais: O Sacrifício de Cristo tem um valor universal.
  • 10. - A Mãe confiada ao Discípulo: Jesus convida essa mulher a acolher como filho todo discípulo que tem a coragem de seguir o Mestre até a Cruz e convida a Comunidade a considerar-se filha do Povo de Israel do qual Cristo nasceu. - A Morte de Jesus: Suave e serena, sem fenômenos... Cai o véu que impedia que o homem visse o rosto de Deus.
  • 11. Agora contemplamos Jesus na cruz, pobre, fraco, que se entrega totalmente ao homem. - "Tenho sede" : Palavras exclusivas em João. Lembram a água viva prometida à Samaritana. - Depois da Morte: O Espírito foi entregue... Explicita a relação entre o "Espírito" e do dom da água viva. Do lado aberto, "manarão rios de água viva".
  • 12. 5. Sepultura: José de Arimatéia: aquele que fora de "noite" ter com Jesus traz perfumes usados para as festas nupciais... Não descreve um sepultamento, mas a preparação do leito sobre o qual está para ser acomodado o esposo. Concluindo: Na apresentação da Paixão de Jesus, no passado, se insistiu muito nos detalhes dramáticos do suplício da cruz,
  • 13. Os evangelistas e sobretudo João não pretendem comover os cristãos mediante a descrição dos tormentos atrozes infligidos a Jesus, mas procura de todas as maneiras fazer entender a imensidade do seu amor. A Imagem com que conclui a sua narrativa é a da festa das núpcias: a comunidade abraça seu esposo e mostra ter entendido quanto foi amado por ele.
  • 14. Começa assim no Calvário a festa das núpcias que terá sua realização plena no céu. Esta será a conclusão da história de amor entre Deus e o homem. Marília - 22.04.2011